Não somente ateus, também uma boa gama
de estudantes do ocultismo critica as religiões e as desprezam pelo fato de
suas histórias conflitantes caminharem exatamente de encontro ao que é
ensinado. No ocidente, esse pensamento persecutório calca-se, principalmente,
na trajetória da Igreja, mais precisamente nos desmandos e perseguições da
Igreja Católica. As críticas se estendem ao protestantismo, às igrejas
ortodoxas cristãs, às correntes religiosas de outras denominações e acabam
entrando nas práticas do espiritismo, no judaísmo, atingindo o Islã e a todas
as demais religiões espalhadas pelo mundo, mesmo aquelas orientais cujos
ensinamentos são chamados de esotéricos.
As religiões não são um mal nem um bem, mas necessárias. Algumas das religiões de um passado distante, bem anteriores aos tempos dos primeiros cristãos ou do budismo, deixaram somente rastros ou metafóricos estandartes ainda hoje segurados por uns poucos. Com os povos da Lemúria, conforme vimos, não houve propriamente qualquer tipo de devoção, porém ensinamentos rudimentares sobre as forças da natureza e movimentos dos astros. Já nos tempos das subraças atlantes, na medida em que os povos aprendiam de seus corpos astrais tornou-se necessário a elaboração de cultos onde eles pudessem exercitar suas melhores emoções em direção ao Alto. No entanto, o termo religião para identificar essas primeiras práticas atlantes não é correto, mesmo porque a etimologia do vocábulo traduz situações observadas posteriormente, já no período ariano, incorporadas com as noções de céu e inferno, agregadas às histórias mitológicas. Embora as cronologias dos surgimentos de povos atlantes e ários se misturassem e a partir dos ários as religiões começassem propriamente a ser cultuadas, voltando-se também aos povos atlantes, durante o ciclo de predominância daquela quarta raça não houve religiões. Os cultos anteriores das subraças atlantes organizados pelo Manú e seus oficiais foram desprovidos de um sentido filosófico, ao contrário das religiões edificadas para os povos ários.
Da devoção ao Sol, aos elementos da
natureza e ao átomo simbolizando o elemento imortal do universo onde o Criador
se acha presente, esses tipos de cultos mostravam paralelamente às almas em
formação, verdades correlatas ao universo e ao ser humano. Essas introduções,
contudo, foram necessárias e faziam parte dos ciclos do emocional humano. Já a
religião do fogo, no entanto, fundada por Zarathustra em 29.700 a.C. na Pérsia
iraniana, no período do enfoque da quinta raça, deteve a finalidade não somente
de consumir o carma como de ativar os átomos dos corpos astrais e mentais para
a evolução futura.
As crenças do passado visavam sempre à ativação das vibrações de forças naturais nos corpos dos seus adeptos, a fim de que a evolução pudesse ser continuada em harmonia com a natureza, como todas as coisas significativas e importantes coordenadas pela sapiência dos iniciados das causas e efeitos dos elementos na alma humana. Nesse mesmo teor, as mitologias mais tarde trabalhariam outros aspectos na psique das massas, abrindo canais da imaginação ao mesmo tempo em que faziam mergulhar, incorporar e polarizar energias trazidas dos arquétipos mentais-astrais formadores dos personagens míticos, anexados aos campos de forças ou egrégoras. Muitas alegorias e simbolismos mitológicos estiveram ligados e associados às forças da natureza, que uma vez manipuladas pela vontade ou por ritos evocatórios, produziam resultados visíveis e tangíveis tanto para o bem quanto para o mal, segundo as polaridades e finalidades a que se destinassem. A magia enveredada nos elementos mitológicos resistiu por milênios, passando de um povo a outro - a conquistados ou a conquistadores - mas não formou com suas práticas propriamente um edifício religioso coordenado, como depois o mundo conheceria.
Povos da África herdaram algumas das idéias mitológicas levadas por personagens bíblicos ou absorvidas dos egípcios, anexando-as ao fetichismo e às práticas da magia animista. Os mistérios que se ocultavam detrás dos personagens e histórias mitológicas foram revelados aos iniciados nos templos da Terra por Sanat Kumara e seus Adeptos, diretamente de Shamballa de onde emanam as energias para nossa Fraternidade Branca que supervisiona o processo evolucionário de todos os grandes líderes e mentores da humanidade e seus núcleos de iniciados.
Religião quer dizer religar, do latim
religio, religo, religatus, ou seja, trazer de novo o homem para sua verdadeira
origem. Esse significado somente pôde ser aplicado ao homem após sua monumental
queda nos tempos de Atlântida e ao rolamento de seu destino em infindáveis
ciclos de sofrimentos, guerras, misérias, doenças e de tantos flagelos que se
alastraram pelo mundo em todas as raças, quer atlantes ou árias, mas que lhes
serviram para um amadurecimento. O processo evolucionário tem duas principais
vias: uma é a da obediência que conduz seguramente sobre as mazelas humanas; a
outra é a da desobediência que atrai os desatinos, a desorientação, as dores, e
as decepções e justamente por esses desencantos acaba por trazer de volta aos
caminhos verdadeiros.
