segunda-feira, 19 de maio de 2014

Energia, Matéria e Consciência (VI) - Final


   Nesta parte final da exposição, oferecida na sua totalidade por um instrutor gnóstico, selecionamos alguns comentários que são, na verdade, outros esclarecimentos do assunto tratado, em respostas às perguntas formuladas após a palestra.
                                              
 “Ishtar é um arquétipo, exatamente como são arquétipos Vênus e Osires. Eles representam princípios que se aplicam a muitos níveis. Hoje nos direcionamos justamente a um aspecto. Contudo, vamos estudá-lo:


 “Maria Madalena, bem como Salambo, Matres, Ishtar, Astarte, Aphrodite e Vênus, todas representam a sacerdotisa-esposa com quem devemos praticar Magia Sexual a fim de despertar o Fogo.” – Samael Aun Weor: O Matrimonio Perfeito.

  O sim, Ishtar também tem simbolismo relacionado à sacerdotisa, bem como à Divina Alma. Ishtar é um arquétipo: o que significa que é um símbolo de muitos níveis.

 De fato, é a vontade que nos move para além do condicionamento, porém, infelizmente, a maior soma de nossa vontade está condicionada. Por exemplo: é muito fácil termos grande força de vontade para contemplarmos nossos desejos quando realmente desejamos dinheiro, álcool, drogas, sexo ou qualquer outra coisa em que empregamos a força de vontade. Porém, quando queremos Deus, esta força de vontade não é tão forte. A maioria de nós está aprisionada nos desejos.

  Vontade e consciência estão muito intimamente relacionadas; são qualidades da alma. Consciência está relacionada com Geburah (Buddhi), e força de vontade está relacionada com Tipheret (Manas).  Tipheret pode também ser definida como “consciência humana”, enquanto Geburah é “divina consciência.” Ao nosso nível, não conseguimos entender isto uma vez que nosso condicionamento é demasiado forte. Aquelas coisas precisam ser experienciadas para que consigamos entendê-las.

  Temos de libertar dos desejos a nossa vontade. Ao nos darmos conta de estarmos com grande soma de vontade direcionada a alguma coisa, precisamos analisar tal motivação. “Por que eu estou querendo tanto isto?”, o que seja: a esposa, o trabalho, um estilo de vida, atenção! Muitos de nós detemos tremendo desejo de atenção, quer amigável ou hostil. Se conseguirmos libertar dos desejos a nossa vontade, ela pode ser direcionada para outras atividades mais positivas.”

  A quantidade de energia disponível a nós depende da força e do nível do Ser de nossa Mônada. A quantidade de energia que uma pessoa comum consegue mover é bem diferente da quantidade de energia de um bodhisattva decaído. Ambos são decaídos, mas eles geram bem diferentes impactos. O que esta lei estabelece é que em um dado sistema a quantidade de energia permanece a mesma. Há aqui uma sutileza, uma vez que a lei da termodinâmica aplica-se a todo o universo que é um sistema específico. Cada um de nós é um sistema fechado em relação ao nosso espírito ou raio, desde o profundo do Klipoth até ao Ain Soph. Este nosso é um sistema com certa quantidade de energia. Esta quantidade é variável dependendo da qualidade da Mônada. Uma Mônada comum somente terá certa quantidade de energia. A Mônada que tenha alcançado anteriormente a realização, aquela terá o desenvolvimento bodhisattva, tendo assim bem maior quantidade de energia. Se todas as almas humanas fossem levadas ao mesmo nível e todas tivessem decaído, elas todas teriam diferentes quantidades de energia para poderem mover.

  A qualidade e distribuição da energia é a chave-mestra aqui. Temos uma quantidade de energia todos os dias. Sabemos que 97% de nossa consciência se encontra prisioneira do ego, deste modo a maior parte de nossa energia nos está indisponível. Se despertarmos a consciência a cada momento, podemos modificar este status e usar o percentual da consciência libertada da melhor maneira possível. Esta, por si própria, modifica a qualidade da energia.

 Quando estamos adormecidos somos totalmente mecânicos. Ao aplicarmos consciência à energia mecânica, esta muda a qualidade que por sua vez muda também o efeito. Se vocês estão em conversação com alguém e estão com sono, vocês podem cometer um grande erro ao concordarem com alguma coisa realmente oposta aos seus interesses, ou dizer algo que não deveriam. Assim, suas energias eram mecânicas e produziram resultados mecânicos.

