domingo, 25 de fevereiro de 2018

A Oração do Senhor


 Perdoai nossas ofensas assim como perdoamos quem nos tenha ofendido”. 

  “Isso é Carma. Precisamos trabalhar para a humanidade. Temos muitos  débitos a pagar. Pessoas as vezes investem contra nós de maneira muito rude, mas pensemos: ‘Eu sou gnóstico, estou fazendo coisas boas, por que as pessoas estão me tratando como um lixo? Por que?’. Porque detemos uma quantidade de débitos; não somos perfeitos. Em vidas passadas fizemos coisas más; então se quisermos que nosso carma seja perdoado, temos de perdoar aos outros da mesma maneira, temos de sacrificar nossos próprios sofrimentos. Como Mestre Jesus diz: retorne o bem pelo mal. Quem neste mundo está fazendo isso? Tristemente, não perdoamos aqueles que nos ofendem. Se alguém nos ataca, revidamos. Se alguém ataca nosso país, então enviamos o mesmo ataque contra o país que nos atacou. Em outras palavras: o carma está sempre girando a Roda do Samsara. Nossos pecados nunca terminam porque não estamos trabalhando para o nosso Deus, mas para o nosso ego, nosso ídolo ínterior”.

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  A Oração do Senhor, chamada em Latim “Pai Nosso” é poderosa quando recitada em Latim, dado ao fato de que o Latim é uma lingua raiz românica de diferentes línguas romanas, tais como Espanhol, Francês, Italiano e Português. Também encontramos palavras latinas na linguagem inglesa.
ptah
   Figura 1 
 
  “Pater [Πτα - Ptah] noster, qui es in caelis.
  Sanctificetur nomem tuum.
  Adveniat regnum tuum.
  Fiat voluntas tua, sicut in caelo, et in terra.
  Panem nostrum supersubstantialem da nobis hodie.
  Et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris.
  Et ne nos inducas in tentationem.
  Sed libera nos a malo.
  Quia tuum est regnum, potentia et gloria in saecula saeculorum.
  Amen.”

  Iremos explanar a Oração do Senhor do ponto de vista cabalístico através de investigação nas quatro línguas principais.

  No Evangelho de Lucas está escrito:
  Também sobre ele estava esta epígrafe [em letras gregas, romanas e hebraicas]: ESTE É O REI DOS JUDEUS” Lucas 23:38

  A língua hebraica é derivada do Aramaico. Eis porque quando formos entrar na explanação da Oração do Senhor precisamos incursionar por muitas línguas que foram faladas há dois mil anos quando Jesus ensinava publicamente.

  Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho” [Het-Ka-Ptah] – Oséias 11.1

  A figura acima é do símbolo egípcio Ptah, também chamado Ftah ou Patah, que como um arquétipo foi muito ativo no Egito. Encontramos Ptah na Bíblia como Tso-Phtah Paneach צפתה פענח [Genesis 41:45]. Desse modo, também iremos explicar o que Ptah simboliza. Eis porque ao pé desse símbolo poderoso ou arquétipo anotamos a referência de Oséias 11.1.

  Com isso, queremos ressaltar que Tso-Phatah פענח צפתה saiu do Egito com Moisés.

  Também levou Moisés consigo os ossos de José [צפתה פענח], pois havia este feito os filhos de Israel jurar solenemente, dizendo: certamente Deus vos visitará; daqui, pois, levai convosco os meus ossos”. Êxodo 13.19.

  Do mesmo modo, Jesus saiu do Egito.

  “Tendo eles partido, eis que aparece um anjo do Senhor a José em sonho. E diz: dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito, e permanece lá até que eu te avise, porque Herodes há de procurar o menino para o matar. Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe, e partiu para o Egito: e lá ficou até a morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio do profeta: Do Egito chamei meu Filho”. – Mateus 2:13-15.

  Assim, todas essas orações e sabedoria que encontramos no cristianismo, islam e judaísmo emergem da mesma terra: Egito. Ao estudarmos os arquétipos egípcios, que são muito profundos, nós, gnósticos, não incorremos no erro de pensar como os ignorantes que acham que isso são “ídolos”. Sabemos o que são ídolos e o que são arquétipos.

PTAH

  Examinando esse arquétipo, Ptah, encontramos nele símbolos profundos, especialmente aqueles que ele está segurando em suas mãos. Vemos na primeira figura que ele segura um bastão, chamado Was: no topo deste cetro também vemos um símbolo, um tipo de cabeça de pássaro, que é o Cinocéfalo Seth. Ele também segura o Djed, outro cetro, que é o símbolo da estabilidade. Nas mãos, ele segura duas cruzes Ankh, que são o símbolo de duas chaves. Lembremos que no cristianismo encontramos o mesmo símbolo com Pedro, o apóstolo, que segura as chaves do céu em suas mãos. É o mesmo símbolo. A cruz Ankh é um símbolo sexual profundo, relacionado com criação.

  Ptah foi muito conhecido no Egito antigo e ainda é mostrado de muitas maneiras, exceto que as sociedades esotéricas e grupos sabem e conhecem o que Ptah simboliza.

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  Figura 2

  Esses são os hieróglifos do nome Ptah. A figura quadrada ou retangular é a letra P. O meio círculo é a letra T. A corda simboliza as duas serpentes, e é a letra H. Eis como se escreve Ptah em hieróglifos. É assim que soletramos Ptah, o Pai, em hieróglifos.

  O Pater Noster é Ptah Noster, uma vez que de fato, quando investigamos o símbolo de Ptah, encontramos o que madame Blavatski destaca em A Doutrina Secreta:

“ Ptah o filho de Kneph no panteão egípcio é o princípio de Luz e Vida através do que a criação ou invés disso a evolução acontece; o Logos egípcio e criador, o Demiurgos. Uma divindade muito antiga, que, segundo Herodotus, tinha um templo erigido a ele por Menes, o primeiro rei do Egito. Ele é o doador da vida, auto nascido e pai de Apis, o touro sagrado, concebido através de um raio de Sol. Ptah é então o protótipo de Osiris, uma divindade posterior.
  Herodotus afirma que ele é o pai de Kabiri, os deuses misteriosos e o Targum de Jerusalem diz: os egípcios denominavam a Sabedoria da Primeira Inteligência pelo nome de Ptah”. – H.P.B.

  A primeira inteligência é a sefira Kether. Continuemos lendo o destaque:

  “Ptah é Maat, a divindade da sabedoria, muito embora sob outro aspecto ele seja Svabhavat, a substância auto criada. Como uma oração endereçada a ele no ritual dos mortos que diz: após chamar Ptah “’pai de toda paternidade e de todos os deuses, gerador de todos os seres humanos produzidos por sua substância”’. Tu és sem pai, Seidade, engendrado por tua própria vontade; Tu és sem mãe, Ser nascido pela renovação de tua própria substância, através de quem a substância é procedente”. – H.P.B.

  Ptah como um arquétipo guarda um maravilhoso símbolo que vamos estudar do ponto de vista gnóstico a fim de compreende-lo.

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  Figura 3

  Encontramos Ptah na Árvore da Vida, nas letras vinte e dois do alfabeto hebraico e círculo do zodíaco. De fato, com suas três letras Ptah [pth] representa o primeiro triângulo da Árvore da Vida: Kether, Chokmah e Binah, ou como chamado no cristianismo: Pai, Filho e Espírito Santo.

  Ptah sintetiza a ele mesmo na sefira Binah, uma vez que Binah, que é o Espírito Santo, é a força criativa que se expressa através dos órgãos sexuais. Eis porque quando nos dirigimos a Ptah o chamamos o Todo-Poderoso Ptah, entendendo que a potência sexual desce do Absoluto Solar dentro da sefira Yesod, que é a energia sexual.

  Quando estamos nos dirigindo a Ptah, encontramos esse arquétipo em diferentes lugares na Árvore da Vida e dentro de nós. Por exemplo, também chamamos a isso Ptah Ra; pois “Ra” ou Re é o Logos Solar.

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  Figura 4

  O gráfico acima traz o símbolo do Ra. Nos hieróglifos egípcios o símbolo do olho é a letra R e o pássaro é o símbolo da letra A. Temos, então, pássaro + olho = Ra.

  O falcão simboliza a descida da luz solar na humanidade. Era desse modo que os egípcios simbolizavam o maravilhoso arquétipo Ra, que de fato está relacionado com o Absoluto Solar, a força que na cabala é chamada o Ain Soph Aur, “a luz ilimitada”. Ptah é a verdadeira fonte de luz.

  A letra P é a sefira Kether, um símbolo do Pai. A sefira Chokmah é a letra T, a cruz, o Filho; a sefira Chokmah é o Cristo na cristandade, que desce com sua cruz a fim de trabalhar. A letra H é o Espírito Santo ou, conforme dito na cabala: Iod-Hei-Vav-Hei. A segunda letra Hei no Iod-Hei-Vav-Hei simboliza o Absoluto Solar. Então, Iod-Hei-Vav-Hei, é o que chamamos em termos egípcios, Ptah Ra.

