NO
ARCO
DAS
INICIAÇÕES
[ DIREITOS
AUTORAIS No 00866 ]
Ao Mestre Djwhal
Kul, à Alice A. Bailey
e a todos os que
em todos os tempos
têm edificado A
Ciência do Pensamento.
ÍNDICE REMISSIVO
INTRODUÇÃO – MENSAGEM AOS ESOTÉRICOS
Caminhada do esotérico – Relações com Grupos – Dificuldades dos
organizadores. Pensamento organizacional da Era de Aquários – Contatos
perigosos com extraterrestres – Místicos da Nova Era - Entradas de forças
negativas – Materialismo e Ceticismo.
CAPÍTULO I – REPASSES NO TEMPO
Que é a realidade? – Raças Polar e Hiperbórea – Hierarquias do
Sistema Solar – Planos ou Mundos – As três emanações do Logos – Rondas –
Senhores Lunares ou Pitris – Cronologia planetária – Pangéia e Pantalassa -
Gondwana e Laurásia - Lemúria e Atlântida – Vinda de Sanat Kumara.
CAPÍTULO II – A CONSCIÊNCIA DOS REINOS
O arco de descida – As tríades – A intradependência dos reinos –
O reino mineral e a condensação de forças – As iniciações dos reinos no arco de
subida – Os reinos mineral, vegetal, animal e humano – Almas grupos – A
individualização de animais para animais-homens – Os sete raios – A força e o
poder do reino animal sobre os homens.
CAPÍTULO III – CAMINHOS DAS INICIAÇÕES HUMANAS
Matéria x espírito – iniciações dos povos – Iniciações
lemurianas – Evolução atlante – Shamballa e as raças – Os mentores raciais.
CAPÍTULO IV – A IMPORTÂNCIA DAS RAÇAS
Omissões propositais na história – O passado amordaçado – Os
extraterrestres – O desenvolvimento de corpos atlantes – Os átomos – O trabalho
das hierarquias criadoras – As influências dos reinos nas estruturas corpóreas
humanas – Objetivos do sistema solar.
CAPÍTULO V – RELIGIÃO E OCULTISMO
A necessidade das religiões – A religião do fogo – Etapas da
vida oculta – As riquezas mitológicas – As organizações negras – Hitler e os
tibetanos negros – Hitler e o ocultismo europeu – Mistérios eleusinos –
Iniciações sacerdotais - Juliano – A igreja e seus erros – A igreja e seu
trabalho.
CAPÍTULO VI – A JUSTEZA DOS INICIADOS
A classe sacerdotal – Influências extraterrestres nas
civilizações da antiguidade – As provas pré iniciatórias na grande pirâmide do
Egito – As provas naturais dos neófitos.
CAPÍTULO VII – ANTIGOS CONSELHOS PARA MODERNOS
Cuidados e disciplinas dos candidatos – Conselhos para
candidatos a ocultistas – Poderes dos iniciados – Ao que conduz as iniciações –
Hermes e o Pymander – Orpheus e os sons – Prometeu – O eidolon – A era negra da
igreja.
CAPÍTULO VIII – INICIAÇÕES MAIORES
O que são iniciações – A consciência do iniciado – A primeira
iniciação – A segunda iniciação.
INTRODUÇÃO
MENSAGENS AOS
ESOTÉRICOS
Não temos a pretensão de trazer novidades
sobre o tema, hoje mais liberado que nunca, tratado em vários níveis e aspectos
por estudantes de ciências ocultas. Nossa intenção foi de fazer um pequeno
estudo acerca da visualização das iniciações ao nosso particular ângulo e de suas
consequências sob pontos de vista mais comuns, utilizando-nos, principalmente,
de ensinamentos superiores de mestres do esoterismo ou buscando contribuir com
nossa pessoal vivência. Esta obra serve tanto aos esotéricos iniciantes quanto
aos já praticantes de algum tempo e àqueles que simpatizam com o ocultismo, mas
que ainda não se decidiram a entrar no caminho estando, por conseguinte,
relutantes. E é bom que esses últimos reflitam bastante e busquem obter o mais
possível informações de quem já incursionou nesse caminho. Seria realmente
benéfico tentar desde logo se despir das ilusões que permeiam às mentes de quem,
não tendo alcançado resultados rápidos ou imediatos como imaginavam, logo
desistem de tudo e não raro voltam-se às costas, tornando-se no mínimo
indiferentes quando não novamente céticos materialistas.
A caminhada do esotérico nunca foi fácil e
quanto mais vá palmilhando a estrada mais irá tendo consciência de quanto ainda
precisará galgar para alcançar estágios que sua evolução atual lhe permita. E
esse é o principal obstáculo que envolve o pensamento daqueles desistentes que
encararam a senda com romantismo, mas da mesma forma a odiaram quando entenderam
que foram enganados porque seus sonhos não se concretizaram. Hoje, devido ao
avanço mental da humanidade, e da conscientização de profundas carências de
milhões, muitos trabalham novas perspectivas íntimas para se lançar em auxílio
ao próximo. Sentem em suas almas a necessidade de se doar, deixando de lado o
marasmo e o egocentrismo de suas mecânicas atividades e laser, em prol de algo
mais útil e de compartilhamentos. Para essa finalidade, buscam movimentos
filantrópicos independentes ou agregados às religiões e associações nacionais
ou mundiais, e realmente se doam humanitariamente. Outros se sentem inclinados
a obrar unicamente dentro de grupos e fraternidades esotéricos, tendo em mente obter
uma preparação espiritual com que se revestirão para trazer ao mundo curas e
ensinamentos. Ou de virem formar
fileiras ao lado de irmãos mais sábios, guardando como símbolos alguns dos ocultistas
mais capacitados, ou simplesmente vindo servir junto aos muitos trabalhadores
anônimos. Uma grande parcela – a maior – pretende no ocultismo a realização
íntima e somente depois começa a despertar para a necessidade do serviço. Mesmo
assim, considerável número desta categoria recua da intenção de servir
preferindo seus pessoais interesses.
Aos esotéricos de quaisquer estágios a
primeira principal e definitiva lição é a perseverança sobre qualquer situação
de oposição ou dificuldade. Nunca devem desistir da aspiração sadia de fazer
parte de um coletivo físico-espiritual e jamais devem tentar obter poderes para
seus próprios deleites ou auto-afirmações segundo fórmulas complicadas e
tradicionais, se assim conseguirem. Esse não é o caminho natural dos esotéricos
ou aspirantes a magos nessa era aquariana que se inicia. Tanto aos esotéricos
orientados a dividirem-se em grupos quanto aos praticantes isolados de magia, o
alerta é um só: dominar a ambição da personalidade, controlar o ego vaidoso e
trabalhar paciente e humildemente em coletivos em favor dos irmãos. Assim
avançarão aos poderes da alma com maior consistência e proteção, estando desse
modo atentos a eliminar os entraves e armadilhas do ego inferior que tantas
vezes, no presente e no passado, jogaram por terra os surdos incautos que se
lançaram nas vias tortuosas do ocultismo, atraindo com isso o infortúnio ou o
desastre.
São muitas as vias pelas quais devam os
aspirantes trilhar para começar um trabalho externo e interno. Atualmente não
se pode definir de modo cabal nem estabelecer peremptoriamente que determinadas
personalidades, com tendências somente para esse ou aquele tipo de trabalho
esotérico, não sirvam aos ideais e propósitos de uma organização. Os diversos
tipos de personalidades podem falsamente identificar um conjunto heterogêneo,
mas com toda a certeza virão enriquecer o corpo da organização em suas variadas
atividades. A condição sine qua non é
outra, é a de que, ao exame mais lúcido e coerente pelos dirigentes, sejam
todos os candidatos, sem exceções, alertados aos princípios morais e às
tendências e inclinações prejudiciais que venham obstar as vias da
espiritualização. Por isso, todos devem entender que os avanços nesse caminho
estão atrelados à subordinação do praticante a certas regras de comportamento bem
como às correções de incompatíveis atitudes e desvios de personalidade. Sem isso, nada verdadeiramente útil em sua
evolução pessoal se terá iniciado ou se revelará, uma vez que as mesmas mazelas
adquiridas em vidas passadas, e as dessa vida, necessitarão mais cedo ou mais
tarde ser enfrentadas, controladas ou dissolvidas para não atrair mais
negatividades e não vir colocar um final prematuro às pretensões de uma nova
vida.
As práticas, os estudos e os aprofundamentos
no esoterismo não fabricam santos. Não há santos esotéricos na acepção comum
religiosa e popular; há isto sim pessoas conscientemente purificadas por
métodos, práticas e discernimentos mentais a fim de estarem sempre prontas e
preparadas a um trabalho frutuoso e efetivo. Isso o esoterismo pode oferecer em
diversos graus, mas não pode isentar que de tempos em tempos as fraquezas e
imperfeições guardadas ou ardilosamente mantidas no ego inferior, em estado
hibernal pelos mestres do saber, venham de novo refluir para novas provas dos caminheiros.
Então, os esotéricos novamente se defrontam com suas criações, seus recalques e
suas histórias e se dão conta de que não
são tão diferentes de seus vizinhos, de seus colegas de profissão ou de
qualquer outro ser humano que pisa a mesma terra. Para se tornar um santo
na significação perfeita do termo é preciso se tornar um Jesus, um Buda, um
Cristo por que esses com muita luta através de milênios, com cabedais de
imensos e sacrificantes serviços prestados aos irmãos humanos e às forças da
natureza, conseguiram ultrapassar todos os estágios das iniciações menores
atingindo iniciações maiores, libertando-se assim das limitações do corpo e de
seus carmas aprisionantes. E nós, mentes observadoras, a quantos conhecemos
hoje encarnados na Terra com tamanha estatura espiritual e incorporações de
poderes?
Os grandes faltosos nos sistemas de trabalhos
práticos do ocultismo são exatamente seus dirigentes. A eles, em grande parte e
número, são tributados os erros avaliativos, o despreparo para lidar com diferentes
gamas psicológicas de praticantes, por suas incapacidades diretoras em avaliar
corretamente as implicações de decisões tomadas ou críticas direcionadas. Há a
inclinação de os fundadores ou presidentes de organizações grandes, médias ou
pequenas, tornarem-se o centro focal de todas as decisões e não ouvirem seus
subordinados nem dobrarem-se às incidentais falhas de suas próprias
administrações, mantendo-se dessa maneira absolutos e por vezes flagrantemente
despóticos. Isso tem provocado o afastamento de muitos afiliados – alguns, promessas
auspiciosas para trabalhos de melhores níveis – e levado ao desencanto e ao
desestímulo certo número de obreiros. A rigidez disciplinar excessiva, o
distanciamento diretivo dos seguidores, a desatenção aos problemas deles e
dificuldades mais comuns – que para eles são todos grandes ou incisivos – as
preferências a uns em detrimento claro e inconfundível de outros e,
principalmente, a rudeza nos atos e palavras, têm contribuido efetivamente para
um clima de mal-estar, desconfiança e quebra de harmonia.
Essa soberba e desatenção dos principais
dirigentes provocam nódoas e consequentemente a infiltração de forças negativas
inteligentes que não raro levam à derrocada final todo um planejamento ou à
própria organização. Essas dificuldades são mais comuns do que se possam
imaginar e os estudantes devem procurar obter o maior número possível de
experiências das situações, beneficiando-se com o pólo negativo para seus aprendizados,
exercitando o entendimento dos prismas humanos, sentindo o quanto são capazes
de absorver e suportar passivamente aos contrastes entre as filosofias propostas
nas organizações e os atos reais e contrários por elas mesmas praticados,
através de seu corpo diretor ou gerencial. Mas ao afastar-se das organizações
jamais devem estacionar, pois aqueles que estacionam à margem da estrada
fatalmente retroagem e somente prosseguindo saberão mais tarde se as decepções
e injustiças a que observaram ou de que eventualmente foram vítimas
sedimentaram-lhes importantes, necessárias e indeléveis lições. A visão intelectiva
e o amadurecimento espiritual daquelas experiências para muitos os auxiliarão
em futuro próximo, principalmente se um dia se detiverem ao comando de
situações idênticas. A delicadeza, o autocontrole e a habilidade psicológica em
lidar com os irmãos são fundamentais para implantar a harmonia e fundar poderes
do amor, mesmo que os irmãos não demonstrem perceber o entendimento de seus
pessoais erros e egoísmos. Nessa projeção, é mais fácil trazê-los à disciplina,
induzir faltosos recalcitrantes a se corrigirem ou mesmo a se excluirem dos
conjuntos por livres iniciativas.
A consciência da Nova Era já entrante
estimulará desde logo à dissolução do eu diretor absoluto e patriarcal substituindo-o
pelo espírito de grupo sem a perda do comando técnico. Nessa ótica, mesmo os
mais lídimos dirigentes precisarão atuar em vários níveis coletivos, quer em
planos espirituais mais elevados, recebendo planejamentos elaborados por mentes
verdadeiramente sábias, quer abaixo nos seus papéis de mentores-operantes e
intermediários de forças para o trabalho conjunto. A necessidade de trabalhos
departamentalizados e interligados, em estreitas dependências, conduzirá a jamais
voltar-se aos parâmetros absolutos da Era de Peixes – muito embora ainda nela
estejamos cronologicamente –, onde a ênfase era dada em cheio a um comando principal
e absoluto sobre todos os demais que nele precisavam se apoiar, portanto um
comando autocrático, segundo imutáveis regras e liturgias. Ainda assim, em
Peixes, os conjuntos atuaram fracionados, com ideias, ideais e sentimentos
separatistas. Os esotéricos da Nova Era, no entanto, são orientados a
compartilhar cargos e posições rotativas, ou seja, devem ser treinados para a
possibilidade imediata de ascensão de membros ao desempenho do mesmo papel
ocupado pelo irmão anterior com igual efetividade e eficiência.
Nesse tipo organizacional, organicamente
simples, os cargos possam ser passíveis até de extinções, mas sempre existirá a
oportunidade de novas e mais dinâmicas adequações de trabalhadores e
rotatividades em relação aos novos cargos, embora se mantendo a coluna mestra da
organização com sua inatacável e correta filosofia. Nesse organograma de trabalhos se garantirá a abertura para os fluxos
de novas projeções de forças através de outras gamas de iniciados do plano
espiritual, a atender algumas necessidades do conjunto, enriquecendo o grupo
com suas experiências e distribuições de forças. Urge o espírito de grupo e suas
possibilidades em constituir e edificar poderosas egrégoras ligadas às
necessidades verdadeiras e emergentes, projetadas e planificadas em benefício
dos povos, dos reinos e do planeta em geral. E já há rituais e cerimoniais para isto com o
selo aquariano, sendo de capital importância a negação ao não-eu em favor do Eu
Sou para em futuro próximo, em séculos vindouros, consubstanciar-se
definitivamente a nova idade mentalista, muito menos dominada pelas fantasias e
falsas aparências.
Não estamos aqui a doutrinar ninguém nem
passar receituários esotéricos. Nossa principal intenção no livro, como já
acentuado, é de modesta, porém substancial resenha sobre o processo iniciatório
das vidas dos reinos, de suas consequências nas vidas humanas e do avanço
consciente ou inconsciente da humanidade nos processos evolucionários do Grande
Plano da Criação. Entramos de leve noutros temas, enfatizando também ao fato de
as vidas dos iniciados do passado terem sido pautadas por disciplinas e rigores,
e aqueles que não cumpriram às normas ou as tendo negligenciado conscientemente
obtiveram punições ou experimentaram retrocessos em suas caminhadas orientadas
pela Fraternidade Branca, muitos caindo na via da mão esquerda, o que se
arrependeram em vidas posteriores quando não demasiadamente envenenados. Esses
comentários não são possíveis evitar, e não estaríamos sendo honestos se deles
nos abstivéssemos passando a ideia de que tudo é válido desde que se esteja no
caminho do autoconhecimento e do despertar de forças, sejam elas positivas ou
negativas.
Não se
pode agir em dualidades com princípios iniciáticos; o caminho e o caminhante
devem fundir-se num único pensamento e desejo porque o iniciado é ambos, e ele
necessita distinguir esta postura por toda a sua vida. Isso sempre existiu a
partir dessa instituição nas passadas civilizações, e em tempos de perseguições
mais constantes, de traições e armadilhas, os verdadeiros iniciados preferiram
à morte a negar seus ideais, nunca traindo os seus juramentos nem prevaricando
do silêncio e segredos de suas atividades. Hoje os cultos são mais livres e
menos perseguidos por governos despóticos, principalmente no ocidente, mas nem
por isso são menos responsáveis, razão pela qual procuramos destacar mais que
tudo nestes parágrafos de iniciais palavras, a face dos dirigentes que falham
em suas percepções e atuações, como às dos seguidores que não cumprem suas
partes. E nisso também nos incluímos. E estas atitudes precisam ser evitadas ou
corrigidas, procurando-se sempre a identidade com o todo, acima e abaixo, para
respostas cada vez mais crescentes em poderes controlados, ao invés de buscar
em suas próprias investigações e parcerias isoladas a inclusão de forças
pessoais para agirem nos grupos organizados para ideais coletivos.
Ações desse tipo, conscientes e reacionárias,
acabam invariavelmente por excluir os dissidentes das correntes, mesmo que ali
continuem presentes por algum tempo, ou os excluem definitiva e rapidamente do
corpo das organizações. Digo isto por experiência própria ao ver grupos desfeitos,
particularmente numa das organizações de que participei, detentora de um
trabalho muito bem estruturado e produtivo, que se viu obrigada, pela
hierarquia espiritual, a excluir ou mandar excluir membros indisciplinados voltados
unicamente aos seus egos pessoais eivados de vaidades e orgulhos. A teimosa
atitude personalista de dois subgrupos em dois tempos diferentes abriram as
portas para a furiosa entrada das forças negativas que colidiram violentamente com
as forças da organização, ocasionando quebras da harmonia, rompimentos dessa
mesma harmonia com aqueles membros faltosos e muitos prejuízos aos trabalhos.
Outro ponto importante a comentar é sobre o
ceticismo materialista. Há muitas propostas erradas e sediciosas acerca do
materialismo disfarçado de ceticismo, desejando ludibriar intelectuais sem
compromissos, aos religiosos e esotéricos vacilantes e a seguidores de quaisquer
outros movimentos espiritualistas. Podemos classificar somente dois tipos
principais de ceticismo. O primeiro diz respeito ao próprio meio esotérico ou
religioso em que as investigações se façam necessárias para apuração de
exorbitâncias, fraudes ou ilusões mentais. Esse é um ceticismo respaldado pelo
conhecimento tutelar e se faz obrigatório quando conduzido sem hipocrisias e
interesses vis, contrariamente às manipulações coordenadas como as de homens
ignominiosos que no passado, na era negra do despotismo católico, produziram
maquinações criminosas e covardes conforme atesta a história universal. Essa é
uma comparação desproporcional ao enfoque dado aqui, feita unicamente para
relembrar o quanto se desviou da verdade e perdeu-se de vidas humanas por
manifestações de mentes diabólicas ocultas e atuantes sobre homens de visões
míopes e pensamento religioso fanatizado.
Aqueles crimes hediondos do passado, levados
a cabo nos subterrâneos religiosos inquisitórios, nessa atualidade não são mais
possíveis sob os olhares de governos democráticos e laicos. Não obstante, o
pseudo-ceticismo do presente é a extensão dos sentimentos anti-religiosos e
anti-esotéricos de tempos da inquisição e anteriores a ela, manobrados
consciente ou inconscientemente por homens que se fazem passar por
racionalistas e observadores neutros, sendo na realidade discriminadores, materialistas
e ateus que atuam vigorosamente com ranço e ódio disfarçados a fim de
atravancar e demolir os edifícios do conhecimento espiritualista. E como contam
com as facilidades dos meios de comunicação midiática, conseguem influenciar
mentes sem Deus ou despreparadas, levando muitos milhões de pessoas à hipnose
da tecnologia consumista e de diversões cada vez mais demolitórias de
princípios morais e educacionais vigentes desde há bem pouco tempo. São muitos
os artifícios que se põem a montar e a manobrar, mas, na verdade, são manobrados
pelas correntes negativas dos velhos e reincidentes senhores das trevas,
impulsionados pela própria polaridade negativa da mente concreta.
Nesses tempos de grandes descobertas da
ciência material, esses falsos céticos – que na verdade nada têm de agnósticos,
mas sendo portadores de um ateísmo aferroante e manifestadamente destrutivo –
nadam e mergulham em inúmeras teses e provas colhidas pela ciência que
erradamente entende a matéria como a única e absoluta realidade do universo. Os
neófitos esotéricos não devem jamais prestar atenção aos argumentos céticos de
natureza materialista, sob o risco de se verem atraídos pelas forças negativas
dissimuladoras de falsas proposições e assertivas científicas, e assim divididos
entre o Espírito e Maia não sairão do lugar.
O outro diz respeito ao que propagam os
místicos da Nova Era. Há profundas diferenças, e até mesmo dissensões entre
aqueles que somente creem numa era dourada a se construir na materialidade do
planeta, e divulgam isso sem as necessárias reflexões, e os esotéricos mais
calejados das escolas tradicionais cujas experiências e sabedoria não devem
nunca ser desprezadas. Esses centros tradicionais de ensino jamais perderão
suas fundamentais importâncias nos contextos ocultistas, e com toda a certeza
estarão iluminando o pensamento humano nos séculos vindouros. Mas é bem verdade
que os contatos extraterrestres hoje acontecem em números acentuados fora das
grandes escolas, embora nem todos sejam propícios às divulgações sem um exame
crítico acurado.
