quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Vem, ó Borboleta e Voa!


                                    Vem, ó borboleta e voa!
                                    Com tuas asas multicores,
                                    Que se batem em louvores,
                                    Sob um céu de anil e flores!

                                    Inaudível é tua voz,
                                    Nas quebradas do acalanto,
                                    Mas vestida como em manto,
                                    Alegre és por todo o canto!
                                
                                    Vem, ó borboleta e voa! 
                                    Aos teus lindos esplendores,
                                    Pois além quando tu fores,
                                    Viverás sem teus amores!
                                    
                                                                  Rayom Ra
                                                 http://arcadeouro.blogspot.com
                                                              


terça-feira, 9 de setembro de 2025

A Fundação da Hierarquia


Neste trabalho não tratamos dos passos que levaram à fundação da Hierarquia no planeta, nem de considerar as condições que precederam o advento daqueles Seres. Isto pode ser estudado em outros livros de ocultismo do Ocidente e nas Sagradas Escrituras do Oriente.

Para o nosso propósito é suficiente dizer, que na metade da época Lemuriana, aproximadamente, dezoito milhões de anos atrás, um grande evento ocorreu que levou, entre outras coisas, aos seguintes processos - O Logos Planetário de nosso plano terrestre, um dos Sete Espíritos Perante o Trono, encarnou-se fisicamente e, sob a forma de Sanat Kumara, O Ancião dos Dias e o Senhor do Mundo, desceu para este planeta físico denso e tem permanecido conosco desde então.(*) No que concerne a esse fato, suas atribuições como Senhor do Mundo passaram ao Buda Gautama, após este Buda ter sido treinado para assumir o cargo.

Devido à extrema pureza de Sua Natureza e ao fato de que é [do ponto de vista humano] relativamente sem pecado e, portanto, incapaz de reagir a qualquer do plano físico denso, Ele não pode adotar um corpo físico denso, como o nosso, e tem de atuar no Seu corpo etérico. Ele é o maior de todos os Avatares ou Seres que virão, pois é um reflexo direto daquela grande Entidade que vive, respira e age através de todas as evoluções deste planeta, mantendo tudo dentro de Sua aura ou esfera magnética de influência.

Nele nós vivemos e nos movemos e temos o nosso Ser, e nenhum de nós pode ultrapassar o raio de Sua aura. Ele é o Grande Sacrifício que deixou a glória dos altos lugares e, para o bem, da evolução dos filhos dos homens, tomou para Si uma forma física à semelhança do homem. Ele é o Vigilante Silencioso no que concerne à nossa humanidade imediata, embora literalmente, o Próprio Logos Planetário, no plano superior de consciência no qual Ele atua, seja o verdadeiro Vigilante Silencioso no que diz respeito ao esquema planetário. 

Talvez isto possa ser assim expresso: - O Senhor do Mundo, o Iniciador Único, ocupa a mesma posição, em relação ao Logos Planetário, que a ocupada pela manifestação física de um Mestre em relação à Mônada do Mestre no plano monádico. Em ambos os casos, o estado intermediário de consciência, aquele do Ego Superior foi superado; e aquilo que vemos e conhecemos é a manifestação direta, autocriada, do próprio espírito puro. Daí o sacrifício.

Deve-se aqui levar em conta que, no caso de Sanat Kumara, há uma tremenda diferença em grau, pois Seu ponto na evolução está tão avançado em relação ao de um Adepto, como o deste em relação ao do homem animal. 

Com o Ancião dos Dias veio um grupo de outras Entidades altamente evoluídas, que representam Seu próprio grupo cármico individual e aqueles Seres que manifestam a natureza tríplice do Logos Planetário. Eles encarnam, por assim dizer, as forças emanando dos centros da cabeça, do coração e da garganta. Eles vieram com Sanat Kumara para formar pontos focais de força planetária, para ajudar no grande plano do desabrochar autoconsciente de toda a vida.

Seus lugares têm sido gradualmente preenchidos pelos filhos dos homens, à medida que estes se qualificam para isso, embora, até recentemente, isto tenha incluído bem poucos de nossa humanidade terrestre imediata.

Aqueles que são agora o grupo interno ao redor do Senhor do Mundo, foram primariamente recrutados das fileiras dos que eram iniciados na cadeia lunar [o ciclo de evolução precedente ao nosso] ou que vieram de outros esquemas planetários, em certos fluxos de energia solar, astrologicamente determinados; todavia, aqueles que têm triunfado em nossa própria humanidade estão rapidamente aumentando em número e desempenham as funções subalternas abaixo do grupo esotérico central dos Seis que, com o Senhor do Mundo, formam o coração do esforço hierárquico.

                                              Efeito Imediato

O resultado de Seu advento, milhões de anos atrás, foi estupendo, e seus efeitos estão ainda sendo sentidos. Estes efeitos podem ser assim enumerados: O Logos Planetário, em seu próprio plano, pode adotar um método mais direto na produção dos resultados que desejava executar em Seus projeto. Como é bem sabido, o esquema planetário, com seu globo denso e os globos internos mais sutis, é, para o Logos Planetário, o que o corpo físico e seus corpos sutis são para o homem. Portanto, como ilustração, pode-se dizer que a encarnação de Sanat Kumara foi análoga ao firme domínio auto consciente que o Ego do ser humano assume sobre seus veículos, quando o necessário estágio na evolução é atingido.

Tem sido dito que, na cabeça de cada homem, há sete centros de força, ligados aos outros centros de força, através dos quais a força do Ego se difunde e circula, assim executando o plano. Sanat Kumara com os seis outros kumaras, mantém posição similar. Estes sete seres centrais são como os sete centros da cabeça, para o corpo físico. Eles são os agentes diretores e os transmissores de energia, força, propósito e vontade do Logos Planetário no Seus próprio plano.

Este centro da cabeça planetário atua diretamente através dos centros do coração e da garganta, e por esse meio, controla todos os centros remanescentes. Isto serve apenas como ilustração e como uma tentativa para mostrar a relação da Hierarquia com sua fonte planetária, e também a íntima analogia entre os métodos de funcionamento de um Logos Planetário e o do homem, o microcosmos.  

O terceiro reino da natureza, o reino animal, atingirá um grau de evolução relativamente alto e o homem animal possuía a Terra; ele era um ser com um corpo físico poderoso, um corpo astral ou um corpo de sensação e sentimento, coordenado, e um rudimentar germe de mente que poderia algum dia formar um núcleo do corpo mental.

Abandonado a si mesmo por longos eons, o homem animal teria finalmente progredido até passar do reino animal para o humano, e se teria tornado uma entidade racional funcionante, consciente de si própria, mas quão lento o progresso teria sido pode ser evidenciado pelo estudo dos Boximanes da África do Sul, dos Vedas do Ceilão e dos cabeludos Ainus, do Japão.

A decisão do Logos Planetário, de adotar um veículo físico, produziu um estímulo extraordinário no processo evolutivo por Sua encarnação e pelos métodos de distribuição de força que empregou, Ele produziu, num breve ciclo de tempo, o que de outra maneira teria sido inconcebivelmente vagaroso. O germe da mente no homem animal foi estimulado. 

O homem inferior quádruplo:
a. O corpo físico, na sua capacidade dual, densa e etérica,
b. A vitalidade, força-vida ou prâna,
c. O corpo astral ou emocional,
d. O incipiente germe da mente; 
este último que foi coordenado e estimulado, tornando-se um receptáculo apropriado para a vinda das entidades autoconscientes, aquelas tríadas espirituais - reflexos da vontade espiritual, da intuição ou sabedoria e da mente superior -  que, por longas eras esperaram, justamente, por tal precisa oportunidade. O quarto reino, ou humano, veio então à existência; e a unidade racional ou consciente de si própria - o homem - começou sua carreira.

Outro resultado do advento da Hierarquia foi um desenvolvimento semelhante, embora menos reconhecido, em todos os reinos da natureza. No reino mineral, por exemplo, certos minerais, ou elementos, receberam um estímulo adicional e se tornaram radioativos, e uma misteriosa mudança química ocorreu no reino vegetal. Isto facilitou o processo de comunicação entre os reinos vegetal e animal, da mesma maneira que a radioatividade dos minerais é a ponte de ligação sobre o abismo entre os reinos mineral e vegetal.

No devido curso de tempo, cientistas reconhecerão que todos os reinos da natureza ficam entrelaçados e interpenetrados quando as unidades daquele reino se tornam radioativas. Mas não é necessário continuar divagando por estas linhas. Uma sugestão é o suficiente para quem tem olhos de ver e intuição para compreender o significado contido em alguns termos que seriam obstaculizados por uma conotação puramente material.

Nos dias lemurianos, após as grandes descidas das Existências Espirituais à Terra, o trabalho que Elas planejaram foi sistematizado. As funções foram distribuídas e os processos de evolução, em todos os departamentos da natureza, foram postos sob a direção consciente e sábia desta Fraternidade Inicial. 

Esta Hierarquia de irmãos de Luz ainda existe e o trabalho prossegue firmemente. Eles estão todos em existência física, em corpos físicos densos, tal como muitos Mestres empregam, ou em corpos etéricos, tais como os auxiliares mais excelsos e o Senhor do Mundo ocupam.

É importante para os homens lembrarem-se de que Eles estão em existência física e terem em conta de que Eles existem neste planeta, conosco, controlando seus destinos, guiando seus negócios e liderando todas as suas evoluções, até uma perfeição final.

A Sede Central desta Hierarquia é em Shamballa, no centro do deserto de Gobi, chamado nos livros antigos, a "Ilha Branca". Ela existe em matéria etérica e quando a raça dos homens na Terra tiver desenvolvido a visão etérica, sua localização será reconhecida e sua realidade, admitida. O desenvolvimento desta visão está ocorrendo rapidamente, como pode ser inferido pelos jornais e pela literatura corrente, a cada dia, mas a localização de Shamballa será um dos últimos lugares sagrados a ser revelado, porque existe na matéria do segundo éter.

