terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Nova Era ou Era Dourada

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  Tem-se que a Era de Aquário ou Era Dourada veio a se iniciar a 15 de março de 1955, com a entrada do sétimo raio de “Ordem Cerimonial ou Magia”, o raio cujo comando cabe ao não pouco conhecido nos meios maçônicos, rosa-cruzes e esotéricos em geral  -  mestre Saint Germain! Esotéricos de todo o planeta estão sendo instruídos sobre o que significa essa Nova Era de desenvolvimento da consciência da humanidade, que abrangerá mais de dois milênios. As relações de raios cósmicos e seus ciclos de manifestações é uma ciência do futuro abrangendo aspectos importantes da vida planetária e detectadas por uma astrologia denominada esotérica, que agora começa a ser tratada em suas bases pelos mentores da hierarquia oculta veladora de nossa humanidade.
      
  Nesse particular, já o sétimo raio estaria em atividade não a partir 1955, mas desde 1675. Entende-se que certos raios entram em atividades enquanto outros se retiram ou permanecem ainda por considerável tempo. Nesse particular, a influência do sexto raio na Era de Peixes já há alguns anos iniciou seu processo de lenta retirada enquanto o sétimo raio vem entrando. O sexto raio deve somente sair de completa atividade dentro de 21.000 anos.

  Por outro lado, Mestre Saint Germain nos revela que a Era de Aquário pelo nosso calendário Gregoriano, entrou em 15 de março de 1955. (1) Assim, os acontecimentos apocalípticos não terão se adiantado, mas estarão convivendo simultaneamente com a entrada da Era de Aquário. As Eras Maiores são um tanto nebulosas quanto aos seus inícios e finais. Concebe-se, esotericamente, que as radiações de uma era astrológica maior começam a se manifestar, com seus respectivos Raios Cósmicos, muito antes das datas consignadas acontecerem nos variados calendários terrenos, e essas entradas perduram por um período de mais de um século até realmente se afirmarem numa sucessão cósmica, conforme nosso cálculo acima. Do mesmo modo, a saída de Era predecessora duraria também um tempo maior ao estabelecido pelos nossos calendários, avançando as suas radiações pela Era que a sucede.

   (1) Sob as diversas interpretações da entrada da Era de Aquário, reproduzimos aqui um trecho de nossa postagem de 03-04-2015, "Para Onde Está Indo Nosso Planeta", (Para Onde Está Indo Nosso Planeta) acerca de algumas conclusões quanto a esse tempo do grande zodíaco cósmico a fim de um possível subsídio às discussões:

  "Há divergências sobre a data em que João teria escrito o Apocalipse, porém as datas se dão a partir de 90 d. C. E temos então que a Era de Peixes, por nossa contagem terrena ainda não estará terminada, e a Era de Aquário, nessa premissa, não terá entrado segundo o calendário, pois estamos em 2015, e contando que a Era de Peixes teria começado no ano 1 d.C. faltariam ainda 145 anos para que fechasse em 2.160 anos. Logo, os momentos do Apocalipse terão de esperar quase um século e meio até que a Nova Era chegue nessa contagem. Porém, é mais do que evidente que esses momentos já são chegados desde antes da virada do segundo para o terceiro milênio e os horrores aos quais o mundo vem testemunhando, e as novas revelações que nos chegam sem os filtros e interdições da Igreja, nos dão a noção exata de que o Apocalipse, interpretado também como acontecimentos trágicos e depurativos, estão 'aqui e agora' ".

  Isso porque as entradas e saídas dos Raios que presidem as eras, não são tão rápidas quanto supostas e alguns Raios levam milhares de anos para saírem completamente de suas manifestações cósmicas objetivas.

  Portanto, a Era de Peixes, na verdade, ainda não saiu, e neste século não sairá, e isso vem corroborado com a vinda de Jesus para o seu fechamento no que tange, especificamente, aos acontecimentos do planeta Terra e sua humanidade.

  Sob a vanguarda do signo de Peixes de 2160 anos Cristo veio ao planeta, o cristianismo foi fundado e avançou pelo mundo, a maçonaria e o rosa-crucianismo surgiram organizados em diferentes cenários, mergulhando depois em provisório ocaso para de novo refluir; o novo espiritismo apareceu na França; as Américas foram descobertas; a revolução francesa aconteceu com marcante influência nos ideais humanos; a ciência avançou após a rejeição da escolástica e despotismo da igreja; a primeira e segunda guerras mundiais eclodiram; as bombas atômicas mataram de uma só vez milhares de cidadãos japoneses e o homem pisou a Lua. (2) Muitas conquistas nas diversas áreas de pesquisas e sabedoria das raças tornaram-se patrimônio da humanidade bem como retrocessos se verificaram.

  (2) "De 2015 para cá novas conquistas aconteceram em relação ao fervilhante e ambicionado mundo das parafernálias tecnológicas domésticas e profissionais, e logística espacial da Terra, como, por exemplo, do avanço extraordinário das comunicações através de celulares, novas possibilidades conjugadas aos serviços da Internet e a chegada da nave americana a Marte".

  Nesse momento não nos é ainda possível definirmos sob a régua e o compasso exatamente quais acontecimentos devam ser tributados somente à Era de Peixes, sob a égide do sexto raio, chamado de Devoção ou Idealismo Abstrato, e quais seriam tributados puramente à Era de Aquário do sétimo raio que entrou simultaneamente em atividade, embora mais tarde. Essa análise torna-se mais complicada pelo fato de ter existido uma intrarelação de raios regentes de dois ciclos astrológicos, ou eras, e não meramente manifestações periódicas de raios, e ao fato de a astrologia maior e iniciática, como dissemos, estar sendo tecida nos seus primórdios como nova revelação, portanto não ainda bem manipulada e compreendida pelos iniciados mais avançados. Nas tabulações astrológicas tradicionais os astrólogos competentes sempre entenderam a existência de dois zodíacos que influenciam diretamente à vida planetária. Nesse contexto, os períodos que evoluem em sucessivas eras na sequência Áries-Peixes-Aquário..., de 2160 anos cada, constituem na totalidade dos 12 signos ou constelações um tempo integral de 25.920 anos.