 Por outro lado, se estão conscientes durante aquela conversação, presentes, realmente atentos ao que está sendo dito, vocês podem dizer algo bastante impactante, muito significativo, bastante aproveitável, porque a qualidade da energia mudou. Obviamente, as consequências daquele cenário estarão bem melhores.”

 “Usamos a palavra ‘demônio’ num significado bastante específico. Definido adequadamente, um demônio é qualquer pessoa que se encontra divorciada de seu mais profundo interior. Um demônio é uma entidade psicológica como nós, mas que se encontra divorciada do espírito. Ou seja, é um (ser) demônio completamente formado. Este tipo de pessoa é aquela que não tem consciência. Ela pode realizar todas as formas de males sem nenhum desconforto psicológico. Há muitos assim no planeta Terra. Esses não têm remorsos ou sentimentos por qualquer de suas ações. Uma vez que estejamos adormecidos e nos encontremos completamente ignorantes de relacionamentos com o profundo de nossos íntimos, chamamo-nos a nós próprios de ‘demônios’.

  Neste sentido, podemos dizer que toda energia aprisionada no ego é demoníaca; é energia que não está conectada a Deus. Toda energia que possuímos prisioneira no ódio é energia demoníaca, pois está divorciada de Deus. Deus não influencia isto. É o ego. 97% de nossa consciência encontra-se aprisionada pelo ego, por isto o planeta é o que é.”

 “Matéria nem é bem nem mal. Matéria é simplesmente matéria. Do mesmo modo, energia é simplesmente energia; nem é bem nem mal. A mesma verdade se aplica à consciência. São justamente a percepção e os poderes que a acompanham relativamente ao seu nível. Os termos ‘bem e mal’ são relativos e pobremente compreendidos.

  Matéria, energia e consciência são vibrações modificáveis nos seus respectivos níveis. Não são boas nem más. O que chamamos ‘mal’ é algo que se encontra fora do lugar, algo nocivo. O bem é coisa no lugar, aproveitável. Vocês podem possuir uma virtude como a caridade e achar que são realmente pessoas caridosas. Porém, se vocês dão dinheiro aos dependentes de drogas eles o usarão para comprar mais drogas, então o ato da caridade não foi virtuoso e podemos defini-lo como ‘mal’.

  Matéria, energia e consciência são modificáveis relativamente aos seus lugares na natureza. O modo como usamos matéria e energia cria uma consequência e esta será boa ou má dependendo do resultado. É assim que somos mensurados pela lei. Não somos mensurados pelo que podíamos ter feito e não fizemos. Somos mensurados pelos resultados de nossas ações. Bem e mal não são usados na corte de justiça divina. São os resultados advindos que são importantes, sejam eles nocivos ou benéficos.”

  O ego é uma modificação da matéria, energia e consciência. Energia não pode ser destruída, isto significa que a energia que se encontra aprisionada na matéria do ego precisa ser liberada.

  A matéria do ego é energia condensada. Há sempre energia em nossos três centros: intelecto, sentimento (emoção) e instinto sexual motor. Se a consciência e energia que estão processando na matéria forem polarizadas negativamente – significando que podemos nos tornar hipnotizados pelo impulso de luxúria em nossos três centros – nós submetemos nossa energia àquela fantasia ou ação, por onde a energia se encontra criando uma consequência psicológica. É como uma fotografia ou uma impressão. Aquela impressão está alimentada pela energia que está fluindo através de três centros. Quando aquela impressão alcança certa massa, ela cristaliza e toma uma forma de ‘inferno’ que chamamos um ego, uma formação densa, matéria de baixa vibração. A cristalização representa o que esteve acontecendo na mente durante a sua formação.”

  Quando meditamos e penetramos nestes reinos, ficamos face a estas cristalizações. Durante a meditação, quando vemos aquele ego como ele é temos de destruí-lo, à matéria ou vaso. Aquela matéria está cristalizada naquele nível e não pertence a isto aqui. Está enclausurando outra energia, Quando a destruímos a energia é liberada e retorna ao seu lugar de direito – uma grande vitória! Necessitamos fazer isto milhares de vezes. É assim que a natureza funciona: tudo o que nasce, morre. Possuímos esta gigantesca coleção de agregados que na Bíblia é chamada ‘legião’.