Vários dos Mestres vivem em corpos físicos no Himalaia, num lugar retirado chamado Shigatse, longe dos caminhos dos homens, mas a maior parte está espalhada por todo o mundo, vivendo em lugares diferentes, nas diversas nações, irreconhecidos e desconhecidos, no entanto, formando, cada um, no seu próprio lugar, um ponto focal da energia do Senhor do Mundo e tornando-se em Seu meio ambiente, um distribuidor do amor e sabedoria da Divindade.

                                 A Abertura do Portal da Iniciação

Não é possível referir-se à história da Hierarquia, durante as longas eras de seu trabalho, sem mencionar certos acontecimentos notáveis do passado e assinalar certas eventualidades. Por eras, depois de sua imediata fundação, a obra foi lenta e desencorajadora. Milhares de anos transcorreram e raças de homens apareceram e despareceram da Terra antes que fosse possível delegar para os filhos dos homens em evolução, mesmo o trabalho feito por iniciados do primeiro grau. 

Mas, no meio da quarta raça-raiz, a Atlante, um evento ocorreu, que exigiu uma mudança, ou inovação, no método Hierárquico. Alguns de seus membros foram convocados para um trabalho mais elevado em outra parte do sistema solar, e isto trouxe para a Hierarquia, por necessidade, um certo número do indivíduos altamente evoluídos da família humana. Para facilitar a substituição, os membros menores da Hierarquia subiram todos um posto acima, deixando vagos os cargos inferiores.

Portanto, três coisas foram decididas na Câmara do Conselho do Senhor do Mundo:

1. Fechar a porta pela qual os homens-animais passavam para o reino humano, não permitindo, por algum tempo, a mais nenhuma Mônada no plano superior, se apropriar de corpos físicos. Isto restringiu o número do quarto reino, ou humano, ao seu limite de então.

2. Abrir uma outra porta e permitir aos membros da família humana que estivessem desejando submeter-se à disciplina necessária e fazer o estupendo esforço requerido, entrar no quinto reino ou espiritual. Desta forma, as fileiras da Hierarquia poderiam ser preenchidas pelos membros da humanidade da Terra que se qualificassem.
Esta porta é chamada o Portal da Iniciação e ainda está aberta, nos mesmos termos que foram estabelecidos pelo Senhor do Mundo nos dias de Atlântida. Estes termos estão relatados no último capítulo deste livro [Livro Fundação da Hierarquia Porta]. 
A porta entre os reinos animal e humano será novamente aberta durante o segundo grande ciclo ou "Ronda", como é chamada em alguns livros, mas como ainda faltam alguns milhões de anos para isso, não é tarefa nossa para o momento.
 
3. Foi também decidido definir claramente a linha de demarcação entre as duas forças - da matéria e do espírito - a dualidade inerente em toda manifestação foi enfatizada, tendo como objetivo ensinar aos homens como se libertarem das limitações do quarto reino, ou humano, e assim passarem ao quinto, ou espiritual.
O problema de bem e mal, da luz e das treva, do certo e do errado, foi enunciado unicamente em benefício da humanidade e para permitir aos homens romperem os grilhões que aprisionavam o espírito e assim, atingir a liberdade espiritual.
Este problema não existe nem nos reinos abaixo do humano nem naqueles que o transcendem. O homem tem de aprender, por meio da experiência e da dor, o fato da dualidade de sua existência.
Tendo assim aprendido, ele escolhe aquilo que é relativo ao aspecto espiritual totalmente consciente da divindade e aprende a centralizar-se nesse aspecto.
Tendo assim atingido a libertação, ele descobre, que tudo é uno, que espírito e matéria são uma unidade, nada existindo exceto aquilo que se encontra na consciência do Logos Planetário e - em círculos mais amplos - dentro da consciência do Logos Solar.

A Hierarquia aproveitou-se, assim, da faculdade discriminativa da mente, que é a qualidade distintiva da humanidade, para que o homem, através do equilíbrio de pares de opostos, alcance seu objetivo e encontre seu caminho de volta à fonte de onde veio. Esta decisão levou àquela grande luta que caracterizou a civilização atlante e que culminou na destruição chamada o dilúvio, referida em todas as Escrituras do mundo.

As forças da luz e as das trevas foram postas em ordem de batalha, umas contra as outras, e isto em auxílio da humanidade. A luta persiste ainda, e a primeira guerra mundial pela qual acabamos de passar, foi uma sua recrudescência. Em cada lado, naquela guerra mundial, dois grupos eram encontrados: os que lutavam por um ideal, como eles o viam, até o máximo que conheciam, e aqueles que lutavam por lucros materiais e egoístas. Na luta destes influentes idealistas e materialistas, muitos foram os que, arrastados a ele, lutaram cega e ignorantemente, sendo assim engolfados no carma racial e no desastre.

Estas três decisões da Hierarquia tiveram e terão um efeito profundo sobre a humanidade, mas o resultado desejado está sendo atingido a uma rápida aceleração do processo evolutivo e um efeito profundamente importante sobre o aspecto mental do homem, já podem ser vistos.

Seria bom assinalar aqui que, trabalhando como membros da Hierarquia, estão numerosos seres chamados anjos, pelos cristãos e devas pelos orientais. Muitos deles passaram pelo estágio humano muitas eras atrás e trabalham agora nas fileiras da grande evolução paralela à humana, que se chama evolução dévica.

Esta evolução inclui, entre outros agentes, os construtores do planeta objetivo e as forças que produzem, através daqueles agentes construtores, todas as formas, familiares ou não familiares. Os devas que cooperam com o esforço Hierárquico ocupam-se, portanto com o aspecto forma, ao passo que os outros membros da Hierarquia estão ocupados com o desenvolvimento da consciência dentro da forma.

Fonte: Capítulo IV da Obra: O Reaparecimento do Cristo.
                  Por Alice A. Bailey / D.J. Khull

                                       Rayom Ra
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sábado, 6 de setembro de 2025

Jesus Entre Nós - I

 JESUS ENTRE NÓS......

                                 Relato de Rosane Amantéa
Que a humanidade esteja feliz e desperta para esse momento de importância inigualável em nosso planeta.
 
Nasceu, exatamente às 5 hrs e 48 minutos da madrugada do dia 07 de setembro de 2012 ( celebra-se a Independência do Brasil ), num vilarejo urbanizado, próximo ao Distrito Federal, no Planalto Central do Brasil, um ser de intensa luz, conforme nos revelou Sanat Kumara*, em julho de 2011.       
 (* ver observação no final deste relato )
 
Fui chamada a acordar ás 5 hrs e 40 minutos, quando ouvi o comando dos mestres espirituais:  '- Fique alerta e ajudemos !'
Sentei-me na cama e comecei a orar com fervor.

Ouvi o primeiro grito de vida...o primeiro choro...vi os rostos do pai e mãe..o clarão do local onde nascia...e olhei par o visor do celular: 5 e 48 hrs. Fiquei atenta... Um inseto voava pelo ambiente de forma ininterrupta. Tudo aparentava como se algo muito sério estivesse acontecendo. Mas tudo era tenso. Parccia que o mundo estava abalado. No entanto percebia um  controle absoluto de tudo...um controle divino, embora muitas ameças à ordem.

 Na noite passada havia recebido Mestra Kuan Yin com vários meninos, tendo ela me deitado várias palavras sobre a importãncia do amor no nosso mundo, e no quanto as crianças estão precisando de orientação espiritual...e nessa oportunidade vi a descida de pelotões de esséias por todo lado em minha casa e em todas as cidades do mundo. Verifiquei, então, que as hostes guerreiras, as milícias celestiais, estavam de prontidão...e que, a qualquer momento, o mestre amado estaria chegando.

Nesses instantes um estrondoar de vozes animalescas ecoavam por todo o orbe terráqueo...e era como se todo planeta estremecesse.

Ao ouvir que deveria sair do corpo e engrossar as fileiras junto aos Esséias, presentes na Terra em massa, mais precisamente desde às vésperas ( entre 05/ 06 de setembro/2102 ) , perguntei se aquilo era verdade, pois havia imaginado que veria cortes de anjos e inebrantes cenários divinais.

       No entanto, vi um esgarçar de bocas ferozes e ouvi um temeroso e retumbante vozerio em revolta arrebatadora. Havia também muito sofrimento...vozes que pediam socorro.

Uma doce névoa perfumada voltou a dar-me um sono incontrolável, repentinamente...e quando acordei novamente já sabia que o mundo havia sido redimensionado na sua frequência de luz.

       Pensei em logo vir escrever...mas vozes inaudíveis, telepáticas, me pediam para esperar.
       A orientação foi : 
       '- O aviso sobre esse fato só será dado pós meia noite, entre 7/8 de setembro. Enquanto isso estaremos realizando uma grande empreita celestial nesse dia memorável.'
Aguardei o momento certo com disciplina e obediência, sempre pedindo ao Pai que não me permitisse escrever nada que não fosse a estrita verdade.

Aqui escrevo, agora, então, sob supervisão direta e confirmações de centenas de seres espirituais presentes e sob o amparo de sedimentadas egrégoras cósmicas ancestrais.

Dou graças a Deus por poder participar desse sagrado  acontecimento !
Glórias ao Pai por permitir essa sublime presença entre nós !
E, graças a essa presença...tudo estará em melhor andamento na Terra.
Haja fé...haja paciência para que as novas construções de valores mais altruísticos na nossa civilização sejam alicerçadas a partir desse novo influxo divino...esse que se dará pela poderosa irradiação dos mananciais da suprema luz do Mestre à humanidade...

Haja esperança !
E que o seu AMOR se expanda, a cada dia, e reine absoluto daqui para todo o sempre, em todos os recantos do nosso globo e em todos os corações !
Assim seja ! Assim será !
Fraternais abraços a todos os meus irmãos planetários.
                                                        Rosane Amantéa 

( Digitado a partir das 2 hrs e 32 minutos da madrugada de 08/setembro/2012, em Londrina, Paraná, Brasil.)

 *Obs 1 : Esses últimos dias foram de muito cansaço físico, com muito desgaste de energias para nós,  por estarmos  conectados a esse evento de forma multifocada. ( ou seja, trabalhando em várias camadas dimensionais ). Realizamos vários cultos em nosso Núcleo de Integração Cósmica Jardim de Ísis, e foram pedidas várias providências a nível de Magia Cosmotelúrica para preparação frequencial desses momentos, como os houve em vários grupos âncora espalhados pelo Brasil e pelo globo, como ficamos sabendo, dada a relevância desse momento especial e esplendoroso. Creio que muitas pessoas devam ter sentido um certo aturdimento e sintomas estranhos nesses dias.
 
