quinta-feira, 7 de maio de 2009

Nossas Vidas Atômicas - III

O átomo somente foi descoberto recentemente pelas ciências. Em 400 a.C. os filósofos gregos Demócrito e Leucipo já o conheciam, descrevendo-o como a menor partícula da matéria. A partir do século XVI o átomo passaria a ser investigado com maior interesse pela comunidade científica, aparecendo em trabalhos de gente famosa como Pierre Gassendi, Robert Boyle e Robert Hook, Isaac Newton, Antoine Lavoisier, Proust, John Dalton e outros. Cada um daria sua contribuição para o avanço do conhecimento sobre esse elemento, antes chamado indivisível da constituição da matéria, hoje bem diferente das iniciais proposições filosóficas e científicas: já mais desnudo, mais rebuscado, multifacetado como matéria-energia.

Essas descobertas e redescobertas, no entanto, verificaram-se no campo das pesquisas materiais. À exceção da mecânica quântica, que avança para dimensões além da tridimensionalidade de nosso mundo concreto, sob perspectivas unicamente teóricas, e até que se prove o contrário, o átomo funciona unicamente na matéria física não importando suas minúcias microscópicas. Esse dogma das ciências ainda prevalece sobre o quantismo pela dificuldade de a física moderna fornecer contornos substanciais definitivos ao mundo científico, da maneira ortodoxa que o mundo científico deseja e necessita. Entretanto, a física moderna reage e vem montar o Grande Colisor de Hádrons, que dentre outras incursões no campo do imaginário científico pretende saber mais sobre outras dimensões, pesquisando mais profundamente do quantismo, ambicionando buscar descobrir a origem do universo a partir de Bóson, conhecida como partícula de Deus. Bem, nesse caso, a ambição não é somente do conhecimento, mas de os cientistas virem a tornar-se o próprio Deus o que, convenhamos, seria a maior das bazófias em todos os tempos. Ou quem sabe, a maior das teorias herética científicas de toda a história.

Enquanto as ciências entram por corredores e labirintos para descobrir as origens e segredos da matéria, esotéricos e místicos viajam desde há milênios por tapetes voadores, penetrando por dimensões superiores, armazenando e edificando pirâmides de conhecimentos acima do campo material. Na realidade, viajam há milhões de anos!

O conhecimento esotérico nos diz que há um mundo atômico invisível em cada ser, em cada homem, em cada vida revestida de forma que se reflete em sucessivos e diferentes efeitos na matéria sólida constituída de átomos físicos. Esses átomos, no entanto, não são exatamente os mesmos detectados pelas ciências. Embora detenham segmentos positivos, neutros e negativos com cargas elétricas que ionizam, não possuem as mesmas formas anatômicas em decorrência de suas necessárias atuações noutros campos vibratórios sob as ações de leis desconhecidas das ciências materiais. Talvez devêssemos chamá-los “átomos etéricos” quando tratássemos de nossas vidas etéricas, “átomos astrais” quando tratássemos de nossas vidas astrais e “átomos mentais” quando, da mesma maneira, tratássemos de nossas vidas mentais. Aos átomos do mundo físico concreto, poderemos manter a mesma referência ocultista que os identifica por “átomos químicos”.

Há para as ciências esotéricas sete níveis de matéria, que são: sólido, líquido, gasoso, etérico, superetérico, subatômico e atômico, e os átomos ao transitar de um a outro desses níveis da matéria, mudam a forma, tanto mais ao reagir uns com os outros para resultar noutros elementos. Esses níveis cabem todos no corpo físico humano, conquanto as ciências ocultas sabem que há dois veículos de matéria que compõem a expressão de uma unidade física qualquer. No homem são chamados o corpo denso e o corpo etérico.

