domingo, 28 de fevereiro de 2021

O Ritual Panchatattva

  Ao comermos alimentos impuros e os “convenientes” manipulados para nós; ao bebermos líquidos impuros como coca-cola, sodas e outros semelhantes, então quais elementos estaremos reunindo para a construção de nosso templo?

  Essas coisas não têm qualquer valor nutricional. Elas não contêm qualquer luz solar uma vez que são químicas estéreis com densidade muito pesada. Esses alimentos não foram feitos pela natureza, mas por cientistas que não sabem nada da criação da alma.

  Ao ingerirmos esses tipos de alimentos estamos nos alimentado do nada. Eis porque quando as pessoas comem e bebem essas substâncias ficam doentes. O corpo físico entra em decrepitude, atrai doenças e a mente degenera”.

  Do ponto de vista da gnose e em qualquer tradição espiritual, entendemos que todas as coisas existentes têm sua origem no útero da Mãe Divina. Esse útero é uma vastidão, um vazio que chamamos o Akash ou Akasha. É uma substância primordial que também não é uma substância. Podemos dizer que seja “matéria indiferenciada”, mas antes de tudo é matéria chamada Mulaprakriti, que é o grande útero do espaço Mãe Divina, e deste útero surgem todas as coisas existentes, tudo o que se manifesta. Então em síntese estamos dizendo que todos os átomos, toda matéria, toda energia em sua raiz provém deste útero.

  O útero do espaço da Mãe Divina está simbolizado no Livro do Gênesis como as águas primordiais. Do mesmo modo em muitas outras tradições temos o Grande Oceano ou as Grandes Águas das quais emerge a vida. E temos essa tradição no induísmo e em várias tradições nas América Central e do Sul. As águas são femininas e são a matéria prima, a fonte primeira de toda manifestação.

  Dentro do útero está uma semente. A semente é a criação da imaculada concepção da qual a vida emerge, e a semente é fecundada ou impregnada do poder das Três Forças Primárias, ou daquilo a que chamamos a Trindade. No cristianismo a chamamos o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Essas são: a Afirmação Sagrada, a Negação Sagrada e a Conciliação Sagrada. São as três forças primárias requeridas para qualquer nível da criação em qualquer nível da existência. Chamamos isso a Lei dos Três e esta lei é fundamental em cada nível da natureza. Daí percebermos no mais remoto início, antes que qualquer coisa acontecesse, que a Lei dos Três já estava trabalhando o processo real da criação, a engendrar, a dar origem ao que chamaríamos “gênesis”. A primeira fecundação é desempenhada pelo Logos. “Logos” no vocabulário grego significa “palavra”.

  No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. 2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez. João 1:1-3

  Em gnose denominamos a Trindade: o Primeiro, o Segundo e Terceiro Logos e todos juntos são o Logos Solar.

 

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  Figura 1   

  A fecundação da Mãe Divina causa a condensação ou materialização daquelas forças na forma, e está simbolizada nas antigas imagens da Mãe Divina com a criança em seus braços. Eis o início da condensação ou materialização da Mãe Divina na forma, representada pela criança. Sabemos que a criança tal como o Cristo tem sido também chamada de Horus, Avalokiteshvara, Quetzalcoatl e por muitos outros nomes.

  A criança nasce a fim de ser crucificada. A criança nasce a fim de se auto sacrificar. Essa energia raiz se manifesta para o bem da existência. Para que haja a existência aquela força deve surgir e sacrificar a sua própria natureza. Assim logo no início da formação de qualquer nível da matéria ou energia temos as três forças, temos a Mãe Divina e temos o Cristo. Um desses símbolos primários do Cristo é a Cruz. A Cruz tem significados em muitos níveis sendo ela mais antiga que a cristandade: é um dos mais antigos símbolos conhecidos pela humanidade. Aquela luz, aquele Cristo, que é o Logos Solar, aquela luz ou energia que se manifesta do útero da Mãe Divina e está simbolizada nas antigas religiões como Sol, Ra, o Sol de Deus ou o Herói Solar que emerge para sacrificar-se a si próprio a fim de dar crescimento às novas criações.

  Dizemos que Cristo é Luz, mas Luz Espiritual. Esse é o Raio da Criação. Esse Raio é realmente três em um porque o Raio nele próprio, o Cristo, o Logos Solar, é realmente a trindade de três forças expressando-se como uma. Aqui está porque dizemos serem elas uma tri-unidade. São três forças que unificadas e equilibradas, produzem e criam.

  Aquelas três forças têm seus próprios fatores e influências que os trazem e os carregam consigo, e os entendemos como positivo, negativo e equilibrante; porém simbolicamente diríamos que o Pai é a primeira força, a essência ou a raiz da sabedoria, e que o Filho é realmente a raiz ou a essência do Amor, e o Espírito Santo, é a terceira força, o fogo fecundante ou inteligência. Então a Luz Solar, aquele Logos Solar, quando surge e se manifesta a fim de produzir a criação, contém dentro dele próprio esses três aspectos.

  Na profunda raiz da matéria e energia, o aspecto do Terceiro Logos, o Espírito Santo produz em toda a criação a polaridade, a dualidade que conhecemos como oposições, sendo através dessa dualidade ou dessa influência que ocorre a criação. Vemos isso na profunda raiz da matéria, e a fim de que se produza luz devemos ter a interação de átomos de hidrogênio e carbono, e essas são substâncias complementares que tendo interagido um com outro criam luz.

  Essa criação é uma função do Espírito Santo que fecunda a Natureza, a matéria e a energia com a essencial dualidade, e dentro dessa essencial dualidade surge a oportunidade para o nascimento de nova substância. Isso está simbolizado na própria Cruz que sendo constituída de duas linhas interagentes que se cruzam, complementando-se, emergem em positivo e negativo ou forças macho e fêmea, e que unificadas produzem algo novo.

  Quando observamos como a matéria se origina do ponto de vista dos ensinamentos gnósticos, entendemos que a raiz da matéria por ela mesma é essa luz, a luz do Logos Solar. Ao visualizarmos isso, primeiro imaginemos o Espírito da vida universal, que é a vastidão, a matéria indiferenciada ou a não existência. Abaixo, destacado disso, temos os reinos da matéria, que são todas as diferentes dimensões que sabemos estar separadas do zero ou sétima dimensão. Entre esses reinos do Espírito de vida universal e matéria, há uma ponte, e esta ponte é realmente a primeira manifestação da matéria, porém ela existe entre esses dois mundos e isso é chamado na gnose, “hidrogênio”. Um hidrogênio é o primeiro elemento ou a primeira formação da matéria, A palavra hidrogênio é composta por “hidro”, que é água e “gen” relacionado com geração ou gênesis. Naturalmente isso nos remete às águas primordiais do Livro do Gênesis.

  Hidrogênio em termos científicos é o componente mais simples da Tábua de Elementos e isso é congruente com o que a gnose ensina sobre a natureza da matéria. É pela modificação dessa formação que toda a matéria existe. Cada átomo, cada estrutura é exatamente a perfeita combinação de variadas formas do hidrogênio. O hidrogênio é modificado pelo número de prótons, nêutrons e elétrons que possui, resultando em novos elementos. As variações do hidrogênio se combinam a fim de produzir mais e mais formas complicadas de matéria. Cada um daqueles elementos é atraído sexualmente para o seu complemento; então encontramos, por exemplo, que o sódio é atraído sexualmente para o cloro que quando combinados produzem o sal. Dai que essa combinação de elementos complementários reside na verdadeira raiz das estruturas atômicas e aquele nível permanece consistente por todas as vias da criação de galáxias e universos.

  Todos os níveis da criação dependem da atração sexual do nível atômico para o nível universal, e isso é um axioma fundamental ante o qual repousa a total estrutura da existência. Isso está simbolizado na Cruz, e de novo a Cruz nos mostra duas barras interagentes que quando essa interação encontra-se ativa a Cruz se move, e a Cruz girante ou inflamada é o que denominamos uma Swastika.

  Uma Swastika é realmente um símbolo muito antigo que tem estado presente em tradições ao redor do mundo, e infelizmente tem sido mal usado por alguns povos da Europa no último século. Entretanto é um símbolo sagrado bem mais antigo que esses povos

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Figura 2

  Bem, a Cruz. Se a desdobrarmos de sua montagem, veremos que ela tem realmente quatro partes, quatro braços separados que se estendem de um ponto central. Essas quatro partes simbolizam os quatro elementos básicos que os conhecemos por Ar, Terra, Água e Fogo, e se acham também relacionados com a palavra “Tetragrammaton”. O Tetragrammaton em grego significa simplesmente “as quatro palavras letradas” ou “a palavra com quatro partes”, referindo-se ao Sagrado Nome de Deus, יהוה Iod Hei Vav Hei.


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  Figura 3

  Essas são quatro letras hebraicas e cada letra hebraica é um símbolo. A letra י Iod é masculina e simboliza o órgão sexual masculino ou falo. A letra ה Hei é feminina e simboliza o útero. A letra ו Vav é também masculina e simboliza o homem e a coluna espinhal; e a letra ה Hei de novo feminina que nesse caso seria a mulher. Então a Cruz quando analisada do ponto de vista do Tetragrammaton demonstra realmente a relação sexual que existe em todos os níveis da natureza.

  Crucificado naquela Cruz está o Cristo, aquela Luz Solar. Simbolicamente vemos sempre os Heróis Crísticos ou Heróis Solares crucificados o que é um símbolo do verdadeiro significado da existência para a Luz. Cristo existe a fim de sacrificar-se para o benefício da criação e existência. Do mesmo modo todos os Heróis Solares e Deuses Solares, e os Bodhisattvas se sacrificam para o benefício de todas as outras criaturas. Este é o verdadeiro significado para a existência de Seres Humanos: aprender como sacrificar-se para o benefício de outros.

  Bem. Também há outras quatro letras relacionadas com o sacrifício da Cruz: INRI que é um termo simbólico que oculta variados níveis do significado. Um significado muito importante é Igne Natura Renovatur Integra que é latino e traduzido quer dizer: “o fogo renova incessantemente a natureza” e esse fogo, naturalmente, é o Fogo Solar ou a Luz de Cristo. É aquele Fogo do Espírito Santo que está constantemente renovando a natureza através de seu sacrifício, estando simbolizado na Cruz. Então quando vemos a Cruz com aquelas letras INRI estamos vendo um símbolo da verdadeira estrutura da existência, em cada átomo, em cada forma de matéria e energia. O Cristo está lá sacrificando suas forças a fim de que a matéria possa se manifestar.

  Agora então para compreendermos isso um pouco melhor vamos olhar de outro ângulo. Aquela energia, aquela energia raiz ou aquela luz que vibra no infinito é chamada em sânscrito, Prâna. No processo de manifestação dessa energia, ela irradia ou sonoriza, produzindo a vibração, e cada vibração é tanto som quanto luz. A vibração de Akash, aquela energia que começa se condensar em Akash mesmo, que é o próximo nível mais denso. O Akash se condensa mais no Éter e o Éter então começa se diferenciar e se desdobrar no que chamamos os Tattvas.

  Existem quatro Tattvas primários para discutirmos (Na realidade existem sete, mas estamos nos focando em quatro no momento). Esses são; Vayu, Apas, Tejas e Prithivi. Tattva significa “suchness” ou “essência de”, então compreenderemos que um Tattva é uma modificação do Éter. Éter, por outro lado, é exatamente uma condensação ou formas mais sutis de luz ou energia, chamada Akash ou Prâna.

  Esses quatro Tattvas condensam mais a eles próprios e se tornam naquilo que conhecemos como os Quatro Elementos da matéria física. Vayu é Ar, Apas é Água, Tejas é Fogo e Prithvi é Terra. Esses Quatro Elementos cristalizam no mundo físico e formam a verdadeira base para todas as formas de matéria que conhecemos fisicamente. Eis porque ao examinarmos as filosofias dos antigos gregos as vemos sempre referindo-se aos Quatro Elementos e quando nos remetemos aos Alquimistas das tradições ocidentais, os vemos também referindo-se a esses mesmos Quatro Elementos.

  Eles entenderam, mas podem não ter escrito que os Quatro Elementos são modificações dos Tattvas, que derivam do Éter, que deriva do Akash, que deriva do Prâna. Isso se torna importante uma vez que todos esses níveis variantes são realmente formas de energia ou luz que abastecem, para o adequado funcionamento da criação.

  O primeiro material, o elemento concreto que cristaliza do Prâna é o hidrogênio, e essa é a primeira cristalização da luz. O hidrogênio, como dissemos, é o elemento mais simples e é a raiz de toda a matéria e energia existente. Na ciência alquímica chamamos “hidrogênio” a todas as formas de matéria, mas atribuímos-lhes números diferentes segundo suas densidades relativas. A razão de fazermos isso é a de que consigamos compreender como a matéria possa ser  diferenciada, não tanto pelo conteúdo de seus átomos, mas por sua densidade relativa ou peso.

  As três forças primárias cristalizam no hidrogênio e disso vem todos os demais elementos: por conseguinte, aqueles elementos raízes são a verdadeira natureza de nosso próprio bem estar. Todos os elementos existentes são o resultado das transformações do hidrogênio, das diferentes formas ou combinações de hidrogênios.

  No interior de todas as coisas em que nós como organismo físico interagimos está o Cristo, aquela Luz Solar que sustenta tudo o que existe, porém aquela energia está sempre sendo modificada de acordo com o processo através do qual ela passa. Por exemplo: nosso corpo físico requer elementos para que possa ser sustentado. Necessitamos de alimentos, de ar, de água, desses elementos a fim de abastecer nossa continuada existência, e isso é uma troca ou transformação de energia requerida para nos mantermos manifestados nesse nível da natureza.