*Obs 2 : Para compreensão melhor desse texto, favor ler a mensagem de Sanat Kumara, que nos foi transmitida aos 5 de julho de 2011, sobre o retorno de Jesus ao plano carnal. Clique no título abaixo.

                       'ENTRE OS LÍRIOS DO AMANHÃ - A RENÚNCIA DE JESUS"

                                                    ©2012 Rosane Amantéa
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                                                   Rayom Ra
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Jesus Entre Nós - II

                                           Possível imagem do Mestre aos 2 anos.

 

Sábado, 08 de setembro de 2012

 
                  Continuação do relato sobre o renascimento do Mestre  no Brasil
              (Imagem semelhante à fisionomia do Mestre aos 2 anos, aqui no Brasil.)


Informações sendo trazidas desde hoje de manhã a essa mensageira espiritual fazem-me voltar ao tema do nascimento do Mestre, aos 7 de setembro de 2012, no Planalto Central do Brasil.


Logo cedo foi-me mostrado o olhar do amado mestre Sananda Jesus, em novo templo físico, cujo nome atual não sabemos ainda.


Praticamente, ele olhava para mim, no colo de sua mãe, estando essa vossa irmã desdobrada em corpo astral e visualizando o leite abundante de uma moça de cabelos pretos, bonita, que o erguia para cima, vez ou outra, muito contente e satisfeita.
O olhar dele, enquanto mamava, diretamente para mim, parecendo ser proposital, fazia-me perceber que ele é mestiço de mulher branca e pai indígena..ou ela mestiça e ele indígena, possivelmente.
Seus olhos são puxados e a cor dele é parda, com cabelos pretos lisinhos e brilhosos...e bem magrinho.
A região de seu nascimento parece ser mais para a direção da cidade de Alto Paraíso, pois foi-me mostrado o mapa da região.
Vejo-o vestindo um termo preto com um emblema da república brasileira no peito, do lado esquerdo...e o emblema será diferente...pois predominará a cor verde, com novo desenho...uma árvore ou planta verde...algo assim.
 Sem dúvida ele estará na política do Brasil e defenderá a natureza, os povos pobres, as minorias, a agricultura e a ética planetária.
Deixo abaixo um retrato semelhante ao que ele poderá aparentar perto de 2 aninhos, se engordar.....retrato este eleito pelos espíritos aqui presentes: El MORYA, JOSE DE ARIMATÉIA, PAI TOMÉ, MESTRA NADA...entre outros...e ainda muitos esséias protetores.
A cada nova informação voltaremos a postar aqui, pois não pode haver omissão de serviço de intermediação nesse momento tão grandioso, dado que não se sabe o que o Pai intende sobre a própria vida dessa mensageira.
Com total certeza do que escrevo e com amor incondicional a todos os povos do planeta, manifesto aqui os meus reiterados votos de que esse momento não passe desapercebido, apenas com posturas de dúvida, indiferença ou críticas antifraternas ( ...naturais....mas sem fundamento..pois essa é uma verdade... ).
    
                                              ©2012 Rosane Amantéa
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                                                  Rayom Ra
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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Cristo e a Nova Era - A Vinda do Deus Sol - A.A. Bailey/Mestre D. K.

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 Há um ponto que gostaria de destacar; é o do domínio da religião e diz respeito à significação do Natal. Da noite dos tempos, como sabeis, o período no qual o Sol se move novamente para o norte tem sido considerado como época festiva; por milhares de anos tem sido associado à vinda do Deus Sol para salvar o mundo, para trazer luz e fertilidade à Terra e, através do trabalho do Filho de Deus, trazer esperança à humanidade.

  A época do Natal é vista por aqueles que nada mais conhecem, apenas como a Festa do Cristo, e isto as igrejas cristãs o têm enfatizado e disto todos os sacerdotes dão testemunho. Isto é tanto falso como verdadeiro. O Fundador da Igreja Cristã – Deus encarnado – serviu-Se deste período e veio a nós no escuro do ano e iniciou uma nova era na qual a luz seria a nota distintiva. Isto é verdadeiro sob vários ângulos, mesmo puramente físico, pois hoje temos um mundo iluminado; luzes podem ser vistas em toda parte e as noites escuras como breu estão desaparecendo rapidamente. A luz também desceu a Terra na forma de “luz do conhecimento”. Hoje a educação, cujo objetivo é levar os homens ao “caminho iluminado”, é a nota chave de nossa civilização e a preocupação maior em todos os países. A remoção da ignorância, o desenvolvimento da cultura verdadeira e a investigação da verdade em todos os campos do pensamento e da pesquisa são de suprema importância em todos os países.

  Assim, quando Cristo afirmou (como indubitavelmente o fez), juntamente com todos os Salvadores e Filhos de Deus, que Ele era a Luz dos mundos, inaugurou um período maravilhoso no qual a humanidade tem sido ampla e universalmente iluminada. Este período data do Dia de Natal há 2.000 mil anos na Palestina. Esse foi o maior de todos os Dias de Natal e sua influência irradiante foi mais potente do que qualquer vinda anterior de um Portador da Luz, porque a humanidade estava mais preparada para a luz. O Cristo veio no signo de Pisces, os Peixes – o signo do Divino Intermediário no sentido mais alto, ou do médium no mais inferior; é o signo de muitos dos Salvadores do Mundo e dos Reveladores da divindade que estabelecem relações mundiais. Gostaria que percebêsseis esta frase.

  O principal impulso compelindo o Cristo a um trabalho especial foi o desejo de estabelecer corretas relações humanas; é também o desejo da humanidade – percebido ou despercebido – e sabemos que algum dia o desejo de todas as nações surgirá, que as corretas relações humanas serão encontradas em toda parte, e que a boa vontade efetuará essa realização, levando a paz a todas as terras e entre todos os povos.

  Através dos tempos, o Dia de Natal tem sido reconhecido e mantido como uma nova época de novos começos, de melhores contatos humanos e de relações mais felizes entre famílias e comunidades. Entretanto, à medida que as igrejas desceram a uma apresentação profundamente materialista do Cristianismo, também o Dia de Natal, que deveria ter agradado o coração de Cristo, degenerou-se numa orgia de gastos, de aquisição de coisas boas, e é visto como um período “bom para o comércio”. Precisamos nos lembrar, portanto, de que quando alguma frase da religião inspirada da vida é interpretada de maneira material, quando alguma civilização e cultura perde seu sentido de valores espirituais e responde acima de tudo aos valores materiais, então já teve sua utilidade e isto no interesse da própria vida e do progresso.

  A mensagem do nascimento do Cristo ressoa sempre nova, mas não é compreendida atualmente. A ênfase durante a Era Aquariana, a era na qual estamos rapidamente entrando, se deslocará de Belém para Jerusalém, e do Salvador infante ao Cristo Ressurreto. Pisces viu, durante 2.000 anos, a expansão da luz; Aquário verá a Luz e de ambos o Cristo é o símbolo eterno.

  A antiga história do Nascimento tornar-se-á universalizada e será vista como a história de cada discípulo e iniciado que recebe a primeira iniciação e, em seu tempo e em seu lugar, torna-se um servidor e um portador da luz. Na Era de Aquário, dois desenvolvimentos momentosos terão lugar:

  1. A Iniciação do Nascimento condicionará o pensamento e a aspiração humanas em toda parte.
  2. A religião do Cristo Ressuscitado, e não do Cristo recém-nascido ou do Cristo crucificado, será a nota-chave característica.

  É pouco reconhecido que centenas de milhares receberam, ou preparam-se para receber, esta primeira iniciação chamada o Nascimento em Belém, a Casa do Pão. A humanidade, o discípulo mundial, está agora pronto para isso. Indícios da exatidão da afirmativa acima podem ser vistos na reorientação dos povos para coisas espirituais em toda parte, seu interesse no bem humano e no bem-estar da humanidade, na perseverança que demonstra na busca da luz, e na sua aspiração e desejo por uma paz verdadeira, baseada nas corretas relações humanas, estimuladas pela boa vontade. Esta “mente como é em Cristo” pode ser vista na revolta contra a religião materialista e no esforço comum visto na Europa e em outros lugares para devolver a terra (Mãe-Terra, a verdadeira Virgem Maria) ao povo. Pode ser vista no movimento constante de pessoas por todo o mundo de um lado para outro, simbolizado na história do Evangelho pela viagem ao Egito, de Maria com o menino Jesus.

 Então se seguiu, como nos é dito no Novo Testamento, um período de trinta anos no qual sabemos que o menino Jesus cresceu até a maturidade e pôde aí receber a segunda iniciação, o Batismo no Jordão, e iniciar o seu trabalho público. Hoje os muitos que nesta vida receberam a primeira iniciação estão entrando no longo silêncio daqueles simbólicos trinta anos, nos quais eles também crescerão até a maturidade e receberão a segunda iniciação. Esta iniciação demonstra o completo domínio da natureza emocional e de todas as características piscianas. Os trinta anos podem ser vistos como um período do desabrochar espiritual durante as três divisões nas quais Aquário (e consequentemente a Nova Era agora conosco) será dividido. Refiro-me ao que é tecnicamente conhecido como os três decanatos de cada signo. Neste signo as águas da era pisciana serão, falando simbolicamente, absorvidas no vaso de água levado no ombro de Aquário, no símbolo que é característico deste signo, pois Aquário é o carregador de água, trazendo a água da vida às pessoas – vida mais abundante.

  Na Era de Aquário, o Cristo Ressurreto é Ele Próprio o Carregador da Água. Ele não demonstrará a vida perfeita de um Filho de Deus, que foi Sua principal missão anterior; aparecerá como o Supremo Chefe da Hierarquia Espiritual, indo de encontro à sede das nações – sedenta de verdade, de corretas relações humanas e de um entendimento amoroso. Desta vez Ele será reconhecido por todos e em Sua Própria Pessoa testemunhará o fato da ressurreição e demonstrará o fato paralelo da imortalidade da alma, do homem espiritual. A ênfase durante os dois mil anos passados foi na morte; este coloriu todo o ensinamento das igrejas ortodoxas; apenas um dia no ano foi dedicado ao pensamento da ressurreição. A ênfase na Era de Aquário será na vida e na libertação da tumba da matéria. E esta é a nota que distinguirá a nova religião mundial de todas as que a precederam.