O planeta nesse momento de definições é alvo
das mais variadas inteligências de fora com interesses diversos, e com esses
objetivos elas se acercam dos novos grupos místicos e organizações de
trabalhos, influenciando de forma positiva ou negativa aos seus membros. Desatentos
médiuns, videntes e colaboradores, têm seus egos exaltados pelos
extraterrestres negativos, recebendo tarefas a executar e sendo dominados em
seus campos mentais a espalhar mensagens e profecias que jamais se concretizam.
Aquelas inteligências malignas detem no astral seus núcleos e segmentos de
forças que rapidamente dominam as bases dos grupos distraídos ou inexperientes,
manobrando-os ardilosamente para seus fins enganosos ou destrutivos. Não se
deve subestimar a capacidade demolitória dessas inteligências de polaridades
contrárias, pois seus interesses não são unicamente opor-se e sustentar
dualidades ou auxiliar-nos, mas sim obter tudo o que o planeta e sua humanidade
lhes possam oferecer para seus próprios e pessoais benefícios. Exatamente como
no passado, quando hediondos crimes contra nossas civilizações e heranças
genéticas naturais foram por milênios realizados, porque a imaturidade das
raças não pode a isso impedir, agravada pelos desleixos e ensurdecimento aos
conselhos e avisos dos mestres raciais.
Nesse segmento, temos sabido de mensageiros
a se denominarem das galáxias – quando o são de fato – de polaridade negativa,
não importando suas reais origens que podem ser unicamente terrenas, a
transmitir perfeitas e impressionantes mensagens a grupos ou fraternidades, a criar ilusões mentais e astrais,
às vezes plagiando mestres conhecidos da Fraternidade Branca, mostrando-se
interessados nos destinos da humanidade, ditando livros e preconizando mudanças
no planeta. Porém, em determinados instantes, expõem seus seguidores ao ridículo ou os
destroem moralmente quando não mais lhes servem aos seus interesses imediatos,
proporcionando combustível caótico aos céticos a fim de desacreditar a
realidade dos lídimos mensageiros e obreiros de nosso sistema solar. Este é um
alerta que merece ser levado em conta por que é um obstáculo que os obreiros
têm e terão diante de si com relativa frequência, em virtude das
características abertas da entrante Era de Aquário com suas forças ainda
desconhecidas pelos grupos somente entusiasmados. Ainda que no conteúdo da obra
citemos por alto esses fatos reais e verídicos, esse é um assunto de outra
esfera que não iremos nesse estudo nos aprofundar.
Desse modo, nesta inicial mensagem, cremos
ter podido transmitir aos irmãos de jornada pequena dose de nossa experiência
pessoal, esperando que o conteúdo do livro venha trazer outros subsídios a
justificar posteriores e mais aprofundadas pesquisas pelos interessados. Assim
seja.
Rayom Ra
07/05/2011
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CAPÍTULO I
REPASSES
NO TEMPO
O que é
a realidade? Essa intrincada questão sobreviveu através dos tempos ancorada no
fundo das consciências de pensadores. Maia ou não, a realidade é a dura
matéria, é a fome e sede, é desejo e sexo, é a vida de um corpo e sua morte
inevitável. Viver todos os dias é viver a realidade dos sentidos. Sofrer e
amar, odiar e superar os próprios limites estão dentro das capacidades de cada
um de nós – são as nossas mais comuns vidas como seres humanos, como homens e
mulheres!
Por milhões de anos o homem vem rolando pelas
terras, girando incessantemente com sua casa, seu planeta. Por incontáveis
gerações o panorama da vida vem descerrando diante de olhos jovens e surpresos,
de velhos e desencantados, as mesmas paisagens que limitam cada história.
Nômades vão e voltam; conhecem lugares e pessoas e a nada se prendem, mas sobre
suas cabeças o Sol é aparentemente o mesmo todos os dias e o céu é imutável em
seu invariável infinito.
Esta realidade cansa, repete-se até a
exaustão dos sentidos e após certo tempo parece-nos insignificante e
pretendemos ignorá-la, embora jamais consigamos. No entanto, esse mesmo Sol e o
mesmo céu – inolvidáveis – os dias e as noites que testemunham e registram as
dores, as lágrimas, os dramas e o sangue derramado, se calam para algo muito mais
vibrante, agudo, pulsante, às vezes tenebroso – a realidade da alma, tão
tangível dentro de cada um quanto é lá fora uma árvore ou pedra. É impossível
negá-la, nos escondermos dela, escaparmos ou nos isentarmos de sua perene e
infindável presença. Ela é a nossa dança, o ritual triste e aprisionante dos
dias e noites, o cerimonial mecânico e incompreendido que nenhuma palavra
humana de ordem pode mediar. Nenhum poder a modifica a não ser que assim
realmente desejemos. Mas mudá-la é atrair mais sofrimento; é restaurar à vida a
esperança de um fim sem final, um Maia remido sem astros nem poeiras! Que é
então a realidade da alma?
Se bem eu sei, a contagem do tempo em termos
humanos difere em significado dos cálculos ocultistas. Logo ao início de a
Genesis do Velho Testamento é dito: “Assim,
pois, foram acabados os céus e a terra, e todo o seu exército. E havendo Deus
terminado no dia sétimo a sua obra que fizera, descansou nesse dia de toda a
sua obra que tinha feito” – Gênesis 2. Nas interpretações esotéricas os
dias da criação não foram dias comuns, porém dias divinos de períodos imensos
que não tiveram propriamente começo nem terão fim por que são de um Moto
Contínuo.
Admitamos que a história do mundo conforme reza
o Velho Testamento, se prenda unicamente à vida de nosso planeta. A genesis
bíblica relata a criação de toda a natureza e por fim de Adão e Eva como os
protótipos de todas as raças humanas. Evidente que essa genesis é um capítulo a
parte da história universal, visto sabermos que a Terra para os ocultistas
detem outra história e para a ciência outra diferente. As descobertas fósseis
remetem cada vez mais a um passado muito mais distante quando do aparecimento
de o continente lemuriano. Por outro lado, no contexto esotérico, as duas primeiras
raças humanas tiveram início num tempo muito anterior à condensação física de
toda a natureza planetária, tendo existido milhões de anos antes do surgimento
da primeira raça com ossos no plano físico da Terra.
Teria a história do homem físico começado na
Lemúria há 20 milhões de anos? A datação contraria às remontagens da
arqueologia e às conclusões antropológicas que descobrem fósseis com idades bem
mais recuadas, segundo seus modernos métodos de aferições. Alguns estudiosos do
esoterismo sustentam que o homem lêmure pisara o solo ainda inexplorado sob
recentes vapores das lavas vulcânicas e sobre cinzas sedimentadas após tantas
ebulições. Teria respirado o ar ainda misturado ao exalante enxofre e
hidrogênio, tendo acima as nuvens carregadas de forte eletromagnetismo
polarizado das tempestades, das energias vagantes dentre um e outro roncar de
trovões, sob os clarões de coriscos e raios que ligavam a terra ao céu.
Já vimos em nossa obra “O Monoteísmo Bíblico
e os Deuses da Criação”, como se deram as criações das duas primeiras raças não
físicas conhecidas como Polar e Hiperbórea, cunhadas pelos deuses, ou
modernamente para nós pelas Hierarquias Criadoras. Voltando no tempo, e sob o
prisma da visão esotérica da criação, que não se faz meramente por suposições
nem somente partindo de achados arqueológicos, a vida de todos os reinos teve
início e vem evoluindo em várias fases dos diversos estágios anteriores ao
surgimento da matéria como hoje a conhecemos. Todo o sistema solar foi
construído segundo leis e regras pela sabedoria de um Deus Criador, chamado
pelos gnósticos e esotéricos de Logos Solar. Esse Logos manifestado em três
aspectos, variando para quatro no sistema Ofita, idealizou o sistema solar
segundo um planejamento minucioso desde um propósito de povoar o universo.
Nosso Deus Criador provém do corpo de um Deus ainda maior, chamado pelos mesmos
gnósticos e esotéricos de Logos Cósmico, e esse fabuloso Deus Maior é portador
de muitas outras experiências, que poderíamos chamar técnicas, para manifestar
sistemas solares sobre cuja engenharia e seu verdadeiro significado nada sabe a
ciência dos homens materialistas.
O memorial ocultista, no entanto, no quadro
da criação, armazena informações e conhecimentos da origem e evolução da Vida
em aspectos muito mais adiantados do que reúne concretamente a ciência sobre a
matéria e seus desdobramentos, pois a ciência humana começou realmente a
avançar sobre os segredos da matéria há somente algumas décadas. Os ciclos
evolucionários da Terra, queiram os céticos ou não, são programados e
administrados pelas Hierarquias Criadoras no sentido de fazer cumprir um cronograma
ainda maior e mais abarcante dentro do próprio sistema solar. Esse fato para a
ciência oficial terrena é sequer suspeitado por que ela trata somente da matéria
como causa e fonte de toda a existência, e se recusa oficialmente a ainda admitir
os princípios e leis confirmados pela física quântica que dariam origem a tudo
quanto existe ou existiu antes da manifestação do grande universo, conhecido na
versão científica como a explosão do big-bang.
Nosso planeta não é um corpo isolado que
tenha vindo casualmente à existência ou que tenha sua criação explicada por
processo imaginoso da ciência, cercado de várias outras aceitas hipóteses,
menos a verdadeira. A criação de um planeta destinado a ser o campo de evolução
das vidas e reinos segue a engenharia sideral do Criador incorporada em
grandiosas mentes de Hierarquias Criadoras. Essas Hierarquias, nas tradições
esotéricas do passado, detiveram vários nomes, como Elohim, Arhats, Barhishads,
Devas, Mônadas e outros. Um planeta como a Terra não é criado para agir
sozinho, como dissemos, e, portanto, a Terra não nasceu para ser uma casa
solitária. As Hierarquias são chamadas de Criadoras exatamente porque estão ao
desempenho de alavancar o Plano do Logos Criador para o nosso sistema solar e
sob Sua orientação e poderes assim trabalharam e continuam a trabalhar. E o
Logos não manifesta seu pensamento a nada que não incorpore um objetivo lógico
dentro do mecanicismo das leis conjuntas que Ele determinou atuar.
Essa ideia precisa ser fixada nas mentes dos
esotéricos de forma inalienável e inabalável, porque com o tempo e com a
aquisição de outras lições a semente germina e brota dando frutos que encherão
os galhos da árvore do conhecimento. O pensamento esotérico difere em muito do
pensamento concreto de um materialista, embora possam os esotéricos serem
matemáticos, físicos, engenheiros, químicos, médicos, biólogos ou pertencer a
qualquer outra atividade profissional que trate com dados e elementos
concretos. O entendimento da lógica espiritual está dentro de uma visão da alma
que para se manifestar não encontra barreiras no pensamento da personalidade.
Os céticos materialistas e ateus ao longo de suas encarnações perderam essa
capacidade de observar sem os olhos físicos e criaram blindagens conscientes ou
inconscientes em seus labirintos do raciocínio a fim de não aceitar causas sem antecedências
tangíveis.
Assim, não somente a Terra foi auxiliada na
sua edificação pelos Deuses da Criação ou Hierarquias Criadoras como essas
Hierarquias auxiliaram à manifestação de todo o sistema solar que se respalda
sobre dez cadeias planetárias tendo cada uma sete planetas. Novamente sugerimos
aos leitores que consultem a obra “O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação”
onde ali damos uma pequena idéia de como se constitui cada cadeia planetária e da
natureza da matéria de seus respectivos planetas nem sempre físicos, diferindo,
portando, do que somente admite a astronomia. A cadeia do planeta Terra está ao
desenvolvimento de seu quarto grande período de manifestação, ou encarnação, e
cada encarnação da cadeia envolve sete períodos de evolução da vida em sete
reinos. Na realidade, são dez reinos,
considerando-se três reinos elementais no arco involutivo dos mundos superiores,
e sete a partir do mineral, contando-se seis no arco evolutivo trabalhados
pelos sete giros da Vida, de planeta a planeta, por toda a cadeia.
Esses giros são conhecidos por rondas e nelas
todos os reinos experimentam evoluções desde mundos de matéria mais refinada
até ao mundo físico concreto onde agora se concentra praticamente a Vida
integral da cadeia. A ronda ao alcançar o sétimo planeta terá completado um
giro, que em termos de datação terrena levará talvez alguns milhões de anos, e
grande percentual da Vida manifestada na cadeia virá se preparar para um novo
giro e novas aquisições. Ao complemento da sétima ronda chegará ao final mais
uma encarnação da cadeia. Daí que os ocultistas entendem e obtém maiores e mais
profundas informações do enigma da vida e do tempo de existência da Terra e do
próprio sistema solar do que entende e admite a ciência materialista. (1)
(1) O
campo de evolução que conhecemos em nosso sistema solar compreende sete planos
de existência, chamados também de mundos e que são:
1. ADI - MUNDO DE DEUS
2. ANUPADAKA - MUNDO DA MÔNADA OU ESPÍRITO PURO
3. ATMICO - MUNDO ESPIRITUAL
4. BUDHI - MUNDO DA INTUIÇÃO
5. MANAS - MUNDO MENTAL (Abstrato e Concreto)
6. ASTRAL - MUNDO EMOCIONAL
7. ETÉRICO-FÍSICO - MUNDO DOS ÉTERES E DA MATÉRIA DENSA
“O
Terceiro Logos, A Mente Universal, atua sobre a matéria do espaço –
Mulaprakriti, A Celestial Virgem Maria, modificando do equilíbrio estável para
instável às três qualidades da mesma Tamas (inércia), Rajas (movimento) e
Sattva (ritmo), pondo-se, por conseguinte, em movimento contínuo em relação com
as outras. O Terceiro Logos cria assim os átomos dos cinco planos inferiores,
Atma, Buddhi, Manas, Kama e Sthula (Adi e Anupadaka já existiam antes de o
Logos surgir no cenário do futuro sistema solar – Nota de Rayom Ra).
Fohat os eletrifica, dando-lhes vida e separa
a substância primordial, ou matéria pregenética (Mulaprakriti), em átomos.
(...) Há três etapas na formação desses átomos:
1) A fixação dos limites dentro dos quais a
vida do Logos vibrará. Isso é conhecido como a “Divina Medida”, ou “Tamatra”.
2) A demarcação dos eixos de crescimento do
átomo; as linhas que determinam sua forma correspondem aos eixos dos cristais.
3) Pela intensidade da vibração e da relação
angular dos eixos entre si se determina a superfície ou parede do átomo.
Sob a atividade diretora do Terceiro Logos,
se despertam nos átomos de cada plano novos poderes e possibilidades de atração
e repulsão, de maneira que se juntam em moléculas; dessas moléculas simples se
formam outras mais complexas, até que em cada um dos cinco planos haja seis
subplanos inferiores, havendo assim o total de sete em cada Plano. A matéria
dos subplanos assim formados não é, todavia, a existente agora. O que produz
novas integrações nas formas de matéria com as quais estamos familiarizados,
são as energias atraídas mais fortemente e coesivas pelo Segundo Logos, ou
seja, o aspecto Amor-Sabedoria. Ademais, as correntes dos átomos, conhecidas
como espirilas, não são constituídas pelo Terceiro Logos, senão pelas Mônadas
(...). As espirilas alcançam ao curso da
evolução, normalmente uma em cada ronda. Muitas das práticas de Yoga são
dirigidas a produzir um desenvolvimento mais rápido das espirilas. (...) A essa
Obra do Terceiro Logos se denomina correntemente a Primeira Onda de Vida ou A
Primeira Emanação.
A Segunda Grande Onda de Vida Divina,
procedente do Segundo Logos ou Segunda Pessoa da Trindade, desce à matéria
vivificada pelo Terceiro Logos e essa descida é geralmente conhecida como A
Segunda Emanação. (...) Lenta e gradualmente, esta irresistível corrente de
vida flui através dos diversos Planos e reinos, permanecendo neles por um
período igual em duração a total encarnação de uma cadeia planetária, que
compreende muitos milhões de anos. (...) A Onda da Vida depois de reunir
material do Plano Causal (O Plano Mental Abstrato ou Superior - R/R) combina
então o que nesses níveis corresponde à substância e com estas constrói formas
em que habita e isto se chama O Primeiro Reino Elemental.
(...) Depois de evolucionar através de
diferentes formas durante um completo período da cadeia no citado reino (sete
rondas –R/R) a Onda da Vida que constantemente pressiona para baixo se
identifica com estas formas a tal ponto que, em vez de ocupá-las e abandoná-las
periodicamente, está em condições de retê-las permanentemente e fazer-las
partes de si mesma. (...) Depois de passar um período inteiro da cadeia neste
estado, a constante pressão para baixo produz a repetição do processo. Uma vez
mais a vida se vai identificando com suas formas e vai tomando residência nos
níveis do Mental Inferior. Logo toma formas de matéria astral e se converte no
Terceiro Reino Elemental. Depois de permanecer todo um período da cadeia no
Terceiro Reino Elemental, a vida de novo se identifica com tais formas e assim
pode animar a parte etérica do reino mineral, chegando a ser a vida que
vivifica este reino e em sucessões aos reinos vegetal e animal.
(...) A Terceira Emanação procedente do
Primeiro Logos (A Terceira Grande Onda de Vida) origina a formação de entidades
individuais ou seres humanos “. (AEP)
No quadro acima, podemos ainda destacar o
sentido de o arco de descida das emanações até o reino mineral. Neste reino, a
Segunda Onda se estabiliza para depois recomeçar em sentido do arco de subida
até atingir o final do período evolutivo do reino animal quando muitos
representantes das espécies estarão prontos para individualizar-se em
animais-homens. A individualização somente acontecerá quando a Terceira Grande
Onda descer até o reino animal e estimular em definitivo o despertar do corpo
causal de cada representante de espécies na condição de avançar ao reino
hominal, formando assim novos seres humanos que por milhões de anos continuarão
no arco de subida até atingir os reinos superiores. Os três reinos superiores,
por oportuno, já pertencem ao âmbito do homem espiritualmente evoluído,
chamados por AAB de “O Reino das Almas”, sob o qual a ênfase é dada ao
desenvolvimento completo do fator intuitivo, “O Reino Planetário”, em que a criação
é a ferramenta de trabalho no planeta, em consonância direta aos ditames do
Plano Evolutivo, e “O Reino Solar” para aqueles que operam ao nível da Mente
Universal do Logos.
No processo evolucionário da cadeia centrado
no planeta Terra, as três primeiras rondas trabalharam especialmente a matéria
astral e etérica, sendo somente a partir da quarta ronda que o aspecto matéria
sólida começou a se concretizar. Nesse particular, vejamos o que nos diz AEP:
“A Terra ao início da quarta
ronda encontrava-se numa condição de terrível revolvimento: a natureza toda
convulsionava de maneira gigantesca, montanhas despencavam, vulcões roncavam ou
entravam em súbitas e violentas erupções, ondas gigantes cobriam regiões
inteiras da Terra em avalanches de lavas misturadas à rochas, a exemplo de
montanhas que se encontrassem jogando-se de um lado a outro como em disputas. O
fogo surgia em todos os lugares; tornados, tormentas e vendavais açoitavam a
todo instante. Por 200 milhões de anos essas convulsões continuaram
ininterruptamente, prosseguindo após, periodicamente, com longos intervalos.
Por 300 milhões de anos os espíritos da
natureza estiveram ocupados em trabalhos, dando formações aos minerais,
vegetais e animais de tipos inferiores. Eles também haviam aproveitado formas
em conchas, resultantes das sobras das três rondas precedentes tentando
formatá-las em novos tipos de organismos viventes. Os resultados se revelaram
em monstros híbridos e estranhos de todos os tipos de gerações, metade humanas
metade animais. Formas reptilianas diversas começaram a surgir. Poderia
dizer-se que tinham sido produtos da “mão aprendiz da natureza”, pois esse
trabalho dos Devas inferiores, os espíritos da natureza, não tiveram a
assistência e poderes guiadores dos Senhores Lunares.
Quando os incessantes revolvimentos estavam
próximos de terminar alguns dos Senhores Lunares, ou Barhishads, vieram para
ver se a Terra estava pronta para a criação do homem. Todas aquelas formas
inferiores foram então varridas do cenário terreno, presumivelmente para
desobstruir as vias para o surgimento do homem em formas superiores de vida”.
Entendemos todo esse tempo como de
pré-atividade no mundo etérico-astral, anterior ao surgimento das duas
primeiras raças humanas - a Polar e a Hiperbórea – nascidas dos Chhâyâs ou
duplicações dos corpos astrais e etéricos dos Senhores Lunares ou Pitris. Pelas
contas da ciência oficial, calcula-se que o princípio do período Pré-Cambriano,
teria ocorrido há mais ou menos 4.5 bilhões de anos quando da criação da Terra.
No entanto, pelas revelações esotéricas entendemos o período pré-cambriano, se
assim o classificássemos, há no mínimo 7 bilhões de anos.
As duas
primeiras raças se desenvolveram com envoltórios formados pelo fogo e pelo éter.
