quinta-feira, 30 de abril de 2009

O Espiritismo Cardecista Parou no Tempo?

Quando Hippolyte Léon Denizard Rivail em 18 de abril de 1857 lançou em Paris a primeira edição de O Livro dos Espíritos, já com o pseudônimo de Allan Kardec, nascia um movimento de estudos espíritas que logo obteria milhares de simpatizantes, transformando-se em culto e hoje chamado Religião Espírita.

Pela mão do formidável médium Francisco Cândido Xavier, mineiro de Pedro Leopoldo, o movimento espírita teria um desenvolvimento espantoso começado a partir da década de 30, com Parnaso do Além Túmulo, seguida por outras 411 obras com mais de 20 milhões de tiragens em todo o mundo.

Chico Xavier proclamou sempre os ensinamentos de Jesus em suas palestras e entrevistas, e as lições contidas nas obras ditadas pelos espíritos até hoje inspiram a seguidores, motivando o crescimento do espiritismo fundado por Allan Kardec. Essa breve história todo o espírita que se preze deve conhecer.

Na prática, o espiritismo cardecista basicamente promove reuniões de estudos, palestras, sessões de desenvolvimento da mediunidade, aplicações de passes magnéticos, trabalhos de desobsessões, operações médicos-espirituais, além de estimular a uma série de procedimentos assistênciais e filantrópicos de todas as ordens.

O espiritismo veio se transformar realmente numa macro-célula assistencial infiltrada em todas as camadas da sociedade, trazendo em seu bojo sempre a mensagem intrínseca do bom samaritano e a imagem do Consolador prometido por Cristo, citado numa de suas parábolas aos apóstolos.

O espiritismo não possui um credo na acepção formal do termo, mas possui uma doutrina que foi montada, principalmente, a partir das respostas elencadas no Livro dos Espíritos coadjuvadas pelas interpretações mais elásticas retiradas de o Evangelho Segundo o Espiritismo, do mesmo autor Allan Kardec. É nesse ponto que muitos estudiosos de outras correntes da espiritualidade e segmentos das hostes espíritas divergem do estabelecido.

Outro dia ouvia um palestrante do espiritismo cardecista que respondia a perguntas em conhecida rádio aqui no Rio de Janeiro. Logo nas suas primeiras palavras disse ele às centenas de ouvintes: “meus irmãos, o mundo divide-se em dois tempos, um antes de Kardec e outro após Kardec”. Quase me belisquei para sentir se estava mesmo acordado ou algum espírito brincalhão me falava ao ouvido insinuando falsas premissas.

Noutra oportunidade, outro palestrante que na mesma rádio detinha um horário em que divulgava a doutrina e as atividades de seu centro espírita, respondendo a um ouvinte que lhe perguntara se os pretos-velhos eram almas atrasadas, saiu-se com essa: “são atrasados sim, inclusive usam o espiritismo de Kardec para fazer os seus marketings sobre a reencarnação”. Não entendi nada, mas admiti que ele se responsabilizasse pela divulgação dessa versão sobre os pretos-velhos de Umbanda, ao tornar público seu pensamento.

O espiritismo cardecista é, maiormente, freqüentado por pessoas de ótimos níveis da educação que nossa sociedade consegue produzir. No entanto, a doutrina é repetitiva, seguidora quase que literalmente das palavras dos espíritos, com pouca imaginação e absolutamente conservadora. Em qualquer programa de rádio, ou noutro veículo de comunicação, a tônica é invariavelmente sobre caridade, reencarnação, carmas devedores e adoção de órfãos.

Acabo de ler de um artigo bem escrito por um blogueiro espírita onde ele reclama com veemência ter observado em revistas especializadas do espiritismo reportagens sobre Quimbanda, Umbanda e outras crenças que absolutamente nada têm a ver com o espiritismo, como se espiritismo fosse coisa geral, quando não é. Segundo ainda ele, com certa dose de irritação, o espiritismo é unicamente a doutrina cardecista. Bem, eu já não penso assim. Acho que o termo espiritismo, originado da palavra spirito não é propriedade do cardecismo. Foi aproveitado do latim por Kardec, sendo vocábulo muito antigo emergente de designações de entes sem corpos físicos ligados ao psiquismo ou às atividades espirituais mediúnicas, principalmente de crenças primitivas.

Nesse particular, há também uma velha diferença sobre a relevância semântica entre espiritismo e espiritualismo, de um grau filosófico mais elevado, quando a escola francesa de Kardec advoga para si o epíteto correto de espiritismo (spiritism), enquanto a escola espiritista da América do Norte e Inglaterra fundada pelas irmãs Fox, seguidora das doutrinas de Rochester, denomina-se praticante do espiritualismo.

A visão uniforme e ortodoxa de uma só doutrina conduz realmente a hierarquização de seguidos erros que se transformam em princípios do adverso a que julgam dever desprezá-los sem outras considerações, e a eles abjurar definitivamente. Enquanto outras escolas abrem seus leques para as modernas visões da espiritualidade, e as novas correntes do esoterismo e do ocultismo conjugam seus conhecimentos às muitas e reconhecidas descobertas das ciências, ou adaptam práticas mentais da milenar sabedoria inciática para a realidade de uma nova era, sentimos o tempo recuar nos estereótipos cardecistas, apesar de o espiritismo não ser uma religião das massas.

Não obstante, o espiritismo continua vivo e atuante, avançando para mais de 30 países, deixando entrever que os novos seguidores não estão nem um pouco preocupados com as características conservadoras reveladas em suas práticas. A despeito de o cardecismo cobrar muito das religiões as modernizações de suas bases doutrinárias, segundo, principalmente, a introdução dos conceitos da reencarnação, as bases espíritas permanecem nos intocados evangelhos do novo testamento. Mas para esotéricos e estudiosos das ciências ocultas, as coisas não são todas exatamente como dizem e interpretam os espíritas ao falar dos ensinamentos do iniciado Yoshua Ben Pandira, ou Jesus de Nazaré! Há para eles outra história sedimentada por simbolismos sobre simbolismos, como uma espiral em ascenso, o que permite aos estudiosos deter visões sempre novas de patamares superiores da sabedoria dos evangelhos.

Rayom Ra

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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Nossas Vidas Atômicas - II

As ciências empreendem esforços intensos e milhares de horas ao ano para a decifração do aspecto matéria. Os átomos das ciências, embora cada vez mais subdivididos e enriquecidos os seus núcleos por bombardeamentos de raios e partículas, demonstraram que podem desencadear efeitos terrivelmente letais, irreversíveis ao homem e à natureza. Vide a bomba atômica, a de hidrogênio, bomba de nêutrons e armas eletrônicas das mais variadas espécies.

A tendência das pesquisas sobre átomos e o conhecimento cada vez maior dos códigos dos genes do DNA, encaminham o homem para o domínio parcial da matéria, mas a que preço? Apesar dos benefícios que o conhecimento atômico nos trouxe é grande o perigo que paira sobre a humanidade uma vez que o homem não conseguiu ainda domar sua natureza instintivo-animal, em qualquer grau da intelectualidade que se encontre.

Os átomos são a vida, a natureza, o sistema solar. O sol é um macro átomo e o desenho de os elétrons girando e descrevendo órbitas em torno do núcleo é a mesma analogia dos trânsitos de planetas em torno do sol. Tudo na natureza se repete a demonstrar que os protótipos são afinal analógicos, ordenados grupalmente ou coordenados no sentido de interagir sob leis regentes mecânicas, porém com efeitos e resultados elásticos. Mas se o homem afasta em demasia os elementos de seus princípios naturais por algum artificialismo fora do ritmo lógico e sensato, a elasticidade da causa se distende ao máximo, e seus efeitos, por caminhos diversos, tendem a se retesar e procurar de novo o andamento original. E tanto mais se tente artificializar, mais a natureza demonstrará quais são os caminhos naturais a retomar.

Os átomos físicos respondem aos impulsos das leis físicas, do ritmo normal e evolucionário com que o Logos ou Deus impregnou a toda a criação. Existe nesses átomos uma aura energética, que são suas emanações expandindo-se ao ritmo de seus movimentos rotatórios que produzem o calor interno, e de certa maneira o magnetismo. Os átomos se chocam, se agrupam, realizam trocas, se atraem e se repelem sob as ações das forças centrífugas e centrípetas externas. Sob a ação de altas temperaturas se desassociam, perdem características básicas e se reúnem para formar outros elementos conhecidos, como no caso do hidrogênio passando a hélio e o hélio passando a carbono. Agregados, eles constituem campos vibratórios e podem ir formando reações encadeadas.

Os átomos que compõem a matéria de nossos corpos espirituais agem de outra maneira, mas produzem nos campos vibratórios a que se acham agregados, reações típicas em vários aspectos, relacionadas ou não com o mundo físico concreto. Uma consciência não estando encarnada na Terra trará uma curva nas expansões e reações de seus átomos que se fechará na aura do último corpo com que esteja se manifestando. Ou seja, se o corpo astral de uma consciência é o último corpo em atividade de cima para baixo, ela terá o trabalho de ancoragem da aura energética no plano astral. E por que estou dizendo isso? Porque desejo demonstrar mais adiante como o comportamento de um homem pode ser mudado invisivelmente pela ação de outra consciência que não possua corpo físico.

Para que esse tema seja aceito é necessário que se admita a vida nos mundos internos e se acredite de fato na existência desses mundos internos. O cético ao dizer que as ciências não aceitam essas crendices, perde a ótima oportunidade de ficar calado. As próprias ciências, num beco sem saída desde o avanço das pesquisas quânticas relacionadas com a natureza e potencialidades dos átomos, afirmam não poder ir adiante sem admitir um Ponto Central de onde emana toda a manifestação da energia vida-matéria. Se desejarem, as ciências podem chamá-lo de Princípio Único, Fonte Universal, Moto Perpétuo, Moto Contínuo, Princípio Racional, Super Mente ou qualquer coisa do gênero. As conclusões desse setor mais avançado dos paradigmas e teologismos científicos, vieram ao reconhecimento pelo fato de as investigações da matéria jamais chegar a um termo final, avançando sempre para o indefinível, demonstrando que o desenho do átomo e as circunvoluções dos elétrons em torno do núcleo são somente possibilidades concebíveis através de rastros ou ondas de energias, não sendo percepções definitivamente concretas.

O reconhecimento de outros níveis mais além das conhecidas estruturas do átomo, trouxe novos enigmas na medida em que a mecânica quântica constatou que os elétrons registram suas presenças como energia muito mais volátil do que antes entendido. Seus rastros suspeitados desaparecem sem que se saiba como, transformando-se ora num tipo de partícula, ora perdendo essa forma aparentemente estável, vindo surgir novos padrões energéticos num mundo subatômico ultramicroscópico, visto também alterar-se o dinamismo das relações entre os elementos do núcleo e dos elétrons.

