segunda-feira, 24 de julho de 2023

Rei dos Reis - Barbelo [2]

Krishna / Vishnu

FIGURA 01.

 No mundo da mente, Sanat Kumara sempre dá as boas vindas ao candidato, dizendo: “Você se libertou dos quatro corpos do pecado. Você é um Buda. Você entrou no mundo dos Deuses. Você é um Buda. Você é um Buda. Você é um Buda.

  Nesta palestra, iremos continuar com o que tratávamos anteriormente em A Região de Barbelo. Hoje, mais uma vez, citaremos a Bíblia Gnóstica – O Pistis Sophia – no qual encontramos a descrição da luz que envolve Mestre Jesus, que é o Mestre Aberamentho, e se transfigurou, do mesmo modo como o Senhor Krishna se transfigurou diante de Arjuna e revelou sua gloriosa forma divina. Está citado:

  Você não pode me ver com seus olhos atuais. Porém, lhe dou olhos divinos com os quais você possa contemplar Meus esplendores místicos.”

  E ainda: “E [Bel Elija בל עליא (aquele בל עליך Bel supremo)] poderosa luz desceu [de Barbelo] sobre Jesus envolvendo-o inteiramente, enquanto ele sentado à parte de seus discípulos, resplendia excedentemente, não havendo como mensurar a luz que nele estava.” – Pistis Sophia

  Conforme escrito no livro de Jó: “A tua vida será mais clara que o meio-dia: ainda que lhe haja trevas, será como [ Lúcifer] a estrela da manhã.” – Jó 11:17

  Este verso, em latim, é escrito: "Et quasi meridianus fulgor consurget tibi ad vesperam et cum te consumptum putaveris orieris ut Lucifer." – Bible, Latin Bulgate.

  Estas citações se referem ao logos Solar, ou seja: conforme explicado na palestra anterior – Bel, o Sol. Vemos aqui também, a citação, em latim, logo no começo do livro do Gênesis, que, como se lembram, relata “No princípio, criou Deus os céus e a Terra.” Então, no terceiro verso: “Disse Deus, haja luz e houve luz”. Esta frase em latim é escrita: "Dixitque Deus Fiat lux et facta est lux." ­Bible, Latin Bulgate.

  Obviamente, estamos nos remetendo à luz, que em latim é “Lux.” Da palavra Lux, derivam Luci ou Lúcifer. Lúcifer, uma palavra latina muito citada hoje em dia, por várias organizações religiosas cristãs, e sempre associada ao mal. Entretanto, o Pistis Sophia explica – exatamente como a Bíblia explica – que Jesus esteve sempre resplendente quando se transfigurava e aquela luz era o principal fenômeno de sua transfiguração.

  Você pode produzir [Luciferum] as constelações [melhor dizendo: cada corpo solar], cada uma em sua estação ou guiar Arcturus com seus filhos?” – Jó 38:32

  Este verso em latim: “Numquid producis Luciferum in tempore suo et vesperum super filios terrae consurgere facis” - Bible, Latin Bulgate

  Quando o iniciado [como Jesus] está transfigurado daquela forma, ele é portador da luz. A palavra ferry – in latim ferrous, significa portar. Daí que, ao dizermos Luci-fer ou Luxi-ferrum, estamos dizendo: “Portador da Luz.” Motivo pelo qual o livro de Revelação cita Mestre Jesus a dizer: “Eu sou a estrela da manhã.” Ou a estrela da aurora, que é Vênus.

  Sabemos que antes de o Sol nascer Vênus aparece; do mesmo modo aparece antes de o Sol se por. Ademais, segundo a astrologia, Vênus está sempre associado com Lúcifer. Infelizmente, pessoas ignorantes confundiram; misturaram a palavra Lúcifer com Satan, que em hebreu, significa “o adversário.” Satan é completamente o opositor de Lúcifer e ambos, embora associados entre si, não são os mesmos.

  Onde citamos o Pistis Sophia é dito bem claramente que Jesus estava completamente envolto pela luz, ou seja: a luz de Barbelo ou a luz do Sol, o filho do Sol. Jesus está produzindo aquela luz; daí que Jesus “produz Luciferum”, uma vez que Jesus, ele próprio, está produzindo “Luci”, a luz.

Quando lemos em textos religiosos sobre a queda de Lúcifer ou a queda daquela luz na matéria – algo que esteja escrito em numerosos e variados modos alegóricos – vemos daqueles que ignoram mitologia e alquimia, ignorar também que o Pistis Sophia está confirmando sobre a descida da luz na matéria; noutras palavras: como עליא Elija [Helios, o Sol] aquele poder-luz desceu sobre Jesus e o envolveu inteiramente.”

  E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como [עליא Elija, o mais elevado] o Sol, e as suas vestes [Sahu Egípcio] tornaram-se brancas como a luz. E eis que lhe apareceram Moisés e Elias [o Manas Solar Superior e o Manas Solar Inferior], falando com ele [o Corpo Astral Solar].” – Mateus 17:2,3

  Estamos familiarizados com a história que nos conta como Lúcifer, que foi o mais belo dos Arcanjos criados e [devido ao iniciado tomar o caminho estreito] tendo sido expulso do Paraíso, desceu à Terra [o estábulo de Bethlehem].

  Bem, explicamos um pouco daquela luz na palestra anterior e hoje estamos nos direcionando ao porquê de Mestre Jesus ter dito no livro de Revelação: “Eu sou a estrela da manhã;” Vênus – que está associada com Lúcifer. As pessoas não gostam desta associação, mas é o que Jesus disse. Ele disse: “Eu sou a luz do mundo.” A luz do mundo é a luz solar. Não há como evitar o direcionamento da luz sem associá-la com Lúcifer.

  “Como caiste do [Ouranos] céu [(הילל בן־שחר Hillel ben Shachar], ó estrela da manhã, filho da alva [estrela]! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! Tu dizias no teu coração: eu subirei ao [Ouranos] céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono [Yesod] e no monte da congregação me assentarei, nas extremidades do Norte; subirei acima das mais altas nuvens; e serei como [עליא Elija] semelhante ao Altíssimo. Contudo [no princípio] serás precipitado para o [rei שאול Saul] reino dos mortos [Tiphereth e depois para Klipoth] [Nas mais extremas partes בור onde estão os animais do estábulo de Bethlehem] no mais profundo do abismo.” – Isaias 14: 12-15

  Voltando à citação sobre a qual já havíamos falado: "Dixitque Deus Fiat lux et facta est lux." Cuja tradução do latim é: “Deus disse haja luz, e houve luz.” A fim de melhor compreender esta luz temos de ir ao evangelho de Mateus, lembrando-nos de que a luz veio do Paraíso para Jesus, quando ele foi batizado no rio de Jordão. Está escrito:

  Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba branca, vindo sobre ele. E eis uma voz dos céus que dizia: este é meu Filho amado, em quem me comprazo.” – Mateus 3:16.17

  Dai por diante passou Jesus, a pregar e a dizer: arrependei-vos, porque está próximo o reino de Deus.” Mateus 4:1

Baptism of christ blake

  FIGURA 02.

 Batismo de Jesus

  Por que estamos escrevendo Ouranos ao invés de Paraíso? Porque é assim que está escrito em grego. Lembremos-nos de que os evangelhos foram escritos em grego. Ouranos é a palavra em grego para Paraíso. Então, Ouranos é o nome dado ao primeiro planeta descoberto pelo telescópio – o planeta Saturno. No idioma grego pronunciamos o nome deste planeta, “Ou-Ra-Nos,” e é assim como pronunciaremos a fim de evitar as piadas vulgares sobre este nome, que encontramos hoje em dia por toda a parte.

  Retiramos de alguns versículos da Bíblia [e naturalmente há muitos mais] que falam sobre esta palavra Ouranos, que em latim é chamada “Caelum” [céu ou Paraíso em Inglês].

  Outra citação estabelece: “E ele começando a falar ensinou-lhes, dizendo: abençoados os pobres de espírito por que é deles o reino dos céus [Ouranos- (ֿοὐρανὸς)]."

  “Bem-aventurados os humildes de espírito.” É comumente traduzido como, abençoados sejam os pobres de espírito, mas a palavra grega [πτωχός ptōchos] pode ser pedinte, pobre, necessitado e muitas outras traduções. Daí que, a verdadeira tradução deve ser pedinte, por transmitir o que somos: pedintes por luz; a luz crística. Vem-me em mente, Homer, o poeta da Grécia que diz em sua Odisséia, livro 11: “Melhor um pedinte na Terra do que um príncipe no Hades,” noutras palavras: melhor ser um pedinte no Reino da Luz que um rei no reino das trevas. Então, Jesus esteve sempre falando sobre Ouranos. Ele disse:

  Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder em muita a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus [Ouranos].”

  Eu, porém, vos digo: De modo algum jureis: nem pelo céu, por ser o trono de Deus [θρόνος].”

  “Trono” é a hierarquia angélica de Binah, que está em Yesod, os órgãos sexuais; Ouranos controla as glândulas endócrinas sexuais.

  Com isso, pôs o servo a mão por baixo da coxa de Abraão [sua genitália], seu Senhor, e jurou fazer segundo o resolvido.” – Gênesis 24:9.

  Ouvistes o que foi dito: amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos de vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas [aqua-aerius] sobre justos e injustos. Porque se amardes os que vos amam, que recompensas tereis? Não fazem os publicanos o mesmo? E se saudardes somente os vossos irmãos, que fazeis de mais?Não fazem os gentios também o mesmo? Portanto, sede vós perfeitos como perfeito é o vosso Pai celeste.” – Mateus 5: 2,3,20,34, 43-48

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  FIGURA 03.

  Obviamente, se não conhecermos mitologia grega não saberemos por que Jesus ou os escritores dos Evangelhos estão sempre citando Ouranos – o Paraíso? As pessoas sempre dizem que o Paraíso é logo ali, no céu, porém, segundo a mitologia, Ouranos foi a primeira geração do Caos. E onde está o sentido do Caos? Está naquela palavra que dá significado a todos os elementos que se fazem necessários à criação, que, no entanto, se apresentam ainda em estado de desordem. Aqueles elementos se tornam organizados a partir do instante em que o primeiro Ser é criado, que segundo a mitologia grega é Ouranos.

  Eis por que é dito que do Caos vieram as estrelas, os Paraísos. É verdade: cada estrela, cada sol, cada planeta veio do Caos. Citaremos que o Caos se tornou Ouranos, que teve sua origem no Caos. Eis por que sempre associamos Caos com Ouranos. O caos manifestado, Ouranos? O imanifesto Ouranos, Caos? São a mesma essência, a mesma força.