A história das raças e povos é muito extensa, bem mais do que o academismo formaliza nas escolas. As relações do homem com o invisível faz parte indissociada da sua própria formação como personalidade. As raças atlante e ária, que se espalhariam pelo globo tiveram há milhões de anos o planejamento prévio para o desenvolvimento fundamental de elementos físicos e psicológicos, necessários ao processo evolucionário, quando nem ainda o globo terrestre estivera construído pelas forças hierárquicas. Os desvios verificados no período atlante e as incursões do mal vindas de fora de nosso planeta, seriam inevitáveis.
Vyasa seria o mestre responsável por coordenar e administrar o trabalho de individualização. [O Vyasa original, a grande individualidade evocada pela invocação dos primitivos homens-animais, segue sendo mais que um nome, ainda que tenha saído de nosso esquema planetário há milhões de anos. Respondeu às invocadoras espécies superiores do reino animal, abrindo-lhes uma porta para o reino humano, e Seu trabalho deu lugar ao processo conhecido como Individualização - Los Rayos y Las Iniciaciones, Tomo V, página 433, edição de 1965, por Djwhal Khul]
Milhões de anos depois surgiria Hércules, outro iniciado do período lunar, que abriria o caminho para o discipulado na Terra, simbolizando todas as etapas e iniciações menores através dos seus Doze Trabalhos, a fim de que o candidato chegasse à Primeira Grande Iniciação.
Krishna viria abrir as portas para a segunda iniciação, Buda iluminaria o caminho e Jesus o abriria para a terceira grande iniciação, embora ele próprio numa só encarnação, alcançasse a quarta e a quinta iniciações, e o Cristo junto com ele chegasse à sexta e à sétima iniciações. Essa breve referência dos caminhos do ocultismo serve para nos demonstrar que as vias da evolução - do conhecimento e sabedoria - estão a cargo de seres maiores, de uma vida iniciática começada anteriormente ao planeta Terra, e eles preparam o caminho para os que se adiantam bem como para as grandes massas mundiais que ainda seguem sem verdadeiramente enxergar.
A grosso modo, logo em seguida às
grandes catástrofes que destruiriam o continente atlante, os povos haviam se
caracterizado em quatro principais grupos de temperamentos, a saber: o linfático,
o bilioso, o nervoso e o sanguíneo. Esses grupos careciam de maior
flexibilidade nas suas estruturas emocionais, embora sofressem influxos dos
astros nas suas projeções astrológicas, e necessitassem se ajustar às naturais tendências
dos signos. Com o avanço da raça ariana veio à necessidade de um trabalho
mental melhor dirigido a fim de que a mente em desenvolvimento não buscasse
unicamente a objetividade, o que trouxe o Manú e seus oficiais a trabalhar as
subraças no sentido de dotá-las com elementos mentais-devocionais combinados
com a intensa emocionalidade revelada. Surgiriam então ao longo do tempo, em
grandes e menores civilizações, as religiões e as mitologias com duplo aspecto:
o popular e o oculto, estendidas aos povos atlantes que ainda traziam em suas
auras marcas da magia negra largamente praticada. As religiões foram sempre
procedentes quando organizadas pelos mentores raciais por que seguiam a um
trabalho inteligentemente elaborado. As práticas populares e principalmente
aquelas conduzidas pelos sacerdotes iniciados que aos seus níveis de
conhecimento realizavam ritos e rituais secretos, dimanavam energias poderosas
revertidas para todo o conjunto religioso.
Sabemos da importância das religiões
para todos os impérios da antiguidade e dos grandes impulsos que a casta
sacerdotal promovia nas diversas áreas de atividade dos povos. Inventos,
medicina, arquitetura, urbanística, aquedutos, sistemas de esgotos,
astronomia-astrológica, engenharia de guerra, navios e carros de combates,
agricultura, comércio, enfim toda uma ordem de produções, produtos, insumos,
técnicas e ciência era grandemente ingerida pela inteligência e participação
dos sacerdotes conselheiros de reis e imperadores. Os deuses e heróis
mitológicos se misturavam aos cultos religiosos populares, emergindo
principalmente de um mundo simbológico onde suas reais e virtuais existências
provinham de segmentos de forças não reveladas, e a realidade e finalidades de
suas criações eram trabalhadas ocultamente. E devido a essa anexação ao popular,
de personificações sobre-humanas, as lendas dos heróis e deuses se perpetuariam
na memória das raças, podendo assim, milênios depois, ser resgatadas debaixo
das alegorias e simbolismos para o entendimento oculto.
