sexta-feira, 25 de maio de 2018

Por Que Tantos Odeiam a Nova Era?



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ABORDAGENS:

1. CLAREANDO VISÕES
2. MAIS UM POUCO DE CAUSAS E EFEITOS E ADORMECIDOS
3. FRATERNIDADES OU SOCIEDADES FRATERNAIS
4. A INEVITABILIDADE DA NOVA ERA

CLAREANDO VISÕES

  New Age ou Nova Era: vamos, então, considerar. Há vários níveis de mentes e almas neste planeta. Há um movimento incessante jamais estacionário num sentido evolutivo de reino para reino, de grupamento humano para grupamento humano, de raça para raça, de alma para alma e mais acima, onde os verdadeiros e veneráveis Grandes Seres habitam e de onde obram sem parar. E eles descem constantemente pelos mundos dimensionais aos profundos e obscuros abismos, onde se encontram contidos os seres humanos, à sombra de um longo processo íntimo estanque ou insolvente. E não são poucos esses humanos que ali padecem há milhares de anos – são simplesmente, nestes tempos atuais, mais de um bilhão.  (*)

(*) Ver nota no final da exposição "A Inevitabilidade da Nova Era".

  Não pensem vocês, meu irmão, minha irmã leitores, que nessa calamitosa situação sejam esses estacionários tão somente os criminosos, os cruéis, os verdugos da raça humana, os fomentadores de guerras, os malcheirosos e maltrapilhos, os de energia invertida, os viciados, os bruxos e feiticeiros, dentre outros tipos conhecidos. Não, não. Jamais se deixem enganar por falsas mensagens de falsos médiuns. Ou por aqueles chamados canais sensitivos que estão dominados por poderosas mentes demoníacas, justamente servidoras de facções orientadas por magos negros escolados, inteligentes, profundos conhecedores de ambos os lados da magia, com grandes poderes hipnotizantes. Esses vilões infestam as sociedades e lides esotéricas, ocultistas, espíritas ou religiosas, quer estejam encarnados ou desencarnados. São enormemente numerosos, como dissemos. E os encarnados que operam com o lado obscuro da vida, quando desencarnam, prosseguem nas suas funções de obsessores da humanidade. Estando aqui nesta terra física são conscientes ou inconscientes dos mundos subjetivos – mundos que esotéricos, ocultistas e espiritistas em geral conhecem, pensam conhecer ou somente ouviram existir – e da magia negra a que estão enredados; e daquilo com que suas escurecidas almas trabalham por trás de cortinas.

  Esses cidadãos e cidadãs do mundo inteiro andam habitualmente pelas ruas com roupas comuns, vivem hábitos comuns desses dias de hoje. E certo número de seguidores de religiões naturais, anímicas, fetichistas ou de qualquer outra denominação, vestindo roupas exóticas habituais, podem também ser os teleguiados de seus grupamentos, associações e igrejas ainda que vivam insuspeitos onde quer estejam. Os inconscientes dessas tendências negativas, mentais e espirituais, representam a grande maioria da massa mundial dominada, que inclui pessoas das mais variadas profissões em todas as atividades humanas e classes das sociedades.

  Mais acima do plano em que vivem as pessoas do mundo físico entregues às tarefas do cotidiano em todos os quadrantes da Terra, somam-se, invisivelmente para olhos e sentidos não perceptíveis, os seres elementais criados artificialmente pela magia sinistra que atravessam milênios ganhando conhecimento e consciência, sendo muitas vezes erradamente generalizados como exus. E afora esses, em mesmo plano, há os elementais criados pela psique desregrada de todos nós seres humanos, que são libertados de nossas auras e mecanismos psicológicos por exercícios esotéricos e mentais conscientemente aplicados, e atitudes espiritualizadas. Ganham espaço propício nos mundos etérico-astrais a fim de realizarem o que mais querem e desejam, pressionados por suas naturezas obsessivas, criadas por nós – não nos esqueçamos nunca disto. Além desses, há as criaturas humanas que vagam pelos mundos em seus corpos físicos, etéricos, astrais ou mentais, encarnadas ou desencarnadas, submersas em encantamento hipnótico que são frequentemente arrebanhadas por magos negros – os senhores da face escura, mestres da magia negra, seres de grandes periculosidades na condução de seus projetos organizacionais da loja negra, opositora natural à loja branca – que, com os citados anteriormente, formam imensas falanges e colunas servidoras, e, que, podem ainda ganhar eventuais reforços dos elementais do arco de descida, chamados devas negativos, passando todos a atuar segmentados nos objetivos da loja negra, em situações locais ou mundiais. Essa é somente uma das artimanhas simples e fácil dos opositores da luz, colocada em prática para os casos de menor importância.

  Há ainda numerosas ações que realizam magos negros e asseclas através de recursos que detêm em seus obscuros rituais onde, com frequência, acumulam energia inferior, fortalecendo com isso suas mentes e corpos, e não poucas vezes materializam formas etéricas ou astrais obsessoras que, aos seus inteiros comandos mentais, saem à busca de suas vitimas identificadas e endereçadas.

  Os devas negativos, por oportuno, são perigosos para quem se aventura nos subplanos etérico-astrais sem conhecimentos mântricos adequados para deles se defenderem, porque aquelas vidas, ainda imaturas acerca dos elementos que as cercam e de suas próprias condições elementais, são natural e instintivamente atraídas para corpos astrais que se projetam pelos espaços. E uma vez colados a corpos astrais – difíceis de serem desligados deles – absorvem-lhes as energias durante algum tempo até extingui-las completamente levando as vítimas à morte. São, portanto, vampirescos e letais, especialmente para a raça humana.

  Catástrofes são projetadas pela loja negra com seus elementos de trabalho contra a vida humana, começando pelas guerras e sofrimentos trazidos aos povos governados por tiranos, comprometidos diretamente com o lado negativo. Muito das mazelas que almas humanas são capazes de materializar na vida física já foram semeadas nas suas mentes pelos magos negros desde tempos muito recuados, manifestando-se nos encarnados de tempos atuais. Ao passo que outras almas em inimaginável número mundial, além de submetidas a um processo psicológico de passiva obediência, inclusive  ainda em idade infantil, têm seus corpos astrais clonados para um trabalho mais vigoroso e consistente à sombra das sugestões a que são mandadas realizar nas suas vivências terrenas. Mais adiante, com o passar dos anos, aquelas almas envoltas por esses processos psicológicos sugestionadores se agrupam com mentes afins para ações anárquicas, absurdas e grotescas, e de toda a sorte negativas, propagando e demonstrando a inversão de valores. Noutra ponta, são levadas a se tornarem cada vez mais insensíveis, barbaramente cruéis e altamente criminosas. Nisso são permanentemente suportadas pelas mentes dos mestres da escuridão, seus mentores ocultos, que com facilidade manobram grupos e associações já condicionados ou a grandes multidões de homens e mulheres igualmente condicionados ou confusos.

  E nessa atmosfera, agindo sem parar, mestres e discípulos buscam se fortalecer cada vez mais na polaridade negativa procurando aumentar seus exércitos de escórias humanas infiltradas em todas as camadas das sociedades mundiais. Há muitos exemplos pelo mundo de organizações cruéis e criminosas que, além de serem produtos desses artifícios negros, são também constituídas de pessoas que sucumbiram a vários outros fatores circunstanciais de seus carmas depois de impactadas pelas poderosas energias cósmicas dessa atual e entrante Era de Aquário.

  Inúmeros são eles em encarnação na Terra – repetimos – espalhados no mundo inteiro, adentrados em todas as profissões, em todas as atividades humanas, vivendo lado a lado conosco em nossos trabalhos profissionais, nas ruas, nas vizinhanças, nas nossas próprias famílias. Entendam almas amigas, que o perfil psicológico de cada envolto por esse enorme elemental de energia magnética escura, de proporções  planetárias inimagináveis ao senso comum, mantido em crescimento geométrico ao curso de muitos milênios, absorvedor da inconsciência de seres humanos, vem se constituir no pessoal e particular enigma de cada vida contaminada, pois poucos dos seduzidos deixam transparecer suas verdadeiras inclinações.

  E, na verdade, excedente maioria desses contaminados nem sabe quem é, nem onde está ou para onde irá. São esses os adormecidos que vagueiam por essas terras, a despeito da importância de seus cargos e cultura onde vivem, agindo nos modelos de sociedades de todas as raças. São pessoas atadas ao artificial mestre elemental, já citado, e programadas pelas mentes negras para realizarem em momentos de maior tensão de seus mecanismos psicológicos todo o tipo de insensatez ou crimes. Embora hajam biombos criados nas suas personalidades, nas suas expansões de auras, felizmente para eles há também muitas frestas pelas quais se torna possível observá-los em suas consciências e inconsciências. Psicólogos naturais e verdadeiros que tenham ou não diplomas acadêmicos sabem disso, e sabem como ler e trabalhar muitas dessas situações quando com elas se deparam, porque conhecem experiencialmente a fisiologia da alma em escalas ponderáveis, e aos efeitos espirituais danosos a que as almas em questão foram passivamente submetidas – o que vai muito além das teorias e experimentos da psicologia acadêmica.

  E necessitamos enfatizar sempre essa colocação única de um verdadeiro psicólogo alheio à dialética médica, alheio às diferenças fundamentais dos seguidores de doutos somente verborrágicos, alheio aos iludidos com seu saber de manuais pre elaborados. Sabem disso, os intuitivos, os conhecedores, os videntes em vários graus, os ocultistas que se conectam com as camadas mais interiores da alma, acima e abaixo, os instruídos por mentes espirituais mais ainda aprofundadas na sabedoria sem idade, os lídimos e incorruptíveis médiuns espiritistas e de umbanda, que conhecem como operar e inverter muitas dessas situações aprisionantes com total desembaraço. E vêm auxiliando na libertação de reféns dessas milenares criações mentais reincidentes – manipuladas pelas mentes negras – e a seus efeitos cármicos dolorosos sem uso de fortes medicações dopantes sugeridas nos diagnósticos sistêmicos autorizados pela medicina convencional, que não trazem esperanças de curas, mas dependências de drogas recomendadas para toda a vida.

MAIS UM POUCO DE CAUSAS E EFEITOS E ADORMECIDOS

  Amigos, bem sabemos que alguns hão de pensar que as colocações aqui interpostas invistam de forma total contra as atuais organizações humanas de sociedades e sistemas de governos em todos os povos, pois no mundo há bilhões de pessoas honestas, trabalhadoras, de boas índoles – quer sejam gnósticas, agnósticas ou ateias – sem quaisquer ligações com a magia negra ou poderes destrutivos. E assim também nos declaramos positivamente, e às lídimas conquistas das sociedades que os sistemas de governos alcançaram, onde manuais de leis são compendiados a assegurar a igualdade, a justiça e a liberdade a todos os cidadãos e cidadãs que ali convivem. Porém, a isso exortamos somente até certa perspectiva, pois o que acontece na real verdade em toda a sua história é que países ou nações em seus atuais momentos de equilíbrio econômico e segurança, mesmo em crises temporais e cíclicas, mas controladas através de seus recursos operacionais internos e políticas externas, detiveram no passado supremacias militares, realizando guerras para invasões a países de menores defesas, saqueando-os brutalmente, estabelecendo longos colonialismos que perduraram ou perduram até hoje ou incorporando seus territórios.

  Devido em grande parte a isso, os países aviltados não conseguem ainda sair de suas limitações, dívidas e pobreza e nunca foram ressarcidos como deveriam por aquilo que sofreram ou perderam. A história dos povos da África e Américas, por exemplo, demonstra por si mesma o quanto a crueldade dos povos europeus – em primeiro plano – causou-lhes de desmoronamentos de suas primitivas sociedades, e destruições parciais ou completas de milenares linhagens étnicas, com grandes prejuízos ao seu futuro, conforme hoje ainda estão colhendo.

  Em relação às América Central e do Sul a quantidade de crimes impunes é profundamente impressionante pelo curto período em que se deram as invasões e pilhagens. A ambição de reis e imperadores europeus direcionada às Américas, por suas riquezas naturais, trouxe a destruição de milhões em grupamentos étnicos de vários ramos e nações autóctones que viviam em estreita comunicação com as forças e divindades da terra e espaço, segundo suas crenças milenares. Enorme extermínio de aproximadamente 100 milhões de ameríndios, mencionado por fonte histórica – um holocausto de proporções gigantescas – se verificou ao cabo de somente 45 anos em meio ao domínio espanhol nas Américas Central e do Sul, resultando que esses povos fragmentados fossem mais tarde obrigados a mesclar suas culturas com os brancos, enfraquecendo em muito suas naturais identidades atávicas.

  Sob a força de exércitos bem montados, portando armas de fogo, canhões arrasadores, armaduras, cavalos e outras armas funcionais, tendo treinado disciplinas e táticas de guerra – ao contrário dos nativos que lutavam em bandos ou em guerrilhas corpo a corpo – esses invasores traziam também vírus e bactérias, que para os nativos eram-lhes desconhecidos e mortais, como os vírus de gripe e varíola, e outros agentes viróticos ou bacteriológicos geradores de patologias que acompanhavam suas bagagens, entre eles animais e aves para abates, e que, ao infectarem os nativos causavam-lhes mortes aos milhares, sem que encontrassem ainda elementos de curas, porque desconheciam os meios de defesas ante tais invasões micro orgânicas. E ao cabo de algum tempo, pelas guerras e males trazidos pelos estrangeiros os nativos se viram impotentes para resistirem, sendo subjugados, escravizados e proximo de serem completamente dizimados e suas histórias apagadas. Donos das imensas terras por milhares de anos, desde a fragmentação do continente Atlante, tornaram-se prisioneiros acuados em suas próprias casas bem como obrigados por esses cruéis verdugos estrangeiros, em nome de autoridades reais e eclesiásticas que jamais conheceram, a encher os seus navios com ouro, prata, pedras preciosas e produtos naturais de uso indígena, como o fumo e grande variedade alimentícia desconhecida na Europa que possuía valor de mercado.

