quarta-feira, 9 de março de 2011

Saint Germain - II

        Não somente os apelos da chama violeta, porém de todas as chamas e raios que invadiram o planeta, através de médiuns ou canais especialmente orientados, vieram subordinados ao plano que Saint Germain houvera sugerido à Shamballa, de um recurso válido para a desintegração, transmutação e queima do carma mundial, e elevação vibracional do planeta, além de atrair e armazenar novas energias cósmicas para a introdução da Nova Era. Para tal e magnífico planejamento, mestres e seres luminosos de todos os raios, vieram prestar suas colaborações, penetrando instituições, ordens, fraternidades, grupos e núcleos que se dispusessem a aceitar as novas revelações, a operar com os raios e chamas, e a divulgar.

       Sobre a inusitada vida deste mestre, mago e Avatar da Era de Aquário, vejamos o que escreveu Helena Petrovna Blavatski:
      
       “Conde de Saint Germain. Os escritores modernos falam dele como de um personagem enigmático. Federico II da Prússia somente dizia dele ser um homem a quem nada pudera chegar a compreender. Muitas são suas ‘biografias’ e cada uma mais extravagante que a outra. Alguns o consideravam como um deus encarnado; para outros era um hábil judeu alsaciano (natural de Alsácia, região administrativa da França, junto às fronteiras de Alemanha e Suíça, cuja capital é Estrasburgo). A única coisa que se sabe ao certo é que o Conde de Saint Germain – ou qualquer que fosse seu nome patronímico – tinha direito a seu nome e título, por que havia comprado uma propriedade chamada San Germano, no Tirol italiano, tendo pagado ao Papa pelo título. Era de uma galhardia e finura incomuns; sua imensa erudição e suas faculdades lingüísticas eram inegáveis, pois falava o inglês, o italiano, o francês, o espanhol, o português, o alemão, o russo, o sueco, o danes e muitas línguas eslavas e orientais, com a mesma facilidade de sua língua nativa. Era imensamente rico; jamais recebia uma moeda de nada – em realidade não aceitou nunca um copo d’água de pessoa alguma – antes, ao contrário, dava os mais extraordinários presentes de soberba joalheria a todos os seus amigos e ainda às famílias reais da Europa.

       Seu talento como músico era maravilhoso; tocava todos os instrumentos, porém o violino era seu favorito. ‘Saint Germain rivalizava com o próprio Paganini’, dizia um belga octogenário, em 1835, depois de ouvir a ‘genoese maestro’. ‘É Saint Germain ressuscitado que toca o violino no corpo de um esqueleto italiano’, exclamava um barão lituano que ouvira a ambos tocar. Nunca pretendeu possuir poderes espirituais, porém deu provas de ter direito a tais pretensões. Costumava ficar em um êxtase profundo de 37 a 40 horas sem despertar, e então sabia tudo quanto tinha de saber, e demonstrava o fato vaticinando o porvir sem jamais equivocar-se.

       Foi ele quem profetizou diante dos reis Luis XV e Luis XVI e à infortunada Maria Antonieta. Dos numerosos testemunhos viventes havia um no primeiro quarto deste século (19) que atestava sua maravilhosa memória, pois podia Saint Germain ler uma folha de papel pela manhã, ainda que não fizesse mais do que passar ligeiramente os olhos nela, e repetir seu conteúdo, alguns dias depois, sem se equivocar numa única palavra. Sabia escrever com ambas as mãos ao mesmo tempo, (como, por exemplo) redigindo com a direita um verso poético e com a esquerda um documento diplomático de suma importância. Lia cartas seladas sem necessidade de tocá-las, mesmo elas estando nas mãos de um portador

       Foi o maior adepto a ponto de transmutar metais, fazendo ouro e diamantes mais prodigiosos; arte que, segundo afirmavam, houvera aprendido de certos brâmanes da Índia, que o haviam ensinado a cristalização – ou vivificação – artificial do carbono puro. Como expressa nosso irmão Kenneth Mackenzie, ‘em 1780, tendo ido visitar o embaixador francês em Haia, fez em pedaços, com o martelo, a um soberbo diamante de sua própria manufatura, e cuja duplicação fabricada por ele mesmo, acabara de vender a um joalheiro pela soma de 5.500 luises de ouro (moedas de Luis, cunhadas durante o reinado de Luis XVI).

       Em 1772, em Viena, era amigo e confidente do conde Orloff, a quem havia socorrido e salvado em San Petersburgo, em 1762, quando se achava comprometido nas famosas conspirações políticas daquela época; chegando também a ser amigo íntimo de Federico, o Grande, da Prússia. Como é de supor-se, teve inúmeros inimigos; portanto não é de admirar-se que todas as habilidades inventadas acerca dele, sejam agora atribuídas às suas próprias confissões. Por exemplo: que contava mais de 500 anos de idade; que pretendia ter tido intimidade pessoal ‘com o Salvador e seus doze apóstolos, e repreendeu a Pedro por seu mau gênio’, o que estaria algo em desacordo com a afirmação anterior na questão do tempo, se pretendesse ter somente 500 anos de idade.

