Filete que nasce de alta montanha,
Riacho que chora e vem
percorrer,
Desce, e mais desce, e mais outro arrebanha,
Outro, e mais outro, e mais águas crescer.
Brilho que desce d’estrela distante,
Espaço ele rasga e nada a impedir,
Pousa solene, viajor, viajante,
Na noite silente em mundo a dormir.
E as águas do rio a correr, desbravar,
Terra deserta ou floresta sem fim,
Em queda se lança e depois navegar,
E rolando e rolando e assim vai assim.
Brilho que imparte d’estrela d’além,
Em raios milhões e por tudo espraiar,
Lagos e mares – por terra também,
Em prados, campinas, em chão ao luar.
Ao sol ressecante ou no frio invernal,
Desliza, sussurra um canto de amor,
Suave, gracioso, apesar sobernal,
Águas moventes suportam a dor.
Segue
o bom vai o mau seu destino a ser,
Ao olhar estelar sob luz d’alvorada,
Segue o mau sua besta o sinal de haver,
Vai em paz - o outro vai - com a sua domada
Rio que acaba no encontro com o mar.
Manto em beleza – holocausto de morte,
Luz de uma estrela na terra a aportar,
Caminho do astral – oferta da sorte.
Por Rayom Ra
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