sábado, 31 de agosto de 2013

Sobre a Luz Despertada - Aforismo de Patânjali Comentado


25. A meditação perfeitamente concentrada sobre a luz despertada produzirá a consciência daquilo que é sutil, oculto ou morto.


     Em todos os ensinamentos de natureza ocultista ou mística encontram-se frequentemente referências ao que chamamos “Luz”. A Bíblia têm muitas destas passagens bem como as têm todas as Escrituras do mundo. Muitos termos são aplicados a isto, mas o espaço só nos permite considerarmos os que são encontrados nas diversas traduções dos Aforismos de Yoga de Patânjali, como segue: A Luz Interior Despertada e A Luz na Cabeça (Johnston), A Luz da Cognição Imediata, e Conhecimento Intuitivo (Tatya), Aquela Luz Fulgente e A Luz do Alto da Cabeça (Vivekananda), A Luz da Corona e A Luz da Disposição Luminosa (Ganganatha Jha), A Luz Interior e A Mente Cheia de Luz (Dvivedi), O Resplendor na Cabeça (Woods), A Luminosidade do Órgão Central e A Luz da Atividade Sensorial Superior (Rama Prasad).

     Estudando-se estes termos torna-se aparente que dentro do veículo físico existe um ponto de luminosidade que, quando contatado, lançará a luz do espírito sobre o caminho do discípulo, iluminando assim o percurso, revelando a solução de todos os problemas, capacitando-o a atuar como portador da luz para outros. A natureza desta luz é de um resplendor interno; sua localização é na cabeça, na vizinhança da glândula pineal, e é a atividade da alma que a produz.

     O termo “órgão central”, associado a esta luz, deu origem a muita discussão. Alguns comentaristas referem-no ao coração, outros à cabeça. Tecnicamente, nenhum deles está inteiramente correto, pois para o adepto treinado o órgão central é o veículo causal, o karana sarira, o corpo do ego, o invólucro da alma. Este é o veículo do meio, dos “três veículos periódicos”, que o divino Filho de Deus descobre e utiliza no decorrer de sua longa peregrinação. Estes três veículos têm sua analogia nos três templos que se encontram na Bíblia Cristã.

   1. O transitório e efêmero tabernáculo na mata virgem, típico da alma em encarnação física, persistindo por uma vida.

   2. O Templo de Salomão, mais belo e permanente, típico do corpo da alma ou veículo causal, de duração mais longa, persistindo por eons e cada vez mais revelado em sua beleza, no Caminho, até a terceira iniciação.

   3. O Tempo de Ezequiel, até então não revelado e inconcebivelmente belo, o símbolo do invólucro do espírito, a Casa do Pai, uma das muitas mansões, o “ovo áurico” do ocultista.

     Na ciência da Yoga, que tem de ser trabalhada e dominada no corpo físico, o termo “órgão central” é aplicado à cabeça ou ao coração, e a diferença é, primariamente, de tempo. O coração durante os estágios preliminares de desenvolvimento no Caminho é o órgão central; posteriormente é no órgão central da cabeça que a verdadeira luz terá seu lar duradouro.

     No processo do desabrochar, o desenvolvimento do coração precede ao da cabeça. A natureza emocional e os sentidos desabrocham antes da mente, como se verá se estudarmos a humanidade como um todo. O centro cardíaco se abre antes do centro da cabeça. O amor deve sempre ser desenvolvido antes que o poder possa ser usado com segurança. Assim, a luz do amor deve estar funcionando antes que a luz da vida possa ser conscientemente empregada.

     À medida que o centro do lótus do coração se abre e revela o amor de Deus, através da meditação um desabrochar sincrônico ocorre no interior da cabeça. O lótus de doze pétalas na cabeça (que é a correspondência superior do centro do coração e o intermediário entre o lótus egóico de doze pétalas em seu próprio plano e o centro da cabeça) desperta. A glândula pineal é gradualmente levada de um estado de atrofia à plena atividade e o centro de consciência é transferido da natureza emocional para a consciência da mente iluminada. Isto marca a transição que o místico tem que fazer para o caminho do ocultista, mantendo, como sempre o faz, seu conhecimento e consciência místicos, mas adicionando a ele o conhecimento intelectual e o poder consciente do ocultista e iogue treinado.

     Do ponto de poder na cabeça o iogue dirige todos os seus negócios e empreendimentos, lançando sobre todos os acontecimentos, circunstâncias e problemas a “luz interior despertada”. Nisso ele é guiado pelo amor, visão interna e sabedoria, que lhe pertencem por transmutação de sua natureza amor, pelo despertar de seu centro do coração e pela transferência dos fogos do plexo solar para o coração.

     Seria muito pertinente aqui a questão: “Como é realizada a junção entre a cabeça e o coração, produzindo a luminosidade do órgão central e a emissão do resplendor interno?” Resumindo, podemos dizer que pode ser feito do seguinte modo:

   1. Pela Subjugação da Natureza Inferior – o que transfere a atividade de toda a vida abaixo do plexo solar e inclusive o plexo solar, para os três centros acima do diafragma: a cabeça, o coração e a garganta. Isto é feito através da vida, do amor e do serviço, não por meio de exercícios respiratórios ou posturas para desenvolvimento.

   2. Pela Prática do Amor – a focalização da atenção sobre a vida do coração e serviço, e pela conscientização de que o centro do coração é o reflexo da alma do homem e que esta alma, do trono ou assento entre as sobrancelhas, deve guiar os assuntos do coração.

   3. Por um Conhecimento de Meditação – Pela meditação, que é a exemplificação do aforismo básico da Yoga “a energia segue o pensamento”, todos os desabrochamentos e desenvolvimentos que o aspirante deseja, ocorrem. Pela meditação, o centro do coração, que no homem não desenvolvido é representado como um lótus fechado virado para baixo - é invertido, virado para cima e aberto. Em seu coração está a luz do amor. O resplendor desta luz, sendo voltado para o alto, ilumina o caminho para Deus, mas não é o Caminho, exceto no sentido de que enquanto palmilhamos aquilo que o coração deseja (num sentido inferior) esse caminho nos leva ao próprio Caminho.

     As coisas ficarão mais claras se nos conscientizarmos de que parte do caminho está dentro de nós mesmos, e isto o coração revela. Ele nos leva à cabeça, onde encontramos o primeiro portal do Caminho propriamente dito e entramos na parte do caminho da vida que nos afasta da vida corporal, até a completa libertação da experiência na carne e nos três mundos.

     É tudo um caminho só, mas o Caminho de Iniciação tem que ser trilhado conscientemente pelo pensador, atuando através do órgão central da cabeça e, dali, inteligentemente, atravessando o Caminho que leva através dos três mundos, ao reino ou reinado da alma. Pode-se afirmar aqui que o despertar do centro do coração leva o homem à consciência da fonte do centro do coração, dentro da cabeça. Isto, por sua vez, leva o homem ao lótus de doze pétalas, o centro egóico nos níveis superiores do plano mental. O caminho do centro do coração até a cabeça, quando seguido, é o reflexo, no corpo, da construção do antakarana no plano mental. “Como é em cima, assim é embaixo”.