  Desse modo, da união daquelas duas palavras ou arquétipos, Ptah e Ra, pronunciamos a palavra Patar, que é o sagrado nome de Pedro, o Apóstolo, sempre representado com as letras PTR. Observamos aqui o segredo desse arquétipo ou símbolo que habita em cada um de nós. Então, sempre visualizemos esses arquétipos interiormente, uma vez que não não há um único ser humano sem Ptah Ra.

  Noutras palestras explicamos que Ptah é o que chamamos o Glorian, o alento do Absoluto emanando eternamente no primeiro momento a fim de entrar no universo para seu desenvolvimento. O alento do Absoluto é luz, porém uma unidade de luz; eis porque na Grécia é chamada Mônada (“unidade’). Dentro da Mônada – que é aquela luz, AUR em hebreu e Ra em egípcio – encontramos Ptah, P T H significando: atomos espirituais do Pai, Filho e Espírito Santo interiores.

  Ra e Ptah juntos são o número quatro, que é o Sagrado Tetragrammaton (Iod-Hei-Vav-Hei). Ptah simboliza a Sagrada Trindade, e jundo com Ra, a luz solar, é o Tetragrammaton, que trabalha em cada organismo humano. Aquela luz desce do alto e se coloca nas gônadas sexuais com suas duas chaves. Eis porque achamos que Ptah tem duas chaves. A chave da direita: o homem, e a chave da esquerda: a mulher. Cruzando-as, construiremos poderes. Desse modo é dito que Ptah é o criador nele mesmo.

  Vejamos aqui este grande símbolo da Sagrada Trindade egípcia. Este é nosso Pai que está nos Céus. Precisamos compreender que cada um de nós tem Nosso Pai que está nos Céus: esse Pai está dentro. O Pai não está fora, está dentro. É a verdadeira base de nossa existência. Aqui está a Oração do Senhor escrita em hebraico para aqueles que sabem hebreu:

אָבִינוּ שֶׁבַּשָׁמַיִם יִתְקַדַּשׁ שְׁמֶךָ׃
תָּבֹּא מַלְכוּתֶךָ יֵעָשֶׂה רְצוֹנְךָ כַּאֲשֶׁר בַּשָׁמַיִם גַּם בָּאָרֶץ׃
אֶת־לֶחֶם חֻקֵּנוּ תֵּן־לָנוּ הַיּוֹם׃
וּמְחַל־לָנוּ עַל־חׂבוֹתֵינוּ כַּאֲשֶׁר מָחַלְנוּ גַּם־אֲנַחְנוּ לְחַיָּבֵינוּ׃
וְאַל־תְּבִיאֵנוּ לִידֵי נִסָּיוֹן כִּי אִם־תְּחַלְּצֵנוּ מִן־הָרָע
כִּי לְךָ הַמַּמְלָכָה וְהַגְּבוּרָה וְהַתִּפְאֶרֶת לְעוֹלְמֵי עוֹלָמִים אָמֵן׃

  “Abinu Sheba Schamayim” é como Jesus dizia “Nosso Pai que está nos Céus”, em hebraico. Em letras hebraicas de “Abinu Sheba Schamayim” , [אָבִינוּ שֶׁבַּשָּׁמַיִם] encontramos o símbolo maravilhoso de “Abinu”, nosso Pai Ptah. Dentro dessas letras também encontramos as três letras mães que encontramos no centro do gráfico do circulo zodiacal com as 22 letras hebraicas.
 

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   Figura 5
  A letra א Aleph de אָבִינוּ simboliza o ar. A letra ש Schin de שֶׁבַּשָׁמַיִם representa o fogo. A letra מ Mem de מַיִם representa a água. Essas são as três forças elementais das três letras mães que emanam do alento que está simbolizado na letra ה Hei. Conforme explicado em outras palestras, estas letras juntas se pronunciam Hashem האשמ. Hashem significa “O Nome”.  

  Ha-Shemayim השמים, que é plural, significa “os céus” como é plural a parte mais alta de cada um de nós. Eu tenho meu próprio Pai, e cada um de nós tem seu próprio Pai, então há - שמים shemyim – “muitos nomes”, uma vez que cada um de nós tem seu próprio nome. Na cabala dizemos השם Hashem, “O Nome”, assim, השמים Ha-Shemayim tem muitos significados.

  Vejamos agora esta explanação cabalística na língua hebraica: “Abinu Sheba Schamayim,” nosso Pai que está no Céu. De fato, “Sheba” em Aramaico significa sete. Quando dizemos Sheba nos remetemos ao reino, a sefira Malkuth (o reino).

  Quando dizemos “Abinu Sheba Schamayim,” nos remetemos a Shabbath, o sétimo dia, nosso Pai Binah, a sétima força, Saturno. A sefira Binah é o Espírito Santo no céu שמים Schamayim. Tudo emerge da força sexual criativa de Binah, o Espírito Santo.

  Como podemos ver, encontramos novamente a palavra Shem (que significa “nome”) em Schamayim. Quando lemos “o nome” השם Hashem, significa o nome de Deus. Vamos agora estudar a frase hebraica completa:

“Abinu Shebashamayim, Yitkedesh Shemkha” – [Nosso Pai que está no Céu. Abençoado seja teu nome]. Sete é Sheba; nome é Shem. O plural de שם Shem é שמים Schamayim, que significa nomes, mesmo se estiver traduzido como Céu (Paraíso). Assim, שמים Schamayim, Céu, está formado por todos os nomes de Deus. Eis, portanto, como nós, cabalisticamente, entendemos שמים Schamayim.

  Exatamente por si mesma ים Yam significa água. ים Yam ou Yam também significa água. Agora, quando falamos sobre água, falamos sobre fluido Akashic diluído no espaço cujo histórico está onde encontramos todos esses nomes divinizados. Dessa maneira, quando falamos sobre אלהים Elohim (deuses e deusas) perguntamos: Alá é o nome de Deus? Sim, é. O nome de Deus é INRI? Sim, é. O nome de Deus é Jehovah? Sim, é. O nome de Deus é Tao? Sim é. O nome de Deus são muitos nomes. Deus é Elohim (deuses e deusas). Eis porque שבשמים Sheba-Shamayim significa שב Sheb, שבע Shĕba' sete, ou seja – em termos femininos – מַֽלְכַּת־שְׁבָא Malkuth a Rainha מלכה Malkah de שבע Shĕba' a sétima sefira; e – em termos masculinos – שמים Schamayim significando nomes de Céus.

  Como se vê, a palavra Shebashamayim significa “sete céus” e Malkuth o sétimo, ou Binah, o sétimo céu; todos eles juntos são שבתות Shabbatoth. Eis porque na cabala entendemos שבשמים Sheba-Shamayim em sínteses.

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  Figura 6

  Voltemos ao gráfico de Ptah. Necessitamos vê-lo bem a fim de compreende-lo. Quando dizemos Ha-Schamayim, visualizamos a palavra no meio da coluna, o meio da coluna da Árvore de Vida, que Ptah está segurando com suas duas mãos, com duas chaves. Essa é a nossa coluna espinhal. Se não trabalharmos o interior de nossa coluna não desenvolveremos aquele poder. A fim de desenvolve-lo precisamos segurar com as duas mãos as duas chaves. Uma das duas hastes do cetro que Ptah segura tem quatro níveis. Esses quatro níveis são os quatro mundos: Atziluth, Briah, Yetzirah e Assiah. Que são os quatro mundos? São os quatro mundos manifestados que Deus tem sob seu poder; esse é o significado de Ptah estar segurando todos eles.

Four Worlds of Kabbalah
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  Figuras 7 e 8


  Conforme vemos no meio da rosacruz ali encontramos as três letras mães primárias; em torno delas encontramos as sete letras duplas. Sete Sheb, שבע Shĕba' d e como plural ou dupla encontramos a palavra שבתות Shabbatoth. Aqui, precisamos entender que nosso raio particular (a letra Hei, a Glória) – com as três letras primárias dentro – ao entrar no universo atua e projeta seu poder criativo através de qualquer dos sete raios cósmicos, ou Sete Elohim Criadores Cósmicos. O Livro da Revelação trata extensivamente dos sete.

  “Então vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os anciãos, de pé, um Cordeiro como tinha sido morto. Ele tinha sete chifres, bem como sete olhos que são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra. Apocalipse 5:6

  Apocalipse 5:6 diz em síntese que o Cordeiro de Deus, que é simbolizado pelas três letras mães primárias no meio, tem sete chifres e sete olhos, significando as sete letras duplas; no fundo, temos também aquelas sete forças duplas. Nosssa Glória está ligada a um dos sete raios e este raio é também nosso Pai que está no Céu. O chifre cósmico é, diremos, aquele Criador Cósmico que toma conta de nossa Glória quando emersa do Absoluto. Aqueles Sete Criadores Cósmicos são plenamente desenvolvidos e habitam entre nós como arquétipos. Tornaram-se vigilantes de muitos raios a fim de guia-los no universo e desenvolve-los, porque eles sabem como fazer isso.