Acredito que com o avanço das pesquisas no campo da física quântica melhor se entenderá que não há um mundo subatômico como atualmente entendido, em níveis abaixo do átomo. A grosso modo, a idéia de algo debaixo do tapete que somente pode ser constatado ao levantá-lo, dará lugar a idéia de que é acima ainda do teto que as coisas se originam, descem e formam o chão, obviamente não estando contidas e nem condicionadas ao tapete das conjeturas. Somente existirá um mundo subatômico ao se admitir o átomo como uma realidade tecida e associada a uma realidade última concreta e estável, e tudo o que esteja acima represente os dogmas científicos da materialidade. Acredito também que com o tempo virá a comprovação de que o aparente abaixo, escapando ao aprisionamento da metodologia científica, seja somente um subcomando de um arquétipo acima, - maior e principal de padrões móveis, - cuja incumbência é prover qualidades à matéria segundo pré-ordenação superior.

Se as ciências não procurarem avançar na investigação da alma como algo altamente energético circunscrito a uma dimensão perfeitamente inserida numa visão relativista do “quantismo”, terá seu caminho investigativo mais longo. Pois mesmo essa forma de vida em dimensão superior, com padrões energéticos não mensuráveis pela acuidade dos atuais métodos científicos, ainda assim está contida num processo evolucionário de vida finita, sujeita a transformações sob um conjunto de forças e fatores circunstanciais que a cercam e a aprisionam a um mundo de constantes movimentos e intrarrelações.

Na parte III deste pequeno programa entrarei em considerações acerca das influências de um mundo atômico oculto que atrela o homem a escravidão dos sentidos ou o conduz a liberdade.

Rayom Ra

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Ramatís, Apocalipse e Aquecimento Global

Uma das causas do chamado aquecimento global pode estar relacionada com a aproximação de um planeta que vem tangenciar a órbita da Terra. Esse planeta que não pertencente ao nosso sistema solar, descreve um movimento orbital de tal magnitude que somente se aproxima da Terra a cada 6.666 anos. É conhecido por Planeta X, Planeta Chupão, Planeta Higienizador, Planeta Hercólubus, Astro Intruso, Marduck e por outros nomes. Os astrônomos americanos detectaram tal planeta e o chamam Nêmesis, e seria 3 a 4 vezes maior do que Júpiter.

Em 1956 o comunicador espiritual Ramatís por meio de seu transmissor Hercílio Maes, destacou detalhadamente a presença desse planeta através da Obra: Mensagens do Astral. Na oportunidade não se falava sobre o assunto, pois era quase completamente desconhecido. Eis um trecho de suas comunicações:
“A composição do magnetismo etéreo-astral desse planeta, em comparação com o mesmo campo de forças da Terra, é indescritível efervescência de assombroso potencial energético, e ultrapassa, então, de 3200 vezes o mesmo conjunto terráqueo.”

Ramatís, na data inicial do lançamento dessa obra, ou seja, 1956, já falava do aquecimento global e das falsas explicações que os homens de ciências dariam a respeito; diria da fome que se alastraria pelo planeta, da escassez da água que ocorreria, de uma crise na economia mundial, das guerras, mortandades e loucuras que excederiam ao controle psicológico das massas e de todas as camadas sociais. O Astro Intruso, conforme predito, vem causando influências sobre a Terra, provocando a gradativa verticalização do eixo planetário, cuja posição em relação à eclíptica é ou foi um adernamento de 23 graus e 27’. Com isso, tanto a posição da Lua como a incidência dos raios solares passam também a produzir em muitas regiões novos fenômenos e maior calor.

Ramatís, na obra citada, tece ainda detidamente alguns comentários acerca de Michel de Nostradamus, nascido na França no século XVI, que seria a reencarnação do profeta Isaias. Ramatís comprova a exatidão de algumas das previsões de Nostradamus e dá especial ênfase a uma dramática hecatombe mundial, em sucessivos e encadeados acontecimentos, previstos de iniciar-se a partir de 1999, o que não se comprovou. Essa não materialização da mega hecatombe serve hoje de subsídio aos céticos para tentar desmoralizar todas as comunicações de Ramatís, ao esoterismo e ao espiritualismo em geral. No entanto estamos tranqüilos, pois Ramatís afirmara em diversas ocasiões que a Engenharia Sideral também trabalha com possibilidades latentes ou imediatas e os planos podem ser adiados ou sofrer mudanças em cima das previsões, em qualquer magnitude.

Outras correntes, no entanto, continuam a afirmar sobre a hecatombe, talvez acontecendo em 2012. Relacionado a tudo isso, lembramo-nos que há algum tempo, os Mestres Ascensionados divulgaram mensagem afirmando que Diretores e Veladores dos destinos da humanidade e de nosso planeta tinham decidido consumir cinqüenta por cento das energias negativas da Terra, o que permitiria à vida planetária ter melhor qualidade e expectativa de dias melhores. Isso demonstrou que o carma humano pode também sofrer injunções do espaço no processo evolutivo, conforme Ramatís sempre se pronunciou.
Vejamos outro trecho do mestre a respeito dos acontecimentos na Terra:

“Com a elevação gradativa do eixo terráqueo, os atuais pólos deverão ficar completamente libertos dos gelos e até o ano 2000, aquelas regiões estarão recebendo satisfatoriamente o calor solar. O degelo já principiou; vós é que não o tendes notado. Se prestardes atenção a certos acontecimentos comprovados pela vossa ciência, vereis que ela já assinala o fato de os pólos se estarem degelando.
Em breve, colossais “icebergs” serão encontrados cada vez mais distantes de suas zonas limítrofes, os animais das regiões polares, pressentindo o aquecimento procurarão zonas mais afins aos seus tipos polares, enquanto peixes, crustáceos, aves e outros animais acostumados aos ambientes tropicais farão o seu deslocamento em direção aos atuais pólos, guiados pelo “faro” oculto de que eles serão futuras zonas temperadas.”

Outro fator contributivo ao extraordinário aquecimento global, co-responsável pela desordem atmosférica, seria também, segundo esotéricos estudiosos do fenômeno, o deslocamento do sistema solar para uma zona chamada de Cinturão de Fótons. Trata-se de uma precessão de nosso sistema solar que após 25.920 anos novamente se aproxima da grande zona magnética desse cinturão na constelação de Plêiades, em cujo interior a estrela central é Alcyon (Alcione), - o Sol Central, - muitas vezes maior do que o nosso sol.

Devido a essa aproximação gradual e inevitável que segundo as previsões do calendário Maia, se consumará definitivamente em 2012, o planeta Terra já começa sofrer impactos, movendo-se além de seus habituais movimentos de rotação e transladação, produzindo com isso alterações em seus campos eletro-magnéticos. Esses fatos estariam ajudando a intensificar a série de distúrbios que vêm acontecendo com a verticalização do eixo da Terra, tais como terremotos, erupções vulcânicas, maremotos, vendavais, aquecimentos tórridos, invernos super rigorosos, etc. As decorrências físicas e outras mais, também alteram o equilíbrio mental e emocional da humanidade, que, como Ramatís se pronunciara, enlouquece em determinados momentos.

Sob o ponto de vista das horas, dias, meses e anos, na medida em que o sistema solar avança em direção de Alcyon, estamos experimentando aquela sensação de o tempo estar passando mais depressa do que antes, pois foram descobertos cientificamente os motivos de tais sensações pelo pesquisador alemão Schumann, no seu trabalho chamado “Ressonância Schumann”

Finalmente, não devemos descartar que os problemas da poluição planetária decorrentes dos diversos fatores da vida moderna e devido à superpopulação mundial, sejam também contributivos para o efeito estufa. No entanto, representam somente parcelas, nada que não se possa resolver, e não um resultado final como os céticos e teóricos redundantes nos querem passar.

Rayom Ra

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domingo, 26 de abril de 2009

Nossas Vidas Atômicas - I

Já há algum tempo que não se define mais o átomo, pura e simplesmente, como sendo a menor partícula da matéria. Com o avanço das pesquisas surgiram definições mais aprofundadas comprovando a existência de partículas ainda menores no próprio átomo em níveis subatômicos. Algumas partículas subatômicas são denominadas férmions, bósons, hádrons, léptons e quarks, e diante de novas descobertas também se incluem neste rol as partículas chamadas de antimatérias do domínio das pesquisas quânticas.

As pesquisas mostravam que os quarks seriam as menores partículas de matéria. Os quarks são encontrados dentro dos prótons, que já são partículas mínimas localizadas no núcleo de um átomo. Entretanto, já nos surgem notícias de resultados em recentes experiências dando conta de que, após bombardeamentos, foram encontradas novas partículas que hipoteticamente seriam fragmentárias de quarks. Portanto, os quarks podem subdividir-se em partículas ainda menores. É notório que a idéia de grupamentos de átomos constituindo a matéria como antes entendida, vai escapando das definições acadêmicas rígidas e didáticas e avançando para a observação de que se deve construir outro edifício com melhores conceituações, pois a matéria é agora vista como um produto muito mais dinâmico e volátil. Mais que isso: é necessário às ciências, nos parâmetros da metafísica científica, dar oficialmente à matéria status mais honroso e elevado, conduzindo-a para um patamar mais audacioso, em que o processo de materializar e desmaterializar, há bilhões de anos começado com o big-bang, após o enigmático “nada”, seja visto não pelo acaso de uma explosão.

As suspeitas da existência das dimensões quânticas devem servir como partida para realmente demonstrar que a energia preenche não somente o universo visível como aos invisíveis, formando tipos diferentes de concentrações ordenados sob determinadas condições para vir justamente compor dimensões intrarrelacionadas, elaboradas muitíssimo antes de a matéria do sistema solar vir à existência. E isso não pode ser acidental e nem ocasional como teimam em afirmar os cientistas céticos de plantão, quando assim definem infantilmente a origem da matéria. O que hoje metodologicamente os homens de ciências suspeitam ou comprovam, os místicos de antanho sempre afirmaram e continuam modernamente a afirmar, corroborados cada vez mais pelas correções dos postulados oficiais, que os pesquisadores são obrigados a fazer diante de novas e inegáveis descobertas de impacto.

Uma teoria científica da formação do universo, - como sempre voltada unicamente para a matéria, - diz que o universo foi criado de fora para dentro, que a concepção de um espaço vazio dando origem ao Big Bang é errada, pois o espaço já era preenchido pela matéria que começou a se expandir. Reafirma também, essa mesma teoria, a perspectiva acadêmica antiga de que o espaço é curvo e se você viajar em linha reta pelo cosmos acabará chegando ao mesmo ponto de onde partiu. Semana passada li a afirmação de outro cientista dizendo que o universo é reto como uma tábua. Nota-se que, se de um lado há avanços nas experiências laboratoriais, por outro lado as filosofias e elucubrações científicas parecem voltar às débâcles do século XVI, ou menos. Há cientistas, cujas concepções pessoais não são nenhum pouco diferentes dos místicos desequilibrados e devotos de arrebatamentos extremos, pois erram com seus positivismos e racionalidade cética tanto quanto saem a imaginar romanticamente.