Consideram os esotéricos que o planeta em formação apresentava na ocasião
condições ambíguas em relação à sua matéria mais densa. O Plano ou Mundo Etérico,
dos tempos Pré-cambrianos até a era Cenozóica-Paleoceno de 65.5 milhões de anos
para cá, esteve em constantes transformações e sendo provável a matéria
concreta no mundo físico se ter consubstanciado definitivamente nalgumas partes
do planeta, em períodos diversos embora permanecesse interligada à matéria
etérica numa escala vibratória até hoje não percebida pelos olhos humanos. Os
relatos de os trabalhos levados a efeito pelos espíritos da natureza antes da
chegada dos Pitris Lunares se davam entre ambos os planos uma vez que ambas as
matérias não haviam ainda se separado completamente para as suas formatações
atuais. (2)
(2) 1.
“A constelação solar que vos serve de morada, além de sua expressão física,
possui também seu duplo etérico, que significa a “matriz” oculta de todo o
sistema. A Terra como um planeta que gira dentro desse sistema, também possui,
por sua vez, o seu próprio corpo etérico, mais individualizado à sua forma, às
suas necessidades e responsabilidades no Cosmo. O éter do corpo físico da Terra
infiltra-se e interpenetra todas as coisas que nela existem, sejam as
montanhas, os mares, rios, minerais, florestas, vegetais, animais, insetos,
vermes, pássaros ou seres humanos. Assim como existe o duplo etérico da
floresta material, na forma de outra floresta luminosa, semelhante a um cenário
de celofane – onde vivem os espíritos dos silvícolas, julgando-a seu campo de
caça. – há também o duplo etérico de cada pinheiro, arbusto ou lâmina de capim!
A reprodução é exata, perfeita e hermética; é uma outra Terra, com todos os
seus pertences, sem faltar a figura etérica do esvoaçante grão de areia! Serve
de morada a fadas, gnomos, sílfides, salamandras, ondinas, nereidas e outros
tipos de elementais e energias ainda ignoradas na própria tradição esotérica.
O condor que voa sobre os Andes ou o verme
que se arrasta no seio da terra úmida são apenas a materialização objetiva, aos
vossos olhos, do mesmo condor e do mesmo verme que vivem e palpitam no seio
recortado do éter que lhes atenda à forma idiossincrásica. Quando por efeito da
morte da aranha ou de uma águia, a sua forma se desintegra no mundo físico, a
ave ou a aranha prosseguem no verdadeiro mundo de sua origem – o éter astral! E
como ainda não dispõem de discernimento da consciência, nem chegam a notar a
diferença vibratória do novo “habitat” prosseguem no seu voo ou na sua teia de
seda etérica, no panorama etérico e ainda mais belo e vibrátil! (Ramatís –
Mensagens do Astral pg. 267-268). “
2. “Logo que entramos neste reino da
Natureza, estamos num mundo invisível e intangível. Aqui não servem os sentidos
comuns e, por tal razão, esta parte do Mundo Físico está praticamente
inexplorada pela ciência material.
O ar é
invisível, mas a ciência sabe que existe. Por meio de instrumentos apropriados
pode medir-se a velocidade do vento e, pela compressão, o ar pode tornar-se
visível como ar líquido. Não é tão fácil obter o mesmo resultado com o éter. A
ciência material admite-o como necessário para a transmissão da energia
elétrica com fios ou sem fios. Viu-se obrigada a enunciar como postulado, a
existência de uma substância mais sutil do que a conhecida, chamando-a ÉTER.
Não sabe realmente que o éter existe, porque a técnica científica não encontrou
ainda um recipiente capaz de confiná-lo, por ser substância ilusiva à atual
análise laboratorial. Não podem medi-la, pesá-la ou analisá-la com os aparelhos
de que atualmente dispõem. Para o clarividente exercitado o éter é tangível,
como os sólidos, líquidos e gases da Região Química são para o homem comum, e
vê as forças vitais darem vida às formas minerais, vegetais, animais e humanas,
nelas fluindo por meio dos quatro estados do éter (O éter químico, o vital, o
luminoso e o refletor – Nota de Rayom Ra)”. (Max Heindel – Conceito Rosacruz do
Cosmos)
3. “Vou
defender a tese segundo a qual a luz, seja de que espécie for, é um fenômeno
elétrico: tanto a luz solar, como a de uma candeia ou a de um pirilampo. Suprimamos
a eletricidade do mundo, e teremos acabado com a luz; tiremos do mundo o éter
luminicio e deixarão de cruzar o espaço as ações elétricas e magnéticas.
Tal é a nossa tese. Não é coisa de hoje nem de ontem: tem já atrás de si
uma longa história. Investigações como as levadas a cabo por mim, não são senão
um elo de uma longa cadeia (Heinrich Hertz)”.
Sobre os achados arqueológicos e as datações
antropológicas temos que a revista Science vem recentemente de publicar sobre a
descoberta de restos fósseis de um tiranossauro no hemisfério sul, num sítio
geológico de pelo menos 105 milhões de anos. Roger Benson, co-autor de um
estudo sobre o achado, assim se manifestou: "Embora
tenhamos um único osso, ele prova que há 110 milhões de anos, pequenos
tiranossauros como este poderiam ter vivido em qualquer parte do planeta"
Outra notícia de descoberta recente nos vem
da Universidade de Leicester, na Inglaterra, sobre um fóssil ainda mais antigo
que teria vivido nos oceanos há 425 milhões de anos, batizado pelos
pesquisadores de Colymbosathon Ecplecticos, tornando-se assim o mais antigo
fóssil encontrado até o momento.
Ao surgimento e evolução da primeira raça – a
Polar – as condições do planeta continuavam a sofrer mudanças, conforme ainda
relata AEP:
“Durante extensas e desconhecidas eras pelas quais a primeira
raça viveu, a Terra passava a estabilizar-se em condições mais firmes, os
cataclismos eram locais e não mais gerais. Novas terras emergiam lentamente à
superfície de desertos aquosos, estendendo-se para além dos promontórios do
primeiro continente, formando o vasto cenário do segundo continente como ferradura
de cavalo, que se chamaria Hiperbóreo ou Plaksha. Ocupava a área hoje do
nordeste da Ásia, juntando-se Greenland e Kamschatka, indo em direção do sul
pelo grande mar que se espraiava onde hoje se estende o deserto de Gobi com
suas extensões de areia. Spitzbergen formava parte junto com a Suécia e
Noruega, estendendo-se ao sul-sudoeste sobre as ilhas britânicas. A Baia de
Baffin era então terra que incluía as ilhas agora lá existentes”.
Temos de fato incertezas acerca de tempos e
datas do surgimento da vida animal e humana no cenário terreno. É-nos difícil
imaginar que num cenário de ebulições do planeta com vulcões, tempestades de
fogo e água fervente, lavas vulcânicas e cinzas quentes se espalhando, abismos
se abrindo e tragando superfícies, e a natureza vegetal inexistindo, que
animais pré-históricos pudessem ter nesses tempos sequer surgido. Parece-nos,
desse modo, que há 425 milhões de anos, pelas descrições esotéricas, o planeta pelo
seu lado físico era só parcialmente habitável. Precisamos então reestudar
nossos parâmetros temporais.
Se a recente descoberta do Colymbosathon
Ecplecticos data realmente de 425 milhões de anos, ele pertenceria à Era
Paleozóica, em que, segundo nossa ciência oficial, começam a surgir os
primeiros vertebrados aquáticos. Há mais ou menos 350 milhões de anos, segundo
ainda a ciência, os aquáticos se metamorfoseiam para anfíbios; haveria muitas
plantas e répteis que viriam gerar os dinossauros, havendo a hipótese da
existência de um só continente chamado Pangéia. Como se sabe, essa é a hipótese
criada em 1917 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, segundo a qual
há 200 milhões de anos havia somente uma formação continental, chamada por ele
de Pangéia, banhada por um único oceano chamado de Pantalassa. Discute-se
também que essa data poderia ser de 540 a 250 milhões de anos na Era Paleozóica.
Por acontecimentos desconhecidos, o
continente se fragmentou dando origem às formações de dois outros continentes,
chamados Gondwana e Laurásia. Gondwana seria formado pelas atuais América do
Sul, África, Austrália e Índia enquanto Laurásia teria se constituído de América
do Norte, Europa, Ásia e Ártico. Essa hipótese de um homem de ciência nos
parece um rascunho das afirmações ocultistas sobre a existência de o continente
da Lemúria e posteriormente Atlântida, quando neste último não havia ainda
separações continentais, o que ocorreria alguns milhões de anos depois por
periódicos cataclismos que afundariam terras e sobrelevariam outras submersas.
Um fato que a ciência afirma é o da extinção dos dinossauros, que teria
acontecido há mais ou menos 65.5 milhões de anos, após a Era Mesozóica, começada há
245 milhões de anos. Nossas dúvidas se estendem tanto ao fator cronológico
quanto aos elementos vida x condições ambientais num plano de desenvolvimento
da flora e fauna nas suas vidas de reinos.
Considerando, no entanto,
ao fato de a primeira raça física ter estado na Terra há 20 milhões de anos,
conforme relatos esotéricos precisamos adequar mais corretamente o tempo, em
vista de esses dados nos terem levado a algumas interpretações dúbias ou
erradas. Vejamos o que diz esse texto:
“A Terra tinha mudado lentamente. “A Grande Mãe trabalhara sob
ondas (...) Ela houvera trabalhado intensamente para a terceira raça e sua
cintura e cordão umbilical apareciam sobre as águas. Era o cinturão o sagrado
Himavãt que se estendia ao redor do mundo” (A Doutrina Sagrada)”.
“O mar ao sul de Plaksha
cobria o deserto de Gobi, Tibet e Mongólia e das águas do sudeste a cadeia do
Himalaia emergia. Lentamente a terra emergiu do pé do Himalaia em direção ao
Ceilão, Sumatra, Austrália, Tasmânia e Ilhas de Leste, do oeste para Madagascar
e parte da África, incluindo-se também Noruega e Suécia, leste e oeste da
Sibéria e Kamschatka. Esse vasto continente era Lemúria o celeiro da raça na
qual a humanidade estava destinada a aparecer. Seu antigo nome era Shâlmali.
O continente equatorial
da Lemúria na época da maior expansão praticamente envolvia o globo
estendendo-se desde as Ilhas de Cabo Verde a umas poucas milhas da costa de
Sierra Leone, no sudeste através da África, Austrália “Society Islands” pelos
mares até um ponto distante de um grande continente de ilhas, em tamanho
aproximado a América do Sul, que se estendia ao remanescente do Oceano
Pacífico, incluindo “Cape Horn” e partes da Patagônia”. (AEP)
Vamos entender então que
o continente lemuriano teria surgido na Era Paleozóica e desaparecido há
700.000 anos antes do Eoceno Terciário. Entretanto, supomos que parte da raça
lemuriana desapareceria com o continente, mas parte dela seria preservada a fim
de servir de estoque para dar a formação à quarta raça-raiz chamada Atlante. E
isso começaria de fato, já no continente Atlante, há mais ou menos 20 milhões
de anos na decorrência da quarta subraça lemuriana, quando já havia a separação
dos sexos e logo depois Sanat Kumara chegava de Vênus. (3)
(3) 1. “Chegou a hora decisiva da Iniciação
na Terra. A natureza e a parte seleta da humanidade estavam preparadas. Na
Terra a Estrela Polar de Lemúria anunciava a vinda de Sanat Kumara. O majestoso
Senhor despediu-se de seu povo, de seu planeta e da bem-amada Vênus, com mais
três Kumaras. Então elevou-se na atmosfera acompanhado pela sua corte de anjos
e mestres. Da aura de Vênus ergueu-se a enorme estrela de quíntuplas pontas e
pairou sobre aquele globo. Os venusianos tinham conhecimento das atividades
cósmicas do excelso Kumara através da aparição desse astro, o que já havia sido
anunciado. Todos os corações estavam concentrados na estrela e aguardavam sua
mensagem, naquela hora máxima. Vagarosa e majestosamente elevavam-se os
imponentes Kumaras, seguidos pela corte, derramando suas bênçãos sobre o
planeta Vênus. A estrela afastava-se e os Senhores do Amor dirigiam-se à aura
da Terra. Todos os habitantes de Vênus prosternaram-se e cantavam um
maravilhoso hino de amor e bênçãos que se tingiu com as tristezas da despedida,
envolvendo no manto do Amor Sagrado a forma que desaparecia no firmamento.
Ao se aproximarem da
Terra escura, que girava sobre seu eixo e quando já à vista dos trinta
construtores da cidade da “Ilha Branca”, estes, altamente emocionados, caíram
de joelhos, felizes e agradecidos por haverem terminado, no tempo exato, o
magnífico Templo destinado a receber o venerável Santo. Os Kumaras desceram com
dignidade e donaire; neste instante, elevou-se, no alto do Templo, a Chama da
Trindade. Assim começou o longo trabalho do Senhor do Mundo, ativando nos
corações dos humanos a Luz espiritual, a Chama Trina, que os mantinha com vida.
O primeiro Kumara espiritualizava (punha em movimento) a Chama Azul, o segundo
Kumara, a Chama Dourada, o terceiro a Chama Rosa. Neste instante sagrado para
toda a humanidade, Sanat Kumara penetrou nesta Chama Tríplice em um único foco
de Luz que jaz no coração de cada emanação de vida pertencente à evolução da
Terra. (Sanat Kumara – FEEU – Fascículo No 12)”.
2. “O Logos Planetário
de nosso plano terrestre, um dos Sete Espíritos perante o Trono, encarnou-se
fisicamente e, sob a forma de Sanat Kumara, O Ancião dos Dias e o Senhor dos
Mundos, desceu para este planeta físico denso e tem permanecido conosco desde
então. Devido à extrema pureza de Sua Natureza e ao fato de que é (do ponto de
vista humano) relativamente sem pecado e, portanto, incapaz de reagir a
qualquer coisa do plano físico denso, Ele não pode adotar um corpo físico
denso, como o nosso, e tem de atuar no seu corpo etérico. Ele é o maior de
todos os Avatares, ou Seres que virão, pois é um reflexo direto daquela grande
Entidade que vive, respira e age através de todas as evoluções deste planeta,
mantendo tudo dentro de sua aura, ou esfera magnética de influência. Nele nós
vivemos, nos movemos e temos nosso ser, e nenhum de nós pode ultrapassar o raio
de sua aura. Ele é o Grande Sacrifício que deixou a glória dos altos lugares e,
para o bem da evolução dos filhos dos homens tomou para si uma forma física à
semelhança do homem. Ele é o Vigilante Silencioso no que concerne à nossa
humanidade imediata, embora, literalmente, o Logos Planetário no plano superior
da consciência na qual ele atua, seja o Vigilante Silencioso no que diz
respeito ao nosso esquema planetário.
O terceiro reino da
natureza, o reino animal, atingira a um grau de evolução relativamente alto e o
homem animal possuía a Terra; ele era um ser com um corpo físico poderoso, um
corpo astral ou o corpo de sensações e sentimento, coordenado, e um rudimentar
germe da mente que poderia algum dia formar um núcleo do corpo mental.
Abandonado a si mesmo por longos éons, o homem animal teria finalmente
progredido até passar do reino animal para o humano, e se teria tornado uma
entidade racional funcionante, consciente de si própria, mas quão lento o
processo teria sido pode ser evidenciado pelo estudo dos boximanes da África do
Sul, dos Vedas do Ceilão e dos cabeludos Ainus do Japão.
A decisão do Logos
Planetário, de adotar um veículo físico, produziu um estímulo extraordinário no
processo evolutivo, por Sua encarnação e pelos métodos de distribuição de força
que empregou, Ele produziu, num breve ciclo de tempo e que de outra maneira
teria sido inconcebivelmente vagaroso. O germe da mente no homem animal foi
estimulado. (...) A sede central dessa Hierarquia é Shamballa, no centro do
deserto de Gobi, chamada nos livros antigos a “Ilha Branca”. Ela existe em
matéria etérica, e quando a raça dos homens na Terra tiver desenvolvido a visão
etérica, sua localização será reconhecida e sua realidade admitida”. (AAB)
3. “Todos os
retardatários tinham sido trazidos; não havia mais nenhum representando do
reino animal capaz de ascender ao humano. A
“porta” seria “fechada” para qualquer outro imigrante do reino animal para o
reino humano; somente quando não houvesse nenhum outro candidato capaz de
alcançar o nível humano, sem a repetição de um tremendo impulso que podia isto
acontecer uma vez no Esquema Evolutivo, no seu ponto mediano. Um grande evento
astrológico ocorreu com a posição de planetas e as condições magnéticas da
Terra tornaram-se as mais favoráveis possíveis, e esse foi o tempo escolhido.
Isso aconteceu há 16.5 milhões de anos. Nada permaneceu para ser feito, exceto
aquilo que eles mesmos tinham a fazer.
Então, com um poderoso ruído da macia descida
de incalculáveis alturas, cercada de fluxos de massas ígneas que tomavam a todo
o céu, de línguas de fogo que rebrilhavam sobre o espaço aéreo, a Carruagem dos
Filhos do Fogo (A Nave – R/R) dos Senhores da Chama de Vênus estancou pairando
sobre a Ilha Branca no deserto de Gobi. A
verde e radiante Terra com fragrantes flores oferecia-se à sua melhor maneira
para dar as boas vindas ao Rei – o grande Ser conhecido como o Rei do Mundo,
Sanat Kumara, com seus três assistentes e o remanescente de seu corpo de
trabalhadores”. (AEP)
O processo evolutivo dos lêmures avançou a cada subraça e a par
de construir uma civilização, edificando cidades, estradas e tendo os Pitris
Lunares e Sanat Kumara a ajudar no seu aprimoramento físico, eles passaram a
receber ensinamentos especiais. Da quarta subraça lemuriana, os melhores elementos
foram trabalhados para vir formar a futura raça atlante milhões de anos depois,
enquanto a grande maioria da quarta subraça evoluía para a quinta subraça e
nesse andamento a Lemúria cumpriria mais tarde seu ciclo evolutivo de sete
subraças, sendo sucedida no enfoque principal das raças pela quarta raça,
chamada Atlante.
CAPÍTULO II
A
CONSCIÊNCIA DOS REINOS
A natureza inteira se concentra num processo
interligado. Todas as vidas são uma só vida em miríades de formas e aspectos e
os reinos co-existem em dependências uns dos outros. Os três reinos elementais
que se distribuem respectivamente no plano mental abstrato, no mental concreto e
no plano astral não processam as mesmas condições evolucionárias com as vidas
no arco de descida da mesma maneira que os quatro reinos conhecidos pela humanidade
processam com as vidas neles imbricadas. E nem poderiam aqueles reinos
elementais assim processar pela essencialidade de suas naturezas e pelos planos
aonde se manifestam. Deles pouco se sabe por ser ainda para os ocultistas de
graus menores de difícil ou nenhuma incursão aos seus domínios, representando
realmente mistérios. Já os quatro reinos normalmente conhecidos detêm um grande
número de pesquisas tanto pela ciência materialista como pela ciência esotérica
que mais ainda se aprofunda nos seus segredos.
Os reinos avançam em seus campos de ação
através de bilhões de anos evoluindo em consciência. Isso pode parecer estranho
uma vez que nossa tendência natural é admitir que somente os reinos animal e o
humano tenham condições de deter experiências que possibilitem o alargamento da
consciência. Não obstante, se
entendermos que todas as vidas de um reino estão sob a Vida do Logos e Sua
consciência está em tudo, não haverá estranheza ao fato. A Alma Universal
infere diferentes graus de consciência aos reinos durante suas evoluções em
função das várias características de cada reino, de suas necessidades e ao
papel que a eles cabe desempenhar em relação ao todo da natureza. A passagem
completa de um reino pelo planeta para seu total desempenho e avanço, dura a
encarnação inteira de uma cadeia, ou seja, sete rondas em milhões de anos,
contagem essa que não se sabe ao certo de seus verdadeiros números por que é
considerada exotérica, havendo outra oculta ou esotérica que talvez resulte em
bilhões de anos, contados nas descidas e subidas das rondas pelos planos acima
em termos mais abstratos e até em termos não tempo.
Ao cabo das rondas, as vidas de um reino que
conseguiram avançar em suas experiências estarão aptas a passar para o reino
seguinte na próxima encarnação da cadeia. Os produtos que não avançaram o
necessário continuarão no mesmo reino, provavelmente nas sete próximas rondas,
e terão a companhia de novas vidas egressas de um reino anterior. Assim, por
exemplo, do terceiro reino elemental desce nova onda de vida migrando para o
reino mineral. Os produtos deste reino que aproveitaram bem seus estágios na
encarnação da cadeia virão migrar para o reino vegetal, os deste irão para o
animal e os do animal finalmente virão ao humano. Esses upgrades se verificam
normalmente quando é feito o balanço de uma encarnação da cadeia, ocasião em
que as Hierarquias Criadoras tomam as devidas providências durante o período de
repouso chamado de Pralaya da Cadeia. Nessa duração de pralaya, a cadeia sai da
objetividade e permanece oculta num entretempo de uma encarnação a outra
durante um manvantara. Manvantaras são períodos de manifestações da vida em
diversas situações que compreendem ciclos imensos de um universo inteiro e
ciclos gradativamente menores como de um sistema solar, de uma cadeia e de uma
só ronda.