  ‘E perguntou-lhe Jesus, dizendo: Qual é teu nome? E ele disse: Legião; porque tinham entrado nele muitos demônios. E rogavam-lhe que os não mandasse para o abismo. E estava ali pastando no monte uma vara de muitos porcos; e rogaram-lhe que lhes concedesse entrar neles; e concedeu-lhe. E, tendo saído os demônios do homem, entraram nos porcos e a manada precipitou-se de um despenhadeiro no lago, e afogou-se.’ Lucas 8:30-33

 Quando Jesus ajuda a retirar deste desafortunado todos os demônios, estes demônios entram nos corpos de porcos e mergulham dentro do lago, o que é um símbolo de Klipoth. Os porcos representam nosso ego. Temos de matar os porcos que estão em nós para libertar nosso espírito acorrentado.”
 [Sobre duas almas] “Esta é uma questão sobre entropia, outro enorme assunto, difícil de manobrar que, por duas razões não esteve na agenda de hoje. Sua pergunta está conectada com a segunda lei da termodinâmica, que é entropia, uma medição de energia. A segunda lei ampara a primeira, a lei da invariância. Em equivalência, o que estas duas leis basicamente estabelecem é que aquela energia sempre procura o equilíbrio. Através da totalidade da natureza, a energia buscará alcançar a equivalência. Durante o último século, algumas pessoas argumentaram que aquela entropia significava ‘ordem e desordem’, porém isto estava incorreto. A correta definição é a medição da energia e porque ela muda de um estado para outro. É um assunto complicado que nos remeterá a uma outra palestra.”

  [Manter a atenção em nosso interior] “Vem da vontade, a vontade de fazer isto, lembrar. Diz-se no budismo que para se estar devidamente preparado necessitamos um extenso período de estudos, durante o qual treinamos a nós próprios a nos lembrar. É por isto que encorajamos estudantes a lerem livros de Samael Aun Weor, a estudar as palestras, as escrituras, a Bíblia e submeter-se a algumas práticas diariamente – meditação ou mantras, o que for que sintam ser proveitoso e realmente de benefício. Isto não deve ser algo que façam mecanicamente porque sintam que precisam fazer. Temos de encontrar coisas que realmente nos ajudem porque assim farão crescer nosso entusiasmo e aumentarão nossos esforços, e um esforço maior crescerá e desenvolverá.

  Pouco a pouco, aquele esforço mostrará sua influência em nossa consciência e começamos a entender as verdades que todas as religiões vêm expressando, bem como as verdades práticas que podem ser descobertas através de nossos próprios esforços. É através deste processo que gradualmente desenvolvemos o poder para a contínua auto lembrança. Isto requer força de vontade e não é fácil. Todos atravessamos períodos em que nos esquecemos de nós próprios. Eu regularmente ouvia comentários de estudantes sobre a frequentarem as palestras, e durante as quais seus entusiasmos cresciam, porém tão logo atravessavam a porta de saída, tudo desaparecia e novamente não se lembravam mais deles próprios, até que voltassem para nova palestra duas semanas depois. Como muitas vezes falhamos, e se nos mantivermos voltando, ainda assim estamos realizando. Buddha disse que se durante a meditação, esquecermo-nos e nos lembramos de nós mil vezes, esta é uma boa meditação. Mantenham-se tentando, estejam presentes.”

  “...o processo do despertar é lento, gradual, natural, sem espetáculos, nem sensacionalismos, nem emocionalismos ou eventos barbáricos. Quando a consciência torna-se completamente desperta, não é algo sensacional, ou espetacular. É simplesmente a realidade, tão natural como uma árvore que cresce lentamente, desdobra-se e desenvolve-se sem súbitas voltas ou eventos sensacionais. Natureza é natureza. O estudante Gnóstico no início diz: ‘Eu estou sonhando’. Mais tarde ele exclama” ‘Eu estou em corpo astral fora do corpo físico.’ Mais tarde ainda, ele chega ao Samadhi, ao êxtase, e entra no campo do paraíso. No início, as manifestações são esporádicas, descontínuas, seguidas por longos períodos de inconsciência. ‘Bem depois, as asas ígneas dão-nos contínuos e ininterruptos despertares de consciência.’ – Samael Aun Weor, O Matrimônio Perfeito.”

  [Energia mais refinada do que a de um ser completamente desperto]. “Sim [há]. Isto é devido a que existem universos dentro de universos, níveis dentro de níveis. Estudamos a Árvore da Vida que nos mostra um microcosmo de nós próprios, do nível mais inferior ao Absoluto, o espaço abstrato, aquele que é sem atributos, a luz incriada.