  Em Ouranos temos nossa particular e individual estrela. Na Cabala estabelecemos que aquela particular e individual estrela seja chamada Ain Soph Aur. Eis por que precisamos compreender e entender porque a Bíblia fala sobre isso. Foi porque literalmente o cristianismo começou a se espalhar na Grécia. Indo daí para Itália e para o restante da Europa e finalmente para o mundo inteiro.

  Lembremo-nos de que os judeus rejeitaram o Senhor, a encarnação de Barbelo, o Filho de Bel, a encarnação de Bel – a Luz Solar. A intenção de Mestre Aberamentho foi universalizar esta sabedoria – que estamos agora lhes passando aqui – e não meramente para uma só raça. Pois quando o conhecimento permanece numa única raça, essa é chamada Raça Lunar, uma religião Lunar. Porém, a doutrina de Mestre Jesus não era Lunar, mas Solar; ele queria dar todas aquelas coisas para o mundo inteiro.

  Isto é precisamente o que temos hoje; entretanto, infelizmente este conhecimento e este ensinamento estão sem explanações uma vez que tudo está oculto por trás de símbolos. É isso que queremos explicar-lhes aqui quando falamos sobre Ouranos, a primeira geração do Caos. Recordemos do livro de Revelação o que Jesus Cristo disse:

  “Eu Sou o Alfa e o Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso. E da parte de Jesus Cristo, a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o soberano dos reis da terra. Aquele que nos ama e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados, e nos fez reis e sacerdotes diante de Deus, seu Pai, para ele ser gloria e soberano sempre e para sempre. Amem.”– Revelação 1:8,5

  Morte, cosmologicamente falando é o Ain Soph Aur. É no Ain Soph onde encontramos a noite cósmica em que todas as coisas estão em repouso: tudo é morte! Mas quando “Ath”, o Logos, a primeira emanação de luz do Caos, Ouranos [Ha-Shamayim, os paraísos] surge. Eis por que Ouranos está simbolizado na mitologia grega como o cinturão zodiacal. Lembremos-nos de que estamos aqui explicando sobre o significado do símbolo de Ouranos, onde está o nosso Pai Celestial. Eis por que está assim escrito:

  Eu disse: sois deuses, [Elohim]; sois todos filhos do [Elija עליא] Altíssimo.”– Salmo 82:6. A fim de entendermos este Salmo devemos penetrar profundamente em nosso próprio íntimo.

  Falando sobre isto, vem-me à mente uma experiência que tive quando meditava sobre Ouranos: eu tinha entendido que Ouranos, o primogênito de Ain Soph estava no Ain Soph. Então, fui lá ao Ain Soph, num Samadhi durante a meditação e experienciei aquilo com minha consciência, minha alma. Entrei no espaço negro e não vi luz por lá; estava completamente escuro. Eu tinha tido muitas outras experiências relacionadas com o Ain Soph, mas essa foi bem singular, muito particular e muito importante para que conheçam, pois quando eu estava lá, um Mestre que habita dentro do Ain Soph saiu dele.

  O que é o Ain Soph? É o Espaço Ilimitado; é o nada. Daquele nada veio aquele Mestre. Como pôde aquele Mestre ter saído do nada para fora daquele nada? Ele pôde fazer por que possuía os quatro átomos alquímicos principais que lhe davam o poder de fazer aquilo. Aqueles quatro átomos são o que temos de construir, através da Alquimia. Obviamente, aquele Mestre tinha já realizado aquilo e saindo instantaneamente, materializou-se diante de mim na figura de um Gênio. Aquele Mestre pode tomar qualquer forma que desejar, e lá, tomou a forma de um Gênio.

  Olhei para ele, mas ele ficou em silêncio. Então, virou-se para a direita e materializou do nada uma prancheta. E do nada materializou uma folha de papel e um lápis. Obviamente, pensei que ia escrever alguma coisa, mas ele não dizia qualquer palavra. Finalmente, tomou o lápis e escreveu: “cuidado com a mitomania.” E o lápis, o papel, a prancheta e ele, desapareceram, ficando eu novamente só, na escuridão; e voltei então para o meu corpo. Entendi aquilo como lição muito importante: estar atento com a mitomania.

  O que é mitomania? É a tendência de “manas”, uma desordem mental; do grego mythos: “discurso, pensamento, história, mito, qualquer coisa liberada por palavra oral,” de origem desconhecida. Manas é a mente usada para interpretar coisas, segundo seu próprio nível. Contudo, algumas vezes precisamos estar abertos, falando mentalmente, a fim de entender que muitos símbolos detêm suas próprias interpretações.  

  Há sete tipos, sete níveis de interpretações. Ainda, a mente, o manas, tem a tendência de sempre se vangloriar de ser “a última palavra.” Compreendo que essa experiência estava me alertando sobre minha própria mente e as mentes de outros, uma vez que eu, como outros, temos uma mente mística e naturalmente preciso ser cuidadoso com minha própria mente mística; consequentemente, com a mente mística de outros.

  Nossas palestras não são a última palavra, mas o resultado da compreensão de nossas experiências aos nossos níveis pessoais. Há outras pessoas que explicam a doutrina da Gnosis, segundo seus próprios níveis, mas também seus níveis não são do mesmo modo a última palavra. A palavra את “Ath” é o Logos “את השמים ואת הארץ," nos céus e na terra. Entendamos precisar sempre manter a porta aberta para Seres mais elevados – individualidades mais elevadas – os Elohim. No cosmos há diferentes níveis. Conforme o “את-Ath” de Jesus diz no Evangelho de João:

  Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim [את-Ath]. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também. E vós sabeis o caminho para onde eu vou. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais, como saber o caminho? [“את-Ath”de] Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” – João 14:1-6

 No Reino de meu Deus, o Absoluto Solar, há muitas mansões [ou templos no núcleo de cada estrela], dentro das quais é possível morar. Em cada templo, cada mansão, há sempre um ser, o Logos que é o patrão, do mesmo modo que em qualquer casa que adentramos tem um chefe, cujas normas ou leis sejam de obediências, de respeito a elas. No reino da luz existem muitas mansões, muitas qualidades de luzes e cada luz tem sua própria sabedoria. Entretanto, conforme já explicado sobre Jesus [Aberamentho], na palestra “A Região de Barbelo.”, sua luz abarca muitos infinitos.

aquarius

  FIGURA 04.

  Aquarius

  Continuemos com nossa explanação sobre esse misterioso Ouranos. Assim se escreve Ouranos em grego: Οὐρανός. Vemos aqui neste gráfico o signo de Aquarius que é governado por dois planetas: Saturno [Binah] e Ouranos [Chokmah]. Mestre Samael sempre estabelece que Aquarius é governado por Ouranos que controla as glândulas endócrinas sexuais.

  São necessários 84 anos para Ouranos rotacionar em torno do Sol; 42 daqueles anos com a polaridade feminina em direção ao Sol e outros 42 anos com a polaridade masculina. Eis por que na Terra, conforme recebemos a influência de Ouranos, há ciclos em que por 42 anos as mulheres dominam e há outros ciclos de 42 anos de domínio dos homens. Aquele é o ciclo de Ouranos que está relacionado com as glândulas sexuais.

Sing of Ouranos

  FIGURA 05.

 

 Signo de Ouranos

 

  Aqui vemos o símbolo astrológico de Ouranos. No centro está a cruz. O símbolo da cruz está ali porque Ouranos controla as glândulas sexuais. Em cada lado da linha horizontal, vemos dois semicírculos que representam os ovários; a linha horizontal representa o útero. Ela é cruzada pelo falo, o órgão masculino. Na base daquela linha vertical está um círculo, representando os testículos. Esse é o signo de Ouranos, falando alquimicamente; o cruzamento das duas forças – a feminina e a masculina – em alquimia.

  Eis por que quando vamos à origem de Ouranos entendemos a alquimia sexual. Eis por que, hoje em dia, estamos falando abertamente sobre alquimia sexual e castidade sexual. As águas que vêm do Paraíso são as águas superiores de Aqua-Arius – a chuva. Conforme dissemos – prestem atenção – sobre o quê resaltamos anteriormente: “Ouranos que está no Paraíso, envia a chuva.” A chuva é aquela energia sexual criativa.

  Necessário reiterar que, ao falamos sobre alquimia sexual, estamos nos referindo à conexão sexual entre um homem e uma mulher. A fim de que Ouranos se desenvolva, que emerja do Caos, necessitamos de ambas as polaridades da energia sexual. Se formos pessoas de média capacidade e nos desempenharmos do ato sexual entre macho e fêmea, a vida será o resultado. Existindo qualquer outra forma e comportamento a vida não pode vir. Necessitamos de dois poderes: o esperma e o óvulo. Não escapamos disso.

  Mergulhemos agora no בראשית Barashyth, como escrito no hebreu, a primeira palavra da Biblia. Quando falamos desta palavra, que é um anagrama, entendemos que ela requer muitas explanações uma vez que está relacionada com o Caos. Do בראשית “Barashyth Bara Elohim:” o Caos criou o Elohim. Necessária ser traduzida como o Elohim porque Elohim é plural – não é Deus – mas Deuses e Deusas. Após isto está escrito: “Barashyth Bara Elohim Ath - בראשית ברא אלהים את". “Ath-את" é uma palavra que sempre menciona: “את-Ath”, pronunciada Aleph-Tav que são a primeira e a última palavra do alfabeto hebreu.

  Juntas, Aleph-Tav, Ath formam uma palavra que menciona o Logos, o Verbo. Na mitologia grega o Logos é representado por Eros, por que Eros entra em ação quando o homem penetra a mulher. Eros é “Esh-אש,” o fogo, lá no בראשית Barashyth, o Caos, seguido pela ordem, se conhecermos alquimia sexual. Eros, “Esh-אש,” o fogo, une as coisas, o ית Ith de בראשית Barashyth. Como devemos chamar Eros em latim? Chamarmos de Lúcifer uma vez que o fogo é portador de luz. Motivo pelo qual a palavra “erótica”, provém de Eros.

  Então, quando tudo está no Caos e estamos beijando, abraçados com nossa parceira, estamos em בראשית Barashyth; então de repente Eros, Esh-אש,” o fogo, dirá: “ok, eu estou pronto.” Daí vem ית IT, quando o homem penetra a mulher. Então, após Eros, o “Esh-אש,” de בראשית Barashyth, o Elohim está criado. Elohim [Deus] é a primeira emanação do Caos, porém lembremo-nos de que está escrito que בראשית ברא אלהים " Barashyth Bara Elohim," o Caos criou אלהים Elohim, plural.

  Daí que o primeiro Elohim é Ath, o Logos, Eros, que é o Lúcifer manifestado, em latim. Após isto, está escrito: Berashith Bera Elohim Ath Ha-Schamayim. Ha-Schamayim; os Paraísos. Se lermos uma Bíblia grega, aquela palavra Ha-Schamayim, Paraíso, encontra-se escrita como Ouranos. O segundo Elohim criado é Ouranos, uma vez que “Ath- את” Eros foi Ouranos, que é “השמים-HaShamayim” em Hebreu.