Os ensinamentos mitológicos se espalhariam
pelo mundo antigo e se tornariam indissociados das vidas nas diferentes
sociedades. Algumas civilizações foram mais destacadas e brilhantes que outras.
Nesses parâmetros, embora a Grécia tenha trazido imensa luz e beleza ao mundo e
o império romano tenha adotado sua mitologia e continuado muitos de seus
cultos, espalhando-os pelos povos conquistados durante mais de 1000 anos de
domínio, a vida religiosa e cronológica do Egito foi mais longa e profunda
tanto em aspectos populares como esotéricos. Profetas citados no Antigo
Testamento, como Abraão, Moisés, Ezequiel e Elias teriam se iniciado nos
mistérios egípcios, em rituais no interior de templos e pirâmides, e da mesma
maneira filósofos gregos como Platão, Aristóteles e Pitágoras.
As riquezas mitológicas e religiões do
passado tiveram muitos ciclos de grandezas, glórias e também destruições. Os
ensinamentos e as forças que se anexaram tanto pelas práticas no âmbito popular
como nas dirigidas pelos iniciados produziram grandes impulsos nas consciências
dos povos, mas em contrapartida, seu mau uso provocou grandes rupturas nos
caminhos evolucionários, detendo grande contingente de pessoas nas vias
negativas em que enveredaram e no carma provocado. Como sempre, os ciclos se
sucediam de uma a outra civilização e a permanente luta entre o bem e o mal
jamais findava. A natureza humana sempre foi muito falha e volúvel e as forças
negativas sempre se organizaram justamente em torno dessas fragilidades. Mesmo
nos grandes momentos de glórias e esplendores de impérios, as lutas entre essas
duas forças duais e opostas exigiam grandes recursos de conhecimento dos
mestres e altos iniciados para manter o equilíbrio e o controle das situações.
As permanentes incursões de forças negativas provindas de fora do planeta foram
responsáveis por grande parte das dificuldades em se manter o processo
civilizatório dos povos dentro dos planejamentos traçados e ordenados.
Quando as projeções astrológicas
negativas em nosso sistema solar se configuram e se projetam sobre a Terra,
oferecem oportunidades a que as organizações do mal se fortaleçam e inundem o
mundo com suas malignidades. Também as forças cósmicas negativas de fora do
sistema solar, em determinados períodos astrológicos se repetem, conjugando-se
em suas projeções sobre a Terra, provocando situações de agudas desarmonias
sobre as estruturas dos egos humanos, quando então eles se inclinam para a
linha de menor resistência. Esses fatores reconhecidos por iniciados e
astrólogos de todos os tempos sempre foram responsáveis por estimular as
grandes rebeliões dos egos contra os seus mestres internos, fazendo-os negarem-se
às lições sacerdotais ou iniciatórias, arruinando seus íntimos e desintegrando
planejamentos habilmente estruturadas para os saltos de consciência nos
propósitos evolucionários. Isso se aplica tanto às religiões mundiais, às
pequenas organizações esotéricas independentes ou às grandes escolas de
práticas ocultistas. Os planos internos de forças positivas e negativas são
então estremecidos e as falanges malignas do astral da Terra, nessas ocasiões,
veem-se muito mais reforçadas pelas presenças de seres extraterrestres que
passam a dominar situações com seu conhecimento superior e a produzir os
rompimentos. Essa é uma verdade sem idade; e foi uma das grandes lutas das
Hierarquias no passado como ainda é no presente. E mediante a pequenez humana, as
forças do mal ao final de tudo sempre deixam suas marcas de destruições, como
no passado em que triunfaram, destruindo projetos e trabalhos de séculos ou
milênios, ou conseguiram em meio à anarquia popular, implantar suas doutrinas e
métodos iniciatórios que visavam e ainda visam unicamente expandir e fortalecer
as práticas negativas disfarçadas em ensinamentos proveitosos.
Neste particular, as organizações negativas desde tempos lêmures-atlantes também se organizavam em práticas do mal, onde se cultuavam, como modernamente ainda se cultuam, valores invertidos. Essa herança pode hoje ser facilmente constatada através das práticas de todos os tipos no mundo inteiro, independente de classes sociais. Existe, pois, a magia negra abertamente praticada por povos primitivos em todos os continentes através de horrendos rituais fetichistas, animistas e mediúnicos; há fraternidades de cultos esotéricos unicamente negros, satânicos e degradantes, de magias sexuais perversamente aberrativas; há ordens de lutas marciais assassinas, com símbolos negativos representando a morte e a disseminação da violência, há grupos racistas promovendo a morte e a discriminação social, como há também fraternidades budistas voltadas unicamente para a magia negra (6). Essas forças negativas ou destrutivas alastradas pelo mundo influenciam através de todos os veículos às áreas de atividades humanas, estimulando sempre às seguidas transgressões dos direitos alheios, às inversões de valores e ao caos moral das sociedades. São forças poderosas que cegam e incitam ao avanço da ambição material, do ódio e crime, desprezando o cultivo de valores necessários à consciência, mesmo independentes de religiões, seitas ou crenças.