  Sabemos muito bem que se deixarmos de comer cessaremos nossa manifestação nesse nível da natureza. Se deixarmos de beber água cessaremos também nossa existência nesse nível da natureza, ocorrendo o mesmo com o ar que respiramos. O que examinamos na gnose é precisamente como isso impacta o objetivo e sentido de nossa existência.

A Lei da Oitava

  Ingerir alimento é uma necessidade a fim de que possamos viver. Para o alimento a gnose está atribuindo o valor do hidrogênio DÓ 768. DÓ é uma nota. DÓ é a primeira nota na oitava das sete notas.

  A Lei dos Sete é a lei fundamental da criação que organiza tudo o que a Lei dos Três produz. Temos a luz, mas essa luz é modificada pela Lei dos Sete; temos o som, mas esse som é modificado pela Lei dos Sete, a Lei da Oitava. Eis porque discutimos sobre os sete chakras, os sete corpos, as sete notas. Existem muitos níveis sobre os quais a Lei dos Sete está manifestada.

  Ao observarmos a escala Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si podemos examinar como a energia é manobrada pela Lei dos Sete dentro de nosso organismo. A primeira nota  é Dó. Ao nos alimentarmos a fim de sustentar nosso corpo físico, tomamos o alimento e aquele alimento assume o valor relativo ou densidade do Dó 768. O número 768 refere-se ao peso relativo ou densidade relativa daquele alimento ou daquela substância com relação ao Prâna. Se o Prâna for a forma mais simples de substância, manifestada como hidrogênio – o hidrogênio tem valor de 1 – então 768 é 768 vezes menos em modificação ou na densidade relativa ou peso. Podemos colocar também de outra forma: 768 pode ser descrito como o número de leis ou fatores modificadores. Em síntese podemos dizer que o hidrogênio Dó 768 é muito complexo, muito denso, sendo por isso que nosso corpo necessita digerir o alimento. Eis a razão de possuirmos o sistema digestivo.

  Possuímos o sistema digestivo a fim de desmembrar as unidades componentes do alimento e extrair delas os elementos de que necessitamos para suprir o corpo físico. Nosso sistema digestivo inteiro é um processo fisiológico manipulado pela inteligência do Ser, através do cérebro instintivo, e aquela energia direciona-se para aquele hidrogênio a fim de desmembrá-lo, extrair os elementos importantes e lançar fora os elementos que não são necessários.

  Através do processo da digestão, o corpo está trabalhando para processar as atribuições da nota Ré, que é a segunda nota e a densidade relativa do 384. Ou seja: o alimento está sendo desmembrado e simplificado para a mais pura forma de energia.

  Se absorvermos do mal alimento ou daquilo que realmente não alimenta, como fast food, coca cola ou álcool, que não contêm átomos puros do Logos Solar, por não serem de fato alimentos ou por estarem envenenados, então nada de benéfico será extraído deles. E também é fato que ao estarmos extraindo elementos nocivos daquelas substâncias a mesma coisa acontece ao respiramos ar impuro ou fumarmos, uma vez que seus elementos não são de modo algum benéficos ao nosso organismo, sendo em verdade nocivos.

  Então o processo de extração de puros átomos para o bem estar de nosso organismo está sequestrado e corrompido pelos muitos elementos que absorvemos. Todos sabem muito bem que somos o que comemos e a autenticidade disso está cada vez mais nos aclarando. Se contudo administrarmos o comer somente do bom alimento e o respirar do limpo e decente ar, os elementos extraídos estarão então naturalmente passando por outro processo que conhecemos como o Sistema Circulatório.

  O coração em combinação com os pulmões purifica o sangue. Purifica os elementos que são processados através do sistema circulatório a fim de nutrir o organismo com aqueles elementos. O ar e o oxigênio que inalamos através dos pulmões estão combinados e adicionados na circulação do sangue através do corpo. No sangue temos os elementos que o sistema digestivo extraiu e também os hidrogênios que o corpo está trabalhando para transformar, e que estão nesse ponto da nota Mi, com peso relativo de 192.

  A síntese ou a extração última no processo de purificação do sistema circulatório é um tipo de alimento ou energia que então passa para o cérebro. A transformação das energias que ocorrem no cérebro está relacionada com a nota Fá com valor relativo de 96. Podemos então apreciar em 4 etapas quão rápido o peso dos hidrogênios tem decrescido. Estamos manobrando com mais e mais sutilezas, mais e mais formas puras de energia.

  Agora as energias que o cérebro conta para serem nutridas e se tornarem saudáveis derivam-se do sistema circulatório, do sistema respiratório e do alimento que ingerimos. Significa que tudo o que o coração processe diretamente afeta a saúde do cérebro. Nosso coração está intimamente relacionado com nossas emoções e nosso cérebro está intimamente relacionado com nossos pensamentos. Daí podermos então concluir quão importante é termos uma boa noção do que está se passando em nossa psique, para um controle de nossos sentimentos e de nossos próprios pensamentos. Sabemos muito bem que as pessoas doentes do coração acabam ficando doentes do corpo e da mente.

  O cérebro é o veículo do corpo mental, dos pensamentos. O cérebro não é a mente em si, mas o órgão que a mente utiliza. Está natural e intimamente relacionado com o sistema nervoso central e esse sistema nervoso é um processador, um transformador de energia.

  Através do sistema nervoso central e do cérebro recebemos as impressões da vida. A medida que a vida acontece suas impressões nos entram pelos cinco sentidos. Essas impressões são recebidas pelo sistema nervoso como energia, vibração, som, luz.

  As impressões que recebemos da vida influenciam não somente a saúde de nosso corpo e mente, mas também o modo como a energia é transformada dentro de nosso organismo. Na medida em que o corpo estiver transformando as energias dos alimentos, do ar e da água, refinando e enviando tudo para a nutrição do cérebro, aqueles elementos purificados estarão se combinando com a energia que obtivermos através das impressões que recebemos da vida.

  Claramente, se estivermos recebendo impressões que sejam luxuriantes, violentas, plenas de ódio ou repugnantes por qualquer veículo, estaremos recebendo um forte impacto não somente em nossa psique, mas na qualidade da transformação da energia trabalhada pelo corpo. Estando a assistir imagens de violência ou pornografia ou nos alimentando com emoções negativas, pensamentos negativos, pensamentos derrotistas ou críticos, pensamentos céticos, culpando ou censurando outros, essa energia influencia e impregna a transformação do hidrogênio dentro do organismo. Em muitos casos pessoas estão tão identificadas com o intelecto e tão viciadas com impressões negativas que não possuem suficiente energia clara para passar à próxima nota.

Corpos da Árvore da Vida 

  O resultado das transformações que ocorrem nesse nível, por qualquer energia que possa ser purificada e enviada para o próximo nível, então desce através da coluna espinhal que está relacionada com a nota Sol, e tem o valor relativo de 48.

 Figura 4. tree-of-life-bodies

  A coluna espinhal está relacionada com nossos processos motores. Está também intimamente relacionada com o Sistema Nervoso Grande Simpático e esse sistema está diretamente relacionado com nosso bem estar emocional e com o corpo astral. A maioria das pessoas não tem realmente um Corpo Astral Solar. Temos, porém, um Corpo Astral Lunar também chamado Kama Rupa e estes termos em sânscrito significam o corpo de desejo. Se apreciamos as influências de nossos próprios desejos processados através de nossa natureza animal, relacionada com nossa coluna espinhal, e através dos desejos que surgem em nosso coração, então as energias daqueles desejos influenciarão a transformação dos hidrogênios dentro de nosso organismo. Ou seja, se estivermos identificados com nosso ódio ou inveja, a energia daqueles sentimentos corrompem a transformação dos hidrogênios. As emoções negativas corrompem a transformação de energia.

  Assim qualquer energia pura que possa ser extraída nesse nível estará então passando para o Sistema Endócrino, intimamente relacionado com o Corpo Vital ou Corpo de Energia. O Sistema Endócrino é onde produzimos hormônios e esse sistema é a nota Lá com valor de 24, então essa já é uma energia bem refinada. Sabemos que nosso sistema de hormônios - o Sistema Endócrino - é uma potente energia extremamente poderosa em nosso organismo. O Sistema Endócrino é onde encontramos todos os hormônios bem como aquelas forças que conduzem a muitos tipos de comportamentos e formas de criação dentro do organismo.

  Esse nível de nossa psique está relacionado com os sonhos, com a saúde de nosso Corpo Vital. O Corpo Vital sendo a parte superior de nosso corpo físico é o Corpo de Energia, o veículo através do qual todos os processos metabólicos e químicos são habilitados no corpo físico. Quando o corpo físico está repousando o Corpo Vital carrega-se com a Luz Solar, através do chakras.

  As energias que abastecem o Corpo Vital são usadas para recuperar o corpo físico e se combinam com as energias que criamos e transformamos através dos processos que já temos descritos – comendo, respirando; pelo sistema circulatório, etc. Então nesse nível, no La 24, temos a combinação de energias, que resulta de todos os processos digestivos, respiratórios, e os circulatórios através da coluna espinhal e cérebro, combinados com as energias que o Corpo Vital está elaborando. Todas essas energias são bem refinadas, muito poderosas, muito potentes e se compararmos essas com a gasolina que usamos para dirigir veículos, diríamos que essa já está extremamente octana, muito potente, muito poderosa: um tipo de energia muito volátil.

  Esse nível de energia, a nota La, está relacionado com nosso Sistema Nervoso Parassimpático que é o Sistema Nervoso Instintivo que manobra, naturalmente, com todos os processos anteriores que tenham surgido em nossa exposição. Esse sistema controla o processo Motor Instintivo do corpo sob a inteligência do Corpo Vital, estando diretamente relacionado com o Espírito Santo.

  Observemos que em Fá, Sol e Lá temos os três sistemas nervosos de nosso organismo: as três forças do Pai, do Filho e do Espírito Santo e os Corpos Mental, Astral e Vital. A Lei dos Três está aqui delineada de um modo muito poderoso, e o que essa Lei dos Três está potencializando através desses diferentes veículos são todas as energias que vimos recebendo e transformando como um organismo tanto físico quanto de níveis mais sutis.

  Qual é a convergência disso? Toda essa energia, todo aquele trabalho, toda aquela mecânica natural que nos têm sido dada como um presente, têm como objetivo a criação de um próximo e mais poderoso nível, o mais sutil elemento, o mais potente elemento que é a nota Si ou Ti. O Hidrogênio TI 12 é energia sexual.

  A energia sexual é o resultado final de todo o processo transformativo existente em nosso organismo. Nós combinamos e analisamos o sistema digestivo, o sistema circulatório, o sistema respiratório e os três sistemas nervosos – significando que toda a ingestão que temos de pensamento, sentimento, emoção e vontade – todos esses juntos se combinam para produzir-nos o que temos em nós: a força sexual particular. A pureza, a potência e o valor daquela energia sexual derivam pois de nosso comportamento.

  A pureza e a potência de nossa energia sexual é um resultado direto do alimento que comemos, do ar que respiramos, dos pensamentos e sentimentos que temos e dos comportamentos a que estamos engajados. Quando comemos algo o corpo físico através de seus variados processos extrai o melhor daquele alimento, e o resultado disso é a energia sexual. Quando respiramos ou bebemos água o mesmo processo se repete.

  Entretanto ao começarmos trazer nossa pessoal vontade para dentro da equação começamos mudar o funcionamento natural do organismo. Nossa vontade conforme manifestada através da ação é o fator chave. Esse completo processo transformativo é alquimia.

Figura 5.

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  A palavra alquimia é composta. A primeira parte é “Al” relacionada com a palavra arábica para Deus, Alá ou Espírito que, naturalmente, está intimamente relacionada com o termo hebreu “El” significando Deus. “Chem” é derivado da palavra grega “kimia” significando “fundir ou agrupar um metal”. Alquimia significa portanto “fundir nosso metal com Deus”. O metal mais importante que temos interiormente é o mercúrio, o símbolo da energia sexual.

  Nosso mercúrio é a pedra sobre a qual o Templo está edificado. O Templo é a Alma. Se o mercúrio estiver impuro o Templo não pode se manter. O mercúrio, a pedra, deve ser feita pura e forte a fim de levantar uma casa para o Senhor. A pureza e qualidade do mercúrio é um resultado final de nosso pessoal comportamento. Ao comermos alimentos impuros e os “convenientes” manipulados para nós; ao bebermos líquidos impuros como coca-cola, soda e outros semelhantes,  então quais elementos estaremos reunindo para a construção de nosso templo?

  Essas coisas não têm qualquer valor nutricional. Elas não detêm qualquer luz solar uma vez que são químicas estéreis com densidade muito pesada. Esses alimentos não foram feitos pela natureza, mas por cientistas que não sabem nada da criação da alma. Ao ingerirmos esses tipos de alimentos estamos nos alimentado do nada. Eis porque quando as pessoas comem e bebem essas substâncias ficam doentes. O corpo físico entra em decrepitude, atrai doenças e a mente degenera.

  Se examinarmos a história desta humanidade veremos que desde o tempo em que começamos comer coisas pesadas-processadas, alimento quimicamente alterado, a psique da humanidade se tem transformado radicalmente. Qual é o resultado? Temos perdido nossa modéstia. Temos perdido o senso do que seja direito e nos tornamos degenerados. Ficamos gordos, cruéis, sarcásticos, violentos e terrivelmente ofensivos em pensamento, palavra e atitude.