  A próxima parte, “E a Terra...” Quem é a Terra, em grego? Gaia, Gaea. Na mitologia grega, a trindade que emergiu do Caos é Ouranos, Eros e Gaia. A beleza aqui é vermos estas coisas replicadas em nosso corpo.

  O órgão penetrou na mulher – o qual é o Caos – é graças a Eros. Sem Eros não pode existir uma conexão: o fogo; a luz de Eros – tem de estar lá. De lá, por resultado da transmutação da energia sexual, a energia sobe até a medula espinhal, então, a energia sexual está governada por Ouranos – que é Caos – que é בראשית Barashyth.

  Ouranos é representado pelo signo do infinito. O que é o signo do infinito? Está oculto dentro da primeira letra do alfabeto hebreu, Aleph. O formato da letra Aleph contem dois Iods e um Vav; o primeiro Iod está nas águas superiores e o segundo Iod está nas águas inferiores. Aquelas duas águas são o cérebro e o sexo, unidos pela medula espinhal [o Vav]. A adição cabalística daqueles elementos da letra Aleph é 26; Iod [10] + Iod [10] + Vav [6] = 26. Então, 2 + 6 = 8 que é o signo do infinito.

  Onde temos o signo do infinito dentro de nós? Na nossa coluna espinhal. Queremos que Ouranos nasça dentro de nós? Bem, transmutemos Eros: transmutemos nossa energia erótica que a luz virá e Ouranos surgirá. É esse o signo do infinito.

  Que é um infinito? São todas as estrelas do céu. E qual é o nome em grego de todas aquelas estrelas? Ouranos, Paraíso. Agora entendemos o significado alquímico disto. E podemos perguntar: que é Gaia? É nosso corpo físico. Eis por que está consignado por estes três aspectos da mitologia grega, que Ouranos foi casado com Gaia, nossa fisicalidade. Aquela luz de Ouranos, como Caos, emerge dentro de nós e de Gaia, Gaea, nossa fisicalidade que começamos a criar – que é aquilo o que necessitamos criar. Motivo pelo qual colocamos o símbolo de Ouranos bem na base deste gráfico da Árvore da Vida.

  O planeta Ouranos, de acordo com as Sefirotes, governa a sefira Chokmah, relacionada com Cristo. Noutras palavras: a sefira Chokmah, a segunda sefira das dez sefirotes é um desdobramento de Ouranos, do Paraíso. Eis por que Jesus disse: orai ao Pai, que está em Ouranos – o qual está no Ain Soph; é lá onde o vosso Pai está.

  É do Ain Soph que veio aquele Gênio de minhas experiências, um ser muito elevado. Porém, no Ain Soph há dois tipos de átomos: aqueles átomos que contém dentro deles os quatro átomos, mais a Trindade, e aqueles átomos que não possuem os quatro átomos. Aqueles átomos são: o átomo que representa o Corpo Físico Solar [corpo de libertação]; o átomo que representa o Corpo Astral Solar; o átomo que representa o Corpo Mental Solar; o átomo que representa o Corpo Causal Solar – o Corpo da Força de Vontade. Já que estamos falando sobre esses átomos em sentido alquímico-químico, vamos nomeá-los: hidrogênio, carbono, oxigênio e nitrogênio.

  Se uma estrela possui aqueles átomos materializa-se instantaneamente. Aqueles átomos são deuses, gênios do Ain Soph. Daqueles autorrealizados átomos, o universo emerge, uma vez que eles têm o poder de criação. Porém, dentro do Ain Soph, existem também átomos simples precisando possuir corpos superiores do Ser, que necessitam ainda ser construídos.

  O universo emerge a fim de que, nós, os simples átomos, edifiquemos aquilo. Os simples e não realizados átomos têm interiormente só três átomos básicos ou partículas, chamadas: Proton, Neutron e Eletron; denominados na cristandade; o Pai, o Filho e o Espírito Santo; na Cabala: Kether, Chokmah e Binah; no hinduísmo: Brahma, Vishnu e Shiva... Há três átomos principais dentro do átomo, reconhecidos da forma que desejemos. Motivo pelo qual são representados pela letra Hei.

  Hei ה é o símbolo do Ain Soph. A letra ה Hei é pronunciada הא Hei-Aleph. Por quê? Porque é o formato de א Aleph, conforme lhes disse, é Iod-Iod-Vav; 26, 8, o símbolo do infinito. Significa que dentro de nós, dentro da estrela atômica que temos no Ain Soph, encontra-se oculto o infinito, melhor dizendo: as possibilidades do desenvolvimento cognizante do que seja o infinito. Para tanto, temos de edificar os quatro átomos. Quem edifica aqueles quatro átomos? A Mãe Divina, uma vez que Ain Soph é feminino.

  O Ain Soph tem cinco aspectos. Aqueles cinco aspectos estão representados pela letra ה Hei. O formato da letra Hei é constituído por um Daleth junto com um Iod. O traço na base esquerda da letra Hei é um Iod, a décima letra; dentro daquele Iod encontra-se oculta a possibilidade, a potencialidade do desenvolvimento das dez Sefirotes. A letra Daleth é o número 4. Quando temos 4 + 10 [Iod] temos 14, sintetizado cabalisticamente como cinco.

  O primeiro aspecto do ה Hei é o Espaço Cósmico-Mãe. O segundo aspecto é a Mãe Natureza que se expressa como vida. O terceiro aspecto é nossa Mãe individual – temos esse aspecto dentro de nossa fisicalidade, aquela que tem o poder da criação. Quando falamos sobre criação, lembramos que o aspecto feminino tem o poder de criação. Estivemos no útero de uma mulher por nove meses. O homem provê a semente, mas sem a mulher a vida não é possível.

  Eis por que quando falamos sobre o Criador, falamos sobre a mulher; naturalmente por que a outra polaridade é necessária, pois é o aspecto feminino que concretiza o trabalho. No caso da Alquimia, cabe a Mãe Divina tomar para si o encargo de edificar aquilo dentro de nós. Esse é o terceiro aspecto do Hei.

  O quarto aspecto é Morte da Divina Mãe. A morte nos ama tanto que quando nosso corpo está doente, completamente doente, ela vem e retira nossa alma daquele corpo por que estamos sofrendo. Isso é compaixão. Isso é Morte. Na doutrina gnóstica ensinamos como morrer, falando psicologicamente. Abrimos a porta para a Mãe Morte. Não tememos a morte..., a morte é o melhor; a morte de todas as impurezas que temos, física e psicologicamente. Este é o quarto aspecto.

  Quando as pessoas ridicularizam os gnósticos em seus trabalhos de eliminar o ego, às suas luxúrias, os seus ódios e, aqueles críticos continuam felizes com seus ódios, suas luxúrias, vaidades, etc, bem, a Mãe Morte cuidará daqueles, lá embaixo, nas infradimensões. Damos àquelas dimensões inferiores o nome de Averno, Inferno. A Mãe Morte faz isso por que a alma está sofrendo, cheia de ódio, luxúria, orgulho, inveja, ociosidade, gula, etc. Então, as almas perdidas, aquelas faltosas que não querem mudar por suas próprias vontades, são aniquiladas pela Mãe Divina lá embaixo: isso é compaixão, isso é amor.

  O que é o quinto aspecto? O quinto aspecto está em nossos órgãos sexuais; é chamado força instintual; aquela força que cuida de nosso sistema digestivo. Alguma vez já desejaram saber como podemos comer uma lauta refeição, isso e mais aquilo e após tudo, não fazermos nada? O estômago cuida de tudo. O que é isso a realizar esta tarefa? É aquele aspecto da Mãe Divina que nos contos populares chamamos a Fada Mãe: estando relacionada com a força instintual.

  A força instintual também atua nos órgãos sexuais. Quando um homem tem uma ereção ou uma mulher tem umidade é porque a Mãe Divina, a força instintual do corpo físico proporciona aquilo. Não é somente Lúcifer a nos proporcionar a força; é também necessário que preparemos nossos órgãos – a Mãe Divina institualmente faz isso.  Esse é o instinto que em palestras anteriores chamamos de sentido comum. O que é o sentido comum? É a força instintual de Binah, o Espírito Santo, a Mãe Divina que nos alerta para que não façamos isto ou aquilo. Todas as vezes que temos um pressentimento, uma intuição, aquilo é a força instintual, a Mãe Divina atuando dentro de nós, de nosso coração.

  Infelizmente, ignoramos aquela inteligência. Há pessoas que dizem não haver inteligência no universo; que o universo veio meramente à existência a esmo, através de uma explosão. A ironia desse tipo de pensamento é que eles explicam esta teoria com suas inteligências; e se não existe inteligência no universo eles devem ser estúpidos, sem qualquer inteligência.

  Na época de Napoleão, um personagem materialista lhe demonstrava o modo como o universo tinha sido criado. Usando óleo e água, fazia círculos que rodeavam uns aos outros, formando uma miniatura do universo em que o centro se movia em direção à periferia e a periferia em direção ao centro. Fazia isso agitando a água de maneira cíclica. Esse personagem utilizava-se desse exemplo para demonstrar que não havia necessidade do envolvimento de uma inteligência para a criação do universo.

  Mestre Samael, ao relatar aquela história, disse que o personagem não se dava conta de que ele era a inteligência que estivera causando o formato daquela miniatura do universo. Napoleão acentuou que sem a mão causadora da circulação da água nada teria acontecido. Veem a incongruência de nosso intelecto? Usamos a inteligência para explicar que não há inteligência.

  Sempre há inteligência e aquela inteligência não tem forma, mas toma a forma que a agrada – é a Mãe Divina, o Hei, o Ain Soph manifestado a fim de criar dentro de nós os corpos de que necessitamos: os quatro átomos, os quatro Corpos Solares. Ela é aquela que cria dentro de nós. Ela faz aquilo através de todos esses elementos.

  Esse é o motivo por que os gnósticos trabalham com os cinco aspectos do Hei, por saber que dentro daquele Hei está o infinito; as possibilidades infinitas, se abrirmos os nossos braços. O quarto e quinto aspectos do Hei estão ocultos nas palavras “תהו ובהו Tohu Vabohu,” significando: “sem forma e vazio;” que é o estado caótico da Terra ou fisicalidade dos fornicadores, cujas consciências estão em trevas totais ante a face do abismo. Eis por que Mestre Samael diz:

Abyss Angel1

  FIGURA 06.

  Anjo do Abismo 1

  Qualquer forma de matéria pode ser destruída, ainda que a substância [ou essência] da matéria continue nas outras dimensões. Daí que, a substância-terra ou a semente da Terra está depositada no espaço profundo do universo, dentro da incognoscível dimensão zero. Tal substância terrena é a matéria prima. Eventualmente a Terra permaneceria depositada como uma semente em meio à profundeza do espaço infinito, aguardando por nova manifestação cósmica.