  Outros especialistas no assunto, baseados em calendários de antigas civilizações, dão outras cifras, quase sempre aproximadas às que estamos colocando, mas nessa nossa apresentação vemos que sob as orientações da numerologia cabalística tanto os períodos parciais de cada um dos doze signos zodiacais quanto ao tempo total de uma revolução completa da Terra em torno do Sol, a cifra 9 aparece nas reduções numéricas, o que vem representar nos Arcanos a figura do iniciado. Ou seja, 2160 dando 2+1+6+0 = 9 e da mesma forma 25.920, 2+5+9+2+0 = 18 = 1 + 8 = 9. Ao remontarmos aos yugas dos indús, notaremos sempre nas suas enormes somas de períodos de manifestações da vida nos universos - dos chamados ciclos de manvantaras menores ou maiores - a redução numérica para a cifra 9 a induzir aos mistérios e às revelações ocultas. Como, por exemplo, no chamado Kalpa, que representa na soma de 8.640.000.000 um dia e uma noite de Brahmâ ou vinte e quatro horas de nosso dia. Ou em seus 311.040.000.000.000 de anos humanos que é uma idade de Brahmâ ou um centenário de seus anos divinos. Em ambas as idades nas respectivas reduções vêm aparecer o algarismo 9. Este símbolo não é unicamente mera referência algébrica fabricada para os mistérios, porém algo que representa e oculta à confluência de energias e forças geradas tanto por planetas e cadeias planetárias que giram em torno de sóis na galáxia, como por aspectos e situações superiores dos próprios sistemas solares. O símbolo 9, em dimensão menor e humana, vem se relacionar, principalmente, a atributos de poderes incorporáveis na alma, que são direcionados para as situações da vida material ou espiritual de um só iniciado ou de um grupo. Ou estabelece seus princípios analógicos com uma raça, nação ou com o próprio planeta.

  A despeito de os céticos não darem nenhum valor a essas revelações, elas são muito antigas e foram recebidas de hierarquias que já subiram nas graduações do sistema solar e representam, juntamente com outras revelações mais profundas, os tesouros de nossa sabedoria que permaneceram guardados e intocáveis até que em determinados períodos as civilizações pudessem produzir homens capazes de a elas terem mais amplos acessos através de métodos iniciáticos.

  Hoje homens ortodoxos da ciência e seus seguidores desdenham da sabedoria milenar, achando que a ciência materialista por si mesma a tudo desvela e a tudo responde. Mas nem de longe desejam admitir que a sabedoria dos iniciados e sacerdotes de outrora cunhou o conhecimento sobre o qual a ciência moderna desenvolveu sua face experimental e laboratorial em suas diversas áreas. E, no entanto, as grandes revelações ocultas de os segredos do átomo e da composição da matéria em seus sete principais estados dimensionais não serão alcançadas pela ciência convencional senão quando a humanidade tiver atingido uma evolução espiritual muito superior à atual.

  Mas que são raios, afinal? De onde surgem, o que realmente alcançam? Vamos então à primeira e principal definição que nos foi revelada por Alice A. Bailey, sob a orientação de mestre Djwal Khul – O Tibetano:

  “ Um raio é o termo aplicado a uma força ou tipo de energia que põe em relevo a qualidade que exibe essa força e não o aspecto-forma que aquela cria. Esta é a verdadeira definição de raio”.

  Os raios que influenciam a Terra são em número de sete, mas na realidade são subraios de um raio maior e cósmico. A origem desse raio cósmico é pouco aprofundada e não se sabe exatamente como funciona o mecanicismo prévio de sua manifestação vinda do Logos, o mesmo se dando com outros seis que formam número de sete grandes raios cósmicos. Sabe-se que os raios já em atuação provêm de outros sistemas solares e esses sistemas solares se encontram agrupados num corpo de sete, a cujo grupo nosso sistema pertence. Um ou mais raios cósmicos podem determinar as qualidades e aspectos de um sistema solar, manifestando-se desde a criação daquele sistema solar, caracterizando-o com suas presenças e vidas. 

  O nosso sistema solar é caracterizado somente por um grande raio chamado de o Segundo Raio, do Amor-Sabedoria. Periodicamente alguns raios (subraios) entram em manifestações em épocas de regências diversas, enquanto outros em tempos diferentes vão se retirando. Os ciclos e o que eles representam e influenciam vêm caracterizar elementos da astrologia esotérica, porque esse prisma superior da astrologia não determina unicamente a confecção de horóscopos, ou não define somente as características físicas, mentais ou emocionais da personalidade segundo o horóscopo particular, mas também abrange o estudo de fenômenos e circunstantes elementos da criação em seus quatro reinos, dando novas orientações aos iniciados em direção ao zodíaco e do zodíaco para as miríades de vidas. Em relação ao homem, o conhecimento dos raios e sua mescla com a astrologia iniciática remetem com maior importância aos domínios da mônada e da alma em suas implicações causais do que aos seus efeitos menores e sobrepostos ao chamado ego-personalidade. Do mesmo modo, acontece com o estudo dos reinos e suas mudanças periódicas sob a influência dos raios e planetas pelos quais os raios se manifestam, visto as espécies estarem sendo trabalhadas sob a supervisão de mônadas.

  Vejamos o que melhor nos diz A. A. B:

  - Há uma só Vida que se expressa primeiro através de sete qualidades ou aspectos básicos e segundo por meio de uma infinidade de formas.
  - Essas sete qualidades radiantes são os sete raios, as sete Vidas que dão a Sua Vida para as formas, que dão ao mundo da forma o seu significado, as suas idéias e a sua ânsia para evolucionar.
  - Vida, qualidade e aparência ou espírito, alma e corpo, constituem tudo o que existe. São a própria existência com a sua capacidade de crescimento, atividade, manifestação de beleza e em plena conformidade com o Plano que tem as raízes nas consciências das Vidas dos sete raios.
  - Essa sete Vidas, cuja natureza é consciência e cuja expressão é sensibilidade e qualidade específica, produzem ciclicamente o mundo manifestado, trabalham na mais íntima união e harmonia cooperando inteligentemente com o Plano de que são os guardiões. São os Sete Construtores que erguem o Templo radiante do Senhor sob a direção do Mental do Grande Arquiteto do Universo.
  - Cada Vida de raio exprime-se predominantemente através dum dos sete planetas sagrados (ver adiante elucidações), mas a vida dos sete raios flui por meio de cada planeta incluindo a Terra e qualifica assim todas as formas. Em cada planeta há uma reprodução reduzida do esquema geral, e cada um está de acordo com a intenção e propósito do Todo.
  - A humanidade de que se ocupa este tratado é uma expressão da vida de Deus e todo o ser humano veio à existência pela via duma das sete forças de raio. A natureza da alma é qualificada ou determinada pela Vida de raio que a “emitiu” e a natureza da forma é colorida pela Vida de raio que na sua aparição cíclica, no plano físico, num dado momento, estabelece a qualidade da vida racial e das formas dos reinos da natureza. A natureza da alma ou qualidade é a mesma durante um período mundial; a natureza e a vida da sua forma mudam em cada vida, segundo a sua necessidade cíclica e as condições de grupo do meio ambiente. Esta última é determinada pelo raio ou raios que prevalecem no momento.
  - A Mônada é a Vida em uníssono com as sete Vidas de raio. Uma Mônada, sete raios e miríades de formas, tal é a estrutura que se encontra por detrás dos mundos manifestados.
  - (...) Não se deve esquecer que a alma de todas as coisas – a anima mundi – quando se expressa nos quatro reinos da natureza, apresenta aquilo que dá ao nosso planeta a sua luz nos céus. A luz planetária é a soma total da luz fraca e vacilante que existe em todos os átomos de matéria radiante e vibrátil, ou substância que compõe todas as formas de todos os reinos”.
      