  Neste sistema solar, os sete raios poderosos são dirigidos por Gabriel, Rafael, Uriel, Miguel, Samael, Zacariel e Orifiel. Eles são representados pelas sete letras duplas que estão em volta das letras mães. Além das sete encontramos as doze letras simples, que simbolizam as doze tribos de Israel ou o decimo segundo signo zodiacal, onde esses arquétipos se desenvolvem. Então, 12, 7 e 3, formam três círculos concêntricos que também simbolizam nossos arquétipos dentro de nossa particular individualidade, ou Rosacruz.

  Quando dizemos, “Israel”, nos remetemos às doze tribos, os doze signos zodiacais, as doze letras simples que são governadas pelas sete letras duplas, os Sete Criadores Cósmicos e mais profundamente ainda, às três forças primárias que são: Pai, Filho e Espírito Santo dentro de nós. É isso que chamamos os vinte e dois arquétipos. Todos nós temos vinte e dois arquétipos interiormente. Todos aqueles doze arquétipos, Israel, mais os sete poderosos raios e as três forças primárias, dentro de nosso raio particular, são o que chamamos השם Hashem, השמים Ha-Schamayim, “os céus”. Eis porque quando falamos sobre os doze signos zodiacais apontamos para o espaço superior, os Céus. Tudo aquilo está relacionado com cada unidade individual; com cada um de vocês, comigo, com outros planetas. Cada um tem intimamente aqueles tipos de arquétipos. É o que chamamos השמים Ha-Schamayim. “Os Céus” ou “Os Nomes”, descem para o interior da sefira Malkuth. Segundo o Gênesis da Bíblia, em Malkuth eles são chamados Shemites, que são o desenvolvimento de Shem. שֵׁם Shem é o nome original. Como sabemos, שֵׁם Shem foi o primeiro filho de Noé. Noé é o arquétipo ou Átomo Nous que temos no ventrículo esquerdo do coração. “Era Noé da idade de quinhentos anos, e gerou Sem, Cão e Jafé”. Gênesis 5:32

  A palavra Shemite ou Semita é derivada de שֵׁם Shem. Contudo, quando as pessoas nos dias de hoje, precisamente nesta época moderna, falam sobre antissemitismo, ou anti-shemitismo, elas ignoram que tal termo significa forças “antiespirituais”. Assim, antissemitismo não significa o que as pessoas ignorantes pensam. Quando estudamos o shemitismo ou semitismo nesse mundo físico encontramos diferentes raças. Dentre elas estão os hebreus ou judeus. Os ignorantes acham que somente os judeus são semitas ou shemitas. A verdade é que todos somos um semita, dado que todos possuímos השם Hashem interiormente. Ser um antishemita ou antissemita significa estar contra o desenvolvimento de השמים Ha-Schamayim, esses arquétipos que, cabalisticamente, em conjunto, são chamados Israel.

  Mestre Samael Aun Weor ressalva:
  ISRAEL é uma palavra que deve ser analisada.
  “IS” lembra-nos de Isis e dos Mistérios Isiácos.
  “RA” lembra-nos do Logos Solar.
  Lembremos-nos do disco de RA encontrado no antigo Egito dos Faraós.
  “EL” é “EL”, o interior, o Deus profundo dentro de cada um de nós.

  Na sequência e correto corolário etimológico, as pessoas de Israel são constituídas das várias partes do Ser. Todas as múltiplas auto-consciências e partes independentes de nosso próprio Ser individual constituem o povo de Israel. [A Bíblia Gnóstica: A Pistis Sophia Desvelada]

  Desse modo, Israel está dentro de cada um, sejamos cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, taoistas, zoroastrinos, etc. Cada um carrega aqueles arquétipos interiormente, o que a Oração do Senhor chama “Abinu Shebashamayim Yitkadesh Shimkha”, ou seja, Nosso Pai que está no Céu, abençoado seja o Teu nome”. Daí, השם Hashem, “o nome”, está em  todos vocês, porque vocês têm esse Nome Sagrado na profundidade interior de suas Consciências”.

  De quem e qual é o nome de nosso Deus interno? Isso é algo que temos de descobrir. Os grandes Avatares que desceram para Malkuth a fim de ensinar o mundo deram os nomes de seus particulares deuses internos. Ainda, isso não significa que existam unicamente aqueles deuses interiores. Deus é Elohim, uma Unidade Múltipla Perfeita no Céu, Schamayim, porém se formos aqui embaixo, dentro de Malkuth, então Shem é chamado Shemoth שמות – hebraico para “nomes” – que é o aspecto feminino daquela Unidade Múltipla Perfeita dos nomes que têm de descer a fim de se desenvolver. Eis porque em Malkuth, Shem é chamado Shemoth שמות, uma vez que Malkuth é uma sefira feminina que precisa desenvolver Shem

  Em outras palavras, toda a força solar do Absoluto e os sete Criadores Cósmicos, os doze signos do cinturão zodiacal, descem como arquétipos para nossa fisicalidade em diferentes modos, de forma que, como homens, possam criar o esperma; ou seja, a semente de Brahma ou Abraham, nosso Deus interior. Pelo lado meramente da criação física, os homens buscam uma mulher porque ela é o solo, Adamah, o chão que os homens necessitam a fim de que suas sementes possam crescer. Os homens colocam a semente no útero durante o ato sexual. Vemos aqui as duas chaves que Ptah segura em suas mãos; a cruz de Ankh é a potência sexual do Onipotente, Ptah. Por conseguinte, a mulher desenvolve aquela semente em sue útero por nove meses. Ouçam, em esoterismo entendemos que a femea é a única encarregada da criação, isso é belamente obvio. E sem a menor dúvida, entendemos que a sefira Malkuth (nossa fisicalidade) é também feminina.

  “Irmãos, falo como homem. Ainda que uma aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga, ou lhe acrescenta alguma coisa. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como de um só: e ao teu descendente, que é Cristo” Gálatas 3:15,16

  Eis porque שבע Sheba is שבע-בת Bathsheba “a filha do sete” a בת-שבע Sheba-Bath ou שבת Shabbath, que está em Malkuth, é também um símbolo feminino que todos temos de compreender. Então, שבת Shabbath, Sábado é sagrado, “se nós o queiramo sagrado”. Em outras palavras, שבת Shabbath é nossa pessoal matéria física.

  Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” – Êxodo 20:8

  Lembremos que em [Malkuth] E havendo Deus [Elohim Binah] terminado no dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou nesse dia [Malkuth] de toda a sua obra que tinha feito. E [Malkuth] abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou: porque nele descansou de toda obra que, como Criador, fizera”. Genesis 2:2-3

  Vemos que em Inglês a palavra matéria (matter) é feminina, e em Latim a palavra “mater”, significa “mãe”. Isso não é uma coincidência uma vez que “no início era o verbo e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus”. Eis porque encontramos nisso um profundo simbolismo. Quando dizemos e oramos: “Pai nosso que estás no Céu”, precisamos estar concentrados no que estamos dizendo, pois aquele Pai tem diferentes níveis.

  Primeiro, “Pai Nosso” é nosso profundo íntimo, nosso próprio Espírito, o filho da trindade. O íntimo Espírito é aquela parte do Criador Cósmico que está situada no íntimo de nossa mais elevada Mônada a fim de que a Glória se desenvolva. Aquele Espírito interior, o mais profundo íntimo, é chamado El na cabala sendo o que a Bíblia chama Abraham. O mais profundo íntimo, em sânscrito, é chamado Atma. Todos temos dentro de nós o nosso pessoal Abraham. Ele está relacionado também com Brahma o Criador dentro de nós. Conforme já explicamos em outras palestras, Brahma é o filho de Vishnu, o Cristo Cósmico, Ptah-Ra em palavras egípcias.

  Entremos nos símbolos que nesta época estão muito ativos. Outro nome em egípcio para o Pai é Osiris. Muitos gnósticos cometem o erro de pensar que Osiris é a sefira Kether. Isso é errado. Kether está dentro de Osiris, porém Osiris está relacionado com a sefira Daath. Osiris é um desdobramento de Ptah. Para que Osiris exista ele precisa de sua Isis.

  Osiris e Isis são a dualidade que na cabala chamamos Abba e Alma. Pai e Mãe a quem temos de honrar. O filho de Osiris e Isis é Horus, que é simbolizado pelo Falcão. É a luz de Ptah-Ra, que desce para a dualidade, em manifestação no mundo manifestado. Osiris, Isis e Horus formam outra trindade. Primeiramente, no mundo de Atziluth há a trindade chamada Ptah Ra, porém quando temos Osiris Ra, estamos nos referindo a trindade que está relacionada com a criação, com o mundo de Briah.

