quinta-feira, 20 de setembro de 2018

Palavras de Vida Eterna - (3)



CHICO XAVIER E EMMANUEL

EM CONSTANTE RENOVAÇÃO

  “Renovai-vos no Espírito...” – Paulo. [Efésios, 4:23.]

  Aperfeiçoar para o bem é impositivo da Lei.

  Em muitas ocasiões, afirmas-te cansado, sem qualquer recurso para empreender a tua transformação.

  Acreditas-te doente, incapaz...

  Dizes-te, inabilitado, semimorto...

  No entanto, agora, como há séculos de séculos, a Natureza em tudo é sublime renascimento.

  Renovam-se os dias.

  Renovam-se as estações.

  Velhas árvores decepadas deitam vergônteas novas.

  Pedras multimilenárias dão forma diferente aos serviços da evolução.

  Na própria química do corpo em que temporariamente resides, a renovação há de ser incessante.

  Renova-se o ar que respiras.

  Renova-se o alimento de que te nutres.

  Renova-se a organização celular em que te apoias.

  Renova-se a limpeza que te acalenta a saúde.

  Deixa, assim, que a tua emoção e a tua ideia se transfigurem para fazer o melhor.

  Estuda, raciocina, observa e medita...

  Mais tarde, é certo que a reencarnação te conduzirá para novas lutas e novos ensinamentos; entretanto, permanece convicto de que toda lição nobre, aprendida hoje, por mais obscura e mais simples, será sempre facilidade a sorrir-te amanhã.

APREÇO

  “Dando sempre graças a Deus por tudo em Nosso Senhor Jesus Cristo”.
  Paulo. [Efésios, 5:20.]

  O Universo é uma corrente de amor, em movimento incessante. Não lhe interrompas a fluência das vibrações.

  Nesse sentido, recorda que ninguém é tão sacrificado pelo dever que não possa, de quando em quando, levantar os olhos ou dizer uma frase, em sinal de agradecimento.

  Considera sagradas as tuas obras de obrigação, mas não te esqueças do minuto de apreço aos outros.

  Os pais não te discutem o carinho, entretanto, multiplicarão as próprias forças com o teu gesto de entendimento; os filhos anotam-te a bondade, no entanto, experimentarão novo alento com o teu sorriso encorajador; os colegas de ação conhecem-te a solidariedade, mas serão bafejados por renovadora energia, perante a reafirmação de teu concurso espontâneo, e os companheiros reconhecem-te a amizade, contudo, entesouram estímulos santos, em te ouvindo a mensagem fraterna.

  Ninguém pode avaliar a importância das pequeninas doações.

  Uma prece, uma saudade afetuosa, uma flor ou um bilhete amistoso conseguem apagar longo fogaréu da discórdia ou dissipar rochedos de sombra.

  Não nos reportamos aqui ao elogio que estraga ou à lisonja que envenena. Referimo-nos à amizade e à gratidão que valorizam o trabalho e alimentam o bem.

  Por mais dura que seja a estrada, aprende a sorrir e a abençoar, para que a alegria siga adiante, incentivando os corações e as mãos que operam a expansão da Bondade Infinita.

  O próprio Deus nunca se encontra tão excessivamente ocupado que não se lembre de sustentar o Sol, para que o Sol aqueça, em seu nome, o último verme, na última reentrância abismal.

SOLIDARIEDADE

  “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram”.
  Paulo. [Romanos, 12:15.]

  Realmente, na Terra, é mais fácil chorar com os que choram.

  Em muitas circunstâncias, mágoas alheias servem de consolação para nossas mágoas.

  Quem carrega fardos enormes como que nos estimula a suportar os estorvos leves.

  Num desastre qualquer, que nos teria colhido, inclinamo-nos, comovidamente, para as vítimas, guardando, muita vez, a ilusão de que fomos agraciados por Deus, como se a responsabilidade de moratórias e empréstimos, que nos são concedidos pela Misericórdia Divina, dentro da Lei, fosse para nós regime de favoritismo e exceção.

  Ajudar aos que se encontram em provações maiores que as nossas é caridade sublime; no entanto, é forçoso reconhecer que aconselhar paciência aos que choram, na posição de superiores tranquilos, é o mesmo que falar à margem de um problema, sem estar dentro dele.

  Com isso, não queremos diminuir o valor da beneficência. Sem ela, nossas mãos se fariam garras de usura e o egoísmo transformaria a Terra em manicômio.

  Desejamos simplesmente afirmar que é mais fácil chorar com os que choram, que alegrar-se alguém com os que se alegram; porquanto, ajudar com o pão ou com a alegria que nos sobram é ato que podemos realizar sem dificuldade, ao passo que, para regozijar-nos com o regozijo dos outros, sem qualquer ponta de inveja ou despeito, é preciso trazermos suficiente amor puro no coração.

BENEFICÊNCIA E PACIÊNCIA

  “A caridade é paciente e benigna...” – Paulo. [Coríntios, 13:4.]

  Beneficência , sim, para com todos.

  Prato dividido.

  Veste aos nus.

  Remédio aos doentes.

  Asilo aos que vagueiam sem teto.

  Proteção à criança desamparada.

  Auxílio ao ancião em desvalimento.

  Socorro às viúvas.

  Consolo aos tristes.

  Esperança aos que choram.

  Entretanto, é preciso estender a bondade igualmente noutros setores:

  Compreensão em família.

  Trabalho sem queixa.

  Cooperação sem atrito.

  Pagamento sem choro.

  Atenção a quem fale, ainda mesmo sem qualquer propósito edificante.

  Respeito aos problemas dos outros.

  Serenidade nas horas difíceis.

  Silêncio às provocações.

  Tolerância para com as ideias alheias.

  Gentileza na rua.

  A beneficência pode efetuar prodígios, levantando a generosidade e conquistando a gratidão; contudo, em nome da caridade, toda beneficência, para completar-se, não pode viver sem a paciência.

  Fonte: Livro, Palavras de Vida Eterna.

Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br


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