(6) “Dugpas, literalmente “barretes roxos”, uma
seita do Tibet. Antes do advento de Tsong-ka-pa no século XIV, os tibetanos,
cujo budismo, deteriorado por eles, havia sido horrivelmente adulterado com as
doutrinas da antiga religião dos Bhons, eram todos dugpas. Desde aquele século,
seja como for, e depois das rígidas leis impostas aos gelukpas (barretes amarelos) e da reforma e depuração do budismo (ou
Lamaísmo), os dugpas se entregaram mais do que nunca à feitiçaria, à imoralidade
e à crápula. Desde então a palavra dugpa veio a ser sinônimo de feiticeiro,
adepto da magia negra e de toda a coisa vil. (...) Os Dugpas ou Bhons, a seita
dos barretes roxos são tidos como os mais versados na feitiçaria. Habitam o
Tibet Ocidental, o pequeno Tibet e o Butão. Todos são tântricos (gente que
pratica a pior espécie de magia negra). É altamente ridículo ver alguns
orientalistas que visitaram as fronteiras do Tibet, tais como Schlangintweit e
outros, confundir os ritos e repugnantes práticas dos Dugpas com as crenças
religiosas dos Llamas orientais os “Barretes Amarelos” e seus Narjols ou homens
santos”. (HPB)
Adolf Hitler
teve contatos diretos com a magia negra tibetana, talvez com membros da seita
“barretes roxos”, e suspeita-se que após a tomada da Alemanha pelas forças
aliadas ele teria conseguido escapar para o Tibet. Outros afirmam que o Führer
e alguns membros do III Reich fugiram para o pólo sul para o Neu Schawbenland, por
cuja passagem para o interior do planeta, extraterrestres lhes teriam dado
cobertura. Muitos fatos apontam para essa possibilidade, um deles e
extremamente estranho, aconteceu quando forças americanas que para lá se
dirigiram em 1947, em missão de combate, em que participou o Almirante Richard
E. Byrd, tiveram rapidamente destruídos navios e aviões, e mortos mais de 1500
homens de várias nacionalidades, por desconhecidas armas e naves. Foi realmente
fato verídico e algo constante dos relatos americanos de recente pós guerra,
abordado em revistas americanas da época. Mais tarde, americanos explodiriam no
local uma bomba atômica, cuja finalidade certamente seria destruir um possível
reduto alien-nazi, não se sabendo de seus resultados.
Hitler, ao começo de seus discursos
diante de plateias com milhares de pessoas, costumava iniciá-los brandamente,
mas em certo instante tinha sacudimentos, seus olhos denunciavam um brilho de transe
hipnótico e começava a gritar e gesticular, e por um forte magnetismo arrastava
as plateias ao delírio. Ao final, tinha perdido de dois a três quilos. Com
frequência apontava para o alto mencionando seus “superiores”. Hitler foi
totalmente místico e ocultista, sem a menor dúvida iniciado na magia negra
européia e talvez na tibetana, sendo extraordinário médium que serviu às forças
negativas. (7)
(7) 1. “Entre as sociedades secretas que pululavam na Alemanha após
o fim da Primeira Grande Guerra Mundial, e de que acabamos de conhecer a
variedade, existiam já algumas tipicamente representativas do que viria a ser a
gnose nazi. E entre estas a Sociedade do Vril e o grupo Thulé, também chamado
Thulegselischaft, parecem ser as que efetivamente geraram o movimento
hitleriano. (...) A Sociedade do Vril possuía certas relações com várias seitas
tântricas tibetanas; assim, logo que uma pequena colônia himalaica se instala
em Berlim em 1925, surge uma personagem bastante estranha, monge tibetano,
denominado por alusão à Sociedade dos Verdes,
que tinha a sua origem no Tibet. Esse homem anunciou por três vezes na imprensa
o número exato de deputados hitlerianos que ascenderiam ao Reichstag. Disse-se
mesmo que ele recebia Hitler regularmente, pretendendo ser o possuidor das chaves que abrem o Reino de Agartha”.
(Hitler et la Tradition Cathare – J.M. Angebert)
”.
(Hitler et la Tradition Cathare – J.M. Angebert)
”.
2. “ Um dia em
que o Führer se encontrava de bom humor, uma mulher de seu séquito arrisca-se a
fazer-lhe uma advertência – Meu Führer, diz ela, não escolhais a magia negra.