  O Festival de Páscoa e a Festa de Pentecostes serão os dois dias notáveis do ano religioso. Pentecostes é, como o deveis saber, o símbolo das corretas relações humanas quando todos, homens e nações, se entenderão e – mesmo falando em muitas e diversas línguas – conhecerão apenas uma linguagem espiritual.

  É significativo que dois episódios importantes estejam relatados na parte final da história do Evangelho – uma precedente e outra imediatamente posterior à morte aparente do Cristo. São estas:

  1. A história da câmara superior para a qual o homem carregando o vaso de água, e personificando Aquário, conduz os discípulos, e na qual o serviço da primeira comunhão teve lugar, participado por todos e predizendo aquele grande relacionamento que distinguirá a humanidade na era vindoura, depois das provas da Era de Pisces. Tal serviço de comunhão jamais houvera ocorrido, mas a nova assistirá seu advento.

  2. A história da câmara superior na qual os discípulos se encontraram e chegaram ao verdadeiro reconhecimento do Cristo Ressurreto e um perfeito e completo entendimento recíproco a despeito da diversidade de línguas. Tiveram um toque de previsão, da percepção profética, e anteviram um pouco da maravilha da Era de Aquário.

  A visão das mentes dos homens de hoje é a da Era de Aquário, mesmo que não a reconheçam. O futuro verá corretas relações, comunhão verdadeira, compartilharão de todas as coisas (vinho, sangue, a vida e o pão, satisfação econômica) e boa vontade; temos também uma imagem do futuro da humanidade, quando todas as nações estiverem unidas em plena compreensão e a diversidade das línguas – simbólica das diferentes tradições, culturas, civilizações e pontos de vista – não oferecerem barreira às corretas relações humanas. Ao centro de cada uma dessas imagens é encontrado o Cristo.

  Dessa maneira, os objetivos e os esforços das Nações Unidas virão finalmente à fruição e uma nova igreja de Deus, surgida de todas as religiões e grupos espirituais, trará a um fim, unanimemente, a grande heresia da separatividade. Amor, unidade e o Cristo Ressurreto estarão presentes, e Ele nos mostrará a vida perfeita.
 
Fonte: Capítulo 8 do Livro “O Destino das Nações” – Mestre D. K. / A.A. Bailey

                                                                        Rayom Ra                                                                                                  http://arcadeouro.blogspot.com.br     

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Preparação Para o Reaparecimento do Cristo / A.A. Bailey/Mestre D.K.

                                      A Preparação Necessária                                    
              O Trabalho do Novo Grupo de Servidores do Mundo
  
Se se aceita a premissa e o tema geral exposto até agora, surge, logicamente, a seguinte pergunta: que se poderia fazer para apressar o reaparecimento do Cristo? E, também, esta outra: que pode fazer o indivíduo, no lugar em que se encontra com o equipamento, oportunidade e haveres que possui? A oportunidade é tão especial e a necessidade de ajuda espiritual tão urgente que - querendo ou não - estamos diante de um desafio, enfrentando, ao mesmo tempo o problema de aceitá-lo, com a consequente responsabilidade ou de repelir a ideia, entendendo que não nos concerne.

Entretanto, o que decidamos neste momento afetará, definitivamente, o resto das atividades de nossas vidas, pois apoiaremos e ajudaremos, em todo o possível, a invocar a Cristo e nos prepararmos para Seu retorno, ou engrossaremos as fileiras daqueles que consideram todo o assunto como um chamado aos ingênuos e aos crédulos e, provavelmente, trabalharemos para impedir que os homens sejam enganados pelo que consideramos uma fraude.

Aí reside o nosso desafio. Exigirá todo o nosso sentido de valores e toda a nossa capacidade investigativa, intuitiva e especialidade. Assim, poderemos, então, darmo-nos conta de que o reaparecimento prometido está de acordo com a crença religiosa geral, sendo a grande esperança deixada nas mentes dos homens que poderá trazer o verdadeiro alívio à humanidade sofredora.

Aqueles que aceitam a possibilidade de Seu reaparecimento, e estão dispostos a admitir que a história pode repetir-se, hão de se lhe formular três perguntas, cujas respostas são estritamente individuais:

1. Como posso enfrentar, pessoalmente, este desafio?
2. Que posso fazer, especificamente?
3. Quais os passos que deveria dar, e onde se encontram aqueles que os darão comigo?

O que aqui se expõe é, essencialmente, para aqueles que aceitam a realidade do Cristo, reconhecem a continuidade da revelação e estão dispostos a admitir a possibilidade de Seu retorno.

As complexidades e dificuldades deste período de após guerra são enormes. Quanto mais se acerca o homem da fonte de luz e poder espirituais, tanto mais difícil se torna seu problema, pois os assuntos humanos parecem estar hoje muito distantes desta possibilidade divina. Necessitará de toda paciência, compreensão e boa vontade de que seja capaz. Ao mesmo tempo, lhe será possível reconhecer os fatos com maior clareza.

Há problemas internos e externos que devem ser resolvidos e possibilidades internas e externas que podem converter-se em realidades. A medida que o homem, espiritualmente orientado, encarar estas possibilidades e acontecimentos internos e externos, será facilmente embargado por um sentido total de frustração; quer ajudar, mas não sabe como; sua percepção das dificuldades que o ameaçam, à análise de seus recursos e os daqueles com quem terá que trabalhar; sua clara percepção das forças que estão contra ele - e em maior escala contra o Cristo - o farão perguntar:

1. Que objetivo tem qualquer esforço que eu faça?
2. Por que não deixar que as forças do bem e do mal lutem sós?
3. Por que não permitir que a pressão da corrente evolutiva, no correr do tempo, ponha fim à luta mundial, facilitando o triunfo do bem?
4. Por que intentar fazer alguma coisa agora?

Estas são as reações lógicas e sensatas. A pobreza e a fome de que sofrem milhões de seres, na Europa (*) e em outras partes; o temor à Rússia - justificado ou não; as cobiças das forças capitalistas do mundo e o egoísmo do trabalhismo; a agressividade dos sionistas, reclamando para si uma terra que não lhes pertence, há mais de mil e quinhentos anos; a situação dos judeus na Europa: o desespero do homem comum, em todos os países, que não vê segurança nem esperança em parte alguma; o trabalho da igreja, ao tratar de restabelecer a antiga ordem e regime, que, durante séculos, têm custado padecimentos ao mundo e a ausência, em todos os países, de uma clara voz condutora - fazem sentir ao homem comum a futilidade de seu esforço. O problema parece demasiadamente grande, demasiadamente terrível, e o próprio homem se sente exageradamente pequeno e inerme.
(*) A presente obra surgiu logo após a guerra. (Nota do tradutor).

Não obstante, a bondade e a visão pura que existem no mundo é imensa, e o pensar claro e humanitário é ilimitado; a salvação do mundo se acha nas mãos da gente simples e boa e nos milhões de pessoas que pensam com retidão. Eles farão o trabalho preparatório para o advento do Cristo. Numericamente são suficientes para realizar a tarefa e só necessitam de apoio e inteligente coordenação, a fim de prepará-los para o serviço requerido, antes de que o reaparecimento do Cristo seja possível.

Os problemas que temos pela frente devem ser encarados com valor, por meio da verdade e da compreensão; ademais, há de se ter disposição para falar com clareza, simplicidade e amor, ao expor a verdade e ao aclarar os problemas que devem ser resolvidos. As forças antagônicas, presas do mal, devem ser derrotadas, antes que Aquele, a quem todos os homens esperam, possa vir.

O conhecimento de que Ele está preparado e ansioso de reaparecer publicamente, diante de Sua amada humanidade, aumenta o sentido de frustração geral, e faz surgir outra pergunta de vital importância: durante quanto tempo devemos esperar, esforçar-nos e lutar? A resposta é clara: Ele virá, indefectivelmente, quando se haja restabelecida a paz em certa medida; quando o princípio de participação esteja, pelo menos, em caminho de controlar os assuntos econômicos, e quando a igreja e os grupos políticos hajam começado a regular seus próprio assuntos. Então, Ele poderá vir  e o fará; então o Reino de Deus será reconhecido abertamente e já não será um sonho, um anelo, nem uma esperança ortodoxa.

Há uma tendência de se perguntar por que o Cristo não vem - com a pompa e a cerimônia com que a igreja atribuiu a esse acontecimento - demonstrar, com Sua vinda, Seu divino poder e provar de forma convincente, a autoridade e a potência de Deus, terminando, assim, com o ciclo de agonia e sofrimento. As respostas são muitas. Deve-se recordar que o principal objetivo de Cristo, não será demonstrar Seu poder, senão tornar público o Reino de Deus.

Também se perguntarão por que, quando veio anteriormente, não foi reconhecido? Há alguma garantia de que o será, desta vez? Talvez se perguntem por que não será reconhecido? Porque os olhos dos homens estão cegos pelas lágrimas da autocomiseração e não da contrição; porque o coração do homem está ainda corroído por um egoísmo que a agonia da guerra não curou; porque a norma de valores é a mesma que existia no corrupto Império Romano, que viu Seu primeiro aparecimento. Só que tais valores eram locais e não universais como são na atualidade, porque, aqueles que poderiam reconhecê-Lo e anelam e esperam Sua vinda, não estão dispostos a fazer sacrifícios necessários para assegurar o êxito de Seu advento.

O pensamento avançado, o êxito de inumeráveis movimentos esotéricos; e, sobretudo, as maravilhas da ciência e os extraordinários movimentos humanitários, não indicam uma frustração divina, senão um crescimento da compreensão espiritual: as forças do espírito são invencíveis. Ditos aspectos do comportamento humano indicam a maravilha da divindade que se acha no homem e o êxito do plano divino para a humanidade. Sem embargo, a divindade espera a manifestação do livre arbítrio do homem; sua inteligência e sua crescente boa vontade já se estão expressando.