       Se Saint Germain disse ‘ter nascido na Caldéia e declarou possuir os segredos dos sábios e magos egípcios’, teria dito a verdade sem ter havido qualquer reivindicação milagrosa. Há iniciados, e não os mais elevados, precisamente, que se acham em condições de recordar mais de uma de suas vidas passadas. Porém, temos boas razões para saber que Saint Germain não podia jamais pretender ter tido ‘intimidade pessoal’ com o Salvador. Seja como for, o conde de Saint Germain foi indubitavelmente o maior Adepto oriental que a Europa tenha visto durante os últimos séculos. No entanto, a Europa não o conheceu. Talvez alguns o reconheçam no próximo Terror que afetará toda a Europa quando venha, e não unicamente uma nação (é provável a autora se ter referido à primeira guerra mudial). [Este personagem apareceu na Europa no século XVIII e no princípio do século XIX, na França, Inglaterra e outros países]”.

       A Coroação de Saint Germain

       “Cada dois milênios a Terra ingressa em novo raio. A Roda Cósmica necessita, para uma rotação completa, de catorze mil anos. O Chohan escolhido como representante do novo raio é coroado e investido de autoridade cósmica, para continuar a evolução do planeta e de seus povos dentro desse espaço de tempo. O Sexto Raio, que estava sob a direção de Mestre Jesus, terminou seu ciclo no dia 1º. de janeiro de 1954. Depois de um intervalo de poucos meses começou, oficialmente, a irradiação cósmica do Sétimo Raio. O tempo decorrido de 1930 até 1954 é visto como um período preparatório semelhante ao trabalho desenvolvido pelo precursor São João Batista.

       No dia 1º. de maio de 1954 celebrou-se em Shamballa, a cerimônia festiva da transmissão da coroa, cetro, espada e manto do Mestre Jesus ao novo Chohan, Mestre Saint Germain. A coroa, símbolo da autoridade, cingia a cabeça do Arcanjo Miguel quando aqui chegou com os primeiros homens que encarnaram na Terra; e desde então vem sendo usada pelos Chohans dos Sete Raios que assumem o poder a cada dois milênios. Completaram-se, portanto, catorze mil anos da coroação do último Chohan do Sétimo Raio, que foi precedido pelo Sexto que, por sua vez, recebeu a coroa do Chohan do Quinto Raio, prosseguindo desse modo a sequência dos Chohans e respectivos Raios, até o primeiro deles, no início dos ciclos. 
       O próprio Bem-Amado Mestre Jesus colocou nas mãos de Saint Germain o cetro, investindo-o de poderes sobre as evoluções angélica humana e elemental da presente Era. O Maha Chohan entregou-lhe a espada que simboliza o poder do Espírito Santo; e o primeiro ato de Saint Germain foi coroar a sua Chama Gêmea, a Bem-Amada Pórtia, Deusa da Oportunidade e Justiça. Cada membro da Hierarquia aproximou-se, observando a respectiva graduação e todos, genuflexos, prestaram juramento ao novo Rei Saint Germain, oferecendo-lhe as bênçãos de suas próprias emanações de vida. Anjos e Seres Elementais seguiram o exemplo, derramando suas vibrações naqueles que estavam cientes deste grande acontecimento cósmico e sobre os homens em geral”.

                                       Diz Saint Germain:
       “Pensai em nós que isoladamente ou acompanhados de outras almas conseguimos a conquista da liberdade e da vitória. Séculos após séculos procurávamos refúgios em cavernas, grutas ou lugares onde pudéssemos nos abrigar; por que precisávamos entrar em contato com as Legiões de Luz. Tínhamos o desejo de receber os seus ensinamentos e de fazer experiências com os raios de luz, atraindo-os através de apelos. Não havia ninguém que nos pudesse dizer que estávamos no caminho certo. Não possuíamos outro guia, senão a Chama de nossos corações. Se permitíssemos que o medo nos abalasse, estaríamos ainda hoje vivendo entra a massa de ortodoxos. Digo-vos com toda a sinceridade: se quereis resultados reais, deveis ser resolutos e confiar em vós mesmos. Em vossa câmara secreta, decidireis se tencionais ou não cooperar com os Ascensionados. Se hesitardes em auto-realizar-vos agora, tereis de aguardar outra oportunidade. Avaliai tudo aquilo que vos temos ensinado com relação à lei da verdade, do equilíbrio, da pureza, da sabedoria e do amor. Se já vos decidistes, então permanecei firmes e ide em direção à Luz da Liberdade.

      O Maior exercício do mundo é usar a Chama da Liberdade e manter constantemente o equilíbrio – permanecendo no centro da própria Chama Divina. A alquimia divinal da Chama Violeta é, realmente, análoga às demais ciências abstratas ou concretas do mundo exterior. Nada resulta do acaso. Viveis na era das pesquisas e estais no mesmo ponto em que eu também estive (durante a encarnação anterior à Minha Ascensão) quando experimentava diversas combinações de pensamentos, sentimentos e afirmações. Presentemente, vos encontrais num período de transformações do mundo atual e pessoal e, em poucos anos, planetário! Essas fases provocam inquietações nos corpos mentais e emocionais dos povos e, por fim, despertam-lhes o medo.