  Nesse mesmo tempo, milhões de indígenas da América do Norte foram também cruelmente mortos pelos europeus, resultando em que nações nativas com importantes heranças étnicas sob o ponto de vista humano e antropológico, praticamente desaparecessem, inicialmente pelas mãos assassinas dos invasores europeus, e mais tarde também pelas mãos de seus descendentes que lá tinham nascidos, tornando-se cidadãos do novo mundo.

  De outro modo cruel, milhões de negros foram escravizados, seviciados e milhares assassinados durante o extenso e rendoso tráfico de africanos para as Américas, a partir do século XV até o século XIX, e em diferentes escalas, em diversos períodos da história universal, para países da própria Europa, Oriente Médio, Ásia, Egito dos faraós, e para qualquer outro lugar do mundo onde mercenários pudessem ancorar seus navios e ali comercializar destinos de vidas humanas. Coisas horripilantes e também escravidão aconteceram nos países asiáticos muito antes da era cristã e durante aquela era, quando das lutas entre irmãos de mesmos troncos raciais, próximos ou longínquos, ou novamente ante as invasões de tropas imperiais europeias, ou de mercenários com ou sem bandeiras nacionais. O Oriente Médio, do mesmo modo, se deu a essas práticas comuns de comércio humano ou com base em fundamentos religiosos, não menos cruéis, como também aconteciam noutros países pelo planeta. O império romano fora poderoso veículo de opressão, destruição e domínio do mundo antigo, como antes fora o império grego. Esses de maiores significados culturais na antiguidade.

  Hoje os Estados Unidos, pelo seu grande potencial bélico, desenvolvida tecnologia em todas as áreas, pela imposição de um império funcionalmente ainda maior que o de Alexandre da Macedônia, dos gregos e dos Césares, fomentam crises políticas em países de todo o mundo, e intervém como e quando querem em muitas delas, honorificando-se em grande paladino da ordem democrática mundial. Entretanto, essa política externa já demonstrou claramente grandes crueldades sobre povos indefesos a despeito de alegações que justificassem as ações terrivelmente criminosas, que na verdade nunca justificam. E depois, sobre despojos materiais e humanos, vêm reconstruir o que destruíram – menos as vidas que extinguiram – oportunidades em que suas empresas passam a monopolizar todas as atividades políticas e econômicas daqueles países arrasados.

  Domínio também tirano através de ambiciosa cúpula governante no chamado bloco leste Europeu e países da Ásia veio exercer a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, pós-segunda guerra mundial, onde países ficaram submetidos e escravizados por seu regime totalitário durante décadas, e revoluções aconteceram com mortandades que poderiam ser evitadas.

  Na verdade, desde que o ser humano pisou pela primeira vez nessas terras do planeta, as guerras de conquistas aconteceram por ambições e orgulhos de famílias ou clãs desejosos de supremacias, ou por necessidades de escravos, riquezas, alimentos, terras e por quaisquer outras coisas que quisessem. Esses motivos sempre foram para os povos alegações simples e pragmáticas, e assim impérios por todo o mundo, em diferentes épocas, se viram sempre entre guerras de conquistas e mortandades. Nessas mexidas históricas não se pode aqui deixar de mencionar as ações opressoras da igreja sobre os povos da Europa e expansões de sua influência por quase todo o mundo. A volúpia pelo poder da hierarquia papal trouxe com ela o terror implacável da autoridade eclesiástica sobre reis e rainhas, e consequentemente vieram as guerras. Sem dúvida, como antes acontecido noutras épocas com povos guerreiros, as guerras que eclodiriam nos círculos de domínio da igreja, teriam os mesmos pretextos escusos e hipócritas residentes no âmago do imperfeito e egocêntrico ser humano não religioso e pseudo religioso, e jamais foram tão somente por motivações de fé e crenças, conforme cinicamente alegavam religiosos da igreja.

  No correr dos séculos, novas ações coercitivas, tiranas ou criminosas da igreja se davam pelas mesmas alegações pseudo religiosas, em idênticos e antigos caminhos que os clérigos buscavam disfarçar de seu irrefreável e despótico domínio, e também por temores inconfessos de novas ideias voltadas contra os abusos sacerdotais. Julgava a igreja sobre posicionamentos insurgentes, grandes ameaças de divisões do monopólio papal com perdas de sua autoridade opressora, privilégios, suas riquezas e posses materiais, conforme acontecido nas motivações das guerras santas contra os cátaros-albigenses, denominados heréticos – esses, impiedosamente massacrados e mortos às centenas de milhares e arrasados os seus redutos religiosos na França, Itália e noutros países.

“Em 1220, na pequena vila de Lavaur, os cruzados repetem as suas exações: todos os habitantes, sem distinção de credo, de idade ou de sexo, são passados a fio da espada, e a castelã do lugar, Geralda, é atirada ainda viva para um poço, seguidamente atulhado com pedras. Os cátaros dão assim prova da sua coragem, da sua fé. Em Goslar, preferem ser enforcados a matarem uma galinha; em Minerve, no Hérauld, onde se rendem a Simon de Montfort, após uma resistência encarniçada, cento e cinquenta heréticos atiram-se voluntariamente às chamas entoando cânticos.

       No lugar em que parecia ter se concentrado o gênio humano, jaziam mais de um milhão de mortos, número que a supressão de todas as outras heresias não atingiu.

       A verdadeira causa do grande massacre dos albigenses, a sua causa oculta, mas verdadeira, era que o segredo dos santuários, o antigo ensinamento dos mistérios tão ciosamente guardado em todos os templos do mundo por todas as confrarias, tinha sido revelado. Compreendera-se, por conseguinte, que os acontecimentos desse tempo não tinham jamais sido vistos na história do Universo.”
– Extraído do livro “Hitler et La Tradition Cathare"/Jean-Michel Angebert.

 Mais tarde, viriam as guerras contra protestantes em que novas mortandades ocorreriam. Nesse último capítulo, a igreja católica saiu perdendo, pois os protestantes, fortalecidos e combativos, conseguiram manter-se em pé edificando sua própria igreja com novas regras. Outras guerras e lutas estão registradas onde a Igreja as tendo fomentado, nelas combateu ou as financiou, e não obstante essas reincidências, subsiste ainda o imenso império papal da igreja católica em intensas atividades nos dias de hoje, e diferentes denominações. Pois existem agora, contrariamente ao que a autoridade dos velhos eclesiásticos tanto lutou, o fortalecimento e a legalidade de grupos cristãos independentes e divisões importantes da primitiva igreja que não prestam obediência ao Vaticano.

  A história da igreja, bem sabemos, não é bonita; em muitos capítulos, conforme estamos vendo, está abortada em contradições e crimes, na mais completa contra mão de suas pregações baseadas nas palavras e exemplos do Nazareno. E viria alcançar outro nadir nas abomináveis inquisições que vitimaram monstruosamente centenas de pessoas acusadas de alianças com o demônio por atos de feitiçarias ou conspiratórios contra Deus, ou seja, contra a própria igreja. As maquinações e aparelhos de torturas inventados para esses fins são somente imagináveis por mentes monstruosamente doentias, de forma alguma condizentes com pregações religiosas.

  Bem, irmãos, esta resumida digressão sobre poucas páginas negras da história mundial serve para avivarmos a memória dos abismos interiores que homens cavaram em si mesmos no passado, onde o carma mundial gerado é também veículo de grandes resgates coletivos. Partes das contrações cármicas e partes de seus próprios e intrínsecos resgates pelo planeta, entendemos, verificaram-se pelas guerras da antiguidade, aqui comentadas, que a insanidade humana evocou, onde, na mesma antiguidade – além das mortandades em guerras – cobranças cármicas continuaram a se dar através de grandes epidemias que arrastaram milhões à morte. Contribuições lúgubres foram também adicionadas a essas esferas conturbadas pelas cruéis inquisições religiosas - voltamos a mencioná-las - em que sacerdotes sentenciavam acusados e multidões aterrorizantes se reuniam em torno disso testemunhando execuções, ali vibrando negativamente contra acusados ou vibrando imprecações de qualquer outro lugar contra as mesmas vítimas. Com isso, constituíam correntes negativamente cruéis, atraindo também para eles próprios, os imprecadores, novos efeitos para seus carmas futuros. 

  Incidências de fenômenos naturais, com milhões de vítimas mortais ou feridas serviram também para o resgate de vários tipos de carmas. Os mesmos instrumentos epidêmicos de vírus devastadores atraídos aos mecanismos causas e efeitos, viriam agir nos séculos mais recentes, somando-se às guerras europeias e mundiais, pressionando resgates do carma humano, acrescidos por sofrimentos decorrentes das depressões econômicas a que blocos de países se viram envoltos.

  Estabelece-se, então, na Europa disputas políticas ideológicas, principalmente já a partir de 1830, que sacodem o mundo. De um lado, posicionam-se os conservacionistas defensores da permanência dos regimes monárquicos absolutistas, desejando a continuidade das práticas de modelos mercantilistas, intervenção do monopólio do Estado na economia e escravatura, e do outro lado, levantam-se os liberais defensores da liberdade do pensamento, religião, imprensa, eleições e regimes constitucionais. E o mundo inteiro muda com os choques desses pensamentos e encarniçadas lutas corporais.

 Aqui devemos aduzir que consoantes essas debacles do velho pensamento às suas ideias reacionárias de governos até então estanques em viciados paradigmas vigentes nas economias, resultando em angústias a todos os povos envolvidos nessas disputas, em desempregos, rebeliões, anarquismos, levantes justificados por classes trabalhadoras, sanguinárias revoluções populares armadas, intervenções de forças governamentais e mortandades – arrastando-se por décadas pelos países do mundo – constituíram-se, também, uma vez mais, em processos diretos para os expurgos cármicos de energias negativamente aquarteladas no âmago de almas com múltiplos débitos. E nesses recentes séculos que atravessamos, em mesmo diapasão corretivo, as guerras vieram tomando feições aprimoradas na “arte” hedionda de matar através de tecnologia malignamente engenhosa, cada vez mais aperfeiçoada e eficiente, o que também mexe intensamente com vias processuais, presentes e futuras, dos carmas coletivos.

  Contudo, amigos, subsistem em razões esotéricas intelectuais os aparentes paradoxos quanto a se entender com clareza, das ações de instrumentos que o carma toma para fazer valer as aplicações dos efeitos reajustadores sobre as causas pregressas, como as próprias guerras em que os homens ferozmente se envolvem, e pelos consequentes novos débitos cármicos gerados pelos contendores nas impiedosas refregas. É dito pelas mentes conhecedoras dos instrumentos compensatórios de débitos cármicos aplicados à humanidade, que as guerras, por elas mesmas, lhe serviram e servem de elementos purificadores, de amadurecimento de consciências, mas também, infelizmente, de contrações de novas somas de carma pela crueldade empregada e por outros fatores de ações indevidas e crimes praticados. E assim também entendemos neste particular e vimos confirmando. Mas parece-nos pairar sobre todas as causas que, realmente, paradoxos se desenleiam na insanidade humana, quando esta, sob as hipnóticas nuvens da sua inconsciência, vem repentinamente sintonizar-se com a compreensão de um necessário holocausto para equilíbrio dos opostos na balança da natureza.

  E a pergunta emerge: não serão as forças negras as responsáveis diretas por esses acontecimentos trágicos de drásticas ações do carma sobre os estúpidos humanos? As respostas não são simples pela necessidade de buscarmos entender as conjugações de vias pregressas influentes a um passado de lutas desonrosas. Há aqui toda uma processualidade de forças duais a serem consideradas, imantadas à força única superior e soberana, que não é aceita pela arrogante ciência materialista e seus segmentos históricos e filosóficos, mas cuja processualidade sendo invisível a esses homens de mentes saturadas pela objetividade, jamais cessa de impelir aos ajustes e avanços em direção do que se convencionou chamar o Grande Plano da Criação. Essa Presença reunidora e sintetizadora, ao mesmo tempo prolixa pelo ar e éter que involucra a Terra, excedente por todos os poros de todas as vidas de reinos, transmitindo sem parar suas energias e forças aos seus oceanos de variantes e na dual polaridade da natureza, abarca e engloba tudo o que se constitui em vidas na Terra, desde um longuíssimo passado de incontáveis milhões de anos de impossíveis abordagens por historiadores, sociólogos, antropólogos ou por quaisquer homens dos demais ramos do estudo concreto.

  A dualidade de valores existe, os atos bons e maus existem, o processo evolucionário de todos os reinos da natureza segue um organograma de previsões elaborado por inexcedíveis Inteligências há bilhões, trilhões ou mais infinidades de anos de nossos calendários terrenos, antes mesmo de a Terra ter existido no formato de um lar, de um campo de experiências desejado e necessário às ambiciosas vidas que para aqui desceram. Portanto, esse Criador Maior e sua Hierarquia - incompreensíveis pelas limitadas mentes humanas - já sabiam de todas as nuances que entremeariam vidas fazendo-as chocarem-se nos procedimentos de nossa história. Positivo e negativo não devem ser literalmente traduzidos como bem e mal, mas por fatores duais necessários ao avanço de requalificadas energias e forças que numa perspectiva mais alta conduzem sempre à busca de um equilíbrio cósmico no próprio sistema solar, interagindo em ambas as pontas, e nessas interações colhem  elementos para suas necessidades de experimentar e avançar. E a humanidade é a grande responsável pelas requalificações dessas energias e forças que experimentam e avançam no Grande Plano, por onde vidas e reinos se desenvolvem.