Outra resposta à interrogação é que o Cristo e a Hierarquia Espiritual não importa quão grande seja a necessidade ou a importância do estímulo - jamais infringiram o direito divino dos homens de tomarem suas próprias decisões, exercerem seu livre arbítrio e alcançar a liberdade, lutando por ela, em forma individual, nacional ou internacional.

Quando a verdadeira liberdade reine na Terra, veremos o fim das tiranias, política, religiosa e econômica. Não me refiro à democracia moderna como uma solução, pois ela é, na atualidade, uma aspiração e um ideal ainda inalcançável. Refiro-me à época em que governarão pessoas iluminas, as quais não tolerarão o autoritarismo da igreja nem o totalitarismo de nenhum sistema político. Tampouco, aceitarão ou permitirão a férula de nenhum grupo que lhes diga no que devem crer para ser salvos, nem qual o governo que devem aceitar. Quando se diga a verdade e os povos possam julgar e decidir livremente, veremos um mundo melhor.

Não é essencial nem indispensável que esses objetivos sejam fatos consumado, antes que o Cristo caminhe entre nós. Não obstante, é necessário que esta atitude para com a religião e a política seja considerada, geralmente, como conivente, e que se hajam dado os passos para o estabelecimento de corretas relações humanas. Nestas linhas estão trabalhando o Novo Grupo de Servidores do Mundo e os homens de boa vontade, devendo o seu primeiro esforço consistir em contrapor-se ao sentimento amplamente difundido de frustração e futilidade individual.

O que se contraporá a este sentido de frustração e futilidade e proporcionará o incentivo necessário para a reconstrução do novo mundo será a crença na divindade para a humanidade; a comprovação - proporcionada por um rápido estudo - de que a humanidade, em sua etapa evolutiva, avançou, firmemente, em sabedoria conhecimento e ampla inclusividade, bem assim no desenvolvimento de um estado mental baseado na crença da veracidade da história, a qual testemunha os inumeráveis adventos de todos os Salvadores - entre os quais o Cristo foi o maior - nos momentos cruciais dos assuntos humanos.

Uma atitude adequada e construtora, deve estar baseada no íntimo reconhecimento da existência do Cristo e de Sua presença entre nós, em todas as épocas, e na ideia de que a guerra -  com seus indizíveis horrores, crueldades e catástrofes - só foi a "vassoura" do Pai, varrendo todos os obstáculos para o advento de Seu Filho.

Houvera sido quase impossível preparar essa vinda, nas condições que precederam a guerra. O Novo Grupo de Servidores do Mundo deve adotar sua atitude, baseado nesses fatos. Deve reconhecer a existência dos fatores que obstaculizam, porém não acovardar-se por isso; igualmente, há de ter consciência dos inumeráveis impedimentos - muitos dos quais financeiros, baseados na ambição material, nas velhas tradições e nos preconceitos nacionais.

Deverá empregar habilidade na ação e capacidade comercial para poder vencer tais obstáculos: deve andar com os olhos bem abertos, ao enfrentar as dificuldades mundiais e passar incólume, e triunfalmente através de toda a classe de frustrações.

Dois fatores principais condicionam a oportunidade atual, os quais podem chegar a ser um obstáculo tão grande que, se não forem eliminados, retardarão de muito o retorno do Cristo, a saber:

1. A Inércia do Cristão Comum, ou Homem Espiritualmente Orientado, tanto no Oriente como no Ocidente.
2. A Falta de Apoio Econômico para a Trabalho do Cristo. 

Estes temas se exporão em forma simples e se manterão no nível, em que trabalha e pensa a maioria das pessoas. Sejamos práticos e obriguemo-nos a observar as condições tais como são, para chegar, assim, a um melhor conhecimento de nós mesmos e de nossos motivos.

1. A Inércia do Homem Comum Espiritualmente Orientado, Tanto do Oriente como do Ocidente.

O homem comum espiritualmente orientado, o homem de boa vontade ou discípulo, sempre está consciente do desafio da época e da oportunidade que podem oferecer os acontecimentos espirituais. O desejo de fazer o bem e de levar a cabo fins espirituais se  agita, incessantemente, em sua consciência. Quem ama seus semelhantes sonha com a materialização do Reino de Deus na Terra ou é consciente do despertar - ainda que lento -  das massas aos valores espirituais superiores e se sente totalmente insatisfeito. Dá-se conta de que tem contribuído muito pouco para alcançar esses objetivos desejáveis. Sabe que sua vida espiritual é secundária, a qual é reservada, cuidadosamente, para si. Frequentemente, receia falar disso aos entes mais queridos e chegados; trata de entrosar seus esforços espirituais com a vida cotidiana, encontrando tempo e oportunidade para praticá-la em forma aprazível, fútil e inócua.

Sente-se inerme ante a tarefa de organizar seus assuntos, para que predomine neles o aspecto espiritual da vida: busca escusas e, oportunamente, raciocina com tanto êxito que chega a conclusão de que, dadas as circunstâncias, faz tudo o que pode. Na verdade, o que faz é tão pouco que, provavelmente, uma hora, talvez duas, das vinte e quatro, abarquem o tempo que dedica ao trabalho do Mestre.

Escuda-se detrás do argumento de que as obrigações do lar o impedem de fazer mais, e não se dá conta de que com tato e compreensão amorosa, o ambiente familiar pode e deve ser o campo onde ele triunfe; esquece que não há circunstâncias nas quais o espírito do homem possa ser vencido, ou o aspirante não possa meditar, pensar, falar e preparar o caminho para a vinda do Cristo, sempre que tenha o suficiente interesse e conheça o significado do sacrifício e do silêncio. As circunstâncias e o meio ambiente não constituem um verdadeiro obstáculo para a vida espiritual.

Talvez se escuse alegando a pouca saúde e, com frequência, pretextando enfermidades imaginárias. Dedica tanto tempo ao cuidado de si mesmo, que o que poderia aplicar ao trabalho do Mestre é muito reduzido; está tão preocupado com o seu cansaço, seu resfriado e sua imaginária enfermidade cardíaca que cada vez mais "é consciente de seu corpo", até que, oportunamente, este domina sua vida; então, é demasiado tarde para fazer alguma coisa. Isto ocorre, especialmente, com as pessoas que chegaram aos cinquenta anos ou mais. Dificilmente deixarão de empregar esta escusa, pois se sentem cansados e doloridos, e isto, no transcurso dos anos, tende a piorar.

O único remédio para esta inércia progressiva é ignorar o corpo e gozar a vivência do serviço. Não me refiro a enfermidades determinadas nem a sérios impedimentos físico; a estes se devem dispensar o cuidado e a atenção devidos. Refiro-me aos milhares de homens e mulheres queixosos e preocupados em seus cuidados, desperdiçando horas que poderiam ser dedicadas a servir à humanidade. Aqueles que tratam de palmilhar o Caminho do Discipulado deveriam aplicar-se às incontáveis horas malbaratadas no inútil cuidado de si mesmos, a servir à Hierarquia.

Outra desculpa que conduz à inércia é o temor que se tem de falar sobre as coisas do Reino de Deus. Temem ser consideradas desairadas ou anormais e intrusas. Por isso, guardam o silêncio; deixam passar a oportunidade e nunca se dão conta do quanto estão dispostas as pessoas para discutir as realidades e quanto anelam obter o consolo e a esperança proporcionados pela ideia do reaparecimento do Cristo, ou por compartilhar da luz espiritual, constituindo, essencialmente, uma forma de covardia espiritual muito difundida, responsável pela perda de milhões de horas de serviço mundial.

Existem outras desculpas, porém as mencionadas são as mais frequentes. Liberar as pessoas de tais condições obstrutivas proporcionaria ao serviço de Cristo tantas horas de esforço complementar, que a tarefa dos que não admitem escusas ver-se-ia muito aliviada e Sua vinda seria muito abreviada.

Não nos concerne a dilucidação do ritmo de vida sob o qual atua o Cristo e a Hierarquia Espiritual. Tal ritmo vibra em harmonia com a necessidade humana e a resposta espiritual. O que nos diz respeito é demonstrar a qualidade da atividade espiritual sem nos escudarmos detrás da desculpa. É de capital importância que toda pessoa espiritualizada saiba que pode e deve trabalhar, no lugar onde se encontra, entre as pessoas com as quais está associada e com o equipamento psicológico e físico que possui. Não há coerção nem pressão alguma no serviço que se presta à Hierarquia. A situação é clara e simples.

Três grandes atividades estão sendo levadas a cabo, a saber:
Primeiro a atividade que se percebe no "Centro onde a Vontade de Deus é conhecida", essa vontade para o bem que levou a criação a uma maior glória e a uma resposta cada vez mais profunda e inteligente. Esta atividade trata de produzir, em forma criadora, uma nova ordem mundial, o Reino de Deus, sob a supervisão física do Cristo. Isto poderia ser considerado como a exteriorização da Hierarquia Espiritual de nosso planeta, cujo signo e símbolo constituirão o retorno do Cristo à atividade visível.

Segundo, a atividade crítica, que condiciona a Hierarquia Espiritual, desde o próprio Cristo até o mais humilde aspirante, situado na periferia desse "centro onde o amor de Deus" se acha plenamente ativo. Ali é onde se compreende - expressando-se com as palavras de São Paulo - a frase: "Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora"esperando pela manifestação dos Filhos de Deus - Rom 8,22. Para esta manifestação se preparam estes "Filhos de Deus que são os filhos dos homens"; para este advento para o serviço  ativo ou externo, já estão vindo um após outro à atividade, no plano físico.

Não são reconhecidos pelo que são, porém se encarregam dos assuntos do Pai, demonstrando boa vontade, tratando de ampliar o horizonte da humanidade, preparando, assim, o caminho para Aquele a Quem Eles servem, o Cristo, Mestre dos Mestres, Instrutor dos anjos e dos homens.

Terceiro, temos a própria humanidade, "o centro a que chamamos a raça dos homens" - onde hoje predomina o caos, tumulto e confusão, uma humanidade angustiada, perplexa e confusa e, não obstante, consciente, mentalmente, de infinitas possibilidades, lutando emocionalmente, por esse plano que crê o melhor, procedendo sem coerência e sem compreender que deve ser "um mundo uno para a humanidade una".

