quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Antakarana - II

Para uma idéia mais aproximada possível do que seja a figura do antakarana e suas elevadas funções, não basta tão somente fazer-se uso da filosofia hermética, atendo-se a algumas máximas repetidamente coletadas de outros autores. Ao desejar que o antakarana represente algo - além de um item a mais do conhecimento esotérico - é necessário então meditar por algum tempo sobre sua existência no sentido de que esse esforço, configurado na própria energia do praticante, venha de fato preencher mais uma lacuna da genesis da alma. Nessa aplicação pessoal, o caminho mais eficiente é o da imaginação trabalhada em dois níveis principais: o da personalidade, segundo seus aprofundamentos, e o da alma propriamente, embora seja preciso além do esforço, uma determinação mais acentuada por que no início esse entendimento é bastante nebuloso e não se chega às suas bases com facilidade. Entretanto, pela frequência com que reflexione e medite, o esotérico avançará mentalmente para a ponte que liga as duas manifestações do Ego e por essa persistência ele certamente virá colher algumas reações das correntes de energia e força que automaticamente evoca. É sabido que, sob as luzes e normas do esoterismo, o exercício da imaginação sobre um determinado tema, conjugado à reflexão ou meditação, aproxima conscientemente despertando cada vez mais o conhecimento intuicional do assunto e de sua realidade.

Não obstante, para aquilo que diretamente estamos aqui tratando, um retrospecto se torna necessário no que concerne a natureza da alma para melhor nos situarmos com o antakarana. Recordemos algumas definições e ampliemos outras:

“A alma é o filho de Deus, o produto da união do espírito com a matéria” (D.K.)

Essa definição nos remete ao condicionamento da energia-alma tanto nos planos intermediários, quando o ser em evolução já começa a dissolver suas ligações com “o filho do homem”, como aos planos superiores no instante em que a vida se prepara para assumir sua identidade como “o filho de Deus”. Esse comentário pode parecer excessivamente ortodoxo e enigmático, algo bíblico, porém retrata as vias por onde todas as mônadas passam ou um dia haverão de passar. O filho do homem é a alma terrena – o eu personalidade – ao passo que o filho de Deus é a Alma-Espiritual já sob o domínio da tríade superior em atma-buddhi-manas. Entre um e outro se situa o antakarana que cumprirá o seu papel enquanto a chama imortal – a essência das essências, o princípio, o meio e o fim da manifestação-vida integrada - se descartará de todos os seus invólucros que constituem todas as suas almas. O exemplo mais eloqüente desse avanço está no homem Jesus - a personalidade unificada - que simbolicamente morreu na cruz, voltado para o Cristo mais acima que representa e se constitui na expressão integral da alma externa e interna do próprio homem. Então o antakarana, cumprida a sua existência como a ligadura entre o abaixo e o acima, volta-se também e completamente ao corpo causal ou alma cristificada.

“A união do espírito com a matéria resultou inicialmente numa alma universal, anima mundi, que detém todas as unidades de vida em todos os reinos, num véu único de matéria e consciência em diferentes graus de manifestação. Anima mundi podemos considerar como a própria existência da Mãe do Mundo, porque dela emergem todas as almas que povoam os sete mundos. Em Akaza ou Aether dos gregos, anima mundi, a substância original imaculada em seu princípio de existência, está associada à Mãe Cósmica ou Virgem Maria sendo o impulso que realiza no éter. Essa substância virginal, conhecida pelos orientais por Mulaprakriti, permaneceu e permanece em seu manancial saída de Parabrahman ou Deus Incognoscível, como o princípio do Deus feminino”. (Rayom Ra)

“A palavra alma emprega-se também para designar a soma total psíquica – o corpo vital, a natureza emocional e a substância mental, mas é também mais do que isso, uma vez que se chegou à etapa humana; constitui uma entidade espiritual, um ser psíquico consciente, um filho de Deus que possui vida, qualidade e aparência, uma manifestação única; em tempo e espaço, das três expressões da alma que acabamos de definir:”

1. “A alma de todos os átomos que compõem a aparência tangível.” – portanto o corpo físico biológico.

2. “A alma pessoal ou a soma total sutil e coerente, a que chamamos Personalidade, composta dos corpos sutis etérico ou vital, astral ou emocional e o mecanismo mental inferior. Esses três veículos têm semelhanças com os do reino animal no que respeita à vitalidade, sensibilidade e mental potencial; com o reino vegetal no que se refere à vitalidade e à sensibilidade e com o reino mineral no que respeita à vitalidade e sensibilidade potencial.” – portanto o ego inferior.

3. “A alma é também o ser espiritual ou união da vida e da qualidade.” – portanto o ego superior”.

E, “Quando se estabelece a união das três almas, assim chamadas, temos um ser humano.” - portanto, a perspectiva do Homem Total. (Minha Alma Sua Alma - Rayom Ra – D.K.)

Essa pequena amostra já nos dá a idéia do grau de dificuldade para se conhecer virtualmente a alma, senão por experimentações ou diretamente pela intuição, mas nesse último caso quando se detem o alcance de suas perspectivas pelo alinhamento correto através de seguidas considerações, reflexões, meditações ou apropriadas pesquisas. Tecnicamente, no entanto, podemos nos sair melhor quando entendemos o que sejam as tríades e os três setores que compõem a totalidade do ser humano acima referidos, tais como; 1. Alma-espiritual. 2. Entidade intermediária. 3. Um ser também tríplice. Este último organiza-se com um princípio intelectivo, com um princípio sensitivo emocional e com um princípio etérico-físico encarnado no seu reino, chamado na tríplice totalidade de personalidade ou ego inferior, cujo habitat ele precisa conhecer e transformar para poder crescer e tornar-se numa entidade integrada e autoconsciente.

Basicamente, a manifestação-vida conhecida genericamente por homem, é formada dos seguintes princípios temporais, idealizados pela mônada e tomados respectivamente das leis aplicadas a cada mundo ou plano no que concerne à matéria segundo as estruturas, rotações e vibrações de seus átomos.

A Mônada Divina Incriada ou Espírito

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Corpo Átmico – Espiritual

Corpo Búdico – Intuicional

Corpo Manas – Mental Abstrato

Corpo Manas – Mental Concreto

Corpo Astral – Emocional

Corpo Etérico – Éteres

Corpo Físico – Matéria

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Para a constituição das tríades que darão a formação dos corpos do homem, a mônada trabalha com seus dispositivos hierárquicos. Os planos do universo onde se acha instalado e em plena manifestação o nosso sistema solar, são sete. O esquema acima representa veículos que a entidade homem vem possuir, retirados de cinco planos construídos e trabalhados pelo Logos, embora com desdobramentos, pois o plano mental é um só, porém sob dois aspectos, e o plano etérico é também considerado físico. Os dois outros mundos conhecidos são o plano Adi e o plano Anupadaka segundo a terminologia oriental.

O plano Adi, é a residência do Logos, onde ele estabeleceu o Laboratório para suas atividades a fim de reger os mundos por Ele mesmo construídos com a matéria universal. Neste plano ou mundo, as mônadas aqui também se encontram, tendo vindo à existência com o próprio Logos, estabelecidas sob sete variações básicas ou raios. As mônadas também chamadas de espíritos puros conhecem os propósitos do Logos Criador, vindo se constituir de imediato numa Hierarquia operante em favor do Grande Plano da Criação. Por motivos que desconhecemos, as mônadas não podem descer além do plano imediatamente inferior – Anupadaka – ali se estabelecendo para seu trabalho.

Cada manifestação-vida, trazida a esse sistema solar para evoluir dentro dos parâmetros firmados pela inteligência e necessidade do Logos é uma mônada na sua origem. Os bilhões de mônadas e o Logos na sua generalidade necessitam obter experiências destes mundos criados, para avançar em consciência e poderes, mas devido às leis cósmicas e condições irremovíveis, as vidas, elas mesmas, precisam tomar para si as rédeas do progresso sob todas as condições e poderes dimanados pelo Logos Criador. Isso leva às vidas monádicas a buscar o conhecimento de seus habitat, de si mesmas e de suas origens sob os múltiplos e enganadores véus tecidos pela natureza. As vidas ao avançar para a autoconsciência começam a entrar num estágio mais dinâmico do processo evolucionário, mas ao mesmo tempo pleno de percalços, pelo fato de poderem trabalhar com certa desenvoltura com polaridades duais. O conhecimento das potencialidades dos reinos quer sob a experimentação científica como móvel objetivo quer pelo desnudamento dos véus de uma ciência oculta, trazem o homem para campos aparentemente opostos, sob parâmetros e visões de ângulos diferentes.

Os verdadeiros avanços das vidas no processo evolucionário não caminham necessariamente com a ciência material como muitos supõem. Os caminhos desta ciência são resultados das necessidades naturais para amparar material e socialmente as vidas e alavancar o processo da polarização mental. Os caminhos espirituais não se fazem dependentes da ciência e sua tecnologia, estas no máximo auxiliam, mas em nada determinam. Bilhões de vidas encontraram seus verdadeiros caminhos ao longo da história sem os confortos modernos, ao passo que muitos homens da ciência, e os seguidores de suas irreverentes premissas e axiomas, sendo reconhecidamente capazes intelectualmente, estancaram espiritualmente ante as metas estabelecidas pelo processo evolucionário. Pois na medida em que exploram as inesgotáveis fontes da matéria com ela cada vez mais se identificam, bloqueando as vias sensíveis de seus egos, afastando-se da fonte única e espiritual da qual são originários, e que necessitam reconhecer para nela avançar internamente.

Hoje há enormes enganos sobre a questão da evolução sob os aspectos religiosos, esotéricos e científico tecnológico. O homem afasta-se da sua simplicidade ao redescobrir as intermináveis vias das pesquisas de um universo microscópico e paralelo, conceituando em todas as minúcias possíveis as descobertas como novas e redentoras. Os impulsos da ciência atual são assustadores por estarem manipulados pelas mãos de homens despreparados espiritualmente que visam um caminho estritamente material.

Os parâmetros se invertem e a ciência cética acusa os homens do espírito de retrógrados e responsáveis pelas misérias humanas que a história oficial testemunhou. No entanto, os caminhos iniciáticos do espírito são os verdadeiros e em certas proporções os das religiões, por que nada restará do mundo quando a ambição do homem dominar todos os postos das poderosas organizações quer sejam elas reconhecidas como úteis e filantrópicas ou não. Já se esgotou o tempo de o homem moderno ter acabado com as misérias humanas sob abismais diferenças sociais e raciais por que há recursos monetários sobrando e tecnologia suficiente para vencer muitos dos agudos desafios. Mesmo com todas as pesquisas inúteis de centros tecnológicos especiais que gastam fábulas astronômicas e pouco produzem, bem como de experiências com foguetes espaciais que consomem inacreditáveis recursos, e por tantas outras pesquisas desnecessárias sumamente dispendiosas, sobram economias para transformar o mundo, estabelecer melhores metas para todos os povos e instituir um controle racional e humano da natalidade. A ciência também é de Deus!