  Vejamos também este interessante resumo:
  “ - Cada Vida de Raio é uma expressão duma Vida Solar e cada planeta está, por conseguinte:
  1. Ligado com cada outra vida planetária do sistema solar.
  2. Animado pela energia que emana de um a outro dos sete sistemas solares.
  3. Ativado pela triple corrente de forças vitais que provém de:
     - Outros sistemas solares fora do nosso.
     - O nosso sistema solar
     - O seu próprio Ser planetário”.

 “ Quero esclarecer a diferença existente entre uma constelação e um sistema solar, segundo o ensino esotérico, ainda que os cientistas modernos não concordem.
  - Um sistema solar é um conjunto dum sol como ponto focal central e uma série de planetas que gravitam à volta do sol, mantidos em órbitas de magnética harmonia.
  - Uma constelação compreende dois ou mais sistemas solares ou uma série de sóis acompanhados de seus planetas”.

  Os planetas em número de sete cujos raios vêm atuar em nosso sistema solar, imprimem também suas particularidades de energias e forças segundo suas notas na grande sinfonia do cosmos, e com isso trazem juntos para os reinos e as espécies os aspectos de qualidades a serem trabalhados. Os raios, na realidade, nascem e se manifestam primordialmente do Logos Cósmico (do qual o Logos Criador de nosso sistema solar é somente um de seus muitos Logos) e, provindos dos outros seis sistemas solares, são incorporados nos planetas sagrados, nas mentes e corpos superiores de entidades chamadas “Senhores dos Raios”. Cada um dos sete corpos planetários é um Senhor de Raio.

  Diz-nos A.A.B. “A astrologia se ocupa do efeito que produzem na substância das envolturas as influências, vibrações, etc., dos distintos planetas. Constituem esotericamente as influências dos centros solares (...). As forças que deles emanam atuam sobre os centros planetários (...). Se entenderá muito sobre isso quando exista a verdadeira astrologia esotérica (...). Os estudantes de astrologia estão aprendendo recentemente o abc desse estupendo tema, e apenas se tocam as bordas exotéricas desse grande véu que foi sabiamente estendido sobre a ciência planetária”.

  Os planetas sagrados a que aludimos e que são em essência os corpos e mentes dos Senhores dos Raios, são: o Sol (que vela o planeta Vulcano), Júpiter, Saturno, Mercúrio, Vênus, Marte e Lua ( a mãe da forma). Sobre a Lua desejamos expor o seguinte pelas palavras de A.A.B.:

  “(...) a influência da Lua é de natureza e efeito puramente simbólicos, sendo simplesmente o resultado de antigas idéias e ensinamentos (herdados desde a época lemuriana) e não se baseia sobre nenhuma verdadeira radiação ou influência. Naquelas épocas remotas e até muito antes da época lemuriana, que naqueles dias constituía uma antiga tradição, a Lua era considerada como uma entidade vital vivente. No entanto quero que tenham em conta que a Lua hoje não é outra coisa que uma forma morta. Não tem radiação nem emanação de nenhuma espécie e, em consequência, não produz efeito algum. Do ponto de vista do conhecedor esotérico, a Lua é simplesmente um obstáculo no espaço, uma forma indesejável que deve desaparecer algum dia. A astrologia esotérica considera que o efeito produzido pela Lua é mental, resultado de uma poderosa e muito antiga forma mental; não obstante a Lua não possuir qualidade própria nem poder transmitir nada à Terra. Permitam-me repetir: “A Lua é uma forma morta”. Não tem em absoluto emanação alguma. Por isso se diz no ensinamento antigo que a Lua “oculta a Vulcano e a Urano”. Essa insinuação ou inferência sempre existiu e os astrólogos farão bem em experimentar a sugestão dada sobre a Lua, e em vez de trabalhar com ela, trabalhem com Vulcano, quando tratar-se do homem comum não evoluído e com Urano quando considerarem o homem muito evoluído, assim obterão resultados interessantes e convincentes”.

   A citação especial sobre a Lua vem a propósito de que não vale a pena ater-se às tradições antigas sobre seus efeitos uma vez que a Lua pertenceu a uma cadeia planetária anterior a que a Terra hoje pertence, desempenhando naquela época papel centralizador de sua cadeia como a Terra aqui desempenha. Entretanto, a Lua  teve sua linha evolucionária rompida antes do tempo e sua forma mental ou egrégora que ainda persiste pode ser malévola para as intenções evolucionárias formuladas para a Terra. Os corpos astrais de milhões de almas que haviam encarnado na Lua trouxeram para a Terra, nas suas constituições atômicas, as vibrações dos tempos negativos lunares, o que veio gerar novas práticas de magia negra e atrasos nas populações de nosso planeta.

  Sob esse aspecto, a Era de Aquário virá determinar um final à influência retrógrada da Lua sobre a imaginação humana, pois as vibrações da Nova Era de um teor muito mais mental do que astral, atrairão as almas que ultrapassam os limites mínimos evolucionários do ciclo de Peixes. Segundo a Astrologia Iniciática, a era anterior a Peixes que predominou sobre nosso planeta foi de Áries, porque a roda zodiacal de influências cíclicas astrológicas cósmicas se movimenta no sentido de Áries para Peixes. Desse modo, tivemos nessas duas eras anteriores a Aquário, a exaltação e influências dos elementos fogo e água, ou de influência principal da mente concreta em Áries e das águas astrais ou inclinações ritualísticas devocionais na era pisciana. A Era de Aquário que ora se inicia, pelo seu poder de atração e polarização da mente, atrairá os corpos astrais para um refluxo e abertura de nova visão do astral, e, pelo estímulo da imaginação e exercícios sistemáticos da ciência conduzirá a avanços do pensamento concreto para o plano da mente abstrata no aspecto intuição.