Bem, se o espaço antes já possuía um tipo de matéria, quem a colocou ali, ou como se teria formado? De onde ela viria, pois não haveria um princípio, como tudo na vida? Nesse particular, os esotéricos dão novos banhos de maneira direta nas hipóteses científicas, naturalmente sem os formulismos ou equações rocambolescos tão característicos dos homens cerebrais. Havia, sim, um tipo de matéria antes de o Deus de nosso sistema solar iniciar sua construção, mas caótica, não ordenada nem frutuosa, que se situava bem acima da imaginação científica, sendo sutilíssima, inimaginável, que deu formação à todas as dimensões superiores que as concepções de supercordas quânticas somente arranham em suspeitas, e que, por último, deu formação ao universo material. E aqui reside a diferença entre a teoria do Big Bang criando somente a matéria concreta, e a esotérica da matéria-raiz pré-existente que preenche a todas as dimensões do sistema solar.

Mas nosso assunto são átomos, e sabem os ocultistas e esotéricos que todos os corpos das manifestações-vida de nossas individualidades são constituídos de um mundo atômico insuspeitado pelas mais avançadas teorias das ciências, ou jamais detectados pela processualidade de suas metodologias. E nem desconfiam ainda os homens de ciências que de tempos em tempos os impulsos do Logos (ou Deus Criador do sistema solar), ainda não exauriram os seus recursos de criação e vêm formando novos elementos químicos, que são elencados e comemorados pelos investigadores como descobertas recente que sempre tinham existido. Também ignoram que há os átomos químicos já conhecidos, e os ocultos e desconhecidos com estruturas completamente diferentes de tudo quanto as ciências já coligiram.

Mais adiante, darei continuidade a esse assunto ao abordar a ação dos átomos sobre a vida humana, do ponto de vista oculto e esotérico.

Rayom Ra

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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sabedoria de Umbanda - I

Vou retomar o tema agora em partes. Começo pelo significado de Umbanda. Não há um consenso sobre o que o vocábulo Umbanda verdadeiramente hoje significa ou significou no passado. Nem se sabe com toda a certeza quando pela primeira vez essa palavra foi pronunciada no Brasil; se por revelação de espíritos, já com roupagens de guias em um congá do século XX, ou vibrara antes, em meio aos cânticos e batuques primitivos dos rituais negreiros, numa desprezada senzala de estuque de barro e alto telhado de um engenho, ou na fazenda de um senhor do café. Assim, irei buscar definir naquilo que se suspeita seja a verdade.

1. Umbanda – Banda Um – Lado Uno das correntes de forças positivas ou magia branca. Esta definição se contrapõe com Kiumbanda, Kimbanda, Kibanda ou Quibanda. Kim, no nagô, é o diabo, o mal, a prática da magia negra; daí nos cultos nagô e ioruba, aparecer kiumba, espírito elemental do mal, muitos deles habitando as profundezas da Terra, possuindo corpos quase materiais.

A Kiumbanda, não significa unicamente magia negra, mas o lado negativo de Umbanda, onde há de existir a dualidade positivo-negativo para o equilíbrio das forças e a utilização dessa mesma polaridade para o desmanche das magias negras. Similia Similibus Curantur – daí, ou talvez por outras e adicionais razões, também a Kiumbanda seja chamada pelos africanos de “feiticeiros da cura” e “grandes feiticeiros”. Há pais e mães-de-santo que ao início das giras (sessões de trabalhos de Umbanda), fazem muito bem em saudar: “Salve a Umbanda e Salve a Kimbanda!”

2. Aumbanda, Ombanda, Umbanda. Parece ser aglutinação proposital de dois termos para resultar numa só idéia ou significado coincidente. AUM em sânscrito é a grafia do mantra OM, que segundo H.P. Blavatski: “é uma sílaba mística, a mais sagrada de todas as palavras da Índia. É uma invocação, uma benção, uma afirmação e uma premissa tão sagrada que era verdadeiramente a palavra em voz baixa da maçonaria oculta primitiva”.

Com relação à Banda, diz H.P.B.: “Bandha, do sânscrito: laço, vínculo, ligadura, escravidão, a vida na Terra. Dita palavra, deriva da mesma raiz que Baddha”. “Baddha: ligado, condicionado, como está todo mortal que não se acha livre por meio do Nirvana (a liberação final)”.

3. Umbanda. Segundo Aluizio Fontenele em “A Umbanda Através dos Séculos”, Umbanda deriva do idioma Palli, “a primeira língua falada no Oriente Médio e que suas mais remotas indicações são comprovadas através de qualquer tratado sobre a história da Índia, Egito e África”. A palavra banda já seria citada no Gênesis de Moisés I.8, onde é dito: “E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, na banda do oriente, e pôs ali o homem que tinha formado”.

Esse mesmo autor nos traz o fantástico subsídio com o seguinte trecho: “A Umbanda nasceu com os séculos para maior aproximação do homem com seu Criador. A Umbanda nasceu com o homem, e o acompanha através de sua existência material e espiritual desde que o mundo é mundo. Pelas próprias palavras do Pai Onipotente: TURIM-EVEI, TUMIM-UMBANDA, DARMOS, ditas pela boca de Seus ministros, temos a certeza absoluta de que uma nova ordem baixará na Terra, ou seja: “BAIXOU SOBRE A FACE DA TERRA, A LUZ DE UMBANDA”.

Também como nas interpretações anteriores o autor ressalta a síntese positivo-negativo, porém implícita no próprio significado do termo Umbanda, como a representar a idéia do equilíbrio:
Um = Uno = Deus = Infinito = Força do Bem = Pólo Positivo = Éden.
Banda = Divisão = Lado Oposto = Força do Mal = Pólo Negativo = Reino de Exu.

Conforme se nota, há muita coerência no que pretende significar o vocábulo Umbanda, vindo de todas as formas identificar uma revelação divina milenar. Se Banda já era pronunciada pelos africanos antes de Moisés, como dito no idioma Gêge: Ambequerê Ki-banda, “grandes feiticeiros”, seria, possivelmente, resquícios de um dialeto atlante, de cujo continente da Atlântida os cultos africanos se originaram.

Embora a Umbanda seja vista por uma roupagem simples, caracterizada por personalidades representando raças, grupamentos étnicos e culturas populares, não é só o que propositalmente deixa transparecer. Toda e qualquer atividade de magia branca inserida em qualquer sistema reconhecidamente milenar, como por exemplo, a cabala egípcia ou a hebraica, ou de movimentos aparentemente atuais de muitas organizações, incluindo a Umbanda ou o Candomblé, e outros cultos africanos do bem em seus exemplos e atividades, estão esses subordinados ao comando de uma hierarquia que se instalou na Terra há milhões de anos. O grande senhor fundador dessa hierarquia planetária, conhecido por Sanat Kumara, veio de Vênus com seus sete principais ministros e uma plêiade de trabalhadores graduados.

Sanat Kumara, ao longo de seu trabalho em nosso planeta veio a ter algumas encarnações junto às raças para melhor apurá-las e determinar-lhes os rumos certos da evolução. Uma de suas encarnações de que se têm notícias foi de ter sido Melquisedek, o rei da Salém, com quem o grande iniciado Abraão se entrevistou e dele obteve ordens e instruções, e possivelmente recebeu de suas mãos um dos livros mais antigos do mundo, o Sepher Yetzirah, a fim de que realizasse um grande trabalho, o que efetivamente realizou.

Há vários graus e ordens nos escalões da magia, administrados e preservados por essa hierarquia regente. Desse modo, a Umbanda estando nela inserida e estando ancorada popularmente na Terra, é um Portal para mestres e magos nela atuar. E assim eles fazem, motivo pelo qual a Umbanda tem avançado em graduações na Terra quando ocultistas fundam organizações a ela ligadas de cunhos iniciáticos. Mas não podem se afastar do escopo principal na Terra de que a Umbanda está imbuída e para o que foi materializada, ou seja, a caridade. Caso uma organização se diga de Umbanda esotérica, iniciática ou científica e não cumpra com os preceitos do serviço desinteressado e caridade, é falsa, não sendo Umbanda e nem tendo a assistência das falanges do Alto.

Rayom Ra

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Amenidades

Dalai

- Mestre, o que mais te impressiona? perguntou o discípulo.
 Respondeu prontamente o Dalai Lama:
- Os seres humanos. Porque perdem a saúde para ganhar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por se concentrarem demasiadamente no futuro, não vivem nem o presente nem o futuro, e vivem como se nunca fossem morrer, e morrem como se nunca tivessem vivido.

Conjuradores de Chuvas

Uma rede de televisão resolveu lançar um desafio sensacional: daria um milhão de reais a quem fizesse chover.

Selecionados os candidatos, partiram para um lugar do interior onde sabidamente as chuvas não eram freqüentes. Subiram pequena elevação e lá se instalaram. Um matuto, que do portão de sua velha casa os vira ali acampar, pitava seus cigarros de palha, olhando-os com intensa curiosidade.

Os da televisão foram logo puxando cabos do gerador de forças de um grande carro e se espalharam com monitor de TV, câmera, painel de luzes e outros apetrechos. O apresentador de paletó e gravata, maquiado e com cabelos propositalmente eriçados, começou a gravar a abertura do inédito desafio. O câmera-man, em seguida, realizava tomadas dos arredores e para dar provas aos telespectadores de que não haveria truques, girou a câmera para cima, abrindo-a para o céu, captando imagens de esparsas nuvens não indicativas de chuvas.

Os primeiros foram dois cientistas que instalaram seus equipamentos e projetaram ao espaço fortíssimos chiados e raios de energia de um tipo estranho de engenhoca. Mandaram ao ar foguetes para que explodissem a uma altura quase não alcançada a olho nu e aguardaram. Mas nada aconteceu.

Depois vieram religiosos: fizeram corrente de orações, se ajoelharam, pediram e imploraram. Não obtiveram qualquer resultado.

À vez dos ocultistas, eles queimaram incenso, abriram livros e leram invocações; falaram inaudivelmente o nome secreto do Todo-Poderoso e recitaram fórmula mágicas. Tudo em vão.

Por último, se apresentaram pajés conjuradores de chuvas, que cantaram, sacudiram chocalhos, dançaram e gritaram para os céus. Depois sopraram um pó branco no ar. Inútil tentativa.

O matuto que a tudo assistira, vendo as caras decepcionadas daquela gente, foi até o local onde invocavam, olhou para o céu e disse:
- Ô, Deus, não vê que os moço ta triste. Faz chovê pros coitadinho!

Imediatamente começou a desabar água, e tanta que eles só puderam sair dali na tarde seguinte, sendo obrigados a passar a aipim cozido e a caldo de galinha caipira, que o matuto, sob seu teto, oferecia.