  4. Pela Meditação Perfeitamente Concentrada na Cabeça. Isto produz, automaticamente, maior estímulo e o despertar dos centros ao longo da coluna, cinco em número, desperta o sexto centro. O que está entre as sobrancelhas, e em tempo revelará ao aspirante a saída no topo da cabeça, que pode ser vista como um radiante circula de pura luz branca. Este começa como mero ponto e passa por vários estágios de crescente glória e luz radiante, até que o próprio Portal se revela. Nada mais é permitido dizer sobre este assunto.

     Esta luz na cabeça é o grande revelador, o grande purificador, e o meio pelo qual o discípulo cumpre o mandamento do Cristo, “Deixa Tua Luz Brilhar”. E o “Caminho do justo que brilha cada vez mais e mais até o dia perfeito”. É isso que produz o halo ou círculo de luz visto em torno das cabeças dos filhos de Deus que já receberam sua herança ou que estão por recebê-la.

     Através desta luz, como indica Patânjali, nos tornamos cônscios do que é sutil, ou das coisas que só podem ser conhecidas pela utilização consciente de nossos corpos sutis. Estes corpos sutis são os meios pelos quais atuamos nos planos internos, tais como o plano emocional ou astral, e o mental. Atualmente a maioria de nós funciona nestes planos inconscientemente. Através desta luz também nos tornamos conscientes daquilo que está oculto ou que ainda não foi revelado. Os Mistérios são revelados ao homem cuja luz estiver brilhando e ele se tornará um conhecedor. O que é remoto ou o futuro também lhe é revelado.
                                              [A Luz da Alma – Alice A. Bailey]
Rayom Ra

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O Caminho da Ascensão é o Caminho da Liberdade

   Amados mestres, após obterem a sua consciência individualizada, ao perceberem que eram Centelhas Divinas do Criador Supremo, o TUDO O QUE É, vocês foram programados com o conhecimento de que estavam predestinados a viajar em direção ao grande vazio não-manifestado como emissários da Luz. Sua Missão Divina foi codificada profundamente em seu Eu-Alma Imortal, bem como em seu Átomo Semente do Coração Sagrado. Vocês, juntamente com todas as outras “Centelhas Despertas da Autoconsciência”, estavam destinados a experimentar toda a maravilhosa diversidade da criação para o Criador, nosso Deus Pai/Mãe, e todos os grandes Seres de Luz, cuja missão predeterminada estabelecia que eles deveriam permanecer nos reinos superiores e purificados de Luz.
   Dizemos-lhes isso porque desejamos que vejam a importância de como vocês são antigos e complexos. Vocês entraram nesta existência com uma riqueza de conhecimento e uma linhagem composta e rica, codificada em seu DNA, sua estrutura celular, seus corpos mental e emocional, bem como um considerável sistema de chacras de virtudes, qualidades e talentos. Vocês podem ter se perguntado por que os membros de algumas famílias conseguem ser tão diferentes física, mental e emocionalmente, quando, a partir de uma perspectiva terrena, eles vieram dos mesmos pais e da mesma linhagem. A linhagem da sua família física, nesta existência, é apenas uma parte minúscula  da sua enorme história e inestimável herança – de quem vocês realmente são.

   Vocês separaram a sua consciência ou se fragmentaram milhões de vezes a fim de experimentar a grande diversidade da Criação, e vocês também se reunificaram com muitas das múltiplas facetas de si mesmos mais vezes do que possam contar. Cada vez que fizeram isso, vocês agregaram informações mais complexas e experiências exclusivas ao seu banco de memória. Quanto mais vocês se afastaram da perfeição do Criador Supremo, e passaram a viver mais profundamente na multidimensionalidade, as suas criações se tornaram mais densas e menos perfeitas, porque vocês tinham menos substância de Luz pura com que trabalhar. Portanto, não há censura e não deveria haver sentimentos de culpa ou fracasso, porque cada existência foi concebida como uma experiência de aprendizagem cuidadosamente planejada. 

   Todavia, esse ciclo de Expansão Criativa Cósmica está agora chegando ao fim. Agora é o momento de reivindicarem a sua Automestria e a capacidade de criar coisas belas e harmoniosas de acordo com o plano Divino original de nível superior. Agora que vocês estão cientes de que têm o poder para se conectar com um suprimento ilimitado da pura Substância Vital Cósmica – o Amor/Luz de toda a Criação – o que estão esperando?  A rejeição ao seu Direito Inato Divino é uma paródia, e o  seu Eu Superior não vai aplacar suas advertências para ajudá-los a despertar e reivindicar a sua herança régia. Vocês, as Almas Sementes Estelares, que estão liderando o caminho no processo de ascensão, alcançaram o ponto mais distante em sua jornada de separação, e mais uma vez, estão profundamente imersos no processo de reunião e integração das muitas facetas do seu Eu Divino que estão espalhadas por todo este Subuniverso.

   Quando começam a compreender o verdadeiro processo de criação, a sua realidade se expande imediatamente para uma perspectiva mais ampla. Como prospectivos mestres, vocês aprenderão a se tornar não julgadores, à medida que se empenham em desenvolver o desapego silencioso. Com o passar do tempo, vocês vão desenvolver uma sensação de estarem desconectados dos dramas e acontecimentos cotidianos. Um mestre fala menos, ouve de modo mais cuidadoso, e mantém uma atitude desapegada do que está acontecendo ao seu redor. Vocês precisam buscar a serenidade dentro do Coração Sagrado. Aí reside o seu centro de Poder e Vontade Divina.

   Independentemente das circunstâncias, posição ou nível de consciência com que vocês encarnaram, nesta existência, no fundo do seu Eu-Alma há sempre um desejo ardente de integrar as muitas facetas do seu Ser, até as que ressoam com as frequências mais baixas do que aquelas que vocês carregam em seu atual veículo terrestre e em seu campo áurico. São os vícios, as falsas verdades e os falsos conceitos que vocês aceitaram como seus, juntamente com vários sentimentos enraizados de aversão, vingança ou julgamento, que vocês criaram em suas muitas experiências terrenas. 

   Contudo, elas devem ser primeiramente curadas e harmonizadas de modo que possam ser preenchidas com a Luz. Desse modo, vocês não terão que experimentar o desconforto, os desafios ou as interações cármicas dessas experiências passadas de terceira e quarta dimensões, porque esse é o modo antigo. À medida que vocês permitem que o seu Eu Divino os ilumine intensamente e os oriente, cada vez mais o pensamento inspirado virá até vocês. Há muitos meios de permitir que o Espírito se manifeste através de vocês; apenas deixem acontecer naturalmente, queridos. O que faz o seu coração sorrir e a sua Alma cantar? O que lhes traz uma profunda sensação de satisfação interior? Como vocês desejam servir? Existem muitas formas, e vocês possuem muitos talentos (mais do que vão reconhecer). No entanto, a escolha é sempre sua acerca do que se deseja ou não desenvolver e utilizar os dons latentes com que vocês foram dotados.