Não vamos nos aprofundar nesse tema, já trabalhado noutros textos de nossa autoria para não fugirmos do cerne deste assunto. Entretanto, as alusões não foram ao acaso por que o antakarana e o que a ele envolve, representam para a humanidade avançada a sinalização de uma vertente que conduz à libertação de todas as limitações. Quando a humanidade compreender de fato que todos os recursos para seu autoconhecimento e felicidade estão dentro dela mesma, embora vivendo em dois mundos, poderá usufruir do potencial da matéria através da verdadeira ciência sem apegos, ambições e perigos.
Prosseguiremos.
                            Rayom Ra

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domingo, 26 de dezembro de 2010

Antakarana - I

Para seguidores do esoterismo teórico o conhecimento do antakarana representa mais um importante subsídio acerca do Ego e seus vários segmentos estruturais. Conhecer e saber, guardadas as devidas proporções daquilo ao que temos acesso é importante por que o exercício da pesquisa nos obriga a meditar e a reflexionar sobre os diferentes temas, e assim nos transportam para outra realidade não alcançada pelos malabarismos comuns do intelecto voltado às causas unicamente materiais.

Para os esotéricos que nos acompanham, pretendemos destacar que o antakarana não é meramente uma figura metafórica, produto de elucubrações de místicos para justificar certas possibilidades a que o ser humano esteja incurso em seus diversos estados mentais. Embora todo esotérico e ocultista necessite saber cada vez mais, desejaria aqui acentuar que as denominações de esoterismo e ocultismo nem sempre significam exatamente as mesmas coisas, embora sejam comumente referidas como sinônimos. O esoterismo é amplo e natural, avança para a ciência concreta e oculta num leque bastante diversificado, enquanto que o ocultismo cuida mais especialmente de verter aos segredos da magia e suas forças, através, basicamente, da prática coordenada pela experiência. Entretanto, não existe uma demarcação rígida entre um e outro. Acima dos estágios de aspirante, místico e iniciado menor, o conhecimento equivale-se por que, ao natural avanço nas iniciações, o caminhante precisará já estar de posse das principais experiências facultadas pelos sete raios. Naturalmente falamos do conhecimento acumulado na alma.

Sabemos que a imaginação ocupa papel preponderante na vida do estudante esotérico, pois todo o conhecimento oculto necessita ancorar-se na mente do investigador e não propriamente nas limitações de seu cérebro físico tri-dimensional. Esta é a principal linha divisória que separa o ceticismo do ocultismo, por que o investigador e materialista cético, de modo geral, é incapaz de usar a imaginação senão unicamente evocar a racionalidade do cérebro. O cético vive basicamente de seu cérebro e mente concreta e raramente vai além, recusando-se a aceitar uma realidade transcendente à matéria, vivendo num círculo fechado, não desenvolvendo outros canais que ligam a personalidade ao verdadeiro Ego. Sabe, no entanto, que a origem da matéria como causa é nebulosa para a ciência, por que a matéria em última instância, não é um princípio - é nada - não existindo numa realidade definitiva senão em formas temporais de energia concentrada. E, contudo, o ceticismo não consegue negar por suas próprias pesquisas que os elementos ultramicroscópicos do átomo não são capturados, e nem se sabe exatamente como se apresentam, por que passam instantaneamente de um estado energético desconhecido para outro, deixando unicamente rastros de seus trânsitos.

Ainda bem que os maiores segredos do átomo permanecem por enquanto sob a tutela de grandes iniciados nas leis de Deus. Pois se com o pequeno conhecimento que a ciência dispõe já conseguiu construir bombas infernais e armas nucleares terrificantes que matam milhares em poucos segundos, imaginemos se a fera enjaulada nos homens sem Deus e não controlada por sua ciência já dominasse outros segredos atômicos, o que seria – ou não seria – da humanidade.

Diz-nos H.P. Blavatski sobre o Antakarana: “Esse término tem vários significados que diferem em cada seita e escola de filosofia. Assim é que Zankarâchârya traduz esta palavra no sentido de entendimento; outros de ‘o órgão ou instrumento interno, a Alma, formada pelo princípio pensador e o egotismo (ahankâra)’, ainda que os ocultistas o definam como o sendero ou ponte entre o Manas (mente) superior e inferior, o Ego Divino e a Alma pessoal do homem”

É sabido que o homem tem uma estrutura material, uma intermediária entre o material e o imaterial e a divina isenta de qualquer formação ou subordinação à matéria conhecida. As três grandes emanações do Logos ao construir os mundos e torná-los o campo das experiências e evolução das vidas, propiciam às correntes de energia e força por Ele direcionadas o sentido involutivo, o de aparente estática e o sentido evolutivo. As vidas trazidas para os estágios de experiências nesse grande círculo de manifestação cósmica do Logos Criador, descem inicialmente de um estado para nós subjetivo – embora já seja objetivo a partir do momento em que o Logos imprimiu seu desejo de manifestar a vida num Plano de Criação – se materializam por inerência de leis fora do real alcance de nosso entendimento, e por um longo período ascendem do objetivo para o subjetivo, operando simultaneamente em ambos os planos. Finalmente, num terceiro estágio, as vidas que se adiantam deixam para trás as leis regentes da matéria e meio do mundo, e se elevam sobre si mesmas para mundos superiores. Em outras palavras, ascensionam.

Essas longuíssimas experiências de muitos bilhões de anos terrenos, contados desde o nascimento, apogeu e fim de um sistema solar, somam-se na posterior encarnação do mesmo sistema solar, como é o caso do nosso. As vidas que não conseguiram alcançar os objetivos traçados para o primeiro sistema solar, voltaram para este com suas necessidades duplicadas, uma vez que cada manifestação de um sistema solar traz uma diferente mensagem que no aspecto evolucionário das almas elas devam incorporar. Assim, tanto numa como noutra manifestação do Logos, em seus grandes e menores manvantaras (1) há um mecanismo de reingresso das vidas com suas origens, considerado um processo de recordação para o posterior avanço a novos estágios. As vidas que cumprem os planejamentos traçados pelos mestres raciais avançam no carma, objetivando principalmente a expansão da consciência e libertação dos liames aprisionantes da matéria.

(1) Manvantaras, terminologia oriental, são as manifestações de universos que o Deus Incognoscível traz á objetividade, mesmo considerando as diversas dimensões ou diferentes estados da matéria. Há grandes e menores manvantaras. Aqueles relativos, por exemplo, a um período de 8.640.000.000 anos, representam somente um dia e uma noite de Brahmâ. Por outro lado, uma idade de Brahmâ ou uma centena de seus anos divinos iguala-se a 311.040.000.000.000 de nossos anos terrenos. Um manvantara menor pode representar a manifestação de uma galáxia, um sistema solar, uma cadeia planetária, etc. (Rayom Ra)

As três grandes correntes do Logos, estabelecem os diferentes estágios em que as vidas se acham incursionadas para a obtenção de suas experiências, sendo o Terceiro Logos o responsável pela plasmação dos mundos. Nesse estágio, a consciência dos grupamentos de vidas e da própria matéria em múltiplas formações ainda não se define. Isso somente ocorre com o trabalho magnético do Segundo Logos que vem formar os reinos desde regiões muito acima onde atua na matéria chamada elemental, até o mais profundo da matéria físico-densa representado pelo reino mineral. Daí, já no arco ascensional, virá edificar os demais reinos, em todos eles anexando suas qualidades que, basicamente, identificarão a nota crística com seus subtons que o Logos faz penetrar e externar em todo o sistema solar. Quando as vidas iniciadas - em transição para o meio do mundo - atinjam a etapa do conhecimento consciente entre matéria e alma, o antakarana é mais fortemente ativado, por ser justamente a ponte entre um estado e outro. Depois, num terceiro estágio, a presença do Primeiro Logos virá finalmente ativar as vidas de um poder permanente, o que significa para elas a posse gradual e cada vez maior das glórias de Deus.

A estrutura básica do homem como Personalidade, Ego e Espírito, tecnicamente falando, é análoga às características introduzidas pelas três expressões maiores do Logos Solar. Na primeira encarnação, o Logos enfatizou a necessidade de as vidas recém criadas em suas manifestações finitas, desenvolver o conhecimento da matéria, o que implicaria também no uso de seus poderes em ambas as polaridades. Ao mesmo tempo em que se manifestassem no mundo das formas mais densas, e dele obtivessem seus invólucros, as vidas se aprofundariam nas leis de regência da matéria estabelecidas pela ação construtora do Terceiro Logos.

Essa necessidade e o posicionamento de muitas vidas rebeldes às leis naturais resultariam para elas no adernamento das vias para a ascensão, o estancamento de seus momentos evolucionários e o conhecimento da magia negra. Evidente que as forças cósmicas do mal agiram com maior sucesso sobre essas vidas estagnadas, devido à imaturidade delas e a falta de um escudo mais poderoso da alma. Os poderes da personalidade foram exaltados e levados a ações extremamente eficientes nos confrontos com os opostos, quase se igualando aos poderes da magia negra desenvolvidos na Atlântida pelos mesmos egos em seus retornos ao plano físico, estimulados pelas mesmas forças cósmicas malignas.

É sabido que os egos implementados pelo conhecimento e práticas da magia branca, ou negra, trabalham basicamente nos poderes da matéria física. Suas conquistas, quer no bem ou no mal, impressionam mais pelos resultados visíveis e rápidos, dando a falsa visão de que os poderes espirituais sejam exatamente esses e o mais poderoso é aquele que obtém resultados tangíveis na forma. Esse engano foi o principal móvel que levou milhões de egos à derrocada e os aprofundou ainda mais na ilusão, arrastando-os pelos caminhos unicamente da via contrária. Mesmo os praticantes da magia branca, imaturos ainda quanto ao conhecimento da alma e da curva ascensional a que devam submeter as personalidades para a edificação consciente da manjedoura ou gruta para o nascimento da criança, caíram e ainda caem nas tentações dos efêmeros poderes materiais e egolatria, se afundando. Isso de fato acontece por que amantes dos poderes do ego-personalidade – polarizados unicamente na magia - se recusam a abandonar a idéia dos poderes pessoais, a morrer no tempo finito para renascer sob os verdadeiros poderes de Cristo nas iniciações maiores.

Temos assim que no primeiro sistema solar o antakarana foi alcançado e conscientemente trabalhado por poucos iniciados, justamente os de vanguarda e em número bem menor, que teriam vindo de outras cadeias planetárias, possuidores de iniciações de oitavas vibratórias acima daquelas externadas pelas vidas de nosso sistema solar. Quaisquer que tenham sido essas alternativas, as Hierarquias estabeleciam as metas dos que avançavam bem adiante da grande massa de egos e passavam a se constituir em seus mestres e guias.