Simplesmente deseja paz emocional, segurança para viver e trabalhar e visão de um futuro que satisfaça a algum sentido incipiente de perdurabilidade divina. Está enferma, fisicamente privada do mais essencial para levar uma vida normal e sã; atormentada pela insegurança econômica, invocando, consciente, inconscientemente, o Pai, em bem de si mesma e do resto do mundo.

O reaparecimento do Cristo proporcionará a solução. Esta é a firme vontade de Deus, testemunhada pelas Escrituras do Mundo; é o desejo do próprio Cristo e de seus discípulos, os Mestres de Sabedoria; é a demanda, inconsciente, de todos os povos. Onde existe esta unidade de propósito, uniformidade e intenção espiritual e busca consciente, a única coisa que poderia deter Seu reaparecimento seria o fracasso da humanidade em preparar o cenário mundial para tão magno acontecimento: "Preparai o caminho do Senhor, endireitai Suas veredas" - Mat.3,3, - em familiarizar as pessoas com a ideia de Sua chegada e em obter a necessária paz na Terra, baseada em corretas relações humanas.

Desnecessário nos ocuparmos aqui, da preparação que o indivíduo deve fazer internamente, à medida que se prepara para o trabalho a realizar. Os princípios do correto comportamento espiritual têm sido apresentados ao homem, durante séculos, com o incentivo de que a boa conduta o levaria a um bom céu, objetivo fundamentalmente egoísta. A breve prece que diz: "Senhor Deus Todo-poderoso, faz que haja paz na Terra e que esta comece em mim", reúne todos os requisitos que se exigem daqueles que desejam trabalhar na preparação para o reaparecimento do Cristo, sempre que vá a par de uma sólida inteligência e da prática de uma vida organizada.

Na atualidade, porém, o motivo reside no conceito da salvação pessoal - o qual se aceita e supõe - e a preparação requerida consiste em trabalhar com empenho e compreensão, a fim de estabelecer corretas relações humanas - objetivo muito mais amplo. Aqui temos um motivo que não é automático, pois coloca cada trabalhador e humanitário à disposição da Hierarquia Espiritual e em contato com todos os homens de boa vontade. Chegamos, assim, ao segundo dos impedimentos capitais - a falta de apoio econômico para os colaboradores de Cristo.

2.           A falta do Apoio Econômico para o Trabalho do Cristo           

Talvez seja esta a dificuldade maior que, a muitos, se afigura insuperável. Envolve o problema da verdadeira administração econômica e destinação de adequadas somas de dinheiro para determinados canais, que ajudem no trabalho de preparação para a vinda de Cristo, o que está estritamente relacionado com o problema das corretas relações humanas.

Portanto, o problema é particularmente difícil, porque os trabalhadores espirituais não somente têm que preparar as pessoas para darem - de acordo com suas probabilidades - senão que, em muitos casos, devem antes de tudo, proporcionar uma motivação tão atraente que tais pessoas se vejam obrigadas a dar. Também terão que prover a instituição, fundação ou organização para administrar esses fundos. Isto representa uma tarefa difícil. O "impasse" atual não radica apenas em reunir fundos para Sua vinda, senão no egoísmo entranhado na maioria daqueles que detêm a riqueza mundial, que quando - se é que dão - o fazem é porque aumenta seu prestígio e indica o seu êxito financeiro. Naturalmente existem exceções, porém estas são relativamente poucas.

Generalizando e, por conseguinte, simplificando o tema, podemos dizer que os quatro canais principais através dos quais circula o dinheiro são:

1. Os milhões de lares, onde chega em forma de soldo, salário ou herança. Tudo isto está desequilibrado, existindo excessiva riqueza ou extrema pobreza.
2. Os grandes sistemas capitalistas e monopólios, em que estão fundadas as estruturas econômicas, na maioria dos países. Não interessa se  este capital pertence ao governo, à municipalidade, a um punhado de homens ricos ou a grandes sindicatos. Pouco se gasta no melhoramento da vida humana ou para inculcar princípios que conduzem a correlatas relações humanas.
3. As igrejas e grupos religiosos de todo o mundo. Aqui - falando, novamente, em termos gerais e, ao mesmo tempo, reconhecendo a existência de uma minoria espiritualmente orientada - o dinheiro é dedicado aos aspectos materiais do trabalho; à multiplicação e preservação da estrutura eclesiástica, aos salários e gastos gerais, e apenas uma pequena percentagem é destinada à educação dos povos. à demonstração vivente de simplicidade, "tal como está em Cristo", e à difusão da realidade de Seu retorno, que tem sido durante séculos, a doutrina da igreja. 
Sua vinda tem sido antecipada no transcurso das épocas, e poderia haver sido mais antecipada ainda se a igreja e as organizações religiosas houvessem cumprido com seu dever.
4. As obras filantrópicas, sanitárias e educativas. Tudo isto tem sido muito benéfico e muito necessário e a divida que o mundo contraiu com os filantropos é realmente enorme. Tudo isto é um passo bem dado e uma expressão da divina vontade ao bem. 
Não obstante, o dinheiro é, amiúde, mal empregado e mal dirigido, e os valores resultantes são institucionais e concretos, sendo ditas obras limitadas pelas restrições dos doadores e pelos preconceitos religiosos daqueles que controlam o desembolso dos fundos. Em meio das discussões motivadas por ideias, teorias religiosas ou ideológicas, se esquece da verdadeira ajuda à Humanidade Una.

Subsiste o fato de que, se os agentes administradores - que manejam com o dinheiro do mundo - tivessem uma visão verdadeira da realidade espiritual da humanidade una e do mundo uno, e seu objetivo fora estimular as corretas relações humanas, as multidões de toda parte responderiam a uma probabilidade futura muito diferente da atual. Não estaríamos enfrentando a necessidade de gastar enormes somas de dinheiro - que atingem bilhões - necessárias para restabelecer fisicamente, não só o corpo físico de incontáveis milhões de homens, senão cidades inteiras, sistemas de transportes e centros responsáveis pela reorganização do viver humano.

Igualmente pode-se dizer que os valores e a responsabilidade espirituais outorgadas ao dinheiro - na medida que seja - houvesse sido ensinadas e apreciadas, devidamente, nos lares e nas escolas, não teríamos as espantosas estatísticas do dinheiro gasto em todo o mundo, antes da guerra - ainda hoje, no hemisfério ocidental - em guloseimas, licores, cigarros, diversões, vestimentas desnecessárias e luxo.

Estas estatísticas registram centenas de milhões de dólares por ano. Uma parte deste dinheiro, cuja arrecadação exigiria um mínimo de sacrifício, seria obtida para que o Novo Grupo de Servidores do Mundo e os discípulos de Cristo, preparassem o caminho para Sua vinda, bem assim para educar a mente e o coração dos homens, a fim de estabelecer corretas relações humanas.

O dinheiro - assim como outras coisas da vida humana - tem sido maculado pelo egoísmo e açambarcado para fins egoístas, individuais e nacionais. A Guerra Mundial (1914-1945) é um exemplo disso, pois que, embora se falasse muito a respeito de "salvar o mundo para a democracia" e de "deflagrar uma guerra para terminar com as guerras", o objetivo principal foi a autoproteção e a autoconservação, a ânsia do lucro, a vingança provocada por velhos ódios e a recuperação de territórios.

Os anos transcorridos desde a guerra, têm-no provado. As Nações Unidas estão, desgraçadamente, ocupadas com as vorazes demandas de toda parte; com as intrigas das nações, a fim de adquirir poder e posição, e obter a possessão dos recursos naturais da terra: carvão, petróleo, etc., e também com as atividades sub reptícias das grandes potências e dos capitalistas.

Entretanto, durante todo o tempo, a Humanidade Una - não importa o país ou a crença - está reclamando paz, justiça e segurança. Isto se poderia procurar pelo correto emprego do dinheiro e da compreensão, por parte dos potentados, de sua responsabilidade econômica, baseada nos valores espirituais. Com exceção de alguns filantropos de visão ampla e de um punhado de estadistas, eclesiásticos e educadores iluminados, este sentido de responsabilidade econômica não se encontra em parte alguma.

Chegou o momento de revalorizar o dinheiro e canalizar sua utilidade para novas direções. A voz do povo há de prevalecer, porém deve ser um povo educado nos verdadeiros valores, no significado da verdadeira cultura e na necessidade de que existam corretas relações humanas. Trata-se, portanto, de uma questão essencial de sã educação e de correta preparação para a cidadania mundial, algo não compreendido ainda. Quem pode dar este treinamento

A Rússia prepararia, prazerosamente, o mundo segundo os ideais do comunismo e acumularia, nas arcas do proletariado, todo o dinheiro do mundo, produzindo o mais grandioso sistema capitalista que jamais se tenha visto.
 
A Grã-Bretanha prepararia, prazerosamente, o mundo, nos conceitos britânicos de justiça, jogo limpo e comércio internacional, algo que realizaria melhor que qualquer outra nação, devido à sua vasta experiência, porém cuidando sempre de seus lucros.

Também, os Estados Unidos empreenderiam, gostosamente, a tarefa de imprimir o selo da democracia norte americana no mundo, utilizando seus vastos capitais e recursos, bem assim acumulando em seus bancos de suas grandes atividades financeiras, resguardando-se do perigo da bomba atômica e ameaçando com "seu punho armado" o resto do mundo.

A França manteria a Europa em um estado de intranquilidade, ao tratar de reconquistar o prestígio perdido e tirar proveito em tudo e por tudo, da vitória das nações aliadas.

Assim, se faz a história. Cada nação lutando para si, e todas qualificando-se em termos de recursos e finanças. Entretanto, a humanidade padece fome; não possui a cultura necessária e lhe são ensinados falsos valores e o mau emprego do dinheiro, Enquanto não se haja sanado esta situação, não será possível o retorno do Cristo.