  Nesse particular, está prevista a inversão da roda zodiacal para grande número de almas que avançam no campo das iniciações; assim a astrologia esotérica passará a analisar grande parte da humanidade sob o ângulo de um caminho inverso em relação às sequências atuais de nascimentos. É que nos revela A.A.B., nos seguintes trechos:

 “Há outra idéia revolucionária que a ciência astrológica esotérica incorpora em seu aspecto moderno e exotérico. No ciclo maior das muitas encarnações do homem, este – como é bem sabido – passa através do círculo zodiacal de Peixes à Áries (Peixes-Aquário-Capricórnio..., Áries),  retrogradando através dos signos ao seguir a órbita ou o Sendero da retrogradação do Sol. Porém, o que é aparente retrogradação, baseada sobre a precessão dos equinócios, é parte integrante da grande ilusão. No momento em que o homem começa a sair desta ilusão e não está sujeito à ilusão e ao efeito de maia mundial, então o movimento da grande roda da vida gira em direção oposta, e o homem começa (lenta e laboriosamente) a atuar em direção contrária. Assim passa através dos signos de Áries a Peixes (Áries-Touro-Gêmeos..., Peixes),  começando pacientemente a atuar como uma alma que luta por alcançar a Luz, até que ao finalizar o Sendero em Peixes, surge como um conquistador e salvador mundial. Então conhece o significado do triunfo sobre a morte por que superou e venceu o desejo”.

  Sabe a astronomia que a Terra não é uma esfera perfeita, sendo dilatada no equador e achatada nos pólos. O seu diâmetro equatorial tem em torno de 12.756 km ao passo que o diâmetro polar tem aproximadamente 12.713 km, o que dá uma diferença de mais ou menos 43.0 km a maior para o equador terrestre. Somado a isso temos a inclinação do plano do equador terrestre em relação ao plano da eclíptica em 23º 27’ e este, por seu turno, detem a inclinação em relação ao plano da órbita da Lua em 5º 8’. O plano da eclíptica é o plano da órbita do planeta Terra em redor do Sol.

  A Terra sofre pressões das forças do Sol e da Lua (segundo mestre D.K. a Lua não tem poder algum) no sentido de achatá-la em sua rota gravitacional e seu eixo é forçado a alinhar-se com o eixo da eclíptica, mas como isso não é possível o eixo terrestre reage contrariamente, ou seja, precessiona - ou retroage - significando que se movimenta para trás em relação à esfera celeste. Como consequência, o Ponto Vernal que é identificado no dia do Equinócio da Primavera ao nascer do Sol, que no hemisfério norte conta 0º, desloca-se lentamente diante das constelações zodiacais. A efeméride é também explicada pelo fato de a Terra girar como um pião e seu eixo se deslocar 1º a cada 72 anos (7+2=9). Portanto, para o percurso de uma casa astrológica inteira de 30º teremos a cifra de 2160 anos gasta ao longo de uma constelação ou casa zodiacal. Desse modo, e através desse movimento e ritmo, inauguram-se e se encerram doze eras astrológicas, e, relativamente à linha do Equador, a Terra realiza um giro completo no plano da eclíptica ou órbita em torno do Sol. O fenômeno é chamado de Precessão dos Equinócios e tem um tempo de duração de 25.920 anos em seu percurso total, chamado pelos místicos e esotéricos de um ano cósmico, ano platônico, grande ano egípcio. Assim, nesses últimos milênios tivemos a era de Áries, seguida pela era de Peixes que está dando lugar à recém chegada era de Aquário.

  Em que pese às dificuldades de assinalarem-se com precisão os principais acontecimentos que virão gerar mudanças nas consciências da humanidade, afetando diretamente às sociedades em seus cursos evolucionários, A.A.B apresenta as seguintes e interessantes comparações e previsões para a era aquariana:  

  As relações que se seguem entre o sexto e o sétimo raios deverão estar bem aclaradas na mente para que os estudantes compreendam em síntese o passado e futuro imediatos e vejam nessa relação a realização do Plano de Deus assim como a próxima salvação da raça”

  I. O sexto raio fomentou a visão.
  O sétimo raio materializará o que foi visualizado.

  II. O sexto raio produziu o místico como o tipo máximo alcançado pelo aspirante.
  O sétimo raio desenvolverá o mago que trabalha no campo da magia branca.

  III. O sexto raio como parte do plano evolutivo conduziu à separatividade, ao nacionalismo e ao sectarismo, devido à natureza seletiva do mental e da sua tendência para dividir e separar.
  O sétimo raio conduzirá à fusão e à síntese por que o tipo de sua energia é de unir o espírito com a matéria.

  IV. O sexto raio conduziu para a formação de grupos de discípulos trabalhando em grupos não em estreita relação, mas sujeitos a dissensões internas devido às reações da personalidade.
  O sétimo raio preparará e impelirá os grupos de iniciados para trabalharem em uníssono com o Plano, e entre si.

  V. O sexto raio deu o sentido de dualidade a uma humanidade que se considerava como uma unidade física. Os expoentes desta atitude são os psicólogos materialistas acadêmicos.
  O sétimo raio inaugurará o sentido duma unidade superior; primeiro o da personalidade integrada das massas e segundo a da alma e do corpo para os aspirantes do mundo.

  VI. O sexto raio diferenciou o aspecto energia elétrica universal que conhecemos como eletricidade moderna produzida para servir às necessidades materiais do homem. 
  O sétimo raio familiarizará o homem com esses tipos de fenômenos elétricos que produzirão a coordenação de todas as formas.

  VII. A influência do sexto raio produziu o ressurgimento no mental humano dos seguintes conhecimentos:
  a) O conhecimento da luz e da eletricidade no plano físico.
           
  b) O conhecimento, entre esotéricos e espíritas do mundo, da existência da luz astral.
  
  c) O interesse pela iluminação tanto física como mental.

   d) A astro-física e as novas descobertas astronômicas.
             
             O sétimo raio transformará as teorias dos pensadores avançados da raça e as converterá em futuras realidades dos sistemas de educação. A educação com desenvolvida compreensão da iluminação sobre todos os domínios considerar-se-ão oportunamente como ideais sinônimos.

  VIII. O sexto raio ensinou o significado do sacrifício e a crucificação foi o emblema principal para os iniciados. A filantropia foi a expressão do mesmo ensinamento para a humanidade adiantada. O nebuloso ideal simplista de ser bom tinha a mesma base para as massas não pensadoras.
  O sétimo raio provocará na consciência dos futuros iniciados o conceito de serviço e de sacrifício de grupo. Será inaugurada a “era do serviço divino”. A visão do indivíduo dando-se ao sacrifício e serviço do grupo e para o ideal do grupo será a meta dos pensadores avançados da Nova Era, enquanto que para o resto da humanidade a tônica de seus esforços será a fraternidade.
  Estas palavras têm o mais vasto significado e relação do que podem compreender os pensadores de hoje.

  IX. O sexto raio impulsionou o desenvolvimento do espírito individualista. Os grupos existem, mas reúnem-se à volta dum indivíduo.
  O sétimo raio fomentará o espírito de grupo; o ritmo, os objetivos e o ritualismo do grupo serão os seus fundamentos.