   É imprescindível que haja Mestres de Luz - Guerreiros do Espírito prontos para assumir os papeis de liderança – aqueles que estejam dispostos a liderar, com ousadia, o caminho para os novos reinos de existência que foram preparados para a humanidade ascendente. Estão vocês dispostos a passar à frente? Estão vocês entre aqueles que estão prontos e dispostos a orientar e dirigir, a fim de manter firmemente o foco da nova visão – o novo Projeto Divino  do Céu e da Terra – e em seguida ver que tudo se manifesta para o bem mais elevado de todos?

   Lembrem-se, meus corajosos, vocês precisam estender o seu manto de invencibilidade ao seu redor; devem fortalecer sua determinação e elevar a consciência  acima das farpas, sementes de dúvidas e críticas que serão projetadas em sua direção. As massas ainda estão vinculadas ao mundo repressivo da dualidade e da forma física. Conforme suas Almas comecem a agitar-se e a adverti-los para o despertar, a  lacuna entre a consciência de terceira e quarta dimensões, e a de quinta, virá se alargar. Como resultado, as  energias da resistência, ressentimento e rebelião serão expelidas por aqueles que ainda estiverem firmemente nas garras das frequências inferiores da negatividade, limitação e de uma sensação de desamparo. 

   Eles vão experimentar um grande medo das mudanças que estão acontecendo. Eles vão ressentir-se de serem empurrados para fora da sua zona de conforto, mesmo que seja uma realidade de restrições e de sofrimentos. Eles tentarão desacreditá-los e caluniá-los, mas vocês não devem vacilar. Vocês devem manter-se firmes em suas integridades, não julgar, mas irradiar energia amorosa em direção a eles, e assumir a posição de um mestre ao abençoá-los, e então, passar para campos mais férteis. Estejam conscientes dessas mudanças que estão ocorrendo no nível celular mais profundo em todas as espécies no plano da Terra – ninguém ou nada está imune às frequências superiores da Luz do Criador, que está bombardeando e penetrando no âmago mais profundo de cada pessoa, da Terra e de toda a Criação.

   Embora em forma humana, vocês não deixam as primeiras quatro dimensões: os planos da consciência mineral, vegetal, animal e humano. Vocês precisam equilibrá-las e harmonizá-las de volta às frequências projetadas de harmonia e equilíbrio, a fim de conectar-se com os planos superiores de Luz. As leis universais da manifestação somente permitirão que vocês integrem as vibrações energéticas das dimensões superiores à medida que cada subdimensão inferior retornar aos padrões de frequência adequados e harmoniosos. Aprender a viver de modo consciente vai exigir muita disciplina na etapa inicial; todavia, à medida que o tempo passar, vocês descobrirão que a sua mentalidade se expandiu para uma conscientização mais aprofundada do que está acontecendo em redor e internamente também. Deixar o velho mundo para trás pode ser um doce amargo.

   Lembrem-se, vocês não estão chegando a um beco sem saída – vocês estão passando por um portal para um novo começo. Precisam decidir o que desejam levar consigo para o seu novo mundo, e devem discernir de maneira amorosa, mas firmemente, o que precisam deixar para trás. Enquanto vocês expandem as consciências e conectam-se com a sabedoria da suas Mentes Sagradas, onde as frequências superiores da consciência divina estão armazenadas, suas realidades mudarão muito rapidamente. Os conceitos vitais do processo de ascensão são esses que vimos explicando-lhes durante esses muitos anos passados, enquanto gradativamente lhes transmitimos os vários ensinamentos e técnicas da Automestria.

   Conforme muitos de vocês, que têm seguido fielmente nossos ensinamentos, estão cientes, cada ambiente dimensional ressoa com uma gama específica de padrões de frequência, cada dimensão mais elevada vibra em uma faixa de oitava mais refinada. À medida que vocês fizeram a sua jornada para o vazio do espaço exterior e para as dimensões inferiores, até certo ponto, cada nível resultou em uma separação da consciência do seu Eu Superior. Em outras palavras, em seu corpo mental, os padrões de frequência para cada nível de consciência (ou dimensão) foram armazenados naquilo que denominamos de pacotes de Luz de sabedoria. Esses foram envolvidos em membranas de Luz ou em um véu que restringiu o acesso aos diversos níveis de consciência das dimensões superiores, até que vocês, novamente, ressoassem com aquele nível de consciência. Chegou o momento de os véus da inconsciência serem levantados, amados, de modo que vocês possam se lembrar da imensidão de quem vocês são, das grandiosas experiências que tiveram e do futuro brilhante que está diante de vocês.

   A conscientização/a criação/a manifestação/nos domínios superiores são fluidas e maleáveis, e são  redefinidas e reconstruídas a cada nível de dimensão superior, a fim de estarem compatíveis com os padrões vibracionais daquela realidade. Esse é o processo que está ocorrendo na Terra, no interior e ao redor de cada Ser humano, no plano terrestre, neste momento. Quanto mais a pessoa for rígida, temerosa e resistente a mudanças, mais difícil será o seu processo de transição. Amados, vocês precisam estar dispostos a liberar essas coisas em sua vida, o que envolve relacionamentos, bem como coisas materiais que já não são mais compatíveis com o seu Novo Estado de Ser. Vocês constatarão, à medida que avançam rapidamente, para frente e para cima no caminho da ascensão, que seja o que for que estejam deixando para trás, será substituído por pessoas e coisas de um nível mais refinado, e que será mais significativo e importante em sua existência futura.

   É importante que vocês tenham uma boa compreensão desses conceitos avançados, o que eles significam e como afetam toda a Criação nesta experiência subuniversal. Cabe a vocês buscar e estudar essas informações até que estejam gravadas firmemente em sua mente. À medida que retornarem à Automestria, mais uma vez, assumirem plenamente o seu papel como cocriadores da nova experiência galáctica, é vital que tenham uma compreensão abrangente das leis universais e de como utilizar, de modo eficaz, a sua cota de Partículas Adamantinas da Luz do Criador. Enquanto vocês liberam os padrões de vida desequilibrados e restritivos, os pensamentos e as ações de densidades inferiores, a sua jornada para os reinos superiores de Luz será acelerada automaticamente.

   Vocês podem monitorar e determinar que espécie de formas-pensamento estão irradiando de si para as pessoas que vocês atraem para a sua consciência. Estão experimentando muitos comentários negativos ou interações negativas com aqueles que o rodeiam? Ainda estão permitindo que as pessoas tirem vantagem de vocês a fim de se sentirem dignos? Quando compartilham as suas dádivas de abundância e de consciência com os demais, com que frequência vocês se sentem ressentidos ou explorados? Enfatizamos muitas vezes antes que  “seria melhor não fazer algo para outra pessoa do que fazê-lo pelo motivo errado”. 

