quarta-feira, 29 de abril de 2009

Nossas Vidas Atômicas - II

As ciências empreendem esforços intensos e milhares de horas ao ano para a decifração do aspecto matéria. Os átomos das ciências, embora cada vez mais subdivididos e enriquecidos os seus núcleos por bombardeamentos de raios e partículas, demonstraram que podem desencadear efeitos terrivelmente letais, irreversíveis ao homem e à natureza. Vide a bomba atômica, a de hidrogênio, bomba de nêutrons e armas eletrônicas das mais variadas espécies.

A tendência das pesquisas sobre átomos e o conhecimento cada vez maior dos códigos dos genes do DNA, encaminham o homem para o domínio parcial da matéria, mas a que preço? Apesar dos benefícios que o conhecimento atômico nos trouxe é grande o perigo que paira sobre a humanidade uma vez que o homem não conseguiu ainda domar sua natureza instintivo-animal, em qualquer grau da intelectualidade que se encontre.

Os átomos são a vida, a natureza, o sistema solar. O sol é um macro átomo e o desenho de os elétrons girando e descrevendo órbitas em torno do núcleo é a mesma analogia dos trânsitos de planetas em torno do sol. Tudo na natureza se repete a demonstrar que os protótipos são afinal analógicos, ordenados grupalmente ou coordenados no sentido de interagir sob leis regentes mecânicas, porém com efeitos e resultados elásticos. Mas se o homem afasta em demasia os elementos de seus princípios naturais por algum artificialismo fora do ritmo lógico e sensato, a elasticidade da causa se distende ao máximo, e seus efeitos, por caminhos diversos, tendem a se retesar e procurar de novo o andamento original. E tanto mais se tente artificializar, mais a natureza demonstrará quais são os caminhos naturais a retomar.

Os átomos físicos respondem aos impulsos das leis físicas, do ritmo normal e evolucionário com que o Logos ou Deus impregnou a toda a criação. Existe nesses átomos uma aura energética, que são suas emanações expandindo-se ao ritmo de seus movimentos rotatórios que produzem o calor interno, e de certa maneira o magnetismo. Os átomos se chocam, se agrupam, realizam trocas, se atraem e se repelem sob as ações das forças centrífugas e centrípetas externas. Sob a ação de altas temperaturas se desassociam, perdem características básicas e se reúnem para formar outros elementos conhecidos, como no caso do hidrogênio passando a hélio e o hélio passando a carbono. Agregados, eles constituem campos vibratórios e podem ir formando reações encadeadas.

Os átomos que compõem a matéria de nossos corpos espirituais agem de outra maneira, mas produzem nos campos vibratórios a que se acham agregados, reações típicas em vários aspectos, relacionadas ou não com o mundo físico concreto. Uma consciência não estando encarnada na Terra trará uma curva nas expansões e reações de seus átomos que se fechará na aura do último corpo com que esteja se manifestando. Ou seja, se o corpo astral de uma consciência é o último corpo em atividade de cima para baixo, ela terá o trabalho de ancoragem da aura energética no plano astral. E por que estou dizendo isso? Porque desejo demonstrar mais adiante como o comportamento de um homem pode ser mudado invisivelmente pela ação de outra consciência que não possua corpo físico.

Para que esse tema seja aceito é necessário que se admita a vida nos mundos internos e se acredite de fato na existência desses mundos internos. O cético ao dizer que as ciências não aceitam essas crendices, perde a ótima oportunidade de ficar calado. As próprias ciências, num beco sem saída desde o avanço das pesquisas quânticas relacionadas com a natureza e potencialidades dos átomos, afirmam não poder ir adiante sem admitir um Ponto Central de onde emana toda a manifestação da energia vida-matéria. Se desejarem, as ciências podem chamá-lo de Princípio Único, Fonte Universal, Moto Perpétuo, Moto Contínuo, Princípio Racional, Super Mente ou qualquer coisa do gênero. As conclusões desse setor mais avançado dos paradigmas e teologismos científicos, vieram ao reconhecimento pelo fato de as investigações da matéria jamais chegar a um termo final, avançando sempre para o indefinível, demonstrando que o desenho do átomo e as circunvoluções dos elétrons em torno do núcleo são somente possibilidades concebíveis através de rastros ou ondas de energias, não sendo percepções definitivamente concretas.

O reconhecimento de outros níveis mais além das conhecidas estruturas do átomo, trouxe novos enigmas na medida em que a mecânica quântica constatou que os elétrons registram suas presenças como energia muito mais volátil do que antes entendido. Seus rastros suspeitados desaparecem sem que se saiba como, transformando-se ora num tipo de partícula, ora perdendo essa forma aparentemente estável, vindo surgir novos padrões energéticos num mundo subatômico ultramicroscópico, visto também alterar-se o dinamismo das relações entre os elementos do núcleo e dos elétrons.

Acredito que com o avanço das pesquisas no campo da física quântica melhor se entenderá que não há um mundo subatômico como atualmente entendido, em níveis abaixo do átomo. A grosso modo, a idéia de algo debaixo do tapete que somente pode ser constatado ao levantá-lo, dará lugar a idéia de que é acima ainda do teto que as coisas se originam, descem e formam o chão, obviamente não estando contidas e nem condicionadas ao tapete das conjeturas. Somente existirá um mundo subatômico ao se admitir o átomo como uma realidade tecida e associada a uma realidade última concreta e estável, e tudo o que esteja acima represente os dogmas científicos da materialidade. Acredito também que com o tempo virá a comprovação de que o aparente abaixo, escapando ao aprisionamento da metodologia científica, seja somente um subcomando de um arquétipo acima, - maior e principal de padrões móveis, - cuja incumbência é prover qualidades à matéria segundo pré-ordenação superior.

Se as ciências não procurarem avançar na investigação da alma como algo altamente energético circunscrito a uma dimensão perfeitamente inserida numa visão relativista do “quantismo”, terá seu caminho investigativo mais longo. Pois mesmo essa forma de vida em dimensão superior, com padrões energéticos não mensuráveis pela acuidade dos atuais métodos científicos, ainda assim está contida num processo evolucionário de vida finita, sujeita a transformações sob um conjunto de forças e fatores circunstanciais que a cercam e a aprisionam a um mundo de constantes movimentos e intrarrelações.

Na parte III deste pequeno programa entrarei em considerações acerca das influências de um mundo atômico oculto que atrela o homem a escravidão dos sentidos ou o conduz a liberdade.

Rayom Ra

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