quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Hércules e os Doze Trabalhos

Roman mythological frieze sarcophagus showing the Labors of Hercules. Ca. 170 AD. Mantua, Palazzo Ducale.
As lendas da antiguidade, cristalizações poéticas dos ensinamentos emanados dos templos, referem-se, com insistência, a um país maravilhoso, na região onde o sol se põe, isto é, no ocidente. Os papiros egípcios citam-no como o Amenti, ou melhor, Amen-Ti, o País Oculto e também, já particularizando determinado lugar dessa região maravilhosa, falam da Montanha do Ocidente, como sendo a Mansão das Almas osirificadas, justamente onde iam viver aqueles que, iniciados nos mistérios, imortalizavam-se e atravessavam o umbral de Ro-sta. Ro-sta dava para a sala de Maat, a deusa da Verdade.

Ao passar a essa sala, o Adepto, o Osíris N. defrontava-se com os senhores que rodeiam o sol do Ocidente, podendo exclamar as palavras que encontramos no Cap. CXVIII do "O Livro da Morada Oculta": "Eu nasci em Ro-sta. Aqueles que estão entre as múmias me dão os encantos favoráveis no lugar sagrado de Osíris. Meu caminho é nas Moradas de Osíris".

Hieroglificamente, era Ro-sta representada pela cruz ansata. O círculo dessa cruz e a boca humana, por onde se manifesta o Verbo; o Tau ou a cruz propriamente dita, ou sta, é o caminho pelo qual vai a Mônada, o Peregrino, o Hansa bramânico, o Cisne Branco do ciclo artúrico ou dos cavaleiros do Santo Graal, Grasalis, o sol místico, no final das contas. A tradição indiana, ao falar dos Jvatmas, as Centelhas ligadas perenemente ao Espírito Universal, enuncia: "Nesta infinita Roda de Brama, morada de todos os seres, peregrina o Hansa, pensa o Eu, diferencia o Governador" (Shvêtashuatara) ".

Foneticamente, podemos ler a cruz ansata, de Ankh, ou da Vida, como – Ra e Ta,Ta-ra, a deusa da Sabedoria na Índia; Ro-Ta, o caminho por excelência, ou Ta-Ro, os arcanos que nas suas lâminas encerram todos os mistérios da Vida. Ro-sta, pois, na linguagem dos hierofantes, era a entrada para a mansão dos eleitos, denominada pelos – latinos – Campos Elísios cujo umbral chamaram de Angus, útero, vereda propriamente dita, onde se verificam as dores do parto. O aspirante à Imortalidade, ao nascer para o Mundo da Verdade, atravessava um portal simbólico e suas angústias são semelhantes às da maternidade. Por isso diziam os místicos cristãos, referindo-se ao  Adepto – O Homem das Dores; e podemos recordar uma epístola de Paulo, o Ungido, aos corintos, quando assevera: "Sofro de dores de parto até que encontreis, o Cristo (o Ego Superior, elucidamos nós) no vosso Homem Interno". Na Índia, antes de nascer espiritualmente, o candidato, o discípulo trajado cem vestes brancas ou cândidas, atravessava a Vaca Sagrada, a Vaca de cinco Patas, emblema da Terra, a grande Mãe ou Matar-Rhea (da composição dessas duas palavras surgiu o vocábulo material) ‘Bhumrú’. A Vaca Pentapoda era toda de ouro puro, o qual vem a simbolizar o mesmo ouro filosofal dos alquimistas. Passando Ro-sta, o Adepto demandava o Amen-Ti, o qual, no plano histórico, só poderia ser atingido pelos homens depois que "Colombo abrisse a porta de seus mares”, na idéia de Castro Alves; e, muito antes todavia, após Hércules ter afastado a Europa da África para abrir o caminho para o mundo ocidental, a terra do mistério, os  Viajantes desses mares encontraram na África e nas Canárias avisos nos quais se proibia a navegação para o oeste. O consenso universal que prestigiou esses avisos foi anulado por Colombo, que "com três caravelas descobriu um reino que não era o seu” – e a América, veio a ser para a Humanidade a Aurora da Libertação. Passemos agora a estudar os doze trabalhos de Hércules em relação com as doze casas zodiacais pelas quais passou simbolicamente a obra da Sociedade Teosófica Brasileira, completando, ao comemorar seu 12o aniversário, um ciclo astrológico. Neste caso a S. T. B. vem a ser o Sol Herakles, o deus solar grego, ou Hércules dos latinos, é derivado do nome sânscrito Hari-Kulas, o Senhor Sol, o Espírito Planetário da Ronda, o Mel-Khalt fenício, que quer dizer, o Senhor da Cidade, em correspondência ainda com o Ogma gaulês, nome esse que lido anagramaticamente vem a dar os de Mago e o africano caótico Ogam.