  Lembremo-nos de que quando uma árvore morre, suas sementes permanecem. Dentro de cada semente está a possibilidade do desenvolvimento de uma nova árvore. Do mesmo modo, quando um planeta morre, então sua semente ou sua homogênea, insípida, insubstancial, incolor, inodora matéria permanece depositada no seio da eterna Mãe Espaço [o Ain Soph].

  Tal semente correspondida com o um é o dois. Não devemos nos esquecer de que para ser um, há a necessidade de estar dois. O um se sente dois [isto, noutras palavras, considerando o ato sexual]. Daí que, a primeva Terra caótica, aquela semente de mundo depositada na Mãe Espaço é o Omeyocan. É isto um verdadeiro paraíso que durante o tempo de inatividade vibra com felicidade.”

  Explicamos noutras palestras que o Omeyocan é um Nahua, palavra que descreve o Ain Soph. Dentro do Ain Soph todos os átomos são felizes; mas quando a manifestação ocorre, vem junto a complicação da matéria. Eis por que está descrito na mitologia grega que Ouranos casou com sua própria mãe. Claro está que se entendermos o Espaço e todos os desdobramentos da Mãe Divina entenderemos sobre o que está aqui representado. E sabendo disto admitiremos também como as pessoas erradamente acreditam que os gregos pensavam que Ouranos seria um Deus antropomórfico.

  Não. Os gregos representavam seus pensamentos, seus mitos, com formatos humanos por que aquela maneira assume um resultado final daquela inteligência; a criação do ser humano. Isso não significa que o Ain Soph tenha um formato; ele é meramente representado daquele modo. É por este motivo que fazemos este símbolo aqui com os dez chakras, as dez Sefirot – o símbolo do Ouranos – a fim de representar aquilo com um formato humano, com inteligência. É assim como temos de ver para compreendê-lo.

  Com frequência, em experiências como aquela que estive lhes relatando, em que a inteligência vem da nulidade para se tornar compreensível, tomando uma forma humana, exatamente como a de um Gênio que o Mestre tomou diante de mim. Ele não tinha de tomar aquela forma, porém, a fim de se comunicar com um palerma como eu, ele sabia que eu precisava vê-lo naquela forma de um gênio. Continuemos com o Pistis Sophia onde está anotado:

Barbelo

  FIGURA 07.

  Barbelo

  E os discípulos não tinham visto Jesus por causa da grande luz que o envolvia ou que estava nele, pois os olhos deles obscureciam devido a grande luz na qual ele submergia. Eles viam somente a luz que espalhava muitos raios luminosos. E os raios luminosos não eram iguais uns aos outros, pois a luz era diversa com diversos formatos, de baixo a cima; um raio de maior excelência que o outro,.... em grande e imensurável luz gloriosa, que se estendia desde abaixo da terra até acima, ao paraíso. E quando os discípulos viram aquela luz, foram tomados de grande temor e agitação.”

  E conforme extraído do livro de Revelação: “Eu, Jesus, enviei meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a raiz e a geração de Davi, a brilhante estrela da manhã.” – Revelação 22:16.

  Isso é o que acontece quando vemos a esplêndida luz de Vênus [a brilhante estrela da manhã]; com uma quantidade de luz e não compreendemos que “a brilhante estrela da manhã” é a luz de Cristo, o Sol, a luz do mundo, e ficamos temerosos da luz, temerosos de Lúcifer, por que somos criaturas das trevas. Eis por que, em hebreu, escrevemos הא-יהשוה Ha-Yeshua; que é o nome daquele particular, individual Yeshua, Jesus.

  Escrevemos isto com as letras יהוה Iod-Hei-Vav-Hei e diretamente, no meio, colocamos a letra ש Shin, que representa o fogo: Iod-Hei-Shin-Vav-Hei יהשוה Yeshua. Contudo, se quisermos dizer: “O Yeshua,” então escrevemos הא-יהשוה Ha-Yeshua, por que Yeshua é o mistério de הא Hei, que é o mistério da luz.

No princípio, quando os ensinamentos de Cristo se espalhavam pela Bíblia e muitas pessoas os liam, foram, infelizmente, sendo entendidos literalmente. Entretanto, estamos agora explicando aqueles ensinamentos e agitando as mentes das pessoas, por que a luz de Jesus não é vista pelos habitantes da Terra. E precisamos expor segundo as qualidades dos Seres que existem no universo, começando pela base.

Tower of Babel

  FIGURA 08.

  Torre de Babel

  Mestre Samael diz que há quatro níveis de humanos inferiores:

     1. Seres humanos instituais

     2. Seres humanos emocionais

     3. Seres humanos intelectuais

     4. Seres humanos equilibrados

  Os “seres humanos do primeiro, segundo e terceiro níveis constituem o círculo da confusão das línguas – a Torre de Babel.”

  Lembremo-nos de que na Torre de Babel, todas as línguas das pessoas são confusas. Eis por que, em hebreu, a palavra Balal בלל é similar a Babel בבל. O próprio significado da palavra Babel hoje em dia é confuso; as pessoas pensam que a Torre é uma torre física...; é um símbolo. Aquela torre é o símbolo da humanidade.

  Babel significa “Ba” o portal, de “Bel”, o Cristo-Solar, cuja partícula em nós é הבל Habel, a Alma, na glândula pineal. Babel é o Portal do Cristo-Solar, que é a glândula pineal, o assento de Abel, a alma. Bem, a palavra Balai, que é hebraica para “confusão,” está relacionada com a Lua, que representa, em nossa cabeça, a mente animal.

  Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis, batei e abrir-se-vos-á. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate abrir-se-lhe-á.” – Mateus 7:7,8  

  Existem muitas pessoas que amam o Senhor, que é Chokmah, o Filho, a Luz ou Barbelo, conforme explicado na palestra anterior: o filho do Sol. Aquelas pessoas estão divididas em três tipos, conforme o Mestre explica. Ele continua:

  Estes três tipos de humanos não se entendem. O nível instintual não entende o intelectual. O nível emocional não entende o intelectual. O nível intelectual não entende o emocional.” – Samael Aun Weor

  “Chamou-se-lhe, por isso, o nome de בבל Babel, porque ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a Terra, e dali os dispersou por toda a superfície dela.” – Gênesis 11:9

  Vamos expandir estas citações do Mestre, uma vez que se relaciona com a cristandade. Há pessoas que são cristãs instintuais. Poderíamos perguntar para tais pessoas por que são cristãs e elas responderiam que seus pais, mães ou algum outro membro familiar serem cristãos. Elas não sabem nem necessariamente se incomodam sobre o significado do cristianismo; pois herdaram da família sua religião. Isto é religião mecânica instintual.

  Há outras pessoas que são emocionalmente centradas; são emocionalmente cristãs. Sendo católicas vão à igreja, o que é bom. Recebem a Eucaristia; a força do Senhor está lá nas suas belas igrejas, nos seus belos templos.

  O próximo e elevado nível é dos Cristãos intelectuais. Ouvimos na TV; são muito intelectuais, explanam sobre a Bíblia e a memorizam. Certa vez ouvi um pregador que estava recitando todos os nomes de Deus de cada livro da Bíblia. Isso é bom. Porém, será que ele entende algo daquilo? Não. Ele unicamente os memorizou. Eles explicam a Bíblia segundo seus pessoais níveis, e fazendo isso, contradizem outras religiões que estão também elencadas sob aqueles três tipos.

  Porém, não são somente os cristãos que estão divididos em três tipos. Encontramos esses três níveis de humanos entre os muçulmanos, judeus, etc. Entretanto eles não sabem qual é o significado dos ensinamentos aqui. Eis porque o Senhor diz: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” - Lucas 23:34

  Por exemplo: vocês sabem como se escreve a palavra Judah em hebreu? Iod-Hei-Vav-Hei יהוה, com Daleth colocada diretamente após a letra Vav, desse modo: יהודה. O que ד Daleth significa? Ela é a quarta letra, é o número quatro. Daleth é hidrogênio, carbono, oxigênio e nitrogênio. Significa que aqueles pertencentes à tribo de יהודה Judah – aqueles verdadeiramente judeus – são os que têm quatro corpos superiores do Ser, os quatro átomos da alma criados interiormente. Por isso que Cristo é o Rei dos Reis, a fim de alcançar o Malachim, alcançar Tiphereth [o corpo causal] – precisamos ser verdadeiros judeus.

  Existem muitas pessoas que se denominam judeus, por tradição; são instintuais. Há aqueles que se denominam judeus porque celebram o Sabá todo o Sábado; são emocionais. E há aqueles que são muito cabalísticos, onde estudam segundo suas crenças; são intelectuais. Do mesmo modo com os budistas encontramos também os três tipos: o instintual, o emocional e o intelectual. Eis por que ensinar isso é ir além destes três níveis. O tipo de conhecimento que encontramos aqui está relacionado com o quarto tipo: o ser humano equilibrado.

  Qualquer religião que tenhamos, se quisermos ser do quarto tipo temos de equilibrar nossos três cérebros; temos de aprender a usar nosso intelecto, nossa emoção e nosso instinto. A força instintual que pode nos libertar está nos órgãos sexuais: precisamos ter bastante espiritualidade, desenvolver nosso coração e o entendimento dessas coisas com nosso intelecto – um intelecto iluminado. É deste modo que nos tornamos equilibrados. Mas para tal objetivo temos de estudar psicologia.

   A pessoa equilibrada segue o caminho certo. Ela não se identifica com os intelectuais, nem com os tipos emocionais ou instintuais. Ela vai ao seu próprio íntimo [ou a si própria] para se auto-equilibrar. Não necessita edificar ídolos, conforme a Bíblia menciona: os tipos instintuais, emocionais e intelectuais caminham com grande número interior de ídolos e imagens. Estes tipos possuem muitas interpretações erradas daquilo escrito nas suas escrituras religiosas.

  A pessoa equilibrada entende todas as coisas e respeita a todas as crenças; respeita a todas as pessoas; mesmo àquelas que nada sabem de suas próprias religiões, que somente praticam suas tradições. Assim está ok; cada um em seu próprio nível. Entretanto, se nos identificarmos com qualquer daqueles três níveis – o intelectual, o emocional e o instintual – entramos na confusão de línguas, por que elas são contraditórias.

  Encontramos pelas ruas pessoas que batem às nossas portas, chamadas Testemunhas de Jeová. Elas convencem outras pessoas a entrar nas suas religiões, através do uso do intelecto. E as pessoas que não conhecem nada da Bíblia acabam por se convencer, pois os Testemunhas de Jeová explicam os ensinamentos intelectualmente, segundo os seus níveis. Contudo, se formos equilibrados, não estando identificados, entramos em qualquer religião por entendermos que todas as religiões são pérolas vindas de Ouranos, o Paraíso. E nosso Pai, em Ouranos, é Quem nos guia.