Entretanto, contrariamente às vidas em
atrasos, existem casos de vidas que avançam acima da média e podem passar ao
reino seguinte antes mesmo de haver o balanço geral. Desse modo, ficarão entre
as ultimas vidas do reino ao qual acabam de migrar. Quando se fala em consciência
de reino, evidentemente estamos nos referindo de maneira geral às essências
elementais dos reinos, muito embora a matéria dos reinos, ronda após ronda,
encarnação após encarnação da cadeia, vá também se sutilizando e adquirindo
estados de consciência cada vez mais trabalhados. Sabemos que tanto espírito
quanto matéria interagem nos processos evolucionários da cadeia por que a Vida
como uma só manifestação, na sua essência primeva, é instada a trabalhar e
evoluir todos os reinos e assim elevar o planeta em todos os seus graus de
matéria a estágios mais avançados no panorama da cadeia e do próprio sistema
solar. Porém, quando falamos que certas espécies de reinos se adiantam ou
permanecem estacionárias, referímos-nos muito mais ao processo em que grupos de
formas elementais, incorporadas e caracterizadas nas suas espécies, adquirem as
experiências necessárias nas diversas situações dos reinos, enriquecendo, paralelamente,
às tríades que mergulham nas vibrações mais densas da matéria físico-etérica,
da matéria astral, e nos casos de animais adiantados que alcançam as fronteiras
das vibrações mentais. Observemos o seguinte:
1. “A intrarelação, a necessidade básica de todos os reinos em
interagir, é a prova mais cabal dessa consciência universal integradora da
Vida. Somente homens muito evoluídos mental e espiritualmente terão condições
de sintonizar-se plenamente com essa vontade consciente do Logos que impregna a
todos os átomos da existência com a mensagem evolucionária única. Essa idéia
chega ao homem de mediana evolução de maneira fragmentária, via canal
intuitivo. No mais, a consciência do Logos, Seu Espírito, despertará unicamente
conjeturas ao homem reflexivo, embora em todos os homens seja indissociada(o)
como vida autoconsciente manifestada(o) num grau mais elevado em relação aos
reinos, e nas vidas dos reinos se imprima basicamente numa Entidade (que
podemos também chamar na sua totalidade de Vida, Vida-Elemental, Vida-Reino,
Egrégora-Reino, Energia-Criadora, etc.) através da ação, impulsos instintivos e
movimentos. O esotérico trabalha com maior afinidade a idéia da criação porque
é treinado na reflexão a meditar com frequência sobre os mecanismos subjetivos
da Vida, e também porque se esforça no sentido de aprimorar a percepção
intuitiva. O intuitivo “vê” com os olhos da alma tanto do interior para o
exterior como ao inverso”.
2. (...) “as vidas que um dia serão humanas,
não foram exatamente animais, nem vegetais ou minerais, pois em suas passagens
por esses reinos obtiveram as experiências dos reinos desde um plano de
existência acima das manifestações das espécies. Entretanto, as vidas
encarnadas como homens, liberadas das ligações das almas-grupos e, portanto,
individualizadas, trarão incorporadas as reações primárias sob o imperativo do
instinto, sobrepostas por uma gama de experiências adquiridas por milhões de
anos nos reinos pregressos, que as auxiliarão a sobreviver em grupamentos
humanos afins”.
3. (...) “Almas-grupos
são formações de essências elementais e atômicas capturadas pelas
unidades-vidas (tríades) em seu processo de descenso pelos reinos elementais e
mundo etérico. Possuem três capas protetoras ou anéis constituídos da
inteligência do Segundo Logos, formando uma envoltura tríplice no interior da
qual as unidades-vidas permanecem ativadas por um mesmo raio cósmico. Os
resultados conseguidos por uma alma-grupo, por veículo das vidas nas suas
interações com determinadas espécies de um reino, são cumulativos e
distributivos, pois a cada ciclo de evolução esses resultados enriquecem a
alma-grupo, as unidades-vidas e os representantes das espécies”. (O Monoteísmo Bíblico... – pg. 115 - Rayom Ra)
Ao mencionarmos as tríades precisaremos
fazer um rápido resumo sobre suas existências a fim de que se tenha um reforço
na ideia de como as experiências dos reinos são possíveis às mônadas, almas e
personalidades, sem que isso represente um tipo de encarnação de almas em
corpos minerais, vegetais ou animais, que de fato não ocorre, conforme já nos
referimos. Mônadas são as vidas que já vieram com o Logos ou Deus Criador
quando da construção do sistema solar, portadoras de estados de consciência
evoluídos e plenamente conhecedoras dos propósitos do Logos. As mônadas
representam a sabedoria do próprio Logos e de imediato se constituíram numa
hierarquia a trabalhar para o sistema solar. São conhecidas como centelhas divinas, espíritos puros, chispas
divinas, unidades de consciência, divindade, o vigilante, o pai celestial,
e por outros nomes. As mônadas se posicionaram desde logo no mundo ou plano
monádico ou anupadaka, dali não podendo mais descer senão vibrar. Mas necessitavam
experimentar do que sabiam mas não conheciam nos mundos inferiores ao seu, por
isso foi necessário que as Hierarquias Criadoras, comumente chamadas de Devas,
as auxiliassem, construindo veículos com os quais elas se identificariam e atuariam
nessa busca experiencial. Os veículos, no entanto, não poderiam ligar-se entre
si senão por um fio ou cordão chamado sutratma
que faria essa união entre os corpos a fim de que se manifestassem nos planos
onde a matéria se apresenta com diferentes graus vibratórios. Vejamos o
seguinte:
1. “Uma
mônada, como vimos, possui três aspectos de consciência, cada um dos quais, ao
chegar o momento de começar o processo evolutivo, inicia o que podemos chamar
uma onda vibratória, fazendo vibrar sobre a matéria atômica dos planos Atma,
Buddhi e Manas, que a rodeiam. Devas de um universo anterior que haviam eles
mesmos passado por experiências idênticas, guiam a onda vibratória do aspecto
Vontade da mônada a um átomo de Atma, o qual vem se aderir à mônada e é o átomo
permanente da mesma, chamando-se assim porque permanece na mônada durante o
inteiro processo de evolução da mesma. Identicamente, a onda vibratória do
aspecto sabedoria da mônada é guiada pelos Devas a um átomo de Buddhi, e que
vem a ser um átomo permanente búdico. Assim também, a onda vibratória do
aspecto Atividade da mônada é guiada pelos Devas a um átomo da Manas e vem a
ser o terceiro átomo permanente. Assim se forma Atma, Buddhi, Manas que se
chama com frequência o Raio da mônada.
2. A mônada tendo se apropriado dos três
átomos para sua utilização inicia sua obra. Ela, por sua própria natureza não
pode descer mais abaixo do plano Anupadaka, por isso se diz que está em
‘Silêncio e Obscuridade’, ou seja, não manifestada, porque vive e trabalha em e
por meio dos átomos que se apropriou.
3. (...) Depois de larga preparação, emana da
tríade um pequeníssimo fio, como uma raizinha, um fio de vida de cor dourada
envolto na matéria búdica. (...) O fio de vida envolto em matéria búdica, com a
unidade mental agregada, puxa desde o plano astral, de onde de maneira similar
se une a um átomo astral. (...) O fio de vida envolto em matéria búdica, com a
unidade mental e o átomo permanente astral aderidos, avança e se anexa a um
átomo permanente físico. (...) Desta maneira se forma o que com frequência se
chama a tríade inferior, que consiste de uma unidade mental, um átomo
permanente astral e um átomo físico (etérico)”.(AEP)
Cada reino da natureza, sob a visão mais
aprofundada, é uma alma com todas as interações e integrações de suas espécies,
e a soma total das energias de suas unidades resultam numa média vibratória que
é sua verdadeira tônica. As forças planetárias coexistem justamente porque
todos os reinos agem e se desenvolvem num conjunto de dependência e porque a
Vida da cadeia se encontra a todo instante em perene atividade e renovação de
suas energias na medida em que os reinos e suas espécies transitam de uma para
outra situação.
Se a ronda que ora faz a passagem pelo nosso
globo subitamente o abandonasse, as vidas de reinos certamente feneceriam. As
tríades inferiores que se manifestam de suas respectivas almas-grupos,
basicamente de sete tipos segundo os raios de suas mônadas, e por grupamentos
afins, ao auferir das vibrações das qualidades minerais e das espécies vegetais
e animais, ao mesmo tempo em que se enriquecem de conhecimento, vibram em
transmissões para os corpos causais e tríades superiores. É sempre bom lembrar
que a tríade superior de cada mônada constituída pelos átomos-mestres ou
permanentes alocados em Atma-Buddhi-Manas(superior), advieram dos atributos
Vontade-Sabedoria-Atividade da mônada e se refletem nas vibrações desses três
respectivos planos em Espírito-Intuição-Razão Pura.
Esses três aspectos, por sua vez, vêm se
refletir na tríade inferior dessa mesma mônada em
Manas(inferior)-Astral-Físico(etérico) sob os atributos
Intelecto-Emoção-Atividade. Em outras palavras, a tríade inferior que se
aproxima das espécies dos reinos para deles obter experiências, é a principal
ferramenta da mônada nos mundos inferiores onde assim ela se manifesta. A
consciência externada por um reino difere quanto ao seu conteúdo qualitativo em
relação aos demais, o que não poderia ser diferente devido às suas naturezas, aos
objetivos no Plano da Criação e pelo tipo de matéria que os envolve, e essas
expressões diferenciadas serão absorvidas pelas tríades inferiores através de bilhões
de anos em cada reino das mais variadas maneiras. Temos o seguinte sobre isso:
“Todas as tríades Inferiores hão de passar pelo reino mineral
posto que seja o estado em que a matéria alcança sua forma mais densa e na qual
a Grande Onda da Vida chega ao limite de seu descenso e inicia seu arco
ascendente. Ademais, a consciência física é a primeira que se há de despertar.
É no plano físico que a vida virá se orientar definitivamente para fora e
reconhecer contatos com o mundo externo. A consciência aprende gradualmente a
reconhecer os impactos de fora, a relacioná-los com o mundo externo e como
consequência a aceitá-los como próprios. Expressado de outro modo, é no plano
físico que a consciência se converte pela primeira vez em autoconsciência.
Mediante prolongadas experiências, a
consciência sente o prazer e a dor provenientes dos impactos, se identifica com
esse prazer ou dor e começa a considerar não como si mesma no que tange à sua
superfície externa. “Assim se estabelece a primeira distinção entre o ‘não-eu’
e o ‘Eu’. (...) A consciência como temos dito, se desperta assim no plano
físico e se expressa por meio do átomo permanente físico. Nesses átomos está
latente o bem conhecido aforismo ‘dorme no mineral’ e no mesmo deve haver algum
grau de despertamento, de maneira que saia de seu sono sem sonhos e se ponha o
suficiente ativo para passar a um novo estado, o do reino vegetal no qual está
destinado a ‘sonhar’ ”. (AEP)
Ao estarmos abordando os reinos, alguns com
certas peculiaridades e pequenos detalhes, não estaremos fugindo do assunto a
que se propõe esse trabalho. Desejamos demonstrar, ainda que imperfeitamente,
que toda a natureza vibra e trabalha sob estados diversos de consciência e
todas as vidas de reinos passam por iniciações, que são, justamente, as
experiências adquiridas das mais variadas maneiras e também dos resultados de
seus próprios impulsos evolucionários movidos aos anseios de conhecer mais.
Cada reino age e reage de uma forma especial e as tríades neles inseridas
obtêm, desde suas dimensões vibratórias sob as capas das almas-grupos, as
respectivas experiências de que as mônadas necessitam. As diferentes reações
que os reinos transmitem e seus impulsos de adaptações, transformações,
artifícios de sobrevivência individual ou grupal, anseios de vida e aprendizado,
inundam e satisfazem às tríades.
Esse processo, não é simplesmente automático,
embora de muitas maneiras quantitativo pela pluralidade de ações e movimentos
das miríades de vidas, guiadas por um norteador principal que no reino mineral
é a transmutação, no vegetal a transformação, no animal a transfusão e no
humano a translação. Não obstante, há um sentido ainda maior e oculto a guiar
as vidas de reinos para dilatar essas incorporações e transcender à simples
ação de viver e colher experiências, que é justamente a consciência que por si só não pode ser explicada como fator
inerente aos reinos. A consciência não está integrada aos reinos como algo a
ser escavado e descoberto, mas sim participa como um véu transcendente a descer
e entremear-se, impregnando-se às energias-vidas e às formas dos reinos que
àquelas as abrigam, conservando sempre a perene mensagem de agir e obter.
Esse processo, no seu desenvolvimento, vem a
ser permeado por colorações especiais, segundo grupamentos de espécies, e a
média produzirá o valor qualitativo dos avanços do reino inteiro. Na medida em
que as espécies se exercitam e se esforçam para superar-se durante o processo
existencial, ou mesmo recebem os impactos das forças naturais em seu meio
ambiente ou de predadores, reagem com as energias liberadas pelos seus próprios
e respectivos campos vibratórios elementais nos seus veículos etéricos e
astrais. No reino animal essas correntes de retorno ultrapassam os limites
astrais e alcançam as bordas da matéria mental. Então Anima Mundi passa a
alcançá-los mais acima e a inferir padrões mais elevados nos átomos dos
grupamentos, alargando-lhes o tipo de primitiva consciência.
É importante não esquecer que tanto a matéria
dos reinos quanto as energias-vidas detêm por si mesmas a presença do Segundo
Logos, embora Sua presença não esteja ainda qualificada em relação à
consciência dos reinos, mas ambas – a matéria e as energias-vidas como um todo –
já são portadoras da inerente mensagem evolucionária de Anima Mundi que
estimula todos os átomos aos avanços através das experiências. O tipo de
matéria de um reino evidencia-se nas próprias formas que abrigam às miríades de
vidas. O tipo de consciência de um reino evidencia-se nas suas estreitas relações
com os demais reinos, e é uma necessidade à própria vida planetária em termos
de rolamento das energias e forças que irão gerar qualidades diferenciadas
entre um e outro reino.
Portanto, mesmo que as energias-vidas
transitem sempre de uma situação a outra e passem em ondas de um reino para o
seguinte, as qualidades a serem trabalhadas naquele reino deixado para trás e já
percorrido, serão as mesmas durante toda a próxima encarnação da cadeia. Um
reino sintetiza espírito-matéria (ou alma-matéria sob certas condições) sob as
capas de energias-formas e energias-vidas. Assim, muitos grupamentos das
energias-vidas avançam e conquistam novas colorações nos reinos seguintes, enquanto
as energias-formas permanecem nos reinos sob um estado intermediário entre
energia e massa, a fim de ser novamente remodelado, condicionado e condensado
ao que irão necessitar os grupamentos retardatários que ali ficaram e as
energias-vidas que chegarão ao reino em nova e grande onda. Nesse estado de
repouso a matéria dos reinos permanecerá integrada à grande corrente
proveniente do Logos, através da alma-universal, no entanto mais enriquecida
com as experiências de bilhões de anos das muitas vidas que por ali passaram.
Tudo o que se referir a uma ampliação de
consciência é um resultado de uma iniciação. Vejamos o seguinte:
“O reino mineral marca o ponto duma
condensação única. Isso é o resultado da ação do fogo e da pressão da ‘idéia
divina’. Esotericamente falando temos no mundo mineral o Plano Divino oculto na
geometria de um cristal e a radiante beleza de Deus concentrada na cor de uma
pedra preciosa. Na miniatura e no ponto mais ínfimo da manifestação,
encontramos os conceitos divinos desenvolvendo-se. A meta do conceito universal
observa-se quando a jóia irradia a sua beleza e quando o radium emite os seus
raios tanto destrutivos como construtivos. Se pudésseis compreender realmente a
história dum cristal entraríeis na glória de Deus. Se pudésseis penetrar na
consciência atrativa e repulsiva dum pedaço de ferro ou de chumbo toda a
história da evolução vos seria revelada. Se pudésseis estudar os processos
ocultos que se desenrolam sob a influência do fogo penetraríeis no segredo da
iniciação. Quando chegar o dia em que a história do reino mineral puder ser
captada pelo vidente iluminado ele verá então a longa estrada que o diamante
percorreu e – por analogia – o longo caminho que todos os filhos de Deus
percorreram, governados pelas mesmas leis e desenvolvendo a mesma consciência”.
(AAB)
Conforme citamos, fatores externos da vida
planetária com repercussões internas, submetem os reinos a passar por
iniciações. Ações do fogo, temperaturas extremas e variadas, vento, água e
fenômenos diversos atuam sobre a natureza dos reinos e os vêm transformando
pelos milhões de anos num ritmo lento e controlado. No entanto, o homem é quem
provoca ações mais rápidas e devastadoras sobre os reinos mudando-os
rapidamente, causando impactos inesperados com resultados quase sempre danosos
ao eco-sistema. Ações humanas em prospecções e extrações de petróleo, escavações
em minas de carvão, em minérios e pedras preciosas, utilizações de materiais
radioativos pela tecnologia, transformações em largas escalas do minério bruto
em peças industrializadas através do calor abrasante de centenas de graus
centígrados, o som produzido ao impacto das transformações e a presença dos
insumos nas atividades humanas, são exemplos de um longo e variado processo
iniciatório do reino mineral.
Essas injunções do homem levam o reino
mineral a diversos graus do despertar da consciência, principalmente pela
hiperatividade sobre seus recursos e nas suas reações aos impactos. O
sacrifício do reino mineral em favor dos três outros, direta e indiretamente, é
extremamente acentuado devido a sua potencialidade latente instrumental que
tanto destrói como transforma, refletindo-se esse poder, muitas vezes
incontrolável, diretamente nos elos intradependentes da cadeia mundial. Mesmo
subjetivamente as vibrações do reino mineral abrem importantes vias de acessos
às vidas planetárias em qualquer direção.
No âmbito do reino vegetal as vidas detêm
outras experiências baseadas principalmente na sensibilidade. O reino vegetal
retira seu sustento quase que diretamente da terra. Nesse particular, o reino
mineral oferece-se em completo holocausto para que o vegetal viva pela absorção
dos elementos disseminados no solo trazidos pela água e por outras
transformações erosivas. O reino vegetal não conhece o instinto da forma total
como o conhece o reino animal, porém em sua aura sensível obtém e realiza as
experiências de ações, reações, atrações e repulsões funcionando via os polos
do magnetismo e pelos impulsos instintivos que lhes permitem exercitar a
autodefesa e a conservação das espécies. De há muito a ciência atua catalogando
as nuances desse reino, percebendo suas respostas aos impactos e ataques
externos, conseguindo auscultar sua voz numa onda sonorizada de uma melodia
continuada, imperceptível aos padrões vibratórios dos ouvidos humanos. Sobre as
tríades:
“Exatamente
como no caso das almas-grupos minerais, repetiríamos que não há de se supor que
cada folhinha de grama, cada planta, e cada árvore tenha dentro um átomo
permanente, evolucionando até o estado humano durante a vida de nosso sistema;
senão que o reino vegetal (e todos os demais – R/R) existe por sua própria
conta e para outros fins, oferecendo também um campo evolucionário para tais
átomos permanentes os quais os Devas guiam de uma planta a outra a fim de
experimentar as vibrações que afetam o mundo vegetal e para que acumulem
poderes vibratórios em si mesmos, conforme fizeram no reino mineral.
(...) Na longa vida de uma árvore da selva, a
crescente agregação de matéria astral se desenvolve em todas as direções como
forma astral da árvore. Essa forma astral experimenta vibrações que produzem
‘em massa’ prazer ou desconforto causadas numa árvore física pela luz do sol,
pelas tempestades, vento, chuva, calor, frio, etc.; experiências que se
transmitem em certa medida ao átomo permanente incrustado na árvore. Como se
tem dito, a árvore ao perecer, seu átomo permanente retornará ao âmago da
alma-grupal, levando consigo a rica colheita da experiência que compartilha com
as demais tríades viventes na alma-grupal”. (AEP)
As vidas pregressas do homem nos três reinos
não-humanos não se dão com a alma terrena, visto aquela estar sequer ainda
formada. Os átomos-mestres ou permanentes, que no processo de absorção das
vibrações dos reinos estarão magnetizando as ondas captadas, num futuro
distante formarão, juntamente com as essências atômicas e elementais, os corpos
de matérias etérica, astral e mental do homem e atrairão átomos de cada plano agregando-os
pelos seus poderes magnéticos, os quais compartilharão da memória das
experiências obtidas pelas tríades em bilhões de anos. No entanto, à alma
terrena organizada, o homem somente a possuirá após a individualização do reino
animal, e a fará evoluir na decorrência dos milhões de anos que terá pela
frente conforme trataremos mais adiante. Sigamos a um novo comentário sobre o
reino vegetal:
“Um importante e simbólico acontecimento foi
consumado ao finalizar a era pisciana que foi o período da influência do sexto
raio: foi a devastação das florestas em escala mundial. Por todas as partes
foram sacrificadas às necessidades do homem. Assim as formas de vida que
estavam preparadas para a iniciação foram submetidas à influência do fogo. O
principal agente do desenvolvimento deste reino é a água e este novo desenvolvimento
em que se associa o fogo com a água neste reino motivou o fato subjetivo que
fez nascer a idade do vapor.
Os grandes incêndios de florestas que
atualmente ameaçam diversas partes do mundo relacionam-se também com a
‘iniciação por meio do fogo’ dum reino que até aqui fora controlado e dirigido
no seu crescimento pelo elemento água.