No atual sistema solar, em nossa cadeia planetária cujo ponto focal e principal é a Terra, a vinda de Cristo estabeleceu indelevelmente para toda a humanidade a definitiva linha demarcatória entre os que se mantinham internados nos poderes físicos da matéria e os que buscariam desenvolver os poderes do Cristo Imanente. A novíssima mensagem traria o significado único de que num andamento bem mais rápido do que os avanços de milênios até então, a oblação à Cristo proporcionaria a bilhões a visão e experimentação de um mundo espiritual antes desconhecido. A criança nasceria nos estábulos do mundo, em qualquer lugar, sob quaisquer raças ou culturas, cresceria e traria o ego-personalidade a seguidos embates e derrotas para dar lugar ao homem do meio do mundo, morador em dois campos simultâneos: o da matéria e o do espírito, sob a tutela de um ego pensador, uma alma dentro de outra alma, descrita na filosofia oriental como o antakarana ou ponte entre dois mundos.

Rayom Ra

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domingo, 19 de dezembro de 2010

Dualismos


Vamos tentar entender quando não devemos levar ao ridículo as reações opostas que tratem de meros aspectos ou lados invertidos de um mesmo prisma, e quando as polaridades subtraem ou invertem as energias.

Já nos diz a terceira Lei Física de Newton: "Toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentido contrário". Newton, evidentemente, não sacou esta lei por meras elucubrações e pensamentos errantes ao estar debaixo da macieira predileta em que sempre ficava quando pensava sobre a física. Muito menos essas coisas advém a um físico e matemático do quilate de Newton, meramente pelo puro mecanismo do raciocínio. Nada há, pois, novo debaixo do Sol e Newton foi um iniciado nos mistérios.

Como iniciado, e provindo de orbe mais adiantado, Newton já trazia em seu espírito o conhecimento que necessitaria desenvolver aqui na Terra para a evolução da ciência. Ele saberia que os corpos agem e reagem; que há energias e forças livres ou condicionadas na natureza; que a matéria detém suas próprias e inerentes forças, assim como alma e espírito detêm as suas em diferentes planos, padrões e incorporações. Anima mundi, ou alma do mundo, transmite forças e energias, mas estes elementos são trabalhados sobre estados consciencionais diversos, respectivos a cada reino em todas as suas unidades.

O dualismo ocorrido em mesmos padrões serve para avaliar e equilibrar as tentativas ou pesquisas humanas em si mesmas. Se comer bananas d’água faz bem, pois a banana é uma fruta das mais completas em nutrientes, uma pessoa ao comer sozinha de uma só vez uma dúzia e não acostumada a isto, cometeu, no mínimo, uma grande imprudência. O que acontecerá? Algumas reações orgânicas tais como estômago pesado, dificuldades intestinais, enjôos, vômitos ou até coisa mais séria. Seria isso um mal? Sim, mas em termos relativos ao que entenderíamos como equilíbrio alimentar e não como um mal disseminador de forças negativas. Exemplo, sem dúvida, simples e elementar.

Porém, ao se tratar de bem e mal em situações dualistas científícas, filosóficas, esotéricas ou religiosas, estaremos abordando energias e forças incidentes nas polaridades de modos diversos e dirigidos. Quando forças constantes atuam deliberadamente na polaridade negativa com finalidade pré determinada, essas forças provocam uma ação excedente na polarização, obstruindo a reação igual e contrária ao equilíbrio. Sendo isso uma experiência laboratorial permanecerá nas súmulas científicas para qualquer outra finalidade de uso, mas em se tratando de mentes agindo sobre outras mentes, ou sobre efetivas situações dos reinos, virá então tratar-se de ação da magia natural que requer um conhecimento oculto de elementos, energias, forças e verdadeira natureza humana. Então, ora se recai na magia branca, construtiva e conhecedora dos caminhos requeridos ao equilíbrio dos opostos, ora na magia negra, sabedora dos mesmos caminhos da outra, porém destrutiva na sua ação, necessitada, justamente, da polarização negativa excedente para sua artificial sobrevivência.

.A ação continuada sobre a polaridade negativa proporcionou campo para que o mal se disseminasse na humanidade desde tempos muito recuados. Não é possível identificarmos a origem do mal no vasto cosmos do espaço-tempo ou fora dele. Também não é possível crermos que o mal hoje ultra-dimensionado em nosso mundo, tenha se iniciado somente com desregramentos de nossas raças. Sabemos pelos estudos esotéricos que o mal primitivo originou-se nas formações endógenas dos reinos, quando suas polaridades naturais começaram a ser trabalhadas indevidamente nas próprias consciências – ou até mesmo nos embriões do inconsciente – das formações elementais. Quando os reinos se constituiram na matéria densa, as polaridades de algumas dessas formações se distanciaram em situações especiais e ao passar de reino para reino e tomar maior consciência, as polaridades se fixaram mais acentuadamente nas formas. Da vida animal para a humana houve grandes coletivos de espécies que se individualizaram com inclinações negativas e destrutivas, gerando grupos étnicos bastante adernados às diretrizes do Plano da Criação do Logos.

Entretanto, esse mal circunstancial seria passível de ser trabalhado pelos operários do Plano da Criação em tempos futuros quando no instinto germinassem sementes de pensamentos tanto quanto possível mais bem formados. Mas o mal corrosivo e destruidor por natureza viria de fora, incorporado nas consciências de seres da Face Negra desejosos de escravizar humanos para suas finalidades egoístas, avessas e repugnantes. E não somente as etnias instintivas e responsivas ao negativo, porém grande número de outras almas mais bem formadas nos padrões educacionais dos mentores viria aceitar as sugestões melífluas das inteligências malignas ocultas. Desse modo, nas civilizações inicialmente cuidadas e orientadas pelos Mestres Lunares e posteriormente pelos Senhores de Vênus e Fraternidade Branca Universal, o dualismo bem x mal demarcaria limites e avanços. Consequentemente, como o mal avançasse houve inevitáveis destruições de civilizações.

Em tempos recentes, mesmo antes de Cristo, as crenças em deuses sanguinários e perversos foram responsáveis pela disseminação de chocantes sacrifícios humanos e animais, e absurdas adorações. O sangue e as emoções deturpadas dos humanos servem-lhes de alimentos e vida, bem como seres das mais baixas gradações se lançam na própria carne humana. Rituais nefastos que o mal cósmico traria para a Terra, permaneceriam pelos milênios em grupamentos étnicos de todos os continentes, e isso serviu para o recrudescimento e fortaleza das forças negativas até hoje. As guerras, sempre fomentadas pelos representantes do mal em todos os governos, são os instrumentos mais utilizados pelas falanges hediondas a fim de polarizar cada vez mais suas energias destrutivas na Terra, com as quais eles sabem muito bem conviver.

Em tempos de guerra, a energia destrutiva toma e domina os combatentes, despertando-lhes instintos adormecidos que passam a comandar seus mais cruéis atos, transformando-os em vis matadores e desalmados torturadores. Temos tido notícias disto através dos relatos da história e agora somos testemunhas oculares de como os exércitos muitas vezes se tornam irrefreáveis na ânsia de matar e destruir.

O dualismo entre o bem e o mal necessita ser vivamente observado por que as próprias mentes dos caminhantes da via da mão esquerda, sejam eles magos negros, súditos ou aprendizes, estão entre nós em todos os lugares, quer inconscientes em suas encarnações, quer conscientes tanto em corpos físicos como espirituais. Nossas armas também são muitas, mas trabalhamos com as limitações de nossos cérebros físicos, ainda que sob a luz de Cristo; todavia eles nos observam atentamente das suas próprias sombras sem que os vejamos. Infiltram-se subrepticiamente em religiões, grupos espíritas, esotéricos e fraternidades além de entrar em nossos lares. Usam de seus poderes da hipnose, dominando dirigentes e comunicadores justamente nas suas vaidades e ambições. Criam-nos ilusões mentais e se os afligidos não despertam a tempo, dominam-nos completamente destruindo todo um trabalho de edificação. Eis porque tantos movimentos de espiritualistas que iam bem, de repente se acabam mediante dissensões e efêmeras batalhas por poderes. Basicamente, o Orai e Vigiai é nosso escudo verdadeiro.

Gostaria de encerrar esse tema, reproduzindo dois pequenos trechos que se encaixam nas situações aqui abordadas, constantes de meu livro “A Face Negra da Terra – Parte I e Parte III, disponível em Rayom Ra on Scribd

“Uma vez realizada a mortandade, criaturas e mestres, vampirescos, se locupletam com as emanações etéreas do plasma sangüíneo derramado, e com a terrificada energia desprendida pelos egos em pungentes dores, sob cruéis torturas ou submetidos a sádicos rituais de sexo pelos estupradores. A esses mestres, fomentadores dos horripilantes e repugnantes momentos de sadismos e mortes, justificam-se todos os seus brutais e nefandos esforços para a deflagração de guerras ou convulsões sociais, pois conquistaram o que queriam. Aos pobres homens, marionetes das forças negras e das criaturas por elas comandadas, o absurdo orgulho, repito, de se olhar vencedores e heróis, depois da devastação material e ceifar de preciosas vidas humanas que realizaram”.

“A necessidade das forças negras é sempre inverter valores; elas gozam e se locupletam; enchem-se de vazios arroubos; cantam hosanas à vitória do anarquismo sobre a ordem, do atraso sobre o progresso, do mal sobre o bem. Não há valores que mais respeitem; não existe hierarquia que não seja a do mais profundo, indigno e repelente sobre a Terra. Repudiam a luz e a verdade intrínseca à luz, mas não têm culpa disto, por que não podem vê-las e não as vendo não as sentirão; assim jamais as entendem. O seu negro mundo é amplo, tão amplo quanto é na Terra o de seu oposto, mas ainda assim somente incursionam em seu próprio caminho quando realizam hercúleos esforços de oposição a quem simplesmente constrói”.

Rayom Ra

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sábado, 18 de dezembro de 2010

Porque Não Devemos Ignorar As Forças Negras - Parte I

       Deus e o diabo, o bem e o mal, precisam ser passados a limpo sob a ótica da compreensão e senso comum.

       Vivemos hoje em mundos interligados como três círculos que se tocam. O primeiro mundo é o do passado, o celeiro de todas as tradições culturais, a fonte tradicional de tudo quanto o homem precisou dela retirar até ontem, para as conquistas do hoje. Esse mundo, não obstante, não se encontra perdido nos anais do tempo, pois de pouco em pouco, de passo em passo vem sendo desterrado em suas camadas mais profundas para ser reestudado.

       O segundo mundo é o da modernidade, onde o homem e a máquina interagem e não vivem um sem o outro. Em certos momentos a máquina manda e domina, noutros, o homem determina o que a máquina deva fazer, mas logo depois a ela se submete.

       O terceiro mundo decorre do segundo, interveniente ao primeiro. Foi construído, justamente, com os recursos mecânicos do segundo mundo e conecta os povos instantaneamente com engenhos tecnológicos, com telas e teclados; penetra como quer ao pensamento intelectivo; dissemina energias e forças, imprimindo nas mentes valores os mais diversos, falsos ou não, negativos ou positivos. É um mundo virtual, porém muito poderoso e cada dia mais forte!

       De todas as formas, nesses três mundos, chocam-se o presente com o passado, pois as máquinas construídas e programadas pela organização cerebral humana vêm ensejar respostas não dadas pelas tradições dos povos. Mas nada termina exatamente assim, por que inúmeros paradigmas, sem quaisquer respaldos da metodologia científica, resistem firmemente às invasões da mente racional cética e dos mecanismos tecnológicos dirigidos e manobrados para alijamentos definitivos em saneamento da moderna ciência.