   Pela gnose entendemos que temos a obrigação de tentar ingerir alimento puro, água pura, ar puro e essas coisas são uma boa base para começarmos produzir melhor energia, um corpo mais saudável, uma mente mais saudável. Porém o mais importante é trabalhar com e no controle da psique, pois as energias que recebemos e transformamos através das impressões da vida, as que recebemos de fontes externas e as que geramos intimamente são mais sutis, mais poderosas que as energias provenientes do alimento, ar e água. Aquelas energias e impressões têm um efeito direto na qualidade da transformação de nossas forças sexuais. Quando examinamos isso em detalhes entendemos que realmente o que necessitamos compreender é como transformar energias para um equilíbrio saudável. Há um ensinamento nos tantras indus chamado O Ritual Panchatattva.

  O Ritual Panchatattva

  “Pancha” é uma palavra sânscrita que significa “cinco” e “Tattva”, também sânscrito significa “verdade”, “talidade”, “ser verdadeiro”. Entendemos que um Tattva é uma vibração do Éter que por seu turno é uma transformação ou vibração do Prâna ou Luz Solar. Então Panchatattva refere-se às cinco vibrações ou aos cinco tipos de energia. 

  Um ritual é naturalmente qualquer ciência para transformar energia. A Missa Católica, o Ritual Budista, o Ritual Asteca são todos formas de ciência existentes com a finalidade de transformar a energia solar, transformar Prâna para sustentar alguma coisa importante. Neste caso estamos falando sobre rituais que transformam a Luz Solar, o Prâna, a energia de Cristo no interior de um tipo de alimento ou nutriente que abastecerá a consciência e fortalecerá a Alma. Existem outros tipos de rituais que transformam aquelas energias de modo nocivo, mas não discutiremos nem ensinaremos sobre tais coisas.

  O Ritual Panchatattva é uma ciência para transformar energia e nutrir a Alma. Esse ritual é voltado para o que é chamado “os cinco M’s”. O primeiro é “Madya”, em sânscrito. Madya significa “vinho” e sobre aquilo de que estamos falando quando mencionamos o vinho; neste caso é a uva. Uva e vinho são muito simbólicos em muitas tradições. Vinho é um símbolo do sangue de Cristo, um símbolo daquele fogo ou daquela energia de que necessitamos a fim de nos sustentarmos. No contexto de Madya, este termo sânscrito de que estamos falando é a vibração daquela Luz Solar que se manifesta através do Tattva Vayu, conhecido como o Ar.

  Dai que o Alquimista ou Tantrika consome a uva ou o suco da uva, e o faz a fim de receber os mais puros e mais potentes hidrogênios relacionados com o Tattva Vayu. Aquela pura energia é consumida aparte do processo de transformação do organismo a fim de produzir a mais pura e mais potente energia sexual, que em troca se transforma na pedra fundamental do templo da alma.

  O próximo “M” é “Mamsa” que significa “carne”. A carne está relacionada com o Tattva que é Fogo. Então o Alquimista ou Tantrika consome carne vermelha, bife, carneiro, cabra, deste tipo de animais que contém o fogo do Tattva Tejas.

Figura 6

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  Em seguida tem “Matsya” relacionado com o peixe e este é o Tattva Apas das águas. O peixe contém hidrogênios que nosso organismo necessita a fim de produzir a mais pura e mais perfeita energia sexual.

  O próximo “M” é Mudra relacionado com os grãos da Terra e isto, naturalmente, é Prithivi ou Elemento Terra. Assim Mudra está relacionado com grãos, vegetais e frutas.

  Estes quatro “M’s”, Madya, Mamsa, Matsya e Mudra estão relacionados com os quatro tipos de alimentos que contêm hidrogênios ligados aos quatro principais Tattvas. Aqueles hidrogênios são energias muito puras que podem ajudar na criação e elaboração da força sexual que temos em nosso organismo. Estes quatro estão combinados com o quinto “M” que é “Maithuna”, que significa intercurso ou sexualidade e isto temos de transmutar do próprio Éter.

  Estes cinco M’s são condensações do Akash, o Prâna, a Luz Solar. Ao nos alimentarmos com estas cinco modificações do Akash estamos trazendo toda a escala de vibrações do Logos Solar na matéria, uma vez que toda matéria deriva daqueles quatro elementos, daqueles quatro Tattva que então combinados com o Éter, trazem para dentro do nosso organismo os hidrogênios raízes da própria matéria. Eis como desenvolvemos uma influência equilibrada. As energias equilibradas são um completo conjunto das energias de que necessitamos em nosso organismo a fim de transformar a energia sexual.

  Devido a isso o Alquimista, o Tantrika, é capaz de realizar o real objetivo da vida dele ou dela. Existimos a fim de cumprir a missão daquela Luz Solar. A Luz Solar ou o Cristo sacrificou-se e produziu a criação da Humanidade Solar. Um Homem Solar ou uma Mulher Solar é uma encarnação daquela Força Crística, verdadeiro reflexo daquela Força Crística. Entretanto, agora, somos ainda nada mais que uma manifestação lunar, ou seja, somos mecânicos, pertencemos aos processos da Lua ou natureza: não conquistamos ainda a natureza. Somos escravos da natureza e sofremos intensamente por isso.

  Para conquistarmos os elementos da natureza é necessário termos poder sobre as criaturas e animais, sobre processos e funções do Fogo, Água, Ar e Terra; comandarmos aqueles elementos dentro de nós próprios e, pelo consumo daquelas forças, conquistarmos o poder, aquela inteligência, e sermos ensinados pelo próprio Cristo através de seus mensageiros.

  Se não trabalharmos com os grãos como podermos comandar os grãos? Se não trabalharmos com as águas como podermos comandar as águas? Temos de trabalhar com eles, compreende-los e os digerirmos, conquista-los a fim de sermos o que a Bíblia nos tem clamado: Reis e Rainhas da natureza.

  A jornada da Luz Solar desde o Absoluto indiferenciado, através de variados níveis e dimensões, termina na energia sexual dentro de nosso organismo. O corpo físico humano é a suprema criação da natureza mecânica, A natureza mecânica lunar alcança seu pico dentro do organismo humano, porém isso não é o pico da existência, não é o pico da criação. Para além do organismo humano temos muitos níveis de existência, mas cada pessoa somente pode entrar naqueles níveis se conquistar a natureza mecânica lunar e transcender aquelas leis. Ou seja, realizar-se pelo comando e controle intimo da natureza e esse trabalho é suportado pela mais potente e poderosa energia que temos disponível, que é sem dúvida a força sexual.

  Quando operamos com a Cruz utilizamos o poder do Espírito Santo, o fogo que manifesta a atração dos opostos, o poder entre o homem e a mulher que combinados ativam e inflamam a Cruz, transformando-a naquela viva e inflamada Swastika – que é a raiz da criação.

  Se o macho e a fêmea vêm trabalhando para auto perfeccionar a criação do corpo pela energia sexual, significando que se alimentam direito, manobram bem intimamente com as impressões que recebem, trabalham com suas próprias consciências momento a momento, transformam e transmutam suas forças sexuais, então aquela energia sexual macho e fêmea, combinadas, irá entrar numa nova oitava.

  A primeira oitava que temos descrito de Dó a Si é uma oitava da natureza mecânica. Se derramamos a energia sexual significando que experienciamos o orgasmo, extraímos a pura energia do corpo e a perdemos. Não podemos trabalhar com ela, foi-se, e como tal permanecemos no atual nível em que nos encontramos. Permanecemos escravos das forças que forçosamente nos controlam – as forças da natureza.

  Contudo, economizando aquela energia transformando-a e transmutando-a, ela pode entrar numa nova oitava e realizar novas criações. Aquelas criações são denominadas o Corpo Astral Solar, o Corpo Mental Solar e o Corpo Causal Solar. Eis o que seja alguém nascer de novo. “Aquele que é nascido da carne é carne”. Ou seja, é um corpo físico. “Aquele que nasce do Espírito (o Espírito Santo), é Espírito”, ou seja, a Alma.

  Então esta é a síntese em que temos de aprender como trabalhar com os cinco “M’s”. Consumimos os alimentos relacionados com esses quatro Tattvas primários e quando os consumimos precisamos estar cônscios, com atenção cônscia, significando estar presentes, com atenção plena sobre o que estivermos fazendo porque a consciência é nossa única conexão com nossa Divindade interior. Não estando cônscios de nós próprios, não estando presentes a nos observar e a nos lembrar, estamos então adormecidos.

  Trazendo a força da consciência trazemos aquela energia portadora de todas as transformações que necessitamos desempenhar. Quando estamos plenamente cônscios e presentes, observando nossos três cérebros, atraímos a influência do Ser na transformação dos hidrogênios.

  O esforço do estudante gnóstico é de fazer todas as coisas com plena consciência. Ao comermos consumindo esses elementos devemos faze-lo com a consciência ativa e isso nos permite termos a mais pura, a mais efetiva transformação daqueles hidrogênios. Combinamos aquela atenção consciente com o mantra KREEM. Este mantra nos ajuda trazer aquelas forças para focarmos nas transformações daqueles elementos.

  O Alquimista, o Tantrika, come, bebe e respira com o mantra. Conforme fazemos nossa refeição comendo nosso peixe e nossos grãos, pronunciamos o mantra interiormente e vibramos com o som a fim de influenciarmos a transformação daqueles elementos. Do mesmo modo usamos esse mantra KRIIIM no Maithuna, em nossa transmutação sexual. Esse mantra é muito potente. É especialmente adequado para dissolução de elementos indesejáveis e extração dos desejáveis, Em outras palavras, se quisermos transformar o alimento e obter o que seja bom dele, usemos o mantra KRIIIM. Se quisermos destruir um ego e extrair a consciência, usemos o mantra KRIIIM.

   Por este Ritual Panchatattva – os cinco “M’s” – estamos em verdade venerando a Mãe Divina. Eis porque ela é representada no centro da grafia. Se lemos quaisquer tantras indus eles nos transmitirão que o Ritual Panchatattva objetiva a adoração a Devi, a Mãe Divina, e agora entenderemos porque. Pois pela correta transformação e recebendo todos os elementos, os hidrogênios relacionados com os respectivos Tattvas, estamos usando o presente da Mãe Divina de modo certo. Recebemos conscientemente, com alegria, reconhecendo o sacrifício que Ela fez, e seu Filho, o Cristo, tem feito em nosso benefício.

  Se procedermos na vida do modo como somos, adormecidos, não reconheceremos aquele presente, então não estaremos plenamente habilitados a toma-lo. O Ritual Panchatattva na sua síntese expressa-nos como obtermos as energias da natureza e de nós próprios a fim de nos transformar em algo maior.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

  1. P. – O que pode nos dizer sobre o Calendário Tattávico?

  R. – Há certos escritores que têm descrito um Calendário Tattávico oculto, que é a maneira de codificar ou montar um diagrama de manifestações dos Tattvas na natureza em torno de nós, no curso do dia. Samael Aun Weor de fato montou um Calendário Tatávico. Mais tarde ele renunciou a isso e escreveu que o melhor Calendário Tatávico é simplesmente observar a natureza uma vez que quando está chovendo o Tattva que está se manifestando é Água, Apas. Quando está calor temos Tejas. Então ele simplificou e disse que não precisamos de calendários complicados a fim de calcular em dado momento qual é o Tattva de maior predominância.

  2. P. – Então você nos está dizendo que para termos uma boa qualidade de energia necessitamos consumir de todos os Tattvas?

  R. – Por certo. A fim de obtermos benefícios da natureza mecânica que temos, precisamos nutri-la com os melhores possíveis elementos. Então se quisermos edificar algum coisa necessitamos estar certos de termos as melhores partes, do contrário terminará em não fortalecimento, não robustez. A energia sexual é o mais perfeito refinamento da Luz Solar dentro da natureza mecânica. Aquela energia resulta de condensação ou materialização do Akash, Prâna e Tattvas. Então tomamos aquelas modificações variáveis do Prâna e as combinamos de volta a fim de serem solucionadas numa única perfeita forma, e estaremos tornando o resultado final no melhor possível.

  3. P. – Quando a energia entra numa nova oitava faz o hidrogênio T12 desdobrar-se em mais 6 ou 3 quando o transmutamos?

  R. – A energia é transformada numa nova oitava então as notas mudam e também mudam os valores.

  4. P. – E sobre vegetarianos?

  R. – Vegetarianos comem de todos os elementos exceto talvez peixe e carne. O resultado final é que falta potência em suas forças sexuais. Naturalmente eles ainda produzem energia sexual, mas isso simplesmente não tem o mesmo valor da energia sexual que veio sendo incorporada com os hidrogênios da carne ou peixe. Significa que os vegetarianos não terão nem muita força, nem tanto combustível ou tanta energia. Bem, o vegetarianismo tem sido largamente admirado em muitas religiões e tradições espirituais. Samael Aun Weor foi vegetariano por um tempo, porém descobriu que a fim de fazer progresso em seu trabalho ele necessitava de Fogo.

  O próprio trabalho é encontrado no Fogo e para que ele se realizasse e manifestasse o Fogo pleno, necessitou daquele elemento, o Tattva; então passou a consumir carne. Sua Santidade o Dalai Lama teve mais ou menos semelhante tipo de procedimento. Disse ele admirar o vegetarianismo porque em base ética é uma boa ideia, porém na prática ele não é vegetariano porque necessita do combustível da carne.