  Um poeta diz: “Levantei os meus olhos a fim de ver as estrelas do firmamento, de modo que elas pudessem guiar minha vida [falando em sentido de astrologia]. Entretanto, eu sempre seguia a Estrela Interior que brilha dentro de minha consciência.”

  Somente há um Deus que temos de amar. Esse Deus não está fora; está dentro de nós. Somos a expressão física daquela estrela. Quando adentramos em nosso próprio íntimo e começamos cultuar nossa própria Estrela Interior, ela se sente feliz. Aquela estrela deseja a autorrealização, criar seus quatro átomos. Porém, se estivermos identificados com a Torre de Babel, com crenças e tradições, nunca chegaremos àquele objetivo. Estaremos, meramente e sempre, andando em círculos.

  Todas as pessoas que buscam a autorrealização devocionam Cristo, que é Bel. Elas são devotadas ao Senhor quer o chamem Cristo, Bel, Ahura-Mazda, Osiris, Allah ou Elias, não faz diferença. Aquela força Solar é única; isto que temos de entender.

  Bem, existe um oposto ao reino da confusão de línguas e somente o quarto tipo de humanos é capaz de entrar naquele reino – o Reino do Paraíso. O Reino do Paraíso não tem nada a ver com crenças; nada a ver com criação.

  A primeira coisa que temos de criar intimamente é chamada o Jesus Cristo Interior. É o primeiro nível. Aquele Jesus Cristo Interior é chamado no esoterismo, o Corpo Astral, e quando o criamos, experienciamos o nascimento do Senhor Cristo no estábulo de Belém [Bethlehem]. Onde é o estábulo de Belém [Bethlehem]? Em nossa fisicalidade, onde está toda a nossa animalidade. É dali que aquele Jesus, aquele corpo solar é desenvolvido até ser um corpo astral completo.

Christ

  FIGURA 09.

 Cristo

  Por isso que Mestre Samael diz: “A terceira serpente se eleva através do canal medular do espectro Astral [nossa força emocional lunar interior]. A terceira serpente deve alcançar o campo magnético na raiz de nosso nariz, daí então descer ao coração através de uma passagem secreta dentro da qual existem sete câmaras sagradas.

  Quando a terceira serpente alcança o coração, a mais bela criança, o Cristo Astral nasce. O principal de tudo isso é a iniciação. O neófito tem de experienciar dentro de seu Corpo Astral o drama inteiro da Paixão de Cristo. Tem de ser crucificado, morto e enterrado. Tem de ressuscitar e precisar descer aos Abismos, e lá permanecer por quarenta dias, antes da Ascensão.

  A suprema cerimônia da Terceira Iniciação é alcançada com o Cristo Astral. Diante do altar está Sanat Kumara, o Ancião dos Dias, a fim de garantir-nos a Iniciação. Todo aquele que alcança a Terceira Iniciação dos Mistérios Maiores recebe o Espírito Santo [a força espiritual].”

  “Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio de lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas (...) não cuideis em como ou o que haveis de falar, porque naquela hora, vos será concedido o que haveis de dizer. Visto que não sois vós os que falais, mas o Espírito de vosso Pai é quem fala em vós.” – Mateus 10: 16, 19, 20. Foi isso o que Mestre Jesus disse na Bíblia.

  “E alguém lhe perguntou: Senhor são poucos os que são salvos? Respondeu-lhes: esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.” – Lucas 13: 23-25

  A porta estreita é alquimia sexual. Queremos entrar no Reino dos Céus [o Paraíso]? Bem, o primeiro elemento de que necessitamos a fim de estarmos no Reino dos Céus é o Corpo Astral, chamado Cristo.

  Se nossa clarividência investiga na Torre de Babel, os três níveis dos cristãos – os cristãos intelectuais, os cristãos emocionais e os cristãos instintuais – quem, dentre eles tem, intimamente, pelo menos o Cristo Astral? Nenhum. Eles acreditam no Senhor, amam o Senhor, mas não possuem o Corpo Astral. Por quê? Porque pensam que meramente acreditando em Jesus, podem entrar no Reino dos Céus. Não. Necessário nascer de novo.

  Nascer de novo não é assunto de crença. Se alguém pensar assim gostaria que me mostrasse uma mulher que possa engravidar meramente por crença; e assim fazendo, ela consiga que uma criança nasça; isso não é possível. Ela precisa do esperma e somente então pode um corpo físico nascer. É a mesma coisa querer que o Corpo Astral – o Corpo Interior – nasça intimamente. Quando o Corpo Crístico interior nasce dentro de nós, entenderemos então porque o Senhor diz que temos de nascer de novo.

  Um daqueles judeus intelectuais no tempo de Jesus, chamado Nicodemus, chegou-se a ele e disse:

  Rabi, sabemos que és Mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. A isto respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.

  Perguntou-lhe então Nicodemus: como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, por ventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez?

Respondeu Jesus: em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do espírito é espírito. Não te admires de eu te dizer: importa-vos nascer de novo. O vento sopra onde quer, ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo o que é nascido do Espírito.

  Então lhe perguntou Nicodemus: Como pode suceder isto? Acudiu Jesus: tu és mestre em Israel, e não compreende estas coisas?”– João 3:2-10

  Foi como Mestre Jesus explicou, alquímica e simbolicamente, a maneira como alguém tem de nascer de novo. Ainda assim, pessoas da Torre de Babel, acham que meramente indo até o rio ou sendo batizadas como uma criança ou por qualquer outro batismo simbólico, estão nascendo de novo.

  Porém a realidade é que a fim de verdadeiramente nascer de novo, necessitamos ser batizados por nós próprios e nossa esposa, pelas águas sexuais criativas; necessitando saber como transmutar a energia sexual, através de Alquimia.”

  Somente então podemos edificar nosso Cristo Interno e somente então podemos entender o que é ser um cristão.

  Por que; “Cristo nele próprio é uma força cósmica e esta força pode salvar um ser humano, unicamente e de algum modo, se esta força for humanizada. O sacrifício para a humanidade está na lei do Logos Solar, o Cristo Cósmico. Tem sido inteiramente sacrifício desde o alvorecer da vida, pela própria crucificação em todos os mundos, em todo o planeta que emerja para a existência, a fim de que todos os seres tenham vida e a tenham em abundância.” – Samael Aun Weor

Sun in Tiphereth

  FIGURA 10.

  Sol em Tiphereth

  Motivo pelo qual quando se fala sobre o Cristo interior, mestre Samael diz:

  Dentro do Jesus Cristo Interior de cada um de nós, a energia criativa brilha maravilhosamente.

  “O Logos é a Unidade Múltipla Perfeita.

  “No mundo do Logos a diversidade é a unidade.

  “O Cristo Interior dentro de cada um de nós está além da individualidade e o “Eu”.

  “Todos os seres são verdadeiramente um no Senhor.

  “Muitos raios brotam na ‘“ Luz Crística, “’ e da Luz Crística.

  “Cada raio Logóico é de um tipo diverso e classe distinta, contudo todos os raios conjuntos constituam o Logos.

  “Cada raio é a expressão viva deste ou daquele Adepto ou deste ou daquele Ser Cristificado.

  “Cada raio Logóico opera como uma base para este ou aquele Hierofante.

  “A existência de qualquer adepto seria inconcebível se fosse excluído do profundo do seu Ser o seu correspondente raio de Luz.

  “Na síntese final, todos os raios de Luz se reduzem a um, que se estende numa imensurável Glória de Luz, desde o Abismo até o Paraíso.” – A Bíblia Gnóstica: A Pistis Sophia Desvelada, por Samael Aun Weor

  Colocamos este gráfico das dez Sefirotes junto com a citação retirada da Bíblia Gnóstica. Vemos que no centro de nossa Tiphereth – onde está o nosso coração – é onde aquele Senhor brilha. O Corpo Astral é o corpo das emoções que um ser humano edifica. Aquele Corpo Astral não está relacionado com a Torre de Babel, com seu fanático povo identificado com suas crenças, que as expressam através do coração com grande ciúme. Mas aquele que tem o seu Cristo Interior desenvolvido, detém emoções superiores, tal como, tendo compaixão por todos os que amam o Senhor e acreditam estar no caminho, muito embora não estejam.

  O Senhor ama a todas as pessoas, a exemplo do que é encontrado no seguinte destaque: ... pois ele faz brilhar o Sol sobre o mau e o bom e faz chover nos justos e injustos.” Sem o Senhor – a Luz Solar – não haveria vida neste planeta. Sem o Senhor não podemos edificar os Corpos Solares.

  Contudo, não é somente o Corpo Astral que necessitamos tê-lo desenvolvido, pois a fim de conseguir entrar no reino dos Céus, necessitamos edificar o nosso Corpo Mental Solar. O tipo de mente que temos agora é animal. Temos a mente intelectual animal, nutrida pelos cinco sentidos. O Corpo Mental Solar, representado por Buda, é nosso particular e individual Buda; é outro átomo que necessitamos edificar.

  Após termos edificado o Corpo Mental Solar, entramos então no reino de Buda. Buda Gautama Shakyamuni ensinou a sabedoria do Corpo Mental. No budismo, podemos nos extasiar com aquela sabedoria. Mas quantos têm o Corpo Mental Solar? Não muitos.

  Falando sobre isto, lembro-me de uma história de Mestre Samael Aun Weor, que nos planos internos foi ao Tibet investigar todos aqueles monges, dentre os quais havia muitos Mestres. E dentre aqueles Mestres encontrava-se o Dalai Lama anterior. Mestre Samael aproximou-se do Dalai Lama – que é um Mestre com todos os Corpos Solares internos – e cochichou-lhe:

  - “O senhor sabe que dentre todos os seus discípulos aqui existem animais intelectuais?” O Dalai Lama, replicou:

  - “Por favor, não lhes diga isto. Eu sei que eles são animais intelectuais, mas eles estão se trabalhando e eventualmente receberão a verdadeira doutrina a fim de criar pessoalmente o Buda Interior. Eles trabalham com seus Buddhadatu [a semente búdica]. Eu sei que eles próprios precisam criar seus Corpos Solares, mas se os assustarmos agora...”.

  Mestre Samael então disse-lhe: “não se preocupe, não direi nada. Eu somente queria saber se o senhor sabia disto.”

  Sim, eu sei.” – disse o Dalai lama.