  Se os grupamentos humanos, as multidões e bilhões de seres somados em todo o corpo planetário, dentre vidas encarnadas em corpos biológicos e não encarnadas, escolhessem e pudessem manter-se numa só polaridade, sem a menor dúvida a Terra desapareceria, as vidas feneceriam e o planeta viria se tornar um corpo estéril ou em vias de se desintegrar. Entretanto, havendo somente a supremacia de uma só polaridade durante o jogo positivo x negativo, haverá mais na frente, imperiosas necessidades de lutar pela busca do equilíbrio das pontas. Essa não pode ser uma escolha aleatória nem uma situação somente mais confortável de vivência  porque a dualidade é fator intrínseco na própria luta pela evolução de cada ser humano. Essa é a Lei de Deus e o caminho que ele traçou para suas unidades de vidas, suas mônadas que desejaram um dia no infinito dos espaços inimagináveis, descer para experimentar do que sabiam, mas não sentiam. E a dualidade as aprisionava e as jogava daqui para lá sobre o oceano de ações, reações, incoerências e possibilidades no espaço-tempo, onde precisariam saber nadar até um porto seguro. E depois, assumindo outras formas mais sutis de consciência, mais ausentes dos apegos, do instinto e de suas biologias, tendo subido ao ar que de novo ansiavam, chegarão a dizer: somos de novo bem vindas à verdadeira vida! 

  Muitos estudiosos objetarão que a ignorância e a ação obsessiva e hipnotizante dos seres inteligentes e poderosos no lado negativo foram os responsáveis por arrastar multidões para as redes do mal, que atraíram as consequentes catástrofes humanas e geológicas, dizimadoras de grupamentos étnicos e civilizações. Sem dúvida, e essa foi a luta já no início, e durante os períodos futuros em que as raças ainda eram inexperientes e sem uma consciência mais perceptível. Entretanto, muitos representantes das hierarquias responsáveis por tocarem os avanços do Grande Plano da Criação, desceram ao planeta para darem suportes a essas vidas imaturas, contra os perigos do domínio negativo, ou do mal como é chamado. Tenhamos na memória que o mal não é a polaridade negativa agindo sobre as mentes humanas, causando desastres por fenômenos incontroláveis da natureza em certas destruições, mas sim são as mentes que realizam o mal quando se polarizaram unicamente nas forças negativas, em seus variados níveis de energia inferior, que atuam - mentes + forças negativas - a desestabilizar o equilíbrio que se requeira a todas as situações naturais. Esse mal conseguiu em grande parte avançar sobre a obra que realizavam os operários da luz clara – a energia positiva – mas ao cabo de milhões de anos as vidas contaminadas tiveram oportunidades de mudar de lado, tentar o equilibro das polaridades em si mesmas, livrando-se de tantas consequências que até então as tinham privado de avanços mais conscientes dentro do Plano. Fizeram suas opções sempre que as oportunidades se ofereceram.

  São imensas e inabordáveis as situações de grupamentos raciais e civilizações maiores que foram trabalhados entre as polaridades positiva e negativa a fim de conseguirem viver em equilíbrio natural, e assim aspirarem por uma saída para vivências mais conscientes, obedecidos os ensinamentos de mentores e mestres verdadeiros aqui chegados para auxiliar-nos. Portanto, a procura deve ser permanente sobre tudo quanto possamos descobrir da verdade a fim de nos recordarmos de sínteses pregressas naquilo que nos serve como novas construções da consciência. Porém, entendemos que os motivos originantes de guerras e das convergências de outros módulos de resgates cármicos nas formas violentas, epidêmicas, catastróficas e outras, deveram, em muito, às ações destrutivas de forças negativas na busca de suas compensações e locupletamentos através, justamente, dos elementos humanos sob seus controles. Portanto, as guerras e acontecimentos trágicos foram nas configurações tiranas, resultados e causas – repetimos – sob os olhos negros e intenções conspiratórias dos malignos, e à luz da inteligência e aproximação dos mentores da humanidade. Nesses quadros, causas e efeitos se misturaram, e se misturam, como em teias, a envolver e prender semelhantes carmas devedores em vários níveis para necessárias limpezas ou purificações.

  Esses são os pontos que devemos ter em mente para uma compreensão um pouco mais alongada do carma, sob vetoriais evolutivos alcançados por um Ente vivo que o planeta é, e para vidas aqui ancoradas. Como algo acontecido nas Eras astrológicas que nos precederam que, entretanto, nessa atual Era de Aquário, os acontecimentos já são de grandes significados, jamais ocorridos na Terra, e serão maiores ainda, uma vez que considerável percentual da humanidade já possui necessário avanço e consciência para ir em frente. E a isso chamamos evolução.

  Nesse prisma, uns já alcançam status mental para vivenciar a Era de Aquário absorvendo bem suas energias impulsionantes; outros, próximo a isso, são trabalhados pelas hierarquias de mestres e discípulos, em múltiplas frentes de ações, para alcançar e absorver níveis aceitáveis, menores, em tempo hábil, e adaptarem-se com novas mudanças que chegam com rapidez, características de Aquário, com outros significados. E isso agora resulta em esperados e inevitáveis conflitos entre forças negras e brancas, em diferentes proporções nesse milênio, em níveis mínimos e máximos da vida planetária.

  E aqui os deuses observam que basicamente os sofrimentos de guerras com mutilações, destruições de vidas e de bens materiais, doenças, fome e todos os tipos de privações e dramas, conseguem melhor ajustar os carmas de imensas multidões ainda chafurdadas na negra lama da ignorância e pegajoso ódio. Estes momentos antevistos nos registros da natureza, num rolamento de causas e efeitos mundiais, são originários de algo mórbido, uma herança não perdida, não esquecida pela inexorável lei do carma. São consequências de atos contra as leis da evolução não saldados ainda, que se já fossem saldados levariam a outras vertentes sob muitas outras vias da dualidade, que não as guerras, ou epidemias ou lancinantes dores. É algo que novamente se anuncia como visão profética de um profundo e negro abismo de lamentos por perdas inconsoláveis, mas onde, sem freios ou iniciais recuos, os contendores não conseguem outra coisa a não ser se lançarem em mergulho no abismo das dores, não importando os motivos clamados por quaisquer dos lados.  

  Ou seja, dentre outras coisas, as guerras físicas para serem instrumentos de resgates cármicos precisam emergir dos íntimos atormentados para o mundo do ser exterior, a fim de abrir caminhos civilizatórios de ordem mais imediata derrogando a tirania centralizadora. Afora os ódios raciais e injustiças sociais que também são instrumentos comuns de revoltas e guerras, aquele é o argumento principal que propalam os homens que estão na ponta inferior da corda, agindo, porém, como meros e cegos instrumentos de uma ordem maior, conquanto distante ainda da sua expressão mais elevada e consciente que a humanidade seja capaz. Desse modo, entendemos que as guerras quando necessárias vêm em tempos certos insufladas pelos mecanismos emocionais exacerbados dos egos, a evocar sentimentos raciais, patrióticos, familiares, de injustiças, não importando quantos mais, para ferir mortalmente a forma exterior do grande dragão subversor de egos presos a ele, através dos envelhecidos sistemas empedernidos, encruados e cruéis.

  Entendamos, uma vez mais, que na inconsciência de centenas de vivências individuais por nós já experimentadas em diferentes personalidades, reside também outras parcelas na soma geral do carma mundial a custa exatamente de nossos atos onde fomos protagonistas-veículos de más decisões e maus atos, em detrimentos de causas vivenciadas ou defendidas por outrem. E o que teríamos gerado com isso? E das tiranias e guerras que em ocasiões desempenhamos partes computáveis e infelizes. Portanto, a mesma mão que deu é a mesma que recebe, pois o carma, na sua essência, respira, é vivo e atua sempre em via dupla, conforme vimos explanando. E carmas longos e intensos precisam de medidas correlatas com suas naturezas afins para resgates mais efetivos.

  Infelizmente, essas situações que ninguém em sã consciência deseja e quer, foram forjadas pelas razões absurdas de egos ambiciosos e afunilados nas operosidades das trevas, o que nos inclui ainda, com maiores ou menores incidências, passados tantos milênios. E o peso dessas incidências é o elemento base que nos coloca diretamente engajados nas guerras – neste exemplo – sofrendo intensamente seus efeitos, ou felizmente fora delas. Como na revolução francesa, nas guerras napoleônicas, nas duas grandes guerras mundiais – que faziam sentido em mentes de homens conturbados – mas que jamais chegaram a um final feliz, pleno e imperturbável, como todos esperavam, pois isso, numa visão atemporal, hoje em sentido unicamente subjacente, valerá somente para uma futura humanidade quando não houver mais declarações de guerras, usurpações e fomentadas revoluções.

  As guerras e revoluções de âmbitos maiores, mais abrangentes, cujas motivações e resultantes cruzam fronteiras, foram e são vistas no ocultismo por outra ótica, exatamente porque muitos vencedores solidificaram mais ainda o despotismo de suas classes dominantes. E isso precisa ser entendido como situação mantida temporariamente enquanto uma cronologia de governos devesse estar em curso mediante exigências do próprio carma. Os acontecimentos dolorosos por conta de atrações e repulsas dos elementos cármicos, ao provocarem expurgos das más energias e consequentes alívios das mais pesadas penas humanas, que noutras condições de resgates mais brandos não se consumiriam com tal intensidade e rapidez, proporcionam, em percentuais diversos, progressões de efeitos e projeções futuras mais controladas.

  Porém, procuremos agora tentar entender, mais ou menos tecnicamente, da aplicação da lei de causa e efeito, pelos seus inexoráveis vetores, dando resultados julgados bons ou maus na eterna tabela das dualidades ou pares de opostos – se essas noções elementares realmente traduzem as concepções do que seja relativamente o bom e o que seja relativamente o mau nesse roldão de acontecimentos tempestuosos das vidas humanas em processos civilizatórios terrenos. (*) Nesse critério, os inexoráveis e automáticos retornos são regulados ou redirecionados para situações do gênero humano com base nas intervenções fundamentadas por altas Inteligências hierárquicas completamente alheias aos egocêntricos interesses de personalidades.

  (*) Para outras abordagens das possibilidades da ação do carma siga o link: Noções Gerais do Carma:


 Reflexões

  Ousamos inferir pensamentos reflexivos sobre a natureza dos mecanismos de aferições de causa e efeito. Sabemos não ser ainda possível para nossos cérebros humanos o entendimento claro das ações e retroações dos efeitos sobre as causas manifestadas pelo carma sobre os destinos da raça humana, pois muitos valores duais se misturam e se plasmam na mente e psiquismo dos homens de nossa Era. E nisso, há também a confluências de fatores naturais de vidas dos demais reinos que manifestam parcelas de uma totalidade interagente na Terra. Os Grandes Seres sentem e veem qualquer situação de dualidade em todos os ângulos da questão, porque suas visões são abarcantes em várias dimensões e projetam com grandes aproximações as possibilidades futuras em todas as suas decorrências. Consideremos, então, o que  exporemos, unicamente como um esforço mental incomum em tentativas de abordagens de algo dessa área causal, traduzidas nos símbolos de nossa escrita.

  Diríamos, em sínteses, ao uso da percepção centrada nas nuances cosmogônicas que julgamos poder alcançar de fragmentos cíclicos direcionados ao espaço-tempo, e, evidentemente, não como elementos ou procedimentos cósmicos ainda improváveis na física de nossos tempos – talvez somente suspeitados pela metafísica de nossa Era – em que, os corpos espirituais de individualidades ou de coletivos se aderem a certas ligações de uma fenomenologia provocada pelas energias e forças cósmicas incessantemente giratórias no éter, que se transmitem de volta em proporções adequadas aos receptores com elas conectados. Ou seja, são eles pessoas, grupamentos e multidões de humanos, vidas de reinos da natureza em perspectivas inconscientes de ações etéricas, astrais e também mentais, campos vibratórios naturais físico-etéricos, e outros configuradores repercutíveis, com diferentes qualidades energéticas ponderáveis sobre o ecossistema da Terra. Assim, num contexto geral, em determinados momentos, as energias e forças desses receptores se atraem e se repulsam nas linhas do tempo que conhecemos, pressionando resultantes sobre uma esteira de energias e forças que envolvem as dimensões etéricas, astrais e mentais da Terra, nela assinalando suas específicas notas ou marcas. E estas energias e forças na esteira, mesmo já sendo portadoras de mensagem a se materializar em tempo futuro, sob a égide de ciclos temporais terrenos em cujas órbitas gravitam elementos da lei do carma, são elas sensivelmente receptivas, retráteis e expansivas em suas reações às novas e sucessivas impressões nela gravadas.

  Uma vez isso acontecendo, os registros ali depositados disparam em frações de segundos para novos processadores que entram em ação com a mesma e indizível volúpia de antes a fim de conformar novas nuances, altamente magnéticas naquele incontido oceano de soluções e dissoluções, sempre pronto para ejetar um quantum em suas precipitações quando a hora chegar. Esse quantum, calcado em pré-matrizes de forças cósmicas e astrológicas já prontas, somente precipitará seu conteúdo identificado com aquele evento momentâneo, motivando por suas ações acontecimentos diversos, no instante em que contra fatores setorizados no campo magnético da Terra também lancem novas e vigorosas impressões de baixo para cima. Os fatores, produtos de convulsões terrenas cumulativas, que conduzidas em módulos de impressões nas densas camadas de energias movidas pelas mentes, desejos e ações da humanidade, uma vez alcançando um clímax insustentável, chegarão à eclosão no espaço-tempo em duais manifestações. A pressão exercida sobre os fatores incididos e portadores das impressões calcadas na esteira cósmica, sendo aquela pressão originária da base humana, virá também encontrar as resultantes até aquele instante, das impressões exaradas dos demais reinos da natureza, que estando ali já com o carma “amadurecido”, e pela influência da força mental humana, chegada a hora, se precipitarão violentamente ou não, segundo um eixo giratório de forças causadoras de vários efeitos.

  Portanto, nessa abordagem, o carma é confirmado nos seus efeitos gerais como um agente de extrema complexidade para nosso entendimento prático, reunindo elementos tanto abstratos numa relação de valores cósmicos, com outros produzidos pelas criações objetivas humanas e reinos.  Elementos esses de ações continuadas nas suas existências e que se elevam gradativamente da Terra para novos registros cósmicos no akasa do éter, como em reflexos de um espelho imaginário, de cuja superfície nenhuma imagem escapa nos seus mínimos detalhes.