  Desse modo, dentro de Osiris Ra, encontramos o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas em Briah como o mundo da criação. Dentro de Isis também encontramos o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

  Quando nossos rituais eram realizados no antigo Egito, precisávamos de um sacerdote e uma sacerdotisa. O sacerdote era chamado Osiris, a sacerdotisa era chamada Isis. A alma que estava recebendo o benefício de Osiris e Isis era chamada Horus, que era o filho dos dois. Não vemos aqui uma trindade? Não é o mundo de Atziluth, o primeiro triângulo, mas abaixo da sefira Daath, no mundo de Briah, a criação. Aquela trindade é um desdobramento; independentemente, ambas as trindades detém o mesmo poder. Uma é Ptah-Ra o todo poderoso no primeiro triângulo, e o outro abaixo é Osiris, Isis e Horus. É por isso que muita gente pensa e diz que Osiris é uma divindade posterior. Elas não entendem que osiris é um desdobramento de Ptah, uma vez que Osiris está lá em cima, em Atziluth.

 Assim, dado que Osiris seja um desdobramento de Ptah, ele é também Ptah, porém em manifestação mais abaixo. Eis porque quando falamos sobre rituais ou no que em sânscrito é chamado tantra não caímos no erro do que as pessoas pensam nesses dias, de que tantra seja justamente o ato sexual ou magia sexual. Tantra está relacionado com qualquer tipo de ritual em que Osiris e Isis estejam presentes; isso significando as duas polaridades, o sacerdote e a sacerdotisa, uma vez que acima de Osiris e Isis está o Pai-Mãe, ao passo que abaixo estão o sacerdote e a sacerdotisa. Por conseguinte, qualquer ritual onde o aspecto feminino esteja ausente é cem por cento ridículo, porque a fêmea é aquele que ilumina o fogo do macho. Eis porque em muitos templos, nos mundos internos, aquela que ilumina o altar é a Nun, a sacerdotisa. Ela é aquela que acende o fogo (sexualmente falando) do homem ou sacerdote. Este é um símbolo sexual.

  Quando o sacerdote e a sacerdotisa estão desempenhando o ritual, eles estão ante a pedra cúbica de Yesod (o H). Representam  as duas chaves do P (pira, uma palavra latina traduzida como “intenso calor”) de PeTeR, ou P de Ptah-Ra. O T de PeTeR ou de PTah-Ra simboliza o cruzamento das duas chaves, e o R de PeTeR ou de Ptah-Ra é RA a luz solar.  Eis porque o altar gnóstico (o H) tem o simbolismo das três letras: P.T.R. O símbolo das três forças primárias de PTah-Ra, a luz solar de Cristo.

  Agora, há outro símbolo que temos de desempenhar no altar: é o TUM. Observem quando colocamos o A em vez do T, que pronunciamos AUM, Assim AUM, TUM é também um mantra que traz a energia do Pai, Filho e Espírito Santo para onde estejamos situados. Eis porque este poderoso mantra não deve ser pronunciado em vão. É por isso que está escrito: “Não tomarás o nome de teu Deus (Iod-Havah Elohim) em vão”. – Êxodo 20:7.

  Há muitos שמים shemyim, muitos nomes, mantras que não devem ser pronunciados em vão, e TUM é um deles. TUM representa também O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Os estou pronunciando agora porque estou falando deles, e ao pronunciá-los, estou trazendo a energia do Pai que está no Céu aqui para baixo a este plano físico a fim de que vocês entendam como a luz desce. Quando pronunciamos este mantra, a luz imediatamente desce. Não o pronunciem em vão, uma vez que se o pronunciarem como num jogo isso não será bom. Há pessoas que brincam com com orações, com mantras e isso não é positivo.

  Observem esses três nomes: Ptah, Osiris e TUM. Os três são nomes muito poderosos e devemos saber como usá-los.

  “RA é o Pai, o Pai comum cósmico universal, que é o Abstrato Absoluto”. 

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Figura 9 
 
  “TUM é o corpo do Pai”. O corpo do Pai não significa um corpo físico. RA é a Luz Solar; TUM é o corpo do Pai em todos os níveis. Significa que a força está ativa em todos os mundos da Cabala. Como um arquétipo no Egito; os egípcios o simbolizam sentado num trono.

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     Figura 10
CLEÓPATRA
  Quando dizemos TUM, então toda a energia do Pai, Filho e Espírito Santo desce. No Pai, Filho e Espírito Santo está o resultado de RA, a luz solar.

  TUM é um terrível mantra divino e não deve nunca ser pronunciado em vão ou em brincadeiras, pois nosso Pai que está no secreto desce imediatamente de onde sempre Ele pode estar” – Samael Aun Weor

cleopatra
    Figura 11

  Agora vamos discutir Cleópatra, o aspecto feminino nesta matéria. Falamos sobre o Pai, mas quanto a Mãe? Encontramos esse maravilhoso arquétipo também no Egito. Quando as pessoas falam sobre Cleópatra, sempre lembram da Cleópatra que esteve com Marco Antônio, mas ignoram que houve muitas Cleópatras no Egito. A Cleópatra é uma vestal do templo. Uma daquelas vestais num dos templos do Egito foi aquela que Marco Antônio lá a encontrou e com quem se envolveu. Mas vamos estudar o que significa Cleópatra, uma vez que elas são o que chamamos hoje de “freiras”. Quantas freiras vocês encontram atualmente? Freiras budistas, católicas, muitas. Assim, Cleópatra representa o mesmo símbolo.

  Cleópatra deriva-se do nome grego Κλεοπατρα, Κλεος-Πτα (Kleopatra), que significa “glória de Ptah, o Pai”, derivado de (κλεος - kleos), “glória”. Isso se combina com πατρος, patros, “do pai (Πτα – Ptah)” ou Κλεος-Ποτήρ “glória do cálice” (ποτήρ - potēr). O cálice, a yoni, o órgão sexual feminino, é o Santo Graal”. Desse modo, Kleo-poter é Cleópatra. Não confundam poter com Harry Potter. Poter significa taça, cálice, graal, a yoni sexual. Ao dizermos Cleópatra estaremos indicando a força sexual feminina de Deus. Eis porque as Cleópatras eram vestais no Egito.

  - Kleopatra: “chaves para o pai” de kleis [κλείς] “chaves” + patros [πατρος] pai.

  - Kleopatra, Kleopetra: “Keystone”, de kleis [κλείς] “chaves” + petra [πέτρᾳ] "pedra”.

  Então, Kleopatra simboliza a pedra angular, que na palestra anterior o orador esteve explicando. A pedra angular do templo, a base do templo, é uma mulher.

  Em alquimia, no princípio, a cor da pedra é negra. O carvão contém interiormente o fogo. Falando alquimicamente, todos nós somos negros, uma vez que o aspecto feminino de nossa sexualidade é negra. É por isso que Ptah é negro, Eis porque Osiris é negro, e Cleópatra a grande vestal é negra; do mesmo modo, porque o antigo Egito que fica na África, é a terra do povo negro.

  O nome África vem de Afrodite, a deusa do amor. Afrodite é a raiz da palavra afrodisíaco e de muitas outras palavras. Eis porque Cleópatra é um daqueles símbolos que encontramos no antigo Egito.

  Está escrito que quando o Mestre Jesus de Nazaré foi ao Egito, entrou no caminho da iniciação; está escrito: “...e do Egito chamei o meu filho”.  (Oséias 11.1).

  Está também escrito que Moisés veio do Egito. “Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés, e pediram aos egípcios objetos de prata (lua) e objetos de ouro (sol), e roupas (Malkuth)” Todas essas coisas representam segredos místicos do Nome Sagrado. Juntos são chamados “Urim e Tumim” – “E o senhor (Iod-Havah) fez que seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios, de maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram [este conhecimento dos] os egípcios”
- Êxodo 12:35,36

    Moisés estava casado com uma mulher etíope. As mulheres etiopes eram negras.

  “Falaram Miriã e Arão contra Moisés por causa da mulher etíope, que tomara: pois tinha tomado a mulher cusita”. – Números 12:1

  Simbólica e alquimicamente, quando começamos a trabalhar com nossa Cleópatra (Kleopetra), ou alguém começa a trabalhar com sua Nun (semente), seu sacerdote ou sacerdotisa é negro. Eis porque precisamos entender interiormente esses símbolos. Numa das pirâmides do Egito, Jesus praticou magia sexual com uma Cleópatra.

  Não estabeleço que todas as vestais, nuns ou Cleópatras do Egito foram da raça negra. Eram de diferentes raças. Ainda que aquelas da África fossem negras. Elas representam a pedra Heliogabalus.