  Bem, há muitos budistas verdadeiros, dedicados ao budismo, mas que não possuem o Corpo Mental Solar, muito embora estejam trabalhando para controlar suas mentes. Para sermos budistas verdadeiros precisamos possuir o Corpo Mental Solar e para isso precisamos conhecer Tantra. O tantrismo não é desconhecido ao budismo, porém a maioria dos monges são sexualmente abstinentes. Somente conseguem edificar os Corpos Solares aqueles que conhecem alquimia.

Buddha

  FIGURA 11.

  Buddha

  Quando a quarta serpente [relacionada com o quarto corpo] conseguiu a ascensão através do canal medular do espectro mental [que é o que temos: o Corpo Mental Lunar], então a Quarta Iniciação dos Mistérios Maiores é alcançada. A quarta serpente também alcança o espaço entre as sobrancelhas e desce para o coração.”

  No mundo da mente, Sanat Kumara sempre dá as boas vindas ao candidato, dizendo: “Você se libertou dos quatro corpos do pecado. Você é um Buda. Você entrou no mundo dos Deuses. Você é um Buda. Você é um Buda. Você é um Buda.”

  A festividade cósmica desta iniciação é grandiosa. O mundo inteiro, o universo inteiro estremece com alegria, dizendo: “um novo Buda nasceu.” A Mãe Divina Kundalini presenteia seu filho no templo, dizendo: “Este é meu filho amado. Ele é um novo Buda. Ele é um novo Buda. Ele é um novo Buda. Os grandes Mestres da Mente extraem de dentro do espectro mental a bela criança do Cristo-Mente.”

  Paulo de Tarso fala sobre o Cristo-Mente, dizendo: “Mas falamos a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória: Sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória.

  Mas como este escrito: nem olhos viram nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.

  Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus.

  Por que, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o seu próprio espírito que nele está? Assim também as coisas de Deus ninguém as conhece, senão o Espírito de Deus.

  Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e, sim, o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente.

  Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, conferindo coisas espirituais com espirituais.

  Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucuras; e não pode entendê-las porque elas se discernem espiritualmente.

  Porém, o homem espiritual julga todas as coisas, mas ele mesmo não é julgado por ninguém.

  Pois, quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente “de Cristo.” – 1 Coríntios 2:7-16

  “Nos temos a Mente de Cristo.” Quando lemos isto, entendemos que ele está falando sobre o Corpo Mental Solar.

  “Essa criança nasce na Quarta Iniciação dos Mistérios Maiores. Todo aquele que recebe a Quarta Iniciação dos Mistérios Maiores ganha o Nirvana. Nirvana é o Mundo dos Deuses Sagrados.”

  “Quando o Corpo Mental autêntico é nascido, nós nos imortalizamos no mundo de 12 leis [o mundo de Mercúrio ou da Mente].”

  Todo aquele que alcança a Quarta Iniciação recebe o Globo do Imperador da Mente. O signo da cruz cintila diante desse globo. A mente deve ser crucificada e estigmatizada na iniciação. O fogo universal cintila dentro do Mundo da Mente. “Cada uma das trinta e três Câmaras da Mente nos ensina terríveis verdades.” – Samael Aun Weor

  Uma daquelas terríveis verdades revelaremos agora: um daqueles tipos de pessoas que pertencem à Torre de Babel, a confusão de línguas, são chamados ateus. Não queremos identifica-los em quarto tipo, uma vez que eles negam a Divindade. Noutras palavras, um ateu é uma pessoa que não acredita; que nega seu verdadeiro Eu [o Self]. Esse tipo de pessoa pensa que Deus é algum ser que reside nas nuvens tal como pensam muitas pessoas ignorantes. Pensam que Deus é algum tirano antropomórfico, atirando raios contra este anti-montanha da humanidade.

  Aquele Deus não existe, nunca existiu e não existirá. Deus é coessencial com o Espaço Abstrato Absoluto; não precisa de forma, mas toma qualquer forma diante do místico que esteja meditando a fim de se comunicar com ele.

    Deus consegue se comunicar sem forma, através da mente daquele que tenha a Mente Solar. Porém, os ateus têm a mente fechada; eles fecham a porta para o Espírito. Qual Espírito? Seu próprio pessoal e individual Espírito. Daí que, um verdadeiro ateu é aquele divorciado do Ser Interior. Ele não Lhe abre as portas. Ele diz: “Deus não existe.” Deus não existe para ele ou ela, por que eles não conseguem vê-Lo pelos seus próprios cinco sentidos. Entretanto, conforme explicado na palestra anterior, se desenvolvermos todos os sentidos da coluna espinhal, então podemos experienciar e vê-Lo.

  Por que pensar que sou especial porque estive dentro do Ain Soph e falei com Deus e com meu próprio Íntimo?... Não. A razão é simples: sou um Alquimista prático. O que eu faço vocês também pode fazer. Daí atestarão o que lhes estou dizendo.

  Passei um tempo para desenvolver os sentidos interiores de minha espinha, que no induísmo são chamados os sete chakras, não para me mostrar ao mundo ou bisbilhotar a vida alheia, como magos negros fazem ao investigar outras pessoas a fim de fofocas ou para criticá-las publicamente. Esses poderes tenebrosos são do ego, não do Espírito. A razão para desenvolver os chakras é aprender como falar com Deus; experienciar forças superiores e não para mostrar-se pessoalmente.

  Amiúde, quando as pessoas vêm falar comigo, eu lhes digo coisas que elas acham estranhas; e me dou conta de que preciso morder minha língua, visto que aquelas pessoas estão limitadas aos cinco sentidos. Como posso explicar a tais pessoas algo que eu saiba a mim próprio, ser verdade? Então me perguntam: “Você acredita em Deus?” E respondo: “Não, eu não acredito em Deus,” por que esta crença está relacionada com a mente. E digo-lhes: “Eu sei que Deus existe.”

  Aquele que experiencia Deus não precisa acreditar. Unicamente pessoas que ignoram o que seja Deus acreditam ou não acreditam. Contudo (para reais objetivos a Deus) é necessário ter aquela crença, por que no início não detemos aquela faculdade do saber – do experienciar – porém, mais tarde, todas as crenças são postas de lado, substituídas pelo conhecimento experiencial, superior ao crer. Temos o seguinte ditado encabeçando nosso website: “Melhor a experiência do que a crença.”

  Vou contar-lhes um segredo. “Melhor a experiência do que a crença,” certo? Como vocês acham que se diz a palavra “experiência” em hebreu, na cabala? Chavah חוה, cujo significado é experienciar; Chavah חוה traduzida para o Inglês é Eva. Então, Eva é melhor do que acreditar. E quem, é Eva? Eva representa o órgão sexual; Adão representa o cérebro, o veículo físico da mente. Experienciar com nossa mente é melhor do que acreditar. É isto o que está escrito na Bíblia.

  E Adão [o cérebro] pôs em sua esposa o nome [Chavah חוה] Eva; por que [em qualquer sefira da Árvore da Vida] ela [a genitália, Yesod] é a mãe de toda vida.”

  Também, as pessoas leem aquilo e creem que houve um homem e uma mulher num belo jardim, que cometeram um erro, etc., etc. Há grande quantidade de simbolismos na Bíblia que temos de entender e compreender, especialmente quando desenvolvemos nossos sentidos internos e a medula espinhal. Se abrirmos as portas daquelas pessoas que não possuem os sentidos da compreensão do livro Alquímico do Gênesis, que interpretam coisas intelectualmente, elas passam a crer em coisas sem sentido.

  Vejamos o que o Mestre Samael diz, a respeito do Ain Soph: “O Omeyocan é também chamado Yoalli Ehecatl devido ao vento e as trevas. Ehecatl o Deus do movimento cósmico; o Deus do vento [o Ruach Elohim רוח אלהים.] Yoalli Ehecatl, o grande movimento cósmico do Omeyocan, é o lugar onde reina a autêntica felicidade do mundo: é a inexaustiva profunda alegria.”

 

Ehecatl Quetzalcoatl 02

    FIGURA 12.

    Ehecatl Quetzalcoatl 02

  Vemos aqui a escultura Nahua de Ehecatl. “Ehecatl interveio na ressurreição de Jesus Cristo. Ehecatl é conhecido, entre os astecas, como o Deus do vento. Ehecatl entrou na tumba de Jesus no terceiro dia e ordenou a voz alta: “Jesus, levanta de dentro de tua tumba, com o teu corpo.Então Ehecatl induziu atividade e movimento dentro do corpo de Jesus. Ehecatl é um belo Anjo e Espírito do Movimento. Os Senhores do Movimento regulam todas as atividades do movimento cósmico. Os Astecas adoram Ehecatl.”

  Ehecatl é um Anjo. Se trabalharmos para sair de nosso corpo e o invocarmos, ele virá e conversará conosco; ele é um grande Anjo. Não somente ele, mas muitos outros Anjos falarão conosco, se os invocarmos. Que são Anjos? São seres humanos perfeccionados; com Corpos Astral, Mental e Causal.

 “Há dias cósmicos e noites cósmicas”. Quando a Terra está num estado germinal; quando um determinado planeta é posto num estado germinal no seio de um espaço profundo, ele repousa; e enquanto forem dois são vistos como sendo um.

  Após certo período de atividade, o impulso elétrico, o ciclone elétrico provoca que os aspectos positivo e negativo entrem em atividade. Eis por que é dito que dentro do Omeyocan existe vento e trevas. Não queremos afirmar que existam trevas no sentido exato da palavra; é somente um modo alegórico de nos expressarmos.

Osiris

    FIGURA 13.

    Osiris

  Lembremo-nos dos Mistérios Egípcios, quando os sacerdotes se chegavam aos neófitos e sussurravam-lhes aos ouvidos: “Osiris é um Deus negro.” Ainda que Osiris não sejam trevas, o fato, a despeito disto, é que a luz do Espírito puro, a luz da grande Realidade são trevas para o intelecto. Eis por que se estabelece que no interior do Omeyocan haja somente trevas e vento, significando, o movimento cósmico. E eis onde a luz incriada emerge e onde o movimento universal, representado por Ehecatl está desenvolvido.” – Samael Aun Weor

  Veem como o símbolo de Osiris está sempre representando um Deus Negro? Em todos os murais ou hieróglifos do Egito, ele é sempre negro. Porém, ele não é negro; verdadeiramente, ele é somente negro para nós por que não podemos ver a luz ultravioleta.

  Temos falado, lá atrás, sobre o Corpo Astral e o Corpo Mental; entretanto, existirá outro corpo que teremos de criar, se quisermos mesmo entrar no reino do Paraíso: que é o corpo da Força de Vontade – o Corpo Causal. É aquele corpo da vestidura da Alma, chamado Tiphereth, que existirá em cada um de nós.