  Num mesmo lado daquelas automações cósmicas ficam gravados em vivas imagens, como numa fita cinematográfica em movimento, os registros akásicos intercruzados na base da matriz cósmica, em vários níveis e segmentos dimensionais, reproduzindo clara e indelevelmente, ipsis litteris, a história de todos aqueles eventos agora assim presentes, e os anteriores, desde os primeiros bruxuleios da criação do próprio planeta.

  Os mecanismos cósmicos quando realizam as projeções para baixo, transformadas em elementos portadores de energias e forças, para as suas consecuções cármicas na matéria, podem ser e também são intercedidos por altas consciências de dignatários especialmente qualificados, citados anteriormente – denominados Senhores do Carma – a fim de ajustes e redirecionamentos que se façam necessários no plano evolutivo tanto do reino humano quanto dos demais reinos. Para esses ajustes são convocados gigantes em forças mentais e astrais capazes de transcender o espaço-tempo, reter e redistribuir efeitos segundo autorizações dos poderes constitutivos da hierarquia da Terra, em consonância com as postulações dos Senhores do Carma.

  Uma fórmula mais aceitável pode ser sintetizada no seguinte quanto a geração do carma e suas consequências: "energia gerada na Terra + força propulsora às impressões com imagens  + registros cármicos na esteira cósmica".

  Quanto aos momentos futuros, as imagens ali registradas somente indicarão prováveis segmentos dentro de uma projeção já existente no planejamento cósmico para a Terra e seus reinos, em processo espiralado evolutivo em que todas as consciências de mônadas imersas nos reinos chegarão a um ápice. Entretanto, os caminhos a conduzirem a esse ápice serão percorridos de acordo com o comportamento e conquistas dos seres humanos no espaço-tempo terreno harmonizados com as energias renovadoras dos reinos.

FRATERNIDADES OU SOCIEDADES FRATERNAIS

  As comumente denominadas fraternidades ou sociedades fraternais necessárias nos modelos atuais de ensinamentos ocultos continuarão ainda movendo suas energias oriundas da Era de Peixes. Entretanto, as energias que decorrem dos arquétipos da Era de Aquário, precursores da Nova Era, já chegaram nelas. Apesar da resistência de muitos filiados dessas sociedades tradicionais em aceitar uma Nova Era iniludível, suas energias estão circulando por todos os corpos e almas. O hermetismo ensinado por uma gnose geral instalada em todas as escolas do ocultismo tradicional cai aos poucos ao domínio público em todos os países. Inútil resistir a essas energias que diariamente demonstram o quanto a humanidade mudou em poucos anos, ao cabo de duas ou três gerações. Bastaria olharmos aos inventos, à tecnologia aplicada em praticamente todas as formas de tarefas que as famílias têm em casa, às montagens das fábricas de pequenos, médios e grandes portes para produtos de todas as espécies, às panificadoras, às vitrines e prateleiras de lojas onde existem aparelhos de todos os tipos, anualmente mais aperfeiçoados, enfim a tudo quanto nossos olhos acusam no dia a dia, naquilo que procuramos para o atendimento de nossas demandas pessoais, familiares e profissionais. Por que seria diferente com os padrões de ensinamentos e práticas do chamado ocultismo quando os métodos do próprio ensino em escolas populares e universidades já mudaram?

  Antigos ocultistas viajavam quilômetros a pé, a cavalo, em carroças e barcos, até em camelos por caravanas pelos desertos, para realizarem poucos rituais no ano em grandes centros, ou para adquirirem livros ou se entrevistar com os sábios da época. Guardadas as devidas proporções um tio meu no interior do Brasil foi um exemplo disso. Hoje tudo mudou exatamente por conta da tecnologia que em poucas décadas tornou travessias e locomoções mais fáceis e incomparavelmente mais rápidas. Carros funcionais, transportes integrados com as chegadas e saídas de aviões em aeroportos de cidades, disponibilizadas por linhas de ônibus, táxis, vans até motos, enfim, um leque de tantas opções para todos os locais em tantos lugares do mundo. Qualquer estudante hoje tem acesso às fórmulas químicas, à física, às matemáticas, aos estudos da astronomia e astrologia, ciências essas, antes, de conhecimentos somente por iniciados no ocultismo e/ou por alquimistas práticos que guardavam com o maior zelo tantos segredos sobre essas coisas. Praticamente, todos os ramos de estudos científicos atualmente são abordáveis no que interesse a estudantes.

  Lembro-me bem de uma história, creio verdadeira, vinda dos Estados Unidos em que um menino de aproximadamente 12 anos de idade montou uma fórmula de bomba atômica, o que causou enorme rebuliço quando descoberta. Perguntado oficialmente como e onde ele conseguira aquilo, o menino declarou simplesmente ter retirado os elementos que utilizara para aquela confecção, das publicações de coletâneas de ciência compradas mensalmente em banca de jornal, cujas edições fora juntando e estudando até chegar à fórmula.

  Rituais, exercícios e práticas mentais antes somente de domínio exclusivo dos hermetistas, hoje são possíveis encontrar, muitos deles, em livros, abertos à venda, recomendados à imensa gama de estudantes esotéricos – sejam esses Nova Era ou aprendizes do tradicional. Iniciados do passado novamente despertos, incansáveis e independentes, em nada apegados às antigas fórmulas do conhecimento ocultista e a seus rigorosos preceitos, reúnem em seus livros, gravuras, mapas, fórmulas da química oculta, textos ritualísticos, declarações verídicas, enfim elementos importantes antes protegidos, que antigos mestres manipularam, disponibilizando-os a quem queira compra-los. Essas aberturas de portais ocultistas vêm trazer conhecimentos teóricos e possibilidades de práticas pessoais e coletivas a todos no mundo, por uma atualização de critérios.
 
  Reafirmamos sem medo de errar que as energias da Nova Era já se mesclam com as egrégoras das escolas tradicionais, que ainda fecham as portas à Nova Era, desacreditando-a de sua essência. Torna-se fácil essa visão de abrangência pelo simples fato de que todos os seres humanos e reinos da Terra já estão na Nova Era, penetrados em mentes, cérebros, corpos físicos e astrais de suas energias transformadoras.

  Amigos, sabemos não haver conhecimento universal de alfa a ômega numa só escola nem sabedoria intelectual única entre homens em evolução. Todas as recorrentes escolas esotéricas ou ocultistas pelo mundo conduzem o pragmatismo de suas vertentes das quais dependem os teores subjacentes das suas construções mentais e astrais, e forças despertas. Haverá sempre para cada necessária escola a vertente de um determinado arquétipo principal, eventualmente mais de um com frequências vibratórias semelhantes ao primeiro. Cada iniciado fala com sua própria boca segundo a coloração da energia que ali opera. E a egrégora, depois de suficientemente formada a partir de uma linha descendente do arquétipo vivo, opera quantificada geometricamente pelo seu edifício projetado e construído intelectualmente pelos homens que se reúnem nela.

  Haverá sempre na formação da egrégora níveis de energias mentais e astrais. Portanto, a energia é o elemento primordial trabalhado pelos homens ali iniciados, sendo essa a mesma energia proclamada em seus ensinamentos nas escolas e fora delas, pois energia é informação. E nesse critério há um número de informações em cada escola, segundo a característica de seu arquétipo principal, onde cada arquétipo vibra para a sua respectiva base terrena – a egrégora – segundo seu raio. Em nosso entendimento, essa é a relação principal mantida nos planos superiores das escolas enquanto haja afinidade e atividade harmônica entre homens e energias.

A INEVITABILIDADE DA NOVA ERA

  Muitas antigas atividades ocultistas, religiosas, filosóficas, até de ramos ortodoxos científicos, nesses tempos de chegada da Nova Era do Reino de Aquário são referidas como velha energia, o que concordamos. Não vemos nessa alusão qualquer conotação demeritória, mas uma diferenciação cronológica que a cada ano se torna mais larga ao mesmo tempo elástica.

  O que iremos colocar a seguir é um texto in totum de nossa autoria, já antes divulgado, onde está explicado em muitos aspectos o que seja a Era de Aquário e sua endógene, numa visão um pouco maior. Desejamos antes explicar que a chegada da Era de Aquário não é uma ilusão mental, nem um invenção de malucos a desejarem espaço na mídia ou a vender livros porque vivem à custa do esoterismo, e dele fizeram suas profissões. E nada contra aqueles que não recebem de graça e buscam transmitir de seus pessoais esforços e aprendizados, que tenham se tornado profissionais do ramo. Muitos terão a ganhar se o seu trabalho for bom.

  As escolas de tradições, ressurgentes na Era de Peixes, quando Cristo veio novamente a Terra na vestidura objetiva de Jesus, varreram a Terra com suas energias por dois milênios, amparando com elas as principais necessidades dos povos afundados em dores e ignorância, que a partir dali iriam purgar todas as suas contradições com muitas outras dores. Cristo disse isso claramente e os fatos se confirmariam. As escolas de mistérios, muito mais no segundo milênio de Peixes, constituíram um bloco de conhecimento oculto a fim de continuarem o trabalho dos iniciados da antiguidade preparando-se agora concentradamente para o evento futuro da Era de Aquário.

  Saibamos que as diferentes energias trazidas pelas duas últimas Eras astrológicas – Áries e Peixes – em que viriam surgir Buda e Jesus, sob a égide das forças de Cristo, trabalharam um percentual da humanidade sobre todas as suas cargas de carma negativo, no sentido dela conseguir chegar a atual Era de Aquário sem o máximo possível de congelantes atavismos raciais e culturais. Com isso, outro percentual da massa humana, em nível evolutivo alguns pontos abaixo daquela já trabalhada, pode também ser auxiliada globalmente a encontrar um novo e mais rápido caminho para a libertação de muitos aspectos das cadeias do carma. Aquário atuaria, como verdadeiramente atua por sua própria inerência, a desconectar de imenso percentual de vidas humanas, o que existe de hábitos mentais identificados profundamente, em todos os sentidos da vida, com a velha energia. Essa, que neste instante dos lustros terrenos, inclina para a estagnação espiritual de tantos adormecidos.

  A resistência e ódio à Era de Aquário é sintomático nas almas relutantes e reacionárias ainda bastante ligadas aos seus próprios conhecimentos tão duramente edificados no passado, cuja importância não discutimos nem desprezamos porque também continuamos a nos utilizar deles em muitas necessárias instâncias. Entendemos, porém, da necessidade de também abrirmos portais e janelas interiores para a entrada consciente dessas novas energias, que já dito, permeiam a todo o planeta, e usá-las convenientemente. 

  Permanecer revendo antigas lições por toda a vida é reeditar o que já foi aprendido.

  Entretanto, como acontecido com a iluminação de Buda e as iniciações salvadoras de Jesus, as forças contrárias aos eventos e as ações redentoras vindas com os Avatares, movimentam-se diariamente, com ou sem ajuda de seres extraterrestres negativos – que muitos duvidam de suas existências. E tal como no passado as dificuldades interpostas por eles emergem outra vez sobre novos grupos orientados pelos Mestres Ascensos e fraternidades tradicionais, a desejarem obstar de todos os modos suas ações. Necessário também consagrar novos rituais, novas evocações, nova conscientização dos Raios e suas ações no sistema solar a fim de que cada dia mais essas energias se ancorem no planeta e a Luz finalmente vença, conforme se destina.

  Não se iludam os iniciados de todas as fraternidades do mundo de que as forças negativas os poupam, imaginando estarem completamente hermetizados e isentos das sub-reptícias ações malévolas desses seres. Pois esse é justamente o pensamento que os opositores desejam de todos, para assim baixarem os seus escudos. Não há um só estudante ou iniciado na Terra completamente isento das sugestões negativas, onde quer se encontre, não importando seus conhecimentos mântricos, meditativos, mágicos, xamânicos, etc. Portanto, luz verde sempre acesa, mas alerta vermelho em ocasiões as mais surpreendentes.

  Basta lembrar que Jesus passou por muitos momentos acossado pelas forças negativas, desde a infância até sua crucificação. Seus verdugos encarnados eram forças negativas imantadas, e fora ainda as incursões das trevas invisíveis sobre sua pessoa. Poder-se-ia aventar que para Jesus seria mais fácil não se deixar dominar do que qualquer outra pessoa porque ele já era um enviado de Deus. Mas poucos sabem que todos os Avatares aqui descidos renunciaram de suas conquistas anteriores para igualarem-se aos homens comuns em suas lutas, sem nenhum privilégio. Por isso, Jesus venceu não sem intensas lutas por conta de sua pessoal índole e vontade.

  Grupos, fraternidades tradicionais e fraternidades Nova Era, nesse momento não percebem o quanto estão sendo enganados por falsos mentores. Necessário, portanto, utilizar com maior ênfase os recursos defensivos Nova Era e os recursos tradicionais quer da magia branca, dos pajés e xamãs ou de tudo quanto se possa seguramente lançar mão a fim de que todos, tradicionais e Nova Era, consigam sair conscientemente vencedores. Pois disse Jesus: “Não penseis que vim trazer paz a Terra; não vim trazer paz, mas espada”. E assim será por somente um pouco tempo, ou mais, a depender de nós próprios.

  (*) Nota do autor. Impossível precisar o número de almas submersas nessa situação. Mas refletindo sobre colocações anteriores em que chegávamos mais objetivamente a além de dois bilhões de almas psicologicamente aprisionadas nas negras cadeias das forças inferiores, preferimos agora refazer esses números tomando por base inicialmente as profecias de Nostradamus em que, numa delas, é dito que 2/3 da humanidade sucumbiria ao apocalipse do final dos tempos sob diferentes catástrofes. Entendemos, entretanto, que a massa populacional planetária, onde chegou, surpreendeu em tudo às previsões anteriormente existidas, verdadeiras ou não; daí a procurarmos visualizar não unicamente sobre os 2/3, mas considerarmos sobre algo mais esotérico pela constatação do enorme trabalho que os Mestres Ascensos desenvolvem na Nova Era, através de iniciados de todos os tempos e discípulos avançados, desde os santuários em dimensões superiores, aos numerosos ashrams, e junto à humanidade terrena pelos grupos de trabalhos em todos os países.