   Lembrem-se, são os padrões vibracionais que vocês estão projetando que determinam a retidão de uma ação, não a ação em si. No processo de retornar ao equilíbrio e à harmonia, deve haver um equilíbrio em tudo. Há uma troca energética em cada pensamento que vocês têm e em tudo que fazem. Se vocês derem algo constantemente a outra pessoa, sem receber algum tipo de intercâmbio energético  positivo, em contrapartida, desenvolve-se um desequilíbrio que logo se manifesta como ressentimento ou culpa, e muitas vezes uma sensação de superioridade ou de inferioridade. Torna-se impossível irradiar amor incondicional a outra pessoa sob tais condições.

   Vocês precisam aprender a entrar no silêncio do Eu, a fim de se conectar com o Espírito. O seu Eu Superior e Eu Divino estão aguardando que se conectem com o fluxo de Luz mágica da consciência divina. Percebemos os anseios de tantos milhões de almas queridas que desejam comunicar-se com os seus Eus Superiores e conosco. Dizemos-lhes que isso não é tão difícil como a maioria de vocês acredita. Tudo o que precisam fazer é estabelecer sua intenção e então praticar ir para o silêncio e quietude interiores de modo que possamos purificar os caminhos e fortalecer a conexão que já está lá – uma conexão que se atrofiou devido à má utilização ou não utilização.

   Muitas vezes lhes demos novas informações que devem ser aceitas ou rejeitadas através do seu dom do discernimento. Se for para serem aceitas, como sua verdade, devem ser compreendidas e assimiladas plenamente a fim de se tornarem parte da sua filosofia de vida, e então, devem ser postas em prática. É também importante transmitir-lhes as aplicações práticas dos nossos ensinamentos de sabedoria, para que vocês tenham uma boa compreensão das situações de causa e efeito, que podem surgir, enquanto vocês se esforçam para integrar cada novo nível de consciência. Nunca se esqueçam, a mente pode ser um servo competente, mas sem a conexão com o Coração Sagrado, pode ser um mestre controlador e destrutivo. É por isso que é imprescindível que obtenham acesso para ativar e capacitar tanto o Coração Sagrado quanto a Mente Sagrada.

   Nós lhes ensinamos a orar sem palavras, ao irradiar amor incondicional à humanidade, ao mundo e a toda a criação, e quando vocês acrescentam a isso pensamentos  de gratidão e de apreço, por todas as bênçãos que lhes foram concedidas, vocês estão orando da forma mais eficaz possível. À medida que o seu Coração Sagrado vier à vida novamente, ele vai tornar-se mais sensibilizado às Partículas Adamantinas que fluem do e para o seu centro de Poder Solar.

   Vocês não podem conhecer ou sentir nosso Deus Pai/Mãe, ou o Criador, por meio de uma ideia ou de um pensamento nebuloso ou teoria. Não basta apenas conhecer ou pensar em Deus, vocês precisam sentir a Essência, o amor sobrepujante do Criador, no Centro do Coração Sagrado. Então, não haverá dúvida em sua mente, de que vocês se reconectaram com o seu Eu Divino e a Unicidade de toda a Criação.

   Esses são tempos de grandes mudanças, amados, e vocês estão imersos em um processo acelerado de unificação e integração das muitas facetas do seu Eu Divino. Saibam que os desafios, testes e oportunidades, diante de vocês, trarão recompensas além de qualquer coisa que consigam imaginar, e assim, não tenham medo de sair da sua zona de conforto, à medida que alcançam as estrelas. Aceitem seu manto de Luz radiante, porque vocês tornaram-se merecedores. Sigam o seu próprio caminho e não temam ser diferentes daqueles que os rodeiam.

   Invoquem-nos e iremos orientá-los e ajudá-los de todos os modos possíveis. Sejam corajosos e firmes, meus corajosos soldados da paz. Saibam que estou com vocês sempre e que vocês são amados profundamente.

                                                           EU SOU ARCANJO MIGUEL
-adavai@me.com 
 www.RonnaStar.com 

Rayom Ra

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Lições de Ocultismo (IV) - Djwal Kuhl



                                                SALVAÇÃO DA MORTE – [B]             

     Há uma grande diferença entre o método científico de trazer as pessoas à encarnação e a maneira perfeitamente cega, e, muitas vezes, atemorizada e certamente ignorante, pela qual nós as expelimos da encarnação. Eu procuro hoje abrir a porta do Ocidente a um método mais novo e mais científico de manipular o processo de morrer, e procurarei ser perfeitamente claro.

     O que tenho a dizer não despreza, de nenhum modo, a moderna ciência médica com seus paliativos e competência. Tudo que defendo é uma sã aproximação à morte; tudo o que procuro fazer é uma sugestão que, quando a dor tenha passado e sobrevindo a fraqueza, a pessoa que está morrendo tenha permissão para se preparar, mesmo se aparentemente inconsciente, para a grande transição. Não esqueçam de que é preciso força e forte sustentação no equipamento nervoso para produzir dor.

     Será impossível conceber-se um tempo em que o ato de morrer seja um triunfante final da vida? Será impossível visualizar o tempo em que as horas gastas no leito de morte possam ser apenas um glorioso prelúdio para uma saída consciente? Quanto ao fato de o homem dever livrar-se da desvantagem do invólucro físico, possa ser para si e para os que o cercam a alegre e por muito tempo esperada consumação? Não poderão vocês visualizar o tempo em que, em vez de lágrimas e medo, e a recusa de aceitar o inevitável, a pessoa que está por morrer e seus amigos combinassem mutuamente a hora e que nada, a não ser a felicidade, caracterizasse a passagem? Que nas mentes daqueles deixados para trás o pensamento da tristeza não entre e que os leitos mortuários venham a ser considerados como ocasiões mais felizes do que os nascimentos e casamentos? Digo-lhes, que antes que se passe muito tempo isto se tornará assim para os inteligentes da raça, e, pouco a pouco, para os demais.

     Vocês dizem que por enquanto somente há crenças relativas à imortalidade e nenhuma evidência segura. No acúmulo do testemunho, nas certezas internas do coração humano, no fato da crença, na persistência eterna como uma ideia nas mentes dos homens, existe segura indicação. Mas a indicação dará lugar à convicção e ao conhecimento antes que outro século se tenha passado, pois um acontecimento ocorrerá e uma revelação será dada à raça que transformará a esperança e a crença em conhecimento. No meio tempo, que uma nova atitude ante a morte seja cultivada, e uma nova ciência da morte seja inaugurada. Que ela deixe de ser a única coisa que nós não podemos controlar e que, inevitavelmente, nos derrotará, e comecemos a controlar nossas passagens para o outro lado e a compreender algo da técnica da transição.