Simbolizam os 12 trabalhos as provas iniciáticas por que passava o postulante. Passado o sol pelas 12 casas zodiacais concluiu um ciclo astronômico e todos os ciclos secretos se baseiam no Simbolismo de Hércules. A precessão dos equinócios, ao fim de 25.920 anos, marca um ciclo grande, ligado ao mistério das estrelas polares ou o "Olho de Druva", que vela por sua filha – a Terra.

                                  SENTIDO INICIÁTICO DOS DOZE TRABALHOS
                                                                            
1. O Javali de Erimantho – Erimantho é oriundo de Heros Mantheia, que em grego quer dizer – o conhecimento do espírito, simbolizado no javali. Esse animal aparece, em todas as tradições, como Símbolo da Sabedoria Secreta. Adonis, Thamus e outros iniciadores foram destroçados por javalis. Varaha, o javali, ao contrário, foi quem matou o demônio Hiranyakha, que mergulhara a Terra no abismo das águas. Gautama, o Buda, dizem lendas, morreu de uma indigestão de carne de javali. A alegoria é clara: foi obrigado a desencarnar, como todos os grandes Iluminados que em excesso deram conhecimentos esotéricos à Humanidade.

2. O roubo dos cavalos de Diomedes – este termo, contração de Dios-Medos, do deus dos medas, dos zoroastros ou guardiões do misterioso Fogo Celeste que se manifestará com Losuóch, na Idade de Ouro, como o 10o avatara de Vishnu, o Kalkiavatara, o cavalo branco das tradições indianas.

Gerion

3. O roubo dos bois de Gueryou, dos bois solares, ou de Guer-Io, o Senhor de Ísis, representados, no Egito pelos bois: Apis e Mnenis. E este outro símbolo que se relaciona com o da vaca Pentápoda brahmânica, no que concerne a Osíris, o aspecto masculino da Divindade; ao passo que Io, a terneira cantada do Esquilo, é a própria Ísis, sua esposa e irmã. Mais um passo e compreendemos que a Índia é a Mãe da Humanidade e o Egito seu Pai, porque se o sacerdote da Terra de Khemi era a encarnação do poder filosófico e científico, o Adepto indiano, no seu profundo misticismo, representava a encarnação do Amor, essa característica feminina. Delineiam-se, assim, os dois caminhos apontados em todos os livros sagrados, por nações: Jnana e Bhakti; isto é, Sabedoria e Devoção, os quais se completam com o do Karma, lei de causa e feito bem expresso nos povos da Ásia Menor.

4. O roubo das maçãs de ouro do Jardim das Hespérides – O termo grego Hesperos, Hesper ou Vesper, a estrela matutina e vesperal, Vênus, Lúcifer, Portadora da Luz, Phosphoros, Shukra, de onde vieram, no dizer dos sábios, as altas inteligências cósmicas que deram a esta humanidade o intelecto, representado na mitologia grega por Prometeu. Esse termo tem patente ligação com Pramanteia, o Pramanta, a cruz védica de onde brota Agni, o fogo sagrado, o espírito que anima. Pois no jardim das Hespérides, as Atlântidas, as sete filhas de Atlas, guardavam os pomos da Árvore da Sabedoria, aquela que os hebreus colocaram no seu Gan-Eden, junto à Árvore da Vida. Ficavam esses maravilhosos jardins na Atlântida, cujos restos, conhecidos como a ilha de Posseidones vem a ser o 4o continente ou o Kusha-dwipa purânico. Transplantando as maçãs para todas a bacia mediterrânea, Hércules fez com que ali florescessem os mais venerados mistérios da antiguidade. Ao simbolismo desse divino roubo (na verdade: uma prodigiosa transplantação de experiências imprescindíveis à evolução humana), prende-se o formidável e capital mistério da queda ou descida no sexo, queremos dizer, a perpetuação da espécie mediante a geração sexual, consoante a tradição judaico-cristã ainda conserva apesar de não a saber interpretar. O "pomo de Adão" atravessado, como diz o povo, na garganta do homem, tem, de fato, relação intima com o Centro psíquico Vishuda, situado nessa região, o qual tem ligação com Vênus. Como força sutil da natureza ou "tatva", Vênus, é o Akasha, origem psíquica do Som, que faculta ao homem a expressão das idéias. A modificação das cordas vocais, quando o varão surge no adolescente, é prova assaz conhecida e bastantemente comprobatória de que Vishuda e o Sexo influenciam-se mutuamente.