  X. A influência do sexto raio transmitiu aos homens a capacidade de reconhecer o Cristo histórico e de evoluir para estruturar a fé cristã colorida pela visão dum grande Filho do Amor, mas qualificou por um excessivo espírito de milícia e de separatividade, baseado num idealismo estreito.
  O sétimo raio transmitirá ao homem o poder de reconhecer o Cristo Cósmico e de produzir a futura ciência religiosa da Luz que permitirá ao homem cumprir o mandato do Cristo histórico e de permitir que brilhe a sua Luz.

 XI. O sexto raio produziu as grandes idealísticas religiões com as suas visões necessariamente estreitas por que esta limitação salvaguardaria as almas infantis.
 O sétimo raio liberará as almas desenvolvidas da etapa infantil e inaugurará a compreensão científica do propósito divino que conduzirá à futura síntese religiosa.

O efeito da influência do sexto raio favoreceu os instintos separatistas – dogmáticos religiosos, precisão científica concreta, barreiras doutrinais, exclusivismos em escolas do pensamento e o culto do patriotismo.
O sétimo raio preparará o caminho para o reconhecimento de perspectivas das mais vastas expansões que se materializarão como seja a nova religião mundial que exaltará a unidade, mas não a uniformidade; preparará essa técnica científica que revelará a Luz Universal que está velada e oculta em todas as formas e para esse internacionalismo que exprimirá a fraternidade prática como a paz e boa-vontade entre os povos.”

       Sobre a entrada do sétimo raio, A.A.B. dá-nos as seguintes explicações:
      
  “Seria bom explicar um pouco a idéia básica de cerimonial e ritual. Há muita oposição no nosso tempo contra o cerimonial e muitas pessoas bem intencionadas consideram-no ultrapassado e transcendido. Orgulham-se de terem alcançado o que chamam “liberação” esquecendo-se de que só o podem tomar no sentido individual, mas essa atitude é impossível para efetuar qualquer trabalho de grupo sem determinada forma de ritual.
  Negar-se a participar na ação uniforme não é sinal duma alma liberada.
  A Grande Fraternidade Branca tem os seus rituais que objetivam a inauguração e a assistência aos diversos aspectos do Plano e as diferentes atividades cíclicas do mesmo Plano. Onde esses rituais existem, mas em que o significado se conserva oculto e não realizado, temos como consequência um espírito morto, de inutilidade, uma ausência de interesse pelas fórmulas e cerimônias. Mas onde se revele o ritual e as cerimônias organizadas, aí temos o testemunho duma projeção de forças e energias; então a idéia é construtiva na sua elaboração, tornando possível a cooperação com o Plano (Plano Evolucionário) e o objetivo de todo o serviço começará a demonstrar-se. Logo o serviço é regido pelo ritual.
  Com a chegada do sétimo raio alcançaremos a tão deseja consumação; os místicos que estão se preparando de acordo com as técnicas do ocultismo e os métodos do mago experimentado obterão uma cooperação crescente e inteligente com o Plano e participarão nos rituais fundamentais que se distinguirão pelo seu poder para:
  a)  Captar as forças do planeta para o serviço da raça.
  b) Distribuir as energias por qualquer dos reinos da natureza que      produzirão efeitos desejáveis e benefícios.
  c) Atrair e redistribuir as energias que se acham presentes em todas as formas dos vários sub-reinos da natureza.
  d) Curar por meio de método científico utilizando a união da alma com o corpo.
  e)  Produzir iluminação mediante correta compreensão da energia da Luz.
 f) Desenvolver o ritual futuro que revelará finalmente o verdadeiro significado da água que revolucionará nas suas utilizações e que abrirá ao homem uma passagem livre para o plano astral. Este é o plano desejo-emocional e o seu símbolo é a água. A vinda da Era de Aquários revelará ao homem (o que facilitará também o trabalho do sétimo raio) que este plano é o seu habitat natural que lhe corresponderá nesta etapa de desenvolvimento. As massas atualmente estão inteira e inconscientemente polarizadas neste plano. Devem tornar-se conscientemente informadas da sua atividade. O homem está em vésperas de despertar no plano astral e será por meio de rituais científicos que esse novo desenvolvimento será idealizado.

  A influência do sexto raio produziu o aparecimento da moderna psicologia que é a sua maior glória. A influência do sétimo raio transportará essa ciência ainda na infância até a sua maturação. A crença da alma tem-se difundida muito durante o período do sexto raio. O seu reconhecimento será o resultado da atividade da entrada do sétimo raio juntamente com as energias liberadas do decorrer da Era de Aquários que ora se inicia. (...) Uma das primeiras lições que aprenderá a humanidade sob a poderosa influência do sétimo raio é a alma ter de controlar o seu instrumento, a personalidade, por meio do ritual ou através da imposição dum ritmo regular, ritmo que é realmente o que significa o ritual. (...) Ninguém no mundo pode escapar ao ritual ou cerimonial por que o nascer e o pôr do Sol impõem um ritual; a passagem cíclica dos anos, os poderosos movimentos dos grandes centros populacionais, a ida e vinda dos comboios, dos transatlânticos (dos voos em aeroportos), dos correios, as regulares transmissões da rádio (TVs e Internet)  - todas essas organizações impõem um ritmo à humanidade, quer ela reconheça ou não.” 

  O pensamento acerca da Era de Aquário não é puramente esotérico nem místico, mas também uma realidade astronômica e histórico-humana. Se a história deixasse de ser manipulada por interesses materialistas, por orgulhos raciais e patrióticos, ou por grandes oligarquias mundiais que pretendem dominar todas as nações – e em grande proporção isso de fato acontece em nossa civilização – os ciclos de transformações da consciência humana desde os tempos recuados, teriam sido desde logo melhor entendidos. A ênfase, no entanto, dos historiadores foi transferida unicamente para o lado do efeito material, tanto quanto possível moldado pelas narrativas e posições céticas em relação a tudo o que se demonstrou das crenças religiosas e da psicologia antiga envolta pelas formas mentais de personalidades místicas e mitológicas. Se a gnose tivesse avançado com a filosofia platônica e suas proposições abstratas tivessem sido bem entendidas, desdobradas e re-estudadas, e continuado a evoluir sem a supressão materialista dos agnósticos e da própria igreja, é bem provável que os aspectos exotéricos e esotéricos dos acontecimentos cíclicos históricos do passado fossem nesses dois mil anos muito mais aprofundados. Hoje a Era de Aquário seria mais bem compreendida e as mentes e consciências teriam um ritmo exercitado de superior qualidade para lidar com todas essas proposições da modernidade e seus formatos arquetípicos.