Contei a história para um amigo que riu muito e logo sentenciou:
- Cada um tem o Deus que merece!

                                [Adaptada por Rayom Ra do anedotário popular]
Rayom Ra

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Aspectos da Iniciação

“A iniciação, ou o processo de expansão da consciência, faz parte do processo normal do desenvolvimento evolutivo, encarado de um ponto de vista mais amplo e não do ponto de vista do indivíduo. Quando analisada do ponto de vista individual, passou a ser limitada até o momento em que a unidade em evolução definitivamente aprende que (em virtude de seu esforço próprio, auxiliado pelos conselhos e recomendações dos instrutores atentos da raça) alcançou um ponto em que possui determinada gama de conhecimentos da natureza subjetiva, do ponto de vista do plano físico. É na natureza daquela experiência que um estudante de uma escola compreende repentinamente, ter dominado uma lição e que a lógica de um tema e o método do procedimento lhe pertencem para seu uso inteligente. Esses momentos de assimilação inteligente acompanham a Mônada em evolução através da peregrinação. O que foi até certo ponto mal interpretado neste estágio de compreensão, é o fato de que, em vários períodos, a ênfase é posta nos diferentes graus de expansão e a Hierarquia sempre se esforça por conduzir a raça até o ponto em que as suas unidades terão alguma idéia do próximo passo a ser dado.

Cada iniciação representa a aprovação do aluno para um curso mais adiantado na Câmara da Sabedoria; marca o brilho maios intenso do fogo interior e a transição de um ponto de polarização para outro; possibilita a conscientização de uma crescente união com tudo que vive e a unidade essencial do Eu com todas as demais unidades. Resulta num horizonte que se expande continuamente até abarcar a esfera da criação; é uma crescente capacidade de ver e ouvir em todos os planos. Representa maior consciência dos planos divinos para o mundo e maior habilidade de penetrar naqueles planos e desenvolvê-los. É o esforço, na mente abstrata, para ser aprovado num exame. Representa a melhor turma na escola do Mestre, e está ao alcance daquelas almas cujo carma o permite e cujos esforços são suficientes para a consecução do objetivo.

A iniciação conduz até a montanha donde se pode conseguir a visão, uma visão do eterno Agora, no qual o passado, o presente e o futuro, coexistem como uma unidade; uma visão do espetáculo das raças, como o fio dourado da linhagem transmitido através de inúmeros tipos; uma visão da esfera dourada que encerra, em uníssono, todas as inúmeras evoluções do nosso sistema, o dévico, o humano, o anima, o vegetal, o mineral e o elemental, e através dos quais a vida pulsante pode ser vista claramente, batendo em ritmo regular; uma visão do pensamento-forma do Logos no plano dos arquétipos, uma visão que cresce, de iniciação em iniciação, até abarcar todo o sistema solar.

Na primeira iniciação, o controle do Ego sobre o corpo físico dever ter atingido um alto grau de consecução. “Os pecados da carne”, como diz a fraseologia cristã, devem estar dominados; a gula, a embriagues e a licenciosidade não devem mais ter influência dominante. O elemental físico não mais encontra suas exigências obedecidas; o controle deve ser completo e a tentação, morta. Uma atitude geral de obediência ao Ego dever ter sido atingida e a aquiescência em obedecer deve ser bem pronunciada. O canal entre o superior e o inferior se alarga e a obediência da carne é praticamente automática.

O fato de nem todos os iniciados atingirem o nível deste modelo pode ser atribuído a várias causas; mas a nota que eles emitem deveria estar sintonizada com a retidão; o reconhecimento de seus próprios defeitos, que eles evidenciarão, será sincero e público e sua luta para ajustar-se ao modelo mais elevado será conhecida mesmo que a perfeição não tenha sido alcançada. Iniciados podem cair, e caem mesmo, e por isso ficam sujeitos à sanção da lei que pune. Eles podem através dessa queda prejudicar o grupo e prejudicam e, por isso, estão sujeitos ao carma da compensação, tendo de expiar o mal através de um serviço prolongado posterior, quando os próprios membros do grupo, mesmo inconscientemente, aplicam a lei; seu progresso será seriamente obstaculizado, perdendo-se muito tempo no qual eles devem esgotar o carma com as unidades prejudicadas.”

                                      [ Iniciação Humana e Solar - A.A. Bailey.]

Rayom Ra

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sábado, 18 de abril de 2009

Paradigmas das Ciências e do Esoterismo

Quando se fala que Deus é a Fonte Única da vida, o Criador do Universo, os céticos-ateus têm urticárias. Essa comunidade que prefere crer-se uma consequência da matéria e não fruto da criação divina, imaginando-se, portanto, filhos da orfandade, acalenta, não obstante, um sonho distante e delirante onde a religião-ciências providenciará de trazer-lhes todas as as revelações possíveis e as impossíveis. Não há nada novo debaixo do sol, diz a sabedoria desse antigo adágio. Nesse contexto, se as ciências hoje realizassem o desiderato último de suas buscas em nosso sistema solar revelariam o que não sabiam, mas que antes já existira.

Bem, se falarmos de tecnologia logo de cara os céticos dirão que é unicamente conquista de nossas modernas ciências, das invenções voltadas para a razão e produtividade, não tendo existido no tempo terreno outro momento similar, outros parâmetros para comparar e conferir, uma vez que em nossa saga histórica não houve sociedade alguma, que em tão curto tempo obtivesse tanto conforto e utensílios tão práticos. Teriam razão os céticos-ateus pragmáticos em assim argumentar sob o ponto de vista unicamente objetivo, porém respaldados numa história horizontal montada com muitas laudas obscuras contendo fatos tergiversados e fraudados. Nem que chovesse canivetes abertos eles admitiriam, - como não admitem, - que após o “nada” entendido pelas ciências, e com a criação do sistema solar, os ciclos evolutivos do planeta vêm obedecendo a um perfeito e atemporal cronograma cósmico, rígido e muito bem desenvolvido, em que pese todos os acidentes de percursos ocasionados pelas incoerências e bestialidades humanas.

Foram muitos os agentes causadores daqueles acidentes gerados pelos sistemas de governos, desde os mais simples e patriarcais até os mais recentes e complicados, ocasionando principalmente as guerras, o fanatismo religioso, as nefastas células de impiedosas castas elitistas dominadoras e escravistas, as conquistas ultrajantes de territórios e nações, e o odioso extermínio pura e simplesmente de milhões de seres humanos dos diversos ramos étnicos. Essas aberrações principais e outras mais, que fizeram temporariamente estagnar os avanços mentais programados para as diferentes gamas das sociedades como um todo, - levadas pela curva evolucionista, - viriam gerar dívidas e resgastes na rolagem cronológica terrena, produzindo consequentes desvios dos fluxogramas das diversas vias do aprendizado na Terra, e do próprio planeta como entidade material e espiritual. Entretanto, não impediram que um bloco representando mais de 1/3 dos produtos terrenos atingisse os objetivos principais anteriormente colimados.

Mas há parâmetros com toda a certeza, e muitos, pena que céticos radicais finjam não acreditar ou desdenhem da existência de outras humanidades banhadas pelos raios de nosso deus Hélios, onde haja civilizações atrasadas, iguais ou mais avançadas do que as nossas terrenas. Se ousassem admitir concretamente tais possibilidades, e trabalhassem seus valores mentais para essa direção, certamente dariam um notável salto de qualidade em suas vidas, e fertilizariam os elementos de suas consciências. Isso sem falar de outros milhões, senão bilhões, de sistemas solares em nossa Via Láctea.

Sobre a criação do universo, os homens de ciências, os filósofos do ceticismo ou os fisiologistas da matéria-prima estão sempre cogitando, o que fazem muito bem em dar trabalho aos seus cérebros. Vejamos como é interessante outra especulação sobre os pródromos da criação na visão científica. Dizem, pois, que há cerca de 10 ou 20 bilhões de anos existia unicamente uma bolha no universo, feito uma sopa muito quente que começou a crescer até fazer surgir a matéria condicionada. Well, já começou mal, 10 ou 20 bilhões jogados assim no ar não servem para uma idéia aproximada de mensuração, mesmo para o infinito universo, pois 10 bilhões a mais ou a menos não é qualquer coisa como 5 ou 10%; é coisa pacas, é a metade dos 20 bilhões pretendidos como o limite da projeção. Mas vá lá, afinal o tempo é meramente abstração quando se avança acima do relativismo das leis da física, e tudo quanto as ciências astronômicas apuram fora de nosso sistema solar, são conjeturas embrionárias ou pseudo.

A bolha se constituia de partículas luminosas, os fótons, havendo outras ainda menores, mas que se chocavam e se destruiam, o que originaria o tão falado big-bang. A bolha crescia e se resfriava, e lá pelos 500 mil anos de vida sua temperatura deveria medir 10 mil graus Celsius. Na medida em que o tempo passava, as partículas foram se agregando e formando átomos mais consistentes e pesados. Assim surgiram os átomos de hidrogênio e os de hélio que, juntos, formaram nuvens e estrelas, desse modo nascendo elementos mais complexos. Depois, os elementos se diferenciaram cada vez mais, formando discos e bolotas que cresceram e se transformaram em planetas e satélites.

Os planetas se resfriaram. Depois se formariam os rios e os oceanos, dai a vida surgiria na Terra, por conta da evolução de produtos unicelulares aquáticos e subaquáticos numa escala crescente que se multiplicaria em grupamentos pluricelulares por afinidades, determinando uma seleção de variadas espécies.

Quanto a essa fragilidade das concepções materialistas ao surgimento das formas de vida em nosso planeta, não irei contrapor nessa resenha pela quilometragem que necessitaria rodar. O que agora desejo expor brevemente, nos argumentos aqui colocados, são as quase meias semelhanças dos conceitos da criação da matéria do universo com as concepções milenares dos esotéricos, principalmente orientais, tão ridicularizados pelos obtusos céticos da negação. Então vejamos alguns extratos resumidos, retirados do livro O Sistema Solar de A.E. Powell, em que o investigador O. Reynolds infere posições modernas ao esoterismo milenar:

Antes que nosso sistema solar existisse para a objetividade havia a matéria-raiz, que os ocultistas chamam de koilon, denominada de éter pelas ciências. Embora o espaço ocupado por esse koilon possa parecer vazio, na realidade esse éter é mais denso do que qualquer coisa concebível. Sua densidade sendo 10.000 vezes maior que a água provoca a pressão de 750.000 toneladas por polegada ao quadrado. Essa substância é somente perceptível pelos poderes clarividentes altamente desenvolvidos. Uma Força Superior modificou essa condição numa determinada porção, produzindo incontável número de pequenas bolhas esféricas. As bolhas em koilon são os átomos últimos com os quais tudo o que existe chamado matéria vem a se constituir. As bolhas não são como bolhas de sopa, mas como bolhas de água de soda.