       Deus não é uma instituição humana, nem é o diabo. Mas se formos buscá-Lo nas suas origens, sob a custódia das filosofias religiosas ou ocultistas, atestaremos que Deus se sustenta com um poder uniformemente possível, quer admitido ou não, mas a pessoa do diabo nem tanto. Ultrapassadas as crenças, a idéia central é a da premissa de que se Deus criou tudo o que existe, teria forçosamente criado o diabo; logo o diabo seria sua criatura e não o seu igual e oposto.

       Ontologicamente Deus e o diabo estariam em permanente luta. Deus é o Supremo Construtor onde cá embaixo nos mundos dos fenômenos os valores positivos e negativos se antepõem, se revezam, mas às vezes se conjugam para um objetivo comum. E é aqui onde mora o diabo. Para a ciência cética Deus não existe, porém se reconhece uma origem de todas as coisas, um ponto referencial de onde tudo emanou – um big-bang descomunal que trouxe em seu bojo e em seu interior o que hoje se conhece através das diversas metodologias criadas, e, ao que se anseia, mais ainda se descobrirá. Mas o mal veio junto, sob qualquer capa ou pretexto da incoerência humana, acobertado no egoísmo, gerando os crimes bárbaros, as guerras fratricidas, interligado à própria ciência. As aberrações humanas são um mal para aquilo que a ciência queira refazer e ao que pretenda realizar. A ciência, conforme desejaram seus incorrigíveis arautos, jamais conseguiu exterminar os males da Terra, como se a isso pudesse realmente fazer. Ajudou em muito. Impossível imaginar a vida de 6.6 bilhões de pessoas sem a ciência atual. Mas, contrariamente ao pensamento mecanicista de muitos adeptos, em incontáveis situações foi a ciência, justamente, o instrumento que mais ajudou o mal a se infiltrar de maneira aterradora - a se fortalecer continuadamente e avançar em ritmo sempre crescente.

       Se o diabo é somente citado na bíblia 35 vezes, em compensação ora a idéia clara, ora o subjetivismo do mal estão em todas as páginas, começando logo na primeira, em sentido dual, no que é dito: “e viu Deus que a luz era boa”, “e viu Deus que isso era bom”, ou seja, o bom evoca o relativismo do “não bom” – seu contrário. Este jogo de opostos pode não implicitar exatamente o mal, e ao mesmo tempo pode. Mas, em seguida, no paraíso é citado especificamente o mal, e surge a serpente como um elemento não somente fálico, mas portador da tentação de possuir mais. Serpente, diabo, demônio, lúcifer, satã, belzebu, ahrimã, mamon, ou qualquer outra denominação que se pretenda, não é definitivamente um epíteto pessoal, mas o albergamento de valores de polaridades negativas, cujas origens e existências se perdem nas noites do tempo.

       Seria pela crença ou religião? Pela filosofia ou ciência? Pelo medo ou coragem? Desde os mais distantes recantos do cosmos, o mal traz com ele a própria vida num jogo de polaridade contrária, em vias destrutivas e nas inversões.

       O que pretendemos aqui não é sairmos com bandeiras para a salvaguarda da filosofia inspirada em Deus e em suporte de todas as crenças, mas comentar da relação verdadeira do mal como forma, como existência tangível que se encarnou na humanidade, e que a ela passou a pertencer tanto quanto lhe pertença o bem. Se Deus é o criador do bem e do mal - ou eles viajaram com o big-bang, não importa - o fato é que ambos existem naquilo que admitimos como vida planetária, calcada nas experiências humanas de famílias, amigos, raças, projetos, paixões, guerras, crimes e tudo mais – onde, enfim, são encontradas todas as coisas ao redor das quais os homens se movem - sejam ateus, céticos, religiosos ou esotéricos. Porém, é absolutamente inegável o mundo estar cansado de ver o mal em si mesmo se vestir de negro, a agir na inconsciência de grupamentos, etnias ou nações inteiras, a dominá-los e destruir, jamais explicando racionalmente por que faz isto.

       Em princípio, sem nenhuma outra conotação, senão racial e econômica, Hitler preparou a Alemanha para a destruição de judeus e domínio de todas as outras raças, semitas ou não. Porém, criou a igreja nazi como a compensar sua obscura e germinal crença em forças superiores de um deus vingativo que se insurgiria contra todos os que até então seguiam outro deus. Era a idéia religiosa do mal, considerada a partir de uma visão de raça pura, gloriosa e eleita. O nazismo forjado na mitologia nórdica, no martelo guerreiro e invencível de Thor e nos deuses verdadeiros, não lhes mentiria.

       O mal não escolhe lado, nem crenças, lógica ou métodos. Ele os quer a todos, ele sabe trabalhar todas as coisas. Se há um elemento forjado no princípio da polaridade negativa, que emerge para a violação dos impulsos naturais, para vir reger a involução de vidas; que de tudo vem tirar proveito somente para si próprio; que se constrói, se fortalece e se alastra como um cancer, este elemento se encarna naquilo que conhecemos como o mal. É difícil explicar até onde o bem é o bem na sua polaridade positiva e até onde o mal é o mal na sua polaridade negativa. Mas é fácil ver, sentir e entender quando mentes e cérebros estão tomados e saturados pelo pensamento dirigido unicamente para seus únicos e egoísticos propósitos. Assim se formam poderosas energias ou forças destrutivas, como formaram Hitler, Torquemada, Genghis Khan, Nero ou Átila. Ou como os santos papas que mancharam com sangue a igreja de Cristo, por que hereges deviam pagar com a vida, sob torturas e guerras, às desobediência clericais. A bomba atômica matou milhares indefesos, e nem por isso a ciência se culpou ou parou de fazer testes com outras novas e mortíferas bombas.   

       Os magos negros da modernidade, são os mesmo que agiram em defesa do despotismo exterminador ou escravista da igreja; hoje trabalham ao claro ou nas sombras dimensionais que a ciência finge desconhecer, estimulando ou criando novas armas, planejando novas guerras e hediondas mortandades. Nada mudou nas intenções. Unicamente os métodos se tornaram mais fáceis e poderosos, propiciando mais resguardo para os manipuladores de suas criminosas tecnologias. E certeza há de que a Terra já está inexoravelmente dividida, e a luta que se configura e já acontece nos seus preâmbulos será, ao fim de tudo, gigantesca – a maior desde que o mundo é mundo!

       Diz-nos o Mestre Djwhal Khul: “A loja Negra tem suas raízes no plano astral cósmico assim como A Loja Branca e sua Irmandade as tem no plano mental cósmico, ainda que isto seja uma realidade momentânea a fim de acercar-se da culminação e aperfeiçoamento de certas atividades organizadas, levadas a cabo na estrela de Sírios”.

       Volto a falar dos mundos cósmicos acima dos nossos. Nossa esfera de evolução compreende 7 planos ou mundos, conforme diagrama simplificado:

MUNDOS OU PLANOS
1. ADI MUNDO DIVINO “DOMÍNIO DE DEUS”

2. ANUPADAKA MUNDO MONÁDICO
3. ATMA MUNDO ESPIRITUAL

4. BUDDHI MUNDO INTUICIONAL
5. MANAS MUNDO MENTAL

1. MENTAL ABSTRATO
 2. MENTAL CONCRETO

6. KAMA MUNDO ASTRAL
7. STHULA MUNDO FÍSICO

1. ETÉRICO OU VITAL
                                                                                              2. FÍSICO OU DENSO

       Esses sete mundos, planos ou dimensões que representam nosso campo de experiências e ascensão durante milhões ou mesmo bilhões de anos ou mais, são na verdade, juntos, um único plano do Mundo Cósmico, chamado Plano Físico-Etérico Cósmico. Vejamos isso do seguinte modo:

MUNDOS OU PLANOS

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ETÉRICO CÓSMICO

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1. Primeiro Éter Cósmico
ADI LOGÓICO

2. Segundo Éter Cósmico
ANUPADAKA MONÁDICO UNIVERSAL

3. Terceiro Éter Cósmico
ATMA – 3º. Aspecto

4. Quarto Éter Cósmico
BUDHI – Razão

-------------------------------------------------------------------------------------

                                                               FÍSICO CÓSMICO
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                                                              5. MANAS

                                                              6. ASTRAL (KAMA)

                                                              7. STHULA (FÍSICO)

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       Temos assim, por exemplo, que nosso mundo físico denso é somente um subplano do Mundo Físico Cósmico, considerados também subplanos físico-cósmicos nossos Mundos Astral e Mental. Portanto, o Plano Físico Cósmico, é formado de nossos mundos Manas-Astral-Sthula. Do mesmo modo os nossos mundos superiores Adi, Anupadaka, Atma, Budhi, penetrados pelos 4 éteres cósmicos, representam no Etérico Cósmico, somente subplanos. Assim, somando-se os dois esquemas do último diagrama acima, temos na totalidade o Mundo Físico-Etérico Cósmico, o mundo mais inferior daquele universo.

       Isso explica porque seres e entidades de todas as categorias, podem chegar com facilidade em nossos mundos, pois a questão, neste particular, prende-se unicamente às escalas e portais dimensionais.

       Os magos negros, portanto, operantes na polaridade negativa, desde o plano astral cósmico, alcançam o conhecimento através de suas práticas e desenvolvimento mental. Entretanto, a qualidade vibratória de seus corpos é diferente daquela de quem segue os caminhos evolucionários da senda crística, porém não o seu conhecimento da matéria e leis dos planos por onde transitam e operam.

       Este trabalho visa demonstrar porque o conhecimento da natureza e os poderes que os representantes da polaridade negativa possuem não devam ser desprezados, embora não temidos por aqueles que entram na senda da evolução consciente. E como neste instante muitos milhões avançam em direção a este desiderato e tantos outros já ultrapassaram seus umbrais, estes avanços, contudo, não isentam os iniciados conscientes e também os inconscientes que fazem parte da humanidade instruída, mas não esotérica, de se defrontarem com os Senhores da Face Negra e seus asseclas, e dos perigos que adviriam de seus envolvimentos nas teias de Maia, com quedas ou aprisionamentos.

                                                                     (Prosseguimos na Parte II)

       Rayom Ra

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       [Os textos do Arca de Ouro, de autoria de Rayom Ra, podem ser reproduzidos parcial ou totalmente, desde que citada a origem]

Porque Não Devemos Ignorar As Forças Negras - Parte II

       Quando falamos de Forças Negras, não estamos nos referindo a seres ou almas que simplesmente vivem à sombra da luz, por ignorância ou caminhos errantes, onde perderam os rumos de seus destinos. Os chamados Magos Negros ou Senhores da Face Negra, não são absolutamente desta categoria de mentes iludidas, dominadas pelos vícios e prazeres da carne que como tal não têm nenhum poder sobre si próprios. Os Senhores da Face Negra, bem ao contrário do que apregoam alguns espiritistas e pseudo ocultistas, são seres altamente inteligentes que desenvolveram o aspecto vontade em suas mentes, sabendo o que desejam e como atuar com seus poderes para chegar aos objetivos.