  5. P. – Os Corpos Solares se formam automaticamente quando as energias são transformadas de modo correto?

  R. – Não. A natureza mecânica cessa no nível do organismo humano. A criação mais além desse nível requer a Inteligência do Espírito Santo, que não é mecânica. É uma inteligência Divina, é Deus.

  Não podemos chegar a Deus para manifestar através de qualquer mecanismo ou processo mecânico. Ele tem sua Vontade. Os Corpos Solares são produzidos pela sabedoria e inteligência do Cristo através do Ser, e por meio dos poderes do Espírito Santo. Aquela é uma criação baseada em trabalhos conscientes e voluntários, sofrimentos ou sacrifícios, a exemplo do próprio Cristo. Significa que uma pessoa pode transmutar usando o Ritual Panchatattva; entretanto se essa pessoa não preenche os requisitos morais, éticos e iniciáticos do Cristo em si, aquelas criações nunca serão realizadas.

  6. P. – Quais são esses testes?

  R. – A criação daqueles corpos, que está relacionada diretamente com o que chamamos as Quatro Ordálias

  7. P. – Quais são?

  R. – Abordaremos isso mais tarde em maiores detalhes, porém em geral dizemos que as Quatro Ordálias são tipos de testes relacionados com os Quatro Elementos e naturalmente aqueles Elementos são a base da criação, a base da matéria. Dai quando estamos tentando criar corpos ou entidades em níveis mais sutis da natureza, os estamos também fundamentando no equilíbrio dos Quatro Elementos. Neste caso é psicológico, mas entraremos nisso mais tarde com maiores detalhes.

  8. P. – Devemos nos alimentar de todos os Tattvas a cada refeição ou podemos ter um desjejum da Terra e Ar e então um jantar de Fogo e Água?

  R. – O modo como combinar os Elementos é com o próprio indivíduo. Existem versões codificadas do Ritual Panchatattva onde usamos uma representação de cada Tattva dentro de um ritual simbólico, porém em termos de requerimentos para nossa dieta diária isso é com cada um. Entretanto estabeleçam bem, em bases acima de uma semana ou em bases bi semanais o que estarão consumindo em equilíbrio: a variedade daqueles alimentos.

  9. P. – Como saberemos quando os elementos são transformados?

  R. – Quando estamos com fome não é isso a necessidade de mais elementos? Se horas depois de fazermos uma refeição estejamos de novo com fome, significa que aqueles elementos foram consumidos. Acontece do mesmo modo com a criação da energia sexual e corpos superiores. Necessitamos constantemente nos suprir de energia.

  10. P. – Mestre Samael estabelece que a melhor hora de fazermos uma refeição é durante o Tattva Prithvi. Ele de fato renunciou a isso?

  R. – Até onde eu sei a melhor hora de fazermos uma refeição é quando estejamos com fome.

  11. P. – Em alguns de seus escritos, Samael Aun Weor dizia não estar fazendo refeições diariamente. Isso se aplica quando nos desempenhamos do Ritual Panchatattva?

  R. – Refeição é algo que tem de ser conduzida com discrição. A razão é que ela contém Fogo que é um elemento potente. Quem for iniciante em suas práticas de transmutações deve ser sábio e cauteloso sobre quanto de refeição precisa consumir, uma vez que comendo demasiado pode prover-se de muito Fogo; com isso pode produzir falhas e ter problemas. Por outro lado alguém experienciando da transmutação e tendo aprendido de seus próprios limites psicológicos, estará habilitado a consumir mais Fogo. Então é realmente assunto a tratar sob um ângulo pessoal.

  12. P. - E sobre carne de porco?

  R. – Carne de porco é a carne da degeneração animal, significando o porco ser um animal em descida pelo lado devoluto da natureza. De modo geral entendemos na gnose que porcos foram tomados por almas que bem recentemente foram seres humanos, porém perderam suas oportunidades de continuar em seus corpos humanos. Por conseguinte aquelas almas são muito sujas, muito sensuais. Porcos fornicam incessantemente. A carne do porco contem os hidrogênios relacionados com elementos incorporados naquelas criaturas. Consumir daquela energia é muito danoso para o Alquimista ou Tantrika que aspire a autorrealização. É altamente aconselhável evitarmos carne de porco, se possível, pois aqueles hidrogênios ou forças, complicarão a perfeição de nossas pessoais práticas sexuais.

  13. P. – No livro Introdução à Gnose está estabelecida a existência de dois outros Tatttvas chamados Adhi e Samadhi. Podia nos explicar onde aqueles se encaixam no contexto?

  R. – Sim, os Tattvas Adhi e Samadhi são duas formas superiores de Tattvas. São modificações superiores do Éter relacionadas com os centros mais elevados que possuímos interiormente e falaremos deles em próxima palestra.

  14. P. – Onde a galinha se encaixa?

  R. – Galinha é exatamente um alimento como tantos outros que comemos. O Mestre, até onde eu saiba, não a distingue com qualquer valor particular dentre a simples nutrição. Em termos de Tattvas, quando dizemos carne, significamos carne vermelha. Então o Mestre comia galinha, mas em termos de seu valor Tattávico, não tenho nenhuma pista.

 POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO

  Fonte: https://glorian.org/learn/courses-and-lectures/the-transformation-of-energy/the-pancatattva-ritual

  Tradução Inglês / Português: Rayom Ra

Rayom Ra

http://arcadeouro.blogspot.com

  Ver também:

  O Ritual Panchatattva descrito por Samael Aun Weor

  Tantra Mahanirvana: Panchatattva

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2021

A Transformação de Energia

Fohat

  Fohat

Figura 1

“Tudo o que nos vem às mãos é como um anel; eis porque o anel é colocado no dedo relacionado com as forças solares. Contudo temos agora aquele anel na mão esquerda porque estamos transformando as forças do Triamazikamno de modo errado, gerando destruição para nós mesmos. Precisamos criar o verdadeiro anel dos deuses ligado com o Selo de Salomão ou a Estrela de Davi, que é o verdadeiro anel de ouro que recebemos quando alcançamos a auto realização do ser”.

  O título da palestra desta manhã é A Transformação de Energia. Está relacionada com a Lei dos Três, também chamada a Lei do Triamazikamno (Triamazicamno) Sagrado; relacionada do mesmo modo com a Lei da Nutrição Harmonial Recíproca da Matéria em todas as unidades cósmicas e também chamada a Lei do Maior de Todos os Trogoautoegocrat Cósmicos Comuns. Temos sempre estabelecido que qualquer átomo é um trio de matéria, energia e inteligência (ou consciência), bem como que um átomo assemelha-se a um vibrômetro que emite ondas segundo seu tipo. Aquelas ondas são precisamente o que muitas vezes chamamos de as impressões ou forças.

sun energy

Figura 2

  Por uma analogia a fim de que compreendamos a lei dos três, diríamos que o ser humano tem três cérebros ou três sistemas nervosos. E estabelecemos assim que esses três sistemas nervosos são os três veículos para a lei do Triamazikamno Sagrado ou as três forças primárias para o universo manifestar-se. O Sistema-Nervoso-Cérebro-Espinhal é o veículo para a primeira força de criação. O sistema nervoso do Grande Simpático é o veículo para as forças negativas ou forças secundárias de criação e vamos encontrar no Vago do Parassimpático, aquele sistema que canaliza as forças conciliadoras entre as energias positivas e as negativas, que por isto leva o epíteto de a sagrada conciliação.

kirlian

Figura 3

  Temos então no organismo humano essas três forças primárias do Triamazikamno Sagrado que na religião são chamadas a Trindade e, naturalmente, temos de compreender e entender que essas denominações não são de pessoas ou indivíduos, mas de forças. Entendemos isso quando analisamos que nosso sistema nervoso é de fato o sistema que está entre – diremos – a matéria física e a matéria etérica do corpo etérico. Sempre colocamos que o corpo etérico é na realidade um corpo tetradimensional e o mundo físico que observamos através do microscópio e do telescópio, o universo inteiro, o universo físico, é um universo tetradimensional. Infelizmente há somente poucas pessoas que podem ver a quarta dimensão e em outras palavras – precisamente – de matéria: a matéria física com coisas de profundidades vitais.

  O sistema nervoso é exatamente aquele sistema que se encontra, conforme dissemos, entre o corpo vital e o corpo físico. De fato o corpo vital ou corpo etérico é um corpo energético termoelétrico que tem uma coloração azul. Aquela coloração azul lembra-nos do planeta Terra quando visto de longe, produzindo uma coloração elétrica muito bonita, que diríamos de um reflexo da Terra vital ou da quarta dimensão do planeta. Relativamente aos planetas precisamos entender e compreender que eles também têm um sistema nervoso; algo muito importante no gnosticismo uma vez que, cientificamente – claro está – poucas pessoas entendem o planeta ou os planetas como realmente entidades vivas.

  Entender o aqui estabelecido é muito importante a fim de que se possa compreender a lei do Triamazikamno, a lei dos três ou precisamente a lei das três forças primárias emanantes do raio de Okidanokh, chamada na cabala Ain Soph Aur. Esse Ain Soph Aur, o raio de Okidanokh, é também chamado o Absoluto Solar que é o terceiro aspecto do Absoluto. Assim o que é chamado Ain Soph Aur ou luz ilimitada é a primeira emanação do incognoscível, o chamado Absoluto, que é a luz incriada. Desse modo esse Ain Soph Aur ou Absoluto Solar encontra-se na dimensão zero também chamada de a sétima dimensão.

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  Figura 4

  Assim o raio de Okidanokh, o Ain Soph Aur, o Absoluto, é precisamente o manancial da vida pela qual toda matéria é sustentada e isto é chamado o Cristo Cósmico. É algo que precisamos compreender e entender porque este Cristo Cósmico, este Absoluto Solar, este Ain Soph Aur tem seu centro em toda parte e sua circunferência está em lugar algum, e eis porque toda unidade cósmica depende disso. Por isso começamos esta palestra dizendo-lhes sobre os três sistemas nervosos do organismo humano, uma vez que através desses três sistemas nervosos é por onde as três forças primárias do raio de Okidanokh, ou o Absoluto Solar, trabalha no organismo humano. Isto é muito importante compreender porque dele ou deles adquirimos a autorrealização do Ser. 

  Pensemos por um momento que qualquer planeta seja um organismo que tenha quatro reinos: o mineral, o vegetal, o animal e o humano. E mencionamos isto porque estamos falando sobre o planeta Terra, porém imaginemos qualquer outro planeta. Em gnosticismo sabemos que qualquer planeta é habitado por esses quatro reinos, exceto a Lua que é um planeta [satélite] morto.

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Figura 5

  O reino mineral é precisamente o mais importante neste caso, relacionado com esta lei. Eu estabeleci que o reino mineral é um dos principais reinos porque, relacionado com a lei do Maior de Todos os Trogoautoegocrat Cósmicos Comuns ou com a Nutrição Harmonial Recíproca da Matéria em todas as Unidades Cósmicas no espaço, há dentro do reino mineral outro reino a que chamamos o Reino dos Metais. Não podemos negar que no interior da Terra encontramos minas ou veios de ouro, ferro, prata, etc. Essas minas ou veios de metais são o que podemos dizer o sistema nervoso do planeta. É fácil entender isto quando compreendemos que para usarmos da eletricidade em diferentes cidades utilizamos o cobre a fim de canalizar a energia elétrica. Qualquer metal pode ser utilizado para esta finalidade.

  Cada um dos canais de metais – nesse caso quando nos referimos a outra lei, que é a lei do Heptaparaparshinokh, a lei do sete que organiza e que sabemos ser dos sete metais relacionados com os sete planetas – que são precisamente os sete principais elementos canalizadores na Terra daquelas forças a fim de que o planeta tenha vida. Mestre Adonai estabelece que não há fogo no centro da Terra ou no seu interior. O que há são metais que canalizam energias, como no caso onde expusemos o exemplo do cobre carregado com eletricidade.

  Os vulcões que encontramos ao redor do mundo estão na sua maioria fechados às águas dos oceanos. Neste caso as águas dos oceanos desempenham função muito importante aqui com relação aos pequenos circuitos existentes no interior dos veios da Terra. Esses pequenos circuitos são o que se funde com os diferentes elementos do reino mineral, e isso os transforma em magma que as erupções vulcânicas vomitam. Na realidade é justamente uma liberação de energia. Então pensemos sobre isso e entendamos que realmente os veios dos metais do planeta Terra são verdadeiramente seus sistemas nervosos.

  É assim a exemplo de possuirmos nossos sistemas nervosos e aquilo que são chamados chakras ou plexos, através dos quais capturamos energias a fim de estarmos fisicamente vivos. Sabemos disso uma vez que fisicamente nos nutrimos de diferentes formas quer pela boca quer pelo nariz ou através de impressões. Então sabemos: temos os chakras a fim de capturarmos aquelas energias do mesmo modo que o planeta Terra tem seus vórtices, chakras e forças; porém os principais elementos que em realidade ajudam o planeta a estar vivo são os quatro reinos de que estamos aqui falando.

  Imaginemos por um momento os veios metálicos da Terra como um reino diferente, um reino independente que canalize as forças do Absoluto Solar ou como nossos sistemas nervosos canalizam as três forças primárias do universo. O sistema nervoso central é o primeiro sistema que canaliza as forças do pai; o grande simpático canaliza as forças do filho; e o parassimpático ou vago canaliza as forças do Espírito Santo, falando em termos crísticos.