(...)
Notemos um ponto interessante aqui. Esotericamente é reconhecido que o reino
vegetal é o transmissor e transformador do fluido prânico vital para as outras
formas de vida no nosso planeta. Esta é a sua única e divina função. O fluido
prânico sob a forma de luz astral é o refletor do divino akasha. Portando, o
segundo reino reflete-se no plano astral. Os que procuram nos anais akásicos ou
que se esforçam por trabalhar, sem riscos, no plano astral, para estudar
corretamente ali os acontecimentos refletidos na luz astral têm de ser
forçosamente, e sem exceção, estritamente vegetarianos.
(...) A influência dos três raios reunidos no
reino vegetal, que são também os três raios correspondentes aos números 2.4.6,
produziram neste reino uma perfeição quádrupla que não tem paralelo em nenhum
outro. (...) O efeito do conjunto destes três raios trabalhando em uníssono,
foi produzir um quarto resultado, o perfume das flores que se encontra entre os
mais perfeitos exemplares do reino vegetal. O perfume pode ser mortal ou
vitalizante, delicioso ou repulsivo. Atrai e constitui uma parte do aroma deste
reino que é sentido na aura do planeta se bem qua a humanidade não o reconheça
no seu conjunto. Isolai um perfume. Também o perfume dum reino inteiro é um fenômeno
bem conhecido para o iniciado. (...) Este reino é a radiante roupagem do
planeta revelada pelo Sol; é a expressão realizada da vida que anima este reino
da natureza; é o efeito da manifestação dos três aspectos divinos e ativadores
deste ‘peculiar’ filho da divindade que igualmente realiza o seu destino na
forma e através da matéria”. (AAB)
A dor é um estigma que sempre precede às iniciações, sejam elas
num sentido coletivo durante as vidas dos reinos, sejam para indivíduos. Sofre
o mineral com a violência dos elementos e a mão do homem; sofre o vegetal, por
sua sensibilidade aflorada, ante tais e semelhantes ações; sofre o animal nas
encarniçadas lutas da sobrevivência e pela crueldade de seus superiores; sofre
o aspirante aos expurgos de suas imperfeições e nas dores morais diante das
provas que antecedem sua sagração de iniciado. Mas o que é mesmo a iniciação
senão a necessidade de avançarmos sobre nós mesmos quer individualmente quer
como vidas em grupamentos de espécies?
Nesse processo imposto pelas próprias regras
de um plano evolucionário, os mergulhos no sofrimento nos demonstram os
diversos e diferentes resultados das ativações de um móvel chamado consciência.
O oculto propósito imposto aos dois primeiros reinos ao processo iniciatório e a
completa impossibilidade destes reinos de dirigi-lo, vem de certa maneira
contrabalançar-se com a semiconsciência das muitas espécies do reino animal nas
suas ardentes aspirações de participar da vida humana. No reino hominal, vem
atuar com o despertar gradativo do homem primitivo sobre o que o rodeia,
dotando mais tarde às intenções do iniciado no caminho da auto-realização, de
uma antevisão aos objetivos da superconsciência. Muito embora o objeto da
iniciação, assente em todos os elos que unem as vidas, detenha necessárias
variações, o processo iniciatório como tal é inescapável por que há um carma evolucionário
a ser cumprido numa escala diferenciada que vai das vidas dos reinos, dos
próprios reinos, do planeta, da cadeia planetária, do sistema solar, do
conjunto de sete sistemas solares, de nossa galáxia e mais além rumo ao
desconhecido.
Antes de avançarmos para algumas sínteses do
reino animal, desejamos fazer uma breve recapitulação de os temas dos sete
raios e almas-grupos, já constantes em outros trabalhos de nossa autoria, a fim
de que os relacionemos também às fases que se desdobram durante os processos
iniciatórios dos reinos e mais tarde do homem liberto do mecanismo das
almas-grupos. A pergunta sempre emerge: que são raios? A definição mais simples
e objetiva nos deu AAB: “Um raio é o termo
aplicado a uma força ou tipo de energia que põe em relevo a qualidade que exibe
essa força e não o aspecto-forma que aquela cria. Essa é a verdadeira definição
de raio”.
Os raios têm manifestações cíclicas e a cada
ciclo de suas presenças a Vida da Terra tende a avançar em certos aspectos da
existência ou promover revoluções sobre ideias, pensamentos e conceitos dos
homens segundo a época. Durante muitos milênios essas manifestações de raios
vêm influenciando os reinos e as civilizações, porém as mudanças não foram
sentidas sob uma visão mental límpida ou analítica, pelo fato de a evolução da
humanidade estar relacionada muito mais ao aspecto astral com suas implicações
de crenças e práticas religiosas. Os raios são potentes em imantações de
qualidades divinas, no entanto estimulam a ambas as polaridades – por que ambas
se opôem em dualidades nas consciências de egos como luzes e sombras – o que em
muitos ciclos provocaram grandes desastres pelo lado negativo com que foram
incorporados. Na atualidade, embora as raças se diferenciem quanto as suas
inclinações astrais e mentais, é possível entendermos certas atuações de raios
e seus resultados nos processos civilizatórios, através de comparações e análises
objetivas e subjetivas bem como de aspectos astrológicos esotéricos revelados
ao mundo pelo mestre Djwhal Khul, através de Alice A .Bailey. Sobre esse fato
coloquemos pequeno subsídio aos estudantes de astrologia. Diz AAB:
“Cabe
aqui fazer uma pergunta: qual é a diferença que existe entre as influências de
raio e as que são de natureza astrológica tais como as do signo ascendente e
dos planetas regentes?
As energias que astrologicamente afetam o ser
humano são as que atuam sobre ele como resultado do deslocamento aparente do
Sol no firmamento quer seja uma vez em cada vinte e cinco mil anos ou uma vez
em cada doze meses. As influências que constituem as forças de raio não vêm das
doze constelações do zodíaco, mas emanam principalmente do mundo dos seres e de
consciências que existem por detrás de nosso sistema solar e que vêm das sete
constelações que formam o corpo de manifestação de Aquele de Quem Nada se Pode
Dizer. O nosso sistema solar é uma dessas sete constelações. Esse é o mundo da
própria Divindade de que o homem nada pode saber enquanto não tiver passado às
iniciações superiores”.
Os sete raios cósmicos vêm tendo suas
presenças em nosso sistema solar dimanados de sete planetas chamados sagrados
que incorporaram suas forças de raios pelas mentes e corpos superiores de sete
iniciados, conhecidos por Logoi ou Ministros do Logos Solar. Esses grandes
senhores comandam os raios em suas durações cíclicas, em suas retiradas e em
novas manifestações. Sobre isso temos o seguinte:
“Segundo
o plano inicial, a Vida-Una procurou expandir-se e os sete eões ou emanações
surgiram do vórtice central e repetiram ativamente o processo anterior em todos
os detalhes. Vieram à manifestação e no trabalho de expressão da vida ativa,
qualificada pelo amor e limitada pela aparência fenomênica externa passaram a
uma segunda atividade e tornaram-se os sete Construtores, as Sete Fontes de
Vida e os sete Rishis, de que falam todas as antigas escrituras. Essas sete
Entidades psíquicas originais, têm a capacidade de exprimir o amor (que implica
o conceito da dualidade: o que ama é amado, o que deseja é desejado) e passar
da existência objetiva. A estas sete Entidades damos os nomes seguintes:
Enumeração
dos Sete Raios:
1. O
Senhor do Poder ou Vontade. Esta vida quer amar e utilizar o poder como
expressão de benevolência divina....
2. O
Senhor do Amor-Sabedoria. Personifica o amor puro, é considerado pelos
esoteristas como estando estreitamente encerrado no coração do Logos Solar como
estava o discípulo bem-amado perto do coração do Cristo da Galiléia...
3. O
Senhor da Inteligência Ativa. O seu trabalho está mais estreitamente ligado com
a matéria e atua em colaboração com o Senhor do segundo raio...
4. O
Senhor da Harmonia, Beleza e Arte. A principal função deste Ser é a de criar
Beleza (como expressão da verdade) através do livre jogo da vida e da forma
baseando o cânon da beleza no plano inicial, tal como existe na mente do Logos
Solar...
5. O
Senhor do Conhecimento Concreto e da Ciência. Esta grande Vida está em contato
estreito com a mente da divindade criadora, do mesmo modo que o Senhor do
segundo raio está no coração da própria Divindade...
6. O
Senhor da Devoção e do Idealismo. Esta Divindade Solar é uma característica
particular da qualidade do Logos Solar...
7. O
Senhor da Ordem Cerimonial ou da Magia. Está agora entrando no poder e começa
lenta, mas seguramente a fazer sentir Sua presença”...(AAB) (Ver: O Monoteísmo
Bíblico...)
Voltando aos reinos e a
seus processos de absorções de experiências das tríades inseridas no interior
de almas-grupos, cujas naturezas são correlatas aos sete tipos de mônadas que
também vibram através das qualidades de seus respectivos raios:
“Esses sete grandes tipos de raios de
almas-grupos mantêm-se separados e discernidos durante todas as vicissitudes de
suas evoluções, ou seja, os sete tipos evolucionam em correntes paralelas que
nunca se mesclam nem se unem umas com as outras....”
“Essas
sete almas-grupais primárias aparecem como formas vagas, membranosas, que
flutuam num grande oceano, como os globos flutuariam no mar. São vistas
primeiramente no plano mental, aparecendo delineadas com maior clareza no plano
astral e mais ainda no plano físico. Cada uma flutua numa das sete correntes da
Segunda Grande Emanação de Vida.” (AAB) (Ver - O Monoteísmo Bíblico...)
“É importante notar-se que as tríades não são
especificamente as estimuladoras das funções vitais dos representantes dos
reinos, nem partícipes dos processos organizacionais evolucionários dos
múltiplos grupamentos das espécies. Há hierarquias espirituais responsáveis por
anexar energias e forças aos reinos, e que tratam da ampla evolução das
espécies, segundo aplicações, consolidações e efeitos de leis naturais regentes.
E a função das tríades nesse processo é bem mais de auferir das experiências
dos reinos do que estimular. Mas é inegável que as vibrações adquiridas pelas
tríades, ao longo de suas peregrinações nos reinos, irão afetar os
representantes das espécies de diversas maneiras - e prover-lhes de cumulativa
memória - com isso auxiliando-os a desenvolver melhores valores. As capas de
proteção que a Inteligência do Segundo Logos criou para as almas-grupos,
auxiliam a que as essências elementais que preenchem o interior das
almas-grupos ali recebam as vibrações das energias dos reinos através das tríades
que estejam atuando fora, e as conservem concentradas no interior dos círculos
de suas existências.
Essas capas ou proteções nas almas-grupos são
três sobrepostas que articulam sucessivamente as respectivas vibrações com os
reinos mineral, vegetal e animal. Na medida em que as almas-grupos contendo as
tríades migram de um para outro reino, perdem nessas passagens as suas capas
protetoras respectivas aos reinos que estão deixando. Dessa maneira, quando
decorridas sete rondas ou uma encarnação da cadeia, e grande número das
almas-grupos do reino mineral avançam para o reino vegetal, uma de suas capas,
justamente aquela relativa ao reino mineral, se desfaz e os seus átomos
constitutivos retornam ao grande reservatório da natureza. O mesmo processo se
dá nas passagens do reino vegetal para o reino animal e desse para o reino
humano.
As capas estabelecidas pelo Segundo Logos,
assemelham-se a três anéis sucessivos em torno de cada alma-grupo do seguinte
modo: uma capa, anel ou proteção de essência elemental mental do reino mineral,
uma capa, anel ou proteção de essência astral do reino vegetal, e uma capa,
anel ou proteção de matéria atômica etérica-física do reino animal”. (Rayom Ra
- O Monoteísmo Bíblico...)
O processo de vida
evolutiva e suas diversas nuances que resumidamente estamos aqui ilustrando, serve
unicamente para dar uma ideia de como as iniciações são partes integrantes da
Vida planetária como um todo, mas não necessariamente implica em que todas as
formas da natureza física com suas contrapartes etéricas e astrais, participem
de idênticos avanços com os mesmos artifícios. Muitas vidas de reinos não
carregam tríades e, portanto, não se incluem nos procedimentos paralelos
adotados para enriquecer de experiências as tríades e suas mônadas que mais
adiante favorecerão o homem encarnado. As atividades dos Devas que vitalizam os
reinos, o desvitalizam quando amadurece o carma; que providenciam as
transferências de vidas e as separam por grupamentos segundo suas colorações, vêm
durar incontáveis períodos de tempo e são procedimentos que detém profundos
segredos somente permitidos aos iniciados de altos graus chegar a conhecer.
As ciências ocultas
revelam somente porções da sabedoria da natureza e de suas leis, portanto outras
partes importantes de seus processos de vida, avanços e muitos pormenores
faltam aos não adeptos; assim, para estudantes e iniciados menores as
revelações são em muitos aspectos somente elusivas. Essa não anuência aos
muitos segredos da natureza faz parte dos métodos de ensinamentos esotéricos,
visto os avanços nos campos do conhecimento devam ser precedidos de certas
condições vivenciadas e realmente constantes no curriculum pessoal do estudante.
Valores humanitários e morais, o exercício de serviços, pesquisas, concentrações,
práticas ritualísticas, meditações, abstrações e imaginação são as permanentes
lições de todos os iniciados de qualquer grau, pois representam as molas
propulsoras de seus progressos na senda que possibilitarão a abertura de canais
da mente e crescentes avanços no processo intuitivo e realização da alma como
sustentório gradativo de forças.
O iniciado da Era de
Aquário obterá maravilhas em sua vida se conseguir aliar todos esses esforços do
conhecimento com atividades filantrópicas, profissionais ou esotéricas em favor
dos irmãos do mundo. Embora a modernidade venha exigir agilidade a fim de
habilitar os servidores o melhor possível para o trabalho assistencialista, contudo
não o desproverá de oportunidades de exercitar o autoconhecimento dentro das
possibilidades de seu carma.
Passemos ao seguinte:
“Dirigindo
nossa atenção à relação dos quatro reinos com o Mundo do Pensamento, notamos
que os minerais, as plantas e os animais carecem de um veículo que os correlacione
com esse mundo. Entretanto, sabemos que alguns animais pensam. São os mais
superiores animais domésticos que permaneceram gerações inteiras em estreito
contato com o homem e desenvolveram faculdades que outros animais desprovidos
dessa vantagem não possuem. (...) As vibrações mentais do homem têm “induzido”
neles uma atividade similar, porém, de ordem inferior. Salvo essa exceção, o
reino animal ainda não adquiriu a faculdade de pensar. Não estão ainda
individualizados, mas são os mais elevados de sua classe, quase a ponto de
individualizar-se O homem é um indivíduo, o que constitui a grande e cardeal
diferença entre este e os demais reinos. Os animais, os vegetais e os minerais
dividem-se em espécies, não estão individualizados no mesmo sentido em que se
encontra o homem.
É certo que dividimos a humanidade em raças,
tribos e nações e que notamos a diferença entre os caucásicos, os negros, os
indus, etc. Porém, a questão não é esta. Se quisermos estudar as
características do leão, do elefante, ou de qualquer outra espécie de animais,
é necessário apenas tomar um exemplar ou espécime de qualquer deles e
conhecemos as características da espécie a que pertence. Todos os exemplares da
mesma tribo animal são semelhantes, não há diferenças alguma na maneira como
agirão debaixo das mesmas circunstâncias. Todos têm iguais semelhanças e
diferenças, um é o mesmo que o outro.
Entretanto, não acontece isto com os seres
humanos. Se quisermos conhecer as características dos negros, não basta
examinar um só indivíduo. Seria necessário examinar cada um individualmente e,
ainda assim, não chegaríamos a conhecimento real algum relativo aos negros
“como um todo”, porque o que é uma característica do indivíduo não pode
aplicar-se à coletividade ou a toda a raça. (...) Isso resulta de existir em
cada homem um espírito individual, interno, que dita os pensamentos e ações de
cada ser humano individual, enquanto só existe um espírito-grupo, comum a todos
animais ou plantas da mesma espécie.
O espírito-grupo manifesta-se em todos eles
agindo de fora para dentro. O tigre que perambula nas florestas da Índia e o
tigre encerrado na jaula de um parque são ambos expressões do mesmo
espírito-grupo. A ambos dirige de maneira idêntica, do Mundo dos Desejos, um
dos mundos internos, onde a distância quase não existe”. (Max Heindel –
Conceito Rosacruz do Cosmos)
Na verdade, nenhum
representante dos reinos não humanos possui individualidade. Para que isso
pudesse acontecer seria necessário deter corpos superiores organizados em egos,
relacionados a corpos causais. A única lembrança que pode advir às espécies,
como necessárias experiências que virão ecoar tanto no animal individualizado,
como no inconsciente animal-homem recém formado no reino humano, são os ecos
das vibrações das essências residentes nos planos mental abstrato e concreto, bem
como nas essências astrais dos reinos elementais e atômicas do mundo etérico do
reino mineral. Essas essências, conforme já citadas: a) mental elemental, b)
monádica astral, c) atômica etérica, constituem as três envolturas das
almas-grupos onde as tríades inferiores se inserem nos reinos mineral, vegetal
e animal, e, ao mesmo tempo, virão também, em pequenas quantidades, envolver
cada tríade.
Para compreendermos
superficialmente o processo que leva animais a “pular” para o reino humano em
muitos milhões de vidas, precisaremos entender que há uma interação entre a
encarnação de uma cadeia planetária que perdura por bilhões de anos e outra que
nasce – ou renasce da anterior. Da cadeia anterior, chamada lunar, que representou
a terceira encarnação da cadeia, renascida na sua quarta encarnação e agora
chamada cadeia do planeta Terra (ver o Monoteísmo Bíblico, pg. 112), vieram
para a Terra os produtos de todos os seus reinos, quer de sucessos graduados
para um novo reino, quer de fracassos necessitando repetir suas lições no mesmo
reino em que se mantiveram atrasados.
Quando o período atlante
atingia um momento propício, e outros produtos dos reinos lunares ao longo do
tempo já vinham sendo encaixados nos quatro reinos de nossa natureza, os
animais lunares adiantados puderam passar pela iniciação da individualização.
Não sabemos ao certo se animais do período da cadeia terrestre que evoluíram
adiante dos demais nessa quarta ronda, conseguiram adentrar o reino hominal
juntamente com os animais lunares. Essa via de acesso teve mais adiante o
“fechamento das portas” para a individualização animal nessa ronda. Esse evento
acontece uma vez a cada ronda e é esperado novamente repetir-se na próxima e quinta
ronda, o que calculamos daqui a talvez alguns bilhões de anos. Extraímos os
excertos:
“(...)
O animal se individualizará no primeiro caso por meio do intelecto, no segundo
caso por meio das emoções e no terceiro caso por meio da vontade. Vamos considerar
agora brevemente cada um desses três métodos:
1. Individualização por Meio do Intelecto –
Se o animal está associado com um ser humano que não seja preliminarmente
emotivo, porém cujas atividades principais sejam de caráter intelectual, será
estimulado o nascente corpo mental do animal por tal associação, e as
probabilidades serão de que a individualização se efetuará por meio da mente,
como resultado dos esforços do animal para compreender seu amo.
2. Individualização por Meio da Emoção – Se por
outro lado o amo for de temperamento emocional, de fortes efeitos, as
probabilidades serão de que o animal desabroche principalmente por meio de seu
corpo astral e a separação final das almas-grupos se deva a alguma repentina
manifestação de intenso afeto que alcançará o aspecto búdico da mônada
flutuante animal e ocasionará a formação do ego.
3. Individualização por Meio da Vontade – No
terceiro caso, se o amo é homem de grande espiritualidade, ou de intensa e
forte vontade, ainda que o animal desenvolva grande afeto e admiração por ele,
estimulará principalmente a vontade no animal. Esta se manifestará no corpo
físico como intensa atividade e em indomável determinação de alcançar o quanto
o animal se proponha, especialmente em serviço ao seu amo.
(...) O desejo do animal em elevar-se,
constitui uma pressão para cima dos sentidos já mencionados, e ao ponto em que
a pressão transpõe facilmente as restrições, estabelece o vínculo requerido
entre a mônada e a personalidade, determinando certas características do novo
ego que vem assim à existência.
(...) Da grande massa de seres que foram
individualizados em certo ponto da cadeia lunar, os que alcançaram a
individualização gradualmente pelo intelecto, vieram a encarnar-se na Terra até
há mais ou menos um milhão de anos; desde então o período médio entre
encarnações tem sido de mil e duzentos anos.
(...) Os grupos que alcançaram a
individualização por uma instantânea expressão de afeto, ou da vontade, vieram
à encarnação terrena ao redor de seiscentos mil anos, tendo tomado intervalos médios
entre encarnações em torno de setecentos anos. As condições atuais de ambos os
grupos são mais ou menos as mesmas”. (AEP)
Todos os corpos do
futuro homem terreno estão já preparados há eons para se manifestar através o
auxílio das Hierarquias Criadoras. Desde o momento em que os átomos-mestres são
atraídos e fixados no fio sutratma, um em cada plano, e vêm formar os conjuntos
das tríades superior e inferior, o homem já está virtualmente nascido.