Seguindo e pulando algumas considerações mais longas, chegamos aonde a Força Superior, chamada pelos esotéricos de Logos Criador, ou Deus, fez uso dessa massa e delimitou Sua área de ação - uma vasta esfera - onde construiria o sistema solar. Feito isso, o Deus do sistema solar condensou e comprimiu todas as bolhas que originariamente espalhavam-se num buraco do prodigioso espaço, reduzindo tudo a uma pequena região. Num certo estágio de Sua ação o Logos iniciou a formação das dimensões ou planos de existência, através de sete impulsos, agregando as bolhas em grupos e formando átomos, assim distribuidos: impulso I , 1 bolha em 1 átomo. Impulso II, 49 bolhas em 49 átomos. Impulso III, 49 bolhas (ao quadrado) = 2.401 átomos. Impulso !V, 49 bolhas (ao cubo) = 117.649 átomos, e assim por diante até chegar ao sétimo impulso resultando em 13.841.287.201 átomos. Fácil entendimento, não é mesmo?

Esse trabalho daria como resultado a construção de todos os planos existentes em nosso sistema solar, que para os esotéricos são sete, tendo cada plano sete subplanos ou sete tipos de respectivas vibrações da matéria, resultando tudo em 49 variações. A matéria tem única raiz, mas como já mencionado possui estados vibratórios diferentes, pois tudo gira em torno de poderosas energias, forças e leis universais que a modificam, por isso é errado dizer-se as matérias das dimensões ou planos. Quanto às 11 dimensões quânticas suspeitadas pelas ciências, são outras avaliações com métodos dedutíveis, como também a criação e evolução das espécies na natureza são para os esotéricos histórias muitíssimo diferentes das sonhadoras elocubrações darwinistas ou das interpretações literais da bíblia.

Como a matéria não é somente densa como conhecemos em nosso planeta através de nossos cinco sentidos, e sim correlata às vibrações de todas as dimensões existentes, o esotérico não enxerga o mundo sob o único prisma concreto, mas sob a integração sétupla em que tanto outras consciências como formas diversas se inserem e até se atravessam simultaneamente. Daí, as noções de tempo e espaço hoje em dia não bater com certas leis físicas de grandes pensadores das ciências materiais, cujas antigas concepções vão sendo aos poucos alteradas pelos investigadores modernos que abrem novas perspectivas ao entendimento mais amplo e abrangente, semelhantes em alguns pontos aos ensinamentos de mestres do milenar esoterismo.

Rayom Ra

quarta-feira, 15 de abril de 2009

A Genética é de Deus!

A teoria da evolução das espécies de Charles Darwin “evoluiu” no sentido de se tentar tapar os muitos buracos nela existentes. A ação predatória dos mais fortes sobre os mais fracos, - em que as espécies lutariam, os mais aptos sobreviveriam e os mais fracos pereceriam, - como elemento depositário e principal da mutabilidade das populações indefesas, confundiu e obnubilou a observação de Darwin. A existência de um secundário e natural desenvolvimento de mecanismos instintivos de auto defesa e preservação, sem mudanças radicais como pretendeu Lamarck, porém naturais de adaptabilidades ao meio ambiente ao longo do tempo, não foi considerada. Nas razões de sua particular ótica, Darwin, da mesma maneira se enganaria ao atribuir ao papel da mutabilidade o principal fator ponderável e subsequente para que surgissem novas espécies, o que evidentemente jamais ocorreu.

Os criacionistas esotéricos ou religiosos sempre se colocaram contrariamente a Darwin, e assim se mantiveram. As conclusões das próprias ciências nunca foram uniformes, e certo número de pesquisadores, antes defensores de Darwin, hoje já o contradizem, pois os métodos científicos não conduzem a nenhuma conclusão plausível de que a evolução, como pretendida, esteja incursa em parâmetros naturais e concretos. Não há mais consenso de que o homem tenha evoluído do macaco, e nem consenso há de que tenha evoluído de um ancestral comum, conforme reza a cartilha ateísta da modernidade. Verdade mesmo é que a ONU apresentou um documento oficial e atualizado no qual 500 assinaturas de cientistas em âmbito mundial desacreditam da Teoria de Charles Darwin. Há dentre os assinantes, cientistas membros das Academias de Ciências da Rússia e Estados Unidos e dez cientistas britânicos de Universidades de Wales, Coventry, Glasgow, Bristol, Leeds e do Museu Britânico.

Uma das comprovações dos geneticistas é que a vida na Terra tem e sempre teve exatamente os mesmos elementos genéticos, DNA e ACGT, os nucleotídeos, o que provaria que a diferença entre apenas 1% do genoma do homem para o chipanzé demonstra não ter havido evolução nas espécies. Admito que essa teoria possa ser atraente para fazer as correntes de cientistas materialistas discutir mais profundamente, mas nem todos os pesquisadores se inclinam à legitimidade. E ao expor-se que a ontogenia recapitula a filogenia, se vem rebuscar elementos analógicos do particular para o geral, ou seja, do desenvolvimento do embrião de uma determinada espécie que repete toda a história pregressa da espécie. Da mesma maneira, muitos cientistas repelem essa analogia, mas dentro do quadro do evolucionismo criacionista, particularmente dos esotéricos, todas as formas de vida repetem, em sínteses, os ciclos evolutivos de suas espécies, de milhões de anos, até atingir a idade adulta ou madura, mas não alteram fundamentalmente suas formas, nem recriam outras espécies.

Esse pensamento, de certo modo, vai ao encontro de a deriva genética, formulada pelos próprios geneticistas, que ao registrar a modificação da freqüência dos alelos nas espécies, - incluindo as populações humanas, - entendem ocorrer alterarações em algumas de suas características que, com o tempo, vem gerar as mudanças nas espécies. Em assim sendo, os votos vão ora para os saltacionistas ora para os gradualistas, mas com nenhuma certeza ou precisão. A deriva genética não confirma que as espécies evoluem para outras, mas unicamente expõe acontecer modificações seqüenciadas ou mutações.

Sem dúvida alguma, há uma Babel imensa de teorias com verdades isoladas, meias verdades, enganos rotundos, teorias imaginosas e conclusões precipitadas acerca do evolucionismo, e nenhuma conexão que conduza a uma inequívoca estrutura conclusiva de premissas coadunadas ou a fatos permanentes. As descobertas das seqüências de informações das cadeias dos genes do DNA abriram um novo campo de pesquisas que transformaram vários conceitos da biologia e antropogênese, mas viriam protelar ainda mais a decodificação dos enigmas da vida pelas profusões de novas teorias. E tanto mais se dêem as confusões e retrocessos pelo que revelam os experimentos genéticos, mais se confirmam que a teoria da evolução das espécies é suficientemente estéril, débil ou anêmica para que os cientistas nela montados tenham decodificado os mistérios da criação em qualquer patamar da racionalidade cética, senão unicamente se deparado com labirintos brumosos, a exemplo de Teseus modernos em busca do fio de Ariadne.

Apesar das dificuldades em se enxergar dentro dos labirintos, ao olhar distendido dos observadores torna-se perfeitamente tangível que a genética tem ajudado a desmontar certos consensos céticos e ateístas, que se constituíam, em muitos casos, em tristes romarias de enganos. Isso se deve às novas descobertas de dissidentes com acuradas pesquisas ou com uso dos mesmos métodos experimentais, tão orgulhosamente alardeados pelos enganados ou mentirosos, que expõem às críticas as muitas teorias insossas daqueles, e aos fatos históricos falsos ou fraudados. Com isso, os céticos e ateus, - se há de fato diferenças nas perspectivas de um cético ou de um ateu, - nunca decolam para abjurar definitivamente a um Criador e jurar, de uma vez por todas, que a criação é acidentalmente material, obviamente transformada pelas causalidades ambientais sem qualquer outra mão auxiliatória. Mas se tudo se prova tão complexamente inteligente, tão minucioso, e acima ainda das conjeturas e postulados axiomáticos inevitáveis, como não imaginar que aquilo que aqui está é o que foi realmente feito de uma só vez e definitivamente? Salvo, claro, pela necessidade do evolucionismo programado, sob prévios e imutáveis padrões, e sob a interação de elementos incidentes do movimento, ritmo e inércia que obrigam a todas as expressões da Vida a experimentar e deter.

A partir das descobertas dos códigos seqüenciados dos genes do DNA, somente se provam a cada dia que a inteligência e profundidade de um mundo ultramicroscópico, vivo e atuante, básico e fundamental para a vida na Terra não podem ser aleatórios, casuais ou singulares. Impossível não haver uma Inteligência Superior, ainda que incompreensível, que a tudo tenha formulado e venha regendo. Pois todos aqueles aspectos componentes desse novo agente das ciências, apontam e remetem para conclusões de que Darwin foi infeliz na formulação ateísta de sua teoria do evolucionismo como proposta.


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Não tive saída. Pelo fato de o espaço destinado aos comentários não suportar a extensão de minhas respostas a um internauta, e como a nova abordagem possa trazer melhor clareza ao que pretendi, servindo como um complemento, resolvi inserir na página do texto. Pode parecer estranho, mas foi a solução encontrada.

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RESPOSTAS AO ANÔNIMO:
RAYOM:
Você não imagina o quanto é estimulante tomar zero, em ciências, de um cético. Esta nota máxima só vem reafirmar que o ceticismo (mesmo de neófitos, não importa) levado a cabo por um aficionado do evolucionismo, continua dogmático na sua generalidade e mal compreendido.

À minha ótica o ceticismo não é incompatível com esoterismo ou religião. Na sua imanência é algo bem mais refinado, contudo amplo. E trabalhado num plano sensato, nunca observado nos extremistas, se destaca de maneira saudável, mormente quando a teimosia e a ânsia de remover as virtudes dos argumentos oposicionistas permanecem excluídas de um contexto. É salutar o ceticismo que vem em auxilio a desanuviar os possíveis enganos dos mais arrebatados da espiritualidade ou do materialismo, mesmo porque o ceticismo expontâneo é um alerta da mente intelectual de que algo escapa da lógica ou do conhecimento. Entretanto, ceticismo não é ciência ou epistemologia, e não se reveste de um encadeamento logístico com que se preparam muitos fanáticos para a luta, e não se assoma com o único fito de enredar os tolos e crentes numa teia adrede armada, e nem procura se impor facetado unicamente pelo pragmatismo. E enquanto perdurar sua ação ao objeto colimado permanecerá uma linha fugídia e temporal, passível sempre da desintegração, oscilante entre as conceituações relativas ao ser e ao não-ser.

Vamos então aos seus tópicos, embora, infelizmente, meus comentários sejam no todo exposição mais ou menos longa, porque observo que você não entendeu o texto, não soube lê-lo, ou esteve somente desejoso de criticar. Mas, enfim, voltemos a ele.