  Interessante notar que as grandes mudanças no pensamento da humanidade vêm sempre inauguradas por grandes mentores. É plausível Buda ter surgido na Era de Áries, sendo provável ter nascido em Virgem, pois Buda era também conhecido por Nebo, significando Mercúrio. Duas de suas grandes encarnações anteriores estiveram ligadas a Mercúrio, pois foi Hermes no Egito e Orpheu na Grécia. Mercúrio é um planeta de dupla polaridade (vide as duas hastes do Caduceu) e na astrologia tradicional rege tanto Virgem, um signo do elemento Terra, como Gêmeos do elemento ar. Como também Jesus que seguramente não nasceu nem em Capricórnio nem em Peixes, mas tal como Buda em Virgem, sendo chamado de Nabu Meschiha significando o Messias-Mercúrio. Virgem é o signo que estimula a cruzar os obscuros umbrais das provas destemidas e vem colocar o candidato diante dos portais das iniciações.

  Nesse particular, sabem os esotéricos que sob o longínquo período Lêmure-Atlante o grande enviado Vyasa comandaria a individualização animal – o renascimento do animal evoluído para a condição de animal-homem. Hércules abriria o caminho para o discipulado, demonstrando isso nas alegorias de os Doze Trabalhos que conduzem à primeira iniciação; Krishna mostraria os caminhos para a segunda iniciação, Buda ensinaria o caminho da Iluminação e Cristo abriria as portas para a terceira iniciação. Essas iniciações de âmbitos superiores, por oportuno, não foram nem são corporativas, nem exclusivas de qualquer organização ou religião do passado, como não são no presente de qualquer escola do ocultismo. Cada escola, grande ou pequena, tem seus ritos e cerimoniais de suas particulares iniciações que nada têm a ver diretamente com as grandes iniciações. Quem sempre comandou os momentos de provas e de iniciações maiores de candidatos foi a Grande Fraternidade Branca, desde Shamballa, a cidade localizada no interior do planeta, sob o toque de Sanat Kumara através de seu cetro de iniciações. Nesse aspecto, tanto no passado quanto no presente o mestre sempre encontrou o discípulo em qualquer latitude planetária e o discípulo veio conscientemente ao encontro do mestre. Essas iniciações representam sucessivos alargamentos de consciência por renascimentos simbólicos em direção ao Homem Total, embora com reais sofrimentos, e os iniciados a partir desses momentos galgam posições acima da roda da humanidade comum.

  Com a vinda de Sanat Kumara de Vênus, os períodos de grandes Eras Astrológicas desde a Fundação da Hierarquia Planetária continuariam a influenciar às etapas previstas para o Grande Plano da Criação em nosso planeta como centralizador de sua cadeia, mas tomariam um novo e revolucionário impulso instado por S.K. e seus budas. Adiantamo-nos consideravelmente e hoje entramos numa era preciosa em relação aos destinos da humanidade, pois a média evolucionária de bilhões de almas começa sobremodo a avançar sob o ângulo de seu desenvolvimento astral, psíquico e principalmente mental-intuicional. A potência das vibrações da era aquariana, como dissemos antes, atrairá as almas que acabam de ultrapassar os umbrais da Era de Peixes e os retardatários da Era de Áries em todas as atividades humanas e do saber que conseguiram despertar e avançar, habilitando-os a intentar um impulso maior em suas atividades mentais e de percepção consciente de outra realidade, anelada a uma Nova Era. 

  Esse grande número de almas que ao longo dos anos estará passando por um estreito portal, contudo não terá ainda noção clara do que representa o processo iniciático, mas simplesmente seguirá inconsciente de ter sido trazido para uma polarização do quarto e quinto planos de nossa escala vibratória planetária e humana, principalmente do quinto que revelará a construção final em coletivos da ponte do pensamento concreto para a percepção intuitiva. O processo já demanda milhões de anos desde suas bases inferiores relativas aos corpos astrais e mentais das raças. Já os aspirantes conscientes dos métodos iniciáticos, embora sem saber como realmente acontecerá a iniciação, continuarão obrando sistematicamente junto a humanidade em seus grupos de trabalhos, e através de seus estudos, dedicação e passos reais estarão em permanente contato direto com os núcleos (ou ashrams) comandados por seus mestres ou mantidos em atividades por discípulos graduados. Sobre os ombros desses conscientes trabalhadores repousa a sabedoria das eras em crescentes transmutações para o presente.

  Conforme vimos, as diferenças conceituais: científicas, históricas, filosóficas, religiosas e esotéricas que levaram bilhões a experimentar avanços, retrocessos e ajustes durante a predominância do sexto raio ao longo da conturbada Era de Peixes, e comparadas com as previsões e expectativas dos acontecimentos futuros em Aquário, fazem parte de um processo sequenciado em que o Avatar deste ciclo, Saint Germain, precisará atuar com sua grande sabedoria. Da Era de Touro para Peixes, passando por Áries que lutou pelos ideais antes conquistados, os elementos devocionais implicados na filosofia mentalista de Buda foram trabalhados como uma necessidade onde os percalços precisariam ser admitidos sob Maia ou a Ilusão, a fim de que a conquista final do Homem Total se desse sob á égide da persistência intransigente e do subjetivismo que anulariam para sempre Maia. 

  Buda subiu galgando o caminho do meio a fim de alcançar o ponto zero de atração da Terra para poder conhecer o Eu Real. Precisou primeiro conhecer-se, assumir a sabedoria intuitiva e a bem-aventurança do Nirvana para poder descer e ensinar. Já Jesus conheceu primeiro o mundo, entregou-se ao Pai e alojou a atividade salvadora para os homens do mundo, exemplificado no simbolismo do pé, do peixe e dos pescadores, a fim de caminhar nesse mesmo mundo para a atividade sintetizadora da Alma e dessa para o sacrifício da crucificação e morte simbólica. Jesus não morreu fisicamente na cruz, antes simbolizou o sacrifício e subjugação definitiva do ego-personalidade em holocausto da missão reveladora. Nessa mesma encarnação processou a dissolução de sua própria Alma, a quarta iniciação para a qual já vinha obrando, que se consumaria no episódio da crucificação, e em seguida obteve na própria cruz a abertura da segunda de suas iniciações numa mesma encarnação - a quinta naquele momento, e que mais tarde a consumaria definitivamente.

  Assim tivemos Buda a ensinar a ligação da Alma com Atma – o Nirvana redentor e purificado - através da meditação, pela trilha do caminho do meio, e no cumprimento reto das oito regras. Cristo ensinou a mesma salvação desde a Alma para a direção da Terra, pelos caminhos retos em auxílio aos pecadores, e pelos desapegos às ilusões deste mundo em sucessivas sublimações e transmigrações dos desejos da alma terrena ao reino do outro mundo. Saint Germain virá tratar de fortalecer para a porção mais avançada da humanidade a ponte que leva do caminho do meio - considerando o plano mental o intermediário entre a personalidade e a Alma - para os próprios domínios da Alma e dessa para a união com a Mônada através de Atma ou Vontade Espiritual. Ou seja, Cristo continuará sua missão em Aquário num patamar ou nível mais elevado de acordo com o avanço mental do mundo. Nesse processo, Buddhi – o plano da intuição – virá desempenhar o papel de a lanterna que ilumina o Sendero ao instalar seus raios nos caminhos do mundo astral a fim de que os viajantes conscientes de Aquário, os vacilantes e os retardatários de Áries e Peixes não se desviem da jornada.