5. Limpeza das cavalariças de Augias, rei da Elida – Achamos logo correlação entre Elida e Helios, e a seguir Augéis, cujo nome, em grego, designa luz, raios de sol etc... Consistiu esse trabalho hercúleo em limpar as imundices milenares das estrebarias que simbolizam este baixo mundo das animalidades, para que o sol do espírito pudesse manifestar-se na Terra e propiciar o advento da Satya-Yuga, a Idade de Ouro vaticinada pelos profetas, videntes e pitonisas de todos os tempos. Assim, só assim, poderiam os cavalos do carro de ouro do Sol cavalgar a Terra, conduzido o Senhor da Luz na Mercabah o carro de fogo.


6. O combate contra a Amazona Hipolita – O sexto trabalho de Hércules é um dos maiores enigmas e representa vividamente o mistério da redenção sexual da Humanidade. Jamais foi falado sobre a Terra o significado supremo deste símbolo, nem mesmo pelos grandes Instrutores ou Iniciadores que, de ciclo em ciclo, espalham por entre o gentio de todas as nações as verdades eternas e seus sentidos remidores. Seria aqui lugar ótimo para desenvolvermos ante o olhar claro de nosso leitores, comentários amargos sobre o panorama abrasado de guerras e delitos sexuais em que – peregrinos punidos pelas contingências cármicas – nos debatemos. Para tanto, não há espaço nem propósito, pois os leitores podem e devem compreender isso, apenas volvendo para dentro de si mesmos, meditando e achando no seu Cristo interno o mestre que, qual Virgílio para Dante, lhes mostrará o inferno de sua personalidade e a de quantos ganharam a carne como castigo. É melhor, portanto, discorrermos sinteticamente sobre este trabalho, oferecendo aos nossos irmãos em Humanidade, elementos riquíssimos para meditarem e salvarem-se enquanto é tempo. Este trabalho vela o mistério das grandes profântidas que outrora, no segreda dos santuários entreviam, na profética tremulina das chamas de Agni, o destina dos homens e dos povos. Essas mulheres, profântidas, sibilas, pitonisas, mulheres divinizadas, ao fim, resguardavam nos templos a própria sabedoria representada por Aura-Mazda, pela luz de "Surya", pelo ardor de Osíris e pelo amor infinito de Dionisos, expressões várias porém idênticas do próprio Verbo, que se há de apresentar no fim deste negro ciclo que entenebrece o mundo, quando vier no seu flamívomo cavalo alado, o Avatara do País dos Calquis. Elas estavam relacionadas com o nome da própria rainha das Amazonas – Hipólita. É por isso que vemos as amazonas contrapostas heroicamente ao amor humano, em todas as lendas e tradições. Só Hércules, não com sua forca bruta, mas por ser o símbolo vivo do próprio mistério que elas custodiavam, podia vencê-las. Encontramos, perpetuado pelos bardos, nos, cantos nórdicos, o portentoso e iniciático ciclo dos Nibelungos; e nele vemos as mesmas amazonas com o nome de Valquírias, filhas de Votã e da deusa Herda, a Mãe Terra, (Mates-Rhea ou Matéria) as quais tinham o alcandorado destino de acender no peito dos imortais a ânsia da imortalidade, que se concretizava no heroísmo que os levava a pugnar na eterna liça deste baixo mundo pelo amor ideal de todos os Iluminados – a Fraternidade. Valquírias, Val-Kyrias, (Vale dos Kyres Kurus etc.), Kuretas, Kyrias, são vocábulos prodigiosos radicados ao Kuru sânscrito, os filhos do sol, a raça eleita das tradições com o papel de conservar, a Ciência Secreta de nossos maiores. Dai a origem pretérita de Cures ou Torre, cidade dos sabinos, fundada por Médio Filho o Himeia, seus deuses superiores, e termos outorgados como títulos honoríficos aos chefe das curicas romanas, que recebiam, como símbolo de sua delicada e responsabilíssima função social, uma pequena lança de ferro chamada hasta pura. Essa hasta romana era uma espécie da "Balança da Justiça", que presidia todas as transações jurídicas do direito quiritário (kyris). Por esses étimos constata-se que as Valquírias eram a perfeita representação do eterno feminino que corporifica as aspirações nobres, ou seja, a expressão tradicional da própria Sabedoria, as deusas Ísis, Astarteá, Anat, Semiramis, Minerva, Palas Atenéa etc. A chave sexual deste símbolo faculta a compreensão da constante luta entre o Homem e a Mulher, permanentemente condicionados à ânsia passional, mas realizando o desígnio oculto da evolução: queremos dizer com isto, praticando sua unificação no Filho, que vem a ser o resultado do choque amoroso. Envoltos nas ondas tumultuárias da paixão, o Homem e a Mulher vão, apesar de tudo, evoluindo até chegarem ao dia da "redenção do pedaço original", em que eles, harmônicos entre si, desaparecem no Andrógino, devido ao equilíbrio das propriedades solares e lunares de sua tríplice constituição.