Entretanto, ele somente respira pelas tríades enquanto passa pelas experiências
elementais dos reinos e espécies. Quando uma tríade, representativa de uma só
individualidade, elege um só animal para dele auferir do momento da passagem
para o reino humano, se dará uma ativação conjunta entre o animal como espécime
evoluído e a tríade como protótipo-vida de uma nova existência.
Desse amálgama resultará
a “alma” animal atar-se ao corpo causal da mônada e a ele ligar-se pelos seus
esforços mentais, dissolvendo pela corrente da energia mental a essência
elemental que envolvia e protegia aquele corpo. Desse modo, a mônada, por seus
artifícios, se aloja num corpo causal agora ativado, ao mesmo tempo em que ganha
definitivamente formações elementais mentais, astrais e atômicas deixadas pelo
animal, que com a tríade e novos átomos permanecerão para construir os futuros
corpos de manifestação em rudimentar alma do animal-homem que emerge para o
mundo físico.
A individualização do
animal para animal-homem representa um dos grandes momentos de glória no Plano
de Deus, sendo algo mágico e sensacional que a natureza pode oferecer para a
criação. Entremos agora em algumas relações de carma entre os reinos animal e
humano e raios de interações:
“O primeiro ponto a evidenciar
no que respeita à responsabilidade humana para com os animais é que o mundo
animal personifica dois aspectos, dois princípios divinos, e que os dois raios
maiores estão relacionados com a sua expressão e manifestação. Estes dois
aspectos encontram-se também no homem e é ao longo destas duas linhas que este
compartilha em uníssono com os animais onde se localiza a responsabilidade e
trabalho do homem e através do emprego destes dois aspectos compreenderá a sua
tarefa que concluirá.
A mesma atividade e inata inteligência
divinas encontram-se no aspecto-forma. Mas este terceiro Raio de Inteligência
Divina funciona mais poderosamente no reino animal do que no homem. (...) O
segundo raio está evidentemente na construção do aspecto-forma como no instinto
de rebanho e também nas relações sexuais entre os corpos animais. Desempenha
uma função semelhante entre os seres humanos e é ao longo dessas duas linhas de
energia que se encontrarão os pontos de contato e as oportunidades de assumir
responsabilidade. Contudo deve-se observar, que em última análise, os animais
têm mais para dar aos homens que estes aos animais, no referente a esses pontos
e funções particulares.
(...) Além disso, à medida que o reino animal
se submete à crescente influência humana e se faz sentir uma favorável
tendência para a domesticidade, vemos surgir certa medida de propósito
objetivo; um dos meios para lograr este fim está em dirigir o amor a atenção do
animal para o seu dono.
Nesta exposição está expressa alguma
responsabilidade do homem para com o mundo animal. Os animais domésticos têm de
ser adestrados para poderem participar na aplicação ativa da vontade. Parece
que o homem considera agora o caso como sendo a vontade do animal em manifestar
seu amor pelo dono, mas trata-se de alguma coisa mais profunda e fundamental
que a satisfação do homem em procurar resposta à sua afeição. O verdadeiro e
inteligente adestramento dos animais selvagens e a sua adaptação às condições
de vida ordenada fazem parte do processo divino de integração do Plano, numa
colaboração que expresse ordenada e harmoniosamente a intenção divina. É
contudo pelo poder do pensamento que o homem eliminará a separação que existe
entre o reino animal e o homem e isso deverá ser feito pelo pensamento
controlado e dirigido à consciência do animal. Não se fará pela evocação do
amor, do temor ou da dor. É preciso que seja um processo puramente mental e um
estímulo unicamente mental.
A relação entre o animal e o homem foi
puramente física através dos tempos. Os animais matavam os homens para se
alimentarem nos tempos em que o homem-animal pouco diferia deles. Esquece-se
muitas vezes que houve uma etapa no desenvolvimento humano em que o
homem-animal e as formas existentes da vida animal viviam numa relação mais
estreita do que hoje. Depois só o fato da individualização os separou. Contudo,
essa (individualização) era tão pouco desenvolvida que a diferença entre o
animal estúpido (assim chamado) e a humanidade infantil era escassamente
apreciável. Grande parte das ocorrências dessas épocas tão remotas perdeu-se no
silêncio sombrio do passado. O mundo animal era então mais forte que o humano;
os homens estavam abandonados entre os ataques violentos dos animais e a
devastação feita por eles sobre os primitivos homens-animais; no meio da época
lemuriana foi terrível e espantosa. Pequenos grupos nômades de seres humanos
foram completamente exterminados durante idades pela poderosa vida animal da
época, embora o instinto ensinasse o homem-animal a tomar certas precauções,
mas era um instinto bem pouco superior ao dos seus inimigos. Foram precisos
milhares de anos para que a inteligência e a astúcia humana começassem a
afirmar e levasse a humanidade a ser mais poderosa que os animais e daquela
situação passou-se por sua vez a devastar o reino animal.
Há mais de duzentos anos a taxa extorquida de
vidas humanas pelo reino animal nas florestas do continente ocidental africano,
nas terras primitivas da Austrália e nas ilhas dos mares tropicais, foram
incalculáveis. Há um fato frequentemente esquecido no sentimentalismo
momentâneo, mas que está na origem da crueldade do homem para com os animais.
Trata-se inevitavelmente de carma do reino animal que se está saldando.
(...) Nos dias de Atlântida a relação
puramente física era temperada pela relação astral ou emocional e, por essa
altura, certos animais foram arrastados para a órbita da vida humana começando
a ser domesticados e cuidados, assim começou a aparecer os primeiros animais
domésticos. Uma nova era iniciou-se então na qual certos animais evocaram o
afeto humano e começou uma nova influência a atuar sobre o terceiro reino da
natureza. (...) Para neutralizar o medo existente em toda a humanidade (tanto
quanto o reino animal tinha inquietado) os guardiões da raça ofereceram a
oportunidade que levasse a uma mais estreita aproximação entre os homens e os
animais devido a que um ciclo então se apresentava, por onde fluiria o amor e
devoção através de todas as formas permitindo que uma grande parte do medo
fosse eliminado. Desde então o número de animais domésticos aumentou
consideravelmente. A relação entre os dois reinos agora é dupla – física e
emocional.
Para isto houve que se juntar, durante os
últimos duzentos anos, uma terceira relação, a mente. O poder mental da
humanidade será, em última análise, o fator controlador e será por este meio
que os três reinos subumanos ficarão sob o controle do homem.
É evidentemente claro que o efeito da
interação existente entre o animal e o homem é conduzir o animal a dar aquele
passo para o que se chama individualização. (...) Os esotéricos sempre disseram
que a individualização é uma grande experiência planetária e quando foi
instituída substituiu o método anterior utilizado na Lua que era tomado como
impulso para alcançar algo para além (que se chama aspiração no caso do homem).
Isto na realidade significa que quando a vida evoluindo na forma alcançou um
certo grau no crescimento da sensibilidade e da consciência e quando o impulso
interno foi suficientemente forte a vida esforçou-se para estabelecer contato com
outra corrente de expressão divina com outro raio de maior manifestação.
(...) Na atualidade os animais que chegam à
individualização são, em todos os casos, os animais domésticos como são o
cavalo, o cão, o elefante, e o gato. Esses quatro grupos de animais domésticos
encontram-se atualmente no ‘processo de transfusão’, como se diz em sentido
oculto, e as unidades de vida, uma por uma, são preparadas e conduzidas para o
portal para esse peculiar processo iniciador que chamamos – na falta de melhor termo
– individualização. Eles esperam nestas condições até que se pronuncie a
palavra que lhes permita transpor o umbral para serem admitidas nele”. (AAB)
A par de tudo quanto se
diga sobre o reino animal, ou do porque de ter existido tantas espécies selvagens,
gigantes e predadoras para depois haver desaparecido sob condições de que nada
se sabe senão hipoteticamente, esse reino desempenhou um papel de grande
relevância para a natureza do planeta. Sabemos que os diversos planos ou mundos
intra-relacionados se caracterizam por diferentes qualidades de matéria segundo
suas vibrações. A matéria é universal, de única raiz, no entanto possui
características especiais em cada mundo de existência. Nos ciclos das eras
pré-históricas as condições físicas, etéricas e astrais da matéria em seus
respectivos mundos eram também primárias e os reinos tinham organizações
recentes.
Desse modo, seriam
necessárias forças acentuadas no sentido de tirá-la de sua estabilidade
inercial, possibilitar reações mais fervilhantes em seus átomos a fim de
torná-la maleável para as vidas em seus muitos e necessários aspectos
evolucionários. Isso foi projetado em grande parte pela ação inteligente da
alma universal ao dotar os arquétipos dos reinos de características especiais a
afim de que atuassem diretamente em diferentes gamas da matéria em seus
subplanos. Os grandes animais, contudo, andavam pela Terra movendo as energias
etéricas e astrais, rasgando o éter com seus rugidos, grunhidos, guinchos,
urros e toda uma série de sons guturais de que o reino animal é capaz,
fazendo-os também ecoar na matéria astral. Da mesma forma no ar e na água, os
representantes das espécies, viventes nesses elementos em seus habitat
naturais, realizavam transformações predatórios ou não, porém com efeitos
diretos nas matérias referidas.
No fechamento deste capítulo
desejamos chamar a atenção dos leitores ao fato de que o surgimento de homens
em encarnações na Terra nesta quarta ronda de nossa cadeia, constituindo-se em
raças físicas ao longo dos milhões de anos, aconteceu basicamente em quatro principais
processos. O primeiro, diz respeito à materialização lemuriana após o trabalho
dos Pitris Lunares na anexação dos chhâyâs nas formações filamentosas dos
futuros seres humanos das duas primeiras raças etéricas, a Polar e a
Hiperbórea. O segundo processo, diz respeito, exatamente, ao método da
individualização do animal em animal-homem já no período atlante, conforme
aqui, em sínteses, abordamos. Quando os animais lunares se individualizaram na
Terra, já entraram no mundo físico como seres humanos materializados a partir
de etnias primitivas que puderam prover-lhes com corpos adequados às suas
formações elementais e instintos animais. A humanidade herdada do reino animal
daquele período hoje forma povos imaturos e classes baixas das sociedades em
todo o planeta. O terceiro processo é o do desenvolvimento natural de egos da
cadeia lunar que tendo cumprido suas etapas evolucionárias com sucesso, ou
falhado, aguardam pelo momento adequado de entrar nas raças, segundo seus
padrões vibratórios. O quarto processo prende-se às transmigrações de egos de
orbes pertencentes às demais cadeias do sistema solar que identicamente aos
egos da cadeia lunar, ao se adiantar ou se atrasar nos seus grupamentos
originais, são trazidos para encarnações na Terra segundo também seus padrões
vibratórios.
CAPÍTULO
III
CAMINHOS
DAS INICIAÇÕES HUMANAS
Vimos que os reinos da natureza passam por
iniciações a fim de atingir status mais elevados no processo evolucionário do
planeta. As ondas de vida, com sucessivas emanações, preenchem os reinos com
seus dinamismos começando propriamente a atuar a partir dos reinos elementais,
localizados nos mundos mental abstrato, mental concreto e astral. Os reinos dos
mundos mental e astral representam ainda a descida do arco por onde transitam
as ondas de vida, porém uma onda ao atingir o mundo etérico, passará a atuar
sobre o reino mineral, vindo encontrar aqui seu nadir ou ponto mais baixo de
descida. Neste ponto, os investigadores destacam o começo da luta espírito x
matéria nos limites etérico-físico do reino mineral, acontecendo aí o
aprofundamento e estabilização do processo de descida e a subjugação do
espírito pelo poder cristalizador “tamásico”(4) da matéria. Este
marcante acontecimento estabelece a natureza do processo em que os ocultistas-alquimistas
mais adiante tratariam como o “solve” e “coagula”, nas escolas iniciáticas, em
relação à necessidade de cada aspirante em criar intimamente um vínculo ou
ponte entre a matéria e o espírito (5).
(4) “A matéria (Prakriti ou Pradhâna) está
constituída por três gunas (modos, modalidades, qualidades ou atributos),
chamados respectivamente sattva, rajas e tamas, os quais não são meros
acidentes da matéria, senão que são de mesma natureza e entram em sua
composição. Podemos traduzir de maneira aproximada os três gunas como segue:
Sattva: bondade, pureza, harmonia, lucidez, verdade, realidade, equilíbrio,
etc. Rajas: paixão, anelo, atividade, luta, inquietude, afã, dor, etc. Tamas:
inércia, apatia, tenebrosidade, confusão, ignorância, erro, etc. Os gunas estão
universalmente difundido na natureza material: existem em todas as criaturas,
determinando o caráter ou condição individual, na proporção em se acham
reunidos em cada ser. Assim vemos que Sattva é a qualidade (guna) que predomina
sobre as outras duas no mundo dos deuses. Rajas, é que dá proeminência à
espécie humana. Tamas, é a que prevalece nos brutos e nos reinos vegetal e
inorgânico. Assim, nada há (a exceção do espírito puro) que esteja
completamente livre dos gunas, nem há um só ser e nenhum só ponto no universo
onde não exista pelo menos uma mínima parte de cada um deles. Na matéria
caótica ou imanifesta, os três gunas estão perfeitamente equilibrados entre si,
então todas as potências e energias que aparecem no universo manifestado
repousam numa inatividade comparável a
de uma semente, porém, quando se rompe uma forma, uma manifestação, e toda
manifestação ou forma é um produto de Prakriti em que predomina um dos gunas
sobre os dois restantes, Sattva e Rajas não podem por si sós entrar em
atividade; requerem o impulso do motor e da ação (Rajas) para se por em
movimento e desatar suas propriedades características. Por isto se tem dito que
‘o Sendero se estende deste Tamas até Sattva por meio da luta e aspiração –
Rajas’ “. (HPB)
(5) Evidente que estamos nos utilizando de
uma figura válida para chamar a atenção do leitor sobre fatos análogos maiores
de cujas relações outros advieram. O Baphomet de Mendes detêm diversos simbolismos
e analogias entre a divindade de Deus e o iniciado, o Micro e o Macro, entre as
forças e energias que circulam na natureza e dentro do próprio homem e da
necessidade de a elas trabalhar em níveis de transmutações espírito-matéria,
matéria-espírito. Nas indicações de o solve e coagula destacam-se,
ainda, o pensamento de Deus e o pensamento do homem; a intuição pura e a
capacidade em formular um pensamento objetivo; a força consciente do iniciado
em reunir e magnetizar e o trabalho de transformar os elementos químicos
internos do corpo em ouro espiritual, etc. Dessa mesma relação de valores e
qualidades entre espírito e matéria estamos nos apropriando para em âmbito das
Forças Criadoras relacionar à ação vivificante do Segundo Logos ao afundar a
fluidez de Seu Espírito e dissolver-se nas forças paralisantes e condicionantes
da matéria, chamadas tamásicas. No entanto, por imperativo de um processo
natural evolucionante permeado por leis regentes do movimento e ação, a matéria
não pode eternamente aprisionar o espírito, senão por um período
pré-determinado, enquanto o espírito por todo o tempo de submersão solve-se e
frutifica a própria matéria”. (Rayom Ra)
Após eons da existência em que a matéria externamente
predomina sobre o espírito, ou seja, o negativo estabelece todas as suas bases
como matéria densa e assim vive plenamente nas consciências obscuras dos reinos
e mente humana, a pressão progressista do carma da natureza começa a se
inverter e o processo de submersão, lenta e gradualmente vai perdendo suas
forças para a libertação da luz dos grilhões da matéria. O arco de subida então
passa a ser galgado pelas incursões da força interna do espírito que se acha invertido
no seu polo diametralmente oposto, vindo descerrar uma a uma as cortinas que
ofuscam a verdadeira história da criação gravada indelevelmente nas auras dos
átomos da própria matéria.
Durante os tempos em que a matéria
predominava não teria sido talvez a história mais dolorosa da humanidade. A
inconsciência prevalecia e o sofrimento suportado era somente físico. Do homem
das planícies da Lemúria ao aprendiz atlante a alma humana não se rebelou,
porém quando a alma começou a acordar de sua hibernação, a se dar conta de que
era mais que uma simples vida em meio à natureza, o sofrimento maior acordou
também; a dor física passou a dividir-se com os anseios não compensados, com os
sonhos não realizados (no início tratava-se de uma tosca imaginação em vigília,
porque o homem lemuriano não sonhava) e objetivos não alcançados. A raça humana
passou a ser de duas ordens principais: a obediente que acatava os ensinamentos
de seus mestres e a que povoava o mundo desejando domá-lo. Daí, multidões de
homens e mulheres rolariam pelo tempo experimentando sempre crescentes e mais
diversas doses do sofrimento. Muitas raças nasceram e se espalharam pelo mundo
e o homem em todas elas, como o eterno moleiro, esteve sempre a amassar o
barro, a moldar o sofrimento e pela dor obter suas mais profundas experiências.
Conforme Deus dissera a Adão e Eva no paraíso, quando mostrara da árvore do
conhecimento do bem e do mal e depois decretara do suor do rosto. A morte e a
vida, a vida e a morte a partir dali viveriam opostas, mas inseparáveis, sempre
imanentes na eternidade da Terra!
O conhecimento do bem e do mal traria ao
homem considerações cada vez mais inquiridoras e na medida em que ele evoluía,
vinha-lhe a necessidade de respostas mais significativas aos seus íntimos dilemas.
Já na Lemúria, Sanat Kumara e seus servidores iniciariam um trabalho de concentração
na meta evolucionária direcionando a população lêmure no sentido de estimulá-la
a trabalhar suas potencialidades naturais e idealizar uma sociedade. Foram
milhões de anos despendidos na potencialização e exteriorizações dos elementos vocacionais
do homem, na edificação gradual de sua personalidade, segundo suas necessidades
evolutivas nos caminhos do aperfeiçoamento. Como sabemos, a personalidade é
considerada a alma terrena transitória que ao término de cada reencarnação é
diluída. Através de muitas encarnações experimentadas nas diversas situações da
vida, o homem edifica valores cada vez mais consistentes que o ajudam a
conhecer, reconhecer-se e a sobrelevar-se das dificuldades por méritos próprios.
Conforme reconhecem os esotéricos, a personalidade humana somente é considerada
edificada quando detêm a formação completa dos quatro corpos inferiores
funcionando e devidamente treinados. Antes disto, o homem é ainda uma entidade
humana em formação, sendo unicamente o animal mais evoluído da natureza. O
corpo causal do homem, localizado entre o corpo mental abstrato e o búdico, é o
responsável em registrar os seus avanços e determinar, a partir dos valores
armazenados, quais serão os desafios do ego numa nova interpolação terrena.
O processo evolucionário das raças encarnadas
na Terra, conforme vimos focando, iniciou-se propriamente com a raça lemuriana
numa espiral ascendente na conformidade com os surgimentos das suas sete
subraças. Os valores externos que necessitassem constantes apuros, como a constituir
sociedades com melhores identidades culturais, edificar cidades para a proteção
contra os ataques de animais ou de inimigos da própria raça, melhorar sempre o
meio ambiente de suas atividades e outras ações, imprimiriam a conotação de
iniciações aos povos lêmures, a partir, principalmente, de sua quarta subraça.
E relativamente às suas consciências externas, de fato assim foram, como
continuariam a ser noutros povos de emergentes civilizações, embora em certas
etapas os povos começassem a avançar no pensamento reflexivo e na vida interior.
Desse modo, as atividades urbanísticas, o
desenvolvimento e aplicações coordenadas de áreas da ciência, as concentrações
religiosas, os estudos filosóficos e de fenômenos ocultos, se constituíram
durante alguns ciclos nas principais expressões culturais das espirais
evolucionárias atlantes, propiciando-lhes crescentes qualidades para o ritmo de
suas conquistas. Esse mesmo delineamento revelado aos povos de antanho se
revelaria também para a humanidade do segundo milênio de nossa era, ao passar
por novos momentos iniciatórios quando começou a manipular a eletricidade para diversos
fins utilitários, transformando-a num instrumento essencial para o progresso
material das nações, implementado com a iluminação elétrica em lares e cidades
inteiras em todo o planeta. Do mesmo modo, a isso se seguiria à implantação do
telefone que nos veio prover da intercomunicação imediata a curtas e longas
distâncias, e quando o domínio do ar pela aviação foi consumado. No passado
recente, houve também a transformação do ferro em longas linhas de trens, na
fabricação de locomotivas e de pesados transatlânticos, o que proporcionaria
novas realizações científicas e culturais.
Se no lado positivo a eletricidade atraiu a
lâmpada e a lâmpada inundou o planeta de luz, no lado negativo, nas sombras das
consciências, provaríamos das desgraças e dores de duas grandes guerras
mundiais, testemunharíamos as explosões hediondas de bombas atômicas sobre
pacíficos e indefesos cidadãos de duas cidades japonesas, e registraríamos, nas
últimas décadas, aos eclodimentos de novas guerras por conquistas: guerras étnicas
e outras declaradas por diversos motivos ou alegações, além de se desencadearem
sucessivas revoluções locais: todas, com poucas exceções, que matariam dezenas,
centenas ou milhares, destruiriam propriedades e afetariam profundamente milhões
em níveis físicos, emocionais e mentais.