  Tanto em Peixes como em Aquário a presença da água demonstra a atividade astral da personalidade e seus desencantos nesse grande reduto da Face Negra de Maia. Entretanto, o mundo astral precisa ser requalificado e limpo de todas as formas de energias e campos vibratórios das organizações negativas que pululam no planeta desde as civilizações mais recuadas, o que é esperado acontecer na Era de Aquário. As águas astrais onde os ocultistas se debatem para retomar sempre o prumo de suas atividades mais nobres é de vital importância no equilíbrio mente-desejos ou pensamentos-emoções de toda a humanidade. Vejamos o que nos diz A.A. B:

  “O signo da era aquariana representa a um homem que leva sobre seus ombros um cântaro de água que derrama sobre tudo e todos e, não obstante, se mantém cheio. O signo da Lei do Serviço (*) é muito similar da era aquariana, entretanto a diferença reside em que o homem está perfeitamente equilibrado em forma de cruz, com os braços estendidos e o cântaro de água sobre a cabeça Um real significado reside nessa diferença. O cântaro de água sobre os ombros significa a obrigação de servir. Não é fácil servir. (...) O homem com o cântaro sobre a cabeça indica prumo, equanimidade e equilíbrio.
 (*)A Lei do Serviço não pode ser evadida. Iludi-la traz o consequente castigo se é feito conscientemente.

  Enquanto o homem caminha pela senda da humanidade comum, nascendo e renascendo nos signos no mesmo sentido da retrogradação ou Precessão dos Equinócios, ele luta para afirmar-se no mundo da personalidade, e suas inclinações se ajustam nas considerações comuns das leituras dos horóscopos. Ao avançar como Alma ele inverte o sentido de seus nascimentos em relação ao zodíaco comum e passa a renascer signo a signo em sentido contrário ao dos ponteiros de um relógio, adquirindo valores superiores cujas inclinações de muitas maneiras escapam das regências planetárias segundo horóscopos tradicionais. Por isso se diz que o zodíaco menor se relaciona à personalidade enquanto o zodíaco maior está relacionado com a Alma. Nesse novo enquadramento os planetas que regem as casas astrológicas desde o nascimento de uma pessoa não seguem as mesmas tabulações, ou seja, agrupam informações parciais e somente relativas ao ego inferior..

  Devido ao fato de os alertas místicos e ocultistas estarem acontecendo com muita frequência, confirmados pelos acontecimentos tanto físicos na Terra quanto nas mudanças dos sensíveis modelos das organizações humanas - principalmente depois da entrada do terceiro milênio - mentes mais sectárias e fanatizadas pelo ceticismo radical ou pela ciência, já admitem uma incômoda expectativa de transformações, apesar de dissimulações. Os efeitos da Era de Aquário se fazem sentir sobre os edifícios milenares e anacrônicos de Peixes. As poderosas energias de Aquário chocam-se com as energias antes sedimentadas em valores secularizados. O anti-Cristo é a todo o momento evocado como o responsável pelas destruições, personalizado ora na figura de um ditador, de um povo ou de uma nação. Muitos anti-Cristos já foram identificados pelos religiosos nos séculos passados, quando no papel de generais conquistadores. Gengis Khan, Alexandre Magno, Átila, Napoleão, Hitler são os preferidos pelos acoimadores. No entanto nenhum deles, em verdade, foi o anti-Cristo apontado.

  O anti-Cristo, segundo nos passa a sabedoria oculta de Djwal Khul, não é uma personalidade e nem um coletivo residencial de uma nação ou povo. O anti-Cristo não é somente a destruição de valores mentais e físicos, mas sim o destruidor-e-renovador. É a energia que antecede à entrada de um novo ciclo que precisa ser transformado. O anti-Cristo é fogo e água, como o próprio Cristo já dizia de sua outra face, que ao mesmo tempo em que destrói prepara para depois reconstruir. Como quando falou expressando-se para o iniciado que se arremete aos domínios da Alma: “Lembraram-se os seus discípulos do que está escrito: o zelo da tua casa me consumirá. Perguntaram-lhe, pois, os judeus: que sinal nos mostra, para fazeres estas coisas? Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei (...)

  Ele se referia ao templo interno, aos valores consolidados e cristalizados não removidos pela mente inferior, mas que nas duras e sinceras provas de aspiração, a presença do Cristo dissolveria no fogo ardente mediante a fé e a coragem do candidato. Os três dias são as três iniciações, contadas depois da primeira e inicial que coloca no caminho o aspirante que, não obstante, nessa primeira iniciação, não reúne ainda poderes internos de destruição em Cristo.  Diria ainda Cristo na figura de Jesus: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já estivesse a arder. Tenho, porém, um batismo com o qual hei de ser batizado; e quanto me angustio até que o mesmo se realize. Supondes que vim para dar paz à terra? Não, eu vo-lo afirmo, antes, divisão (...). Ou seja, a primeira graduação superior do candidato será a iniciação chamada de Nascimento, que se revela como o início de um processo para outra realidade interna. O Batismo é a segunda iniciação daquele que segue essa mesma trilha interna. Nesse episódio Ele fala ao candidato a quem batizará na segunda iniciação, pois o Cristo está presente de maneira direta e particular nas duas primeiras iniciações. Essa segunda iniciação, por oportuno, leva algumas encarnações para ser alcançada, portanto é natural a ansiedade do candidato, e de seu cristo interno, ante a aproximação e culminância do momento.