Hercules y la cierva Cerinia

7. A corça Cerinita – Nas montanhas da Arcádia vivia a corça Cerinita, de galhos d'oiro e patas de bronze, consagrada a Artemis pela ninfa Taigeta. Incansável, desafiava todos os caçadores que a perseguiam. Hércules, durante um ano, por montes e vales, perseguiu-a até os Hiperbóreos. Cansada, a corça retornou sobre seus passos para a Arcádia, onde se refugiou no santuário da deusa. Aí Hércules a alcançou mas não a matou em atenção aos rogos de Apolo e sua irmã. A alegoria é clara: a Arcádia, a Arca onde se conservam as sementes de todo ser vivente, ou seja, os mundos divinos das regiões inferiores, é a mesma terra chamada de Agarta pelos hindus, a Arghya (símbolo da Lua, de onde procedem todos os seres na Terra, e que hoje se esconde aos olhos obscurecidos dos homens, nas Invioláveis cidades subterrâneas. Por isso a corça lunar, já aureolada pelos fulgores do Sol, calça – o bronze atlante – de que eram feitos os seus cascos; e pôde ser consagrada a Artemis, a Deusa da Pura Luz, à Casta Virgem, que em tempo algum conhecera as alegrias do himeneu nem as máculas do amor, representando a própria verdade solar como Taigeta, uma das Plêiades, Mamas ou Amas de Kartikéa, o Salvador segundo a concepção bramânica, ou melhor, o Chefe dos Guerreiros Celestes – o Akdorge das tradições trans-himalaias – que virá, cavalgando seu níveo corcel, abrir as portas da cidade de Ouro. Estando a corça Cerinita diretamente ligada à tradição dos atlantes, é patente que Hércules vence no seu sétimo trabalho, o mistério do antigo povo vermelho, cujas relíquias iniciáticas se encontram custodiadas na verdadeira Cidade Eterna (não só por ser eterna mas por conter em si a própria eternidade) na Agarta, ou Arcádia, onde, dia e noite, fulguram Apolo e Artemis, o Deus do Fogo e a Deusa da Luz, expressões da própria Divindade desdobrada, duplicada na maravilhosa e pulquérrima geminação, para consumar o enorme sacrifício da Criação. Esses deuses tinham (e têm) em Hércules seu próprio rebento ou, para jogarmos com um símbolo conhecido no ocidente, o Verbo feito carne.
8. O touro de Creta – Posseidon, o Senhor das Águas, o Netuno grego, ofereceu a Minos, Ménes, Manu de Creta, um touro que se tornou furioso porque o rei não o quis oferecer em sacrifício ao deus. Tornou-se o terror da ilha, até que Hércules o capturou e domou. Evidencia-se neste hercúleo trabalho a furta da lei do Touro, dominante na 4a sub-raça atlante, a qual tirou seu nome – Toranica ou Turanica – justamente por Ter vivido sob o influxo do signo zodiacal de Taurus. Essa lei levantou-se, no arrebol da nova raça nascida na Advarsha, o berço dos arias ou Aries, o Carneiro, e dirigida pelo Manu Vaivasvata até as ubérrimas terras de Sapta-Sindhavas. Até aqui o símbolo, agora o seu sentido: em plena raça ariana Hércules subjuga a tradicional magia atlante, representada no furioso touro, o quaternário inferior.