     Antes que eu me aprofunde em maiores detalhes neste assunto, gostaria de fazer referência à “trama do cérebro”, que está intacta na maioria, mas é não existente para o vidente iluminado.

     No corpo humano, como sabem, temos um corpo vital subjacente, interpenetrante, que é a contraparte do físico, sendo maior que o físico e ao qual chamamos o corpo duplo ou duplo etérico. É um corpo de energia composto de centros de força e nadis ou condutores de força. Estes são subjacentes ou a contraparte do sistema nervoso – os nervos e os gânglios nervosos. Em dois lugares no corpo vital humano há orifícios de saída para a força da vida. Uma abertura está no plexo solar e a outra está no cérebro, no vértice da cabeça. Protegendo ambas está uma trama de matéria etérica, densamente tecida, composta de fios entrelaçados de energia vital.

     Durante o processo da morte, a pressão da energia vital, chocando-se contra a trama, produz finalmente uma perfuração ou abertura. Por esta, a força vital se derrama à medida que a potência da influência abstrativa da alma aumenta. No caso dos animais, das crianças, e de homens e mulheres que estejam inteiramente polarizados nos corpos físico e astral, a porta de saída é o plexo solar e é aquela trama que é perfurada, assim permitindo a saída. No caso dos tipos mentais, das unidades humanas mais evoluídas, é a trama no alto da cabeça na região da fontanela que é rompida, assim novamente permitindo a saída do ser racional pensante.

     Nos psíquicos, e no caso dos médiuns e videntes inferiores – pessoas clarividentes e clariaudientes – a trama do plexo solar é permanentemente rompida desde cedo na vida e facilmente, por isso, elas entram e saem do corpo, enquanto em transe, como se chama, funcionando no plano astral. Mas para estes tipos não há continuidade de consciência e não parece haver relação entre a sua existência no plano físico e os acontecimentos que eles relatam enquanto no transe, dos quais eles habitualmente permanecem totalmente inconscientes no estado vigil. Toda a performance está abaixo do diafragma e se relaciona primariamente com a vida sensorial animal. No caso da clarividência consciente e no trabalho dos psíquicos e videntes superiores não há transe, obsessão ou mediunidade. É a trama no cérebro que é perfurada, e a abertura naquela região permite o influxo da luz, da informação e da inspiração; ela confere também o poder de passar ao estado de Samadhi, que é a correspondência espiritual para a condição de transe da natureza animal.

     No processo da morte, estas são, portanto, as duas principais saídas: o plexo solar para o ser humano polarizado astralmente e focalizado no plano físico, por conseguinte, da vasta maioria, e o centro da cabeça para o ser humano polarizado mentalmente e orientado espiritualmente. Este é o primeiro e mais importante fato a se ter presente, e ver-se-á facilmente como a inclinação de uma tendência da vida e o foco da atenção da vida, determinam o modo de saída na morte. Pode-se também ver que um esforço para controlar a vida astral e a natureza emocional e para se orientar para o mundo mental e para as coisas espirituais, tem um importante efeito nos aspectos fenomênicos do processo da morte.

     Se o estudante estiver pensando claramente, tornar-se-lhe-á aparente que uma saída diz respeito ao homem espiritual e altamente evoluído, ao passo que a outra diz respeito ao ser humano de grau inferior que mal avançou para além do estágio animal. Que então do homem comum? Uma terceira saída está agora em uso temporário; bem abaixo da ponta do coração se encontra outra trama etérica cobrindo um orifício de saída. Temos, por conseguinte, a seguinte situação:

   1. A saída na cabeça, usada pelo homem do tipo intelectual, pelos discípulos e iniciados do mundo.

   2. A saída do coração, usada pelo homem (ou mulher) bondoso, bem intencionado, que é um bom cidadão, um amigo inteligente e um trabalhador filantropo.

   3. A saída na região do plexo solar, usada pelo homem emocional, não inteligente, que não pensa, e por aqueles cuja natureza animal é forte.

     Este é o primeiro ponto da nova informação que lentamente se tornará conhecimento comum no Ocidente durante o próximo século (Séc. XXI). Muito dele já é conhecido pelos pensadores do Oriente e está na natureza de um primeiro passo na direção de uma compreensão racional do processo da morte.

     O segundo ponto a ser alcançado é que pode haver uma técnica de morrer e um treino dado durante a vida que conduzirá à utilização daquela técnica.

     No que se refere ao treino ao qual um homem pode submeter-se, darei algumas deixas que conduzirão a um novo significado a muito da obra que está sendo agora realizada por todos os aspirantes. Os Irmãos Mais Velhos da raça que guiaram a humanidade através de longos séculos estão agora ocupados preparando pessoas para o próximo grande passo a ser dado. Este passo trará uma continuidade de consciência que afastará todo temor da morte e ligará os planos físico e astral em tal íntima relação que na realidade constituirão um só plano. Assim como uma unidade tem que ser alcançada entre os vários aspectos do homem, também uma similar unificação tem que ter lugar na conexão com os vários aspectos da vida planetária. Os planos têm que ser sintonizados da mesma forma que a alma e o corpo. Isto já foi em grande parte realizado entre o plano etérico e o plano físico denso. Agora está sendo levado rapidamente à frente entre o físico e o astral.

     No trabalho que está sendo feito pelos pesquisadores em todos os departamentos do pensamento e da vida humana, esta unificação se está processando, e no treino agora sugerido aos aspirantes sérios e sinceros, há outros objetivos além de simplesmente produzir o alinhamento da alma e do corpo. Todavia, não é posto ênfase neles, devido à tendência do homem de enfatizar indevidamente os objetivos errados. Poder-se-ia indagar se seria possível dar um simples conjunto de regras que pudessem ser seguidas agora por todos os que procuram estabelecer tal ritmo, que a própria vida não fosse somente organizada e construtiva, mas quando o momento de abandonar invólucro externo chegasse, que não houvesse nenhum problema ou dificuldade. Dar-lhes-ei, portanto, quatro regras simples que se ligam com muito do que todos os estudantes estão fazendo agora:

   1. Aprendam a se manter focalizados na cabeça através da visualização e meditação, e através da firme prática da concentração; desenvolvam a capacidade de viver crescentemente como o rei sentado no trono entre as sobrancelhas. Esta é uma regra que pode ser aplicada aos assuntos da vida cotidiana.

   2. Aprendam a prestar um serviço do coração e não uma insistência emocional na atividade dirigida à manipulação dos assuntos alheios. Isto envolve, anteriormente, a tal atividade, a resposta a duas perguntas; Estarei prestando este serviço a um indivíduo como um indivíduo, ou o estarei prestando como um membro de um grupo para um grupo? Será meu motivo um impulso egóico, ou estarei sendo conduzido pela emoção, pela ambição de brilhar e pelo amor a ser amado ou admirado? Estas duas atividades resultarão na focalização das energias vitais acima do diafragma e assim negarão o poder atrativo do plexo solar. Daí, aquele centro se tornará crescentemente inativo e não haverá tanto perigo em perfurar a trama naquela localização.