ANÔNIMO:
1.Darwin não colocou q há seleção pelo mais "forte", mas pelo mais "apto". E esse apto, entende-se como aquele q sobrevive ao ambiente e consegue se reproduzir.

RAYOM:
O que eu coloquei logo de início no texto foi: “ação predatória dos mais fortes sobre os mais fracos, - em que as espécies lutariam, os mais aptos sobreviveriam e os mais fracos pereceriam...”

Está assim implícita a idéia de que onde os fortes dominam, os mais fracos precisam ser mais aptos, e logicamente precisam sobreviver. Motivo pelo qual podem ou poderiam desenvolver mecanismos próprios adicionais ou habilidades para sobreviver e também reproduzir. A idéia central é que: aqueles que não desenvolvessem mecanismos de sobrevivência pereceriam. E isso é mutação por necessidade comportamental, que não configura exatamente as mudanças fenotípicas básicas e principais de uma espécie, consequentemente não resultando na evolução para outra espécie. O que não quer dizer que os mais fortes não precisassem também desenvolver ou exercitar mecanismos instintivos de adaptação ao ambiente.

Essa “máxima”, de que os mais aptos sobreviveriam, por sinal, não é de Darwin, mas sim cunhada pelo filósofo Herbert Spencer em sua obra “Princípios da Biologia” e aproveitada por Darwin. Aliás, essa referência é a menos usada; a mais consagrada entre os biólogos é a “seleção natural”.

ANÔNIMO:
2o. Darwin não conhecia a mutabilidade. Isso é neodarwinismo.

RAYOM:
Desculpe, mas Darwin conheceu sim, pois resolveu discordar da Teoria Sistemática da Evolução de Lamarck, que detinha dois principais postulados: a lei do uso ou desuso e a lei da transmissão dos caracteres adquiridos.

O que eu anotei foi o seguinte:
“A existência de um secundário e natural desenvolvimento de mecanismos instintivos de auto defesa e preservação, sem mudanças radicais como pretendeu Lamarck, porém naturais de adaptabilidades ao meio ambiente ao longo do tempo, não foi considerada”.

Claro que não havia o aprofundamento da genética como atualmente, pois este ramo das ciências ainda estava no nascedouro. Tanto assim que o estúpido do August Weismann resolveu cortar a cauda de um rato para testar se os descendentes nasceriam com mutações na cauda. Lamarck, entretanto, entendeu que as características somente se pronunciavam quando o animal se esforçava para satisfazer suas necessidades de adaptabilidade.

Nesse festival de besteiróis, ilustrado com a história tola da girafa, Lamarck ainda assim andou mais perto de uma afirmativa coerente acerca das mutações, enquanto Darwin persistia no erro crasso da evolução das espécies.

ANÔNIMO:
3o. A mutabilidade é sim o principal fator para o surgimento de novas espécies. Vide casos documentados de q a mudança de um único alelo pode mudar o fenotipo de uma espécie, e isso pode separá-la (ou não) de outros cogêneres.

RAYOM:
Eu coloquei o seguinte:
“Nas razões de sua particular ótica, Darwin, da mesma maneira se enganaria ao atribuir ao papel da mutabilidade o principal fator ponderável e subsequente para que surgissem novas espécies, o que evidentemente jamais ocorreu”.

Veja bem: claro está que os fenótipos são empregados para definir os caracteres morfológicos de um indivíduo ou animal bem como os caracteres físicos segundo seu genótipo, - em última definição, os cromossomas, - pela interação do genótipo com o ambiente. Já nas sequências do DNA, ou genoma, os alelos servem para caracterizar as diferenciações. A mutabilidade a que me refiro, é de ordem secundária, que não é suficiente para estabelecer uma radical mudança fenotípica de tal monta que venha definir o emergente de outra espécie completamente nova. Quando ocorrem estas mutações naturais e secundárias, as espécies se diversificam em grupos e famílias nos seus habitat naturais, mas não perdem suas características básicas fenotípicas e nem se agigantam nem se tornam anãs. Podem até ocorrer anomalias, mas são anomalias, exceções, não são regras. Imagine o absurdo de se dizer que a lagartixa é parente do jacaré ou vice-versa.

Muitos adoram confundir manipulações genéticas do homem sobre o que já existe, levadas para o criacionismo laboratorial, com a evolução natural criacionista-evolucionista em parâmetros controlados, conforme menciono no item No. 04. Pois cada vez que as ciências céticas manipulam com a genética sobre padrões alcançados na “criação-evolução”, os resultados que se provam concretamente detêm, na sua maioria, problemas, e muitos de difíceis soluções e fracassos. Veja bem, falo de resultados duplicadores ou multiplicadores, como clones, e não de cyborgs.

ANÔNIMO
4o. O criacionismo é q não está incluída em "parâmetros naturais e concretos"(sic) pelo método científico.

RAYOM:
Se você se refere ao criacionismo bíblico, posso até concordar em termos. Ali a história é contada em alegorias e simbolismos. Mas a história criacionista entendida hoje pela mente esotérica e ocultista é bem outra, e envolve tantas ciências que os auto-suficientes cientistas da atualidade não desejam saber. Se as ciências da modernidade sequer abordam a verdade simples e lógica da reencarnação, como aceitar então que as espécies não evoluíriam em processo natural como estabelece A Teoria da Evolução? Cansaram de afirmar que o homem descendia do macaco; hoje já afirmam que o homem poderia descender não do macaco, porém de um ancestral comum largamente conjeturado, mas que até o presente instante sequer foi encontrado seu par de chuteiras, e eu lamento profundamente. Por isso, a decantada evolução das espécies animais e do homem, há mais de 150 anos não sai do campo da teoria do “se” e do “talvez”.

E se você vai mencionar que esotéricos nada provam, são alienados, não têm base científica, não vou argumentar além do porquê de a mente científica ser incrivelmente obsessiva pela objetividade experimental chegando, em tantos casos, à obtusidade. Muitos contestadores gostam de citar filósofos, como Platão e Aristóteles, ou físicos e matemáticos como Descartes e Newton, fingindo ignorar que esses fabulosos homens e tantos outros famosos, não foram céticos-ateus, mas sim iniciados de escolas antigas onde a mente objetiva era ensinada como fazendo par com a matéria, e a mente subjetiva com o espírito e demais vidas da natureza. Isso é lição tida elementar hoje em dia nas escolas de esoterismo e ocultismo, pois a sensibilidade dos estudiosos espiritualistas alcança, sente, vê e realiza aquilo que os arrogantes montados na teimosia e insensibilidade não conseguem. Então para que discutir ou tentar provar verdades com quem deseja subir o altíssimo edifício das realizações humanas pelas escadas, enquanto os mais lúcidos sobem de elevador? Mas existem tantos outros interesses em esconder às verdades, que prefiro não citar um só exemplo tamanho a massa de desdobramentos. Deixemos isso de lado.

ANÔNIMO:
5o. O compartilhamento de características genéticas seria um indício de compartilhamento ancestral comum? Falácia narrativa.

RAYOM:
Você mesmo respondeu, pois não há ancestral comum da maneira como os darwinistas agora passaram a ficcionar, por que esse compartilhamento traria pequenas diferenças nos genomas das espécies e sobre cujo ancestral nada ainda se descobriu cientificamente. Porém, se as espécies detêm essas características comuns a razão se busca no Criador e não na aleatoriedade da imaginação darwiniana que “torce o rabo do porco, mas não consegue fazê-lo miar”. A criação é só um mote para os ortodoxos e mecânicos das ciências. Para esotéricos e ocultistas Deus é o maior cientista jamais visto, e para religiosos ele é simplesmente o Pai da criação. Mas como as ciências desejam chegar ao princípio de tudo pelo estudo tão somente da matéria, vão quebrar a pedreira por alguns séculos. Depois entenderão que o princípio de tudo no espaço-tempo não teve começo e nem terá um fim.

ANÔNIMO:
6o.O compartilhamento de 99% do genoma entre o gênero Pan e Homo, "demonstra não ter havido evolução nas espécies"? Vc ter um aumento ou decréscimo de 1% do seu salário é uma evolução (mudança)? Falácia

RAYOM:
Essa sua metáfora é fora de propósito e desproporcional. Mas digamos que esse 1% de diferença possa ser creditado aos processos de mutabilidades acusados nos genomas e externados pelos fenótipos ao cabo de alguns milhões de anos de existência das espécies e do próprio homem. Como eu disse no item 04, houve o criacionismo-evolucionista programado, como ainda está havendo nas raças humanas o apuramento de alguns ramos e subramos arianos, bem como a descentralização do processo evolutivo nas raças não arianas. Quem estuda a fundo esta área do ocultismo sabe muito bem do que eu estou falando. Quanto às ciências materiais......

ANÔNIMO:
7o.A respeito do desenvolvimento do embrião remeter a "história pregressa da espécie" foi abandonado pelas ciências naturais. Foi levantado por Haeckel, e se provou uma modo pseudodidático para demonstrar a evolução.

RAYOM:
Eu disse o seguinte:
“E ao expor-se que a ontogenia recapitula a filogenia, se vem rebuscar elementos analógicos do particular para o geral, ou seja, do desenvolvimento do embrião de uma determinada espécie que repete toda a história pregressa da espécie. Da mesma maneira, muitos cientistas repelem essa analogia, mas dentro do quadro do evolucionismo criacionista, *(deveria ter dito: criacionismo-evolucionista) particularmente dos esotéricos, todas as formas de vida repetem, em sínteses, os ciclos evolutivos de suas espécies, de milhões de anos, até atingir a idade adulta ou madura, mas não alteram fundamentalmente suas formas, nem recriam outras espécies”.

Não neguei que há e houve dissidências na teoria, que apesar de refutada por alguns me pareceu perfeitamente adequada em termos científicos. Mas sob a ótica ocultista, embora um tanto forçadamente, vem de certa maneira ao encontro do que venho afirmando sobre o controle do criacionismo-evolucionista nos termos e limites levemente aqui citados.

ANÔNIMO:
8o.Escolher entre o lado "saltacionista ou gradualista" não é como escolher entre flamengo ou corinthians! Ora ocorre de uma forma ora ocorre de outro. Não são teorias excludentes!

RAYOM:
Eu disse:
“Em assim sendo, os votos vão ora para os saltacionistas ora para os gradualistas, mas com nenhuma certeza ou precisão. A deriva genética não confirma que as espécies evoluem para outras, mas unicamente expõe acontecer modificações seqüenciadas ou mutações”.

Justamente pela indefinição dos estudiosos não se chegou, nesses exemplos, a nenhuma conclusão concretamente consensual, pois segundo eles as ocorrências modificadoras acusadas nos fenótipos, os gradualistas afirmam acontecer em sucessivos acúmulos durante as muitas gerações das espécies. Essas mesmas supostas ocorrências servem aos saltacionistas para afirmar que as mudanças mais acentuadas acontecem numa única geração. Enfim, é como um daltônico tentar convencer sua versão do espectro solar a um não daltônico. Pelo menos a deriva genética não está totalmente de braços dados com Charles Darwin e seus blue caps.