  Obviamente o planeta Terra por ele mesmo está também canalizando essas três forças através, naturalmente, dos seus veios de metais. Eis como os planetas por eles mesmos se sustentam a fim de canalizar aquelas forças provenientes do Absoluto Solar, mas cada planeta nele próprio é diferente, dependendo naturalmente da inteligência, diríamos, que a cada um envolve. Essa inteligência no gnosticismo é chamada a força inteligente. Por exemplo: sabemos que o Sol não é como os cientistas acreditam no que ele seja – “uma bola de gás ou uma bola de fogo”           

  As pessoas pensam que se viajarmos para o sol numa nave cósmica, ao lá chegarmos viraremos churrasco, uma vez que estaremos junto ao fogo. Na realidade o Sol não é uma bola de fogo, mas em verdade é exatamente uma gigantesca unidade cósmica chamada Sol, estrela, que tem enormes veios de metais, especialmente o ouro. O que vemos no espaço é justamente a projeção daquelas forças ou forças eletromagnéticas enviadas do cobre do Sol, que se assemelham a chamas.

Earth corekirlian

Figura 6

  Conforme é possível vermos numa fotografia quando alguém, por exemplo, está tirando uma foto de um dedo ou de uma folha com a câmera Kirlian, aparece justamente uma energia a volta da matéria na forma de um sol. Naturalmente temos fotos aqui na internet onde é possível verificar nossas afirmativas.

kirlia 

Figura 7

  Essas são, claro, afirmativas além, muito além da ciência dos dias de hoje uma vez que os gnósticos não admitem, não compram as  asseverações de o Sol ser uma bola de fogo, visto que para nós isto é postulação ridícula.

  O Sol é tal como a Terra, um planeta, porém com tremenda energia. O reino dos metais do Sol é perfeito; é principalmente feito de ouro uma vez que o Sol é o centro do sistema solar; a unidade cósmica que tem de canalizar, diretamente da sétima dimensão, as três principais forças, o Triamazikamno sagrado.

celtic cross

 Figura 8

  Aqui no planeta Terra como podemos ver, os quatro reinos são necessários uma vez que a lei do Maior de Todos os Trogoautoegocrat Cósmicos Comuns é a lei que recebe e transmite forças magnéticas e forças elétricas entre os planetas. Aqui na Terra naturalmente esta lei é aplicada em diferentes formas. Ao vermos, por exemplo, o mineral como uma entidade ou uma unidade fixa, ele está existindo num único espaço e cresce sem movimento; pois cada átomo daquele mineral em particular tem um vibrômetro que toma e dispensa energia, magnetismo, forças.

Cada mineral no planeta Terra é como uma antena que captura forças especiais da Lua, do sistema solar, de cada planeta, da galáxia a qual chamamos o Macrocosmos, e do infinito que chamamos o Megalocosmos. Como existem diferentes minerais eles estão aqui a fim de atrair aquelas forças. Assim os metais existem para canalizar forças e prover este planeta com a vida. Os metais não estão na Terra para enriquecer os gananciosos, os Mamonas da Terra que cavam e cavam a Terra na busca de obter o ouro, a prata ou a qualquer outro metal, como o Uranio, a fim de construir bombas atômicas.

  Os metais existem na Terra para uma finalidade, uma razão. Naturalmente que cada organismo vivo no planeta tem uma diferente missão. Por exemplo: as plantas. Elas crescem verticalmente e são também fixas, não se movimentam, ou seja não se mudam de um lugar para outro. Porém se examinarmos qualquer árvore através da clarividência veremos que elas estão de cabeça para baixo em relação a nós. Significa que a cabeça está no chão, o cabelo que são as suas raízes vão para dentro da Terra, enquanto seus braços e pernas apontam para o céu. O sexo está precisamente apontando em direção ao céu.         

  A energia sexual das plantas, vegetais e flores é o que chamamos frutos da Terra. Cheiram bem e têm bom paladar, por quê? Porque a inteligência dentro daquelas plantas transforma de modo certo as três forças primárias, as forças do universo. Elas obedecem a lei. Os diferentes tipos de inteligência transformadores daquela energia no interior das árvores não estão violando a lei. Eis porque quando entramos na quarta dimensão dentro dos reinos das plantas vemos os elementais, criaturas que a Bíblia chama do Éden, do paraíso (na quarta dimensão), que vivem em felicidade, que não têm dores nem sofrimentos porque obedecem a lei. Fazem isso coletivamente e não quebram as leis cósmicas. Infelizmente o animal intelectual – o ser do planeta Terra centrado nos três cérebros – ignora que cada árvore tem sua missão, motivo pelo qual encontramos diferentes tipos de árvores.

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  Figura 9

  Em astrologia encontramos algumas árvores que estão relacionadas com um certo signo zodiacal. Outras árvores estão relacionadas com a Lua, outras com Marte, outras com Saturno, etc. Existem árvores e plantas relacionadas com o Megalocosmos, o sistema solar da galáxia. Elas são como antenas a capturar e a transformar a energia. Sua inteligência, ou melhor dizendo, suas cabeças, estão no solo uma vez que estão em harmonia com a inteligência da Terra. Eis como e por que é assim. Porém aqui o animal intelectual pega uma árvore e faz dela um material de enxerto; os cientistas do planeta Terra adulteram as árvores, as plantas, cruzando uma espécie de árvore com outra espécie a fim de fazer o que eles chamam “frutos melhores”. Porém se entendermos agora que os frutos são as sementes da energia sexual das árvores e plantas, obviamente o fruto que é obtido da planta enxertada é um fruto adulterado. A força sexual ali está adulterada. É assim que os humanoides, os animais intelectuais deste planeta estão alterando o alimento da Terra, a energia que penetra para o seu interior que ela a toma, a transforma e a reenvia ao espaço através dos mesmos organismos pelos quais a tomou. É o que a ciência oculta chama de Askokin.

  Obviamente que o desflorestamento está indo de encontro ao planeta onde existem diferentes árvores em múltiplas áreas, uma vez que o planeta necessita de tipos diversificados de energia em muitos lugares de seu corpo. Árvores que crescem em áreas tropicais ou frias não estão ali por mero acidente, há nelas um objetivo. Infelizmente a humanidade vem violando a natureza e isso é chamado violência contra a natureza.

  Temos já ouvido o lema na Índia “A-himsa – não violência” se bem que tal lema é muito abrangente. Não é unicamente para o reino humano mas para o planeta inteiro. Não violência significa não perturbar as leis da natureza e o cosmos. Então não é unicamente para o reino humano e o reino mineral. A extração do petróleo, o óleo que forma a Terra, é violência contra a natureza, e a prova dessa violência é a crescente poluição, as diferentes doenças: tudo por nossa ignorância.

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  Figura 10

  Nós podemos usar a energia solar como é feito em outros planetas, a fim de transportá-los em suas invenções, em seus veículos. Naturalmente eles sabem que a energia solar está relacionada com a lei do Triamazikamno, a energia solar que pode ser usada como a usam as plantas, os minerais e os animais.

  Olhemos agora os animais. Eles têm a habilidade de fisicamente transportarem-se de um lugar para outro. A televisão geográfica nacional mostra, e em muitos outros belos programas podemos também ver como os pássaros, os animais, os peixes se movimentam de um lugar para outro. Por que achamos que os animais se mudam de um lugar para outro e por que eles exatamente habitam certas partes da Terra, como o urso polar no Polo Norte e os pinguins tanto no Polo Norte como no Sul?

  Por que certos animais, a exemplo do veado, têm chifres como antenas? Porque cada animal, cada inseto, captura diferenciados tipos de vibrações cósmicas que a Terra necessita em diferentes áreas; eis porque eles se mudam. Eles transmigram de um lugar a outro. E eis porque o animal é horizontal e não vertical como a árvore: porque precisa se mudar. Mesmo um pássaro se move horizontalmente no ar a fim de viajar de um lugar para outro. Então, cosmicamente falando, cada espécie tem sua particular missão e existem inteligências que as estão fazendo mudar-se com a finalidade de nutrir o planeta. Esta energia está naturalmente rebrilhando através dos reinos da Terra, sendo transformada no núcleo do planeta dentro dos metais, naquilo que é denominada a lei do Maior de Todos os Trogoautoegocrat Cósmicos Comuns. Esta lei é fundamental para a sobrevivência de todas as unidades cósmicas e não pode ser quebrada.

  O mais difícil dos organismos que o planeta cria ou desenvolve através da evolução é a humanidade; esse organismo tem três cérebros a fim de canalizar as três forças principais. O humanoide é o único que pode reter e compreender essas três forças primárias, mas infelizmente as pessoas ignoram a função dessas três forças... Comumente as violamos. Eis porque no enxerto de plantas é exatamente como estar a destruir o reino vegetal, o reino animal e o reino mineral... Estão sendo destruídos devido a ignorância que essa transformação produz em suas energias.

  Está claro que nós como seres humanos, ou melhor ainda, como humanoides, crescemos também verticalmente, mas não como as plantas porque nosso sexo está diante da Terra e nossa cabeça está em direção ao céu. Dessa maneira temos a oportunidade de compreender e entender que o organismo humano está criado dessa forma, verticalmente, a fim de obtermos ajuda das forças da Terra e do cosmos. No alto da cabeça temos o chakra Sahasrara, a coroa, que está relacionada com o espaço, com as forças do cosmos. Aqui no plexo solar temos aquilo ao que chamamos o plexo telepático, o plexo que nos põem em contato com a natureza, com as forças magnéticas naturais da Terra – os animais [os minerais] e plantas.

  Aprendemos de outras palestras que estamos sempre em comunicação através do plexo solar, o plexo telepático, e algumas vezes acontece de encontrarmos pessoas desconhecidas ou sem delas sermos cônscios em nosso cérebro. Essa área do plexo solar onde temos o grande sistema nervoso simpático é aquela que atrai os relacionamentos entre os humanos, que mais tarde acusamos através do cérebro, e isso é o que chamamos de subconsciente. Se acordamos, naturalmente descobrimos como obter vantagens dessas forças na natureza e como transforma-las. Em nossos pés temos os chakras que nos põem em contato com a Terra. Porém há em nós outros chakras, outros plexos que nos colocam em harmonia, em contato com o universo ou com as forças magnéticas e forças elétricas da Terra.

  Quando caminhamos nessa trilha ouvimos sempre precisarmos praticar Ahimsa, a não violência, e isso é realmente um dos elementos que temos de trabalhar para nos tornarmos um ser humano, conforme estabelece o Dalai Lama. Ahimsa é não violência que nos proporciona nos tornarmos despertos a fim de sabermos como equilibrar a lei do Maior de Todos os Trogoautoegocrat Cósmicos Comuns. Isso é devido a que infelizmente dentro de nós temos o ego que quebra essa lei, que viola a natureza no reino mineral, no reino vegetal, no reino animal e no reino humano. A sociedade humana inteira é o resultado de uma transformação equivocada motivada pela ignorância, e essa é a raiz da nossa sociedade.

chakras 

  Figura 11

  Os antigos sabiam sobre essas coisas e os estudantes eram solicitados a falar sobre mitologia e como antigos nórdicos representavam a criação da natureza relacionada com a ópera de Wagner, chamada O Anel do Nibelungo [The Ring of the Nibelungen]. Nesse sentido, precisamente, tal mito, conforme a Bíblia trata e nos diz, refere-se à origem dessa raça raíz na qual vivemos atualmente, ou como ela veio à existência noutra época do passado distante. Quando falamos da transformação de energia precisamos considerar que o planeta Terra tornou-se físico na quarta ronda e isso está explicado em O Anel do Nibelungo.

O Anel do Nibelungo

  Nessa ópera encontramos que no começo há somente o verbo, o som e como as forças do Absoluto descem e finalmente se estabelecem na quarta dimensão. Quando conhecemos cabala sabemos que a quarta dimensão é o mundo de Yesod. Ao estudarmos a árvore da vida descobrimos que o quarto sefirótico inferior, Malkuth, simboliza a Terra, Yesod simboliza a água, Hod o fogo e Netzah o ar. Então lá no mundo de Yesod, que está relacionado com o elemento água, é onde surge a primeira cena da ópera de Wagner, O Anel do Nibelungo.

  Ali vemos as três sereias ou o nado das nereidas e no centro de Yesod encontramos precisamente o ouro, o Rheingold. Um belo modo de descrever que a nona esfera está no exato centro da Terra e neste exato centro está naturalmente a vital profundidade, que é Yesod, a força sexual. E as três sereias ou nereidas do Anel do Nibelungo são as três forças primárias relacionadas com a criação.

  Muitas vezes em diferentes palestras temos ressaltado que a criação está relacionada com a força feminina. Naturalmente não estamos dizendo que a força masculina não está em atividade no interior das três forças primárias. Estamos somente dizendo que quando falamos sobre o desenvolvimento da criação é sobre o aspecto feminino como o Gênesis destaca sobre Eva. Wagner ou a mitologia nórdica utiliza as três donzelas. Sem dúvida isso nos faz conectar com a época Atlante na qual o planeta Terra começava a se cristalizar em Malkuth ou tornar-se físico, e o Rheingold no centro onde as donzelas ou a devoção das sereias cuidaram é precisamente a força solar. É aquela força solar que temos em nosso sexo, que na síntese final as três forças primárias que canalizamos nos três cérebros ou três sistemas nervosos, cristalizam naquilo que chamamos esperma e óvulo no centro sexual. O órgão sexual é o que chamamos Eva na mitologia hebraica.

  No começo dessa ópera vemos que em Nibelungo, “nibel” significa bruma. E em minha mente vem a palavra espanhola “niebla”, que significa névoa combinada com “lungen” (que significa criança), dando nibelungen (Nibelungo), a criança da névoa. Essas crianças da bruma, os nibelungos, são os atlantes que nessa ópera na mitologia nórdica estão representadas por anões, um símbolo do desenvolvimento da destreza.