   3. Aprendam, ao irem dormir, a retirar a consciência para a cabeça. Isto deveria ser praticado como um exercício definido ao adormecerem. Não se deveria permitir ser arrastado ao sono, mas tentar preservar a consciência intacta até que haja uma passagem consciente para o plano astral. O relaxamento, a cuidadosa atenção e uma direção firme para o alto, para o centro da cabeça, devem ser tentados, pois até que o aspirante tenha aprendido a ficar firmemente consciente de todos os processos em marcha ao adormecer e a preservar ao mesmo tempo sua positividade, há perigo neste trabalho. Os primeiros passos devem ser dados com inteligência e repetidos por muitos anos, até que a facilidade no trabalho da abstração seja realizada.

   4. Registrem e observem todos os fenômenos relacionados com o processo da retirada, quer sejam seguidos no trabalho da meditação, quer ao adormecer. Ver-se-á, por exemplo, que muitas pessoas despertam com um começo quase doloroso, assim como caíram adormecidos. Isto é devido ao fato de saírem de consciência através de uma trama que não esteja adequadamente clara, através de um orifício parcialmente fechado. Outros podem ouvir um ruído bastante alto na região da cabeça. Isto é causado pelos ares vitais na cabeça, dos quais não estamos habitualmente conscientes, produzido por uma sensibilidade interna da aura, que cria a consciência dos sons sempre presentes, mas não habitualmente registrados. Outros verão luz ao adormecerem, ou nuvens coloridas, ou bandeiras e faixas na cor violeta, todos os quais sendo fenômenos etéricos. Esses fenômenos, que não são de real importância, estão relacionados com o corpo vital, com emanações prânicas e com a trama de luz.

     O desempenho desta prática e o acompanhamento destas quatro regras por um período de anos farão muito bem para facilitar a técnica do leito de morte, pois o homem que terá aprendido manipular seu corpo ao adormecer, terá uma vantagem sobre o homem que nunca tenha prestado qualquer atenção ao processo.

     Com relação à técnica de morrer, somente me é possível por agora fazer uma ou duas sugestões. Não lido aqui com atitudes dos observadores em expectativa, lido somente com aqueles pontos que tornarão mais fácil a passagem da alma que parte.

     Que se faça silêncio no aposento. Este é frequentemente o caso, naturalmente. Deve-se lembrar de que a pessoa que está morrendo pode estar habitualmente inconsciente. Esta inconsciência é aparente, mas não real. Em novecentos casos dentre mil a consciência cerebral está ali, com plena consciência dos acontecimentos, mas há completa paralisia da vontade para expressar, e completa incapacidade para gerar a energia que indicará vitalidade. Quando o silêncio e a compreensão reinarem no aposento do doente, a alma que parte pode apossar-se de seu instrumento com clareza até o último minuto e pode fazer a preparação devida.

     Mais tarde, quando mais se conhecer a respeito da cor, somente as luzes alaranjadas serão permitidas no aposento do doente que está por morrer, e estas somente serão instaladas com a devida cerimônia quando não houver, com certeza, nenhuma possibilidade de recuperação. A cor laranja ajuda a focar na cabeça, assim como o vermelho estimula o plexo solar e o verde tem efeito definido sobre o coração e as correntes de vida.

     Certos tipos de música serão usados quando muito mais a respeito do som for compreendido, mas não há nenhuma música por enquanto que facilite o trabalho da alma em abstrair-se do corpo, embora certas notas no órgão serão suficientes. No exato momento da morte, se soar a própria nota da pessoa, ela coordenará as duas correntes de energia e finalmente romperá o fio da vida, mas o conhecimento disto é muito perigoso para transmitir por enquanto e somente mais tarde poderá ser dado. Eu indicaria o futuro e as linhas segundo as quais o estudo oculto futuro correrá. (*)

     (*) Mais uma vez se demonstra a orientação segura e definida do movimento Nova Era rumo aos destinos mais conscientes da humanidade. O livro que tenho em mão registra como data de sua publicação o ano de 1951. Logicamente sua preparação recua em mais anos. Mestre D.K. fala-nos de luzes e sons. Porém, na época em que o livro foi escrito, estes itens não existiam na forma tecnológica aprofundada e de tão fácil manuseio como hoje experimentamos. 

     E embora os desenlaces definitivos das almas não sejam mais comumente nos leitos dos próprios lares como tradicionalmente acontecia, pois com a criação de unidades de emergências em clínicas e hospitais, os pacientes lá ficam internados, e lá muitas vezes vêm a morrer, também, em ocasiões, quando nada mais é possível a medicina realizar, e os doentes tenham condições financeiras para arcar com as despesas – mesmo dos planos de saúde - eles são conduzidos aos quartos particulares onde aguardam pela morte. Nestes casos, será possível aos familiares e amigos organizar o pequeno rito para o desenlace.

     O que, também, nos chama a atenção, respeita ao fato de que atualmente as músicas eletrônicas especialmente elaboradas têm alcançado excelentes qualidades para as diversas finalidades esotéricas, ou mesmo religiosas. E trazem sons maravilhosos que os instrumentos tradicionais não conseguem produzir nem alcançar, tornando assim a meditação, a concentração, a harmonização, as terapias, os exercícios corporais e a sintonia com determinadas notas bem mais fáceis e possíveis. Com isto, na hipótese acima bastante viável - pois eu mesmo já participei de algo para um paciente, no resguardo de quarto hospitalar – é até possível a nota pessoal do doente em vias de desencarnar ser ouvida pelo próprio órgão de audição física. Vemos, assim, essas e outras linhas de visão futura que foram reveladas há algumas décadas, a se concretizarem no presente”. (Rayom Ra)

     Constatar-se-á, também, que a pressão sobre certos centros nervosos e sobre certas artérias, facilitará o trabalho (Esta ciência do morrer é mantida sob custódia, como muitos estudantes sabem, no Tibet). A pressão sobre a veia jugular e sobre certos grandes nervos na região da cabeça e sobre um particular ponto na medula oblongata mostrar-se-á útil e eficiente. Uma definida ciência da morte será inevitavelmente elaborada mais tarde, mas somente quando o fato da alma for reconhecido, e sua relação com o corpo tiver sido cientificamente demonstrada.

     Frases mântricas serão também empregadas e claramente elaboradas na consciência da pessoa agonizante por aqueles em torno dela, ou empregadas deliberada e mentalmente pela própria pessoa. Cristo demonstrou seu uso quando exclamou alto: “Pai, em Tuas mãos entrego meu espírito”. E temos outro exemplo nas palavras: “Senhor, agora deixa Teu Servo em paz”.