ANÔNIMO
9o.Estudar a evolução não é querer "decodificar os mistérios da criação". Evolução é mudança! Não é querer explicar a origem da vida. Em relação a isso, realmente, existe uma "babel imensa...", e nisso incluí o criacionismo pseudocientífico.

RAYOM:
Se você acha que a evolução é somente mudança, por que até o momento nada efetivamente se apresentou além de calhamaços de teorias que fazem retroagir as pseudo provas cada vez que significativos achados arqueológicos empurram para mais distante a linha evolutiva? Ficam todos coçando as cabeças e contestando uns aos outros. Mas como os fatos antropológicos extemporâneos não têm culpa de nada sobre o que os homens inventam, a saída salvadora então vêm com os “tapa-buracos”. Eles fecundamente imaginam situações até o próximo problema trazido pelas escavações e análises dos carbonos 12 e 14, ou por outros recursos modernos. E balançam novamente a Teoria da Evolução se apoiando em experimentos sintéticos de laboratórios para criar o que não conseguem comprovar na natureza. E tome mais teoria. Não teria a evolução, nos termos entendidos, se tornado assim num enigma com cabeça, corpo e cauda para biólogos darwinistas e cientistas materialistas, que não conseguem efetivamente juntar as partes?

O criacionismo é pseudocientífico? Sim, é para os parâmetros atuais das ciências materiais. Mas sabem os esotéricos e ocultistas que existe uma única ciência, que é a ciência universal, que tem vertentes e ramificações sem jamais perder a unidade. Entretanto, os pseudo e doutos da materialidade, somente enxergam um segmento, o mais material de todos, e tomam o relativo pelo absoluto, o efeito pela causa e a cauda pela cabeça. Preciso explicar mais?

ANÔNIMO:
Qto a colocar uma causa material ou divina nas mudanças ou de como tudo é complexamente inteligente tb (ambas) caem na falácia narrativa de tentar explicar eventos raros. Eles simplesmente ocorrem! É dificil entender isso?

RAYOM:
Bem, segundo bradam as ciências materiais, não existe casualidade, nem milagres. Até as exceções se explicam racionalmente. Então, tudo se explica e nada ocorre aleatoriamente. Aliás, já dizia Lavoisier: “na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma”. Logo, suponho que até para Lavoisier seria difícil entender quando você afirma que: “simplesmente ocorrem”. Claro que ele já se situara no meio do caminho de onde o distante passado era impossível supor ou distinguir. Ou seja, a criação com todas as coisas a ela atinentes já se fizera há milhões de anos. Os esotéricos, contudo, dizem que a natureza terrestre e sistema solar estão subordinados e subjugados às injunções da causalidade (não, casualidade!) de leis universais. Realmente, sob essa premissa verdadeira, me é extremamente difícil entender a postulação nos termos propostos por você.

ANÔNIMO:
A inteligencia superior é simplesmente "sobreviver". Se Darwin foi infeliz na formulação de sua teoria, vc foi infinitamente infeliz em tentar provar o contrário. Errou em quase todos os conceitos/conhecimentos! Biologia, história, filosofia e metodologia científica e até Matemática (ocorrência de eventos raros)!

RAYOM:
A Inteligência Superior não é somente sobreviver. Estou falando do Criador. E Ele criou o homem na Terra para que aprendesse. Já foi tempo em que o homem era presa fácil dos animais sagazes e mais fortes. Hoje, mediante o uso da inteligência desenvolvida pelo criacionismo-evolucionista, o homem já pode dizer que aprendeu algo da vida e de seu Criador. Tal como a criança que se esforça para entender o que lhe ensina seu pai; ela cai, tomba, e se levanta. Assim caminhamos nós, chegando aonde chegamos após milhões de anos. Não me enganei: são milhões de anos!

E ao contrário de seu julgamento, sou convicto de que não errei tanto assim. E nem entramos em análises de todos os títulos que você elencou. Na verdade, acho mesmo que fui muito bem no texto original quanto estou indo nos esclarecimentos. Desculpe a falta de modéstia, mas tenho consciência de meus valores.

ANÔNIMO:
Já vi textos pró-criacionismo melhores no orkut.

RAYOM:
Fico feliz com essa notícia. Sinal de que a inteligência e a lucidez não pararam em meu cérebro, avançam através dos cérebros de outros co-irmãos.

ANÔNIMO:
Mas Nota dez em esoterismo. É dificil ser empirista e cético no nosso mundo. Nem todo cético é ateu, mas todo ateu se julga cético (apesar de não serem todos na maneira correta).

RAYOM:
Até posso concordar com você embora não seja empirista na acepção completa do termo. O empirismo é algo que ainda ensina muito aos céticos laboratoristas, embora desejem sempre negar. E lembro que todas as ciências praticadas no passado são consideradas empíricas. Mas volto a dizer que a verdadeira história do mundo não é essa conjeturada pela oficialidade científica.

Abraços.

De Rayom Ra

[ Os textos do Arca de Ouro, por Rayom Ra, podem ser reproduzidos parcial ou totalmente, desde que citada a origem ]
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A Tradição Hermética

Aqui vai mais um excelente artigo de Marcelo del Debbio (http://www.deldebbio.com.br)

As verdades eternas, conhecidas unanimemente e expressadas por sábios de todos os tempos e lugares, plasmaram-se no Ocidente no pensamento de culturas estreitamente inter-relacionadas, que em distintos momentos floresceram em regiões localizadas entre o Oriente Médio e a Europa, durante esta quarta e última parte do ciclo, à qual se chamou Kali Yuga ou Idade do Ferro, e que sempre se vinculou com o Oeste.

Antiqüíssimos conhecimentos, patrimônio da Tradição Unânime, foram revelados aos sábios egípcios, persas e caldeus. Eles se valeram da mitologia e do rito, do estudo da harmonia musical, dos astros, da matemática e geometria sagradas, e de diversos veículos iniciáticos que permitem acessar os Mistérios para recriar a Filosofia Perene, desenhando e construindo um corpus de idéias, que foi o gérmen do pensamento metafísico do Ocidente, conhecido com o nome de Tradição Hermética, ramo ocidental da Tradição Primordial. Hermes Trismegisto, o Três Vezes Grande, dá nome a esta tradição. Na verdade, Hermes é o nome grego de um ser arquetípico invisível que todos os povos conheceram e que foi nomeado de distintas maneiras. Trata-se de um espírito intermediário entre os deuses e os homens, de uma deidade instrutora e educadora, de um curandeiro divino que revela suas mensagens a todo verdadeiro iniciado: o que passou pela morte e a venceu.

Os egípcios chamaram Thot a esta entidade iniciadora, que transmitiu os ensinos eternos a seus hierofantes, alquimistas, matemáticos e construtores que, com o auxílio de complexos rituais cosmogônicos, empreenderam a aventura de atravessar as águas que conduzem à pátria dos imortais.

Autores Herméticos relacionaram Hermes com Enoch e Elias, que seriam, para os hebreus, a encarnação humana desta entidade supra-humana que identificam com Rafael, o arcanjo, também guia, sanador e revelador. Esta tradição judaica, que se considerou sempre como integrante da Tradição Hermética, conviveu com a egípcia antes e durante a cativeiro (Moisés é fruto desta convivência) e em tempos dos reis David e Salomão durante a construção do Templo de Jerusalém; faz ao redor de três mil anos, estes pensamentos se consolidaram numa arquitetura revelada que permitiu, uma vez mais, a criação de um espaço vazio ou arca interior capaz de albergar em seu seio a divindade.

No século VI antes de Cristo, que é o mesmo século da destruição do Templo de Jerusalém, e contemporânea de Lao Tsé na China, de Buddha Gautama na Índia e do profeta Daniel na Babilônia, nasce a escola de Pitágoras que, também herdeira dos antigos mistérios revelados por Hermes, alumiará posteriormente à cultura grega, tanto aos pré-socráticos como a Sócrates e Platão. Este pensamento hermético exerceu sua influência notavelmente na cultura romana, nos primeiros cristãos e gnósticos alexandrinos, nos cavaleiros, construtores e alquimistas da Europa medieval e nos filósofos e artistas renascentistas, nutrindo-se ao mesmo tempo dos conhecimentos cabalísticos e do esoterismo islâmico.

Logo florescem estas idéias hermético-iniciáticas no movimento rosa-cruz, que se desenvolve na Alemanha e na Inglaterra da época Elisabetana, tendo sido depositados estes antigos ensinos, posteriormente, na Franco-Maçonaria. Esta Ordem, que em sua aparência exotérica não pôde escapar à degradação e dissolução promovidas pela humanidade atual, conserva, no entanto, em seus ritos e símbolos esse gérmen revelado e revelador, ativo no seio de umas poucas lojas que conseguiram se subtrair às modas inovadoras que ameaçam a Ocidente com sucumbir, e mantêm esse vínculo regenerador com o eixo invisível da Tradição que se dirige sempre para o verdadeiro Norte, origem e destino da humanidade, do qual esta tradição nunca se separou.

Hermes e a Tradição Hermética vivem atualmente. Sua presença é eterna.

Rayom Ra

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quinta-feira, 9 de abril de 2009

Um Pouco da História de Umbanda

Amigos, pretendo vez por outra abordar algo sobre Umbanda, cuja vida objetiva em nosso mundo é conduzida através de um especial desenvolvimento mediúnico, sob aplicativos da magia prática milenar. A Umbanda, nas sementes de seu surgimento nos planos espirituais, deteve a formulação dos necessários simbolismos e o desenvolvimento de inteligente metodologia de trabalhos, coordenados e dirigidos para a implantação de giras ou rituais no plano físico. De maneira geral, a Umbanda é muito mal compreendida por grande percentual dos adeptos de religiões bem como por certas camadas de nossa sociedade, que a priori a julgam um monte de primitivas crendices permeadas com pajelanças fetichistas. A Umbanda não é nada disso, é, sobretudo, aplicação da sabedoria mágica do passado, de culturas que já se foram ou se transformaram no cenário terreno.

Hoje aos cuidados de uma hierarquia espiritual da magia branca, através de falanges de obreiros, submete-se a um trabalho edificante em auxílio à humanidade sob a égide das leis naturais da evolução, segundo os princípios reguladores de causas e efeitos. O escopo principal de Umbanda é a caridade desinteressada. No entanto, existem grupamentos mediúnicos que se dizem umbandistas em que a ausência da caridade e o uso da magia negra são claramente observados. Nestes casos, pelo que hoje em dia se vê com freqüência, a Umbanda ali não está e nem poderia estar presente.