  É um nível de não existência ou luz que ainda não se tornou luz. Falamos sobre estes níveis de fora e de dentro de nós próprios. Há muitos seres habitando estes níveis fora de nós, porque estes níveis representam os infernos abaixo e os céus acima. Através dos céus há um infinito número de seres em muitos diferentes níveis. As estrelas no céu são aqueles seres. Ainda, quando o pináculo do desenvolvimento espiritual é alcançado neste universo, aquele pináculo é a porta de entrada para outro universo, outro nível que é tão distante de nossa concepção que mesmo Samael Aun Weor não pôde compreendê-lo. Ele escreveu sobre isto em ‘Ensinamentos Cósmicos de um Lama’ e em ‘Logos, Mantra e Teurgia’ acerca de seres estando a entrar no Absoluto para irem além, a outro nível de evolução. Não devemos nos preocupar sobre o final do trabalho. Devemos mais nos preocuparmos sobre tendo começado.”

  [Sobre melhorar a memória e começar a ficar despertos] “Primeiramente, estar desperto não tem nada a ver com energia mental. Estar desperto é consciência. É uma energia consciente relacionada com a energia de nossas consciências. Aquela somente pode acordar a si mesma. Muita gente na religião e grupos espirituais, incluindo o movimento Gnóstico, pensa que, em seus próprios caminhos, se trabalharem com energia da vontade, energia emocional, energia mental, vitalidade ou energia mecânica; e se trabalharem com uma daquelas ou combinando-as, despertarão a consciência – porém isto é errado.

  Trabalhar com aquelas energias pode ajudar, elas são partes de um todo, mas não vão despertar a consciência. A consciência desperta sozinha. Se vocês não estão despertos, vocês podem fazer todas as práticas da vontade que desejarem: meditando, fazendo práticas relacionadas com suas emoções, relacionadas com vitalidade, porém uma vez que estejam adormecidos, não despertarão.

  Colocando simplesmente: se vocês trabalharem com meditação ou mantras façam-no conscientemente, então chegarão a alguma coisa. Se vocês fizerem estas práticas e se mantiverem continuamente distraídos pelas imagens mentais estarão perdendo seus tempos. Se estiverem tentando transmutação tântrica, mas com suas mentes estando noutros lugares, nada será conseguido. Todos os exercícios ou práticas devem ser feitos conscientemente, ou seja, devemos estar concentrados somente naquilo que estivermos fazendo. Estejam presentes, atentos, ligados. Se somos distraídos necessitamos analisar isto e destruir aquele hábito. Concentrem-se inteiramente nos exercícios espirituais. Não é fácil, especialmente no início, porém tanto mais empreguem esforços auto-conscientes em todos os momentos, o dia inteiro, todos os dias, mais suave o fator se tornará. Pode tomar-nos meses ou mesmo anos antes que o mecanismo se torne natural, mas se persistirmos isto finalmente acontecerá e sem esforços.

  Samael Aun Weor disse-nos ter eventualmente alcançado o nível onde a auto lembrança tornou-se normal para ele, porém tomou-lhe tempo e exigiu-lhe esforços. No começo, precisamos despender constantemente muito esforço, de momento a momento.”

  Perguntaram a mestre Bojuko: ‘Não temos que nos vestir e comer diariamente? Como escapar disto?’
  O mestre replicou: ‘comemos e nos vestimos’. ‘Não compreendo’, disse o discípulo. ‘Então vista-se e coma’, disse o mestre.

  Esta é precisamente ação livre de oposições: ‘Comemos, vestimo-nos?’ ‘Por que fazer disto um problema?’ ‘Por que pensar noutras coisas enquanto comemos ou nos vestimos?’

  ‘Se está comendo, coma; se está se vestindo, se vista, e se está andando na rua, ande, ande, ande, mas não pense sobre nada mais. Faça somente o que esteja fazendo. Não fuja dos fatos; não os preencha com tantos outros significados, símbolos, sermões e alertas. Viva-os sem alegorias. Viva-os com a mente receptiva momento a momento” – Samael Aun Weor, A Revolução da Dialética.

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  “A energia de Cristo – ou como diziam os babilônicos, Tamuz – está relacionada com os sete portais da iniciação, que são a criação da Alma. Estes são duas fileiras de sete; as serpentes do fogo e as serpentes da luz. As serpentes do fogo são a criação da Alma e as serpentes da luz são onde aperfeiçoamos a Alma. Tudo isto está ligado com a vinda de Cristo em nosso coração e Alma.