  Se investigarmos a Tiphereth, entre indivíduos desta humanidade, encontraremos sempre um bebê. A maioria das almas desta humanidade, em Tiphereth – com relação a alguém que estejamos investigando –revelará que todos têm um Corpo Causal. E somente aquele que haja desenvolvido o Corpo Causal é um ser humano completo em Tiphereth; antes disso, será somente um bebê. Porém, todos nós temos uma realidade em níveis de Tiphereth e essa realidade é aquela do bebê.

Causal body

   FIGURA 14.

   Corpo Causal

  Quando a força de vontade é libertada, então se mistura ou se funde com a força de vontade universal. Daí, como resultado disso, estando assim integrada, nossa força de vontade se torna soberana. Nossa pessoal força de vontade fundida com a força de vontade universal pode realizar todos os milagres de Moisés. Moisés representa o Corpo Causal, o Corpo de Tiphereth.”

  “Há três tipos de ações:

  Aquelas que correspondem à lei de acidentes.

  Aquelas que pertencem à lei da recorrência; ações sempre repetidas em cada existência [física].

  Ações que são intencionalmente determinadas pela consciente força de vontade.

  A Veste do Filho e aquela da Criança da Criança, que é o Corpo Causal Cristificado, reverbera magnificamente no Senhor.”

  O sétimo nível do ser humano pertence àqueles que construíram o Corpo Causal.” – Samael Aun Weor

  Noutras palavras: após o quarto tipo de indivíduo, sobre o qual estivemos falando – o homem equilibrado – vem o quinto tipo; aquele com o Corpo Astral. O sexto é aquele com o Corpo Mental Solar, o Buda. O sétimo, representado por Moisés é o Corpo Causal. Aqueles três tipos de seres humanos encontrados são os verdadeiros cristãos, os verdadeiros judeus, os verdadeiros muçulmanos, uma vez que estão equipados com os necessários veículos para entender o que seja Deus.

  Bem, dentre estes sete tipos há aqueles que se tornam mais desenvolvidos e entram nos níveis mais elevados de Ouranos. Por exemplo: nomes budistas daqueles níveis, como os Darmakayas, Nirmanakayas, Sambhogakayas; seres plenamente desenvolvidos no Senhor. Dentre eles, existem os seres que entram no coração do Pai e se tornam um com o Ain. O coração do Pai é o Ain; o coração da Mãe é o Ain Soph. Nós viemos do coração da Mãe, o Ain Soph, por que é tarefa dela criar todos aqueles de quem estamos falando aqui, e quando ela cria aquilo que chamamos o Auros [Horus], o Cristo dentro de nós; então voltamos ao seio do Pai, que é o Ain.

    Ain, em hebreu, significa “nada”. É nada porque é nada relacionado com qualquer coisa neste universo; é algo desconhecido. Há qualquer coisa ali, mas é nada relacionado com matéria; nada relacionado com energia.

  Os seres que habitam naquele nada são os chamados Paramarthasatyas, que são os verdadeiros cristãos, os verdadeiros judeus, os verdadeiros Adi Budas e podemos então chama-los os verdadeiros Ahura-Mazdas ou Zoroastras. Quando eles entram no seio do Pai, permanecem lá, onde, pouco a pouco, vão sendo exaltados com tamanho e incompreensível desenvolvimento para nós. Eles estão além de nossa compreensão. Esse é o mais elevado nível de cristãos.

 Foi isto que Jesus veio nos ensinar, por ele ser um Paramarthasatya, um morador do Ain. Ele ditou o Pistis Sophia para seus discípulos, a fim de que entendêssemos o caminho. Entretanto, os tão falados cristãos da Torre de Babel não sabem nada sobre isto. Pensam que vão entrar diretamente no seio do Pai, somente porque acreditam em Jesus... Mas se não têm o Jesus Cristo interior desenvolvido, não podem entrar nem mesmo nos níveis mais inferiores dos Reinos do Paraíso e permanecer recolhidos no seio do Pai. Pois, para tanto é necessário Alquimia, que não é assunto de crença. Podemos acreditar no que queiramos, mas não significa que aquilo se tornará uma realidade. É o que Jesus diz:

  “E de modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.” – João 3:14,15

  Ao criarmos o Corpo Causal um grande ser aparece a nos perguntar: “você está satisfeito com o seu desenvolvimento ou quer entrar num desenvolvimento maior?” Se assim perguntados, estejamos felizes com o nosso desenvolvimento, entramos então no Nirvana. Contudo, se não estivermos satisfeitos temos de seguir o Caminho Direto. Naquele caminho, precisaremos esgotar o nosso carma e sofrer muito, tendo de voltar ao mundo físico. Este é o caminho dos Nirmanakayas, Sambhogakayas e Darmakayas: o caminho para nos tornarmos um Paramarthasatya.

  Se decidirmos seguir aquele caminho – o Caminho Direto – eles respeitam aquela decisão – veem? Aquele é o caminho da Força de Vontade; então, o guardião nos mostrará o nosso futuro, segundo o nosso nível. Ele mostrará aquilo que receberemos durante a nossa vida – o nosso carma. Então, o iniciado retorna. Esse é o caminho do Senhor em níveis mais altos.

  Para entrar naquele caminho, precisamos ter Moisés dentro de nós, o Logos interior. Eis por que quando Jesus se transfigurou diante dos discípulos, Moisés estava num de seus lados e Elias noutro lado. A fim de receber aquela transfiguração temos de criar o nosso próprio particular e individual Moisés e termos dentro de nós o nosso próprio Elias. Então, podemos entrar. Eis o significado da transfiguração do Senhor.

Omeyocan

  FIGURA 15.

  Omeyocan

  Mestre Samael Aun Weor ressaltou:

  Antes da manifestação do Logos Solar, aquilo foi [Cristo-Luz], a Unidade Múltipla Perfeita, o redemoinho de quietude infinita no interior do Omeyocan. Na terra sagrada de Anahuac, o Logos Solar sempre foi chamado Quetzalcoatl. Indubitavelmente, Quetzalcoatl como Logos existe desde muito antes de qualquer manifestação cósmica.”

   “Omeyocan é o centro do universo que vibra intensamente e palpita dentro de redemoinhos recíprocos, onde o infinitamente grande explode em infinitamente pequeno, onde o grande encontra o pequeno e o macrocosmo encontra o microcosmo. Com o alvorecer de qualquer universo, o vortex elétrico faz com que todos os átomos palpitem na forma de um redemoinho no interior do Omeyocan, no centro do universo, no centro do útero, enquanto sejam dois.

  “No Omeyocan, o Tioque Nahuaque é a tempestade noturna com todas as possibilidades. Uma vez o movimento elétrico, o redemoinho elétrico, o vortex elétrico faça todos aqueles átomos girar dentro da matéria caótica, todas as possibilidades de vida universal, persistem.

  Obviamente, existem átomos que não possuem os quatro átomos sementes. Porém, aqueles que já tenham edificado tais átomos – como o Mestre de que falei naquela experiência já relatada – já são Deuses e sub-Deuses: os Elohim. Eles aparecem e auxiliam os estudantes, como um professor. Quando nos tornamos professores somos solicitados a ir às escolas para ensinar crianças; do mesmo modo com aqueles átomos que alcançaram a autorrealização – eles são solicitados a voltar e ensinar bebês; e assim eles fazem.

  Lembremo-nos de que quando dizemos bebês, estamos nos referindo a todos nós como bebês em nível de almas, a consciência. Alguns daqueles bebês são ateus; eles não escutam.

Isis

  FIGURA 16.

  Isis

  A Omeyocan é a Senhora da noite, a negra Tezcatlipoca [outra palavra Nahua] que, ao negar-se ao seu Self, explode em luz e faz nascer o universo que fecunda, e que Quetzalcoatl – o Logos Solar – manobra. Tezcatlipoca em seu aspecto feminino representa a luz e Deusa Mãe, que é precisamente [o Ain Soph] o útero do mundo.

  Eis por que é colocado que Tezcatlipoca explode em luz: a Mãe, que, verdadeiramente, foi fecundada pelo Logos, dilata como uma flor de lótus [em gravidez] e finalmente este universo nasce. É dito em Nahuatl que Quetzalcoatl então direciona e controla o universo que emergiu para a existência.

  Aquele Quetzalcoatl não é uma pessoa; é a união de toda aquela luz em diferentes níveis. Somos guiados por Quetzalcoatl. Se alguém não gostar daquele nome, pode chama-lo de Cristo. Se não gostar disso, pode chama-lo de Ahura-Mazda. Se estiver com a mente cientificamente focada, como estão as pessoas em tempos atuais, pode chama-lo de Luz Solar. Sem a Luz Solar não podemos viver.

  “O Logos, a Unidade Múltipla Perfeita é radical. Entretanto, ele se torna dividido em quarenta e nove fogos, a fim de trabalhar com este universo em crescimento. Porém, inquestionavelmente, aquele que dirige o universo é precisamente o Logos Quetzalcoatl [O Cristo]. É [a Luz-Cristo] a Consciência Cósmica governando, dirigindo aquele que é, foi e virá a ser...” – Samael Aun Weor

  Isto é verdadeiro para qualquer planeta em qualquer Sol do universo; não somente no planeta Terra. Terminemos repetindo a palavra deste grande Paramarthasatya, cujo nome é Aberamentho. Ele diz: Eu sou o Alfa e o Ômega. Seu nome, A-beramenth-o, começa com A, alfa, e termina com O, ômega.

Serpent of Brass

  FIGURA 17.

Serpente de Bronze

  De novo lhes falava Jesus, dizendo: Eu Sou [Bell] a Luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, pelo contrário, terá a luz da [Chaia Binah, o Espírito Santo] vida.” – João 8:12

  Os Setianos [os que seguiam Seth, o terceiro filho de Adão e Eva, em tempos de Lemúria] adoravam a Grande Luz. Diziam que aquelas emanações de luz da divina substância de [Bel] do Sol, formavam um ninho em nós e aquilo constituía a serpente.” – Krum Heller [Huracocha]

  Veem? A força solar forma um ninho. Sabem como chamam aquele ninho em hebreu? Caim. Então, Caim forma um ninho em nós, que é a serpente, a mesma força criativa. Se fornicarmos como aqueles animais, se nos comportarmos como um animal – falando sexualmente – seremos um escravo de Caim. Se controlarmos a nossa energia sexual, o nosso poder sexual, passamos a controlar Caim, a serpente. Então avançamos.

  Repitamos esta citação: “E do modo por que Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado, para que todo o que nele crê tenha a vida eterna. – João 3:14,15

  Eis que eu vos envio como ovelhas para o meio dos lobos; sede, portanto, prudentes como as serpentes e simples como as pombas.” – Mateus 10:16

  Concluindo; deixamos o reino da confusão, Babel, para seguir a Alquimia. É assim que entramos no Reino do Paraíso. Somente quando começamos a entrar no Reino do Paraíso, ali acordando, é que passaremos a entender onde realmente estivemos antes: entenderemos que estivemos no Inferno, fomos habitantes do Inferno; e atualmente não podemos negar isto.