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  Figura 12

Deuses Nórdicos 

  E encontramos outros símbolos, por exemplo, os gigantes; esses parecem estúpidos comparados aos anões, segundo esse mito. Entretanto se analizarmos e meditarmos sobre este símbolo, em como as forças desceram ao plano físico, compreenderemos então que em tempos da Lemúria a vida do planeta não era tridimensional ou física, porém mais tetradimensional. Daí que a vida estava mais na quarta dimensão do que na terceira; era semifísica e semietérica. Aqui é o ponto; eis porque vemos aqueles dois gigantes em contato com os deuses. Nesse caso os deuses representam as três forças primárias.; Odin o Pai, Balder o Filho e Thor as forças do Espírito Santo. Naturalmente nessa ópera lhes são atribuídos nomes diferentes: Wotan, Donner e Froh, porém existem outros nomes que são dados a essas três inteligentes forças primárias.

  Ademais vemos nessa ópera as forças femininas, que estão também relacionadas com aquelas forças do universo que ali se desempenham do papel de criação. Aqueles dois gigantes, naturalmente, conforme está escrito na mitologia são os remanescentes ou o final dos gigantes que lá existiram, visto que o restante deles foi aniquilado pelos deuses e unicamente dois restaram.

  Isso nos remete ao mesmo símbolo do Gênesis, sobre Caim e Abel. O Gênesis também destaca que naquela época da criação, as crianças de Deus, que no caso são os Bodhisattvas, fisicamente falando, existindo na Lemúria, cruzaram sexualmente com as filhas dos homens, e criaram gigantes, porém esses outros gigantes agora sendo mencionados são de nova simbologia de Caim e Abel. E agora nessa época posterior Caim e Abel são exatamente o símbolo do separatismo, em que aqui a humanidade caiu no erro de não conservar o ouro, significando não manter as três forças primárias no rumo certo.

  Se lembrarmos da tentação sob a árvore do conhecimento do bem e do mal então compreenderemos como a humanidade foi tentada. Tentação também simbolizada pelo anão Alberich, que tomando o ouro o arrasta para o fundo, uma vez que o nibelungo vive dentro das camadas interiores da Terra. Naturalmente isso é um símbolo da cristalização das águas de Yesod dentro do mundo de Malkuth, a Terra física.

  Conforme aqui simbolizado eis como a Terra foi cristalizada. Claro que está escrito que após a queda, como sabemos, houve um problema com a inteligência do ser humano; daí que esses lemurianos, esses gigantes ou ciclopes ficaram naturalmente estúpidos. De que forma tornaram-se estúpidos? Bem, antes eles estavam em contato com os mundos internos porque viam deuses com seus olhos cíclopianos, mas agora não podiam mais vê-los como os nibelungos podiam ver o mundo físico, mais concreto.

baldur

  Figura 13

  Por conseguinte os nibelungos ou os atlantes eram mais destros nessa via, como na mitologia grega de A Odisséia, em que vemos como Odisseus diz que seu nome é ninguém. Dessa forma, pelo o ninguém, ele enganava o ciclope que é um símbolo de um lemuriano (não lemur pois lemur é um animal). Lemuriano, claro está, é um gigante já que esses lemurianos eram gigantes. Fisicamente, diremos, eles semifísicos, semietéricos, estavam assim transformando as energias de acordo com as leis. Entretanto como fornicavam, os deuses estavam lutando contra eles. Eis como está simplesmente mostrado em simbologia naquele mito do Anel do Nibelungo.

 

Freia

  Figura 14

  Sabemos como Caim matou Abel. Naquela ópera vemos como um gigante mata o outro gigante ou como Fafner mata Fasolt. Nesse caso o gigante que sobrevive é o mais destro e na Bíblia se torna Caim. Seguindo esse Caim nórdico (Fafner), ele vem se transformar num dragão a conservar o ouro para ele próprio. Então o drama se desenrola em como conquistar o dragão. Bem, o dragão (Fafner) está no íntimo de todos nós – não é o Caim dentro de nós com aquele ouro? Naturalmente no começo do ciclo lemuriano, quando o gigante Fafner matou o gigante Fasolt, foi Caim matando Abel – o gigante tinha a forma de um ser humano, mas com o tempo ele foi transformado num dragão, um dragão negro. E todos estão desejando saber onde está aquele dragão Fafner? Pois aquele dragão está dentro de nós guardando o ouro do espírito.

  E eis que precisamos entender que temos de matar o dragão. Necessitamos edificar dentro de nós um herói com ajuda dos deuses, uma vez que Wotan ou Odin está sempre trabalhando aqui e agora, nos ajudando a edificar o herói. E como realmente ele protagoniza sua ajuda em nós? Bem, esta é precisamente a beleza da mitologia que nos ensina como realizar o trabalho; que nos mostra como o problema veio existir neste planeta Terra: como aconteceu. Pois como todos agora violam, os deuses – eles mesmos – estão em dificuldade e os Bodhisattva sentem isso porque os Bodhisattva são o veículo físico, o veículo mental e o veículo emocional dos deuses. Nesse sentido esta é a grande luta, a grande batalha que está sempre acontecendo porque o planeta Terra inteiro está agora numa enorme desordem.

  Está escrito que quando a humanidade daquele tempo comeu do fruto proibido, ela tomou o ouro do Reno e começou a trabalhar de modo errado com aquele metal realizando naturalmente a magia negra. Essas pessoas normalmente são chamadas os Cs; o nome Caim significa ferreiro ou artesão. Em Gênesis 4:22, um homem chamado Tubai-Caim era o mestre de todos os latoeiros e ferreiros ou daqueles que trabalhavam com metais a fim de adquirir poderes egóicos. Eles começaram a transformar as energias de modo errado para nutrimento físico ou para pessoal engrandecimento. Estarão vocês seguindo essa trilha?

Fafner killing Falsot

  Figura 15

  Onde está você? Isso foi o que Jeová perguntou a Adão – aquele Adão na Lemúria – feito a sua própria imagem. Onde está você? Pode Deus não ver o homem? Estaria Deus naquela época cego?

  Isso nos remete à opera de Wagner. Enquanto os gigantes estão construindo o enorme castelo Valhalla, Wotan/Odin dorme. Claro que o ser precisa acordar para se autorealizar. Aquele Forte que os gigantes construíam enquanto Wotan dorme detem o mesmo significado encontrado na Bíblia, onde a humanidade é expulsa do Éden. Significa que a humanidade caiu no sono em sua queda e durante o sono alguma coisa foi construída, que seria uma divisão entre as dimensões superiores e as inferiores.

  Bem, os deuses ou mônadas vivem em Valhalla cercada por fortes paredes, que diríamos, pelas paredes do intelecto ou paredes da mente que os gigantes criaram depois da queda. Entretanto aquelas paredes foram criadas para proteger os mundos superiores da degeneração da mente, e para os deuses poderem controlar a evolução de um modo diferente devido a queda da humanidade.

  Assim quando Jeová no Gênesis perguntou, onde está você, foi como perguntasse, onde está a minha imagem? Pois o ser humano foi criado segundo a imagem de Deus; portanto, onde estaria aquela imagem? Ou onde estaria aquela imagem que na perfeição estivera  transformando as energias e mantendo o mundo em harmonia? Onde estaria aquela harmonia, aquela imagem que não violava a natureza? Aquela imagem desaparecera na queda e por isso o medo nascera.

  O medo nasceu quando descobrimos que ignorávamos muitas leis, significando estarmos nus. É como está escrito. Hoje podemos ver estarmos nus mesmo quando vestidos. A imagem de Deus não é exterior, aquela imagem que Deus criou dentro de sua própria imagem não é física, é espiritual – é interior. Ela não mais existe. Olhando para sua pessoal imagem, esse ser humano que no começo foi seu próprio Deus interior, está sempre a perguntar: onde está você? E ao invés de encontrar a sua própria imagem, o que ele encontra é uma besta nua, um animal intelectual que viola a natureza. Eis porque está escrito que quando alguém descobre, ouve e entende este conhecimento, sente-se nu, uma vez que compreende. Alguém é verdadeiramente uma besta quando diz: estou nu diante de meu Deus; eu sou nada então tenho de me esconder. Pior quando algumas vezes não queremos ver a realidade de nossa própria nudez.

  Em 4 de fevereiro de 1962 entre 3 e 4 da tarde a Era de Aquário começou. Sempre dissemos em nossas palestras que esta Era de Aquário começou a fim de ajudar, de assistir os poucos que querem ser assistidos antes da total destruição desta humanidade.

  Então prosseguindo na sequência da queda em que este gigante matou o outro, onde Caim matou Abel e foi transformado interiormente num dragão, vemos que esse dragão, conforme estabelece o Livro de Revelação, obviamente é perigoso – é a besta 666. E está destruindo não somente o reino humano como também o reino vegetal, o reino animal e poluindo toda a Terra. Consequentemente as inteligências da Terra estão acabando com esses anões, com esses pigmeus, uma vez que os gigantes dos tempos da Lemúria estavam em contato com os deuses, porém agora não estão mais. As paredes que aqueles gigantes construíram naquela época, simbolicamente, estão se tornando muito grossas e não conseguimos mais ver os deuses.

valhalla

  Figura 16

  Pensamos estar isolados e por isso estamos destruindo esta Terra. Ademais pensamos que somos os reis e rainhas do universo; então por causa disso, esta humanidade pigmeia precisa ser extinta deste planeta a fim de criar-se uma nova raça raíz. Contudo, antes que isso aconteça eles [as Inteligências Superiores] nos estão dando nova oportunidade para que nos transformemos pela vibração de Aquário. Por isso estamos agora ensinando esta doutrina. Precisamos compreender que as forças de Aquário, que o Mestre chamou de vibrações Dionísiacas, estão entrando em toda a natureza desde 1962. Nós como seres humanos físicos estamos recebendo essas tremendas vibrações através de nossos corpos para fazermos alguma coisa que nos transforme a fim de criarmos Seth ou para criarmos aquele que segundo a ópera O Anel do Nibelungo é chamado Siegfried. Precisaremos construir ou criar a espada Nothung ou Needful (Nada – AIN), quando soubermos realizar a transmutação das forças sexuais, a fim de lutar contra o dragão Fafner.

  Estão me seguindo? Bem, se gostarem da mitologia nórdica, aconselho ver e ouvir aquela ópera de Wagner, apreciando quando é mostrada a criação deste planeta, seu desenvolvimento e finalmente em como podemos conquistar para retornar ao nosso lugar, se seguirmos a doutrina ou as forças. Lembremos que o anel é sempre um símbolo conforme está também indicado na ópera em “este é o ciclo do anel”. O anel é realmente um ciclo. Tudo o que nos vem às mãos é como um anel; eis porque o anel é colocado no dedo relacionado com as forças solares. Contudo temos agora aquele anel na mão esquerda porque estamos transformando as forças do Triamazikamno de modo errado, gerando destruição para nós mesmos. Precisamos criar o verdadeiro anel dos deuses ligado com o Selo de Salomão ou a Estrela de Davi, que é o verdadeiro anel de ouro que recebemos quando alcançamos a auto realização do ser.

  O Mestre destaca que a Estrela de Davi tem seis pontas que são as masculinas e seis vértices entre as pontas que são as femininas. Assim no total temos doze raios na estrela de seis pontas relacionados com os doze signos zodiacais ou doze constelações, e relacionados com os doze apóstolos ou com os doze Deuses do Olimpo, que precisamos desenvolver para a auto realização do Ser, a fim de retornarmos ao nível da verdadeira imagem de Deus.

  Então nessa trilha da auto realização do Ser temos de meditar profundamente a fim de descobrir como não violar a natureza. Obviamente o trabalho começa em nosso íntimo. Se começarmos respeitando as leis da natureza em nossos corpos, mentes e corações então isso será estendido à natureza. Ainda, a humanidade nesses dias está poluindo os oceanos, o ar; extraindo os metais por escavações, transformando este planeta num gigantesco corpo agonizante. O desflorestamento das plantas e a matança de animais deve-se a que nós mesmos estamos violando a natureza em nosso próprio íntimo. Necessitamos controlar nossa natureza interior a fim de controlar a natureza exterior, pela obediência à lei (de nosso Deus interior).

sigfried and fafner

    Figura 17

Sangue e Sacrifício

  O trabalho completo é estudarmos a transformação das energias a fim de cooperarmos com a natureza e não fazermos a mesma coisa que foi feita nos tempos da Atlântida, mesmo que houvesse acontecido no começo desta raça raíz. Naqueles dias os sacerdotes despertos podiam ver os deuses ou as inteligências da natureza, sabendo que a energia ou o Askokin está também relacionado com o sangue. Ao estudarmos nosso organismo físico descobriremos que nosso coração é o sol de nosso organismo e o sangue é o veículo que circula pelo organismo inteiro, carregando a energia ou a força solar. Daí que a humanidade esteve fornicando, se auto degenerando pelo derramamento da semente sexual, quebrando a lei em diferentes formas; por conseguinte os sacerdotes protagonizaram a magia negra ou os grandes sacrifícios animais. Encontramos através da história muitos sacrifícios animais não somente como relatados na Bíblia (Êxodo, cap. 29), bem como em muitas outras regiões e religiões que ainda protagonizam aqueles sacrifícios, através dos quais liberam o sangue em diferentes rituais a fim de apaziguar as forças da natureza.

animal sacrifice

  Figura 18

  Ao dizer isso a Inglaterra vem-me à mente. De alguma forma a Inglaterra direcionou a matança de muitas vacas [relacionada com “a doença da vaca louca”], com a desculpa de que elas eram o mal causador de um grande holocausto. Esse sacrifício de animais é uma forma de magia negra a fim de apaziguar as forças da natureza.