Diante desta perturbadora situação financeira, qual será a resposta ao problema? Existem homens e mulheres em todos os países em todo o governo, em toda igreja, religião e fundação educativa, capazes de dar a resposta. Que esperanças albergam para isso e para o trabalho que se lhe é confiado? Em que forma podem ajudar os povos do mundo, os homens de boa vontade e de visão espiritual? Que podem fazer para mudar o conceito generalizado sobre o dinheiro, desviando-o, assim, para outros canais, onde seja empregado de forma mais correta? Deve-se achar respostas a estas interrogações.

Existem dois grupos que podem muito realizar: aqueles que já estão empregando os recursos financeiros do mundo, sempre quando podem captar a nova visão e ver "a escritura na parede", que está derrubando a velha ordem, como também o conjunto de pessoas boas e generosas de todas as classes sociais e esferas de influência.

Os homens de orientação espiritual e de boa vontade devem repelir a ideia de sua relativa inutilidade, insignificância e futilidade e compreender que agora - nestes momentos cruciais e críticos - podem trabalhar eficientemente, As Forças do Mal estão derrotadas, conquanto ainda não "tenham sido muradas" por traz da porta onde a humanidade pode encerrá-las, segundo predisse O Novo Testamento.

O mal trata de percorrer todo caminho disponível para uma nova abordagem, porém - e isto podemos dizer com confiança e insistentemente - as pessoas humildes, iluminadas e altruístas, existem em número suficiente para fazerem sentir seu poder se assim o quiserem. Em cada país há milhões de homens e mulheres espiritualmente orientados que, chegando o momento de encarar, globalmente, esta questão de dinheiro, podem recanalizá-lo em forma permanente.

Em todos os países existem escritores e pensadores que agregariam sua poderosa ajuda, e o farão se forem solicitados, como convém. Há estudantes esotéricos e devotos religiosos, a quem se pode apelar para ajudar na preparação do retorno do Cristo, especialmente se a cooperação requerida consistir em empregar dinheiro e tempo para o estabelecimento das corretas relações humanas, bem assim o incremento e difusão da boa vontade. 

Não se necessita de uma grande campanha para reunir fundos, senão do trabalho desinteressado de alguns milhares de pessoas aparentemente sem importância. Diria que o que mais se necessita é coragem, porque é preciso ter coragem para vencer a desconfiança, a timidez e o desagrado, ao apresentar um ponto de vista relacionado com o dinheiro. Aqui, fracassa a maioria. É relativamente fácil, atualmente, reunir fundos para a Cruz Vermelha, hospitais ou instituições educativas. Resulta sumamente difícil fazer o mesmo para propagação da boa vontade e o emprego correto do dinheiro na difusão de ideias avançadas, tais como a vinda do Cristo. Portanto, repito: o primeiro requisito é CORAGEM.

O segundo requisito concerne aos sacrifícios e arranjos que capacitem os trabalhadores do Cristo para dar, até o limite, sua colaboração. Não há de ser, simplesmente, uma capacidade adquirida para apresentar o tema, senão que cada trabalhador deve pôr em prática o que predica. Se, por exemplo, os milhões de pessoas que amam  a Cristo e tratam de servir à Sua causa, dessem uma pequena quantia de dinheiro, haveria fundos suficientes para Seu trabalho. As necessárias organizações e seu diretores, espiritualmente orientados, apareceriam automaticamente.

A dificuldade não está na organização do trabalho e do dinheiro; estriba, sim, na incapacidade das pessoas para darem. Por uma razão ou outra dão pouco ou nada, ainda quando estejam interessadas em uma causa como o reaparecimento do Cristo. O temor pelo futuro; a dissipação; o desejo de fazer obséquios e o não se dar conta de que as grandes contas estão formadas por muitas parcelas pequenas, gravitam todos contra a generosidade econômica, e sempre apresentam desculpas que pareçam adequadas. Portanto, o segundo requisito é que todo o mundo dê o que possa.

Terceiro, as escolas metafísicas  e os grupos esotéricos se têm voltado, preferentemente, para a questão da orientação do dinheiro para os canais pelos quais têm preferência. Com frequência se ouve a seguinte pergunta: Por que a escola do pensamento "Unity", a igreja "Christian Science" e os movimentos do "Novo Pensamento" podem reunir os fundos necessários, enquanto que outros grupos, especialmente os esotéricos, não podem fazê-loPor que os verdadeiros trabalhadores espirituais são incapazes de materializar o que necessitam?
 
A resposta é simples. Estes grupos e trabalhadores que estão mais próximos do ideal espiritual, se acham divididos entre si. Seu interesse principal está nos níveis espirituais e abstratos, e não se aperceberam que o plano físico tem a mesma importância que os motivos espirituais. As grandes escolas metafísicas estão empenhadas em fazer demonstrações materiais, e tão grande é sua ênfase e está tão centralizada sua abordagem, que conseguem o que pedem.

Devem aprender que a demanda e sua resposta devem ser o resultado do propósito espiritual, e que aquilo que se pede não se deve empregar para o eu separado nem para uma organização ou igreja separatista.

Na Nova Era, que se aproxima, antes da vinda do Cristo, a petição de ajuda financeira deve-se fazer com o fim de estabelecer corretas relações humanas e boa vontade, não para o engrandecimento de uma organização particular. As organizações que reúnem, fundos devem trabalha em uma sede que tenha um mínimo de gastos e o pessoal perceber um salário mínimo, porém razoável. Não há muitas organizações deste tipo, atualmente. As que existem podem dar um exemplo que será rapidamente seguido, à medida que aumenta o desejo para o retorno do Cristo. Portanto, o terceiro requisito é servir a humanidade una.

O quarto requisito deve ser uma minuciosa explicação da causa para a qual se solicita ajuda econômica. Encontrar-se-á quem tenha coragem para falar, porém uma explicação inteligente também tem muita importância. O ponto principal que se deve acentuar, no trabalho preparatório para o retorno do Cristo, é o estabelecimento de corretas relações humanas. Isto já foi começado, sob distintos nomes, por homens de boa vontade por todo o mundo.

Chegamos agora ao quinto requisito: uma fé vital e firme na humanidade como um todo. Não deve haver pessimismo a respeito do futuro do gênero humano, nem tão pouco preocupação pelo desaparecimento da velha ordem. "O bom, o verdadeiro e o belo" - estão a caminho e disso é responsável a humanidade e não uma  divina intervenção externa. A humanidade está despertando rapidamente e muito bem. Estamos atravessando a etapa em que tudo se proclama abertamente - tal como o Cristo predisse -  e a medida que escutamos ou lemos a respeito da onda de escândalos, crimes prazeres sensuais e luxos, tendemos a desalentar-nos. Convém alertar que é bom que tudo isto surja à superfície e seja conhecido por todos. Similarmente a uma depuração psicológica do subconsciente, à qual se submete o indivíduo, pressagia a inauguração de um dia novo e melhor.

Há um trabalho pela frente, e os homens de boa vontade, de orientação espiritual e de verdadeiro treinamento cristão, hão de fazê-lo. Devem iniciar a era em que o dinheiro se empregará para a Hierarquia Espiritual e também devem expressar essa necessidade nas esferas de invocação. Invocação é o tipo mais elevado de oração existente e uma nova forma de demanda divina, que se tem feito possível pela meditação.

Nada há de agregar, referente ao pedido de fundos, à coragem e à compreensão. Se a coragem que demonstra o Cristo, ao enfrentar Seu regresso a este mundo físico externo; se a necessidade da humanidade de estabelecer corretas relações humanas; se as obras de sacrifício dos discípulos de Cristo não forem suficientes para avivar e estimular Vocês e aqueles com quem podem fazer contato, nada do que se diga será de utilidade.

Temos considerado a necessidade da preparação para a vinda do Cristo e alguns dos requisitos fundamentais que se apresentarão, à medida que as pessoas se aprestam para a atividade requerida, inclusive a de reunir os fundos necessários para levar adiante o trabalho preparatório.

O colaborador individual, antes de tudo, tem que determinar se o seu incentivo e expectação espiritual são aptos para levar adiante sua tarefa. Unicamente tem importância aquilo que dá impulso à ação, e só será capaz para a tarefa aquele cuja visão seja suficientemente clara para permitir-lhe trabalhar com compreensão e sinceridade. Deve descobrir se pode desempenhar sua parte na realização do plano divino. A realidade do Cristo e a autêntica possibilidade de Seu reaparecimento devem tornar-se fatores motivadores em sua consciência. Ele busca ao seu redor àqueles com quem pode trabalhar e possuem os mesmos objetivos espirituais.

Desta maneira, e a seu devido tempo, aprende que existe na Terra um grupo integrado e tem organizado a que se pode denominar Novo Grupo de Servidores do Mundo. Comprova sua existência em toda parte, sua atuação em cada país, em todos os grupos religiosos organizados e nos que se dedicam ao bem estar da humanidade e à preparação para o retorno do Cristo.

Este grupo, apesar de trabalhar no plano cotidiano da vida material, conserva, entretanto, uma estreita e íntima integração espiritual com o centro de energia, do qual pode extrair todo o necessário para o trabalho espiritual ativo. O grupo proporciona um campo de serviços para todos aqueles que tratam de expressá-lo. Também constitui o lugar de reunião para aqueles que desejam ser provados e onde seus motivos e constância serão postos a prova. Isto é uma antecipação ao aproveitamento da oportunidade espiritual. Então, fica livre para trabalhar em áreas de serviço cada vez mais amplas.

O Novo Grupo de Servidores do Mundo, proporciona, essencialmente, um campo de treinamento e experimentação para aqueles que têm a esperança de elevar-se espiritualmente e capacitam-se para serem discípulos ativos, dirigidos pelo Cristo. O aparecimento deste grupo na Terra, nestes momentos, é um dos indícios dos êxito obtido no processo evolutivo tal como se aplica à humanidade.

Este método de trabalho - de utilizar os seres humanos como agentes para levar adiante a tarefa de salvação do mundo - foi iniciado pelo próprio Cristo, que trabalhou com os homens por meio de outros, chegando à humanidade por intermédio de Seus doze Apóstolos e considerou a Paulo como o substituto de Judas Iscariote. O Buda tentou empregar o mesmo sistema, porém, no princípio, seu grupo esteve mais relacionado com Ele que com o mundo dos homens.

