Dalai
- Mestre, o que mais te impressiona? perguntou o discípulo.
Respondeu prontamente o Dalai Lama:
- Os seres humanos. Porque perdem a saúde para ganhar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por se concentrarem demasiadamente no futuro, não vivem nem o presente nem o futuro, e vivem como se nunca fossem morrer, e morrem como se nunca tivessem vivido.
Conjuradores de Chuvas
Uma rede de televisão resolveu lançar um desafio sensacional: daria um milhão de reais a quem fizesse chover.
Selecionados os candidatos, partiram para um lugar do interior onde sabidamente as chuvas não eram freqüentes. Subiram pequena elevação e lá se instalaram. Um matuto, que do portão de sua velha casa os vira ali acampar, pitava seus cigarros de palha, olhando-os com intensa curiosidade.
Os da televisão foram logo puxando cabos do gerador de forças de um grande carro e se espalharam com monitor de TV, câmera, painel de luzes e outros apetrechos. O apresentador de paletó e gravata, maquiado e com cabelos propositalmente eriçados, começou a gravar a abertura do inédito desafio. O câmera-man, em seguida, realizava tomadas dos arredores e para dar provas aos telespectadores de que não haveria truques, girou a câmera para cima, abrindo-a para o céu, captando imagens de esparsas nuvens não indicativas de chuvas.
Os primeiros foram dois cientistas que instalaram seus equipamentos e projetaram ao espaço fortíssimos chiados e raios de energia de um tipo estranho de engenhoca. Mandaram ao ar foguetes para que explodissem a uma altura quase não alcançada a olho nu e aguardaram. Mas nada aconteceu.
Depois vieram religiosos: fizeram corrente de orações, se ajoelharam, pediram e imploraram. Não obtiveram qualquer resultado.
À vez dos ocultistas, eles queimaram incenso, abriram livros e leram invocações; falaram inaudivelmente o nome secreto do Todo-Poderoso e recitaram fórmula mágicas. Tudo em vão.
Por último, se apresentaram pajés conjuradores de chuvas, que cantaram, sacudiram chocalhos, dançaram e gritaram para os céus. Depois sopraram um pó branco no ar. Inútil tentativa.
O matuto que a tudo assistira, vendo as caras decepcionadas daquela gente, foi até o local onde invocavam, olhou para o céu e disse:
- Ô, Deus, não vê que os moço ta triste. Faz chovê pros coitadinho!
Imediatamente começou a desabar água, e tanta que eles só puderam sair dali na tarde seguinte, sendo obrigados a passar a aipim cozido e a caldo de galinha caipira, que o matuto, sob seu teto, oferecia.
Contei a história para um amigo que riu muito e logo sentenciou:
- Cada um tem o Deus que merece!
[Adaptada por Rayom Ra do anedotário popular]
Rayom Ra
[ Leia Rayom Ra (Rayom_Ra) on Scribd | Scribd em páginas on line ou em downloads completos ]
[ Os textos do Arca de Ouro, de autoria de Rayom Ra, podem ser reproduzidos parcial ou totalmente, desde que citada a origem ]
- Mestre, o que mais te impressiona? perguntou o discípulo.
Respondeu prontamente o Dalai Lama:
- Os seres humanos. Porque perdem a saúde para ganhar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por se concentrarem demasiadamente no futuro, não vivem nem o presente nem o futuro, e vivem como se nunca fossem morrer, e morrem como se nunca tivessem vivido.
Conjuradores de Chuvas
Uma rede de televisão resolveu lançar um desafio sensacional: daria um milhão de reais a quem fizesse chover.
Selecionados os candidatos, partiram para um lugar do interior onde sabidamente as chuvas não eram freqüentes. Subiram pequena elevação e lá se instalaram. Um matuto, que do portão de sua velha casa os vira ali acampar, pitava seus cigarros de palha, olhando-os com intensa curiosidade.
Os da televisão foram logo puxando cabos do gerador de forças de um grande carro e se espalharam com monitor de TV, câmera, painel de luzes e outros apetrechos. O apresentador de paletó e gravata, maquiado e com cabelos propositalmente eriçados, começou a gravar a abertura do inédito desafio. O câmera-man, em seguida, realizava tomadas dos arredores e para dar provas aos telespectadores de que não haveria truques, girou a câmera para cima, abrindo-a para o céu, captando imagens de esparsas nuvens não indicativas de chuvas.
Os primeiros foram dois cientistas que instalaram seus equipamentos e projetaram ao espaço fortíssimos chiados e raios de energia de um tipo estranho de engenhoca. Mandaram ao ar foguetes para que explodissem a uma altura quase não alcançada a olho nu e aguardaram. Mas nada aconteceu.
Depois vieram religiosos: fizeram corrente de orações, se ajoelharam, pediram e imploraram. Não obtiveram qualquer resultado.
À vez dos ocultistas, eles queimaram incenso, abriram livros e leram invocações; falaram inaudivelmente o nome secreto do Todo-Poderoso e recitaram fórmula mágicas. Tudo em vão.
Por último, se apresentaram pajés conjuradores de chuvas, que cantaram, sacudiram chocalhos, dançaram e gritaram para os céus. Depois sopraram um pó branco no ar. Inútil tentativa.
O matuto que a tudo assistira, vendo as caras decepcionadas daquela gente, foi até o local onde invocavam, olhou para o céu e disse:
- Ô, Deus, não vê que os moço ta triste. Faz chovê pros coitadinho!
Imediatamente começou a desabar água, e tanta que eles só puderam sair dali na tarde seguinte, sendo obrigados a passar a aipim cozido e a caldo de galinha caipira, que o matuto, sob seu teto, oferecia.
Contei a história para um amigo que riu muito e logo sentenciou:
- Cada um tem o Deus que merece!
[Adaptada por Rayom Ra do anedotário popular]
Rayom Ra
[ Leia Rayom Ra (Rayom_Ra) on Scribd | Scribd em páginas on line ou em downloads completos ]
[ Os textos do Arca de Ouro, de autoria de Rayom Ra, podem ser reproduzidos parcial ou totalmente, desde que citada a origem ]
Pois é, ganha mais quem não usa da fé como barganha... A chuva cai onde quer cair :)
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