9. A hidra de Lerna – Era filha de Tifon (Tiphaon) e de Ecdna (Echdina). Hórrido dragão de sete cabeças, habitava os pântanos marginais de Argos; seu hálito era peçonha que envenenava todo o país e matava quem o respirasse. A cada cabeça que perdia nasciam-lhe duas. Corresponde, nas teogonias nórdicas, ao dragão Fafner, que guardava os tesouros dos Nibelungos. É o símbolo das forças brutas da Natureza elementar. É a expressão, sintética e medonha, dos monstros apocalípticos da cadeia lunar (antecedente da nossa Terra) ou, mais claramente, os assuras, não-deuses, os deuses sombrios que perpetuamente assediam os que libertar-se buscam dos caucásicos grilhões que os cativam à roda dos nascimentos e das mortes. É, no final das contas, a infausta sombra do Mal que se contrapõe à fastigiosa luz do Bem. Tifon e Ecdena tinham na hidra de Lerna o produto legitimo de suas naturezas. Para matá-la Hércules teve o concurso de seu fiel companheiro Iolais. Este agitou contra o animal fatídico o purificador fogo dos archotes acesos nas trípodes dos templos iniciáticos. Iolaos, a lei de Io, a Lua, Ísis, ou a Sabedoria Iniciática das Idades. Só o fogo sagrado da iniciação espanca as trevas da ignorância.
10. As aves do lago Stymphale – O vale de Stymphale, enquadrado entre altas montanhas, formava uma bacia onde as águas das neves derretidas empoçavam. Nas suas margens viviam as monstruosas aves, guerreiras de Ares (o deus da destruição, na mitologia grega), as quais lançavam suas penas como dardos e talavam os campos cultivados, repastando-se de carne humana. Seja qual fiar a etimologia e a tradução que lhe dêem os mitólogos, para nós, ocultistas, essas são as aves, fálicas que se nutrem da carne sacrificada no carnaval do sexo. (Carnaval ou "Carne-vale").

Hércules e o Leão de Nemeia
                                                            
11. O leão de Némea – Hércules esmaga entre seus robustos braços a fera que apavora os habitantes de Némea. Arranca-lhe a pele para cobrir seu próprio corpo, como símbolo do sol que, no signo zodiacal, está em exaltação e por isso se torna invulnerável contra os despojos do leão, consoante reza a mitologia. Os leões ardentes são os deuses da mais alta hierarquia criadora. Promana deles o hálito vital que anima todas as criaturas e pode espiritualizar os que a eles se chegam. Astrologicamente, o leão é o signo do fogo. Por isso "Dhâranâ", (primitivo nome de nossa escola iniciática) foi fundada a 10 de agosto, quando as Dez Luzes, as Dez Sefirots se manifestavam em plenitude, porque à S.T.B. fora incumbido o Trabalho Mor de preparar os homens – todas as raças aglutinadas na Terra do Fogo Sagrado ou Brasil – para que o próprio Hércules, já como Maitri, pudesse vir a manifestar-se no sublime dia em que Ele, Rei do Mundo, surja avante de seu reino subterrânea, à frente de seu povo, como vaticinado foi no mosteiro de Narabanchi-Kure, pelo ínclito ser enviado de Shamballah, tal qual se pode verificar no livro de Ossendowski, traduzido em todas as línguas cultas – “Bêstas, Homens e Deuses”.

 Hercules And Cerberus - Paolo Pagani
12. Herakles encadeando Cérbero – Finaliza o rosário cruciático de seus  trabalhos, descendo ao sombrio Tártaro e encadeando Cérbero, o cão de três cabeças guardião dos reinos inferiores, para mostrar que na finalização dos "ciclos da necessidade" todos os homens, já osirificados habitarão a Terra Interdita. Motivo porque a fraternidade de Kaleb (cão, em árabe), no deserto líbico, situaria aos 23º de latitude norte, tem por emblema o cão que resplandece em Sirius. Um dos mais prodigiosos períodos egípcios – o ano sótico - era marcado por Sirius. A fraternidade de Kaleb, aos 23º de latitude norte, trópico de Câncer, já o dissemos várias vezes e o repetimos agora, é uma das mais veneradas pela Grande Fraternidade Branca, porque dela, nos dolorosos dias em que magos negros prepararam a múmia de Katsbeth (da hoje redimida princesa atlante Kalibet), saíram os dirigentes da missão em que trabalhamos – Henrique e Helena – ou Pitis e Alef, como então eram chamados na linguagem mística. Prepararam-se lá para operar nos planos oculto e histórico, até virem, após lutas cruentas, estabelecer aos 23º de latitude sul esta gloriosa obra redentora. Capricórnio – o trópico em que atualmente viceja a Árvore da Sabedoria – está ligado ao profundo mistério dos Kumaras, os deuses que deram o mental ao gênero humano. Tendo a raça ariana desenvolvido, como lhe competia, o máximo progresso mental, é claro que a apoteose da obra dos Kumaras deveria ser ultimada pela dos "Gêmeos Espirituais", na Terra Prometida. Conseguintemente, a lei da Causalidade exigiu que o Brasil fosse descoberto por quem através de seu nome apontasse a representação histórica e oculta dos Kumaras: Cabral.

Fonte: Henrique José de Souza
Pesquisa: fraterzandor@gmail.com

Rayom Ra
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Quantas Verdadeiras Histórias da Origem da Humanidade Você Conhece?



