Quando Jesus disse “Eu Sou o caminho,” ele
estava falando sobre Cristo, que é energia. Ele não falava sobre um homem. Ele
se referia a uma força [energia]. Quando aquela energia nasce ela pode transformar-nos,
porém aquela energia somente poderá vir ao nosso íntimo se já estivermos
devidamente preparados.
Aquela energia, Cristo, é a mesma força ou
vibração de um raio, como relâmpago, que produz morte. Jesus disse: “Eu Sou a
vida”. Vida e morte são duas partes de uma mesma coisa. Se recebêssemos aquele
raio ou luz [energia] como somos neste momento, apagaríamos. Precisamos estar
preparados para a luz. A preparação é começar a libertar Ishtar, eliminar o
ego, submeter estas forças e começar a criar a Alma.
Alma é um significado bem específico. Não é
algo vago. Não é qualquer coisa que esteja livre a interpretações. Esta palavra
refere-se a um veículo, um vaso ou, em outras palavras, a um transformador de
energia. Nosso corpo físico é um transformador de energia. Isto é bastante
óbvio. Nós comemos, bebemos, respiramos. Detemos impressões. Estamos
constantemente transformando energia. É isso o que sustenta nossas vidas. Se parássemos
com estas atividades, morreríamos. O corpo físico somente pode transformar uma
pequena lista de elementos. Não podemos comer pedras. Podemos somente comer,
beber e respirar de uma pequena lista de elementos. A alma é, do mesmo modo, um
transformador de energia espiritual, de muitos tipos de energia, porém não
manipulamos com ela ainda. Foi por isso que Jesus disse: “Com paciência vós
possuireis a alma.” – Lucas 21:19.
Jesus nunca disse que nós temos uma alma. Ele
disse que temos de nascer de novo; ou seja, criar uma Alma.
“Jesus respondeu dizendo-lhe: em verdade, em
verdade, lhe digo, a menos que um homem venha nascer de novo ele não poderá ver
o reino de Deus.”
“Nicodemus perguntou-lhe: Como pode um homem
nascer de novo sendo ele já velho? Pode ele entrar de novo no ventre de sua
mãe, e renascer?”
“Jesus respondeu: em verdade, em verdade, lhe
digo, a menos que um homem nasça da água [sexo] e do [Sagrado] Espírito, ele
não poderá entrar no reino de Deus.”
“Aquilo que é nascido da carne [através do
sexo comum] é carne; e aquilo que é nascido do Espírito [através da sexualidade
imaculada, conforme requerido em Levítico 15] é Espírito.”
Não te maravilhes de que eu te tenha dito: Necessário
vos é nascer de novo [pois tudo o que existe é nascido do sexo; do mesmo modo
deve ser a Alma]. João 3.
A Alma é a Carruagem de Ezequiel, a Merkabah,
a Arca de Noé, a Arca de Moisés, a Carruagem de Apolo, a Carruagem de Hélios,
as Asas de Moisés, o maravilhoso armamento que Aenas recebeu da deusa, a
armadura dourada para o guerreiro que combaterá o dragão. Esta é a Alma. A Alma
está relacionada ao desenvolvimento de todos os corpos do Ser, especialmente
sete, relativos aos sete tipos de energia aqui tratados:
A Alma é uma criação bem específica
relacionada especialmente com o coração, mente e vontade. Estes são transformadores
de energia. São corpos, não ainda físicos. São corpos em outros níveis.
Quando vocês sonham usam um corpo daquele
mundo, que não é seu corpo físico. Aquele corpo do sonho é o corpo emocional.
Da mesma maneira que possuímos um corpo físico, também possuímos um corpo
emocional. Nosso corpo emocional é lunar. É um presente da natureza. Não nos
pertence. A natureza o levará de volta. Quando sonhamos usamos aquele corpo. Se
estamos voando em torno, em nossos sonhos, envoltos em nossos desejos, sofrendo
com nossos medos, estamos em nosso corpo lunar. Ao escaparmos do corpo físico
fazendo uso de exercícios do sonho pela yoga, por projeção astral ou meditação,
estamos em nosso corpo astral lunar. É lunar, não solar. A fim de criarmos o
corpo emocional solar, é necessário seguirmos uma ciência muito precisa para
transformarmos matéria e energia relacionadas a Yesod, chamada tantra ou
alquimia. Ela detem muitos nomes. A ciência é extremamente específica. Envolve
o mobilizar da energia do corpo físico, do corpo emocional, do corpo mental e
do corpo causal.
Eu coloquei anteriormente que energia vital
sozinha não pode unir-nos a Deus. É uma parte do quebra-cabeça. Há muitas
pessoas que praticam exercícios de transmutação, tantra, alquimia,
aproveitamento de energia, com a idéia de que estarão criando o corpo astral,
mas eles permanecem sonolentos. Continuam se comportando do mesmo modo tolo
como sempre se comportaram, competindo-se, brigando uns com outros, fofocando,
ofendendo, sendo invejosos e ciumentos, não controlando suas energias. Desta
maneira aproveitam suas energias condicionadas através de seus exercícios
tântricos. Na verdade, eles estão aproveitando suas raivas, invejas e ciúmes
tentando criar o corpo astral. “O que estarão criando?”. “O que acontecerá se
vocês usarem suas raivas tentando fazer alguma coisa com elas?”. “O que
acontecerá se vocês usarem suas luxúrias tentando fazer algo a partir delas?”.