As duas grandes guerras acabariam por se
constituir em veículos para o expurgo do carma dos povos envolvidos e embora
espremendo os seixos no giro oposto da roda evolucionária, contribuíriam para
acelerar experimentos e invenções que, apesar de almejados para o fortalecimento
e superioridade dos contendores, serviriam muito mais ao aparelhamento
científico e tecnológico das várias áreas das atividades humanas do que para
outros objetivos quaisquer. Os implementos científicos modernos calcados nessas
duas grandes introduções – a eletricidade e a comunicação telefônica (esta acontecida
após o código Morse no telégrafo) – a exemplo do transporte sobre rodas
equipado com motor à explosão ou combustão interna, e dos adventos do rádio,
cinema, televisão, internet, celulares e de outras derivações, foram também
efeitos sucessivos que a humanidade em massa experimentou e continua experimentando
nas esferas da moderna tecnologia.
São, sem dúvida, contextos iniciatórios
globais, embora sejam para muitos de menores avanços conscienciais ou de nenhum,
ao se tratarem de uso meramente domésticos ou de facilidades utilitárias. Mas uma
vez trazidos para os domínios e manipulações industriais e técnicas, houve
necessariamente metodologias aplicadas, algumas profissionalmente complexas
exigindo longas jornadas de estudos e práticas, portanto de adestramentos
mentais. Já as explorações dos recursos minerais de pedras em várias categorias,
além de propiciar iniciações ao reino mineral, proveram o mundo de adornos e maior
expansão do brilho exterior do ouro que veio ancorar definitivamente suas
vibrações magnéticas externas do plano de Atma no mundo físico, beneficiando em
maior número egos de individualizações mais recentes.
Portanto, a partir da quarta subraça os
lemurianos obteriam maiores avanços em seus processos civilizatórios,
principalmente pela participação efetiva em suas vidas de representantes das
Hierarquias Criadoras que entre eles encarnaram, como os Barhishads Pitris - os
mestres lunares. Vejamos os seguintes tópicos a partir da quarta subraça:
“Nessas últimas subraças os Barhishads tornaram-se reis – os Reis-Iniciados
dos mitos – que foram mais verdadeiros do que histórias. Um Rei-Iniciado reunia
um número de pessoas ao seu redor, formando um clã; então ensinava a esse clã
algumas das artes das civilizações e o dirigia, auxiliando-o na construção de
uma cidade. Uma grande cidade foi erigida sob tais instruções, onde agora é a
Ilha de Madagascar, e muitas outras foram igualmente construídas noutras partes
do continente lemuriano. O estilo da arquitetura era ciclópico, impressionando
pela enormidade” (AEP)
Nesse
tempo, novos membros da Hierarquia dos Pitris já operavam em auxílio aos Manús,
que eram responsáveis pelas transformações e evoluções físicas das raças,
conforme anotado:
“Enquanto
a sexta subraça se desenvolvia, um grande número de Iniciados e seus discípulos
foram enviados da Intra-Cadeia do Nirvana para a Terra a fim de auxiliar desde
logo e para resultados futuros ao Manú da quarta Raça-Raiz, encarnando nos
melhores corpos (lemurianos, naturalmente). (...) Existiu na Lemúria a Loja dos
Iniciados que não foi primordialmente para o benefício dos lemurianos. É bem
verdade que embora alguns deles estivessem suficientemente avançados tendo
aprendido de Gurus Adeptos, os ensinamentos necessários a eles limitavam-se às
explicações de fenômenos físicos, tais como o movimento da Terra em torno do
Sol, ou às razões das diferenças nos aspectos que os objetos apresentavam
quando observados alternadamente mediante as vistas físicas e as astrais. A
Loja, embora estivesse estabelecida para aquelas entidades vinda de Vênus
enquanto trabalhassem em favor da evolução da Terra, servia-lhes do mesmo modo
para o seguimento de seus próprios desenvolvimentos evolucionários”. (AEP)
O continente de Atlântida marcaria
extraordinária evolução humana tanto no aspecto físico e emocional quanto na
organização mental de suas subraças que começariam a ser formadas milhões de
anos antes. Alguns povos atlantes conviveram com os lêmures ainda no continente
da Lemúria, que se transformaria mais tarde na grande extensão continental dominada
pelos atlantes, após as seguidas catástrofes que modificariam a geografia da
Terra. Os atlantes foram de extrema importância para a sabedoria que hoje o
homem manipula e detêm, pelo desenvolvimento mental que iniciaram e pelas
iniciações que tiveram, tanto nos aspectos da ciência oculta quanto das
ciências materiais.
O processo evolucionário de um planeta requer
fases distintas onde os reinos não humanos e o humano participem ativamente a
fim de mover forças e energias e requalificá-las, resultando que matéria e
espírito passem por experiências em diversos níveis. Os níveis se correspondem.
Há uma inversão nas posições e funções dos planos que nos níveis acima e abaixo
se situam. Os triângulos que se entrelaçam e se traduzem pelo axioma oculto “Quod
Est Superius Est Sicut Quod Est Inferius” estabelecem justamente esta relação
em termos de situações, porém não exatamente de qualidades. O triângulo que
aponta para cima e o que aponta para baixo ao se entrelaçarem demonstrarão um
resultado de equilíbrio das forças. Isso se dá com a natureza em seus mundos de
diferentes graus de matéria e com o homem em seu processo de libertação sob as
injunções do carma evolutivo obrigatório a que está submetido, quer ele aceite
ou não. O homem através de suas iniciações no mundo material abrirá sempre
fendas superiores pelas quais as forças e energias mais poderosas descerão,
incitando-o a cada vez mais buscar no conhecimento a sua libertação. Esses
passos representaram no passado a história iniciática dos povos, o conhecimento
oculto e sacerdotal que lhes permitiu obrar sobre a anatomia, a medicina, a
formulação de poções e remédios, e sobre cujas pesquisas e revelações
superiores desenvolveriam a astrologia, a astronomia, a matemática, a física e
a química oculta com a qual avançariam no conhecimento do átomo químico e nos
átomos dos mundos superiores ao físico denso. Para os homens da modernidade, da
ciência material, essa memória não existe: eles fingem não se dar conta de que
o presente não existiria sem o passado, e que o homem nada teria conquistado
sem a experiência pregressa gravada nas suas memórias celulares. Preferem
mentir-se a si mesmos reafirmando que somente após a libertação da servidão das
crenças e propósitos religiosos, e somente por isso, teria unicamente o homem avançado em poucos
séculos sob as asas dos experimentos científicos.
Voltando ao passado, uma a uma desfilariam as
sete subraças do continente atlante, avançando sempre no conhecimento do mundo,
nas artes das guerras, movendo águas e terras. Sob as orientações de seus Manús,
dos iniciados das Hierarquias Criadoras, a vida planetária viria se transformar
através dos milhões de anos. Civilizações esplenderiam, cidades inteiras seriam
edificadas com ornamentos em ouro e prata a fim de atrair poderosas energias
sob as quais obrariam, e com essas energias aprenderiam a trabalhar e produzir
na matéria e aprenderiam de suas almas em processos de perenes avanços do
conhecimento. Em todas as subraças, os mestres do conhecimento introduziriam
cultos às forças planetárias, ensinariam rituais, conduzindo os povos a desenvolver
suas sensibilidades mediúnicas em correlações diretas com os sistemas de
chackras. A Ilha Branca – a Shamballa – cidade construída no interior do
planeta, com a chegada de Sanat Kumara, polarizava e dimanava novas e
restauradoras energias para todos os reinos e civilizações humanas. De lá os
mentores partiam sempre para ensinar e obrar junto aos atlantes, e também para
guerrear com suas naves e armas especiais quando o mal incursionava
contaminando os povos, ameaçando o equilíbrio das forças planetárias.
As muitas histórias sobre os povos atlantes
contam sobre guerras e destruições de civilizações. As trevas da matéria e as
luzes do espírito estiveram em constantes lutas revestidos de mal e bem; essa
herança a raça ariana também traria para sua época. Na realidade, o longo
percurso civilizatório das raças jamais se apartou das lutas e sacrifícios uma
vez que a natureza humana mergulhara na matéria e somente a luz do espírito poderia
se antepor a fim de que desses choques e embates o carma retomasse suas porções
de avanços e abrisse novos caminhos. O Plano da Criação possui um planejamento
reto e objetivo; as etapas precisam ser cumpridas segundo os tempos em que o
homem consiga maturar seu carma em diferentes experiências. A inevitável
exposição de sua imaturidade diante das polaridades opostas o conduzem a tomar
caminhos secundários ou divergentes, distanciando-o da meta principal. Assim, a
humanidade palmilha vias sinuosas e se perde em desvios e em abismos de
tentações; por isso, pela dor e sofrimento maiores, pela ilusão reconhecidamente
não satisfeita, ela tende a buscar o caminho de volta e a retomar a trilha
anteriormente traçada. Mas, novamente, sob a ação de suas próprias e desmedidas
ambições, ela retoma os desvios. Essa é a sina das mentes vacilantes cheias de
desejos ardentes, que nos grandes grupamentos humanos rolam sobre escombros de
imperfeitas realizações, porém cedo ou tarde precisarão definitivamente segurar
a ponta do fio de Ariadne.
Assim foram os povos atlantes, assim são os
povos arianos, assim sempre foi o maior percentual da humanidade. Os mentores
raciais sabem disto, as Hierarquias Criadoras já trazem consigo o conhecimento
da psicologia das massas em suas mais variadas etapas de crescimento da
consciência, como já acontecido em diversos outros orbes de nosso sistema solar.
Deste modo, a etapa atlante trouxe o planejamento do despertar das forças
astrais. O homem lêmure na sua mais alta expressão evolucionada era ainda uma
criança diante daquilo que a ele se destinava quando se albergasse em corpos atlantes.
A tônica lemuriana foi do desenvolvimento do corpo biológico; a fase atlante se
incumbiria de aperfeiçoá-lo na medida do surgimento das novas subraças,
configurando formas mais bem delineadas em sua contraparte etérica,
reproduzindo aparelhos físicos mais apurados. O conteúdo emocional do homem
atlante foi mais destacado por que, justamente, as energias planetárias
concorriam para esse desenvolvimento; por isso o mundo astral era inundado de
formas elementais e egrégoras de todos os tipos, umas criadas pela vontade direcionada
das Hierarquias Criadoras, outras pelas forças negativas estimuladas pelas
mentes diabólicas que chegavam ao planeta e aqui estabeleciam sempre novas
bases e hierarquias do mal.
As sete subraças atlantes: Rmoahal, Tlavatly,
Tolteca, Turaniana, Semítica Original, Acadiana e Mongol, por milhões de anos
desenvolveriam as potencialidades astrais que marcariam o ego terreno com traços
especiais. As iniciações se sucederiam de subraça a subraça diferentemente dos
tempos atuais e de nosso passado recente. Em cada uma delas, em certos
períodos, encarnavam grupos de iniciados das Hierarquias Criadoras, a fim de
impulsionar-lhes o progresso, incrementando-lhes as vibrações através de seus equipamentos
mentais avançados e corpos evoluídos, estimulando-os para valores mais
importantes no tocante a organizações de sociedades, edificações de templos e
iniciações à ciência de modo geral.
CAPÍTULO IV
A
IMPORTÂNCIA DAS RAÇAS
O processo evolucionário
das raças detém elementos bem mais criteriosos e elaborados pelas Hierarquias
Criadoras do que supõem os estudiosos da antropologia em suas pesquisas
materialistas. As raças até agora evolucionadas aos seus níveis, a lemuriana e
a atlante - e a ariana em avanços mais recentes - conduzem a um contexto muito
mais profundo, sequer suspeitado pela ciência moderna. O surgimento das raças
não foi casual, nem espontâneo, nem pretensamente acontecido pela miscigenação
étnica acidental ao longo das peregrinações do homem, como afirmam
historiadores e autoridades acadêmicas da área. A verdade é bem outra conforme
têm conhecimento os estudiosos do ocultismo e como estamos resumidamente
procurando mostrar.
Baseados nas falsas proposições de que não existem outros
elementos comprobatórios de uma cronologia segura e confiável a fim de que a
história do homem seja recontada senão somente a partir de antigos achados da
arqueologia, pelas montagens antropológicas e por exames de velhos documentos
selecionados, e partindo das premissas teóricas da evolução natural das
espécies, concebidas por Charles Darwin, o materialismo vem reafirmando a
inexistência de Deus, da alma, dos espíritos e negando causas e efeitos de leis
naturais inferentes nos destinos da vida humana. O formalismo acadêmico por
séculos vem enxertando os anais históricos com resenhas anotadas por
especialistas e deferidas por institutos incumbidos em reunir elementos
testemunhais concretos para oficializá-los, segundo regras que não podem ser
transgredidas. Há documentos cujos textos-padrão são imutáveis, estando
paralisados no tempo. Entretanto, há grande quantidade de fatos verídicos que
foram sufocados, intencionalmente não compilados e de provas não consideradas.
Além deste controle restritivo, houve no passado farta documentação perdida
para sempre, destruída com as bibliotecas da antiguidade pelos vândalos
conquistadores que hoje, provavelmente, ajudaria na montagem mais próxima dos
fatos, ou na pior das hipóteses seria também desprezada e subjugada segundo os
interesses, porém existiria em súmulas para futuras considerações.
Felizmente, passando por cima daquela visão míope e
caótica, fatos antigos vêm sendo aos poucos divulgados mediante novas
coletâneas de provas da própria arqueologia oficial ou paralela e pela
apresentação de elementos documentais rescaldados dos mais diversos tipos de
achados, que tiveram suas linhas descritivas remontadas. Entretanto, de novo
levantam-se barreiras e estabelecem-se fortes correntes de governos mundiais
que pretendem outra vez sufocar essas provas emergentes que sacudiriam os
antigos fatos cuidadosamente elencados, que, uma vez oficialmente reconhecidos,
dariam outros rumos à história universal. Grande parte dessas omissões se
relaciona a elementos agora constatados em todo o mundo sobre naves
alienígenas, ou, por recentes descobertas através do super telescópio Hubble e
por outros potentes telescópios, comprovando a presença extraterrestre em
civilizações diversas desde tempos muitíssimo recuados. Essa moderna e avançada
tecnologia, apesar de elaborada por cientistas desejosos de confirmar verdades
concretas, acaba por armazenar inúmeras outras evidências e levantar
incógnitas, diferentemente do que suspeitavam encontrar, mas ainda mantidas sob
a cautelosa e incomunicável guarda de nossa milenar história.
Há reconhecidas manobras para manter a história
como está, pois se algumas importantes verdades amordaçadas através dos
séculos, bem como todo o aparato montado pelas fábulas darwinistas fossem
desmascarados de maneira inequívoca, haveria de imediato um prejuízo enorme ao
edifício do monopólio materialista fortemente blindado nas suas insuspeitadas
bases. No entanto, nada se guarda indefinidamente sem que um dia não venha a
público. E com inusitada velocidade o mundo virtual e o real têm visto, ouvido
e lido surpreendentes revelações acompanhadas de imagens comprobatórias da
revolução que a tecnologia tem provocado sobre os fatos históricos e
científicos até então aceitos.
E por que existem tantas raças humanas e povos
continuam a existir com tantas diversidades étnicas? Sob a visão ocultista há o
desenvolvimento de um programa planejado em minúcias onde se inserem e fazem
parte Hierarquias do sistema solar. As raças até agora esotericamente
catalogadas seguem um cronograma original para o planeta Terra, para a cadeia a
que o planeta pertence inter-relacionada com outras nove cadeias inexploradas
pela Astronáutica; logo para nossos homens de ciência, inexistentes. Se há na
Terra outros povos, outras humanidades e grupamentos anômalos cujas obscuras
origens a antropologia biológica ou a antropogênese não conseguem amparar em
seus catálogos, alguns deles efetivamente nunca fizeram parte do Grande Plano
da Criação emanado da Inteligência do Logos Solar e de Seus Ministros Supremos.
Mesmo as subraças lêmures e as duas primeiras do período atlante não deixaram
elucidativa memória de suas epigêneses senão uns poucos e diluídos rastros nas
subraças de sangue e genes mais poderosos, agora também em processos de
extinção.
Há registros nas mais variadas formas e tipos de um
passado muito distante; há inscrições em pedras, murais, pergaminhos, papiros,
cavernas, templos, pirâmides, obeliscos, estátuas e noutros veículos que nos
fazem recuar no tempo, imaginar e buscar na intuição como teriam sido as
nuances das ondas migratórias de povos e seus fenecimentos. Mas esses mesmos
registros também demonstram a presença de deuses bons e maus vindo das estrelas
e entrando nas filhas dos homens, portanto criando novos tipos étnico-raciais.
Os povos da Suméria foram pródigos na memória
pós-civilização; as mais de 24.000 tabuinhas de argila encontradas por
arqueólogos em Nínive, guardadas na biblioteca do rei Assurbanipal, e outras
50.000 encontradas na cidade de Nipur, ao sul de Bagdá, somando-se a uma biblioteca
na mesma Nipur contando 20.000 volumes sobre direito, ciência e religião,
demonstram o poderio das reminiscências da antiga história. Esse fantástico
acervo nos conta das histórias comuns e estranhas de suas civilizações; das
gênesis de seus deuses, e de suas ciências que iam da astronomia aprofundada,
alicerçada por inventos e observações do cosmos – impossíveis de serem
realizadas senão sobrevoando os espaços – à mineração do ouro, prata, às
edificações suntuosas de templos e cidades, e ao desenvolvimento da medicina e
produção de remédios.
Pesquisadores modernos contam que durante o período
sumério, extraterrestres ali teriam estado e realizado experiências genéticas
criando uma nova raça de homens somente para servi-los nas minerações na
África. O que evidentemente concordamos em relação à presença alienígena, pela
quantidade de provas arqueológicas encontradas, não somente ali como em outras
partes do planeta. Uma prova disso nos dá um astrolábio sumério achado em
perfeito estado, idêntico ao que se inventaria milênios depois, e peças
metálicas cujas naturezas, ligas e conhecimento tecnológico não poderiam ainda
existir para os diferentes povos da Terra. Isso há 8.000 anos ou talvez muito
mais! Não cremos, porém, que esses extraterrestres aportados na Suméria fossem
amistosos e tenham vindo para cá com a finalidade de também nos auxiliar.
Teriam vindo de Nibiru – planeta real ou fictício – mas tendo eles aqui
chegado, conforme registros mencionados, não foram ainda assim sob nenhuma
hipótese os pais de nossa humanidade.
As raças não escapam dos inflexíveis ciclos da natureza,
impostos por suas leis de conservação e transformação aplicadas a todas as
vidas ou grupamentos de vidas. Embora haja raças e muitos ramos originados de
principais troncos produzindo vidas por milhões de anos, como no caso das
subraças atlantes ainda em maior número no planeta, os ciclos de
nascimento-crescimento-apogeu-decadência-morte, são inevitáveis, e trarão o
final dessas expressões raciais transformando-as em ramos étnicos em extinção
ou, antes disso, os dissolverão em amálgamas com subraças mais poderosas que
ainda virão a surgir.
Alguns dos objetivos impressos na memória das raças
humanas permaneceram insondáveis durante muito tempo. Ocultistas, porém, sabiam
que as raças detinham o papel principal de alojar almas a fim de que pudessem
suas mônadas auferir da sabedoria da criação. Hoje é sabido que os corpos:
físico, etérico, astral e mental do planeta relacionados com os planos
inferiores do universo de nosso sistema solar, interagem com as vontades,
desejos e ânsias das vidas dos três reinos não humanos num processo inconsciente
e semiconsciente. Porém, em se tratando do quarto reino este alcança status
superior e de toda a sorte realizador nos três mundos - o físico, o astral e o
mental – porque neste reino o homem caminha para a autoconsciência.
As almas humanas em formações ou treinamentos, submetidas
obrigatoriamente às prisões dos corpos biológicos, a princípio se debatem às
cegas num mundo de forças duais e opostas, para depois aprenderem a dominá-las
e direcionarem seus propósitos para além das necessidades comuns e compensações
materiais. Cada raça e subraça que se organiza e se espalha na Terra, traz um
propósito subjacente para o melhor aparelhamento dos veículos organizados por
bilhões de egos em composições de almas. Os embates espírito x matéria revolvem
e requalificam a matéria dos mundos onde as almas vibram através de seus
veículos de manifestação. Com isso, o próprio planeta passa por aprimoramentos
e iniciações dos campos vibracionais de seus átomos em diferentes graus de
organizações moleculares, e a inteligência imanente do Logos nos átomos que
constituem a totalidade da matéria planetária também se requalifica com outras
colorações.
Temos assim que a raça lemuriana ao trabalhar sua própria
matéria física auxiliou também o corpo físico planetário e sua contraparte
etérica a entrar numa nova fase de apuramentos. O longo processo de articular o
desenvolvimento emocional dos povos atlantes trabalhou simultaneamente o plano
astral planetário. Do mesmo modo, o desenvolvimento dos variados aspectos dos
corpos mentais inferiores dos povos atlantes e os aspectos superiores dos
corpos mentais no desenvolvimento ariano, vieram trabalhar as respectivas
matérias dos planos mental concreto e abstrato do planeta. Nesse quadro,
bilhões de egos juntos, representam, proporcionalmente, partes da personalidade
planetária e de sua alma. E os bilhões de espíritos entre emancipados do carma,
que são em número menor, e os que avançam sobre seus carmas, em número bem
maior representam juntos, proporcionalmente, partes do espírito planetário.