  A palavra Egito tem origens gregas. Egito tem raíz em Het-Ka-Ptah. Het-Gy-Pt, Egypt, Egito.
  Het: Casa
  Ka: Alma
  Ptah: Pai
  Assim, Egito significa “A casa da alma do Pai”.

  Onde está o Het, a casa do Ka, a alma de Ptah, o Pai? Het-Ka-Ptah é nossa fisicalidade. Sim, nossa fisicalidade é a casa da alma de nosso íntimo Ptah. Ptah é o Pai que temos interiormente, ligado com nosso Ka, nossa alma, que é formada por todos os arquétipos. É desse modo que em hebreu Egito é chamado Mizrahim מצרים, que tem o mesmo significado da palavra Eden. “Even as [Eden] the garden of Iod-Havah, as the earth (Mizrahim מצרים) Egypt, as thou comest unto affliction.” - Genesis 13:10

  Então, não devemos pensar que quando a Bíblia menciona (Mizrahim מצרים) Egito, está unicamente relacionado com a terra da África. Esotericamente, cabalisticamente, alquimicamente, Egito é nossa fisicalidade e Cleópatra é um símbolo relacionado com nossa força sexual, nossa potência sexual. Ao mesmo tempo, Cleópatra é também um símbolo relacionado com qualquer sacerdotisa. Qualquer sacerdotisa que trabalhe com os mistérios que ensinamos aqui é uma Cleópatra. Isso é que precisamos compreender em relação a esse mistério. Eis porque os egípcios fizeram estátuas de Cleópatra; não era uma relacionada com Marco Antônio. Não. Cleópatra é o símbolo de Isis. Eis porque em termos gnósticos chamamos a sacerdotisa por “Isis”. Ao sacerdote chamamos meramente por sacerdote, mas como um símbolo podemos chama-lo “Osiris”. O sacerdote é um símbolo das três forças primárias de Daath. A sacerdotisa é também as três forças primárias de Daath.

  A alma dentro de Het-Ka-Ptah no Egito e em nossa fisicalidade é Ka, Horus, que precisa ser desenvolvida. Daí, é como devemos ver os símbolos do antigo Egito.

  Nos dias de hoje as pessoas debocham dos belos símbolos do Egito porque não os entendem. Essas pessoas dizem que os egípcios do passado foram adoradores de ídolos: sim, é o que os ignorantes dizem. Contudo, se estudarmos o significado esotérico de todos os grandes mistérios do Egito, então entenderemos o sentido da oração que Jesus ensinou na montanha, porque Jesus aprendeu muito no Egito. Foi por isso que Jesus ensinou a oração de Ptah. É por isso que dizemos, “Nosso Pai que estás no Céu, abençoado seja o teu nome”. Ele aprendeu isso no Egito. Moisés também aprendeu isso e tudo o mais no Egito e de Het-Ka-Ptah que foi muito ativa e que teve muitas escolas de iniciados, mas que na atualidade é somente uma sombra do passado.

AS CHAVES DE PEDRO – PTAH

  Vejamos aqui o símbolo de Ptah. No Evangelho de Mateus está escrito: “Respondendo Simão Pedro disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo. Então Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és Simão Barjonas porque não foi carne e sangue quem te revelou, mas meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Dar-te-éi as chaves do reino dos céus: e o que ligares na terra, terá sido ligado nos céus: e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus” Mateus 16:16-19

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Figura 12

  Vocês entendem o símbolo aqui? Pedro tem duas cruzes, como Ptah. Pedro e Ptah representam o mesmo arquétipo em nosso íntimo, Ou seja, Ptah e Pedro aguardam por nós no céu a fim de nos abrirem a porta, mas a porta está na sefira Yesod.

  As pessoas que não entendem simbolismos esotéricos acham que quando se morre Pedro estará abrindo o caminho para se entrar  no Céu. Ouçam: Pedro é Ptah que tem duas chaves, duas forças alquímicas que com elas temos de trabalhar. São as duas mesmas chaves de Ptah. Observem que seus nomes não é uma coincidência. Pedro, Ptah-Ra, Petera e também Cleo-Petera, rocha, pedra. É nisso que encontramos a relação entre Petera, rocha, pedra com Pedro, Ptah-Ra; então, “sobre essa pedra construirei minha igreja”. Qual Pedra? Cleópatra.

  Enfim, se somos um macho (sacerdote) e queremos construir nosso templo em nosso íntimo, precisamos então de uma Cleópatra (sacerdotisa), uma vez que ela tem a chave da pedra; a pedra angular é Cleópatra. Do mesmo modo, uma mulher que seja uma freira, sacerdotisa, precisa de um macho, um Papa, um Pedro (que foi o primeiro Papa); Pedro foi casado. Sim, Pedro foi casado, ele trabalhava com sua pedra angular Cleópatra. Pedro e Cleópatra representam a pedra. A pedra detem a força do céu dentro de nós. Eis porque Pedro segura as chaves.. Pedro é um ídolo? Não! Ele representa o mesmo arquétipo que os egípcios chamaram Ptah. Ainda em tempos atuais nós o chamamos Pedro. Então Ra disse a Ptah, “e sobre esta pedra (angular, chamada Cleo, κλείς-Kleis, Chaves Πέτρα – Pedra)  edificarei a minha igreja”. Precisamos estudar o que Pedro e Cleópatra significam.

  Consequentemente, baseado no que já explanamos, agora compreenderemos o que a Oração do Senhor significa. Mestre Krumm-Heller disse o seguinte sobre o Pai Nosso e Mestre Samael destacou o seguinte no livro O Matrimônio Perfeito:

  “Dentre todas as orações ritualísticas a mais poderosa é o Pai Nosso (Oração do Senhor). Esta é uma oração mágica de imenso poder”. “Imaginação, Inspiração e Intuição são os três caminhos obrigatórios da iniciação”.
  Mestre Huiracocha diz o seguinte: “Primeiro, é necessário ver as coisas espirituais (Deus) interiormente”.

  1. Pater [Ftah] Noster, qui es in cælis.
  Pai Nosso [Ftha] que estás no céu.

  Por que escrevemos Ftha com F invés de um P? Porque em Latim realmente não dizemos Ptah, porém Ftah, com F porque PH é F. Isso nos faz lembrar da Runa Fa, o Pai (Fa-ther); Fa representa a mesma força. Contudo, quando estamos em meditação com nosso Pai interior e dizemos: “Nosso Pai que estás no céu”, então vemos que precisamos estar concentrados “em”, uma vez que o Pai está dentro de nós em todos os seus desdobramentos. Visualisemos isso através de nossa intuição, nossa imaginação, a fim de vermos que o Pai, de fato, é uma Unidade Múltipla Perfeita dentro de nós e dentro de todos. Por isso é chamado Elohim. Deus é deuses e deusas.

  Então precisamos ouvir a palavra, ou a Divina Palavra: Sanctificetur nomen Tuum.

  Estão vendo a palavra TUM aqui? Sim, sabemos que em Latim a palavra TUUM significa “teu”. Porém, vocês acham que seja uma coincidência que o nome de Deus, TUM do Egito, esteja escrito aqui? Ouçam, quando dizemos, “Sanctificetur nomen tuum,” a força desce conforme Mestre Samael explicou, nomeadamente, quando pronunciamos TUM, e nosso Pai que está no secreto desce imediatamente do Céu, sobre nós. É esse, precisamente, o aspecto mágico de pronunciarmos o Pater Noster em Latim. Se o pronunciarmos em Inglês, terá ainda uma força, mas não a mesma força que em Latim, como ao dizermos, “Sanctificetur nomen tuum,” “Santificado seja teu nome”, ou noutra língua mântrica, hebraica, como, “Yitkedesh Shemkha,” que também é pronúncia muito poderosa, uma vez que o Hebreu e o Grego são também línguas mântricas.

  2. “Santificado seja o teu (vosso) nome”.
  Em outras palavras, o Divino Verbo, o magnífico nome de Deus, o Mundo Criativo.

  Mestre Krumm-Heller disse, conforme Mestre Samael destacou: “Ultimamente, vimos preparando nosso organismo espiritual para a intuição”.

  3. “Venha a nós o teu Reino”. É para ser dito com a pronúncia do Verbo, dos mantras, e o Reino interior dos sagrados mestres vem a nós. “A trindade é encontrada nas primeiras três súplicas do Pater Noster”.

  “A união com Deus consiste no desempenho de tudo isso. O restante permanece resolvido...”