PERGUNTAS E RESPOSTAS

  01. P. – Precisamos ter Corpos Solares a fim de obter experiências relacionadas a Deus?

  R. – Não. O que precisamos a fim de experienciarmos o que seja Deus é disciplina, meditação. Temos uma criança intimamente e aquela criança é o Buddhadatu. Podemos desenvolver o Buddhadatu pela aniquilação da luxúria, ódio, orgulho, vaidade, preguiça, gula, etc..., e todos demais defeitos de que somos portadores interiormente. Pela aniquilação deles, falando psicologicamente, através de técnicas que ensinamos, então desenvolveremos o Buddhadatu. Resulta que, na meditação, podemos experienciar essas coisas de que falamos aqui, com nossa consciência.

  Isto é o que os grandes meditadores, como Yogananda, disseram. Yogananda experienciou muitos daqueles Paraísos por que ele foi um iogue muito dedicado. Os iogues são aqueles que aprendem controlar a mente. Quando morreu ele não foi para o Paraíso; ele foi para o Limbo, mas com uma consciência muito desperta. Mestre Samael Aun Weor o encontrou no Limbo e disse-lhe: “você está aqui por que não é autorrealizado. Apesar de todo o seu desenvolvimento, de toda a experiência que teve você necessita criar o Corpo Astral, o Corpo Mental e o Corpo Causal, para poder entrar naquele Reino que você experienciou. Voce esteve lá no Reino do Paraíso, como um turista.”

  Podemos experienciar os Reinos do Paraíso como um turista, em Samadhi. Entretanto, se quisermos ser um habitante daqueles Reinos, necessitamos edificar os Corpos Astral, Mental e Causal. Necessário passar através da experiência da Ressurrrueição e adquirir o Corpo Imortal de Libertação; o Corpo Físico Solar. Então, ao morrermos fisicamente entramos no Reino. Entretanto, se não possuirmos esses corpos, não conseguiremos.

  02. P. – A quantidade de egos que aniquilamos corresponde a quão rápido edificamos nossos Corpos Solares? Quantos anos nos tomarão para edificarmos os Corpos Solares?

  R. – Bem, se aniquilarmos o nosso ego durante o processo de construção dos Corpos Solares, aqueles Corpos serão construídos mais rápido. Entretanto, não é necessário aniquilar o ego a fim de edificar os Corpos Solares. Eis por que quando edificamos os Corpos Solares e temos ainda ego, nos tornamos o que é chamado um centauro: metade homem, metade besta – um hasnamuss. Todos nós somos hasnamussen em diferentes níveis. Porém, o mais alto nível dos hasnamuss é aquele que tem Corpos: Astral, Mental e Causal, mas ainda com ego interiormente.

  Eis por que, ao entrarmos na senda e começarmos por aniquilar o ego, esse será o melhor curso de ação. Quando alcançarmos o nível de seres humanos –Tiphreth, o Corpo Causal – e tivermos sido diligentes com a aniquilação do ego, o caminho se tornará muito mais fácil. O problema está enquanto ainda tivermos o ego muito vivo e entrarmos no Caminho Direto; os Mestres do carma vêm e coletam o carma que possuímos. Torna-se, então, muito doloroso quando temos o ego vivo.

  Todos têm a tarefa de aniquilar o ego, quer tenhamos Corpos Solares ou não. A coisa está em que, enquanto não tivermos os Corpos Solares, a natureza cuidará de nós no Inferno. Lá, o ego será aniquilado e nos veremos novamente sendo um belo bebê ou, noutras palavras: um elemental, uma fada; uma alma inocente.

  Passaremos, então, novamente, através do reino mineral como um gnomo e através do reino vegetal, do reino animal e, finalmente, do reino animal intelectual. Ao alcançarmos de novo o nível de animal intelectual, nos será dada outra oportunidade para edificarmos Corpos Solares. Unicamente animais intelectuais têm a possibilidade de construir aqueles corpos – necessitamos do intelecto a fim de realizar aquilo. A razão para isso é que, sem o intelecto somos meramente um animal obediente ao instinto. Nosso instinto tem de se transformar em intuição, pois a intuição é o instinto perfeitamente desenvolvido.

   03. P. – Então, se não tivermos de matar todo o ego para construir os Corpos Solares, quais serão as provações que teremos diante de nós ao estarmos elevando a energia sexual atráves das vértebras, pela coluna espinhal?

  R. – Eu não disse que não eliminamos qualquer ego enquanto estivermos praticando Alquimia, a fim de edificar os Corpos Solares. Efetivamente, aniquilamos parte do ego enquanto edificamos os Corpos Solares. A cada iniciação, certa parte animal morre-nos e a parte humana nasce-nos. Entretanto, a totalidade do ego, em diferentes níveis, não precisa necessariamente ser eliminada para que venhamos novamente nascer.

  Conforme Mestre Samael Aun Weor afirmou no Magia Crística Azteca: “Nove iniciações dos Mistérios Menores e nove dos Mistérios Maiores existem. Não há iniciações sem a purificação. A cada nova iniciação algo morre dentro do ser humano [ver O Livro da Morte]. Devemos perder tudo para ganharmos outro tudo.”

  Daí que, se aniquilarmos com o nosso ego, antes de nascemos novamente – como no caso de Yogananda que está morto, em diferentes níveis – será fácil criar os Corpos Astral, Mental e Causal, uma vez que ele realizou muito do trabalho de aniquilação do ego, porém isso não é necessário.

  Este é o problema hoje em dia, relativamente ao ensino da doutrina. Mestre Samael disse que temos de ensinar a doutrina, de modo que as pessoas possam nascer de novo desde o nível mais básico até o nível do Corpo Astral. Ao criarmos o Corpo Astral evitamos, então, cair no Abismo e nos removermos do ciclo de 108 vidas. Isso não significa termos realizado; precisamos continuar fazendo o trabalho de aniquilação do ego: de estar construindo os outros átomos. Pelo menos, já seremos, a partir daí, imortais com o Corpo Astral e pertencendo ainda ao ciclo das 108 vidas.

  Bem, se pelo menos formos agora imortais com o Corpo Astral, teremos a oportunidade de continuar. Mas se ainda não possuirmos o Corpo Astral, continuaremos a pertencer àquele ciclo das 108 vidas; daí que, ao final daquele ciclo, as leis mecânicas da natureza nos jogarão para baixo, queiramos ou não, acreditemos ou não. Esta é a segunda morte.

  Assim, sob a edificação do Corpo Astral será um bom começo, uma vez que o Senhor Cristo – nosso Cristo individual – nos toma para o Pai. Entretanto, o caminho é muito longo e haverá sempre oportunidades para aqueles que se arrependem. Lembremo-nos de que há mais alegrias para um pecador arrependido no Paraíso do que, exatamente, para aquele que não necessita do arrependimento.

   04. P. – De onde veio o nome Aberamentho?

  R. – Aberamentho é um nome de propriedade de Mestre Jesus de Nazaré. Aquele é seu nome, como um Paramarthasatya. Ele possui aquele nome desde o começo dos tempos, quando ele foi formado no Ain Soph, há muitos dias cósmicos. Ele começou o seu trabalho exatamente como qualquer um de nós e em anteriores dias cósmicos tornou-se o mais alto iniciado da Época Solar. Eis por que ele é chamado O Cristo. Mas ele não é o único Paramarthasatya. Ele é, contudo, o único Paramarthasatya que conhecemos que abandonou a morada do Pai, a fim de vir aqui ajudar. Há, entretanto, mais Paramarthasatyas.

  Aberamentho é o principal da Loja Branca em atividade neste planeta Terra. Abaixo dele há muitos Mestres iluminados. Samael Aun Weor, nosso Mestre, o criador desta escola, é um deles que obedece ao comando de Mestre Jesus. Mestre Samael é um habitante do Ain Soph, porém Jesus é um habitante do Ain. Todos eles – todos os Mestres – se sacrificam por nós. Seu nome é Aberamentho, do mesmo modo como é o nome Mestre Samael Aun Weor. Todos nós temos um nome interno que está escrito no livro de Revelação, relacionado com a Igreja de Pérgamos e com a criação do Corpo Astral.

  Quem tem ouvidos, ouçao que o Espírito diz às Igrejas. Ao vencedor dar-lhe-ei do maná econdido, bem como lhe darei uma pedrinha branca e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe.” – Revelação 2:17

  Aquele é o nome de nossa Mônada; nosso Nome Secreto.

  “Nosso pai que está no Céu, santificado seja o seu nome.

  No Paraíso, Ouranos, temos um nome. “Temos que descobri-lo por nós mesmos.” Eu sei o nome que está em minha Estrela Interior. Todos nós temos um nome; por este nome somos reconhecidos internamente. Quando se aproximam de mim nos planos internos, eles não me chamam pelo nome de minha personalidade aqui. Meu verdadeiro nome..., conheço-o; é pronunciando aquele nome quando me abordam. Do mesmo modo, vocês virão receber seus nomes.

  A primeira vez que eu vi o meu Nome Interno foi através do espelho de Alquimia, nos planos internos. Eu tinha esquecido isso. Não é o nome com que somos batizados; esse é dado a nossa personalidade aqui; não aquele outro nome que está no Ain Soph. Aquele é nosso verdadeiro nome. Obviamente, quando nos manifestamos ele se desdobra em diferentes Reinos e finalmente adentramos nos domínios físicos. Somos, então, nascidos como um bebê e nossos pais nos dão qualquer outro nome que acham nos dar. Porém, aquele é meramente o nome de nossa personalidade e não o nosso nome. Nosso nome está dentro do nosso Espírito. Que o descubramos e nos alegremos.

  Então, Fiat Lux, a luz possa estar com todos vocês!

  Muito Obrigado!

POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO

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Sobre o autor - Instrutor Gnóstico

  Os instrutores que desenvolvem as palestras e os cursos são voluntários com larga variedade de conhecimentos. Cada um deles têm anos de experiência, ensinando e trabalhando com práticas e exercícios que despertam a consciência. Uma vez que os objetivos do dharma, yoga ou gnose sejam seguir o Ser Interior, focar na divindade e não em personalidades terrestres, as palestras permanecem anônimas e não se difundem seus nomes, rostos ou informações pessoais. Eles não possuem títulos ou identidades espirituais; não aceitam seguidores e vivem suas vidas anonimamente, como qualquer outra pessoa na sociedade.

Fonte:https://glorian.org/learn/courses-and-lectures/defense-for-spiritual-warfare/king-of-kings

Ver Região de Barbelo [1] - https://arcadeouro.blogspot.com/2023/06/a-regiao-de-barbelo.html

Tradução Inglês / Português: Rayom Ra

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