       Nas transformações mundiais vindouras, ocorrerão dias difíceis, um grande número de pessoas mergulhará na miséria e provação. Todas elas irão necessitar, urgentemente, de vossos apelos à poderosa e transmutadora Chama Violeta. Não deveis limitar a vossa divina e gloriosa Presença ‘Eu Sou’! Meus amados, reconhecei novamente, como quando fostes criados, o Seu ilimitado poder e boa-vontade de agir em vós e através de vós a cada hora. Pessoalmente, não podeis sequer fazer uma tentativa de converter a raça humana ao estado de pureza que possuía primitivamente, mas vossa Presença pode fazê-lo.

       A vossa ou a minha Presença, de modo algum, são limitadas! Elas são oniscientes e bem capazes de projetar milhões de raios de luz em qualquer condição, lugar ou pessoa necessitada. Estamos no começo de uma nova era, cujo Chohan, pela bondade e amor de Deus, foi determinado ser Eu mesmo. Quero estar ao vosso lado nas cerimônias e rituais (atribuições do Sétimo Raio e que fazem parte dos serviços prestados). Esses atos religiosos de adoração, cuja beleza ainda não podeis avaliar, permitem que anjos, homens e seres elementais novamente unidos, percorram o caminho da evolução. Juntos eles irão servir e juntos erguerão, aqui na Terra, o reino do céu.

       Um dia, antes de minha ascensão, encontrava-me em profunda meditação, diante de Minha Presença Eu Sou e sob o misericordioso, indulgente e transformador Fogo Violeta, quando houve uma explosão visual interna e, momentaneamente, vi um lavrador que andava semeando sua lavoura. O homem guardava pesada mágoa no coração e, com a cabeça inclinada, prosseguia triste seu trabalho. Repentinamente, vi um raio do Fogo Violeta de minha própria Presença ser projetado em direção a ele, envolvendo-o completamente; instantaneamente a mágoa foi transmutada. Aquele desgosto fora causado por mim, em outra ocasião, e, portanto, cabia-me o dever de repará-lo. Desta forma, expiei a culpa anterior para com aquela emanação de vida. O semeador ergueu a cabeça; sentiu-se livre da pressão de sua dor íntima e vi, então, com que alegria e felicidade regressou à sua casa. Naturalmente, aquele lavrador nunca soube a razão de seu alívio, mas eu sabia que sua mágoa fora desfeita, e que em meu carma mais um erro havia sido resgatado. Acredito que isso vos interesse, meditai, pois, sobre o que foi relatado.

       Quero agradecer a vossa total e espontânea dedicação à causa da liberdade e os vossos esforços e lealdade em manter este estandarte ao longo de tantas encarnações, quase sempre nas mesmas épocas em que fomos contemporâneos. Agora, que abrimos a porta para um novo dia, irei lembrar-me de cada um que, alguma vez, esteve ao meu lado, e todos passarão a pertencer à corte espiritual que existirá para todo o sempre. Há ainda muitas coisas que desejaria dizer e, em muitas delas, ressaltar cada pormenor referente a vós. Guardadas no fundo do meu coração existem recordações pessoais que constituem uma aliança universal. São lembranças muito queridas, laços que ligam o Céu a Terra.

       Os compromissos que ainda vos mantém atraídos a Terra permitem que permaneçais em trevas – se bem que por um pequeno período de vossas vidas – impedindo, entretanto, que vós, os ‘libertos em Deus’, possais gozar das bênçãos divinas. Espero e confio que desfruteis a felicidade proporcionada pelo advento do Sétimo Raio, alegrando-vos com a beleza do reino celeste e suas radiações. É realmente maravilhoso o que podemos alcançar e, ao mesmo tempo, libertar, através de vós, o restante da humanidade.

       Agradeço aos incentivos singelos e despretensiosos que acrescentam tanta alegria à vida. Deus abençoe a cada um de vós!”
(Textos do livro Haja Luz – FEEU)


Chama Violeta do Grande Sol Central (3 x)
Desce em meu coração,
Desce em minha alma,
Em minha aura desce; (ou sobre fulano)
Desce, desce,desce.
AYAM-AYAM-AYAM
AYAM-AYAM-AYAM
Deus Todo-Poderoso, Eu Sou AYAM.
Controla, controla, controla,
Sustém-me, sustém-me, sustém-me,
Prende-me, prende-me, prende-me,
Envolve-me, envolve-me, envolve-me,
Dá-me a vitória, dá-me a vitória,
Espalha-te, espalha-te, espalha-te,
Liberta-me, liberta-me, liberta-me.
Eu estou em ti, eu estou em eu estou em ti.
AYAM-AYAM-AYAM
AYAM-AYAM-AYAM
Deus Todo-Poderoso, Eu Sou AYAM.
Eu Sou a Presença de Deus em ação,
Eu peço que este apelo seja manifestado fisicamente,
Eu ordeno que ele seja manifestado fisicamente,
Eu Sou o poder que o faz aparecer sobre o plano físico.

Rayom Ra.
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