  Com essas três suplicas, Krumm Heller ressalva, buscarmos uma resposta integral, e se algum dia merecermos isso, já seremos Deuses, assim não precisaremos mais buscar”. – Samael Aun Weor

  Por conseguinte, somente a realização dessas três súplicas é suficiente. Vocês sabem o que Krumm-Heller significou com esses destaques? Significou encarnar TUM em nosso íntimo. Quando TUM, o Pai, Filho e Espírito Santo estão encarnados em nós, somos um Deus na carne, como Mestre Jesus, Mohammad, ou Moisés. Quando Moises veio do Sinai ele tinha forças interiores. TUM estava dentro dele, como estivera em Jesus, Mohammad, Buda. Contudo, a fim de encarnar TUUM em nosso íntimo, precisamos desenvolver os arquétipos. É isso, precisamente, o que devemos fazer. Não é justamente pronunciando mecanicamente esta oração, como se faz na Igreja Católica; ou, como temos visto o sacerdote dizer: “vão e orem dez Pais Nossos e dez Aves Marias, então seus pecados estarão perdoados”. Essa é uma via muito superficial de fazer coisas.

  Essa oração traz nela muito poder, mas somente se estivermos trabalhando com nossa energia sexual e com os arquétipos, do contrário estaremos repetindo exatamente como faz um papagaio aquilo que não compreendemos.

O CÁLICE

  Vamos para a próxima súplica da Oração do Senhor.

  Fiat voluntas tua, sicut in cælo, et in terra.
  Seja feita a tua vontade aqui na Terra como no Céu.

  A fim de entendermos essa súplica, destacamos do Evangelho a oração que Jesus fez no Monte das Oliveiras. Ele disse:

Tarot 14
    Figura 13

  Dizendo: Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e, sim, a tua”. Lucas 22:42

  “A [o cálice branco representa o sistema nervoso cérebro-espinhal o veículo de Netzach e a] Natureza elevada [Chesed e Chockmah que] tem a sua origem do lado direito da sefirótica Árvore da Vida, porém a [cálice amarelo representa a genitália ou Yesod] inferior [natureza de Binah, Geburah e Hod, que tem a sua origem] no lado esquerdo que está incorporada na [Malkuth] femea [sefira] [em Yesod] torna-se unificada nela, conforme escrito: a mão esquerda de Deus [Geburah e Hod] está debaixo [Binah, o lado esquerdo de] da minha cabeça e sua mão direita [Chesed e Netzach] abraça-me [Malkuth de Tiphereth]. Canção de Salomão 2:6.

  Até agora temos apresentado isso num assunto, excessivamente esotérico e desconhecido para pessoas comuns, porém agora falaremos mais claramente de forma que todos possam compreender e entender”. Ao ouvir isso, o estudante novato expressa seu grande desejo de aprender mais [sobre as duas polaridades] deste mistério do sexo” – Zohar. 

Last supper
Figura 14

  Na última ceia encontramos dois cálices. O da direita simboliza a mente do sacerdote que temos de preencher com INRI porque o cérebro é o cálice que deve ser preenchido com a força solar sexual de Ptah. O da esquerda representa o madeiro horizontal da cruz. É o Yoni ou cálice amarelo que está relacionado com Malkuth, a Rainha, a mulher. Está relacionado com a própria mulher sacerdotisa individual e particular do sacerdote, sua Cleópatra.

Holygrail
    Figura 15

  Κλεος-Ποτήρ “glória do cálice” (ποτήρ - potēr) “do cálice – Yoni – Sagrado Graal”. Kleopatra, a glória da Yoni, a glória do Sagrado Graal, é o órgão sexual da fêmea.

  O sacerdote-iniciado tem que transmutar aquela força sexual que está oculta na Arca da Aliança. Eis como o Cohen faz a vontade de seu próprio Deus individual particular interior. Se alguém não faz a vontade de seu Deus Interior, então faz a sua própria vontade, tornando-se assim obsessivo, e sua vontade se transformará em Fornicação. Foi o que Marco Antônio fez com Cleópatra no Egito. Encontrar uma vestal no Egito para fornicar – foi absurdo. Quando temos nossa esposa, nossa freira sacerdotisa, o símbolo da bela Cleópatra; então com ela transmutamos a força sexual. Foi o que Jesus fez, o que Moisés fez no Egito.

  Cleópatra é chamada Aída por Giuseppe Verdi na sua grande ópera. Aída é de raiz árabe; A, a respiração de Aleph; Ida, a força da respiração de Deus. Lembremos do Sâncrito Ida e Pingala. Desse modo, Aída é uma força feminina que é negra em todos nós. Assim é porque naquela ópera Aída é negra. Se assistirmos a ópera Aída, veremos quão belamente ela oculta os símbolos que estamos aqui explanando. A fim de desempenharmos a vontade de Deus é precisamente o que vemos simbolizado naquela ópera.

  Assim, quando Jesus estava orando no Monte das Oliveiras, ele disse: “Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e, sim, a tua”, significando que se fosse possível autorrealizar-se sem a mulher, estaria ali para obedecer a Sua vontade, não a dele pessoal, e que assim fosse feito. Então disse-lhe o Pai: Vá e tome a sua Cleópatra – conhecida agora no mundo físico como Maria Madalena – e pratique Magia Sexual com ela”. Então Jesus disse: “Okay, se essa é a Sua vontade”. Entretanto, ao ir desempenhar com ela o ato sexual, Judas, que representa o desejo sexual, chega e o trai. Daí, ele ter de lutar contra o desejo sexual. Daí, também que Judas, Maria Madalena, Cleópatra são uma mistura de símbolos que não estão somente escritos nos evangelhos, porém em muitos outros mitos que estudamos.

Daily Bread

Entremos na próxima parte desta maravilhosa oração.

Bread of Life

Figura 16

  “Panem nostrum supersubstantialem da nobis hodie.”

  “O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Quem comer a minha carne e beber o meus sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue a verdadeira bebida. Quem comer a minha carne e beber o meu sangue, permanece em mim e eu nele” – João 6:54-56

  Mestre Samael disse: “Para sabermos que a vida é um sonho não significa que tenhamos compreendido isso. Compreensão está ligada à auto observação e intenso trabalho sobre si próprio. Daí, a fim de trabalhar-se é indispensável fazer isso na vida diária, neste exato dia.   Então, será compreendida esta frase da Oração do Senhor (Pater Noster) que ressalta: ‘Dai-nos hoje o pão nosso de cada dia’.

  As palavras “o pão de cada dia” significam “o pão supersubstancial” em grego ou “pão do Altíssimo”.

  A Gnose nos dá esse “pão da vida” em duplo sentido: ou seja ideias e força, que nos permitem desintegrar nossos erros psicológicos”. Samael Aun Weor.

buddha-meditation

  Figura 17

  Quando estamos meditando, como o símbolo de Buda nos mostra acima, estamos compreendendo e adquirindo conhecimento, eis como estamos comendo o nosso pão de cada dia. É por isso que a meditação é o pão diário do sábio. Se quisermos comer aquele pão supersubstancial da vida, necessitamos meditar todos os dias e compreender e aniquilar nosso ego, dai que nosso pão é luz.  Fazer isso não é fácil. Eis porque no gráfico a seguir encontramos a Eucaristia.

EUCARISTIA

    “Panem nostrum supersubstantialem da nobis hodie.”
    “Dai-nos o pão nosso supersubstancial de cada dia”.

  Durante o ritual gnóstico, nos colocamos em comunicação com o mundo do Logos Solar, com o egípcio Ra, com Tum. A última palavra é muito importante; tem três aspectos que representam as três forças primárias:

  T: O Pai [Kether]
  U: O Filho [Chokmah]
  M: O Espírito Santo [Binah]

  Este é um mantra poderoso. Quando pronunciado, as forças do Logos são atraídas em direção a nós. No instante em que a consagração do pão e do vinho é realizada, os Átomos Crísticos descem e realmente são transformados em carne e sangue de Cristo. Isso é feito por meio de um canal que é aberto e diretamente comunicado com o Logos através do mantra”.
  “Quando estamos em estado de êxtase, durante a transubstanciação, átomos Crísticos de alta voltagem descem e dão-nos luz dentro da escuridão. Esses átomos Crísticos nos ajudam na batalha contra os demônios vermelhos de Seth. Então, trazemos luz na escuridão” – Samael Aun Weor

  Muito embora Samael Aun Weor elucidasse isso, ainda nesses dias de hoje há certos gnósticos ignorantes que olham para a Eucaristia com desdém e sem dúvida não a estudam. Ilogicamente, pensam que o ritual da Eucaristia não é bom, a menos que seja desempenhado por um Mestre.