Cristo enviou Seus Apóstolos ao mundo para alimentar as ovelhas e buscar, guiar e converter-se em "pescadores de homens". A relação dos discípulos do Cristo para com o Mestre foi somente secundária, sendo a primordial o atendimento às solicitações do mundo. Esta atitude ainda predomina na Hierarquia, sem menoscabar sua devoção pelo Cristo. O Buda instituiu, simbolicamente, e em forma embrionária, converteu-se em fato e em uma realidade, devido às circunstâncias da Era Pisciana.

Na Era de Aquário, na qual estamos entrando, este tipo de trabalho grupal alcançará um ponto muito elevado de desenvolvimento, e o mundo será salvo e reconstruído, por grupos, mais acentuadamente que por indivíduos. No passado, tivemos os Salvadores do Mundo - esses Filhos de Deus que deram aos homens uma mensagem que trouxe maior luz aos povos. 

Agora, na plenitude do tempo e através dos processos evolutivos, está surgindo um grupo que trará a salvação do mundo e que - incorporando as ideias grupais e acentuando o verdadeiro significado da Igreja do Cristo - estimulará e fortalecerá de tal maneira a mente e a alma dos seres humanos, que a nova era iniciar-se-á com a afluência do Amor, do Conhecimento e da Harmonia de Deus mesmo, assim como, também com o reaparecimento do Cristo em Quem estarão personificadas estas três faculdades divinas.

No passado, as religiões foram criadas por uma grande alma, um Avatar ou um destacado personagem espiritual. A marca de suas vidas, palavras e ensinamentos se plasmou na raça, e persistiu através dos séculos. Qual será o efeito produzido por um Avatar grupal ou Salvador mundial? Qual será a potência do trabalho realizado por um grupo de Conhecedores de Deus, que anunciem a verdade e se reúnam subjetivamente, para realizar a magna tarefa de salvar o mundo? Que efeito produzirá a missão que terá que cumprir um grupo de Salvadores do Mundo, que conhecem Deus em certa medida, que complementam, mutuamente, seus esforços, reforçam, reciprocamente, sua mensagens e constituem um organismo, através do qual a energia espiritual e o princípio-vida espiritual podem fazer sentir sua presença no mundo, sob a direção do Cristo em Presença Visível?

Tal grupo existe agora, com membros em todos os países. São, realmente, poucos e isolados, porém seu número cresce constantemente, e sua mensagem se fará sentir cada vez mais. Estão animados por um espírito construtivo, constituem os estruturadores da Nova Era. Confiou-se-lhes a tarefa de preservar o espírito da verdade e de organizar o pensamento dos homens, a fim de que a mente da raça seja controlada e levada a esse estado de meditação e reflexão, que lhes permitirá reconhecer o próximo desenvolvimento da divindade, que Cristo inaugurará.

Nos últimos dez anos, este Novo Grupo de Servidores do Mundo tem sido reorganizado e vitalizado, expandindo-se o conhecimento de sua existência por todo o mundo. Atualmente, constitui um grupo de homens e mulheres de todas as nacionalidades e raças, os quais pertencem a todas organizações religiosas e movimentos humanitários, que estão fundamentalmente orientados, ou em processo de sê-lo, para o Reino de Deus.

São discípulos do Cristo que trabalham conscientes e, com frequência, inconscientemente, para Seu reaparecimento. São aspirantes espirituais que tratam de servir e converter em realidade o Reino de Deus na Terra. São homens de boa vontade e inteligentes que procuram aumentar a compreensão e as corretas relações humanas entre os homens. Este grupo compreende dois subgrupos importantes:

1. Os discípulos de Cristo, que trabalham conscientemente para desenvolver Seus planos e aqueles que, instruídos pelos primeiros, colaboram consciente e voluntariamente. A esta última categoria podemos pertencer se, assim o desejarmos e estivermos dispostos a fazer os sacrifícios necessários.
2.  Os aspirantes e homens e mulheres conscientes, que trabalham, inconscientemente, sob a guia da Hierarquia Espiritual. Existem muitos deles, especialmente em cargos destacados, os quais desempenham a tarefa de destruidores das antigas formas ou de construtores das novas. Não têm consciência de nenhum plano interno sintético, porém se ocupam, desinteressadamente, em satisfazer as necessidades do mundo, o melhor que podem, desempenhando uma parte importante no drama nacional ou trabalhando, firmemente, no campo da educação.

O primeiro grupo tem, em certa medida, contato com a Hierarquia Espiritual, e, em maior escala, com os verdadeiros discípulos. Seus membros trabalham sob a inspiração espiritual. O segundo grupo está em mais íntimo contato com as multidões e trabalha mais especificamente inspirado pelas ideias.

O primeiro grupo se ocupa com o Plano do Cristo, na medida em que os seus membros podem captar sua essência, enquanto que o segundo trabalha com novos conceitos e esperanças que afloram à consciência da humanidade, à proporção que os homens, subjetiva e conscientemente, respondem à preparação para o reaparecimento do Cristo. Como resultado do trabalho que realiza o Novo Grupo de Servidores do Mundo, a humanidade está despertando, constantemente, para as possibilidades futuras.

O despertar das classes intelectuais ao reconhecimento da humanidade, é o prelúdio do estabelecimento da fraternidade. A unidade da família humana é reconhecida pelo homem, porém antes de que essa unidade possa adquirir e adotar uma forma construtiva, é essencial que um maior número de pessoas que pensam, derribem as barreiras mentais que existem entre raças, nações e classes; é essencial que o Novo Grupo de Servidores do Mundo reedite, no mundo externo, esse tipo de atividade que a Hierarquia expressou, quando desenvolveu e materializou este mesmo Grupo. Por meio da impressão e expressão de certas grandes ideias, os homens devem compreender os ideais básicos que regerão a nova era. Esta é a tarefa mais importante do Novo Grupo de Servidores do Mundo.

À medida que estudamos e aprendemos a reconhecer, em todos os seus ramos e esferas de atividade, o Novo Grupo de Servidores do Mundo - que disseminados pelo mundo abarca a todos os sinceros trabalhadores e as pessoas altruístas de todas as nações, religiões ou organizações de caráter humanitário - nos daremos conta de que há na Terra um grupo de homens e mulheres que, por seu número e atividades, são capazes de produzir as mudanças que permitirão ao Cristo caminhar, novamente, entre nós.

Isto ocorrerá, se estiverem verdadeiramente interessados, preparados para fazer os sacrifícios necessários e dispostos a suprimir as diferenças nacionais, religiosas e de organização, de modo a poder levar a cabo aquelas formas de serviço que reconstruirão o mundo. Devem educar o gênero humano relativamente a umas poucas, simples e fundamentais essencialidades, bem como familiarizar a humanidade com a ideia do reaparecimento do Cristo e a exteriorização do Reino de Deus. Em grande parte, seu trabalho consiste em reduzir e tornar mais efetivo o trabalho dos Filhos de Deus, do Buda e do Cristo. 

O êxito do trabalho do Novo Grupo de Servidores do Mundo é inevitável. Fez-se um grande progresso, durante os dez últimos anos; a integração interna da parte desse grupo que trabalha em íntimo contato com o Cristo e a Hierarquia Espiritual é de tal magnitude que o êxito externo está garantido. Proporcionam um canal, através do qual a Luz, o Amor e o Poder do Reino de Deus podem chegar aos trabalhadores mais exotéricos.

Portanto, temos de compreender que as pessoas espiritualmente orientadas e todos aqueles que procuram trabalhar por estabelecer corretas relações humanas; os que praticam a boa vontade e se esforçam, verdadeiramente, por amar a seus semelhantes, formam parte integrante do Novo Grupo de Servidores do Mundo, e sua tarefa mais importante, nestes momentos, é preparar o caminho para o reaparecimento do Cristo.

Permita-se-me expressar, enfaticamente, que o método principal de que nos podemos servir, e o instrumento mais poderoso, em mãos da Hierarquia Espiritual, é a difusão da boa vontade, fundida em uma potência unida e ativa. Prefiro esta expressão às palavras "organização de boa vontade". A boa vontade é hoje um sonho, uma teoria, uma força negativa. Deverá desenvolver-se até converter-se em uma realidade, um ideal ativo e uma energia positiva. Este é o nosso trabalho e novamente somos chamados a colaborar.

A tarefa que tem pela frente o Novo Grupo de Servidores do Mundo é grande, porém não impossível. É absorvente, porém como constitui um padrão imposto de vida, ele pode ser levado a bom termo, em todos os aspectos do viver cotidiano do homem e da mulher normais. Não obstante, somos convocados, ao mesmo tempo, a levar uma vida anormal e carregar com uma responsabilidade bem definida. 

                                                 Mantra de Unificação

                                            Os filhos dos homens são um
                                            e eu sou uno com eles.
                                            Trato de amar e não odiar. 
                                            Trato de curar e não ferir.

                                            Que a alma controle a forma externa,
                                            A vida e todos os acontecimentos.
                                            E traga à luz o amor,
                                            Que subjaz em tudo quanto
                                            ocorre nesta época.

                                             Que venham a visão
                                             e a percepção interna.
                                             Que o porvir quede revelado.
                                             Que a união interna
                                             seja demonstrada e cessem
                                             as divisões externas.
                                             Que prevaleça o amor.
                                             Que todos os homens amem.
                                                               . . .

                                                              Invocação

                                              Do ponto de Luz na Mente de Deus,
                                              Flua luz às mentes dos homens:
                                              Desça a Luz à Terra.

                                              Do ponto de Amor no Coração de Deus.
                                              Flua Amor aos corações dos homens.
                                              Volte Cristo à Terra.

                                               Do centro onde a Vontade de Deus
                                               é conhecida,
                                               Guie o propósito as pequenas
                                               vontades dos homens.
                                               O propósito que os Mestres
                                                conhecem e servem.

                                               Do centro a que chamamos raça
                                               dos homens,
                                               Cumpra-se o Plano de Amor e Luz,
                                               E mure-se a porta onde mora o Mal. 
                                               Que a Luz, o Amor e o Poder,
                                               restabeleçam o Plano na Terra.
                                                    
                  Fonte: Capítulo VII da Obra: O Reaparecimento do Cristo.
                  Por Alice A. Bailey / D.J. Khull

                                       Rayom Ra
                     http://arcadeouro.blogspot.com