     O firme uso da Palavra Sagrada entoada a meia-voz num tom especial (ao qual o agonizante responderá, como se verificará), poderá mais tarde constituir também uma parte do ritual de transição acompanhado pelo ungir com óleo, tal como preservado na Igreja Católica. A extrema unção tem uma base científica oculta. O alto da cabeça do homem que morre também deveria ser colocado simbolicamente na direção do Oriente e os pés e mãos deveriam estar cruzados. Somente o sândalo deveria ser queimado na sala e nenhum incenso de nenhuma outra espécie permitido, pois o sândalo é o incenso do Primeiro Raio, ou destruidor, e a alma está no processo de destruir sua habitação.

     Isto é tudo o que posso comunicar no momento sobre o tema da morte para apreciação do público em geral. Mas conjuro todos vocês a levarem o estudo da morte e de sua técnica tão longe quanto possível e a prosseguirem na investigação oculta deste assunto.

                                                [Um tratado Sobre Magia Branca]

Rayom Ra

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Lições de Ocultismo (III) - Djwal Kuhl



                                                   SALVAÇÃO DA MORTE – [A]      

   Chegamos agora à segunda fase dos nossos estudos das palavras finais da Regra XI. Lidamos com a salvação dos perigos incidentes à criação dos pensamentos-forma por um ser humano que aprendeu, ou está aprendendo, a criar no plano mental. Muito poderia ter sido dito do ponto de vista da incapacidade da maioria dos estudantes para pensar com clareza. O pensador claro envolve a capacidade de se dissociar, pelo menos temporariamente, de todas as reações e atividades de uma natureza emocional. Enquanto o corpo astral estiver em movimentação incessante e seus estados de ânimo e sentimentos, seus desejos e emoções forem poderosos bastante para atrair a atenção, os processos de pensamentos positivos puros não serão possíveis. Até que venha o tempo em que haja uma apreciação mais geral do valor da concentração e meditação, e até que a natureza da mente e suas modificações sejam mais universalmente compreendidas, qualquer ulterior instrução sobre o assunto será fútil.

   Nestas instruções procurei dar uma indicação dos primeiros passos na psicologia esotérica e lidamos primariamente com a natureza e modo de treinamento do corpo astral. Mais tarde, neste século (séc. XX), a psicologia da mente, sua natureza e modificações poderão ser manejadas com mais detalhes. Mas ainda não é chegado o tempo. Nosso assunto agora é a salvação da natureza corporal através do processo da morte.

   Duas coisas precisam ser mantidas na mente ao procurarmos estudar os meios desta salvação:

   Primeiro, pela natureza corporal eu penso na personalidade integrada, ou no equipamento humano do corpo físico, veículo vital ou etérico, a substância (ou modo de ser) da natureza do desejo, e a matéria mental. Estas constituem os invólucros ou formas exteriores da alma encarnada. O aspecto consciência é algumas vezes focalizado numa e algumas vezes noutra, ou se identifica com a forma ou com alma.

   O homem comum trabalha com facilidade e autoconsciência nos corpos físico e astral. O homem inteligente e altamente evoluído acrescentou a estes dois o controle consciente de seu equipamento mental, embora somente em alguns de seus aspectos, tais como a faculdade de memorizar e analisar.  Ele também em alguns casos foi bem sucedido na unificação destes três numa personalidade funcionando conscientemente.

   O aspirante começa a compreender algo do princípio da vida que anima a personalidade, ao passo que o discípulo já utiliza todos os três, porque ele coordenou ou alinhou a alma, a mente e o cérebro, e está, portanto, começando a trabalhar com aspectos do equipamento subjetivo, ou de energia.                                          

   Em segundo lugar, esta salvação é alcançada através de uma compreensão correta da experiência mística à qual chamamos de morte.
Este deve ser nosso tema e o assunto é tão imenso que eu posso somente indicar algumas linhas, segundo as quais o aspirante pode pensar e colocar certas premissas que poderá mais tarde elaborar. Nós nos limitaremos também, primeiramente, à morte do corpo físico.

   Vamos, antes de tudo, definir este misterioso processo ao qual todas as formas estão sujeitas e que é o temido fim – frequentemente temido porque não é compreendido. A mente do homem é tão pouco desenvolvida que o medo do desconhecido, o terror do não familiar e o apego à forma criaram uma situação onde uma das mais benéficas ocorrências no ciclo de vida de um Filho de Deus encarnado é considerada como algo a ser evitado e adiado por tanto tempo quanto possível.

                                                         O Terror Pela Morte

   A morte, se pudéssemos conscientizá-lo, é uma de nossas atividades mais praticadas. Nós temos morrido muitas vezes e morreremos muitas outras vezes. A morte é essencialmente um assunto de consciência. Nós estamos conscientes num momento do plano físico, e instante depois nos retiramos para outro plano, onde lá ficamos ativamente conscientes. Na medida em que nossa consciência estiver identificada com o aspecto forma, a morte conservará para nós o seu antigo terror. Tão logo nos conheçamos como almas e descubramos que somos capazes de focalizar nossa consciência, ou sentido de consciência, em qualquer forma ou em qualquer plano, voluntariamente, ou em qualquer direção dentro da forma de Deus, não mais conheceremos a morte.

   A morte, para o homem comum é o cataclísmico fim, envolvendo o término de todas as relações humanas, a cessação de toda a atividade física, a rotura de todos os sinais de amor e afeição e a passagem (não desejada e sob protesto) para o desconhecido e o temido. Ela é análoga ao deixar-se um aposento iluminado e aquecido – amigo e familiar – onde nossos bem-amados estão reunidos, e sair para a noite fria e escura, sozinho e tomado pelo terror, esperando pelo melhor, sem ter certeza de coisa alguma.

   Mas as pessoas conseguem esquecer que toda noite, nas horas de sono, nós morremos para o plano físico e estamos vivos e ativos nos demais. Esquecem que já alcançaram a facilidade em deixar o corpo físico; porque não podem por enquanto trazer de volta para a consciência do cérebro físico, a lembrança daquela saída e do subsequente intervalo de vida ativa; não conseguem relacionar a morte com o sono.

   A morte, afinal de contas, é somente um intervalo mais longo na vida do funcionamento do plano físico; a pessoa terá apenas “saído” por um período mais longo. Mas o processo do sono diário e o processo da morte ocasional são idênticos, com a única diferença de que, no sono, o fio magnético ou corrente de energia pelo qual a força da vida circula, é preservado intacto e constitui o caminho de volta para o corpo. Na morte este fio se parte ou rompe. Quando isto acontece, a entidade consciente não pode voltar ao corpo físico denso e aquele corpo, por falta de princípio de coesão, então se desintegra.

   Deve-se lembrar de que o propósito e a vontade da alma, a determinação espiritual de ser e fazer, utiliza o fio da alma, o sutratma, a corrente da vida, como seu meio de expressão na forma. Esta corrente de vida se diferencia em duas correntes ou dois fios quando alcança o corpo e “ancora”, se assim posso expressá-lo, em duas localizações naquele corpo. Isto é simbólico das diferenciações de Atma ou Espírito, em seus dois reflexos, alma e corpo.