  É sabido em meios esotéricos de uma onda bastante grande que se espalha com reais resultados positivos sobre a consciência da humanidade, em que almas sem ligação alguma com escolas ou grupos iniciáticos – sendo elas religiosas ou não - que mercê de suas próprias individualidades amadurecidas, vêm se colocando ao serviço espontâneo em favor da humanidade em todas as áreas das atividades, ou mesmo criando organizações filantrópicas e semelhantes. Esses esforços vêm também, em grande parte, reforçados pelas ações anônimas da Fraternidade Branca Universal nesse mesmo sentido, o que tem levado muitos milhões de irmãos do mundo às câmaras do aprendizado e treinamento - mesmo inconscientemente - e rapidamente à primeira iniciação, a exemplo de iniciados esotéricos em fraternidades. Nesse ponto, as energias da Nova Era são o veículo principal para essa visão, operosidade das Inteligências Superiores e realização espiritual objetiva da humanidade do novo milênio.

  Por essas novas constatações e trabalhos dos Mestres Ascensos e equipes Nova Era, em que a massa populacional planetária é acionada de um lado a outro pelas energias aquarianas, e considerando as muitas mudanças na consciência mundial, admitimos um novo percentual de almas nos subníveis inferiores dos mundos espirituais, infelizmente bem maior. Em contrapartida, pelo referido acima, reside grande satisfação, pelo número bem mais animador de almas em todos os países, a despertar um maior potencial espiritual, confrontando assim com o seu próprio carma passado em meio a tanta confusão implantada na Terra - o que, indubitavelmente, as aproxima bem mais da redenção final de suas expiações. E esse número de iniciados nessa nova situação chega a muitos milhões.

  Vamos agora ao texto informado:

  Tem-se que a Era de Aquário ou Era Dourada veio a se iniciar a 15 de março de 1955, com a entrada do sétimo raio de “Ordem Cerimonial ou Magia”, o raio cujo comando cabe ao não pouco conhecido nos meios maçônicos, rosa-cruzes e esotéricos em geral – mestre Saint Germain! Esotéricos de todo o planeta estão sendo instruídos sobre o que significa essa Nova Era de desenvolvimento da consciência da humanidade, que abrangerá mais de dois milênios. As relações de raios cósmicos e seus ciclos de manifestações é uma ciência do futuro abrangendo aspectos importantes da vida planetária e detectadas por uma astrologia denominada iniciática, que agora começa a ser tratada em suas bases pelos mentores da hierarquia veladora de nossa humanidade.

  Nesse particular, já o sétimo raio estaria em atividade não a partir 1955, mas desde 1675. Entende-se que certos raios entram em atividades enquanto outros se retiram ou permanecem ainda por considerável tempo. Nesse particular, a influência do sexto raio na Era de Peixes já há alguns anos iniciou seu processo de lenta retirada enquanto o sétimo raio vem entrando. O sexto raio deve somente sair de completa atividade do sistema solar dentro de 21.000 anos.

  Por outro lado, Mestre Saint Germain nos revela que a Era de Aquário pelo nosso calendário Gregoriano, entrou em 15 de março de 1955. (1) Assim, os acontecimentos apocalípticos não se terão adiantado, mas convivem simultaneamente com a entrada da Era de Aquário. As Eras Maiores são um tanto nebulosas quanto aos seus inícios e finais. Concebe-se, esotericamente, que as radiações de uma era astrológica maior começam a se manifestar, com seus respectivos Raios Cósmicos, muito antes das datas consignadas acontecerem nos variados calendários terrenos, e essas entradas perduram por um período de mais de um século até realmente se afirmarem numa sucessão cósmica, conforme nosso cálculo acima. Do mesmo modo, a saída de Era predecessora duraria também um tempo maior ao estabelecido pelos nossos calendários, avançando as suas radiações pela Era que a sucede.

   (1) Sob as diversas interpretações da entrada da Era de Aquário, reproduzimos aqui um trecho de nossa postagem de 03-04-2015, "Para Onde Está Indo Nosso Planeta", acerca de algumas conclusões quanto a esse tempo do grande zodíaco cósmico a fim de um possível subsídio às discussões:

  "Há divergências sobre a data em que João teria escrito o Apocalipse, porém as datas se dão a partir de 90 d. C. E temos então que a Era de Peixes, por nossa contagem terrena ainda não estará terminada, e a Era de Aquário, nessa premissa, não terá entrado segundo o calendário, pois estamos em 2015, e contando que a Era de Peixes teria começado no ano 1 d.C. faltariam ainda 145 anos para que fechasse em 2.160 anos. Logo, os momentos do Apocalipse terão de esperar quase um século e meio até que a Nova Era chegue nessa contagem. Porém, é mais do que evidente que esses momentos já são chegados desde antes da virada do segundo para o terceiro milênio e os horrores aos quais o mundo vem testemunhando, e as novas revelações que nos chegam sem os filtros e interdições da Igreja, nos dão a noção exata de que o Apocalipse, interpretado também como acontecimentos trágicos e depurativos, estão 'aqui e agora' ".

  Isso porque as entradas e saídas dos Raios que presidem as Eras, não são tão rápidas quanto supostas e alguns Raios levam milhares de anos para saírem completamente de suas manifestações cósmicas objetivas. Portanto, a Era de Peixes, na verdade, ainda não saiu, e neste século não sairá, e isso vem corroborado com a vinda de Jesus para o seu fechamento no que tange, especificamente, aos acontecimentos do planeta Terra e sua humanidade.

  Sob a vanguarda do signo de Peixes de 2160 anos Cristo veio ao planeta, o cristianismo foi fundado e avançou pelo mundo, a maçonaria e o rosa-crucianismo surgiram organizados em diferentes cenários, mergulhando depois em provisório ocaso para de novo refluir; o novo espiritismo apareceu na França; as Américas foram descobertas; a revolução francesa aconteceu com marcante influência nos ideais humanos; a ciência avançou após a rejeição da escolástica e despotismo da igreja; a primeira e segunda guerras mundiais eclodiram; as bombas atômicas mataram de uma só vez milhares de cidadãos japoneses e o homem pisou a Lua. (2) Muitas conquistas nas diversas áreas de pesquisas e sabedoria das raças tornaram-se patrimônio da humanidade bem como retrocessos se verificaram.

  (2) "De 2015 para cá novas mudanças continuaram acontecer em relação ao fervilhante e ambicionado mundo das parafernálias tecnológicas domésticas e profissionais, e logística espacial. Houve avanço extraordinário das comunicações através de celulares, novas possibilidades conjugadas aos serviços da Internet e a chegada da nave americana a Marte. Entretanto, o que mais se desenha é que até aproximadamente 2050 continuarão acontecer muitos eventos catastróficos no planeta, envolvendo cataclismos, enchentes e outros fenômenos como rápidas mudanças de temperaturas. Estivemos com isso em 2022, e agora se estendendo a 2023 em determinados continentes, onde temperaturas extremas jamais vistas contrastam simultaneamente com outras baixíssimas noutros continentes. 
 
Entretanto a previsão de um definitivo momento do apocalipse no terceiro milênio em dimensão planetária, se dará por volta de 2150, quando toda a Terra será sacudida em poucas horas e continentes desaparecerão completamente com suas populações, surgindo outras terras. E se nada mudar nos planejamentos das Hierarquias, os poucos remanescentes dessa catástrofe mundial, continuarão a formar as sementes das duas últimas raças humanas neste período de quarta ronda de nosso esquema de sete planetas".

  Nesse momento não nos é ainda possível definirmos sob a régua e o compasso exatamente quais acontecimentos devam ser tributados somente à Era de Peixes, sob a égide do sexto raio, chamado de Devoção ou Idealismo Abstrato, e quais seriam tributados puramente à Era de Aquário do sétimo raio. Essa análise torna-se mais complicada pelo fato de ter existido uma inter-relação de raios regentes de dois ciclos astrológicos, ou Eras, e não meramente manifestações periódicas de raios, e ao fato de a astrologia maior e iniciática, como dissemos, estar sendo tecida como nova revelação, portanto não ainda bem manipulada e compreendida pelos iniciados mais avançados. Nas tabulações astrológicas tradicionais os astrólogos competentes sempre entenderam a existência de dois zodíacos que influenciam diretamente à vida planetária. Nesse contexto, os períodos que evoluem em sucessivas eras na sequência Áries-Peixes-Aquário..., de 2160 anos cada, constituem na totalidade dos 12 signos ou constelações um tempo integral de 25.920 anos.

  Outros especialistas no assunto, baseados em calendários de antigas civilizações, dão outras cifras, quase sempre aproximadas às que estamos colocando, mas nessa nossa apresentação vemos que sob as orientações da numerologia cabalística tanto os períodos parciais de cada um dos doze signos zodiacais quanto ao tempo total de uma revolução completa da Terra em torno do Sol, a cifra 9 aparece nas reduções numéricas, o que vem representar nos Arcanos a figura do iniciado. Ou seja, 2160 dando 2+1+6+0 = 9 e da mesma forma 25.920, 2+5+9+2+0 = 18 = 1 + 8 = 9. Ao remontarmos aos yugas dos indus, notaremos sempre nas suas enormes somas de períodos de manifestações da vida nos universos – dos chamados ciclos de manvantaras menores ou maiores – a redução numérica para a cifra 9 a induzir aos mistérios e às revelações ocultas. Como, por exemplo, no chamado Kalpa, que representa na soma de 8.640.000.000 um dia e uma noite de Brahmâ ou vinte e quatro horas de nosso dia. Ou em seus 311.040.000.000.000 de anos humanos que é uma idade de Brahmâ ou um centenário de seus anos divinos. Em ambas as idades, nas respectivas reduções, vêm aparecer o algarismo 9. Este símbolo não é unicamente mera referência algébrica fabricada para os mistérios, porém algo que representa e oculta à confluência de energias e forças geradas tanto por planetas e cadeias planetárias que giram em torno de sóis na galáxia, como por aspectos e situações superiores dos próprios sistemas solares. O símbolo 9, em dimensão menor e humana, vem se relacionar, principalmente, com atributos de poderes incorporáveis na alma, que são direcionados para as situações da vida material ou espiritual de um só iniciado ou de um grupo. Ou estabelece suas analogias com uma raça, nação ou com o próprio planeta.

  A despeito de os céticos não darem nenhum valor a essas revelações, elas são muito antigas e foram recebidas de hierarquias que já subiram nas graduações do sistema solar e representam, juntamente com outras revelações mais profundas, os tesouros de nossa sabedoria a permaneceram guardados e intocáveis até que em determinados períodos as civilizações pudessem produzir homens capazes de a elas terem mais amplos acessos através de métodos iniciáticos.

  Hoje homens ortodoxos da ciência e seus seguidores desdenham da sabedoria milenar, achando que a ciência materialista por si mesma a tudo desvela e a tudo responde. Mas nem de longe desejam admitir que a sabedoria dos iniciados e sacerdotes de outrora cunhou o conhecimento sobre o qual a ciência moderna desenvolveu sua face experimental e laboratorial em suas diversas áreas. E, no entanto, as grandes revelações ocultas de os segredos do átomo e da composição da matéria em seus sete principais estados dimensionais não serão alcançadas pela ciência convencional senão quando a humanidade tiver atingido uma evolução espiritual muito superior à atual.

  Mas que são raios, afinal? De onde surgem, o que realmente alcançam? Vamos então a primeira e principal definição que nos foi revelada por Alice A. Bailey, sob a orientação de mestre Djwal Khul – O Tibetano:

  “Um raio é o termo aplicado a uma força ou tipo de energia que põe em relevo a qualidade que exibe essa força e não o aspecto-forma que aquela cria. Esta é a verdadeira definição de raio”.

  Os raios que influenciam a Terra são em número de sete, mas na realidade são subraios de um raio maior e cósmico. A origem desse raio cósmico é pouco aprofundada e não se sabe exatamente como funciona o mecanicismo prévio de sua manifestação vinda do Logos, o mesmo se dando com outros seis que formam número de sete grandes raios cósmicos. Sabe-se que os raios já em atuação provêm de outros sistemas solares e esses sistemas solares se encontram agrupados num corpo de sete, a cujo grupo nosso sistema pertence. Um ou mais raios cósmicos podem determinar as qualidades e aspectos de um sistema solar, manifestando-se desde a criação daquele sistema solar, caracterizando-o com suas presenças e vidas.

  O nosso sistema solar é caracterizado somente por um grande raio chamado de o Segundo Raio, do Amor-Sabedoria. Periodicamente alguns raios (subraios) entram em manifestações em épocas de regências diversas, enquanto outros em tempos diferentes vão se retirando. Os ciclos e o que eles representam e influenciam vêm caracterizar elementos da astrologia iniciática, porque esse prisma superior da astrologia não determina unicamente a confecção de horóscopos, ou não define somente as características físicas, mentais ou emocionais da personalidade segundo o horóscopo particular, mas também abrange o estudo de fenômenos e circunstantes elementos da criação em seus quatro reinos, dando novas orientações aos iniciados em direção ao zodíaco e do zodíaco para as miríades de vidas.

  Em relação ao homem, o conhecimento dos raios e sua mescla com a astrologia iniciática remetem com maior importância aos domínios da mônada e da alma em suas implicações causais do que aos seus efeitos menores e sobrepostos ao chamado ego-personalidade. Do mesmo modo, acontece com o estudo dos reinos e suas mudanças periódicas sob as influências dos raios e planetas pelos quais os raios se manifestam, visto as espécies estarem sendo trabalhadas sob a supervisão de mônadas.

  Vejamos o que melhor nos diz A. A. B:

  “ - Há uma só Vida que se expressa primeiro através de sete qualidades ou aspectos básicos e segundo por meio de uma infinidade de formas.

  - Essas sete qualidades radiantes são os sete raios, as sete Vidas que dão a Sua Vida para as formas, que dão ao mundo da forma o seu significado, as suas ideias e a sua ânsia para evolucionar.