  Para ser Avatar de uma era astrológica, é necessário um grande preparo, sabedoria muito avançada e um respaldo diário da Fraternidade Branca a fim de que tudo se consume segundo os melhores esforços, visão e incorporação mental do Grande Plano da Criação. A responsabilidade é imensurável, pois o Avatar (o eleito pela Fraternidade Branca) carrega em sua mente os elementos-chaves a serem no devido tempo, na própria mente, decodificados (um processo extremamente complexo) e em seguida administrados por todos os discípulos avançados nos métodos iniciáticos, e com a colaboração consciente ou inconsciente de homens intelectuais, não sectários nem fanatizados, emergentes do coletivo humano, com visões ampliadas sobre as relações de vida. Nenhuma dessas grandes almas que representaram expoentes fantásticos dos movimentos religiosos e esotéricos desde tempos mais recuados trabalhou sozinha. A inclusão assistencial da Grande Fraternidade Branca já incorpora sine qua non a própria missão do eleito que representa o símbolo encarnado daquele momento histórico mundial. Foi o que aconteceu com Jesus. Vejamos o que nos passa A.A. B, num dos momentos grandiosos da vida do Mestre da Galiléia onde ao mesmo tempo em que solidificava a um pensamento e situação real de um peregrino na Senda, já mostrava o caminho para a era vindoura, hoje de Aquário:

  “Mestre Jesus crucificado ali, sentiu a agonia da necessidade humana e renunciou à Sua própria vida; deu tudo de si (falando também simbolicamente) para satisfazer essa necessidade. Nesse momento Cristo influenciou seu grande discípulo e também passou simultaneamente por uma grande experiência iniciática. Sua agonia e a necessidade de receber a revelação e uma acrescentada iluminação (a fim de ampliar suas faculdades como Salvador do mundo) revelaram-lhe as novas possibilidades, pelas quais – quando as enfrentou confusamente no Horto do Getsemani e mais tarde na cruz – toda Sua natureza se coibiu.
  Esse é um grande mistério e compreende-lo é tão impossível como saber do que estou falando; é conveniente estabelecer o fato na consciência de que na iniciação da Crucificação, Mestre Jesus recebeu a quarta e Cristo a sexta iniciação. Mestre Jesus alcançou a experiência culminante do Caminho Iluminado, enquanto Cristo, mediante esse esforço final, se permitiu completar e atravessar o “arco íris” e, portanto, “ir ao Pai” (como é dito a Seus discípulos), avançando até a primeira etapa do Caminho de Evolução Superior”.

  A humanidade caminha a passos largos para a consolidação de um processo iniciatório mesmo inconscientemente conforme já aludimos, começado logo ao limiar da Era de Aquário, continuando ao longo da Era e cuja projeção deverá abarcar a 1/3 ou até 2/5 da humanidade atual. Os restantes 2/3 ou 3/5, deixarão o planeta. Parte do coletivo rejeitado reiniciará suas experiências e aprendizados na própria Terra em tempos futuros, porém em níveis inferiores aos então lá conquistados, enquanto outra parte será transmigrada para outros planetas de nosso sistema solar. Uma terceira e maior parte, mais atrasada, entrará em repouso até nova passagem da vida pela cadeia do planeta Terra, chamada ronda. O sucesso de parte da humanidade atual é ressaltado no seguinte trecho da autora:

  Do ponto de vista mais amplo, esta luta por purificar a atmosfera do mundo a enfrentará a humanidade após a primeira iniciação, que hoje se acha muito próxima (Apesar de milhões já a terem alcançado, a autora provavelmente se refere a um percentual expressivo beirando talvez dois bilhões de almas, ou pouco menos, que logo estarão alcançando essa primeira iniciação). Portanto, verão por que Cristo deve reaparecer nesses momentos, porque Ele preside a primeira e segunda iniciações e Sua chegada indicará que a humanidade terá recebido a primeira, a qual confirmará e consolidará o trabalho realizado, inaugurando o ciclo e período mundial onde terá lugar a tarefa de reorganizar a vida emocional e psíquica da humanidade; esse período liberará a energia da boa vontade criando assim, automaticamente, retas relações humanas”.

  Devemos salientar que Cristo jamais se ausentou da humanidade e aqui é falado em termos gerais de Sua presença não somente caracterizada pelas energias poderosas cerimoniais e ritualísticas de Aquário e das mudanças acentuadas na mentalidade humana, como também de sua presença tangível aos sentidos humanos. Os milhões não esotéricos que já atingiram os patamares da primeira iniciação tiveram a presença do Cristo iniciador em suas consciências e em futuro virão reconhecer a realidade que hoje lhes está ocultada.

  O anti-Cristo surge juntamente com Cristo e ambos trabalham se complementando. No oriente o anti-Cristo é Shiva, o destruidor-e-renovador e essas mesmas radiações se antecipam ao trabalho inovador do Cristo Aquariano e da figura solene de Saint Germain o chefe dos rituais e cerimônias que se intensificarão na Era de Aquário. A reação de certos grupos fanáticos das igrejas católicas e evangélicas a acusar esotéricos e espíritas com argumentos bíblicos de apurados silogismos, dialeticamente muito bem montados, é da mesma forma altamente suspeita e comprometedora. Citam ostensivamente a besta apocalíptica como a mãe de todos os desvairados esotéricos, mentem e os culpam de todos os males do mundo. Demonstram e repetem seguidamente que o anti-Cristo é um Maytréia vivente na Síria, aguardados pelos esotéricos propagadores da Nova Era para reinar sobre todas as nações num só governo e sob religião única. Apontam nominalmente Saint Germain, Djwal Khul, A.A. Bailey, H.P, Blavatski e outros expoentes da sabedoria esotérica como discípulos demoníacos ativos do anti-Cristo e misturam os ideais dos pregadores da Nova Ordem Mundial, cujos propósitos não são nenhum pouco espiritualistas nem humanitários - muito pelo contrário - com os ideais puros e nobres de mestres-irmãos fraternais da Nova Era que trabalham em favor do planeta há milênios, sob as orientações da Fraternidade Branca Universal fundada por Sanat Kumara há milhões de anos, desde a época lemuriana.

  Portanto, a Nova Era nada tem de aterrorizante, nem de criminosa, nem de blásfema ou inimiga das religiões.e parece-nos patente que esses desvarios de homens e mulheres os levam a pretender encobrir temores em perder suas militâncias dentro dos organismos hierárquicos dessas religiões, já excessivamente personalizadas. Ou na melhor das hipóteses, imaginam que as verdades de Deus os escolheu somente a eles para arautos.

  Essa reação era esperada e vem revelar as agonias e estertores das velhas fórmulas dos reacionários que não desejam mudanças. Num ponto os religiosos em polvorosas têm razão, porque haverá uma nova religião mundial que terá novamente Cristo como ícone; virá revelar outras faces das mesmas verdades, adicionadas e aliadas às descobertas da nova ciência, que por seu turno redescobrirá as ciências dos esotéricos de antigos ocultistas e dos mestres da meditação oriental. Veremos nos milênios vindouros coisas extraordinárias, como a realidade da fraternidade mundial entre raças e nações e o homem a se interiorizar cada vez mais em busca de seu Eu Real para expressar-se como Homem Total. Com isso, as energias que se conjuminarão com os raios de Aquário formarão egrégoras muito mais poderosas e restauradoras das energias, pois a ciência se encarregará de apurar o aspecto forma do corpo da humanidade enquanto os mestres das ciências ocultas ensinarão como melhor adaptar a personalidade às fontes energéticas do corpo etérico, com isso facilitando a descida da Alma através da ponte ou antahkarana, na laboriosa tarefa de buscar a unificação personalidade-alma nas suas manifestações no plano terreno.

Rayom Ra
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