  Hoje em dia há um carrossel de abordagens; um girante de muitas voltas nas teses, hipóteses e remontagens de achados fósseis antropogênicos e de outras relíquias, em sítios arqueológicos. Há um tipo de engenharia reversa sedutoramente aplicada aos restos fossilizados encontrados nas páginas quase todas subterrâneas do livro caduco da natureza, seguida de uma impressionante fertilidade de ideias e sugestões viajoras ao passado de nossas histórias verdadeiras.

  O palco maior são as vindas ao planeta azul dos anunnaki: as passagens marcantes de personagens provenientes de Nibiru – seu planeta de origem – para a Mesopotâmia, em tempos, principalmente, de sumérios e babilônicos. Personagens como Enki, segundo entusiastas, um fabuloso cientista geneticista e Gilgamesh, desfilam sempre na ribalta de tais resenhistas.

  A mitologia suméria é extensa e apresentaremos unicamente trechos de algumas de suas histórias, iniciando pelo conceito que possuíam da existência de duas grandes forças cósmicas chamadas Apsu e Tiamat. Apsu representava o poder positivo e masculino; Tiamat representava o poder negativo e feminino. Quando se uniram criaram Anu, o céu, Enlil, a terra, e Ea, o mar. Ea criara o homem do barro, mas como a terra era Enlil, ele reinava sobre tudo. Havia outros deuses representados pelos planetas (vemos aqui como a astronomia suméria já descobrira outros planetas) que foram criados pelas três forças ou deuses que também criaram o Sol e a Lua.

  Os homens estavam mergulhados no pecado e Enlil decidiu castigá-los afogando-os com uma grande inundação. Ea, a deusa das águas, foi contra esta drástica punição e procurou Utnapishtem, seu amigo, contando-lhe a decisão de Enlil. Utnapishtem resolveu então construir um grande barco que abrigasse toda a sua família e a salvasse do dilúvio.

  Outra lenda vem ressaltar o pensamento cultural sumério e diz respeito à busca da imortalidade, fazendo lembrar o Jardim do Éden por seus elementos simbólicos. Gilgamesh, rei sumério, teria governado após o dilúvio. Seria ele mais deus do que humano, tendo 2/3 de origem divina e 1/3 terrena, e por toda a vida andara em busca de aventuras. Seus feitos remetem ao herói grego Héracles e ao bíblico Nimrod, filho de Cuxe da linhagem de Noé, que em determinada época de sua tumultuada vida migra para a África e lá daria início aos cultos de deuses e semideuses iorubas.

  Gilgamesh, após a morte de Enkidu, seu amigo de aventuras, busca pelos frutos da árvore da vida, de apanágio dos deuses, para oferecê-los aos homens a fim de torná-los imortais. Procura Utnapishtem que lhe informa onde estaria a árvore da vida. O pai da humanidade pós-diluviana o alerta, contudo, de que não seria possível dar imortalidade aos homens, pois Ea, ao criá-los, dera-lhes o legado imutável da morte. Mas Gilgamesh, intrépido, suficiente, acostumado a vencer desafios vai à busca da árvore da vida, encontrando-a. Porém, a serpente guardiã ataca-o e o mata.

  Os sumérios entendiam a separação do céu e da terra, descrevendo também Enlil como o deus do ar, o separador, quando todas as coisas tiveram origem. Interessante, da mesma forma, é a lenda do herói Etana, levado aos céus no dorso de enorme águia e que observara a forma esférica do planeta e as águas separadas da terra. Segundo seu relato, a extensão de terra, qual gigantesca montanha plana encurvada para baixo, flutuava sobre as águas de Ea.

  No capítulo do Gênesis bíblico há a referência ao Deus Criador de todo o universo trabalhando durante seis dias e descansando no sétimo dia. Jehova, IHVH (IEVE), Jah-Eva ou Jah-Hovah, tornou-se o Deus único formador do credo religioso hebreu monoteísta. Esse Deus, destarte, é muitas vezes mencionado como Eloha, IHVH Alhim ou Jeovah Elohim. Segundo os hebreus, Elohim eram deuses conhecidos como cocriadores do universo, da natureza e dos homens. Seriam as próprias forças criadoras, tantas vezes mencionadas no politeísmo sumério e por outros povos da Ásia.

   Essas histórias do povo anunnaki em alguns pontos são similares à trechos de primitivas histórias da Bíblia e causam a impressão inicial de terem sido retiradas de um formato original, um tipo de matrix dos relatos que se conhecem do livro dos profetas ou velho testamento.