Hoje ainda tendes a possibilidade de escolher livremente entre a magia branca e
a magia negra. Mas desde o momento em que vos decidais pela magia negra, ela
não mais sairá do vosso destino. Não escolhais a má via do sucesso rápido e
fácil. Aquela que conduz ao império dos espíritos puros ainda se encontra
aberta aos vossos passos. Não vos deixeis desencaminhar dessa boa via por
pessoas que patinam no lodo, e que subtraem a vossa força criadora. (...) Esta
mulher inteligente exprimia, à sua maneira, as apreensões que preocupavam todas
as pessoas em contato com Hitler; apercebiam-se de que o Führer se abandonava à
influências maléficas, e estava por estas possuído de tal modo que já não era
ele o Mestre”. (Hitler et la Tradition Cathare – J.M. Angebert)”
As práticas ocultistas e as religiões do
passado estiveram sempre juntas porque representavam forças que se aliavam a
objetivos que acabavam por se mesclar. A alma dessas organizações e o
verdadeiro sentido delas existirem para as necessidades dos povos, somente os
altos sacerdotes e iniciados responsáveis por instituí-las tinham conhecimento.
Da religião do fogo fundada por Zarahtustra, aos mistérios orfeicos da Grécia,
aos ensinamentos herméticos do Egito, a sabedoria oculta andou dissimulando os
segredos esotéricos e popularizando o sentido exotérico. Também os mistérios
eleusinos (8) os Vedas, a filosofia chinesa, os segredos naturalistas e
ritualísticos essênios, a gnose grega e todas as demais escolas e fundações
esotéricas ou filosóficas dos principais centros e civilizações da antiguidade,
reconhecidamente profundas ou escolásticas, detiveram a aprovação e orientação
da Fraternidade Branca através de seus mais ilustres iniciados, pelo menos por
algum tempo. Os historiadores que somente se atem às formas, aos mitos e
mitologias e ao que restou da memória desses eventos, contribuem para a análise
superficial materialista, retirando-lhes o verdadeiro sentido iniciático que os
permeou – que eles verdadeiramente não entendem - vestindo-os de um sentido
pueril e de todas as formas de crenças absurdas, sem nada saber das suas razões
verdadeiras e profundas, e das necessidades que os povos tiveram para se manter
concentrados nesses centros geradores de energias. (9)
(8) “Os Mistérios
Eleusinos eram os mais famosos e mais antigos de todos os Mistérios da Grécia (exceção
feita aos da Samotrácia), e eram celebrados acerca da aldeia de Eleusis, não
longe de Atenas. Epifanio fez remontar ditos Mistérios aos dias de Inaco. (...)
Tais Mistérios eram celebrados em honra de Demeter (a Ceres grega) e da Isis
egípcia; o último ato que se celebrava referia-se a uma vitima expiatória do
sacrifício e a uma ressurreição, quando o iniciado era admitido ao supremo grau
de Epopto .” (HPB)
(9) “As religiões são sustentáculos de energias que se ancoram de
maneira tecnicamente possível, atraídas por fórmulas recitativas, oferendas, rituais,
pregações ou práticas que necessitam estar todos os dias ativados. Essas
energias em movimento se dão e se recebem através das mentes de seus
praticantes, e cada religioso se torna responsável pelo teor-qualidade
externado por sua religião”. (Rayom Ra –
O Monoteísmo Bíblico...)
Grandes iniciados fundaram os movimentos que depois se tornariam grandes religiões. Os esotéricos sabem de os momentos cíclicos e de configurações astrológicas especiais em que devam esses movimentos se ter iniciado, recebendo o selo indelével das energias e forças com que avançarão pelo mundo de maneira irrefreável. Não importam os erros e os desmandos humanos que vemos com frequência acontecidos nas religiões, pois as escolas filosóficas, ocultistas, ritualísticas-iniciáticas, também falham e provocam danos às sociedades quando seus representantes se voltam para si mesmos. Há exemplos típicos de famosas escolas ocultistas que se dividiram, seus fundadores e membros mais importantes enveredaram por disputas de forças e poderes extraídos dos seus conhecimentos de magia, e alguns acabaram em lamentável estado moral por excessos praticados. A prática da magia por seus próprios fundamentos, sem um respaldo do serviço e da caridade, sempre provocou grandes estragos e destruições de personalidades que se auto-proclamavam poderosas. Os verdadeiros mestres do conhecimento, magos dominadores dos segredos das forças mágicas e de seus elementos, não convivem com personalidades extravagantes, orgulhosas e auto-centradas, pois o convívio com esses homens presunçosos nada traz de produtivo aos planos da Fraternidade Branca. (10) Os perigos então os rondam e quando caem em erros em que não deveriam cair, as poderosas forças negativas os envolvem e os dominam, por que tanto a luz quanto as trevas têm poderes distintos: a luz, para tornar homens em servos livres, e as trevas, para torná-los escravos acorrentados.