  - Vida, qualidade e aparência ou espírito, alma e corpo, constituem tudo o que existe. São a própria existência com a sua capacidade de crescimento, atividade, manifestação de beleza e em plena conformidade com o Plano que tem as raízes nas consciências das Vidas dos sete raios.

  - Essa sete Vidas, cuja natureza é consciência e cuja expressão é sensibilidade e qualidade específica, produzem ciclicamente o mundo manifestado, trabalham na mais íntima união e harmonia cooperando inteligentemente com o Plano de que são os guardiões. São os Sete Construtores que erguem o Templo radiante do Senhor sob a direção do Mental do Grande Arquiteto do Universo.

  - Cada Vida de raio exprime-se predominantemente através de um dos sete planetas sagrados (ver adiante elucidações), mas a vida dos sete raios flui por meio de cada planeta incluindo a Terra e qualifica assim todas as formas. Em cada planeta há uma reprodução reduzida do esquema geral, e cada um está de acordo com a intenção e propósito do Todo.

  - A humanidade de que se ocupa este tratado é uma expressão da vida de Deus e todo o ser humano veio à existência pela via duma das sete forças de raio. A natureza da alma é qualificada ou determinada pela Vida de raio que a “emitiu” e a natureza da forma é colorida pela Vida de raio que na sua aparição cíclica, no plano físico, num dado momento, estabelece a qualidade da vida racial e das formas dos reinos da natureza. A natureza da alma ou qualidade é a mesma durante um período mundial; a natureza e a vida da sua forma mudam em cada vida, segundo a sua necessidade cíclica e as condições de grupo do meio ambiente. Esta última é determinada pelo raio ou raios que prevalecem no momento.

  - A Mônada é a Vida em uníssono com as sete Vidas de raio. Uma Mônada, sete raios e miríades de formas, tal é a estrutura que se encontra por detrás dos mundos manifestados.

  - (...) Não se deve esquecer que a alma de todas as coisas – a anima mundi – quando se expressa nos quatro reinos da natureza, apresenta aquilo que dá ao nosso planeta a sua luz nos céus. A luz planetária é a soma total da luz fraca e vacilante que existe em todos os átomos de matéria radiante e vibrátil, ou substância que compõe todas as formas de todos os reinos”.

  Vejamos também este interessante resumo:

  “ - Cada Vida de Raio é uma expressão de uma Vida Solar e cada planeta está, por conseguinte:
  1. Ligado com cada outra vida planetária do sistema solar.
  2. Animado pela energia que emana de um a outro dos sete sistemas solares.
  3. Ativado pela triple corrente de forças vitais que provém de:
     - Outros sistemas solares fora do nosso.
     - O nosso sistema solar
     - O seu próprio Ser planetário”.

 “ Quero esclarecer a diferença existente entre uma constelação e um sistema solar, segundo o ensino esotérico, ainda que os cientistas modernos não concordem.

  - Um sistema solar é um conjunto de um sol como ponto focal central e uma série de planetas que gravitam à volta do sol, mantidos em órbitas de magnética harmonia.

  - Uma constelação compreende dois ou mais sistemas solares ou uma série de sóis acompanhados de seus planetas”.

  Os planetas em número de sete cujos raios vêm atuar em nosso sistema solar, imprimem também suas particularidades de energias e forças segundo suas notas na grande sinfonia do cosmos, e com isso trazem juntos para os reinos e as espécies os aspectos de qualidades a serem trabalhados. Os raios, na realidade, nascem e se manifestam primordialmente do Logos Cósmico (do qual o Logos Criador de nosso sistema solar é somente um de seus muitos Logos) e, provindos dos outros seis sistemas solares, são incorporados nos planetas sagrados, nas mentes e corpos superiores de entidades chamadas “Senhores dos Raios”. Cada um dos sete corpos planetários é um Senhor de Raio.

  Diz-nos A.A.B. “A astrologia se ocupa do efeito que produzem na substância das envolturas as influências, vibrações, etc., dos distintos planetas. Constituem esotericamente as influências dos centros solares (...). As forças que deles emanam atuam sobre os centros planetários (...). Se entenderá muito sobre isso quando exista a verdadeira astrologia esotérica (...). Os estudantes de astrologia estão aprendendo recentemente o abc desse estupendo tema, e apenas se tocam as bordas exotéricas desse grande véu que foi sabiamente estendido sobre a ciência planetária”.

  Os planetas sagrados a que aludimos e que são em essência os corpos e mentes dos Senhores dos Raios, são: o Sol (que vela o planeta Vulcano), Júpiter, Saturno, Mercúrio, Vênus, Marte e Lua (a mãe da forma). Sobre a Lua desejamos expor o seguinte pelas palavras de A.A.B.:

  “(...) a influência da Lua é de natureza e efeito puramente simbólicos, sendo simplesmente o resultado de antigas ideias e ensinamentos (herdados desde a época lemuriana) e não se baseia sobre nenhuma verdadeira radiação ou influência. Naquelas épocas remotas e até muito antes da época lemuriana, que naqueles dias constituía uma antiga tradição, a Lua era considerada como uma entidade vital vivente. No entanto quero que tenham em conta que a Lua hoje não é outra coisa que uma forma morta. Não tem radiação nem emanação de nenhuma espécie e, em consequência, não produz efeito algum. Do ponto de vista do conhecedor esotérico, a Lua é simplesmente um obstáculo no espaço, uma forma indesejável que deve desaparecer algum dia. A astrologia esotérica considera que o efeito produzido pela Lua é mental, resultado de uma poderosa e muito antiga forma mental; não obstante a Lua não possuir qualidade própria nem poder transmitir nada à Terra. Permitam-me repetir: “A Lua é uma forma morta”. Não tem em absoluto emanação alguma. Por isso se diz no ensinamento antigo que a Lua “oculta a Vulcano e a Urano”. Essa insinuação ou inferência sempre existiu e os astrólogos farão bem em experimentar a sugestão dada sobre a Lua, e em vez de trabalhar com ela, trabalhem com Vulcano, quando tratar-se do homem comum não evoluído e com Urano quando considerarem o homem muito evoluído, assim obterão resultados interessantes e convincentes”.

   A citação especial sobre a Lua vem a propósito de que não vale a pena ater-se às tradições antigas sobre seus efeitos uma vez que a Lua pertenceu a uma cadeia planetária anterior a que a Terra hoje pertence, desempenhando naquela época papel centralizador de sua cadeia como a Terra aqui desempenha. Entretanto, a Lua  teve sua linha evolucionária rompida antes do tempo e sua forma mental ou egrégora que ainda persiste pode ser malévola para as intenções evolucionárias formuladas para a Terra. Os corpos astrais de milhões de almas que haviam encarnado na Lua trouxeram para a Terra, nas suas constituições atômicas, as vibrações dos tempos negativos lunares, o que veio gerar novas práticas de magia negra e atrasos nas populações de nosso planeta.

  Sob esse aspecto, a Era de Aquário virá determinar um final à influência retrógrada da Lua sobre a imaginação humana, pois as vibrações da Nova Era de um teor muito mais mental do que astral, atrairão as almas que ultrapassam os limites mínimos evolucionários do ciclo de Peixes. Segundo a Astrologia Iniciática, a era anterior a Peixes que predominou sobre nosso planeta foi de Áries, porque a roda zodiacal de influências cíclicas astrológicas cósmicas se movimenta no sentido de Áries para Peixes. Desse modo, tivemos nessas duas eras anteriores a Aquário, a exaltação e influências dos elementos fogo e água, ou de influência principal da mente concreta em Áries e das águas astrais ou inclinações ritualísticas devocionais na era pisciana. A Era de Aquário que ora se inicia, pelo seu poder de atração e polarização da mente, atrairá os corpos astrais para um refluxo e abertura de nova visão do astral, e, pelo estímulo da imaginação e exercícios sistemáticos da ciência conduzirá a avanços do pensamento concreto para o plano da mente abstrata no aspecto intuição.

  Nesse particular, está prevista a inversão da roda zodiacal para grande número de almas que avançam no campo das iniciações; assim a astrologia esotérica passará a analisar grande parte da humanidade sob o ângulo de um caminho inverso em relação às sequências atuais de nascimentos. É que nos revela A.A.B., nos seguintes trechos:

 Há outra ideia revolucionária que a ciência astrológica esotérica incorpora em seu aspecto moderno e exotérico. No ciclo maior das muitas encarnações do homem, este – como é bem sabido – passa através do círculo zodiacal de Peixes à Áries (Peixes-Aquário-Capricórnio..., Áries), retrogradando através dos signos ao seguir a órbita ou o Sendero da retrogradação do Sol. Porém, o que é aparente retrogradação, baseada sobre a precessão dos equinócios, é parte integrante da grande ilusão. No momento em que o homem começa a sair desta ilusão e não está mais sujeito à ilusão e ao efeito de maia mundial, então o movimento da grande roda da vida gira em direção oposta, e o homem começa (lenta e laboriosamente) a atuar em direção contrária. Assim passa através dos signos de Áries a Peixes (Áries-Touro-Gêmeos..., Peixes), começando pacientemente a atuar como uma alma que luta por alcançar a Luz, até que ao finalizar o Sendero em Peixes, surge como um conquistador e salvador mundial. Então conhece o significado do triunfo sobre a morte por que superou e venceu o desejo”.

  Sabe a astronomia que a Terra não é uma esfera perfeita, sendo dilatada no equador e achatada nos polos. O seu diâmetro equatorial tem em torno de 12.756 km ao passo que o diâmetro polar tem aproximadamente 12.713 km, o que dá uma diferença de mais ou menos 43.0 km a maior para o equador terrestre. Somado a isso temos a inclinação do plano do equador terrestre em relação ao plano da eclíptica em 23º 27’ e este, por seu turno, detém a inclinação em relação ao plano da órbita da Lua em 5º 8’. O plano da eclíptica é o plano da órbita do planeta Terra em redor do Sol.

  A Terra sofre pressões das forças do Sol e da Lua (segundo mestre D.K. a Lua não tem poder algum) no sentido de achatá-la em sua rota gravitacional e seu eixo é forçado a alinhar-se com o eixo da eclíptica, mas como isso não é possível o eixo terrestre reage contrariamente, ou seja, precessiona – ou retroage – significando que se movimenta para trás em relação à esfera celeste. Como consequência, o Ponto Vernal que é identificado no dia do Equinócio da Primavera ao nascer do Sol, que no hemisfério norte conta 0º, desloca-se lentamente diante das constelações zodiacais. A efeméride é também explicada pelo fato de a Terra girar como um pião e seu eixo se deslocar 1º a cada 72 anos (7+2=9). Portanto, para o percurso de uma casa astrológica inteira de 30º teremos a cifra de 2160 anos gasta ao longo de uma constelação ou casa zodiacal. Desse modo, e através desse movimento e ritmo, inauguram-se e se encerram doze eras astrológicas, e, relativamente à linha do Equador, a Terra realiza um giro completo no plano da eclíptica ou órbita em torno do Sol. O fenômeno é chamado de Precessão dos Equinócios e tem um tempo de duração de 25.920 anos em seu percurso total, chamado pelos místicos e esotéricos de um ano cósmico, ano platônico, grande ano egípcio. Assim, nesses últimos milênios tivemos a era de Áries, seguida pela era de Peixes que está dando lugar à recém-chegada era de Aquário.

  Em que pese às dificuldades de assinalarem-se com precisão os principais acontecimentos que virão gerar mudanças nas consciências da humanidade, afetando diretamente às sociedades em seus cursos evolucionários, A.A.B apresenta as seguintes e interessantes comparações e previsões para a era aquariana: 

  As relações que se seguem entre o sexto e o sétimo raios deverão estar bem aclaradas na mente para que os estudantes compreendam em síntese o passado e futuro imediatos e vejam nessa relação a realização do Plano de Deus assim como a próxima salvação da raça”

  I. O sexto raio fomentou a visão.

  O sétimo raio materializará o que foi visualizado.

  II. O sexto raio produziu o místico como o tipo máximo alcançado pelo aspirante.

  O sétimo raio desenvolverá o mago que trabalha no campo da magia branca.

  III. O sexto raio como parte do plano evolutivo conduziu à separatividade, ao nacionalismo e ao sectarismo, devido à natureza seletiva do mental e da sua tendência para dividir e separar.

  O sétimo raio conduzirá à fusão e à síntese por que o tipo de sua energia é de unir o espírito com a matéria.

  IV. O sexto raio conduziu para a formação de grupos de discípulos trabalhando em grupos não em estreita relação, mas sujeitos a dissensões internas devido às reações da personalidade.

  O sétimo raio preparará e impelirá os grupos de iniciados para trabalharem em uníssono com o Plano, e entre si.

  V. O sexto raio deu o sentido de dualidade a uma humanidade que se considerava como uma unidade física. Os expoentes desta atitude são os psicólogos materialistas acadêmicos.

  O sétimo raio inaugurará o sentido duma unidade superior; primeiro o da personalidade integrada das massas e segundo a da alma e do corpo para os aspirantes do mundo.

  VI. O sexto raio diferenciou o aspecto energia elétrica universal que conhecemos como eletricidade moderna produzida para servir às necessidades materiais do homem.

  O sétimo raio familiarizará o homem com esses tipos de fenômenos elétricos que produzirão a coordenação de todas as formas.

  VII. A influência do sexto raio produziu o ressurgimento no mental humano dos seguintes conhecimentos:

  a) O conhecimento da luz e da eletricidade no plano físico.

  b) O conhecimento, entre esotéricos e espíritas do mundo, da existência da luz astral.

  c) O interesse pela iluminação tanto física como mental.

   d) A astro-física e as novas descobertas astronômicas.

  O sétimo raio transformará as teorias dos pensadores avançados da raça e as converterá em futuras realidades dos sistemas de educação. A educação com desenvolvida compreensão da iluminação sobre todos os domínios considerar-se-ão oportunamente como ideais sinônimos.