  Meus irmãos, não sejam muitos mestres, sabendo que devemos receber a maior condenação”. Mateus 3:1

  TUM dito através dos lábios de Ra, que é Horus dos Dois Horizontes, Haroeris, Yeshua:

  “Eu Sou o caminho [Eheieh-Kether], a verdade [Chokmah] e a vida [Binah];ninguém vem ao Pai [Ptah] senão por mim”. – João 14:6

  Contudo, necessitamos trazer as forças de TUM ao nosso íntimo a fim de lutar contra os demônios vermelhos de Seth; é isso que o Mestre Samael elucida aqui:

  “Ritual é magia prática. Magos negros odeiam mortalmente a Sagrada Eucaristia. Magos da escuridão justificam seus ódios pelos rituais do pão e do vinho de muitos e diferentes modos. Algumas vezes, eles dão as mais extravagantes interpretações baseados em suas próprias fantasias. Seus próprios subconsciente os traem. Eles tentam desprezar de todas as maneiras a Última Ceia. Odeiam a Última Ceia do Bem Amado. Nossos discípulos devem estar alertas e vigilantes contra esse tipo de subjetivo perigo. Qualquer um que odeie os rituais da Última Ceia é um mago negro. Qualquer um que rejeite o pão e o vinho da Unção Gnóstica rejeita a carne e o sangue de Cristo. Esses tipos de pessoas são magos negros”. – Samael Aun Weor

  Novamente, certos “gnósticos” ilusoriamente pensam que podem lutar contra os demônios vermelhos de Seth sem a ajuda desses átomos de alta voltagem de TUM da Eucaristia Crística. Esses ignorantes desligam-se da conexão com “Ra”, a luz solar dentro de cada um de nós. Cristo, o Logos Solar não está submetido aos indivíduos. Quando dizemos que Cristo está dentro de nós, queremos significar ao nosso nível. Contudo, quando pronunciamos TUM e realizamos o serviço, atraímos as forças do Senhor “Ra” de acordo com nosso nível. Ademais, se estamos em comunhão de almas, desempenhando o ritual em grupo, aquela força solar desce com maior poder, uma vez que cada um de nós está conectado com Ra. É isso que devemos entender:

Resurrection

Figura 18

  Eu Sou [Ra] a luz [solar] do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário terá a luz da vida”. – João 8:12

  Assim, todos têm Ra, Deus, Cristo, TUM interiormente. Queremos lutar contra nosso inimigos internos? Bem, necessitamos então da ajuda do senhor Ra.

  O pão supersubstancial, o “pão do Altíssimo”, não é somente meditação, é também Eucaristia. Eis porque as duas sefirotes Hod e Netzach estão também na Árvore da Vida; elas simbolizam o coração e a mente que devem estar trabalhando juntos. Na Árvore da Vida elas compartilham uma linha horizontal, Hod, “Glória”, o coração e Netzach, “Vitória”, a mente. Desse modo, precisamos trabalhar com o coração e o cérebro, juntos. Quando estamos meditando nossa mente necessita ajudar o coração. A fim de carregarmos nosso coração com os Átomos solares Crísticos temos de tomar a Eucaristia. Entendamos porque fazemos isso, não mecanicamente, mas sim porque entendemos o que a Eucaristia simboliza. [Podemos aprender como tomar a Eucaristia nos livros “Tarô e Cabala” e “Os Sete Mundos”, por Samael Aun Weor, como também aqui Eucharist: Spiritual Strength Through Blessed Food and Drink]. E veja no You Tube: https://youtu.be/sCciSc8ojeM. Agora sigamos:

CARMA

  “Et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris”.

  Perdoai nossas ofensas assim como perdoamos quem nos tenha ofendido”.

  Isso é Carma. Precisamos trabalhar para a humanidade. Temos muitos  débitos a pagar. Pessoas as vezes investem contra nós de maneira muito rude, mas pensemos: “Eu sou gnóstico, estou fazendo coisas boas, por que as pessoas estão me tratando como um lixo? Por que?”. Porque detemos uma quantidade de débitos; não somos perfeitos. Em vidas passadas fizemos coisas más, então se quisermos que nosso carma seja perdoado, temos de perdoar aos outros da mesma maneira, temos de sacrificar nossos próprios sofrimentos. Como Mestre Jesus diz: retorne o bem pelo mal. Quem neste mundo está fazendo isso? Tristemente, não perdoamos aqueles que nos ofendem. Se alguém nos ataca, revidamos. Se alguém ataca nosso país, então enviamos o mesmo ataque contra o país que nos atacou. Em outras palavras: o carma está sempre girando a Roda do Samsara. Nossos pecados nunca terminam porque não estamos trabalhando para o nosso Deus, mas para o nosso ego, nosso ídolo ínterior. 

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Figura 19

  Neste gráfico vemos São Jó, quem humildemente suporta muitas humilhações a fim de ser salvo quando é tentado por Satan e adversários.

  Em outras palavras, vejamos como teremos de pensar, sentir e agir: como Jó. Três nos estão atacando e ainda assim Jó diria: “Okay, continuem com isso”. Entender, compreender o que seja que as pessoas estão dizendo contra nós é o que merecemos; então perdoemos aqueles que nos atacam porque ninguém é um santo ou anjo aqui. Somos todos decaídos tentando nos soerguer, e a jactância de que somos santos é estupidez. Ninguém é sagrado, somente os Anjos o são, ainda assim eles estão lá em cima e nós aqui embaixo.

TENTAÇÃO

“Et ne nos inducas in tentationem.”

  e não nos deixes cair em tentação...” Deus nunca nos tenta, porém oramos, “por favor ajude-me a não cair em tentação”. Então, quem é esse que vem nos tentar? Satan! Nosso particular treinador, porque todos temos o nosso próprio. Esse mentor é Satan, aquele que nos tenta. Leiamos o livro de Jó a fim de compreendermos quem é Satan.

  “Perguntou o Senhor a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal. Ele conserva a sua integridade embora me incitasse contra ele, para o consumir sem causa. Então Satanás respondeu ao Senhor: Pele por pele, e tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. Estende, porém, a tua mão, toca-lhe nos ossos e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face! Disse o Senhor a Satanás: Eis que ele está em teu poder: mas poupa-lhe a vida. Então saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu a Jó de tumores malignos, desde a planta do pé ao alto da cabeça”. Jó 2:3-7

  Eis o que Tiago, o apóstolo, diz na sua Epístola: “Bem-aventurado o homem que suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam. Ninguém, ao ser tentado, diga: sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrái e seduz. Então a cobiça, depois de haver concebido, dá a luz ao pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”. [Tiago ou James: 1:12-15]

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  Figura 20

  Vejamos Santo Antônio. Antes de se tornar Santo Antônio ele fora tentado. A razão pela qual encontramos muitas imagens sobre a tentação de Santo Antônio é no sentido de nos mostrar que a fim de obtermos santidade há grande número de trabalho a fazerrmos. Precisamos nos defender da tentação. Aquele que nos põe em tentação é nosso particular Satan, que está em nosso íntimo. Não há um Satan, mas muitos Satans, tantos quantos há mulheres e homens no mundo. Eis porque invés de “livrai-nos” deve ser “ajuda-nos a não cairmos em tentação”.

JEHOVAH ELOHIM

 “Quia tuum est regnum, potentia et gloria in saecula saeculorum.”
 “Porque teu é o Reino...”

    “Teu” refere-se a Iod-Havah Elohim, a sefira Binah no topo da coluna do lado esquerdo. O reino é a sefira Malkuth, a base da coluna no lado esquerdo. O lado esquerdo, como sempre se estabelece, está relacionado com a fisicalidade. No lado esquerdo está o poder, a sefira Geburah, aquela que nos tenta segundo o nosso carma pessoal. Portanto, é assim que termina a oração:

  Mas a misericórdia do Senhor (Malkuth), é de eternidade a eternidade sobre os que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos.

“For thine is the kingdom (Malkuth) and the power (Geburah), and the Glory (Hod), Forever (Netzach) and (the letter Vav hooks Yesod and Tiphereth) everlastingly (the sephirah Chesed, “The mercy [Chesed] of Iod-Havah is from everlasting to everlasting.” – Psalm 103: 17). Amen (TUM).

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  Figura 21

  Significa o que anteriormente estivemos explanando, que Deus não é tentado, uma vez que Dele é o reino, o poder e a glória para sempre e pela eternidade, Amém. Jehovah Elohim é Binah no topo do lado esquerdo. Em outras traduções, ao invés da sefira Hod, dizem a sefira Tiphereth. “A gloria” é também a sefira Tiphereth, porém quando dizemos :”não me deixes cair em tentação” é Tiphereth junto a Yesod que pede por ajuda: “ajuda-me a não cair em tentação”. E quem é esse mal? É nosso ego. E por que estamos pedindo isso de Binah Elohim? Porque abaixo de Malkuth está Klipoth, onde o todo de meu ego ali está e Jehovah Elohim tem o poder e a glória no reino do lado esquerdo. É isso o que a Oração do Senhor estabelece e assim é.

isis-osiris-horus-sm

  Figura 22

  Neste gráfico encontramos os maravilhosos símbolos de Osiris no meio; Isis à direita e Horus à esquerda, a trindade de Daath. Já explicamos que Osiris e Isis são o sacerdote e a sacerdotisa, e Horus é a alma (Tiphereth), aquele que tem de lutar contra o outro do mal. Na opera Aída, escrita por Gisuseppe Verdi, ouvimos esta grande oração:

  Isis e adoradores: Salve poderoso, poderoso Ptah! Espírito do mundo doador da vida, ah! Nós vos invocamos!”.
   “Osiris e adoradores: quem do nada traçou os mares, a terra, os céus, nós vos invocamos”.
  “Isis e adoradores: Salve poderoso, poderoso Ptah, fecundo espírito do mundo, ah! Nós vos invocamos!”.
  “Osiris e adoradores: Salve Numen, que são no próprio espírito tanto filho como pai, nós vos invocamos!
  “Isis e adoradores: Incriados, eterna chama, de cuja centelha provocou o sol, poderoso Ptah, ah! Nós vos invocamos!”.
  “Osiris e adoradores: Vida do Universo, mito do eterno amor, nós vos invocamos!”.
  “Isis e adoradores: Salve poderoso Ptah! [ImmensO FthA!]
   “Osiris e adoradores: Nós invocamos IAO!”. [Noi ti invoch-IAmO!]