(10) Ainda
em relação à Hitler, observamos como parâmetro geral a questão das ordens
criadas sem o fundamento essencial para servir a um processo evolucionário
mundial para todas as raças, no que institui e ampara sua existência a Grande
Fraternidade Branca Universal, também conhecida como a “Loja Branca”.
“Se é certo que nos anos imediatamente anteriores à primeira Guerra Mundial, Hitler foi influenciado pelas ‘predições’ da revista Ostara e talvez afiliado à Ordem do Novo Templo, não é menos verdade e melhor se prova a ascendência da Thulegesellschaft sobre o partido nazista, nos seus inícios. Esta ‘sociedade secreta’ foi criada em agosto de 1918 pela iniciativa do barão Von Sebottendorf, personagem estranho que merece toda nossa atenção. O próprio Grupo Thulé não era mais do que a derivação de uma sociedade iniciatória muito mais importante intitulada Ordem dos Germanos (Germanen-orden) fundada em 1912 e da qual Sebottendorf tornou-se uma das ‘cabeças pensantes’, a ponto que lhe foi confiada em janeiro de 1918, a direção da ordem da província bávara. Contentemo-nos em lembrar que o ‘Grupo Thulé’, que apoiou Hitler até a tomada do poder pelos nazistas em 1933, era muito ligado à ‘Golden Dawn’ britânica, desvio racista da Rosa+Cruz, cujo mago negro Aleister Crowley, se afirmava o ‘predecessor de Hitler’. “(J.M. Angebert – Les Mystiques du Soleil)
“Se é certo que nos anos imediatamente anteriores à primeira Guerra Mundial, Hitler foi influenciado pelas ‘predições’ da revista Ostara e talvez afiliado à Ordem do Novo Templo, não é menos verdade e melhor se prova a ascendência da Thulegesellschaft sobre o partido nazista, nos seus inícios. Esta ‘sociedade secreta’ foi criada em agosto de 1918 pela iniciativa do barão Von Sebottendorf, personagem estranho que merece toda nossa atenção. O próprio Grupo Thulé não era mais do que a derivação de uma sociedade iniciatória muito mais importante intitulada Ordem dos Germanos (Germanen-orden) fundada em 1912 e da qual Sebottendorf tornou-se uma das ‘cabeças pensantes’, a ponto que lhe foi confiada em janeiro de 1918, a direção da ordem da província bávara. Contentemo-nos em lembrar que o ‘Grupo Thulé’, que apoiou Hitler até a tomada do poder pelos nazistas em 1933, era muito ligado à ‘Golden Dawn’ britânica, desvio racista da Rosa+Cruz, cujo mago negro Aleister Crowley, se afirmava o ‘predecessor de Hitler’. “(J.M. Angebert – Les Mystiques du Soleil)
O cristianismo não era para ser mais uma religião. Seu destino, é bem provável, deveria ser tão glorioso quanto fora a vinda de seu Avatar Jesus. Se Jesus foi iniciado dentre os essênios, no Egito pelos altos sacerdotes e na Ásia pelos monges budistas e tibetanos, passou iniciações aos seus discípulos mais próximos e ensinou-lhes muitos dos mistérios - como muito bem demonstra trechos do “Pistis Sophia” - a oblação de seus discípulos e mais tarde seguidores, deveria conter o que prenunciara e instituíra o Mestre. Mas assim fizeram os primitivos cristãos em criptas, grutas, cavernas, sob o manto de força iniciatória do Nazareno com Sua Presença Espiritual, e em outros locais a salvo das incursões de fúria despótica dos romanos. O cristianismo surgiu sob a manifestação e força do sexto raio, que justamente estimula a devoção e o idealismo e ainda que a humanidade atravessasse o período ariano em que o enfoque da mente concreta fosse um dos principais objetivos para o trabalho das Hierarquias, esse movimento que no decorrer dos séculos e milênios se tornaria uma religião mundial, veio dar ênfase aos sentimentos e emocionalismos do corpo astral. (11)
(11) “O Sexto Raio da Devoção personifica o princípio de reconhecimento. Quero significar com isto, a capacidade de ver a realidade ideal que se encontra por detrás da forma; implica que se terá de aplicar, de maneira concentrada, o desejo e a inteligência, a fim de expressar a idéia pressentida. É, em grande parte, responsável pela formulação de idéias que têm conduzido o homem no seu avanço assim como na ênfase posta sobre a aparência que tem velado e ocultado esses ideais. Este raio – a medida que entra e sai ciclicamente da manifestação – prossegue no trabalho de saber distinguir entre aparência e qualidade, trabalho que tem o seu campo de atividade no plano astral. É evidente a complexidade do tema e a sutileza que implica o sentimento.” (AAB)
Teria falhado o cristianismo na sua
principal mensagem? Essa resposta somente o Cristo poderia dá-la com precisão
pela sua visão ampliada. O que vimos a partir do nascimento do cristianismo,
após Juliano e após a queda do império romano - o último dos grandes impérios
que pela força militar e cultura enriquecida pelos seus grandes filósofos e
homens de sabedoria prática dominou meio mundo - foi o final dos grandes cultos
ligados às forças mitológicas, se assim podemos nos expressar, e o nascimento
de uma religião que de maneira alguma deixou de acolher no seu seio vícios e crimes
antes praticados por aqueles que a precederam. Se Jesus dissera que seu reino
não era deste mundo, não haveria porque edificar-se e alicerçar a religião em
monumentos faustuosos como haviam edificado o império romano, os gregos, os
egípcios e babilônicos em tributo e honra de suas conquistas. Não haveria a
necessidade da adoração a deuses, às estátuas e à memória de novos heróis que
viessem a fazer parte de sua futura história. No entanto, enormes catedrais de
cúpulas deslumbrantes e torres pontiagudas a desejar tocar o céu foram
levantadas; monumentos extraordinários comemorativos à religião foram construídos
e uma pequena cidade, grandiosa na sua significação, rica e imponente, surgiria
para representar os pilares e a fundação de tão ampla instituição mundial.