       Tal como a Fraternidade Branca e seus contatos, aqueles, em réplica negativa, possuem seus respectivos escalões na Terra recebendo forças adicionais  - quando necessárias para seus planos - de outros escalões maiores e cósmicos de bilhões de anos no universo, cujos representantes de tempos em tempos se trasladam de um sistema solar a outro, associados ou em circunstanciais conluios com núcleos iguais em planetas de matéria física ou não.

       Reproduzimos, a seguir, trechos ditados pelo Mestre Djwhal Khul para A.A. Bailey, onde são destacadas precisas informações sobre a vida iniciática de seguidores de ambas as polaridades na Terra, uma vez que este tema, para melhor entendimento, requeira avançarmos para campos da sabedoria oculta e suas inerências.

       A Hierarquia Planetária da Fraternidade Branca é evidentemente formada por seres de grande sabedoria e luz. Na Terra fazem cumprir as mesmas leis evolucionárias a que estão submetidas todas as cadeias e vidas de nosso sistema solar, nos cinco mundos objetivos de diferentes graus vibratórios. Como tal, inumeráveis vidas que se inserem no programa orientado para este sistema solar são oriundas do sistema solar anterior do qual o nosso é sua segunda encarnação, ou para cá viajam de outros sistemas solares para estágios de aprendizados ou missionários. Assim, essas vidas estarão incluídas no processo evolucionário da via cármica sublimatória em Cristo, ou, por infelicidade, como acontece, poderão cair na via da mão esquerda de que estamos tratando, polarizando-se nos poderes da matéria.

       A Entrada Através dos Portais da Iniciação

       Logicamente, se evidencia que o emprego da palavra “Portal” é puramente simbólico. A interpretação que se lhe dá o estudante esotérico comum e o teósofo ortodoxo é a de um ponto de entrada que para ele significa a oportunidade oferecida de passar por uma nova experiência e revelação – grande parte daqueles a considera como devida recompensa pela disciplina e aspiração, sendo, não obstante, uma interpretação de importância secundária, baseada em anelantes desejos.

        O Portal da Iniciação

        O verdadeiro significado da frase “Portal da Iniciação” é obstrução, algo que fecha o caminho que deva abrir-se, ou que se interpõe ao aspirante ocultando seu objetivo. Este significado é dos mais exatos e o aspirante captará mais facilmente sua utilidade. Se imaginarmos um homem avançando no sendero evolutivo, até que um dia se encontre diante de um portal aberto, pelo qual possa passar tranquilamente, estaremos muito longe da verdade. (...) Logicamente deve haver uma sedimentação de seu caráter, presumindo-se que seja estável no equipamento do candidato. Estas características, por oportuno, têm pouco a ver com a iniciação e com o fato da abertura do “Portal” que conduz ao sendero.

       Indicam, verdadeiramente, a etapa alcançada no sendero de evolução como resultado do experimento, da experiência e da contínua expressão que deveriam ser comuns a todos os aspirantes que tenham alcançado a etapa em que enfrentam o discipulado, por que são do despertar inevitável e significam simplesmente a reação da personalidade no tempo e à experiência. Entretanto, é verdade indiscutível que ninguém pode atravessar este portal sem antes haver despertado as particularidades do caráter, e isso se deve a que o aspirante progrediu até certa etapa do despertar, obtendo automaticamente alguma medida de autocontrole, compreensão mental e pureza.

       Quero assinalar também que até o mago negro possui estas qualidades, pois são o sine qua non de toda arte mágica, tanto negra quanto branca. O mago negro atravessa pelo portal da iniciação que se abre duas vezes nas duas primeiras iniciações. O atravessa por força de sua vontade e realizações de seu caráter, por que o aspecto da alma que é consciente do grupo está nele tão ativo como está em seu irmão que trata de afiliar-se à Grande Loja Branca. Sem dúvida, o mago negro carece do aspecto amor. Não esqueçam que tudo é energia e nada mais. À energia, aspecto da alma, que denominamos atração magnética (a qualidade que constrói o grupo), dela compartilha o mago negro juntamente com o aspirante espiritual. Essencialmente é consciente do grupo e, ainda que seus motivos sejam separatistas, seus métodos são os do grupo e somente pode obtê-los da alma.

       Aqui temos novamente outra razão pela qual a Loja de Mestres não considera a primeira e a segunda iniciações como iniciações maiores, porém sim a partir da terceira (1) por que na terceira iniciação toda a vida da personalidade está inundada com energia procedente da Tríade Espiritual, via “pétalas do sacrifício” (2) do aspecto vontade e propósito da alma. A este tipo de energia o mago negro não responde. Pode responder e responde ao conhecimento – muito antigo e duramente adquirido – acumulado nas “pétalas do conhecimento” da alma; pode apropriar-se e utilizar a energia de atração (erroneamente denominada de amor por alguns estudantes), acumulada nas “pétalas do amor” da alma, porém não pode responder nem empregar a energia do amor divino expressada no Plano Divino, o qual controla todo conhecimento e o transforma em sabedoria, pondo em ação e aclarando o móvel que põe em atividade a atração magnética amorosa, que chamamos consciência e coesão grupais verdadeiras.

       Neste ponto, os dois caminhos – escuridão e luz – divergem amplamente. Até o não recebimento da terceira iniciação, a ilusão pode condicionar a atitude de quem trata de compreender a vida de um homem no sendero e ainda confundir o espúrio com o real. O mago negro leva também uma vida disciplinada, análoga ao aspirante espiritual; pratica a pureza para sua própria proteção, não com a finalidade de ser um canal para a energia da luz; trabalha com poder (o poder da atração magnética), e com grupos, porém para seus próprios fins egoístas e satisfação de seus pessoais propósitos ambiciosos. Porém, na terceira iniciação, ao verdadeiro iniciado espiritual chega-lhe a revelação, a recompensa da perseverança e a pureza corretamente motivadas – a revelação do propósito divino, tal como a alma o registra em términos de plano hierárquico, ainda que, todavia, não em términos de mônada. A este propósito e a amorosa Vontade de Deus (empregando uma trivial frase cristã), não pode responder o irmão negro por que suas metas são diferentes. Eis aqui o verdadeiro significado da frase a miúdo empregada e mal interpretada, “a separação dos caminhos”.

       Porém, ambos os grupos de aspirantes (os negros e os brancos) permanecem ante o portal da iniciação e dão os passos necessários para abri-los em duas ocasiões similares. Ambos se sobrepõem ao ilusório depois da segunda iniciação, e veem claramente o caminho que têm adiante, porém suas metas surgem amplamente diferentes; um, olha o amplo caminho que conduz cada vez mais profundamente para a matéria e ao materialismo, à obscuridade e ao “poder negro”, outro leva ao caminho reto e estreito, ao sendero do fio da navalha, que conduz para a luz e vida. Um dos grupos jamais se liberou dos princípios que regiam o primeiro sistema solar, princípios totalmente relacionados com a matéria e a substância que foram, naquela época e período (tão remotos que sua antiguidade somente pode ser estabelecida em números super astronômicos), os fatores condicionantes para a iniciação de então. Certas unidades da humanidade existentes naquela época, estavam tão completamente condicionadas por estes princípios materiais que deliberadamente não se haviam preparado para captar outra série de princípios (mais expressivos de natureza divina), que seus propósitos seguiram, sendo materialistas, “fixos e egoístas”, e devido a eles criaram inteligentemente uma planificada distorção da vontade divina.

       Temos aqui um indício da natureza do mal e a chave de uma parte, somente uma, do mistério encerrado na enunciação de que o mal e o bem deveriam se ter superado, passando a um bem maior e mais includente. Recordem que os magos negros de hoje foram os iniciados de um sistema solar anterior. Quando o portal da iniciação estiver preparado para abrir-se pela terceira vez, então os caminhos se irão separar-se. Alguns seguem a intenção egoísta e a fixa determinação de continuar nessa condição separatista da matéria, enquanto que em outros a vontade divina estará claramente plasmada, convertendo-se em poder motivador de suas vidas.

       A Grande Loja Branca de Sírios instruiu para que o portal permanecesse fechado pela terceira vez aos irmãos da obscuridade. O mal, tal como o entendemos, não tem absolutamente cabimento em Sírios. Para o mago negro, na terceira oportunidade o portal de iniciação apresenta uma barreira e um obstáculo insuperáveis; para o verdadeiro neófito espiritual significa “superação”.

       (1). Ver nossa obra:  (clique no título) NO ARCO DAS INICIAÇÕES
       (2) A referência às pétalas do sacrifício é relativa ao corpo causal do ego, cuja contextura é semelhante a de um lótus, com três carreiras distintas de pétalas, contendo cada carreira três pétalas. Da carreira mais interior para a mais exterior, temos o seguinte.
 
       A primeira carreira, denominada de pétalas do sacrifício, detém a seguinte disposição cromática: a) pétala 1, cores amarelo, laranja, verde, violeta e rosa. b) pétala 2, cores amarelo, laranja, violeta, rosa e azul. c) pétala 3, cores amarelo, laranja, rosa, azul e índigo.
       A segunda carreira, denominada de pétalas do amor, detém: a) pétala 1, cores rosa, laranja, verde e violeta. b) pétala 2, cores rosa, laranja, e azul. c) pétala 3 cores rosa, laranja, amarelo e índigo.
       A terceira carreira, denominada de pétalas do conhecimento, detém: a) pétala 1, cores laranja, verde e violeta. b) pétala 2, cores laranja, rosa e azul. c) pétala 3, cores laranja, amarelo e índigo.

       Há ainda um quarto segmento no desenho do corpo causal, que é seu núcleo onde três outras pétalas permanecem fechadas até que todas as demais hajam se aberto, conhecido na sabedoria oriental como “a jóia do lótus”.

       Com relação às pétalas do corpo causal, reside nelas a grande diferença entre os adeptos da magia negra e da branca, visto a sequência da segunda carreira de pétalas do lótus somente se abrir mediante a ação crística do amor-sabedoria, o que os Senhores da Face Negra se recusam a cumprir e, portanto, não poderão avançar mais por este caminho de libertação dos liames da matéria. Para nós, o futuro dos magos negros, de evolução iniciada em tempos imemoriais da primeira encarnação de nosso sistema solar, permanece envolta por algumas hipóteses dos antigos ocultistas. Uma delas é que tendo se colocado contra as correntes do processo evolucionário, os adeptos da magia negra romperão suas ligações com o corpo causal e com suas mônadas, perdendo assim todos os bilhões ou trilhões de anos de suas vidas pregressas do processo evolucionário. Entretanto, não sabemos realmente seja esse o destino final dos caminhantes da via da mão esquerda, pois mais adiante os que se acercaram dos ensinamentos dos mestres da luz os perderão de vistas não podendo mais ser contaminados e nem subjugados pelos seus negros poderes, por estarem libertos das influências das polaridades que oscilam entre a luz e as sombras.

       Rayom Ra

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segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Umbanda Luz Divina na Terra!

