domingo, 5 de fevereiro de 2012

Palavras de Vida Eterna - Chico e Emmanuel

                      

PERANTE OS INIMIGOS
       “Reconcilia-te sem demora com o teu adversário...” Jesus-Mt. 5:25
       Diante dos inimigos, preservemos a própria serenidade. Reconciliar-se alguém com os adversários, nos preceitos do Cristo, é reconhecer-lhes, acima de tudo, o direito de opinião.
       Exigir a estima ou o entendimento dos outros e preocuparmo-nos em demasia com os apontamentos depreciativos que se façam em torno de nós, será perder tempo valioso, quando nos constitui sadio dever garantir a nós próprios tranquilidade de consciência.
       Harmonizarmo-nos com todos aqueles que nos perseguem ou caluniam será, pois, anotar-lhes as qualidades nobres e desejar sinceramente que triunfem nas tarefas em cuja execução nos reprovam, aprendendo a aproveitar-lhes as advertências e as críticas naquilo que mostrem de útil e construtivo, prosseguindo ativamente no caminho e no trabalho em que a vida nos situou.
       Renunciemos, assim, à presunção de viver sem adversários que, em verdade, funcionam sempre por fiscais e examinadores de nossos atos, mas saibamos continuar em serviço, aproveitando-lhes o concurso sob a paz em nós mesmos.
       Nem o próprio Cristo escapou de semelhantes percalços. Ninguém conseguiu furtar a paz do Mestre, em momento algum; entretanto, ele, que nos exortou a amar os inimigos, nasceu, cresceu, lutou, serviu e partiu da Terra, com eles e junto deles.
                                                                         *
PERMANEÇAMOS FIÉIS
       “Além disso, requer-se nos dispenseiros que cada um se ache fiel”      
                                                                                   Paulo – I Coríntios, 4:2
       Num aparelho, a segurança da produção exige que cada peça funcione no lugar próprio. Numa orquestra, para que a sinfonia alcance todo o vigor melódico, é forçoso se localize cada instrumento na função que lhe cabe.
       Na obra do Evangelho, é imprescindível também que cada tarefeiro se compenetre das atribuições de que foi investido.
       Dirás que o Senhor liquidará todas as necessidades, que Ele não dorme sobre as promessas feitas, que a Sua Infinita Bondade solucionará todos os problemas, que a nossa fé precisa sustentar-se, incondicionalmente, e estarás proclamando a verdade, mas a verdade não endossa a preguiça ou a imprudência dos servos.
       O comandante de um grande navio pode ser um gênio de sabedoria e bondade, mas toda a direção se compromete, de imediato, se o mais obscuro cooperador da embarcação coloca uma bomba na casa de máquinas.
       Seja qual seja a nossa posição, a serviço do Mestre, é imperioso refletir que, se esperamos por Ele, é natural que Ele igualmente espere por nós. Não obstante, os erros que ainda nos assinalem o coração, sejamos sinceros em nós mesmos e estejamos decididos a cumprir o dever que esposamos diante da consciência.
       Desistamos de alegar tropeços e culpas, inibições e defeitos para a fuga das responsabilidades que nos competem.
       O próprio boi, mostrando os cascos empastados de lama, para servir no arado, junto ao homem, deve ser um animal fiel.
                                                                                       *              
                                                             
CRENÇA

“Crês que há um só Deus e fazes bem. Mas os demônios também o creem e estremecem”   Tiago – 2:19
               Alguns momentos de reflexão no Evangelho sacodem-nos o raciocínio, para que venhamos a despertar no reconhecimento de nossas responsabilidades em matéria de crença.
       Asseveramos, a cada passo, a convicção iniludível, quanto à existência de Deus.
       Habitualmente, enquadramos a vida mental a determinado tipo de interpretação religiosa, a fim de reverenciá-lo, através do modo que supomos mais digno.
       Construímos santuários para honrar-lhe a munificência.
       Pretendemos enobrecê-lo em obras de artes.
       Sabemos admirar-lhe a sabedoria, seja na grandeza do firmamento ou na simplicidade do chão.
       Certificamo-nos de que as suas leis são inelutáveis, desde as que foram estatuídas para a semente até as que traçam caminho às constelações.
       Articulamos preces de louvor ou de súplica, nas quais lhe endereçamos os anseios mais íntimos.
       Receitamos confiança em Deus para todos aqueles que ainda não conseguiram entesourá-la.
       Às vezes, chegamos até mesmo ao entusiasmo infantil dos que imaginam adivinhar as opiniões de Deus, nisso ou naquilo.
       Todas essas atitudes nascem da pessoa que reconhece a imanência de Deus.
       Entretanto, os espíritos perversos também sabem que Deus existe.
       Crença por crença, há crença nos planos superiores, e há crença nos planos inferiores.
       Meditemos nisso para considerar que, acima de tudo, importa saber o que estamos fazendo de nossa fé.
                                                                                *
RECONHEÇAMOS, PORÉM...
       “Mas se alguém não tem o Espírito do Cristo, esse tal não é Dele”
                                                                                    Paulo – Romanos, 8:9
       Todos necessitamos de chamamento ao Evangelho, todos atravessamos o período da fome de informações, acerca de Cristo. E, aderindo às interpretações do ensinamento cristão a que mais nos ajustamos, não raro nos confiamos apaixonadamente às manifestações superficiais de nossa fé. 
       Partilhamos assembleias seletas ou humildes, nos templos materiais, o que, sem dúvida, nos dignifica o pensamento religioso.
       Integramos equipes de propaganda dos pontos de vista que esposamos, o que, realmente, nos evidencia o zelo das atitudes.
       Cultivamos discussões acirradas, por demonstrar a validade de nossas opiniões, o que, na essência, nos revela o fervor.
       Adotamos hábitos exteriores, às vezes até mesmo em assuntos de alimentação e convenção social, com o decidido propósito de testemunhar, publicamente, a nossa maneira de sentir, o que, no fundo, nos patenteia a sinceridade sempre louvável.
       Em muitas circunstâncias, oramos, segundo fórmulas especiais; obrigamo-nos a devoções particulares; formamos círculos de atividades afins, a isolar-nos dentro deles; ou carregamos dísticos que nos especificam a confissão...
       Todas as manifestações externas, que lembram o nome de Jesus, e que se reportem, de qualquer modo, às lições de Jesus, são recursos preciosos, constituindo-se em sugestões edificantes para o caminho. Reconheçamos, porém, que a palavra do Evangelho é demasiado clara ao proclamar a necessidade do Cristo em nossa vida, sentimento, idéia, ação e conduta, quando afirma convincente: “Mas se alguém não tem o Espírito do Cristo, esse tal não é Dele.”
                                              [Palavras de Vida Eterna - Francisco Cândido Xavier]
Rayom Ra

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