“Não farás imagens de esculturas e não as adorarás”, eis a ordem que nunca foi cumprida, eis que se ostentam dentro do grande edifício do Vaticano enormes estátuas de papas, bispos e mártires a representar a grandeza da fé, a exaltar personalidades e não a demonstrar a natural e espontânea discrição humilde que o religioso deva exercer diante de seu Deus e do supernal e oniabarcante Cristo, o maior de todos!
“Não farás imagens de esculturas e não as adorarás”, eis a ordem que nunca foi cumprida, eis que se ostentam dentro do grande edifício do Vaticano enormes estátuas de papas, bispos e mártires a representar a grandeza da fé, a exaltar personalidades e não a demonstrar a natural e espontânea discrição humilde que o religioso deva exercer diante de seu Deus e do supernal e oniabarcante Cristo, o maior de todos!
Para que não se perdesse completamente a iniciação do mundo ocidental, cujos portais para a humanidade foram abertos pelas mãos crucificadas de Jesus, teria o Cristo intercedido e inspirado seus seguidores a obrar no sentido de prover a religião de uma sustentação de forças místicas exotéricas? Que é a missa senão a reintrodução dos rituais gnósticos e egípcios, onde se invocavam Kresthos, Sophia, Osíris, Isis e Horus? Que é o vinho e a hóstia, senão a celebração de Baco, o Dionísio – o deus do vinho - nas festas dos mistérios eleusinos, quando a deusa Ceres ou Demeter era também homenageada, por fornecer o trigo que faz o pão, e quando gregos e egípcios já manufaturavam a hóstia? Que é o incenso senão a mesma resina queimada nos templos de Júpiter em Roma, na Grécia e nos santuários egípcios? (*) Que é o Amém, senão a corruptela de Amon chamado durante os rituais no mesmo Egito em intenção a Amon-Ra? Os sacramentos, a liturgia já não eram praticados antes da era cristã embora com outras denominações e com ligeiras diferenças? Todos esses atos nunca foram originais da igreja, senão tomados das religiões e cultos de outrora, que depois, hipocritamente, a igreja os condenaria por suas celebrações pagãs. Portanto, a priori, que trouxe de novo o cristianismo nesses implementos ritualísticos e instituições para sua liturgia, pois até a crença monoteísta por ela copiada de Akhenaton se desvirtua voltando-se em direção ao politeísmo gnóstico ao pregar a presença de Deus em três pessoas distintas e cultuar santos e milagreiros?
A igreja errou em não reconhecer abertamente que o exoterismo das religiões antigas não sofreria solução de continuidade, por que representava cultos e simbolismos de verdades milenares. Porém, a força desses rituais traria para um mundo dividido em tantas crenças e seitas uma só direção pacificadora e unificante, que não seria exatamente como se pensasse, pois Cristo agora introduzia a luta e a divisão que não somente caberiam ao mundo ruidoso e cruel de disputas e guerras, como no íntimo de cada cristão que se aventurasse a seguir os seus passos. Desse modo, Cristo se voltava ao mundo a ensinar-lhe como o processo de união da alma com Ele precisaria antes de mais nada quebrar os elos com a Terra, com o mundano, e nos estertores do sofrimento lançar-se para a união com Sua Presença em cada um. Mas esse processo seria longo, muito longo mesmo para todos os povos onde suas mensagens pudessem chegar aos corações, não pelos padres pecadores de mãos sujas, de atos vis e mercantilistas, escravistas e assassinos, porém pelos exemplos e palavras dos verdadeiros cristãos e seguidores humildes que a nada aspirassem senão a servi-Lo. E Cristo veria sua Igreja quebrar-se ao meio, a se dividir, ser conquistada por bárbaros e muçulmanos, tremer, cair ante outros conquistadores temporais, ser vituperada e vilipendiada, mas com os bons e os maus prosseguir assim mesmo por que a missão de Cristo na Terra era seguir em frente até o final.