Minha felicidade foi enorme ao tomar conhecimento da mensagem de Sanat Kumara – Aruanda, Esu e os Esséias - desvelando-nos as origens cósmicas de Umbanda. Minha felicidade foi ainda maior porque sempre fui intuído sobre o nascimento de Umbanda fora da Terra, e sua ancoragem em Atlântida para começar a atuar em auxílio de raças e etnias de todos os níveis humanos, através de incontáveis milênios de nosso calendário terreno. Não houvera antes entendido, no Grupo que dirigi, como um Kumara era visto ora em dias de Umbanda, de missas gnósticas, rituais ou sessões de curas, atuando nas correntes distintas, se ao meu entendimento os valores vibracionais diferiam de diapasão. Foi preciso Caboclo Pena Branca dizer-me, bem antes de o Grupo crescer e se tornar adulto, de suas iniciações e conhecimento de membros da Hierarquia Planetária para que eu pudesse estabelecer a ligação, e entender um pouco melhor a intrarelação entre os setores hierárquicos e a Umbanda, ainda que sem a profundidade que gostaria.

Passagens de minha vida esotérica, principalmente como umbandista, trouxeram-me certa maturidade que julgo hoje possuir em relação ao que pratiquei e cumpri, e, principalmente, do que aprendi no convívio com diversas personalidades humanas mergulhadas nos véus da matéria física, nos desejos egocêntricos, contradições, soberba e transbordante e agressiva auto-estima. Nada tenho a envaidecer-me, senão comemorar a existência de tão grandiosa instituição chamada no Brasil de Umbanda, em suas diversas linhas de trabalhos. Pois a Umbanda é de todos e para todos, pertencente mesmo àqueles que optaram por outros cultos religiosos e que hoje, pela mais profunda ignorância de suas origens a desprezam, condicionados pelos errados ensinamentos de orgulhosos pregadores em púlpitos sacerdotais. Chegará o dia, ainda nesse novo século, em que a Umbanda verdadeira mostrará a todos sua plena divindade, despida de todos os véus com que necessariamente foi envolta através dos milênios, para assim poder co-existir com as culturas dos diferentes povos.

Não existirão paraísos na Terra enquanto estivermos atravessando esses momentos evolucionários em que os mais agudos conflitos se externam e provocam turbulências. O mundo ao redor é a projeção das ebulições das almas que em nós vivem. Aqueles que conseguem domar os seus mais perversos instintos transportam-se para uma nova realidade, se isolam em seu novo universo interno e tanto quanto possível se protegem. Mas a escalada continua e sempre haverá os rescaldos das imperfeições renitentes ou os ataques impiedosos das forças negativas, que muitas vezes arrastam egos de volta para os patamares inferiores de suas próprias criações, onde renascem os males que voltam a aprisioná-los como antes.

A Umbanda é mensageira do bem; é a voz e a atuação da magia branca que mexe com os valores internos e externos de um ego, que o encanta e seduz por seus ritos, oferendas, histórias, cantos e mitologia. A riqueza de Umbanda atravessou os milênios, deixou-os para trás sob as cortinas imemoriais trespassadas tão somente pelos grandes magos e mestres que primordialmente a introduziram nos espaços de nosso planeta.

A Umbanda na sua essência é a pura magia dos mundos superiores, o encantamento divino - o verbo. A fixação de suas forças cabalísticas nos terreiros vem diretamente com a lei da pemba através dos pontos riscados. A ligação subjetiva com as forças naturais acontece pelas oferendas limpas e puras. E a incorporação dessas forças é pelo transe mediúnico. As correntes mentais e os pontos cantados fazem atracar em torno do campo de energia sustentado, cada uma de suas sete forças astrais para interagir com as necessidades dos trabalhos. Esses são alguns dos principais aspectos das atividades de Umbanda.

Mesmo que sua história demonstrasse a necessidade de a Umbanda precisar usar outras vestes desde Atlântida, segundo as culturas dos povos, e vir oferecer-se ao mundo com alguns sincretismos introduzidos de outros segmentos de magias, a Umbanda manteve-se sempre incólume nos seus lídimos princípios em pináculos espirituais. E esses princípios coesos, harmoniosos e superiores nem sempre puderam se manifestar na Terra como deveriam. A Umbanda é Umbanda e nada mais. Nenhuma outra incorporação de mitos, práticas, sacrifícios e revelações humanas que acabam por produzir práticas mistas cognominadas de Umbanda, é a verdadeira Umbanda.

Houve e há belas práticas de magias nos legítimos candomblés, e muitos trazem nas suas histórias, justamente, capítulos do passado atlante, onde cultos foram conservados nos atavismos africanos. Entretanto, ainda assim nunca foram Umbanda e nem deram origem a Umbanda como é hoje declarado, mas trabalhando duramente a fim de manter suas belas tradições em tempos de escravidão, prepararam o caminho para o renascimento histórico e humano de Umbanda em solos brasileiros.

É chegada a hora de a Umbanda novamente agir na Terra como nunca. Os raios de uma Nova Era já despertam a manhã dos novos tempos. Os Mestres do Saber acordam a humanidade para a ativação das energias de Umbanda em seus corações, mentes e corpos astrais. Os segredos de Umbanda, tão zelosamente guardados por tantos selos da magia branca, virão a ser novamente abertos um a um para a humanidade desperta que a praticará com toda a naturalidade e amor sob o signo da irmandade em Deus. Algumas revelações já começam a descer dos páramos superiores a se oferecerem para os eleitos e ativos neste interlúdio planetário.

Tive a oportunidade de conviver com a Umbanda. A caminhada não podia ser somente gloriosa, cheia de flores, romantismo e poesia. Embora isso felizmente também exista, jamais alguém se engane sobre esses momentos de oásis e nunca duvide que os caminhos iniciáticos na Umbanda ou no ocultismo em geral sejam difíceis, cheios de percalços, decepções e traições.

Amigo, se você um dia desejar ser umbandista e honestamente não procurar trabalhar as imperfeições mais daninhas de sua personalidade e não buscar na Umbanda os caminhos internos, você jamais a entenderá e nela, em verdade, pouco terá avançado. Não sendo assim, a Umbanda que terá diante de si será unicamente vista e sentida pelos reflexos de um espelho e nunca pelos raios que incidem nesse espelho.
Rayom Ra

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Revelações de Sanat Kumara

ARUANDA, ESU E OS ESSÉIAS

Salve a luz de todos os Mestres de Aruanda, pórticos da perene porvindoura iluminação da Terra! Salve a plácida bonança dos tempos imemoriais da Unidade e da Perfeição!

Eu vos saúdo, fihos do mesmo Pai de todos os Kumaras e de todos os anciãos, de todos os reinos e de todos os seres da infinita e eterna Criação! De galáxia em galáxia vínhamos perlustrando todas as sendas de conquista da sabedoria divina e do envolvimento com as aberturas das portentosas escamas energéticas da densidade da matéria. Eram verdadeiros portais de insofismável fortaleza cuidadora, que somente Deus poderia construir para adestrar os seus rebentos na Luz de Seu apoteótico Saber! Bem além do que vossas mentes possam penetrar, um reino de deslumbramento me intrigara naquela ínterim de minha evolução, naquele tempo já desdobrada em milhares de faces de experiências na unicidade e integralidade da perfeição do Cosmos !

Fomos em comitivas e exércitos, muito antes que tomásseis conhecimento de que a Terra iria existir neste corpo nebulósico onde vossas almas transitam desde imemoriais transferências migratórias de vossos e outros bilhões de seres de outros continentes univérsicos. Mestre Zerah nos convidava a conhecer um universo de tribos espetaculares em forma de bolhas cósmicas de cores múltiplas e fosforescentes, espraiadas em paisagens paradisíacas por aquele recanto galáctico, irmão paralelo de vosso universo físico, mas na dimensão mais quintessenciada que nossas almas já vividas em éons de estreitezas com as obras do Criador jamais havíamos penetrado até então. Como governador de Alcíone, naquele tempo sem tempo, quando nem mesmo pensávamos que num tempo vosso de contingências evolutivas para a ascensão dos povos miscigenados da Terra essa mesma tenda de amparo divino a vossos espíritos, na forma de globo de um azul promissor, necessitaria da intervenção da Aruanda, a gigantesca nebulosa paralela à Via Láctea, sutilíssima e invisível em vossos céus, sobreposta galacticamente como outro universo de luzes ofuscantes, enfeitada pelas moradas cósmicas dos seres detentores dos mais esplêndidos poderes mágicos de transmutação alquímica de todos os elementos dos reinos materiais de vida, Mestre Zerah nos deu 7 chaves douradas de tamanho impensavelmente delicado.

Eram as 7 chaves dos templos mais ricos de Aruanda, dentre outros de encantadores diferentes estilos e atribuições onde, naquele interregno de tempo, quando chegou a nossa hora de estarmos com os deslumbrantes seres desta galáxia de grandeza incalculável, abriríamos com essas chaves os templos da Iniciação mas espetacular da 49- dimensão. Zerah ou Hylion, que dentre outros expoentes de Sabedoria CosmoSolar, transmutado à dimensão de nosso plano, passando a habitar Vênus, por misteriosos, sábios, inquestionáveis e premonitórios desígnios divinos, trouxe aos Kumaras a sabedoria mais ancestral deste povo de nobreza, sabedoria divina e brancura cristalina exuberante, povoando o circuito venusiano de pulsação de vidas espirituais, além de nós, de parte da população daquelas esferas-moradas dos poderosos mestres alquímicos de Aruanda.

Chegaram ao nosso plano também nestas bolhas, cópias-maquetes de suas tribos, em tamanhos minimizados, tais quais naves transparentes, embora suas luzes em matizes fulgurantes, os milhares de seres de Aruanda que passariam a partilhar de nossas vidas em Vênus, a fim de que pudessem transmitir a nós e mais tarde à futura Terra, que nem mesmo existia, os galardões de sua sabedoria ancestralíssima, de éons dimensionalmente muito superiores aos que nós havíamos perlustrado em nossos próprios éons de jornadas e experienciações diversificadas em muitos milhares de planos dimensionais, em esquemas e gradações dos incontáveis planetas disponíveis no espaço, o útero materno da Divindade.

Essas bolhas vinham com o nome de tribos de Essânia, reinos de Essu, dado que, dentre elas, havia vindo para Vênus o seu governador Essu, o maior dos guerreiros Essus, ou essênios, ou esséias, aquele que aí na Terra chamais de Yeshua, ou Esu. Sua alma gêmea, a Deusa Ishtar, passou a estar em Vênus e durante bilhões de séculos conviveram juntos, dando ao nosso próprio planeta o nome de Ishtar, pelo cargo majoritário da Deusa Ishtar na condução de um de nossos maiores continentes venusianos. Passou Vênus a ter perante todos os majestosos governantes de orbes da mesma grandeza o referencial de Estrela Ishtar ou a Nova Essânea. Naquele tempo Essu e Deusa Ishtar tiveram filhas de seu grande amor, as quais foram chamadas de 'As TheIshtaras' ou as semeadoras de Thea, a aliança das 7.000 tribos de Deusas Femininas de Aruanda, dentre as milhões de tribos outras de Magos Brancos e Deusas-Mães dos novos fetos planetários semeados pela comunhão do Pai com a Mãe, Mãe-Espaço, nutridora de todos os planetas, estrelas e sóis, como regaço uterino da Polaridade Feminina da Criação, além do seu intrínseco atributo de Pomba Branca de Deus, ou a Voz Irradiadora da Vontade Divina.