  Diziam que antes da Primeira Guerra Mundial alguns derviches da Ásia davam palestras e se pronunciavam contra o sacrifício animal (magia negra). Eles perguntavam: por que os animais têm de sofrer as consequências da degeneração de pessoas? Melhor ensinar às pessoas como obedecer as leis e como não violar a natureza do que sacrificar animais a fim de acalmar as forças da natureza. Porque como sabemos aqueles rituais liberam Askokin na atmosfera, sendo assim por essa magia negra as forças da natureza alimentam-se já que o planeta é vivo.

  Desse modo os derviches se pronunciaram contra aquela magia negra e finalmente muitos daqueles rituais ou sacrifícios foram suspensos no mundo. Entretanto as pessoas continuaram com a mesma violência, fornicação, adultério e destruição. Então a natureza precisou de Askokin uma vez que a partir daí não o vinha mais recebendo através dos rituais suspensos. Então um grande holocausto ou a Primeira Grande Guerra Mundial ocorreu logo em seguida, pelo qual a natureza tomou à força aquilo que lhe tinha sido negado pela suspensão dos holocaustos animais.

nepal animal sacrifice 

  Figura 19

  Naturalmente discordamos dos sacrifícios animais, mas sabemos que a Terra necessita de Askokin na atmosfera; ela necessita de Asknkin nas camadas interiores a fim de sobreviver, para estar viva, porém nós continuamos depauperando a energia da Terra de muitos e diferentes modos. Eis porque quando as pessoas nos perguntam se devemos orar a Deus a fim de evitar tsunamis, terremotos, furacões, respondemos-lhes que não é desse modo. Podemos orar ou meditar tanto quanto queiramos, a fim de acalmar o mundo, mas a natureza tem de ser reequilibrada, e se a estamos violando, a destruindo de diferentes modos ela irá equilibrar-se por ela própria, não importa como.

A natureza requer a energia de seu órgão principal, que é o corpo humano, e a humanidade é o principal órgão da natureza. O corpo é uma máquina e muitas vezes dizemos que somos uma máquina física que transforma forças e a natureza nos toma a energia. E vejamos agora o quanto estamos certos, pois se não a obedecemos ela então nos destrói, uma vez que ou esta humanidade degenerada será destruída ou toda a vida planetária é que será destruída. .

Quando um planeta morre ele se transforma numa lua mas esse planeta precisa ainda ter uma sexta e uma sétima raça raiz – duas novas raças raízes para se tornar uma lua. Contudo se a inteligência da natureza se tornar muito presente nessa humanidade e não destruí-la, então esse planeta será antecipadamente uma lua e as duas outras raças que necessitariam vir a existência (segundo a evolução e leis desse universo cósmico) cessarão de existir ou nunca existirão. Entretanto se essa sexta e essa sétima raça raiz tiverem de existir então essa humanidade precisará ser destruída porque nunca mais será aproveitável.

  Nosso planeta precisa de Askokin para sobreviver, mas estamos destruindo o reino vegetal com desflorestamentos, com adulterações de plantas, então como este planeta irá obter energia do Megalocosmos, do Macrocosmos, do sistema solar, da Lua, dos planetas, como? Nosso corpo físico estando degenerado e poluído por muitas doenças como poderá ser uma boa antena? Se estamos destruindo os animais, se também estão sendo mortos, por que diversas partes da Terra estão ficando extremamente poluídas? O reino mineral, os oceanos estão poluídos.

  Então compreendem isso? Compreendem que o planeta inteiro é um organismo e somos como células para este planeta? Fica claro que quando cada simples ser humano em qualquer planeta estiver perfeitamente adaptado às leis do Maior de Todos os Trogoautoegocrat Cósmicos Comuns e não violar o reino mineral, o reino vegetal ou o reino animal será porque esse ser humano foi feito à imagem de Deus. Então um planeta se torna um sol porque é perfeito em tudo nos seus reinos e centro de um sistema solar.

  Eis porque no início dissemos que se formos fisicamente ao Sol não o encontraremos como sendo uma bola de fogo; encontraremos um planeta com uma tremenda vibração, uma tremenda energia que obviamente não a poderíamos manobrar. Iremos encontra-lo como quando ouvimos uma música muito alta com muitas falas. Se isso acontecesse por lá e houvesse um gato, o que o gato faria? Fugiria correndo, escaparia porque seus ouvidos não conseguiriam suportar tal som. Agora imaginemos nossos sentidos. As vibrações do Sol são tão fortes, tão poderosas que não podemos suportá-las. Unicamente seres solares viventes lá podem transformar aquelas forças.

  Lembro de uma história de um amigo que quando fomos para o plano astral, ele pediu ao seu Ser: meu Deus, meu Ser, por favor leve-me ao Sol de Sírius. Sirius é uma gigantesca estrela nesta galáxia. Meu amigo então lançou-se pelo plano astral voando em direção ao espaço de Sirius com seu Corpo Astral. Ao alcançar a Estrela Sirius ele sentiu um orgasmo, um espasmo sexual e acordou em sua cama como se houvesse tido um sonho úmido. Disse-me: “não compreendo, eu estava indo para aquele Sol e senti um orgasmo”. Sim, respondi, aquilo aconteceu porque infelizmente você tem seu ego animal interior e a tremenda vibração que você esteve recebendo no plano astral não foi transformada por sua consciência, mas por aquele gigante, que é um dragão dentro de você. Naturalmente seu dragão está acostumado a transformar as forças do Triamazikamno de modo errado, logo você teve uma polução sexual, um orgasmo, um espasmo e isso foi lógico.

  Agora vocês podem compreender melhor que naquelas estrelas ou planetas vivem somente deuses. A fim de que tenhamos um corpo físico numa daquelas estrelas da galáxia temos de ser um deus. Noutras palavras: temos de ser um Bodhisattva sem ego, um ser auto realizado, um homem solar. Entretanto mesmo que tenhamos criado um corpo astral, um corpo mental ou um corpo causal, não somos homens solares; se tivermos ego não somos solares, somos lunares e obviamente “Luna” ou a Lua, reflete o Sol, mas não transforma isso perfeitamente.

  Então o que é isso que acontece quando fisicamente vemos o Sol? Naturalmente vemos uma bola de fogo, explosões. Contudo se desenvolvermos nossa clarividência e vermos alguém raivoso, veremos aquelas explosões atômicas de fogo em torno dele e podemos pensar que ele está em chamas, mas sim, ele está em chamas ou cercado por energias ainda que não esteja queimando fisicamente, mas naturalmente estará sofrendo. Assim pois o que vemos por aqui neste planeta Terra é a tremenda vibração e o magnetismo, a força elétrica dos veios do Sol que são puras minas de ouro bem como a outros metais.

  Contudo isso é algo difícil compreender uma vez que cientistas deste planeta Terra estabelecem que o Sol é uma bola de hélio e hidrogênio em constante explosão. Não desconsideramos que o principal elemento do Sol seja o hidrogênio, mas também encontramos hidrogênio aqui, na atmosfera da Terra. Algum dia entenderemos outras leis a fim de compreendermos o que seja a energia, o magnetismo e a eletricidade e como temos de construir o To Soma Heliakon, o corpo de ouro do homem solar.

  Já ouviram falar que os mestres ressurretos têm corpos solares ou corpos de ouro? Uma coisa é criar os corpos internos: corpo astral, corpo mental e corpo causal. Quando criamos esses corpos eles são chamados corpos mercuriais uma vez que eles são a cristalização do mercúrio que temos em nossas forças sexuais. Porém colocar o ouro naqueles corpos é precisamente a maior transformação de energias que qualquer ser humano possa verdadeiramente fazer. A fim de colocar ouro nos corpos, nos corpos existenciais do ser, é necessário aniquilar o ego e ressuscitar. Se não tivermos corpos solares de ouro não podemos ressuscitar. Unicamente aqueles que têm corpos de ouro podem ressuscitar. Entretanto com o ego vivo é impossível ressuscitar.

  Somente aqueles com corpos de ouro estão transformando perfeitamente as energias e fazendo de um planeta um sol. Contudo a fim de que este planeta Terra possa se transformar num sol é necessário realmente muito tempo porque de fato este planeta tem muitas mônadas que são faltosas. É muito raro encontrar um homem solar no planeta Terra, mas se quisermos encontrar uma humanidade inteira em que todos os Seres são homens solares, bem, qualquer sol, qualquer estrela é exatamente o lugar.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

  1. P. – O que são buracos negros?

  R. – Buracos negros são planetas que estão morrendo, ou estrelas que estão morrendo ou retornando, diria, numa luz incriada. Há muitos buracos negros onde vemos quando a energia e a matéria estão sendo engolidas. Engolidas pelo quê? Existem muitas teorias mas realmente, conforme dissemos no início, o centro do absoluto está em toda parte e a circunferência em lugar nenhum. Obviamente este Sol quando eventualmente for desaparecer entrará no desconhecido, num buraco negro.

  2. P. – Por favor explique exatamente o que é Askokin.

  R. – Askokin é a nutrição de um planeta. É o resultado da mistura de diferentes energias que são canalizadas através do reino mineral, do reino vegetal, do reino animal e do reino humano. Chegando de diferentes direções pelo espaço, o planeta a transforma através do reino dos metais dentro do núcleo da Terra, e a envia de volta através do reino mineral, para o reino vegetal, para o reino animal e reino humano, dentro de um espaço, a fim de que seja absorvida por outros planetas.

  Isso é chamado a Nutrição Recíproca de todas as unidades cósmicas. Então recebemos diferentes tipos de forças. Por exemplo: como seres humanos, falando fisicamente, temos nosso particular Askokin, que é nosso corpo vital e nesse caso são diferentes energias que transformamos (o que comemos, o que respiramos e o que pensamos, impressões). Por fim, gnosticamente, transformamos aquelas forças e criamos outros corpos. Dai o planeta inteiro, ele próprio, tem aquela energia a fim de criar ou transformar organismos que estarão em harmonia com o Absoluto Solar.

  3. P. – Thor (o Deus do Trovão) sendo um Espírito Divino, o que realmente representa o seu martelo

Swastika

  Figura 20

  Runa Gibur

  R. – O martelo naturalmente é a cruz que vemos nesse formato. Aclarando mais, encontramos que o martelo de Thor é a Swastika que é a cruz ou o martelo em movimento, uma vez que Thor, o Espírito Santo, é aquela força centrífuga sempre em atividade. Eis porque Thor cria tempestades com seu martelo, já que existem dois tipos de cruzes. A Swastika é formada quando a cruz está nas mãos de Thor (o Espírito Santo). E seu martelo é também o símbolo da força de vontade, a força de que necessitamos a fim de transmutar a energia sexual que está na Swastika – aquela cruz que se mantém sempre rodando, sempre ativa. Contudo a cruz dos fornicadores não está rodando; encontra-se estacionada sobre a cabeça, sem movimento.

  4. P. – Como podemos saber se estamos transformando energia adequadamente?

  R. – Se aquilo que pensamos, se aquilo que sentimos e o que fazemos estiverem perfeitamente equilibrados. Se todas essas coisas estiverem certas então esta é precisamente a correta transformação. Entretanto se sentimos no coração que algo está errado, então algo está errado. A fim de estar com pensamentos, sentimentos e ações corretamente postulados a pessoa necessita de muita observação e meditação para não ser uma violadora da lei. Devido às muitas coisas, os muitos problemas que temos como seres humanos, isso vem resultar, exatamente, no porquê de sermos violadores da lei. Para começar, o sexto mandamento é não fornicarás. Estamos violando aquela lei e consequentemente estamos transformando o ouro que temos em nosso Yesod [nas glândulas sexuais], de modo errado, ou seja: luxuriosamente.

  5. P. – Sacrifícios animais em tempos antigos foram sempre magia negra ou feitos positivamente a fim de equilibrar a natureza?

  R. – Qualquer tipo de sacrifício animal feito, se negro ou branco, é sempre ao apelo de apaziguar as forças da natureza. Claro que há outras vias, como há outras religiões que oferecem sacrifícios a fim de apaziguar os deuses, de agradar os deuses, porém quem são os deuses? Eles são as inteligências que podem ser duras conosco quando violamos as leis da natureza. Por consequinte, em tempos antigos eles estiveram matando animais para liberar Askokin do sangue a fim de acalmar aquelas forças.

  Por outro lado, mais adiante, eles chegaram ao ponto de matar seres humanos ou sacrifica-los e daquela forma estavam também quebrando a lei. Estando a apaziguar as forças da natureza, porém quebrando outra lei, cometiam Katancia, que vai de encontro a isso. É muito difícil entender Katancia. Mesmo agora encontramos na Índia e em muitas outras áreas da América o chamado Vudu ou Santeria, pelo qual matam animais para o benefício de alguma coisa. O ritual sempre funciona mas é sempre preciso pagar se qualquer lei for violada. Então é melhor sacrificar os animais que temos em nosso íntimo.