O mundo teria sido melhor sem a religião cristã com suas diversas denominações, seus poderes políticos, corrupções, despotismos, vícios, ostentações, guerras e crimes praticados? Não fizeram também assim os antigos de quem os gnósticos, esotéricos e ocultistas herdaram e cultuam suas memórias, cuja sabedoria guardada em ordens herméticas é ainda hoje colocada em prática? Haveria muitas diferenças no corroimento de suas bases principais pelos homens fracos, ambiciosos e vendilhões? Recentemente para a história, muitos dos rituais religiosos greco-romanos e festas palacianas egípcias acabavam em bacanais e sodomias e não seria isso a degradação religiosa calcada nas inversões dos simbolismos fálicos? As cronologias históricas nos demonstram que esses percalços nas instituições de cultos dos sábios, traziam a degeneração popular justamente quando as civilizações já decaíam, para logo em seguida serem demolidas de seus soerguimentos por fatores diversos, principalmente pela invasão de povos bárbaros. Akhenaton, de culto de um só deus solar não participava e nem aprovava as orgias lascívias; nem Moisés, nem Cristo, embora nem por isto a igreja deixasse de ter seus pecados pela repressão sexual ou pela prática sexual ilícita e reservada.
As guerras empreendidas e alegadas pela
igreja sob um frágil manto de flácidas mentiras e concupiscentes razões
evocadas de Deus, mas que em verdade se motivaram por sobrevivência, disputas
de poderes, hegemonias e perseguições a hereges e dissidentes, não foram,
porém, tão mais díspares nem se apresentaram com maiores gravames comparativamente
aos verdadeiros motivos que cercaram e levaram às guerras napoleônicas, às
púnicas, às gregas, às egípcias, às de Alexandre Magno, às relatadas nos Vedas,
às dos samurais, de Davi e tantas outras em que elementos religiosos e
espirituais também estiveram presentes, e que, por chancelas imperiais, foram
impostas aos derrotados como práticas de nova fé. Alexandre foi um iniciado profundamente
místico para a época; também foram Julio Cesar e Napoleão, como foi Adolf
Hitler. Todos esses propuseram mensagens recebidas dos deuses e forças
superiores para justificar suas revoluções e atos guerreiros, embora escopos
humanos formassem desfiles principais e até justos em muitas instâncias – agendados
em primeira ordem e prioritários - estimulando e impulsionando para as armas. Em
outras e mais fáceis palavras: em regra geral as guerras eclodiram sob diversas
e clamantes razões de conquistas, e principalmente por necessidades materiais
tangíveis, e nunca tão somente por motivações de fé espiritual, misticismos ou
de abstrações mitológicas, que ninguém jamais conseguiu iludir ou esconder.
Contudo, não cremos que o mundo teria sido melhor sem a religião cristã, conforme acusam os céticos e ateus, pois o que de melhor teriam esses ferrenhos negadores obrado se nada fizeram pelos tempos senão criticar e voltar-se unicamente para a materialidade blindada? No entanto, a religião perpetuou idéias erradas, blafesmou contra a sabedoria das idades, tergiversou muitas vezes da clara mensagem de Cristo, perseguiu a quem eventualmente deveria pelo menos ter ouvido pela coragem dos seus ideais, assassinou populações hereges, torturou e imolou acusados, enriqueceu, dominou governos através do terror, destruiu crenças nativas originais e saudáveis interferindo malignamente em seus processos étnicos e atávicos, escravizou, materializou a fé e manteve o homem acorrentado em seus dogmas enquanto pôde conspurcar. Mas a despeito de todas as contradições, fruto do estreitismo e corrupções clericais, o espírito solto e religioso de milhões sinceros espelhou-se nos exemplos lídimos de homens que se sacrificaram e morreram por Cristo, se purificaram em jejuns e orações, obraram em dores e mantiveram acesa a chama da vida espiritual; com isso, hoje os convictos se aproximam de uma nova realidade que o mundo dos materialistas jamais poderia oferecer – a vivência de uma verdade mais aprofundada pela elevação espiritual nesses tempos de colheita mundial, conforme prometera Cristo em suas parábolas!
(*) Num passado mais distante, na Índia e Egito, a perfumada resina do Cedro-do-Líbano já era queimada em rituais religiosos para diversas finalidades.
[Capítulo V do Livro No Arco das Iniciações completo em:
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