O que posso afirmar por minha conta e visão, sem entrar nos méritos das teses dos muitos e gabaritados estudiosos das raízes da magia africana, é que a Umbanda simboliza uma mudança cíclica das práticas milenares fetichistas e anímicas, cuja concepção e acurada preparação começaria muito antes do continente africano ter existido como reduto das raças negras. As formas da magia começariam a ser descobertas há mais ou menos 16 milhões de anos pelos lemurianos, concomitantemente ao recente surgimento no mundo terreno daquela primeira raça física.

A magia dos lemurianos, evidentemente, não tinha a elaboração que viriam ter todas as práticas das futuras raças. Tudo o que os lemurianos faziam nesse sentido eram realizações naturais com as combinações dos elementos, porquanto seu desenvolvimento físico estava somente começando. Mais tarde, os demais modelos raciais que se espalhariam pela Terra, - representando etnias no sentido evolutivo, no estacionário, e no involutivo, - descenderiam dos embrionários lemurianos, após laborioso trabalho de progênie dos mentores das raças, chamados de manús. Os milhões de anos decorridos entre o surgimento e evolução da raça lemuriana, não lhes seriam ainda suficientes ao desenvolvimento de seus cérebros a fim de que conseguissem aquilatar certas práticas, revelações e teorias adstritas aos princípios mais aprofundados e permeantes da magia.

A definição de magia não é tão simples como se pensa e diz. Se a magia está implícita nas leis da natureza, e as leis da natureza não atuam somente no plano físico, suas bases fundamentais se encontram, justamente, nas relações das causas invisíveis. O homem, entretanto, por conta de longuíssimas tradições dos povos, foi descobrindo como manobrar com as forças duais ocultas, magnetizando-as e polarizando-as às formas materiais para efeitos mais duradouros e eficientes. E como as relações de almas e formas humanas não cessassem definitivamente, permanecendo, aquelas, envolvidas com os encarnados dos grupamentos étnicos após os desenlaces físicos, e os encarnados também convivessem com os entes da natureza, aprenderam a atraí-los e mantê-los pelas cercanias, através de rituais, trabalhos e fórmulas de invocação. Com isso, submetiam tanto almas, formas espirituais humanas, inumanas, animais ou entes da natureza aos serviços dos seus objetivos segundo suas necessidades, bem como, em muitos casos, dissolviam-lhes as atrações com a Terra, libertando-os da servidão ou de obrigações cármicas.

Todas essas ações e muitas outras viriam conformar-se em resultados parciais onde a magia funcionasse segundo as tradições culturais, devido à inclusão dos elementos mentais e emocionais dos povos nas formulações de seus atos mágicos. Dessa maneira, a magia passou a ser um agente intermediário entre as culturas humanas e o lado invisível da vida, forçada pelos seus elementos ritualísticos, ritos, oferendas e sacrifícios a se manifestar objetivamente ou não, em trocas relativas de causas e efeitos, em geral para premiar ou punir.

Nas civilizações mais adiantadas a magia passou de um plano de crenças e práticas sistemáticas, - anímicas e mediúnicas, - para um entendimento mais aprofundado das leis da natureza, como elemento revelador da fenomenologia da criação. As raças que vieram após o desaparecimento do continente lemuriano, formaram na Atlântida culturas mais avançadas, justamente porque o aparelho físico humano e suas estruturas espirituais eram exercitados no sentido de desenvolver maiores potencialidades ao homem com o objetivo de que ele pudesse alcançar uma forma de manifestação mais unificada. Ou seja, o homem de Atlântida partia para outra fase de um planejamento evolutivo adrede, de sete raças raízes, onde a ênfase antes dada na Lemúria ao aperfeiçoamento físico, avançasse para um plano mais elevado e abrangente em que os elementos emocionais e mentais viessem integrar a manifestação-vida como entidade mais implementada.

A Atlântida foi de fundamental importância para o desenvolvimento da magia em suas mais diversificas práticas que até hoje subsistem. A tônica emocional dos povos atlantes veiculava-se às forças astrais com incomparável poder e eficácia. Os atlantes mantiveram conscientemente maiores e mais significativos contatos mediúnicos com o mundo astral do que a maioria dos médiuns bem desenvolvidos hoje consegue. Por milhões de anos os atlantes construíram suas culturas de modo indissociado dos elementos da magia, muito embora o culto à magia negra houvesse também lá surgido, evoluído e se misturado às práticas da magia branca. E de tal forma a magia negra se alastrou nas vidas dos povos atlantes que obrigou os mais elevados mentores das raças e diretores do processo evolucionário da Terra, a provocar prematuramente a destruição daquele continente. As diversidades de práticas da magia em todo o planeta se devem ainda hoje à memória dos grupamentos étnicos e povos que restaram após o afundamento do continente de Atlântida. Entretanto, muitas coisas se modificaram e muitos fundamentos culturais se perderam.

A tradição iniciática, não obstante, foi preservada pelos sábios mestres do conhecimento mantendo-se intacta nos planos espirituais e conservada em certos grupamentos étnicos e núcleos raciais por meio de discípulos, - verdadeiros iniciados, - a quem era e ainda é exigido o silêncio sobre suas principais práticas ocultas diante dos especuladores e dos não iniciados. Dessa maneira, muitos elementos culturais que passaram de geração a geração em civilizações pós-Atlântida foram herdados dos avoengos, estabelecendo-se, com essas culturas e suas idiossincrasias, necessários ciclos de aprendizado quer pelas práticas populares ou exotéricas, quer pelas ocultas, sacerdotais e esotéricas.

Após a invasão das Américas pelos europeus, começaria um novo ciclo da humanidade, pois os valores sociais e humanitários com o tempo aqui desenvolvidos, principalmente na América do Norte, viriam influenciar as mudanças políticas dos ultrapassados impérios e monarquias daquele velho continente.

Nada acontece significativamente na Terra sem antecedentes mudanças cíclicas, substanciadas pela ação instituidora, veladora e organizacional dos diversos escalões da hierarquia da Fraternidade Branca Universal. Os grandes líderes fundadores das religiões mundiais, ou raciais, os mentores de experimentos e revolucionárias proposições científicas e de novas descobertas, os implementadores dos sistemas político-sociais, enfim todos os agentes humanos precursores de mudanças verdadeiramente evolucionárias dos hábitos e do pensamento na vida terrena, foram e são instruídos a agir segundo o que lhes orientam os mestres da sabedoria. Os verdadeiros líderes de todos os movimentos evolucionários estão, portanto, subordinados a essa hierarquia que age e trabalha no anonimato, decodificando os vários aspectos do pensamento-arquetipico de Deus, - ou Logos Criador, - ao conceber o Grande Plano da Criação em nosso sistema solar, onde o planeta Terra está evidentemente incluído.

Deus não predetermina aos homens dividir-se, odiar-se e se matar. Os homens cometem essas aberrações por suas próprias desobediências aos ditames das leis evolutivas, que poderiam ter sido seguidas já nos primórdios das raças. As nefastas conseqüências de hoje nas vidas dos povos, não se deveram por decretos divinos, mas pelo mau uso que os homens fizeram de seus livres arbítrios. Todos os males: as doenças, a fome, a miséria, a pobreza, as guerras, tudo enfim que flagela os povos são decorrências de seus próprios atos. O Grande Plano da Criação idealizado por Deus prevê um final feliz e realizador para todos os seres humanos. Mas enquanto existir a ignorância e a cegueira na vida humana, evidencia-se que o agente regulador, chamado cármico, continuará em ação no mundo não como um instrumento punitivo, porém ajustador para o bem de todos. Os sofrimentos morais e físicos e as doenças corrosivas e dolorosas são os expurgos de nossos erros que constituíram concentrações de energias impróprias e estranhas em nossos corpos espirituais. Os erros, em suas escaladas, vieram gerar, vidas após vidas, intensas desarmonias nas delicadas tessituras de nossas composições moleculares. E precisam sair, pois não nos pertencem, mas sim às desarmonias. O sofrimento atua ao exercício de duas forças vetoriais simultâneas: o expurgo e o aprendizado. Portanto, até mesmo na dor a sabedoria de Deus é perfeita!

Assim, com a chegada da cultura africana ao novo mundo de modo indevido e cruel – que não deveria ter sido como foi – estabeleceu-se uma nova fórmula nos aplicativos da magia. Essa idéia nos remete novamente aos idos da Atlântida, quando médiuns preservados dos ajustes cármicos pela não adesão à magia negra, foram treinados com a finalidade de vir desempenhar um novo papel nas práticas de Umbanda milênios depois. Portanto, nas Américas, a Umbanda viria representar um papel senão renovador das tradições populares dos cultos de magia, no mínimo muito bem elaborado.

Para tal realizar-se, a cultura negra foi fundamental ao seu auxílio. Todos os passos que os escravos deram no sentido de estabelecer seus cultos de magia e fetichismos nas Américas foram acompanhados pelos missionários espirituais responsáveis pelos implementos dessa idéia. Foi necessário não somente o conhecimento dos fundamentos das forças e tradições dos orixás africanos, os cuidados, oferendas e ritos como também que se estabelecesse a mescla com o catolicismo, concebida pela inteligência dos próprios negros nas senzalas. Desse modo, nesse sincretismo entre raízes africanas e européias, originou-se a inicial forma popular de Umbanda no Brasil.

Os pesquisadores das origens de Umbanda sabem que muitas de suas práticas evoluíram a partir das assimilações dos fetichismos africanos. Entretanto, a organização estrutural de Umbanda baseia-se nas leis da magia iniciática praticadas desde a Atlântida, como vimos enunciando, levadas a efeito pelos próprios magos hoje viventes nos planos espirituais. Mas houve em curto espaço de tempo a caracterização brasileira e ameríndia de cada uma de suas sete linhas básicas, e respectivas subdivisões, bem como as anexações de novos elementos materiais para o chamamento dos orixás e incorporações de entidades falangeiras de tais forças ou linhas de energias. Isso foi efetivamente concebido de modo coordenado através de oferendas, pontos cantados, defumações, símbolos, sinais, e pontos riscados diferentemente dos candomblés africanos. Essa parte veio também adicionada da memória de hábitos e práticas dos grupamentos étnicos de silvícolas brasileiros, e em outras porções pela assimilação de elementos humanos sociais dos negros escravos junto aos seus senhores.

Entretanto, posso afirmar que nada é totalmente novo e nem absolutamente original nas práticas da magia. Os cultos milenares de todas as culturas trouxeram sempre, - e ainda trazem, - traços essenciais e importantes para suas manifestações e realizações objetivas, segundo regras universais, das quais não se podem fugir. A magia não foi inventada por ninguém, por nenhum povo de qualquer continente e nem pelos reveladores da cabala. A magia veio evoluindo em práticas e concepções desde evos lemurianos, - portanto há milhões de anos, - mas também tergiversou nos casos de magia negra e práticas fetichistas absurdas de etnias primitivas e atrasadas.

Rayom Ra

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