Ambos, Essu e Deusa Ishtar ou Nadja, a estrela Ishtar, após éons em Vênus, vieram para a Terra, em missão neste vosso planeta que irá ser, daqui a alguns bilhões de anos, o Centro Planetário das Convenções dos Governantes da Via Láctea, após chegar aos padrões vibratórios de Vênus, tendo sido e agora ainda sendo restaurado de suas enfermidades planetárias mais impeditivas de sua permanência na órbita solar, pela intercessão dos Kumaras, guiados pelas tribos de Essu e Nadja e todas as outras fecundas, misteriosas, poderosas, transmutadoras e milagrosas Chamas Vivas, os seres de Aruanda, em seus beneplácitos corpos de luz, nos matizes mais divinos e resplandecentes que jamais havia contemplado, este que descortina a vós mais um dos véus de Ìsis: ARUANDA desvelada! Provindos de Aruanda ou de Essânia, Essu e Nadja detinham, ao lado de todos os seus conterrâneos galácticos daquelas eras anteriores às suas descidas para Vênus, que compunham as tribos e cidades de arquitetura indescritível, o conhecimento sagrado dos Códigos de Vibração das Virtudes da Coroa Divina, a AUM BAN DHAN.

Em Aruanda, a AUM BAN DHAN era e É, até que se dissipem todos os planos divinos quanto às vidas espirituais conscientes nos esquemas planetários de matéria fluídica universal, a FONTE SAGRADA de todos os registros e de todos os arsenais de condução cósmica dos corpos estelares e dos seres criados decaídos, desde os albores dos inícios de toda a Criação, no universo imediatamente mais próximo do nosso plano virginal, que possa ter sido a nossa estância primeira de vida como anjos em culpa, o portal primordial de nossas descidas às histórias de todos os seres criados, em viagem voluntária ao reino da materialidade e da instintividade.

Os Kumaras foram com suas 7 chaves cedidas por Zerah, o mestre de Essânea, o governador galáctico de Aruanda, apreender em seus respectivos 7 sagrados templos iniciáticos sobre os cristais espetaculares que aglutinam os completos e verdadeiros registros akáshicos siderais, de contextura fluídica e alcance magnético superiores ao total de dimensões de vossos universos materiais, onde toda a ciência divina de Alquimia e da Construção das Formas, dos Símbolos, os Elementos Sutis ou matrizes dos reinos elementares da Terra e de outros orbes e os arcabouços da Matemática e da Sabedoria Oculta sobre os Poderes Divinos ali estão representados, mas sob a égide condutora dos seus manipuladores mais ancestrais de toda a eternidade, os ARASHAS OU ORIXÁS conhecidos apenas pelos povos de ARUANDA.

Os 7 templos eram os reinos dos 7 ARASHAS de envergadura divina, ou os vossos 7 mais majestosos ORIXÁS dos cultos de AUM BAN DHAN, os que são genuinamente conectados às tribos essênias e aos exércitos de seus guardiões, os esséias, que, em Jesus e Nadja descendo a Vênus e posteriormente à Terra, deveriam trazê-los totalmente protegidos de todas as ciladas dos tempos da matéria e das circunstâncias da 'vida espiritual em vasos físicos' nesta matéria densa de vosso planeta, que os poderiam arrastar para esquemas de involução jamais possíveis para os seus postos ilustres nestas regiões paradisíacas da Luz Divina e de toda a Magia da Criação.

Os ESSÉIAS, e Yeshua era um deles, especializaram-se nos suprimentos de sabedoria sobre as propriedades e o eletromagnetismo dos átomos de todas as substâncias dos elementos de todos os planetas dos universos de vida material, mesmo que modificados por regime de adaptação em universos outros. Polarizavam, em seus corpos translúcidos e fosforescentes, centenas de enigmáticos fulcros de transformações moleculares, tais quais centros de força incrivelmente possantes e determinadores do êxito dos objetivos que os faziam acioná-los. A eles, seres robustos e altos, de antenas como as de Ísis, fazendo-nos crer, à primeira vista, que eram tais quais tótens cósmicos, e a vós tais quais vossos estigmatizados demônios, foram impingidos e neles incrustados, na forma semelhante a de vigas de aço espiraladas, em movimento constante em seus corpos gigantescos, estes fulcros dissipadores de quaisquer resíduos cósmicos de dardos desferidos pelos sacerdotes galácticos do Mal (*).

Portando emblemas de seus meritórios serviços aos universos, com seus currículos sem condições de apreciação por vós e pelos vossos parâmetros de vosso tempo e de vossas medidas, o seu poderio da atuação abrangeria o domínio, a implantação, o controle e a superior administração de todos os elementos primordiais que formariam os reinos naturais dos planetas de primeira à quinta dimensão, e dentre eles a própria Terra, a fim de estabelecerem a ordem e o absoluto controle sobre todo o equilíbrio da vida atômica, molecular e monádica dos reinos mineral, vegetal, animal e hominal e da substância etérica primária, o Éter Físico de cada moradia cósmica, até a completa ascensão dos seres às suas escadas convergentes para o Um, a Consciência Unificada em parte do Corpo Cósmico Divino.

Mais tarde voltariam, após ter sido Esu vitorioso no seu intento de Cristificar a Terra, para auxiliarem a humanidade no seu período cíclico mais difícil e mais intrincado, este vosso ciclo do vosso 'hoje', o qual a humanidade terrena está enfrentando com as suas inúmeras conjunturas e interferências de intentos díspares, de povos de muitos sóis, estrelas e planetas de universos vizinhos, para que a Terra que Cristo, como Esu, palmilhou, possa ser o novo Sol, daqui a bilhões de eras, sob o comando dos filhos de Zerah, os zeladores dos Discos Solares de poder sobre esta constelação Láctea, Akenathon e Nefertiti, enquanto que ainda agora, em vosso tempo atual, Esu e Nadja voltam ao cenário espiritual da Terra, como mantenedores da chama sagrada do Coração do Planeta Terra, através dos símbolos essênios da Cruz e do Coração, do Sol de 17 pontas de Aruanda e da Rosa Vermelha da pulsação da vida da Deusa Ishtar e suas Ishtaras.

Aruanda, os arashas, os essênios, os esséias, os venusianos e os seus filhos azuis que ascensionaram na Terra, e são hoje vossos mestres da Grande Fraternidade Branca Universal, estão todos mesclados há éons, tendo formado mais uma raça adjacente de todos os seus encontros de amor cósmico universal imaculado, a partir dos Erês, um dos reinos do Arasha Yori, ou as crianças espirituais da AUM BAN DHAN, quais sejam as que estais a conhecer como crianças indigo e crianças cristal, em próximas missões na Terra como os mais novos semeadores dos futuros radiosos que esperamos deste vosso grão estelar, quase extinto em tempos idos, pela força corrupta dos inimigos da luz nos bastidores da imensidão do espaço cósmico, cujos meandros sobre as suas vidas extrafísicas pululantes no mal ainda não tendes tido o total conhecimento.(**)

Tendo ESU descido à Terra como Jesus, ou como o Ser Alquímico Transmutador do Karma Coletivo da Humanidade, estava estabelecido em conselhos anteriores à formação da Terra que, como entidade responsável pela implantação da futura AUM BAN DHAN, a Doutrina da Magia Divina dos Arashas, e como o Instrutor do Mundo, por ser um esséia e abarcando em seu espírito magnífico e esplendoroso toda a riqueza de sua devoção e extrema conexão com o ARASHA ORIXALÁ, o célebre e divino sábio essênio-esséia encarnaria primeiramente na antiga Atlântida, como Mestre do Templo do Sol, em Tiahuanaco, auxiliando Tamathaê, seu filho em Vênus, a ser precursor dos cultos e celebrações de toda esta suntuosa e excelsa doutrina de Aruanda.

Tamathaê, João Evangelista ou Francisco de Assis, por sua vez, sempre teve sua contraparte gêmea no Universo Transdimensional do Triângulo e da Cruz, seu irmão hoje conhecido como Ramatis. Ambos, de forma natural, naquela época, habitavam um mesmo corpo na Atlântida, em alternâncias de identidades, por centenas de anos, até que Ramatis, em sua personalidade atlante, por dever fazer seu trabalho de plataforma de sua próxima condução da direção espiritual magística do Planeta Terra, como dirigente especial alquímico da nação brasileira, cujo regaço integra hoje algumas partes distintas da Atlântida e Lemúria, deixou-o aos cuidados de Esu e rumou para Vênus, transladando-se em questão de segundos, de onde enviaria instruções dele mesmo e de toda a sua bagagem em Ciência Ancestral Integral e dos recursos logísticos da magia alquímica dos seres de Aruanda, a esta altura já presente há éons em nosso esteio dálvico (estrela d 'alva- Vênus), alicerçando seu irmão gêmeo em carne humana nos confrontos de exorbitantes afrontas entre os templos da luz e os templos dos magos negros da época, provindos de Capela e outras estâncias cósmicas enfermas.

Aquele, entretanto, que ainda seria em vosso milênio atual de vidas carnais o vosso novo Instrutor do Mundo, Jesus Cristo, percorreu os intrincados caminhos da Terra logo que solidificada, pós suas eras de implantação em fogo cósmico, antes mesmo que encarnasse na Atlântida, como um Esséia enviado por Deus, pois antes mesmo que tivesse que passar pelos cravos cruéis da sua sangria, deixou cravadas as suas 7 ponteiras cósmicas na Terra, os punhais divinos dos 7 ARASHAS de Aruanda, em forma de símbolos da Essânea, entrecruzamentos vibratórios em forma de ' X ', o mais alto mistério dos 7 Templos dos ARASHAS, hoje sendo desvelado e utilizado em larga escala pelos EXUS DE LEI da Umbanda Esotérica ou Iniciática, esses os verdadeiros esséias ancestrais que conduzem milhares de seres adestrados a lhes representarem em patamares vibratórios de diversas funções hierárquicas especialmente de defesa física, psíquica e espiritual dos seres terráqueos. Este episódio deslumbrante marca a chegada do espírito de ESU à Terra, marcando os territórios que comporiam os 7 chackras fundamentais da Terra, com a marca dos 7 Arashas ou Orixás Sagrados.