Os céticos e pseudo que escrevem sobre assuntos científicos têm achado graça e debochado muito dessas explicações dos esotéricos, porque estando aqueles contestadores uniformemente seduzidos pelos compêndios acadêmicos, somente reconhecem a matéria em três estados: o físico, o líquido e o gasoso, talvez ainda o pastoso. No entanto, fingem ignorar que há grupos de cientistas que percorrem outras escalas das pesquisas, mesmo sem infiltrar-se nos domínios da física quântica, que vão descobrindo outras propriedades mais avançadas da matéria em estado de energia, e apresentam suas teses. Embora esses investigadores representem as ciências materiais, são ignorados em suas conclusões, como são ignoradas as proposições sobre matéria, energia e força, e outras mais, apresentadas pela milenar sabedoria esotérica, que muito antes das conclusões científicas já eram conhecidas.

Ao aceitar que o homem possui outro veículo chamado de corpo etérico, formado basicamente dos quatro éteres que emanam do mundo etérico permeante ao planeta Terra, precisamos ir mais além e entender que há dois outros corpos em níveis vibratórios acima do corpo etérico, chamados corpo astral e corpo mental. Esses três corpos, juntos com o corpo físico, formam o quadrado que simboliza a personalidade terrena. Nessa anatomia, quanto aos aspectos fisiológicos da personalidade, o esotérico diferencia seus conceitos da psicologia em vista de a psicologia sugerir que todas as alterações no comportamento humano sediam-se no cérebro, embora destaque a mente como um elemento quase indissociado do cérebro.

A existência de um mundo atômico em nossas vidas, um mundo invisível ainda para as ciências, é perfeitamente detectável por qualquer pessoa, uma vez que diariamente temos oscilações em nossos humores e pensamentos que nos remetem de um estado de ânimo para outro. E todas as oscilações que sentimos no emocional e as que se passam em nossos pensamentos relativas aos padrões de idéias, estão impregnadas das energias absorvidas pelas células de nossos corpos superiores onde o mundo atômico é indissociado. Para o esotérico isso é mais do que uma certeza, é a realidade insofismável, mesmo porque algumas das causas das oscilações transitam por condutos de sua sensibilidade mediúnica, intuitiva ou desfilam diante da vidência.

As energias absorvidas pelos habitantes da Terra são diversas, provindas de várias direções ou fontes. Mas todas as energias, direta ou indiretamente, provêm do Sol de nosso sistema solar, do cosmos onde se situa a Via Láctea, ou de mais distante ainda. Essas energias ao chegar a nós em fluxos naturais, se difundem pelas células de nossos corpos superiores, após penetrar pelos seus núcleos normalmente representados por um átomo galvanizante de toda a célula, transferindo-se de um nível a outro, e finalmente atingindo os nossos corpos físicos. Em seus caminhos, os fluxos vão deixando rastros de energia que são absorvidos pelos sistemas de nossos corpos superiores. O Sol ao energizar os átomos livres e flutuantes que permanecem na atmosfera da Terra, também propicia a que se formem conjuntos de sete átomos que são tanto absorvidos pela respiração como pelo sistema de chacras de nossos corpos etéricos.

Esse último processo de absorção de energias incorre numa ação mais física propriamente, vindo afetar de modo direto nossas estruturas orgânicas, por se tratar de energias adaptadas a atmosfera do planeta. Há, identicamente, a absorção específica de um tipo de energia através da pele, provinda das refrações dos raios solares, após os raios terem penetrado o solo planetário, e após a energia ter sido requalificada por inteligências do mundo etérico, os Devas que ali trabalham em permanente vigília para o bem da humanidade e dos demais reinos.

De todas as maneiras, os átomos são sempre os principais atores de tudo quanto nos rodeia no cenário da natureza, e no que somos constituídos em nossas organizações de matéria. Nada é perdido após a dissolução da matéria em todos os reinos, há sempre um mesmo número de átomos providenciado pelo Logos ou Deus Criador, para uso, aplicação e transformação nos processos de vida e evolução planetária. Esses átomos são indestrutíveis, e uma vez livres dos aprisionamentos nas organizações das diversas formas da matéria, retornam para seus reservatórios.
Rayom Ra

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