  Cristo é a força ou energia. Falamos sobre energia existindo em quantidades específicas num dado sistema. Uma vez criada a Alma o sistema muda e sua capacidade de manobrar com energia também muda. Quando a alma ressuscita a capacidade também muda. As mudanças nas capacidades são como comparar-se entre a energia de um palito de fósforo e a energia de um sol. Quando a lei da física estabelece que a energia em um dado sistema é uma quantidade fixa, não significa que o sistema por ele mesmo seja uma quantidade fixa; significa que a energia dentro dele é fixa. Um capacitor é feito para suportar determinada soma de energia, porém se obtivermos um capacitor maior, podemos manobrar com uma soma maior de energia. É o que acontece quando liberamos nossas consciências e criamos a Alma. Assim que Cristo emerge de nosso íntimo nossa capacidade de manobrar com luz e energia aumenta.

 “O semblante de Papsukal, o mensageiro [Hermes ou Mercúrio] dos grandes deuses, abateu-se, sua face estava turva. Estava vestido em trajes de luto, coberto com roupas escurecidas.

  Shamash [o deus sol, Apolo, Cristo] veio ante o Pecado [o Deus Lunar] seu pai, chorando.

  Na presença de Ea, o Rei, veio com fluentes lágrimas.

  ‘Ishtar desceu à Terra [fisicamente] e não voltou [está aprisionada, condicionada]. O touro não cobre a vaca, o jumento não se aproxima da fêmea.

  O homem não se aproxima da moça na rua,

  O homem dorme no seu quarto,

  A esposa dorme a sós’ [Em outras palavras, o Segundo Nascimento, a criação da Alma não está sendo realizada].

  Ea, na sabedoria de seu coração, criou um ser, criou Asu-shu-namir [o andrógino].

  Vai, Asu-shu-namir, à terra do não retorno, orienta-te!

  Os sete portões da terra sem retorno estejam abertos diante de ti,

  Possa Ereshkigal avistar tua alegria!

  Depois que o coração dela esteja aliviado, seu fígado acalmado,

  Invoca contra ela os nomes dos grandes deuses,

  Eleva tua cabeça, dirige tua atenção para “khalziku”.

  Vem, senhora, deixa-os darem-me a “khalziku” para que eu possa beber água dela.

  Ao ouvir isto Ereshkigal, bateu no flanco e mordeu o dedo,

  Tu expressaste um desejo que não pode ser concedido.

  Vai, Asu-shu-namir, eu te maldigo com uma grande maldição:

  Os restos das sarjetas da cidade sejam teu alimento,

  Os esgotos da cidade sejam tua bebida,

  As sombras dos edifícios sejam tua morada,

  As soleiras das portas sejam teu templo,

  Bêbados e insanos batam na tua face! [Ser perseguido como Cristo, espicaçado e torturado na medida em que vá galgando rumo a sua cruz].

  Erishkigal abriu a boca e falou a Namtar, seu mensageiro, ordenando-o,

  Vai, Namtar, bate à porta da fortaleza,

  Pisa fortemente a soleira de pedras preciosas,

  Traze os Anunnaki, assenta-os nos tronos de ouro,

  Salpica Ishtar com as águas da vida e traze-a a minha presença.

  Namtar foi, bateu na fortaleza,

  Pisou na soleira de pedras preciosas,

  Ele trouxe os Anunnaki e os colocou nos tronos de ouro,

  Salpicou Ishtar com as águas da vida e tomou-a consigo.

  Conduziu-a pelo primeiro portão e devolveu-lhe sua tanga.

  Conduziu-a pelo segundo portão e devolveu-lhe suas lantejoulas de pés e mãos.

  Conduziu-a pelo terceiro portão e devolveu-lhe a cinta guarnecida de pedras preciosas.

  Conduziu-a pelo quarto portão e devolveu-lhe os ornamentos de seu peito.

  Conduziu-a pelo quinto portão e devolveu-lhe seu colar.

  Conduziu-a pelo sexto portão e devolveu-lhe seus brincos.

  Conduziu-a pelo sétimo portão e devolveu-lhe a grande coroa de sua cabeça."

Siga os links : 
Parte (I)   : Energia, Matéria e Consciência (I)
Parte (II)  : Energia, Matéria e Consciência (II)              
Parte (IV)  :Energia, Matéria e Consciência (IV)
Parte (V)  : Energia, Matéria e Consciência (V)
                                        

                                                Energy, Matter and Consciousness
Fonte:

Tradução Inglês/Português: Rayom Ra

Rayom Ra 
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