“Pode a luxúria criar beleza?”; “Pode a raiva criar alguma coisa que tenha algo
a ver com Deus?”. Nunca! Eles se tornarão demônios, eis tudo...
A elevação do espírito, a elevação da alma, e
a criação do homem solar em nosso interior somente podem acontecer quando
estivermos operando com pura energia, energia livre, consciente: energia que
não seja condicionada pela raiva, orgulho, medo, preguiça, glutonaria; por
todos estes obstáculos que possuímos em abundância. Este é um trabalho bastante
difícil.
Muitas pessoas ao entrarem nesta tradição e
em outras semelhantes imaginam que o trabalho será fácil. Pensam que é como
fazer pão. “Tudo que se deva fazer é misturar a farinha, a água, o sal e
pronto: tem-se a Alma.” Muitos, hoje em dia, garantem que em duas semanas vocês
podem ter o seu corpo astral. Dizem: “É só me dar $1000 e lhes mostrarei!” Há
muitas pretensões e promessas, mas são todas mentiras.
Deus respeita a lei. Deus é a lei. A lei é: o
ego pertence ao que pertence. Nenhum ego pode entrar no paraíso. Raiva é
energia modificada e matéria pertencente ao seu próprio nível. Ciúme, inveja,
medo, glutonaria, orgulho, preguiça são matéria e energia que aprisionam a
consciência. Eis o motivo porque todos os que tenhamos estudado religião e
espiritualismo inquirimos: “Por que eu não tenho nenhuma experiência com Deus?”
“Por que Deus não me ensinará face a face?”– “A resposta não é óbvia?” “Quem ou
o quê está falando?” “Será nosso orgulho exigindo que Deus desça para
falar-nos?” “Pensamos que Deus responderá ao nosso orgulho?” “Ou então quando
sentimos que somos tais horríveis pessoas que praticaram tantas coisas ruins e
assim Deus não nos falará?” “Não seria nossa vergonha exatamente a outra face
de nosso orgulho?” O divino não pode mesmo misturar-se com o ego.
É um trabalho muito difícil estabelecermos
equilíbrio psicológico, sermos conscientes e conhecedores de nós mesmos, sermos
incondicionados, presentes, ativos e vigilantes: um mestre em nossas próprias
casas. Todos que entram na espiritualidade e na religião querem ser “um
mestre.” Há muitos pretendendo a ser “mestres”. Eles têm muitos belos títulos,
mas observem suas imprecações quando dão topadas e como esbravejam suas raivas
contra aqueles que deles discordam. Isto não é maestria. Observem como eles
buscam atenções e amam ser amados. Isto não é maestria, é vaidade.
O autêntico mestre nunca se vangloria em ser
um mestre. O verdadeiro mestre é despercebido. Ele se veste como um cidadão
comum e caminha anônimo sem chamar a atenção.... Um autêntico guru não anda
pelos lugares se vangloriando sobre isto. O autêntico guru é o Cristo Interno.
Um verdadeiro mestre vai a todos os lugares anonimamente e desconhecidamente.
Ele não exibe seus títulos ou poderes; ele é envolto pela modéstia. Um
verdadeiro mestre é, antes de tudo, um cidadão correto. O autêntico mestre
nunca é um intelectual, uma vez que o intelecto é uma função animal do “Eu”
humano. O verdadeiro mestre é como uma criança: puro, santo, simples e natural.
O verdadeiro mestre é o Cristo Interno “Aquele que é a verdadeira Luz que
ilumina cada homem que vem adentrar ao mundo”. [João 1:9] – Samael Aun Weor
Necessitamos aprender sobre nós mesmos, a
dirigirmos nossa casa, a limpá-la e purificá-la. Vez por outra encontramos
manchas de poeira, uma sombra de orgulho, um ligeiro olfato de luxúria e não
devemos hesitar em acusar, observar, aprender sobre isto, ver como funciona. “Como
isto entrou aqui?” “Quem deixou isto aqui?” “Como eu criei isto?”
Todas as coisas que detemos interiormente,
tudo o que experimentamos: gosto, tato e sensação são um produto de nossas
próprias mãos. Por conseguinte, os verdadeiros e sinceros devotos de qualquer
religião nunca culpam alguém que não sejam eles próprios, conhecendo bem a lei
do karma. Todas as coisas são transformações de energia. Se passamos por
sofrimento é porque criamos a causa. Se desejarmos parar o sofrimento devemos
remover a causa. Aquelas causas são íntimas e não externas. As causas do
sofrimento estão em nossos corações e mentes.