  VIII. O sexto raio ensinou o significado do sacrifício e a crucificação foi o emblema principal para os iniciados. A filantropia foi a expressão do mesmo ensinamento para a humanidade adiantada. O nebuloso ideal simplista de ser bom tinha a mesma base para as massas não pensadoras.

  O sétimo raio provocará na consciência dos futuros iniciados o conceito de serviço e de sacrifício de grupo. Será inaugurada a “era do serviço divino”. A visão do indivíduo dando-se ao sacrifício e serviço do grupo e para o ideal do grupo será a meta dos pensadores avançados da Nova Era, enquanto que para o resto da humanidade a tônica de seus esforços será a fraternidade.

  Estas palavras têm o mais vasto significado e relação do que podem compreender os pensadores de hoje.

  IX. O sexto raio impulsionou o desenvolvimento do espírito individualista. Os grupos existem, mas reúnem-se à volta dum indivíduo.

  O sétimo raio fomentará o espírito de grupo; o ritmo, os objetivos e o ritualismo do grupo serão os seus fundamentos.

  X. A influência do sexto raio transmitiu aos homens a capacidade de reconhecer o Cristo histórico e de evoluir para estruturar a fé cristã colorida pela visão dum grande Filho do Amor, mas qualificou por um excessivo espírito de milícia e de separatividade, baseado num idealismo estreito.

  O sétimo raio transmitirá ao homem o poder de reconhecer o Cristo Cósmico e de produzir a futura ciência religiosa da Luz que permitirá ao homem cumprir o mandato do Cristo histórico e de permitir que brilhe a sua Luz.

 XI. O sexto raio produziu as grandes idealísticas religiões com as suas visões necessariamente estreitas por que esta limitação salvaguardaria as almas infantis.

 O sétimo raio liberará as almas desenvolvidas da etapa infantil e inaugurará a compreensão científica do propósito divino que conduzirá à futura síntese religiosa.

  O efeito da influência do sexto raio favoreceu os instintos separatistas – dogmáticos religiosos, precisão científica concreta, barreiras doutrinais, exclusivismos em escolas do pensamento e o culto do patriotismo.

O sétimo raio preparará o caminho para o reconhecimento de perspectivas das mais vastas expansões que se materializarão como seja a nova religião mundial que exaltará a unidade, mas não a uniformidade; preparará essa técnica científica que revelará a Luz Universal que está velada e oculta em todas as formas e para esse internacionalismo que exprimirá a fraternidade prática como a paz e boa-vontade entre os povos.”

  Sobre a entrada do sétimo raio, A.A.B. dá-nos as seguintes explicações:

  Seria bom explicar um pouco a ideia básica de cerimonial e ritual. Há muita oposição no nosso tempo contra o cerimonial e muitas pessoas bem intencionadas consideram-no ultrapassado e transcendido. Orgulham-se de terem alcançado o que chamam “liberação” esquecendo-se de que só o podem tomar no sentido individual, mas essa atitude é impossível para efetuar qualquer trabalho de grupo sem determinada forma de ritual.

  Negar-se a participar na ação uniforme não é sinal duma alma liberada.

  A Grande Fraternidade Branca tem os seus rituais que objetivam a inauguração e a assistência aos diversos aspectos do Plano e as diferentes atividades cíclicas do mesmo Plano. Onde esses rituais existem, mas em que o significado se conserva oculto e não realizado, temos como consequência um espírito morto, de inutilidade, uma ausência de interesse pelas fórmulas e cerimônias. Mas onde se revele o ritual e as cerimônias organizadas, aí temos o testemunho duma projeção de forças e energias; então a ideia é construtiva na sua elaboração, tornando possível a cooperação com o Plano (Plano Evolucionário) e o objetivo de todo o serviço começará a demonstrar-se. Logo o serviço é regido pelo ritual.

  Com a chegada do sétimo raio alcançaremos a tão deseja consumação; os místicos que estão se preparando de acordo com as técnicas do ocultismo e os métodos do mago experimentado obterão uma cooperação crescente e inteligente com o Plano e participarão nos rituais fundamentais que se distinguirão pelo seu poder para:

  a)  Captar as forças do planeta para o serviço da raça.

  b) Distribuir as energias por qualquer dos reinos da natureza que      produzirão efeitos desejáveis e benefícios.

  c) Atrair e redistribuir as energias que se acham presentes em todas as formas dos vários sub-reinos da natureza.

  d) Curar por meio de método científico utilizando a união da alma com o corpo.

  e) Produzir iluminação mediante correta compreensão da energia da Luz.

 f) Desenvolver o ritual futuro que revelará finalmente o verdadeiro significado da água que revolucionará nas suas utilizações e que abrirá ao homem uma passagem livre para o plano astral. Este é o plano desejo-emocional e o seu símbolo é a água. A vinda da Era de Aquários revelará ao homem (o que facilitará também o trabalho do sétimo raio) que este plano é o seu habitat natural que lhe corresponderá nesta etapa de desenvolvimento. As massas atualmente estão inteira e inconscientemente polarizadas neste plano. Devem tornar-se conscientemente informadas da sua atividade. O homem está em vésperas de despertar no plano astral e será por meio de rituais científicos que esse novo desenvolvimento será idealizado.

  A influência do sexto raio produziu o aparecimento da moderna psicologia que é a sua maior glória. A influência do sétimo raio transportará essa ciência ainda na infância até a sua maturação. A crença da alma tem-se difundida muito durante o período do sexto raio. O seu reconhecimento será o resultado da atividade da entrada do sétimo raio juntamente com as energias liberadas do decorrer da Era de Aquários que ora se inicia. (...) Uma das primeiras lições que aprenderá a humanidade sob a poderosa influência do sétimo raio é a alma ter de controlar o seu instrumento, a personalidade, por meio do ritual ou através da imposição dum ritmo regular, ritmo que é realmente o que significa o ritual. (...) Ninguém no mundo pode escapar ao ritual ou cerimonial por que o nascer e o pôr do Sol impõem um ritual; a passagem cíclica dos anos, os poderosos movimentos dos grandes centros populacionais, a ida e vinda dos comboios, dos transatlânticos (dos voos em aeroportos), dos correios, as regulares transmissões da rádio (TVs e Internet)  - todas essas organizações impõem um ritmo à humanidade, quer ela reconheça ou não.”

  O pensamento acerca da Era de Aquário não é puramente esotérico nem místico, mas também uma realidade astronômica e histórico-humana. Se a história deixasse de ser manipulada por interesses materialistas, por orgulhos raciais e patrióticos, ou por grandes oligarquias mundiais que pretendem dominar todas as nações – e em grande proporção isso de fato acontece em nossa civilização – os ciclos de transformações da consciência humana desde os tempos recuados, teriam sido desde logo melhor entendidos. A ênfase, no entanto, dos historiadores foi transferida unicamente para o lado do efeito material, tanto quanto possível moldado pelas narrativas e posições céticas em relação a tudo o que se demonstrou das crenças religiosas e da psicologia antiga envolta pelas formas mentais de personalidades místicas e mitológicas. Se a gnose tivesse avançado com a filosofia platônica e suas proposições abstratas tivessem sido bem entendidas, desdobradas e reestudadas, e continuado a evoluir sem a supressão materialista dos agnósticos e da própria igreja, é bem provável que os aspectos exotéricos e esotéricos dos acontecimentos cíclicos históricos do passado fossem nesses dois mil anos muito mais aprofundados. Hoje a Era de Aquário seria mais bem compreendida e as mentes e consciências teriam um ritmo exercitado de superior qualidade para lidar com todas essas proposições da modernidade e seus formatos arquetípicos.

  Interessante notar que as grandes mudanças no pensamento da humanidade vêm sempre inauguradas por grandes mentores. É plausível Buda ter surgido na Era de Áries, sendo provável ter nascido em Virgem, pois Buda era também conhecido por Nebo, significando Mercúrio. Duas de suas grandes encarnações anteriores estiveram ligadas a Mercúrio, pois foi Hermes no Egito e Orpheu na Grécia. Mercúrio é um planeta de dupla polaridade (vide as duas hastes do Caduceu) e na astrologia tradicional rege tanto Virgem, um signo do elemento Terra, como Gêmeos do elemento ar. Como também Jesus que seguramente não nasceu nem em Capricórnio nem em Peixes, mas tal como Buda em Virgem, sendo chamado de Nabu Meschiha significando o Messias-Mercúrio. Virgem é o signo que estimula a cruzar os obscuros umbrais das provas destemidas e vem colocar o candidato diante dos portais das iniciações.

  Nesse particular, sabem os esotéricos que sob o longínquo período Lêmure-Atlante o grande enviado Vyasa comandaria a individualização animal – o renascimento do animal evoluído para a condição de animal-homem. Hércules abriria o caminho para o discipulado, demonstrando isso nas alegorias de os Doze Trabalhos que conduzem à primeira iniciação; Krishna mostraria os caminhos para a segunda iniciação, Buda ensinaria o caminho da Iluminação e Cristo abriria as portas para a terceira iniciação. Essas iniciações de âmbitos superiores, por oportuno, não foram nem são corporativas, nem exclusivas de qualquer organização ou religião do passado, como não são no presente de qualquer escola do ocultismo. Cada escola, grande ou pequena, tem seus ritos e cerimoniais de suas particulares iniciações que nada têm a ver diretamente com as grandes iniciações. Quem sempre comandou os momentos de provas e de iniciações maiores de candidatos foi a Grande Fraternidade Branca, desde Shamballa, a cidade localizada no interior do planeta, sob o toque de Sanat Kumara através de seu cetro de iniciações. Nesse aspecto, tanto no passado quanto no presente o mestre sempre encontrou o discípulo em qualquer latitude planetária e o discípulo veio conscientemente ao encontro do mestre. Essas iniciações representam sucessivos alargamentos de consciência por renascimentos simbólicos em direção ao Homem Total, embora com reais sofrimentos, e os iniciados a partir desses momentos galgam posições acima da roda da humanidade comum.

  Com a vinda de Sanat Kumara de Vênus, os períodos de grandes Eras Astrológicas desde a Fundação da Hierarquia Planetária continuariam a influenciar as etapas previstas para o Grande Plano da Criação em nosso planeta como centralizador de sua cadeia, mas tomariam um novo e revolucionário impulso instado por S.K. e seus budas. Adiantamo-nos consideravelmente e hoje entramos numa era preciosa em relação aos destinos da humanidade, pois a média evolucionária de bilhões de almas começa sobremodo a avançar sob o ângulo de seu desenvolvimento astral, psíquico e principalmente mental-Intuicional. A potência das vibrações da era aquariana, como dissemos antes, atrairá as almas que acabam de ultrapassar os umbrais da Era de Peixes e os retardatários da Era de Áries em todas as atividades humanas e do saber que conseguiram despertar e avançar, habilitando-os a intentar um impulso maior em suas atividades mentais e de percepção consciente de outra realidade, anelada a uma Nova Era.

  Esse grande número de almas que ao longo dos anos estará passando por um estreito portal, contudo não terá ainda noção clara do que representa o processo iniciático, mas simplesmente seguirá inconsciente de ter sido trazido para uma polarização do quarto e quinto planos de nossa escala vibratória planetária e humana, principalmente do quinto que revelará a construção final em coletivos da ponte do pensamento concreto para a percepção intuitiva. O processo já demanda milhões de anos desde suas bases inferiores relativas aos corpos astrais e mentais das raças. Já os aspirantes conscientes dos métodos iniciáticos, embora sem saber como realmente acontecerá a iniciação, continuarão obrando sistematicamente junto a humanidade em seus grupos de trabalhos, e através de seus estudos, dedicação e passos reais estarão em permanente contato direto com os núcleos (ou ashrams) comandados por seus mestres ou mantidos em atividades por discípulos graduados. Sobre os ombros desses conscientes trabalhadores repousa a sabedoria das eras em crescentes transmutações para o presente.

  Conforme vimos, as diferenças conceituais: científicas, históricas, filosóficas, religiosas e esotéricas que levaram bilhões a experimentar avanços, retrocessos e ajustes durante a predominância do sexto raio ao longo da conturbada Era de Peixes, e comparadas com as previsões e expectativas dos acontecimentos futuros em Aquário, fazem parte de um processo sequenciado em que o Avatar deste ciclo, Saint Germain, precisará atuar com sua grande sabedoria. Da Era de Touro para Peixes, passando por Áries que lutou pelos ideais antes conquistados, os elementos devocionais implicados na filosofia mentalista de Buda foram trabalhados como uma necessidade onde os percalços precisariam ser admitidos sob Maia ou a Ilusão, a fim de que a conquista final do Homem Total se desse sob á égide da persistência intransigente e do subjetivismo que anulariam para sempre Maia.

  Buda subiu galgando o caminho do meio a fim de alcançar o ponto zero de atração da Terra para poder conhecer o Eu Real. Precisou primeiro conhecer-se, assumir a sabedoria intuitiva e a bem-aventurança do Nirvana para poder descer e ensinar. Já Jesus conheceu primeiro o mundo, entregou-se ao Pai e alojou a atividade salvadora para os homens do mundo, exemplificado no simbolismo do pé, do peixe e dos pescadores, a fim de caminhar nesse mesmo mundo para a atividade sintetizadora da Alma e dessa para o sacrifício da crucificação e morte simbólica. Jesus não morreu fisicamente na cruz, antes simbolizou o sacrifício e subjugação definitiva do ego-personalidade em holocausto da missão reveladora. Nessa mesma encarnação processou a dissolução de sua própria Alma, a quarta iniciação para a qual já vinha obrando, que se consumaria no episódio da crucificação, e em seguida obteve na própria cruz a abertura da segunda de suas iniciações numa mesma encarnação - a quinta naquele momento, e que mais tarde a consumaria definitivamente.