Dentre esses Chackras Sagrados, o seu centro, o seu sétimo entrecruzamento vibratório posiciona-se etérica, astral e geograficamente no aureolado Planalto Central do Brasil, nas Terras da Santa Cruz, Baratzil, já estabelecido sagradamente por decisão divina, por todas as eras da Terra, como o Olho de Hórus, o Olho de Cyclopea, o Olho de Deus na Terra, sob esta égide plasmadora do punhal central do ARASHA ESUXALÁ, ou seja ESU, na sua correspondência com ORIXALÁ, ou EXU DE LEI NA VIBRAÇÃO DE OXALÁ, na forma da Cruz, do Coração, do Disco Solar de 17 pontas e da Rosa Vermelha de Nadja de Ishtar, símbolos tombados definitivamente pela construção de Ramatis neste polo de imantações sagradas de Essânea, de Aruanda, da Grande Fraternidade Branca Universal e do Universo da Cruz e do Triângulo de Ramatis, tudo consubstanciado como esteios cósmicos sagrados na sua Metrópole do Grande Coração.

Para tanto, investiu ESU a sua essência ancestral esséica para agir nestes albores da respiração da Terra como planeta vivo que comportaria bilhões de seres decaídos em expurgo para seus retornos às fontes virginais de suas criações, acionado todos os seus poderes como Sagrado Esséia do Símbolo da Cruz, adaptando sua identificação tão pujante como o EXU DAS 7 ENCRUZILHADAS, ou das 7 CRUZES DE ESU, na Sagrada Corrente Astral da AUM BAN DHAN, a verdadeira ' FONTE DOS ARASHAS DE ARUANDA ', sua morada cósmica ancestral. Vênus, Aruanda, Ishtar, Essânea, Essênios, Esséias ou Exus Ancestrais, Cósmicos ou Coroados! Todos pólos e seres divinos em ação na Terra! São os ESSÉIAS os vossos guardiões de todos os ciclos da Terra, os portentosos magos brancos dirigentes da corrente das Falanges de vários graus dos verdadeiros, e somente os autênticos, EXUS da vossa Umbanda do Brasil, os guerreiros da luz que vieram com Jesus duelar com os inimigos das vossas vidas em paulatina Ascensão.

O motivo de seu nome "Exu das 7 Encruzilhadas" foi para Jesus, Yeshua, ESU, Exu, Esséia das 7 ARASHAS OU VIRTUDES DIVINAS CRUZADAS, expressar à Terra a realeza e ascendência das FORÇAS DO ESPÍRITO X FORÇAS DA MATÉRIA, para o ' Combate Energético Espiritual Planetário e Cósmico ' mais esplendoroso, possante, arrojado e decisivo quanto ao entrecruzamento oposto das 7 simbologias satânicas que pretendem derrubar a Terra à vibração de planeta dominado pelos Magos Negros da Polaridade Inversa do vosso próprio Universo. Agregando-se, ainda, a estes sagrados alicerces-ponteiras divinas de ESSUXALÁ, responsáveis pela equalização da frequência dos chackras da Terra, a vibração própria dos sacerdotes magos brancos da Atlântida de pele vermelha, também provindos de Aruanda, conjuminaram-se as forças do ARASHA OXOSSI, o Orixá da Vida, por dirigir cosmicamente todo o movimento de fluxo e refluxo do prana, do oxigênio, da fotossíntese de toda a vegetação da Terra e, por correlação vibratória, entrecruzado em eixos cósmicos ainda para vós desconhecidos com o Orixá ou ARASHA ESSU, adquire a exponencialização como o ARASHA DA SABEDORIA COSMOTELÚRICA, ou o regente divino da frutificação e multiplicação de bens e frutos materiais e de dons espirituais aos seres terráqueos.

Tamathaê, Francisco de Assis, ou Kuthumi, após todo o preparo de ESU como Exu Ancestral das 7 Encruzilhadas, após a sua vinda como precursor da AUM BAN DHAN na Atlântida que o fez relembrar-se da sua vida em Vênus como seu ulterior filho missionário, e mais tarde acompanhando Jesus Cristo ao Gólgota, que transmutou seu corpo fluídico na própria Cruz Essênia de Aruanda, aportou no Brasil em meio às luzes rubis de Nadja e às dezenas de raios dos Mestres de Luz representantes da Verdade, da Justiça e do Amor Divinos, ainda embalado pelos retumbantes hinos das trombetas dos anjos e amparado pela espada de Arcanjo Miguel, anunciou-se em mensagem falada aos já preparados novos instrumentos medianeiros dos povos de Aruanda, como o CABOCLO DAS 7 ENCRUZILHADAS, fundando a AUMBANDHAN no BRASIL, na frequência vibratória do ARASHA OXOSSI, como o Arauto de Aruanda ao lado de ESU.

Na burilação de seus equívocos espirituais pessoais ancestrais, Francisco de Assis desceu ao vosso planeta ao lado de Ramatis e de Esu para fundar na Terra, após todo a sua trajetória como esséia atuante na Atlântida como detentor de poderes de magia branca, e após seu apogeu como monge glorificado em penitência de abstinência afetiva, e posteriormente como Mestre Ascenso, as expressões de Luz Divina das tribos galácticas de Aruanda e de seus todos filhos em Vênus como escolha pessoal de seu ser ancestral para a conclusão de seu Missionato Galáctico próprio, paradigmas de evolução e ascensão de todos os seres criados. Como Kuthumi, deixa ele aos fiéis dos pensamentos ainda segmentados as suas lições de humildade e sabedoria, aguardando o tempo da Unificação Triunfal, que ora se aproxima de todos os entendimentos humanos.

A Doutrina da AUM BAN DHAN, em moldes de dogmas próprios, embora polêmicos, detêm, como FONTE de todas as capacidades divinas as virtudes do AMOR, da SABEDORIA, da JUSTIÇA, da VERDADE, da BELEZA, da PUREZA, da VONTADE, da HUMILDADE, da FORTALEZA, da COMPREENSÃO, da FORÇA e PODER DECISÓRIO de seus ARASHAS, bem como os poderes da fluência, da coesão, da irradiação e da expansão da matéria e dos éteres cósmicos e telúricos, como recursos dispersivos de toda a torrente de mal que a humanidade vem suportando desde suas mais imemoriais idades, mas especialmente agora, pela derradeira fase cíclica da virada planetária, quando as insalubres forças da magia negra escancaram-se de forma aturdidora e venenosa.

Emprestou dos dicionários divinos esta Sagrada Corrente Ancestral da Verdade, como sábia disposição da Vontade Divina em semear a Terra de todas as sementes- fontes supremas de seu Amor e Compaixão pela humanidade, os nomes de todos os seres que se manifestam nos núcleos humanos espiritualistas, de ações dos povos anscestrais de Aruanda, para que fossem mais acessíveis a todas as classes de homens as prodigiosas capacidades de Deus através de seus Orixás, virtudes d'ELE mesmo, por ser o sofrimento humano incalculável, por estes deuses ancestrais deterem poderes de resolvê-los ou amenizá-los e por nem todos disporem de oportunidades de acesso aos mananciais de culturas espirituais outras instituídas por elites de vosso mundo, sem que estejam com toda a Verdade e sem que sejam as priorizadas por nós ou que sejam melhores do que outras.

Ao lado de milhares de anjos e mestres trabalham na Terra e pela Terra os seres enviados pelos ARASHAS, os Esséias, os Erês, os Pais velhos e Caciques da Umbanda, dentre outras magistrais equipes de trabalhadores da luz, em plano espiritual nesta doutrina ancestral e preciosa, rica e estuante, laboram em vosso plano terrestre, especialmente no país de sua fundação, o Baratzil, terra das estrelas do Cruzeiro Divino ou Terra da Santa Cruz, o símbolo de ESU.

Mestre Zerah, como eu vos contava, tendo levado este que vos fala e milhares de seres de Vênus àqueles templos de Aruanda, há bilhões de éons, após transpostos, em segundos, diversos exuberantes túneis dimensionais, para além de todas as galáxias de estrelas inimagináveis por vossos parâmetros, culminou seu intento amoroso de nos fazer conhecer a história de ESU em Essânea-Aruanda, antes de sua vinda a Vênus, com a sua aquiescência de que moldássemos junto a todas as Confrarias dos Espíritos Ancestrais da Terra, como a Falange das Santas Almas do Cruzeiro Divino, as bases das 7 LINHAS da AUMBANDHAN no Brasil, pois que, tendo-a conhecido há bilhões de anos-luz, então, como as 7 vibrações divinas de espectro ultra frequencial das virtudes mais eloquentes de Deus, restava a este que vos fala, tendo aprendido, ao lado de Esu, Nadja, Kuthumi e Ramatis, as leis divinas dos ARASHAS, trazer à Terra, além de todo o amor que partiu do coração deste vosso intercessor, maiores condições de auxílio aos seres humanos, para enfrentarem o degládio insano com os seres trevosos destas dimensões estreitas de vida espiritual, mesmo enquanto dita Saint Germain todas as demais frequências de luz à disposição dos seres eternos, pois tudo jorra, como mecanismos vários de iluminação das consciências e alimento espiritual aos padrões mentais diversificados das crenças humanas, da mesma Fonte Incomensurável de Bênçãos do Pai Criador.

Aquelas 7 CHAVES dos 7 TEMPLOS que nos foram outorgadas para adentrar e conhecer, os reinos de ARUANDA, fizeram e fazem, até os dias de vosso hoje, todos nós, os 144 KUMARAS, nos CURVARMOS em REVERÊNCIA A ESU, A NADJA E A TODAS ESSAS TRIBOS DE ARUANDA QUE DISPÕEM DO ARSENAL DE SIMBOLOGIA CÓSMICA UNIVERSAL ANTES MESMO QUE NÓS, OS KUMARAS, TIVÉSSEMOS NOS ACERCADO DE NOSSO PADRÃO FREQUENCIAL DE SERES ENCARREGADOS DO RESGATE DA TERRA HÁ BILHÕES DE ANOS ATRÁS!

E ASSIM É!!!

Que a UNIDADE seja agora a "INSTAURAÇÃO DA VERDADE INTEGRAL" sobre a Terra!

Os homens da Terra, convivendo com luzes e trevas, devem abandonar os seus preconceitos e os atavismos obstrutivos da racionalidade espiritual de terceira dimensão e compreenderem que, afora todas as mistificações que rondam o terreno deste movimento de magia ancestral do "Povo de Aruanda na Terra", como aquelas que também há nos meios conhecidos como os dos "Mestres Ascensos", a não-discriminação e o trabalho conjunto devem ser as charruas que elevem a Terra à sua nova destinação de planeta regenerado, até que a sua alvorada dourada inicie a emitir definitivamente os seus raios de iluminação de todas as almas decaídas nos universos da matéria.

Embora a estranheza que advirá a milhares de seres humanos espiritualistas, o Povo de Aruanda e os ARASHAS, com seus Pais Velhos, Erês e Caciques, como todos os seres da Essânea e seus ESSÉIAS- EXUS, os Kumaras ou anciãos, os mestres do Espiritismo e os vossos idolatrados Mestres de Vênus ou Mestres Ascensos, compomos, "JUNTOS", uma mesma "Egrégora" daquilo que chamais de Governo Oculto do Mundo, ou a " GRANDE FRATERNIDADE BRANCA UNIVERSAL ".

"CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ!!!"

SOMOS TODOS UM!!!

SANAT KUMARA
Mensagem ditada a Rosane Amantéa em 05 de outubro de 2010.

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