  Nesta oração está oculto IAO que é Deus antre os gnósticos. Esotéricos e todos os grandes mestres e magos, sabem disto.

  Nós invocamos IAO” -  está em italiano “Noi ti invoch-IAmO!”
  “Nós invocamos IAO”. Nós vos invocamos, ““Noi ti invochiamo,” como é dito em italiano, que é a língua derivada diretamente do Latim. Invoch-IAmO, veem? Nós invocamos IAO, que é TUM, as três forças primárias. Voltemos para a leitura do escrito.

  “Isis e adoradores: Poderoso Ptah!”.
  “Osiris e adoradores: nós vos invocamos!”.
  Osiris e adoradores de Horus: Oh bem amada juventude de Numina, vós que mantendes na verdade o destino do [Het-Ka-Ptah – Casa da alma de Ptah] Egito possa a sagrada espada, temperada por Numina, tornar-se em vossa mão o terror e a morte do inimigo!”.
   Osiris a Ptah: Oh Seidade, custódia e vingadora dessa sagrada terra, erguei vossa mão sobre a terra do Egito!”.
  “Horus: Oh Numen, líder e juiz de toda batalha terrena, protejei, vós, defendei, vós, o sagrado solo do Egito!”
   “Osiris, Isis e Horus: Erguei vossa mão sobre a terra do Egito. Oh Numen, custódio e vingador desta sagrada terra, erguei vossa  mão sobre a terra do Egito. Oh poderoso Ptah, criador do mundo, ah! Nós vos invocamos! Oh poderoso Ptah! Oh poderoso Ptah!”.

  Este é um extrato da ópera Aída de Giuseppe Verdi, que todos podem ver neste vídeo que lhes estaremos mostrando; é somente uma parte da ópera, por favor prestem atenção e ouçam. É parte da palestra, então cliquem no link bem abaixo do parágrafo. 

PERGUNTAS E RESPOSTAS

  1. P – Pode nos falar mais sobre como o lado esquerdo da Árvore da Vida esteja destacado na última linha no Pai Nosso. É dito: ‘pois vosso é o Reino, o Poder e a Glória’, parecendo que toda a Árvore da Vida pertence a Ptah. Por que é especialmente mencionado o lado esquerdo?

  R. – Por que especialmente apontamos o lado esquerdo quando dizemos: “pois vosso é o Reino, o Poder e a Glória?”. Porque pedimos na Oração do Senhor: “ajudai-nos a não cairmos em tentação, mas livrai-nos de todo o mal”. O mal emerge da esquerda porque quando caímos, Ida, Aída, Eva, cai. É por isso que dizemos? “livrai-nos de todo o mal”, o ego. Por que pedimos isso a Jehovah Elohim? Porque o lado esquerdo é dele, chamado, o Reino, o Poder e a Glória. O pai é o Espírito Santo e o lado esquerdo pertence a ele (Binah) e sob ele está o poder (Geburah). Então, Binah não é um escravo do lado esquerdo, mas nós somos escravos do lado esquerdo. Eis porque O chamamos para ajudar-nos. Desse modo, quando dizemos isto é porque há uma razão. Não é somente porque o lado esquerdo da Árvore da Vida pertence a Ele, não!
  A Árvore da Vida inteira pertence a Ele, mas nós, particularmente, nos remetemos à esquerda porque o mal, ou o que chamamos malignidade, que é o ego, emerge da esquerda.

  2. P – Você mencionou que ao utilizarmos o mantra TUM devemos tomar cuidado para não fazermos com o nome do Senhor em vão. Isso significa um trabalho combinado?

  R. – Quando agora nominamos a palavra TUM, não a estamos pronunciando em vão, porque estamos respondendo sua pergunta, e TUM desce a fim de responder. Todos nós estamos conectados com TUM, mas se formos para esse mantra, que seja por qualquer outra razão menos o mal. Devemos fazer isso unicamente se estivermos necessitados de ajuda como, por exemplo, se estivermos em perigo de vida, de morte, então nos concentremos em nosso Pai e pronunciemos o mantra, então, nosso Pai desce e nos ajuda.
  Conforme podemos observar no Latim, o Pater Noster diz muitas vezes: TUM, TUM, certo? “Quia tuum est regnum”. Em outras palavras, o poder é TUM e a glória é de TUM, sempre e para sempre. Eis porque quando pronunciamos em Latim, ele é mais poderoso do que em Inglês. A oração tem poder em Inglês, mas quando a pronunciamos em Latim é muito mais poderosa porque o mantra TUM nos conecta internamente com nosso Deus interior e TUM traz a força de que necessitamos naquele momento.

  3. P – Tenho ficado confuso por “e não nos deixeis cair em tentação”. Noto sua tradução na tela “e nos permita não cair na tentação”. Se explicar-nos....

  R. – Quando estamos pedindo ao Pai: “e nos permita não cair em tentação” nos implica que o Pai estaria nos tentando, certo?. Porém se dissermos: “Ajudai-nos a não cair em tentação”, então estamos dizendo que a tentação vem de Satan, o tentador. Compreendamos isso como “Ajudai-me a não cair em tentação pela compreesão de meu ego”. Deus nunca nos tenta, porém Satan sim, pois é a sombra de nosso Deus. Então se dizemos; “e nos permita não cair em tentação”, como Deus iria nos permitir cair na tentação? Impossível. Deus nos quer com ele, ele não estará fazendo o oposto. Porém Satan fará isso a fim de nos mostrar nos defeitos e vícios. Eis como temos de entender esta bela Oração do Senhor.

  4. P – As pessoas aqui estão atordoadas e espantadas neste instante.

  R. – Bom, porque é isto precisamente o que a Oração do Senhor faz. Quando estudamos isso e vamos fundo, choramos. Eu estava aqui segurando minhas lágrimas, especialmente quando assistindo a ópera, que é muito clara para mim, nomeadamente, Osiris e Isis. Isis (a Mãe Divina) é aquela que está realizando o trabalho, ao passo que o sacerdote permanece ali. Isis é aquela que realiza o trabalho, a que traz a espada do fogo, porque a forja é seu fogo, é Malkuth. Na ópera há três polaridades em ação: o sacerdote, a sacerdotisa e o coro ou congregação; as três forças primárias. A ópera é bastante esotérica, particularmente aquela oração no templo; o todo dela é belo. A oração de Ptah é somente uma parte dela.

  5. P – Isso significa que Horus representa a congregação?

  R. – Não, a congregação representa todos os diferentes arquétipos. Cada um, na congregação, é um sacerdote na seu próprio lar. Cada Isis na congregação é uma Isis em seu próprio lar. Em cada templo há um sacerdote e uma Isis oficiando. A Isis que está dançando na ópera é aquela que está realizando o trabalho no templo. O sacerdote representa Osiris. Horus representa suas almas, aquele que recebe a espada. Tiphereth tem de lutar contra o inimigo que se acha interiorizado. Horus é Tiphereth que tem RA encarnado. Há uma revelação maravilhosa aqui. Ele recebe a espada para lutar contra o inimigo. O inimigo está em seu íntimo. Na ópera, veremos que o inimigo é o rei da Etiópia, mas isso é um símbolo que precisamos entender. Exatamente como na Bíblia, no êxodo, que aponta para os egípcios, como o seu inimigo. É algo que precisamos entender e não tomar literalmente. Lembremos que no início, alquimicamente, Aída é negra; Cleópatra é negra, depois torna-se branca, depois amarela e, finalmente, vermelha.

POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO

  Fonte: https://gnosticteachings.org/courses/defense-for-spiritual-warfare/3200-the-prayer-of-the-lord.htm

   Tradução Inglês / Português: Rayom Ra 

                                                                                       Rayom Ra                                                                                                  http://arcadeouro.blogspot.com.br