  Assim tivemos Buda a ensinar a ligação da Alma com Atma – o Nirvana redentor e purificado – através da meditação, pela trilha do caminho do meio, e no cumprimento reto das oito regras. Cristo ensinou a mesma salvação desde a Alma para a direção da Terra, pelos caminhos retos em auxílio aos pecadores, e pelos desapegos às ilusões deste mundo em sucessivas sublimações e transmigrações dos desejos da alma terrena ao reino do outro mundo. Saint Germain virá tratar de fortalecer para a porção mais avançada da humanidade a ponte que leva do caminho do meio - considerando o plano mental o intermediário entre a personalidade e a Alma - para os próprios domínios da Alma e dessa para a união com a Mônada através de Atma ou Vontade Espiritual. Ou seja, Cristo continuará sua missão em Aquário num patamar ou nível mais elevado de acordo com o avanço mental do mundo. Nesse processo, Buddhi – o plano da intuição – virá desempenhar o papel de a lanterna que ilumina o Sendero ao instalar seus raios nos caminhos do mundo astral a fim de que os viajantes conscientes de Aquário, os vacilantes e os retardatários de Áries e Peixes não se desviem da jornada.

  Tanto em Peixes como em Aquário a presença da água demonstra a atividade astral da personalidade e seus desencantos nesse grande reduto da Face Negra de Maia. Entretanto, o mundo astral precisa ser requalificado e limpo de todas as formas de energias e campos vibratórios das organizações negativas que pululam no planeta desde as civilizações mais recuadas, o que é esperado acontecer na Era de Aquário. As águas astrais onde os ocultistas se debatem para retomar sempre o prumo de suas atividades mais nobres é de vital importância no equilíbrio mente-desejos ou pensamentos-emoções de toda a humanidade. Vejamos o que nos diz A.A. B:

  O signo da era aquariana representa a um homem que leva sobre seus ombros um cântaro de água que derrama sobre tudo e todos e, não obstante, se mantém cheio. O signo da Lei do Serviço (*) é muito similar da era aquariana, entretanto a diferença reside em que o homem está perfeitamente equilibrado em forma de cruz, com os braços estendidos e o cântaro de água sobre a cabeça Um real significado reside nessa diferença. O cântaro de água sobre os ombros significa a obrigação de servir. Não é fácil servir. (...) O homem com o cântaro sobre a cabeça indica prumo, equanimidade e equilíbrio.’

 (*)A Lei do Serviço não pode ser evadida. Iludi-la traz o consequente castigo se é feito conscientemente.

  Enquanto o homem caminha pela senda da humanidade comum, nascendo e renascendo nos signos no mesmo sentido da retrogradação ou Precessão dos Equinócios, ele luta para afirmar-se no mundo da personalidade, e suas inclinações se ajustam nas considerações comuns das leituras dos horóscopos. Ao avançar como Alma ele inverte o sentido de seus nascimentos em relação ao zodíaco comum e passa a renascer signo a signo em sentido contrário ao dos ponteiros de um relógio, adquirindo valores superiores cujas inclinações de muitas maneiras escapam das regências planetárias segundo horóscopos tradicionais. Por isso se diz que o zodíaco menor se relaciona à personalidade enquanto o zodíaco maior está relacionado com a Alma. Nesse novo enquadramento os planetas que regem as casas astrológicas desde o nascimento de uma pessoa não seguem as mesmas tabulações, ou seja, agrupam informações parciais e somente relativas ao ego inferior.

  Devido ao fato de os alertas místicos e ocultistas estarem acontecendo com muita frequência, confirmados pelos acontecimentos tanto físicos na Terra quanto nas mudanças dos sensíveis modelos das organizações humanas – principalmente depois da entrada do terceiro milênio – mentes mais sectárias e fanatizadas pelo ceticismo radical ou pela ciência, já admitem uma incômoda expectativa de transformações, apesar de dissimulações. Os efeitos da Era de Aquário se fazem sentir sobre os edifícios milenares e anacrônicos de Peixes. As poderosas energias de Aquário chocam-se com as energias antes sedimentadas em valores secularizados. O anticristo é a todo o momento evocado como o responsável pelas destruições, personalizado ora na figura de um ditador, de um povo ou de uma nação. Muitos anticristos já foram identificados pelos religiosos nos séculos passados, quando no papel de generais conquistadores. Genghis Khan, Alexandre Magno, Atila, Napoleão, Hitler são os preferidos pelos acoimadores. No entanto nenhum deles, em verdade, foi o anticristo apontado.

  O anticristo, segundo nos passa a sabedoria oculta de Djwal Khul, não é uma personalidade e nem um coletivo residencial de uma nação ou povo. O anticristo não é somente a destruição de valores mentais e físicos, mas sim o destruidor-e-renovador. É a energia que antecede à entrada de um novo ciclo que precisa ser transformado. O anticristo é fogo e água, como o próprio Cristo já dizia de sua outra face, que ao mesmo tempo em que destrói prepara para depois reconstruir. Como quando falou expressando-se para o iniciado que se arremete aos domínios da Alma:

 Lembraram-se os seus discípulos do que está escrito: o zelo da tua casa me consumirá. Perguntaram-lhe, pois, os judeus: que sinal nos mostra, para fazeres estas coisas? Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei (...)

  Ele se referia ao templo interno, aos valores consolidados e cristalizados não removidos pela mente inferior, mas que nas duras e sinceras provas de aspiração, a presença do Cristo dissolveria no fogo ardente mediante a fé e a coragem do candidato. Os três dias são as três iniciações, contadas depois da primeira e inicial que coloca no caminho o aspirante que, não obstante, nessa primeira iniciação, não reúne ainda poderes internos de destruição em Cristo.  Diria ainda Cristo na figura de Jesus: “Eu vim para lançar fogo sobre a terra e bem quisera que já estivesse a arder. Tenho, porém, um batismo com o qual hei de ser batizado; e quanto me angustio até que o mesmo se realize. Supondes que vim para dar paz à terra? Não, eu vo-lo afirmo, antes, divisão (...). Ou seja, a primeira graduação superior do candidato será a iniciação chamada de Nascimento, que se revela como o início de um processo para outra realidade interna. O Batismo é a segunda iniciação daquele que segue essa mesma trilha interna. Nesse episódio Ele fala ao candidato a quem batizará na segunda iniciação, pois o Cristo está presente de maneira direta e particular nas duas primeiras iniciações. Essa segunda iniciação, por oportuno, leva algumas encarnações para ser alcançada, portanto é natural a ansiedade do candidato, e de seu cristo interno, ante a aproximação e culminância do momento.

  Para ser Avatar de uma era astrológica, é necessário um grande preparo, sabedoria muito avançada e um respaldo diário da Fraternidade Branca a fim de que tudo se consume segundo os melhores esforços, visão e incorporação mental do Grande Plano da Criação. A responsabilidade é imensurável, pois o Avatar (o eleito pela Fraternidade Branca) carrega em sua mente os elementos-chaves a serem no devido tempo, na própria mente, decodificados (um processo extremamente complexo) e em seguida administrados por todos os discípulos avançados nos métodos iniciáticos, e com a colaboração consciente ou inconsciente de homens intelectuais, não sectários nem fanatizados, emergentes do coletivo humano, com visões ampliadas sobre as relações de vida.

  Nenhuma dessas grandes almas que representaram expoentes fantásticos dos movimentos religiosos e esotéricos desde tempos mais recuados trabalhou sozinha. A inclusão assistencial da Grande Fraternidade Branca já incorpora sine qua non a própria missão do eleito que representa o símbolo encarnado daquele momento histórico mundial. Foi o que aconteceu com Jesus. Vejamos o que nos passa A.A. B, num dos momentos grandiosos da vida do Mestre da Galiléia onde ao mesmo tempo em que solidificava a um pensamento e situação real de um peregrino na Senda, já mostrava o caminho para a era vindoura, hoje de Aquário:

  “Mestre Jesus crucificado ali, sentiu a agonia da necessidade humana e renunciou à Sua própria vida; deu tudo de si (falando também simbolicamente) para satisfazer essa necessidade. Nesse momento Cristo influenciou seu grande discípulo e também passou simultaneamente por uma grande experiência iniciática. Sua agonia e a necessidade de receber a revelação e uma acrescentada iluminação (a fim de ampliar suas faculdades como Salvador do mundo) revelaram-lhe as novas possibilidades, pelas quais – quando as enfrentou confusamente no Horto do Getsemani e mais tarde na cruz – toda Sua natureza se coibiu.

  Esse é um grande mistério e compreende-lo é tão impossível como saber do que estou falando; é conveniente estabelecer o fato na consciência de que na iniciação da Crucificação, Mestre Jesus recebeu a quarta e Cristo a sexta iniciação. Mestre Jesus alcançou a experiência culminante do Caminho Iluminado, enquanto Cristo, mediante esse esforço final, se permitiu completar e atravessar o “arco íris” e, portanto, “ir ao Pai” (como é dito a Seus discípulos), avançando até a primeira etapa do Caminho de Evolução Superior”.

  A humanidade caminha a passos largos para a consolidação de um processo iniciatório mesmo inconscientemente conforme já aludimos, começado logo ao limiar da Era de Aquário, continuando ao longo da Era e cuja projeção deverá abarcar a 1/3 ou até 2/5 da humanidade atual. Os restantes 2/3 ou 3/5, deixarão o planeta. Parte do coletivo rejeitado reiniciará suas experiências e aprendizados na própria Terra em tempos futuros, porém em níveis inferiores aos então lá conquistados, enquanto outra parte será transmigrada para outros planetas de nosso sistema solar. Uma terceira e maior parte, mais atrasada, entrará em repouso até nova passagem da vida pela cadeia do planeta Terra, chamada ronda. O sucesso de parte da humanidade atual é ressaltado no seguinte trecho da autora:

  Do ponto de vista mais amplo, esta luta por purificar a atmosfera do mundo a enfrentará a humanidade após a primeira iniciação, que hoje se acha muito próxima (Apesar de milhões já a terem alcançado, a autora provavelmente se refere a um percentual expressivo beirando talvez dois bilhões de almas, ou pouco menos, que logo estarão alcançando essa primeira iniciação). Portanto, verão por que Cristo deve reaparecer nesses momentos, porque Ele preside a primeira e segunda iniciações e Sua chegada indicará que a humanidade terá recebido a primeira, a qual confirmará e consolidará o trabalho realizado, inaugurando o ciclo e período mundial onde terá lugar a tarefa de reorganizar a vida emocional e psíquica da humanidade; esse período liberará a energia da boa vontade criando assim, automaticamente, retas relações humanas”.

  Devemos salientar que Cristo jamais se ausentou da humanidade e aqui é falado em termos gerais de Sua presença não somente caracterizada pelas energias poderosas cerimoniais e ritualísticas de Aquário e das mudanças acentuadas na mentalidade humana, como também de sua presença tangível aos sentidos humanos. Os milhões não esotéricos que já atingiram os patamares da primeira iniciação tiveram a presença do Cristo iniciador em suas consciências e em futuro virão reconhecer a realidade que hoje lhes está ocultada.

  Reação Esperada Contra a Era de Aquário

  O anticristo surge juntamente com Cristo e ambos trabalham se complementando. No oriente o anticristo é Shiva, o destruidor-e-renovador e essas mesmas radiações se antecipam ao trabalho inovador do Cristo Aquariano e da figura solene de Saint Germain o chefe dos rituais e cerimônias que se intensificarão na Era de Aquário. A reação de certos grupos fanáticos das igrejas católicas e evangélicas a acusar esotéricos e espíritas com argumentos bíblicos de apurados silogismos, dialeticamente muito bem montados, é da mesma forma altamente suspeita e comprometedora. Citam ostensivamente a besta apocalíptica como a mãe de todos os desvairados esotéricos, mentem e os culpam de todos os males do mundo. Demonstram e repetem seguidamente que o anticristo é um Maytréia vivente na Síria, aguardados pelos esotéricos propagadores da Nova Era para reinar sobre todas as nações num só governo e sob religião única. Apontam nominalmente Saint Germain, Djwal Khul, A.A. Bailey, H.P, Blavatsky e outros expoentes da sabedoria esotérica como discípulos demoníacos ativos do anticristo e misturam os ideais dos pregadores da Nova Ordem Mundial, cujos propósitos não são nenhum pouco espiritualistas nem humanitários - muito pelo contrário - com os ideais puros e nobres de mestres-irmãos fraternais da Nova Era que trabalham em favor do planeta há milênios, sob as orientações da Fraternidade Branca Universal fundada por Sanat Kumara há milhões de anos, desde a época lemuriana.

  Portanto, a Nova Era nada tem de aterrorizante, nem de criminosa, nem de blasfema ou inimiga das religiões, e parece-nos patente que esses desvarios de homens e mulheres os levam a pretender encobrir temores em perder suas militâncias dentro dos organismos hierárquicos dessas religiões, já excessivamente personalizadas. Ou na melhor das hipóteses, imaginam que as verdades de Deus os escolheu somente a eles para arautos.
 
  Essa reação era esperada e vem revelar as agonias e estertores das velhas fórmulas dos reacionários que não desejam mudanças. Num ponto os religiosos em polvorosas têm razão, porque haverá uma nova religião mundial que terá novamente Cristo como ícone; virá revelar outras faces das mesmas verdades, adicionadas e aliadas às descobertas da nova ciência, que por seu turno redescobrirá as ciências dos esotéricos de antigos ocultistas e dos mestres da meditação oriental. Veremos nos milênios vindouros coisas extraordinárias, como a realidade da fraternidade mundial entre raças e nações e o homem a se interiorizar cada vez mais em busca de seu Eu Real para expressar-se como Homem Total. Com isso, as energias que se conjuminarão com os raios de Aquário formarão egrégoras muito mais poderosas e restauradoras das energias, pois a ciência se encarregará de apurar o aspecto forma do corpo da humanidade enquanto os mestres das ciências ocultas ensinarão como melhor adaptar a personalidade às fontes energéticas do corpo etérico, com isso facilitando a descida da Alma através da ponte ou antakarana, na laboriosa tarefa de buscar a unificação personalidade-alma nas suas manifestações no plano terreno.

Rayom Ra 
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                                                    Rayom Ra                                                                                                  http://arcadeouro.blogspot.com.br