  O que mais chama a atenção dos modernos antropologistas da internet, que logo se apressam em afirmar que nossas origens terrenas são evidentemente extraterrestres de Nibiru, é a coincidência do capítulo da inundação da Terra, conforme Noé. Essa narrativa bíblica e a dos anunnaki são basicamente a mesma dos indus, pois a deste povo originariamente ariano conta que uma inundação de todo o planeta teria afogado a humanidade pecadora. Porém, um barco que conduzia os eleitos autorizados pelo deus conhecido por Manu, ficou a salvo, tendo sido guiado e protegido por um enorme peixe – Ó Bharata. Semelhantes histórias são contadas por povos anteriores aos hebreus, gregos e maias, dentre outros.

  Não é segredo e nem espanto para esotéricos e ocultistas aprofundados na sabedoria milenar, que nosso pequeno planeta da Via Láctea já foi visitado por extraterrestres desta mesma galáxia e de outras mais distantes, que aqui vieram em busca de suas necessidades. Uns criaram colônias, outros chegaram meramente como terríveis predadores que sempre foram. Há uma relação bastante estreita entre as vindas dos anunnaki em repetidos ciclos de mais ou menos 3200 anos, a escravização de povos da Terra e os reptilianos e grays. Esses mesmos povos invasores registram suas passagens pelo Egito e Américas, sempre escravizando, fazendo experiências genéticas e se alimentando de seres humanos.

  A história anunnaki conhecida mais interiormente em seus meandros ocultos, não é somente de um povo evoluído, pois suas lendas podem ter sido enxertos de culturas terrenas, porém suas aparências físicas ocultadas, seus propósitos e intenções, teriam sido bem outros e imensamente dissimulados.

  Para quem somente se dedica às pesquisas de conspirações, deveria saber que Zecharias Sitchin, o maior divulgador dos anunnaki, seria exatamente um produto híbrido deles aqui na Terra, e seu principal papel foi de desinformar, criar teorias enganosas, misturando fatos reais com mentiras. Assim, para os pretendentes à conquista da Terra e ao domínio hoje, de 7.5 bilhões de pessoas, quanto mais desviassem da verdadeira história das origens de nossa humanidade – já bastante fraccionada e em muitas instâncias apagada – estabelecendo falsas premissas, maior sossego teriam em suas maquinações.

  Vejamos só o que nos alerta Babagiananda, em vestidura na Umbanda de Pai Tomé:

  "O Livro de Enki e as tabuletas encontradas são engendragens planejadas para contaminação das mentes, para quando chegassem eras terrenas de redenção humana. Algumas verdades ali constam, dentre mentiras vis, pelo Pai registradas, nos arquivos eternos, como erros graves de raças siderais.

  Nossa informação visa coibir, através dos filhos da Luz mais conscientes, o avanço pestilento deste 'desserviço' espiritual, qual seja o da propagação ardilosa, na atualidade esotérica, de destituir, com base em deduções subsequentes, o Criador, do seu Onipotente dom da Criação, e a verdade da contínua propulsão evolutiva de 'almas', em corpos planejados por cortes ancestrais de seres cocriadores, divinas virtudes de Sua Augusta Coroa .

  O 'princípio vital' que anima todos os seres, além do mais, somente pelo dom de decisão desse Logos que a humanidade desconhece, tem o poder de soprar onde Ele quer.

  Ouça quem tiver ouvidos de ouvir !"

---- Pai Tomé --- Babagiananda --- Psicofonia, por Rosane Amantéa.

26 de julho de 2014 ---Londrina - Pr- Brasil

  Fica aqui o alerta, muito embora creiamos que para mentes fanatizadas unicamente com conspirações e revelações extraterrestres, desmerecendo a sabedoria de muitos milhões de anos dos Mestres Ascensos e de sábios operários da luz, que vêm vivenciando o desenvolvimento natural de nossas, até agora, 5 Raças Raízes, isso de nada adiantará.

 Vemos unicamente uma origem para nossa humanidade. Os acontecimentos tão explorados por sensacionais revelações extraterrestres não nos sensibilizam. Sabemos existir Hierarquias Solares que muito trabalharam para a criação de nossa humanidade, segundo o Grande Plano Divino Criador e hoje nos trazem esclarecimentos. Mas não são todos que a isso se dispõem, na verdade são muito poucos.

 Os Mestres autorizados por Shamballa nos contam que nossa humanidade nesta quarta ronda (*) começou sua caminhada ainda em planos ou dimensões de matéria não concreta. As vidas que mais tarde seriam terrenas vieram de planos mais elevados começando a se densificar no plano etérico para dar formação a todos os reinos e espécies. Ou seja, a matéria física da Terra estava ainda incandescente e a natureza não podia se manifestar nessas condições.