Nesta revolução psicológica, pela limpeza das
partes mais inferiores de nossas mentes, libertando nossas consciências de seus
condicionamentos, as leis da natureza, naturalmente, inevitavelmente, nos
elevam. É isto o que a lei da física parcialmente estabelece. Lembrem-se:
matéria e energia não podem ser destruídas, elas somente podem mudar a
forma. Nossas consciências nunca morrem,
elas mudam a forma. Exatamente agora nossas consciências estão aprisionadas no
sofrimento. Nossas consciências estão aprisionadas na ignorância. Estamos
prisioneiros de toda a sorte de crenças e teorias; de politicas, jogos e
futilidades, acreditando que somos “isto e aquilo” quando não somos. A
esperança é que aprendendo sobre estes fatos e em vendo a nós mesmos naquilo
que de fato somos, possamos nos libertar de tudo. Uma vez livres aquelas
consciências podem agir numa via de positividades e criar consequências e ações
positivas. Tudo está em nossas mãos.
Fundamentalmente, precisamos começar por
economizar energia. Podemos lançar mão de muitas práticas a fim de dar base a
este esforço. A única coisa mais importante é auto-conhecimento.
É bom aprender sobre transmutação;
necessitamos disto. É bom aprender sobre meditação e como eliminar o ego; saber
sobre práticas rúnicas, pranayama, exercícios rejuvenecedores, exercícios
iogues; há milhares de exercícios, de vocalizações, de mantras – necessitamos
deles, são importantes. Entretanto, se não nos lembrarmos de nós mesmos, se não
nos mantivermos conhecedores, todas estas práticas serão inúteis, e podem se
tornar de fato perigosas.
Por isto que Samael Aum Weor disse haver
muitas pessoas mal orientadas dentro do movimento Gnóstico que, ao invés de
estarem se tornando anjos, estão se tornando demônios, porque não estão
eliminando seus egos, nem se lembrando de si mesmos e nem despertando as
consciências. Eles estão, efetivamente, realizando quantidades de transmutações,
mas continuam as mesmas pessoas tolas que sempre foram, e os resultados são:
demônios. O problema é que estão piores do que eram antes, porque tem agora
mais energia, porém direcionada para o lado demoníaco. Eles estão manipulando
mais forças negativas. Este é o problema, e porque estamos sendo bastante
explícitos sobre isto.
A religião real não é um caminho fácil,
prazeroso, coberto com flores. Religião real é um caminho difícil, bem distante
de facilidades.
“Portanto, tudo o que vós quereis que os
homens vos façam, fazei-lo também vós, porque esta é alei e os profetas. Entrai
pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que conduz à
perdição e muitos os que entram por ela.” “E porque estreita é a porta e
apertado é o caminho que leva à vida [Cristo] e poucos há que a encontram.”
Jesus, Mateus 7.
A religião real não surge de um livro ou da
crença em alguma coisa. Vem de uma grande batalha interna que solitariamente
travamos conosco, e nenhum de nós deseja morrer como ego, ainda que morrer seja
o caminho. Jesus na cruz, João com a cabeça numa bandeja, Osiris morto, Belen
morto, Quetzalcoatl morto, Odin morto. Todos os grandes deuses demonstram em
suas histórias que devemos morrer. O ego, nosso orgulho, nosso amor próprio,
nossa auto-estima; tudo sobre nós que pensamos de nós tem de morrer. Este é o
grande postulado em Gnose: a fim de ascender a um novo nível do ser, tudo sobre
o antigo nível do ser precisa cessar.
Olhem para vocês próprios. “Você veem o que
vocês são agora?” Tudo disto precisa ir-se. Tudo o que permanecer serão suas
consciências e suas energias, porém modificadas numa nova estrutura. Esta é a
diferença. A lei da física estabelece que energia não pode ser destruída,
somente pode ser modificada. Consciência é energia de um nível muito alto,
grandemente refinada em seu Zenith. Na sua profundidade [no "Nadir" R/R] é da maior escuridão.
Se quisermos elevar nossas consciências, precisaremos nos descartar de todas as
coisas que envolvem a consciência naquele nível de que desejamos escapar.
Não podemos reter nada. Esta é a imagem do espelho
do mito de Ishtar. Aquele mito detem muitos
significados, e há outro significado oculto. Nossa Ishtar interna ficou de novo
vestida, mas no submundo. Nós vestimos nossa Ishtar como uma prostituta. Nossa Ishtar
interna é Jezebel, a grande meretriz da Bíblia que se adornou com orgulho,
inveja, luxúria, glutonaria, etc. A fim de que retornemos a nossos mananciais,
despertos, iluminados, purificados, todas estas coisas precisam ser
descartadas. Ishtar precisa retorna pura, vestindo as vestes solares.
Siga os links :
Parte (I) : Energia, Matéria e Consciência (I)
Parte (II) : Energia, Matéria e Consciência (II)
Parte (VI) : Energia, Matéria e Consciência (VI) - Final
[Segue Parte VI]
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Parte (I) : Energia, Matéria e Consciência (I)
Parte (II) : Energia, Matéria e Consciência (II)
Parte (III) :Energia, Matéria e Consciência (III)
Parte (IV) :Energia, Matéria e Consciência (IV) Parte (VI) : Energia, Matéria e Consciência (VI) - Final
[Segue Parte VI]
Energy, Matter and Consciousness
Fonte:
Tradução
Inglês/Português: Rayom Ra
Rayom Ra
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