   A alma, ou aspecto consciência, aquele que torna um ser humano numa entidade pensante, racional, é “ancorada” por um aspecto deste fio da alma num “assento” no cérebro, encontrado na região da glândula pineal. O outro aspecto da vida que anima todo átomo do corpo e que constitui o princípio da coesão ou da integração, encontra seu caminho no coração e é focalizado ou “ancorado” ali. Destes dois pontos, o homem espiritual procura controlar o mecanismo. Assim se torna possível funcionar no plano físico e a existência objetiva se torna um modo temporário de expressão. A alma, assente no cérebro, torna o homem uma entidade racional, inteligente, autoconsciente e autodiretora; ele fica consciente numa gradação variável, do modo no qual vive, de acordo com o ponto de evolução e consequente desenvolvimento do mecanismo.

   Aquele mecanismo é tríplice em expressão. Há, antes de tudo, os nadis e os sete centros de força; depois o sistema nervoso em suas três divisões: cérebro espinhal, autônomo e periférico; então há o sistema endócrino, que poderia ser considerado como o aspecto mais denso ou exteriorização dos outros dois.

   A alma, assente no coração, é o princípio vital, o princípio da autodeterminação, o núcleo central da energia positiva, através da qual os átomos do corpo são conservados em seus lugares certos e subordinados à “vontade-de-ser” da alma. Este princípio da vida utiliza a corrente sanguínea como seu modo expressão e sua agência controladora, e através da íntima relação do sistema endócrino com a corrente sanguínea, nós temos os dois aspectos da atividade da alma reunidos, para fazer do homem uma entidade viva, consciente e funcionante, governado pela alma e expressando o propósito da alma em todas as atividades da vida diária.

   A morte, portanto, é literalmente a retirada do coração e da cabeça destas duas correntes de energia, produzindo, consequentemente, a completa perda de consciência e a desintegração do corpo. A morte difere do sono, nisso em que as correntes de energia são retiradas. No sono somente o fio da energia, que está assente no cérebro, é retirado e quando isto acontece o homem se torna inconsciente. Por isto queremos dizer que sua consciência ou senso de percepção está localizado em alguma parte. Sua atenção não está mais dirigida para as coisas tangíveis e físicas, mas está voltada para outro mundo de existência, e se torna centrada noutro equipamento ou mecanismo.

   Na morte, ambos os fios são retirados ou unificados no fio da vida. A vitalidade cessa de penetrar através da corrente sanguínea, e o coração para de funcionar, assim como o cérebro para de registrar, e assim se instala o silêncio. A casa fica vazia, a atividade cessa, exceto aquela interessante e imediata que é a prerrogativa da própria matéria e que se expressa no processo da decomposição. De certos aspectos, por conseguinte, aquele processo indica a unidade do homem com tudo que é material; ela demonstra que ele é parte da própria natureza, e por natureza queremos dizer o corpo da vida uma em quem “nós vivemos, nos movemos e temos nosso ser”. Naquelas três palavras – viver, mover-se e ser – temos a história inteira.

   Ser é percepção, autoconsciência e auto-expressão, e disto a cabeça e o cérebro do homem são os símbolos esotéricos. Viver é energia, desejo na forma, coesão e adesão a uma idéia, e disto o coração e o sangue são os símbolos exotéricos. Mover indica a integração e resposta da entidade existente, consciente, viva, a uma atividade universal e disto o estômago, o pâncreas e o fígado são os símbolos.

   É interessante, embora acidental em nosso assunto, ter em mente que nos casos de imbecilidade e idiotia, e naquela etapa da velhice que nós chamamos degeneração senil, o fio que está assente no cérebro é retirado, ao passo que o que leva o impulso ou necessidade de vida ainda está aplicado ao coração. Há vida, mas não inteligente percepção; há movimento, mas não direção inteligente; no caso da senilidade, quando tiver havido um equipamento de alto grau utilizado na vida, pode haver aparência de um funcionamento inteligente, mas isso é uma ilusão devida ao velho hábito e a um ritmo antigo estabelecido, mas não a um propósito coerente coordenado.

   Deve-se observar também que a morte é, portanto, adotada sob a direção do ego, pouco importando quão inconsciente um ser humano possa estar daquela direção. O processo se opera automaticamente com a maioria, pois quando a alma retira sua atenção, a inevitável reação no plano físico é a morte, seja pela abstração dos fios duais da vida e da energia da razão, seja pela abstração do fio de energia que é qualificado pela mentalidade, deixando a corrente da vida ainda funcionando através do coração, mas sem a consciência inteligente. A alma estará voltada para algum outro lugar e ocupada com seu próprio plano e próprios assuntos.

   No caso dos seres humanos altamente evoluídos, muitas vezes encontramos um sentido de previsão quanto ao período da morte; isto é o resultado do contato e consciência egóicos dos desejos do ego. Envolve algumas vezes um conhecimento do próprio dia da morte, acompanhado de uma preservação da determinação própria, até o momento final da retirada. No caso de iniciados, há muito mais que isto. Há uma compreensão inteligente das leis da abstração que capacita àquele que está fazendo a transição a retirar-se conscientemente em plena vigília consciente do corpo físico, e assim funcionar no plano astral. Isto envolve a preservação da continuidade de consciência, de modo que nenhum hiato ocorra entre o senso da consciência do plano físico e aquele do estado pós mortem.

   O homem se reconhece como sendo como era antes, embora sem um equipamento pelo qual possa entrar em contato com o plano físico. Ele se mantem consciente dos estados de ânimo e dos pensamentos daqueles que ele ama, embora não possa perceber nem contatar o veículo físico denso. Ele pode comunicar-se com eles no plano astral ou telepaticamente, através da mente se estiverem em relação recíproca, mas a comunicação que envolve o uso dos cinco sentidos físicos da percepção está necessariamente fora do seu alcance.

   É útil lembrar, todavia, que astral e mentalmente, o intercâmbio pode ser mais íntimo e mais sensível do que jamais antes, pois ele está livre da desvantagem do corpo físico. Duas coisas, todavia, militam contra este intercâmbio: uma, é o sofrimento e violenta perturbação emocional daqueles deixados atrás e, no caso do ser humano comum, a outra, é a própria ignorância e confusão do homem quando ele se depara com o que são para ele novas condições, não obstante elas sejam realmente condições velhas, se ele pudesse dar-se conta disso.

   Uma vez que os homens tenham perdido o medo da morte e estabelecido uma compreensão do mundo pós mortem, que não seja baseada na alucinação, nem na histeria, ou nas conclusões – muitas vezes não inteligentes – do médium comum, que fala sob o controle de seu próprio pensamento-forma – construído por si e pelo círculo de assistentes – teremos o processo da morte propriamente controlado. A condição daqueles deixados para trás será cuidadosamente apreciada de modo a não haver nenhuma perda de relação e nenhum falso gasto de energia.

                                                               [Segue Parte IV]
                                                 [Um tratado Sobre Magia Branca]
Rayom Ra

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