  Vejamos o seguinte:

“As concepções acerca das primeiras raças giram em torno do continente da Lemúria e de Atlântida, calculados em se terem formado há milhões de anos. O remotíssimo tempo destas decorrências é ainda um entrave para melhores asserções, pois ao divulgarem-se milhões de anos a partir dos Livros Sagrados, não se tem a certeza de que se trate de anos esotéricos ou terrenos. Os indus e tibetanos detêm ainda em suas cosmogonias alguns mistérios que não revelam diretamente, senão em símbolos.

  A paleontologia tem trazido muitas considerações acerca das datas dos achados fósseis e cada vez mais se estabelecem incertezas. Deste modo, sobre a Lemúria, levantam-se algumas hipóteses de suas datações.

  “Há mais ou menos 350 milhões de anos, segundo ainda a ciência, os aquáticos se metamorfoseiam para anfíbios; haveria muitas plantas e répteis que viriam gerar os dinossauros, havendo a hipótese da existência de um só continente chamado Pangéia. Como se sabe, essa é a hipótese criada em 1917 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, segundo a qual há 200 milhões de anos havia somente uma formação continental, chamada por ele de Pangéia, banhada por um único oceano chamado de Pantalassa. Discute-se também que essa data poderia ser de 540 a 250 milhões de anos na Era Paleozóica. Por acontecimentos desconhecidos, o continente se fragmentou dando origem às formações de dois outros continentes, chamados Gondwana e Laurásia. Gondwana seria formado pelas atuais América do Sul, África, Austrália e Índia enquanto Laurásia teria se constituído de América do Norte, Europa, Ásia e Ártico”.(1)

  O que sabemos é que nossa humanidade começada, propriamente, com as raças etéreas Polar e Hiperbórea, Primeira e Segunda Raças, respectivamente, vieram para povoar o planeta inseridas no Grande Plano da Criação de nosso Logos Criador. Esse Plano incluiu todos os reinos existentes, ou seja, os reinos conhecidos por suas contrapartes físicas – o mineral, o vegetal, o animal e o humano e os demais reinos não visíveis neste nosso estágio, ou ainda não alcançados pela quase totalidade de nossa humanidade. E são chamados os três reinos elementais, anteriores aos quatro reinos conhecidos, e os três outros reinos acima do reino humano, que são: o reino egóico, o reino planetário e o reino solar, totalizando, assim, dez reinos devidamente inseridos no Grande Plano da Criação”.[arcadeouro.blogspot.com/2014/02/ainda-sobre-as-primeiras-racas.html]

  Teorias bastante infelizes de homens completamente ateus, apegados unicamente aos parâmetros materialistas, buscam nas histórias darwinistas admitir uma evolução humana natural, sem Deus e sem tutores. Escreveram milhares de páginas para explicar o que jamais existiu. Alguns amantes das teorias conspirativas também resolveram adotar as ideias de que realmente existiu uma raça de homo sapiens sapiens que teria evoluído para seres humanos, sendo hoje o homem moderno e que continuará sua evolução começada desde há somente 35.000 anos [datação hoje desmentida pelos achados dos próprios pesquisadores, uma vez que tanto o Cro-magnon quanto o Neandertalenses não se originaram um do outro, mas foram contemporâneos há mais de 100 mil anos].

  Especula-se que esses hominídeos citados foram produtos genéticos criados pelos anunnaki para servir-lhes de escravos enquanto exploravam minas de ouro e prata na África. E tendo terminado esse ciclo de exploração, esses escravos foram abandonados às suas próprias sortes, tendo assim degenerado, involuído e desaparecido.

  Afirmações materialistas da evolução natural do homem através de um único ancestral bem como histórias de viajores extraterrestres contadas ao público Nova Era, como sendo eles os celeiros “da verdadeira origem da humanidade”, carecem  em muito da verdade, são teorias completamente anêmicas, invenções caóticas, evidentemente não fazendo parte do Plano de nosso Deus Criador; são, portanto, ensaios do nada que a nada levam a não ser confusão.

  Porém, como esotéricos e espiritualistas, sabemos que há esquemas de mundos encadeados com o esquema de nossa Terra. E houve num passado distante transmigrações de muitos milhões de almas ao nosso planeta. Isso ocasionou a transmissão aos seus novos corpos físicos aqui na Terra, de alguns caracteres raciais trazidos de seus planetas de origem, que vieram impressos na memória dos átomos de suas configurações etéricas. Trouxeram também um surto maior de progresso aos povos terrenos de almas menos treinadas que eles, contribuindo assim com a evolução de nossos povos.

  Atenção, portanto, com teorias esdrúxulas que divulgam nas suas mensagens intencionais mentiras.

Rayom Ra
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