  Isso é verdadeiramente o grande sacrifício que os deuses querem – o sacrifício daqueles animais íntimos. Por que sacrificar animais inocentes que ainda não estão ao nosso nível de evolução? Por que eles têm de sofrer as consequências de nossa estupidez? Contudo é precisamente isso que cada um dos membros dessa humanidade faz. E repito mais uma vez que quando eu estudava sobre a matança de vacas na Inglaterra, pensei: bem, quem sabe, quem sabe, talvez esse seja o caminho pelo qual eles estejam tentando evitar que as forças destrutivas da natureza os alcancem. De qualquer forma, cedo ou tarde, essas forças os alcançarão, pois holocaustos estão sempre contra a lei. O que os deuses querem, o que Deus quer ou o que a divindade quer é que aniquilemos ao nosso ego, e este é a besta ou o dragão que devemos matar – é a esse que devemos sacrificar.

  6. P. – Que são runas? Podem elas serem usadas para equilibrar a natureza?

  R. – Obviamente Mestre Samael Aun Weor nos liberou diferentes práticas. As runas nos permitem obter das energias da natureza a fim de conseguirmos uma transformação interior em direção positiva, no despertar da consciência. Eis porque as runas são um presente dos deuses que nos assistem. Isso demonstra o inverso daquilo que as pessoas dizem erradamente, de que Deus nos abandonou a nossa própria sorte. Principalmente porque Deus são os Deuses e recebemos através de diversas vias muitas práticas, exercícios, para nos equilibrarmos e não violarmos a lei a fim de que a natureza nos obedeça sendo exatamente esse o objetivo, pois desse modo estaremos então em equilíbrio. As runas naturalmente são as práticas dos nórdicos que nos ajudam a equilibrar nossa psique.

rune Gebur

  Figura 21

 

  A principal runa é a Gebur (Geburah) relacionada com a swastika, A runa Gebur é uma cruz, porém quando em movimento é uma swastika. O Mestre sempre associa Gibur, ou runa Gebur (que é magia sexual), com a palavra Gebur-Altar, e quando a modificamos ligeiramente vem formar Gibraltar – o mistério do Estreito de Gibraltar ou o Altar onde desempenhamos nossa transformação de forças. Qualquer tipo de runa é bom, visto nos ensinar como transformar positivamente as forças.

  7. P. – Por que o íntimo de um ser o permitiria ir ao Sol sabendo que ele não poderia propriamente transformar a energia?

  R. – Certa vez quando entrei no plano astral pedindo ao meu Deus, ao meu Ser, que por favor me enviasse para onde eu pertencia, naquele instante a Terra abriu-se e fui enviado ao inferno. Veem isso? Naturalmente meu ego pensou que eu pertencesse ao paraíso. Por que meu Deus não me enviou ao paraíso, não me trouxe para dentro do paraíso? Houve muitas vezes no tempo em que eu vinha tendo experiências, que Ele me chamava e eu conversava com meu Ser Superior. Naquele tempo quando eu pedia-lhe enviar-me para onde eu pertencesse, era sempre enviado ao inferno e compreendia que, na próxima vez, quando pedisse para ser enviado para onde pertencesse, seria de novo enviado ao inferno.

  Aquela pessoa que pediu a Deus que o levasse para a Estrela de Sírius não estava preparada, mas Deus o permitiu ir. A experiência foi dura, pois então ele precisava entender que para ir lá visitar Sirius ele necessitava estar bem preparado. Muitas pessoas querem a experiência do paraíso mas elas precisam obter antes outros tipos de experiências a fim de estar preparadas.

  8. P – Ele perdeu algum kundalini naquela experiência?

  R. – Em sonhos perdemos energia sexual, perdemos matéria, energia. Contudo, perdemos graus, segundo a magnitude da falta. Algumas vezes quando isso seja inconsciente não perdemos nada, uma vez que foi a maneira do Ser a ensinar-nos. A diferença está em quando fazemos isso voluntariamente, seja no plano físico ou nos planos internos. Se fornicamos propositalmente oh, bem, então perdemos muito.

  9. P. – As joias são um mal?

  R. – O iniciado sempre recebe joias internamente; metais e colares. Se olharmos, por exemplo, a mitologia egípcia ou Maia, encontraremos muitas esculturas relacionadas com joias, com ouro. Por exemplo: múmias no Egito foram encontradas com muito ouro e isso devido a que há um simbolismo oculto ou um procedimento de preservar corpos para uma finalidade da qual o povo nada sabe. Ademais o ouro por si mesmo é algo muito importante nesses casos. Mestre Samael fala-nos sobre as múmias. A maioria das múmias foi sempre encontrada com bastante ouro e algumas vezes o ouro foi colocado dentro da cavidade do coração de uma múmia. Foi dessa forma que as múmias foram preservadas pelos antigos iniciados no Egito com o objetivo de conservar a sabedoria das personalidades. Serviriam aquelas múmias para as consciências de futuros corpos daqueles mesmos iniciados, segundo a lei da reencarnação, para com isso poderem  ajudar a humanidade.

  Há dois tipos de múmias: as vivas e as mortas. As múmias mortas são encontradas por muitos arqueólogos, mas aquelas cujas vísceras não estão fora do corpo e sim dentro do corpo são, por conseguinte, as que estão vivas. Estando preservadas para o futuro segundo a iniciação, terão um tipo de reencarnação desconhecida desta raça humana: algo secreto. Mestre Samael nos fala sobre sua múmia, que está viva; que a esteve utilizando ou que provavelmente ainda a utiliza.

  10. P. – Relacionada com a história antiga sobre o plano astral, será esta a razão pela qual dormimos no astral uma vez que perdemos muita energia para lá chegarmos e não tendo suficiente reserva para a reposição?

  R. – Obviamente a fim de estarmos conscientes no plano astral necessitamos economizar muito das energias emocionais. Para isso precisamos controla nosso sistema nervoso Grande Simpático a fim de não ficarmos irados, enciumados, medrosos ou com ódio. Quero significar todos aqueles egos relacionados com essa área do coração, seja pelo medo, inveja, ódio, orgulho, autoestima, autoimportância,o que mais seja. Todos esses egos roubam muita energia do centro emocional. Eis porque é importante amar nossos inimigos para a transformação das forças negativas de nosso próximo, através da meditação, a fim de economizar energias para acordar no plano astral.

  11. P. – Como o mantra Krim ou Klim ajuda durante o ritual Pancatatwa?

  R. –  Bem, o mantra Krim é o mantra que utilizamos para extrair energias do que comemos e coloca-las não somente no corpo físico, mas também no corpo vital, no corpo astral, no corpo mental e mesmo para Deus. Assim está escrito que quando comemos tem de ser como num ritual, principalmente porque nesse momento temos de lembrar de Deus e pronunciar o mantra Krim para aquela energia chegar ao nível mais elevado do sétimo corpo.

  O ser humano tem de estar nutrido nos sete corpos. Temos dito que ao comermos uma fruta enxertada não estamos nutrindo nosso corpo físico, pois a fruta adulterada não tem a necessária energia para o corpo astral, o corpo mental, o corpo causal e o corpo espiritual. Assim quando a humanidade come esse tipo de fruta ela perde a sua moral por não estar nutrindo seu coração (emoções), sua cabeça (mente), mas somente seu corpo físico.

  12. P. – Como o abuso do planeta afeta nossa ordem gnóstica?

  R. Bem, nessa época precisamos ser cuidadosos a fim de encontrar o alimento certo e nutrirmos não somente nosso corpo físico, mas também nossos corpos internos, o que significa saber como selecionar as frutas que não estejam adulteradas e saber como nos alimentarmos. Obviamente sabemos que o resultado da transformação de energias daquilo que comemos, respiramos, etc., se tornarão esperma e óvulo. Por isso ao morarmos em cidades, necessitarmos ocasionalmente ir à floresta, ao mar e ao rio e respirarmos o prâna, a energia, a força solar, a fim de termos um bom esperma e óvulo, pois são precisamente eles que edificam os corpos solares.

  13. P. – Então os alimentos dos supermercados são seguros ou devemos tentar comer das lojas de alimentos saudáveis? E sobre comidas orgânicas e nectarinas enxertadas?

  R. – Nectarinas são puro lixo: parecem-se com tangerinas. Nectarinas são exatamente a representação de algum cruzamento. Isso é o que eu sei quando vou ao supermercado. Eu compro unicamente frutas que tenham sementes, como maçãs naturais, tangerinas naturais, laranjas naturais, outras frutas e vegetais que não sejam enxertadas. Infelizmente nesta época em que vivemos, o tipo de alimento cruzado ou enxertado é muito abundante, E são muito abundantes nos supermercados, mesmo que eles os chamem de orgânico; “oh, é enxertado, mas cresceu organicamente”. É lixo; porque orgânico não significa que não esteja adulterado.

  14. P. – Sobre reuniões em jantares?

  R. Algumas vezes somos convidados para um encontro e são servidos esse tipo de comida. Bem, temos de comê-la; não temos de ser descortezes. Então comemos mesmo sabendo que ali não há nada, mas ao comprarmos nossa própria comida faremos melhor escolha.

  15. P. – Eu acho que orgânico é bom.

  R. – Não importa. Se é enxertado é ruim. Se tomarmos a semente da fruta que esteja enxertada e a plantarmos ela não cresce dentro de outra planta. Essa é a dica. Ela está morta porque já foi adulterada. Então a transformação das energias começa pela conscientização do que comemos, uma vez que o estômago estará transformando o alimento em energias. E necessitamos daquelas energias não só fisicamente, mas para o corpo físico, o corpo astral, o corpo mental e para o nosso espírito.

Se não nos alimentarmos dessa forma, adequadamente, pouco a pouco, então perderemos nossa moral e é isso o que está acontecendo nesses dias e época. As pessoas ao se alimentar com comida enlatada perdem a vergonha. Elas mostram seus órgãos sexuais sem ter vergonha e, falando sexualmente, há muita degeneração, uma vez que o tipo de alimento que ingerem não está nutrindo suas próprias forças espirituais.

    16. P. – E sobre quem prepara a comida, se dissermos algo quando o chef a está preparando em clima de zanga e não queiramos entrar naquilo, sabe como é, valores aparte? E quando nós mesmos prepararmos o alimento em nossa própria casa com carinho?

  R. – Bem, você se lembra da última ceia quando Jesus esteve distribuindo sua força solar através do pão e do vinho da Eucaristia. Esse é precisamente um símbolo de como devemos comer. Cada forma de comermos precisa ser uma cerimônia a fim de obtermos a energia. Infelizmente nesses dias vamos ao restaurante e talvez o chef de cozinha esteja zangando enquanto faz a comida, uma vez que tem de trabalhar talvez estando doente. Obviamente a comida estará impregnada com as vibrações da pessoa que a faz.

  Eis porque preferimos sempre nós próprios cozinharmos e estarmos felizes enquanto fazemos isso. Não há como comparar entre o alimento preparado em casa com o alimento de um restaurante, onde as pessoas estão unicamente fazendo aquele trabalho de cozinha porque precisam ganhar seu dinheiro. É raro encontrar o lugar de onde se possa dizer: “oh, essa pessoa da cozinha está realmente fazendo a comida com amor!”, certo?

  Na maior parte do tempo aquelas pessoas estão realmente doentes ou cansadas do trabalho, estando a todo instante a olhar o relógio porque justamente querem ir embora. Então comemos desespero ou impaciência.

  E sobre... oh, não quero falar claramente sobre isso, mas algumas vezes quando eu vejo no cozinheiro(a) o quão degenerada pessoa ele(a) é, eu digo que não tenho de ser prejudicado, mas se ele ou ela é um violador(a) da natureza, sexualmente falando, é o pior desses, então eu não como e prefiro passar fome – uma vez que o alimento está sempre impregnado com forças.

  Certa vez alguém perguntou-me se eu comia carne de porco, pois naturalmente é ruim; mas que tal, por exemplo, se eu estivesse no deserto do Sahara por uma semana sem comer e viesse alguém a oferecer-me carne de porco? Oh, bem, então eu comeria porque estaria definhando. Não temos de ser fanáticos, e depois daquilo não comeria mais carne de porco. E também porque precisando sobreviver e a única comida que me oferecessem fosse carne de porco, que mais eu poderia fazer? Porém se tivermos a forma de escolher rejeitando aquilo, então façamos. Além do mais eu digo não estar no deserto do Sahara, então por que ficaria preocupado sobre o fato, certo?

  17. P. – Então melhor mesmo colhermos de nossas próprias frutas e vegetais?

  R. – Se puderem fazer isso façam-no. Se tiverem seus próprios pomares e canteiros tenham suas frutas e vegetais.

  18. P. – Se as vibrações de raiva colidem negativamente com nossa comida não podemos tocar Beethoven enquanto fritamos nosso bife para faze-lo melhor?

  R. – Sim, naturalmente, música clássica é sempre boa. Precisamos estar numa boa atmosfera. Lembremos de que estaremos impregnando a comida com nossa atmosfera. Assim é quando vemos nossa esposa cozinhando para nós e esteja feliz enquanto come, mas se ela estiver zangada enquanto cozinha é como veneno. Nesse caso melhor irmos e relaxá-la, massageando seus ombros enquanto ela cozinha, beijando-a; então ela ficará feliz cozinhando. E teremos boa comida, certo?

  Bem amigos, espero que esta palestra ajude-os a entender que tudo está vivo e tem inteligência. E se interferirmos na inteligência da natureza e do cosmos, quando ele vem para o interior da Terra, obviamente estaremos causando prejuízos a nós próprios, nos ferindo. Ok, se não há mais perguntas agradeço muito e a próxima palestra estará acrescida disto para que entendam a sequência da transformação de energia.

POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO

  Fonte: https://glorian.org/learn/courses-and-lectures/the-transformation-of-energy/the-transformation-of-energy

  Tradução Inglês / Português: Rayom Ra

Rayom Ra

http://arcadeouro.blogspot.com