O planeta Terra é uma entidade possuidora de corpos
inferiores e superiores que nas proporções humanas o homem também possui. É
também um ser em evolução que recebe em seus corpos o Logos Planetário – um dos
sete Ministros do Logos Solar – que não somente encarna-se na Terra neste
período, como é a principal referência de incorporações das forças e energias
cósmicas para a cadeia onde a que pertence o nosso planeta. Seu papel é de
muito maior relevância do que possamos suspeitar no processo evolutivo; ele é o
Deus planetário sob cujas ações o planeta avança e realiza conquistas através
de miríades de vidas e processos de energias e forças. Este ser foi durante
milhões de anos, exatamente Sanat Kumara. Atualmente este honroso e poderoso
cargo é ocupado pelo Senhor Buda Gautama, tendo Sanat Kumara se retirado,
passando a ocupar outra função transcendente às posições hierarquicas
espirituais da Terra.
O homem passa, o ser humano passa, as raças passam,
porque são meras formas num mar ardente de forças guiadas por uma Consciência
Diretora que em cada um habita. A chama interna arde no homem e permanece
ardente enquanto a consciência embrionária se desenvolve sufocada por muitos
véus. Os véus são os estágios ainda ocultos pelos quais o homem precisa passar
e ultrapassar para tornar-se conhecedor. A chama assiste, intui e guia até
certo trecho do caminho, mas necessitará de combustível para continuar a arder;
e se nada recebe não conseguirá ir mais além, pois na balança da natureza é
necessário sempre doar-se para receber.
A chama ardente ilumina e cresce no homem acendrado de
modo incontido e depois de ter consumido todos os véus consumirá também ao
próprio homem. O homem é vagante e transitório, um simples sopro. A vida
terrena é transitória, o planeta e o sistema solar são transitórios, nada
restará daqui a alguns bilhões de anos senão a chama trazida de volta ao seu
lugar de origem. Deus é um Fogo Monumental, incontáveis são as chamas que O
rodeiam e Dele se desprendem numa pequena fração de tempo, sem de fato se
desprender, e a Ele retornam sem nunca terem partido, trazendo o que Ele
desejou obter. Sua glória está nas chamas e as chamas são a Sua glória. Esse é
o início e o fim do que sabemos, mas não o final de tudo porque se há um final
nem as chamas ainda conhecem.
Cada raça, portanto, cumpre o seu papel adrede programado
pelas Hierarquias Criadoras. Nada é mais importante do que avançar e atingir a
meta, pois a meta envolve a conexão de muitos fatores num conjunto em que
nenhum átomo, próton ou elétron deixará de cumprir o que lhe está destinado. A
raça lemuriana ao desenvolver o corpo físico e iniciar o desenvolvimento do
corpo etérico, segundo o modelo estabelecido, iniciou também o trabalho de
ativar seus próprios átomos. Os átomos são a base de todo o universo, Deus está
no átomo. Quando o homem descobrir todos os segredos do átomo físico descobrirá
um dos propósitos da criação, dos mundos, das cadeias planetárias, dos reinos,
e da natureza como uma totalidade planetária. Devem, no entanto, os homens
entender que o átomo sendo múltiplo na sua forma física é múltiplo também na
sua realidade em todas as dimensões. Há sete tipos básicos de átomos na matéria
dos sete mundos que se relacionam segundo leis da física e química ocultas. Os
elementos constitutivos do átomo são capazes de se dissolver num determinado
plano sob certas condições, se transferir e se reorganizar noutros planos em
condições diversas de energia.
Os homens da química acadêmica estão manipulando somente
com as leis físicas onde o átomo se apresenta sob a forma projetada por uma
possível definição ou suspeitada aparência. A cada tempo, no entanto, sob as
pesquisas da moderna tecnologia, conseguem os cientistas rastrear outras
possibilidades na constituição dos elementos do átomo e assim elevam cada vez
mais o número de suas partículas constitutivas. As barreiras dessas
constatações e pesquisas estão justamente nas dificuldades de aprisionar um
átomo de forma absoluta, pois o átomo é energia pura organizada por elementos que
rapidamente interagem, adquirindo novas aparências e qualidades, desdobrando-se
em novos elementos ou desconhecidas energias. Os físicos das pesquisas
quânticas começam a se aproximar de certas gamas dimensionais onde os elementos
do átomo escapam e desdobram possíveis novas organizações, abrindo assim
perspectivas de comprovações de mundos paralelos.
O átomo físico realmente não existe como algo sólido, com
geometria tridimensional, pois ele é supostamente ponderável somente enquanto
agregado em massa, ao passo que massa é também energia e ambas interagem em
condições duais enquanto os átomos estejam agregados. Quando a massa perde seu
poder de coesão a energia concentrada se dispersa em células que rapidamente se
desfazem em moléculas e voltam a se reduzir a unidades atômicas aparentemente
isoladas, retornando ao reservatório da natureza. Os átomos conhecidos pela
ciência material podem ser chamados de químicos e de tempos em tempos o poder
do Terceiro Logos cria a possibilidade de novos átomos que o Segundo Logos
modela e vivifica na natureza com qualidades recentes.
No planejamento da criação das sete raças, houve um
programa minucioso das Hierarquias Criadoras no sentido de que a cada ronda (*)
fossem vivificados os elementos constitutivos dos átomos permanentes que formam
as tríades superior e inferior organizadas para a manifestação da mônada na
natureza. Como se sabe, nos encontramos na quarta ronda onde o trabalho das
Hierarquias junto às raças é de prove-las de condições a despertar a quarta série
das espirilas dos átomos-mestres ou permanentes. A forma estrutural do átomo na
matéria das dimensões superiores ao mundo físico é diferente da estruturada no
átomo químico, sendo aquele primeiro mais poderoso na capacidade de ser energia
e transmiti-la.
(*) Rondas são giros
sistemáticos realizados por todas as vidas de todos os reinos em sete ondas de
manifestações em sete diferentes oportunidades, durante incontáveis números de
anos de nossa cronologia terrestre. Os giros percorrem a cadeia do planeta
Terra constituída por sete planetas, incluindo a Terra, formados de matérias
inerentes a cada dimensão onde, respectivamente, os planetas se localizam
naquele momento. Cada ronda perdura por milhões, ou prováveis bilhões de anos
somados entre a cronologia terrestre e a não terrestre de outras dimensões com
parâmetros imensuráveis a nós humanos. Em seu total percurso pela cadeia, os
produtos de todos os reinos vão a cada tempo, simultaneamente, se ancorando nos
sete planetas da cadeia. Tendo um giro percorrido os sete planetas da cadeia, e
depois de um período de descanso, novo giro é iniciado pela cadeia na mesma
sequência do anterior. Atualmente, atravessamos a quarta ronda, estando a Terra
vivenciando o desenvolvimento da quinta raça-raiz, a Ariana, com enfoque em sua
quinta subraça, e aqui na Terra essa Raça-Raiz completará o seu total
desenvolvimento após a passagem da sétima subraça. Então dará lugar à sexta
raça-raiz, com suas sete subraças e por último virá a sétima raça-raiz em
semelhante planejamento.
As demais cadeias
planetárias de nosso sistema solar também se desenvolvem em idêntico cronograma
com seus sete planetas, todavia com tempos diferentes em relação às cronologias
umas das outras e ordens numéricas de suas rondas, bem como das atuais raças em
percursos.
Assim, as raças são instadas a trabalhar pelo seu
crescimento e desenvolvimento físico, emocional e mental, enquanto seus
átomos-mestres recebem os impactos vibratórios e aceleram seus movimentos
internos. Esse despertar segue um ritmo longo e demorado nos seus resultados
para o homem não iniciado, uma vez que das sete séries de espirilas de seus
átomos somente uma é despertada inteiramente a cada ronda. Desse modo tivemos
nas três rondas anteriores de manifestação da vida uma série de espirilas
desperta a cada ronda, sendo que a quarta ronda está destinada a despertar a
quarta série de espirilas.
A questão é: por que exatamente sete cadeias
principais (as três outras não se configuram ainda num contexto maior no
sistema solar), sete planetas, sete rondas, sete raças, sete subraças, sete
séries de espirilas, etc.? Este fator é de origem cósmica, estando ligado a uma
qualidade vibratória que pervaga e se imprime no oceano das energias de nosso
sistema solar, sobrevindo de uma conjugação de fatores ligados aos sete
sistemas solares dos quais o nosso é um deles. Provável também estar
relacionado aos seis outros universos fora do nosso da Via Láctea, em que
naqueles universos muitos bilhões de outros sistemas solares têm lá suas existências.
Tanto os sentidos físicos estiveram sendo estimulados,
quanto os sistemas de chackras que se distribuem nos corpos etérico, astral e
mental do homem. No plano geral das raças cada um desses aspectos que foram
trabalhados e intensificados na medida em que as subraças foram evolucionando,
representaram iniciações ou novos estados de capacitação dos egos. Sabemos que
as duas raças não humanas, a polar e a hiperbórea, iniciaram o desenvolvimento
da audição e tato através dos milhões de anos que antecederam ao aparecimento
da raça lemuriana. Os lêmures, por seu turno, foram trabalhados pelas
hierarquias a dar ênfase ao desenvolvimento da visão, pois como se sabe, essa
raça se manifestou inicialmente como ciclopes de um só olho localizado mais ou
menos entre as sobrancelhas, vindo posteriormente desenvolver as vistas.
A raça atlante foi treinada a desenvolver o sentido do
gosto ou paladar, enquanto a raça ariana desenvolve o sentido do olfato.
Devemos entender que esses sentidos, os animais também possuem, e os primitivos
lêmures já os possuíam. No entanto, através dos tempos vem acontecendo o
aprimoramento de cada um deles não somente no aspecto físico, como dos corpos
sutis da humanidade. Os sentidos físicos, na realidade, concentram-se no cérebro
etérico de onde tanto atuam no cérebro físico absorvendo impressões, quanto
nele as imprimem a fim de que o cérebro identifique as formas materiais e as
perceba segundo suas características. A natureza é a principal fonte de todas
as coisas criadas no homem e todas as coisas se relacionam com planos ou mundos
superiores que nos envolvem. As malhas de causas e efeitos que se desdobram
maravilhosamente nos espaços vêm se materializar no mundo físico em veículos
dos quatro reinos. A radiação do mineral, o magnetismo do vegetal, o instinto
do animal, o intelecto do homem se direcionam todos a certas áreas dos quatro
corpos humanos e todos vêm trazer aspectos relacionados aos seus órgãos
físicos.
De todos os modos, as emanações, princípios e
características dos reinos influem nas presenças dos sentidos humanos porque as
correntes arquetípicas atingem a todas as vidas que respondem segundo suas
naturezas simples ou complexas no panorama natural, e as ligam. Os sentidos,
que no ego ou personalidade humana individualmente manifestados atingem a
perfeição, em conformidade com os avanços cíclicos das raças, ao início de tudo
são identificados pelos orientais como elementos cósmicos chamados tanmâtras.
Os tanmâtras são forças sutis veiculadoras dos cinco elementos ar, fogo, terra,
água, éter que se correlacionam diretamente aos aspectos formadores dos cinco
sentidos, e esses aspectos, nas suas ações mais largas, se transformam em
propriedades ou qualidades características da matéria. Assim, os influxos das
forças e energias inteligentes modeladoras dos protótipos ou arquétipos da
criação fluem ininterruptamente pelos espaços e vêm encontrar as miríades de
vidas concentradas nas formas, e em graus mais elevados aos corpos raciais, que
precisam estar adequadamente formados para a recepção desses influxos e sobre
eles reagirem materializando sempre qualidades. Na medida em que as mentes e
emoções são exigidas a fim de estimular o trabalho dos átomos em seus corpos
internos, o aparelho físico racial precisará responder adequadamente a fim de
habilitar ao ego em formação a expandir as energias circulantes, externando-as
em processos criativos ou de adaptações ao mundo físico.
Havia a necessidade de criar na Terra, nos subplanos
físico, astral e mental um campo vibracional onde pudessem ancorar-se sempre as
energias renovadoras melhor qualificadas. O planeta em seu processo
evolucionário necessita apurar sempre sua qualidade como uma entidade viva, e
essas energias e forças o espírito planetário estimula, absorve e as caracteriza
como sua própria personalidade. Ou seja, milhões de egos em trabalhos de
edificação e alinhamento de uma personalidade em consonância com os seus
protótipos, representavam nas primeiras raças as faces iniciais da
personalidade em edificação, do espírito planetário. E esse é um dos motivos de
as raças serem compostas, cada uma, de sete subraças uma vez que as energias e
forças do universo necessitam encontrar ancoradouros em seus fluxos e refluxos
e assim vir a interpolar, interligar e produzir avanços específicos. Neste
particular, desde os evos lemurianos até agora, os avanços das raças se
refletem nos avanços da Terra, na cadeia a que nosso planeta pertence e em
âmbito maior no próprio sistema solar, segundo regras inicialmente impostas ao
processo evolucionário. Vejamos o seguinte:
O
Objetivo Destas Regras:
“Pode se dizer que para nosso propósito, as finalidades
que perseguem estas regras são quatro, porém cada uma é possível expressar de
muitas maneiras. Indicam simplesmente as quatro metas principais que os
Trabalhadores do Plano nelas se tenham fixado. As enunciarei concisamente (...)
1. O primeiro e principal
objetivo radica em estabelecer, por intermédio da humanidade, um avanço da
Consciência de Deus no sistema solar. Esta é uma analogia, “macrocosmicamente”
entendida, da relação que existe entre um Mestre e seu grupo de discípulos. Ao
reflexionar-se sobre isto se pode obter a chave do significado de nosso
trabalho planetário.
2. Estabelecer na Terra
(como já foi indicado) uma usina de tal poder e um ponto focal de tal energia,
que toda a humanidade possa ser um fator no sistema solar que produza trocas e
acontecimentos de natureza excepcional na vida e vidas planetárias (e, por conseguinte,
no sistema) e induzir a uma atividade interestelar.
3. Fundar uma estação de
luz, por intermédio do quarto reino da natureza, que servirá não somente a
nosso planeta e a nosso sistema solar em particular, como também aos sete
sistemas solares, dos quais o nosso é um deles. Esse problema da luz, ligado
como está às cores dos sete raios, é por agora, uma ciência embrionária e seria
inútil nos estendermos sobre isto.
4. Estabelecer um centro
magnético no universo, no qual o reino humano e o reino das almas (o quinto
reino), unidos e unificados, constituirão o ponto de poder mais intenso, que
prestará serviços às Vidas evolucionadas dentro do raio de irradiação Daquele
de Quem Nada se Pode Dizer”. (Alice A. Bailey)
Portanto, essas quatro regras seguem a um cronograma tão
antigo quanto à criação do sistema solar, contrariando os postulados e axiomas
da ciência materialista que entende o sistema solar como obra do acaso e o
mecanicismo das leis gravitacionais dos astros sendo meramente acidentais, como
é para eles tudo mais no infinito do universo.
Nós esotéricos achamos incrível homens de raciocínio
objetivo e concreto se apegarem a coisas tão ilógicas, como a um big-bang,
origem e fim de tudo, sem a mente de um Criador a ordenar toda a existência e
sem muitas outras mentes servidoras estarem a trabalhar para transformar e
transmutar a matéria onde o espírito (energia, força, consciência,
inteligência, vontade, etc) se manifeste como a essencialidade da própria Vida.
No final de nossas reflexões, achamos que há cientistas de pensamento chumbado
que realmente não conseguem se desprender de ideias ortodoxas acerca da criação
do universo. Alguns se prendem ao orgulho pessoal ao terem defendido por toda a
vida à inexistência de um Plano Inteligente e prévio ao surgimento do universo
e agora mediante tantas provas em contrário não têm a humildade de recuar.
Outros, simplesmente por estarem a serviço de grandes oligarquias mundiais são
controlados.
Os invencíveis grupos trabalham com o poder de
astronômicas somas de dinheiro, e cujos planos não são os melhores para todas
as nações. Com toda a certeza não haveria misérias, fome, insalubridades,
tantas doenças e guerras com a aterradora e financiada tecnologia da
destruição, se a ciência fosse realmente um patrimônio da humanidade sem outros
interesses. Afinal, a ciência sempre existiu em civilizações passadas e existe
em civilizações de outros planetas habitados, pois ela é um fator natural de
desenvolvimento para tantas finalidades. Algumas dessas finalidades são de
levar o homem a conhecer os extremos poderes da matéria, suplantar seus
congelados axiomas e a herança de um pragmatismo que somente serviu para outras
eras e, finalmente, levar a entender da verdadeira potencialidade acima da forma,
da dualidade, conhecer a unidade, e assim nesses caminhos alcançar os
preâmbulos da imensa ciência de Deus. A ciência de Deus é infinita, e quaisquer
que sejam os avanços e conquistas que o homem de ciência atinja, ele será
sempre um neófito.
CAPÍTULO V
RELIGIÕES E OCULTISMO
Não somente ateus,
também uma boa gama de estudantes do ocultismo critica as religiões e as desprezam
pelo fato de suas histórias conflitantes caminharem exatamente de encontro ao
que é ensinado. No ocidente, esse pensamento persecutório calca-se,
principalmente, na trajetória da Igreja, mais precisamente nos desmandos e
perseguições da Igreja Católica. As críticas se estendem ao protestantismo, às
igrejas ortodoxas cristãs, às correntes religiosas de outras denominações e
acabam entrando nas práticas do espiritismo, no judaísmo, atingindo o Islã e a
todas as demais religiões espalhadas pelo mundo, mesmo aquelas orientais cujos
ensinamentos são chamados de esotéricos.
As religiões não são um
mal nem um bem, mas necessárias. Algumas das religiões de um passado distante,
bem anteriores aos tempos dos primeiros cristãos ou do budismo, deixaram
somente rastros ou metafóricos estandartes ainda hoje segurados por uns poucos.
Com os povos da Lemúria, conforme vimos, não houve propriamente qualquer tipo
de devoção, porém ensinamentos rudimentares sobre as forças da natureza e
movimentos dos astros. Já nos tempos das subraças atlantes, na medida em que os
povos aprendiam de seus corpos astrais tornou-se necessário a elaboração de
cultos onde eles pudessem exercitar suas melhores emoções em direção ao Alto.
No entanto, o termo religião para identificar essas primeiras práticas atlantes
não é correto, mesmo porque a etimologia do vocábulo traduz situações
observadas posteriormente, já no período ariano, incorporadas com as noções de
céu e inferno, agregadas às histórias mitológicas. Embora as cronologias dos
surgimentos de povos atlantes e ários se misturassem e a partir dos ários as
religiões começassem propriamente a ser cultuadas, voltando-se também aos povos
atlantes, durante o ciclo de predominância daquela quarta raça não houve
religiões. Os cultos anteriores das subraças atlantes organizados pelo Manú e
seus oficiais foram desprovidos de um sentido filosófico, ao contrário das
religiões edificadas para os povos ários.
Da devoção ao Sol, aos elementos da natureza e ao átomo
simbolizando o elemento imortal do universo onde o Criador se acha presente,
esses tipos de cultos mostravam paralelamente às almas em formação, verdades
correlatas ao universo e ao ser humano. Essas introduções, contudo, foram
necessárias e faziam parte dos ciclos do emocional humano. Já a religião do
fogo, no entanto, fundada por Zarathustra em 29.700 a.C. na Pérsia iraniana, no
período do enfoque da quinta raça, deteve a finalidade não somente de consumir
o carma como de ativar os átomos dos corpos astrais e mentais para a evolução
futura.
As crenças do passado visavam sempre à ativação das
vibrações de forças naturais nos corpos dos seus adeptos, a fim de que a
evolução pudesse ser continuada em harmonia com a natureza, como todas as
coisas significativas e importantes coordenadas pela sapiência dos iniciados
das causas e efeitos dos elementos na alma humana. Nesse mesmo teor, as
mitologias mais tarde trabalhariam outros aspectos na psique das massas,
abrindo canais da imaginação ao mesmo tempo em que faziam mergulhar, incorporar
e polarizar energias trazidas dos arquétipos mentais-astrais formadores dos
personagens míticos, anexados aos campos de forças ou egrégoras. Muitas
alegorias e simbolismos mitológicos estiveram ligados e associados às forças da
natureza, que uma vez manipuladas pela vontade ou por ritos evocatórios,
produziam resultados visíveis e tangíveis tanto para o bem quanto para o mal,
segundo as polaridades e finalidades a que se destinassem. A magia enveredada
nos elementos mitológicos resistiu por milênios, passando de um povo a outro -
a conquistados ou a conquistadores - mas não formou com suas práticas
propriamente um edifício religioso coordenado, como depois o mundo conheceria.
Povos da África herdaram algumas das idéias mitológicas
levadas por personagens bíblicos ou absorvidas dos egípcios, anexando-as ao
fetichismo e às práticas da magia animista. Os mistérios que se ocultavam
detrás dos personagens e histórias mitológicas foram revelados aos iniciados
nos templos da Terra por Sanat Kumara e seus Adeptos, diretamente de Shamballa
de onde emanam as energias para nossa Fraternidade Branca que supervisiona o
processo evolucionário de todos os grandes líderes e mentores da humanidade e
seus núcleos de iniciados.
Religião quer dizer religar, do latim religio, religo,
religatus, ou seja, trazer de novo o homem para sua verdadeira origem. Esse
significado somente pôde ser aplicado ao homem após sua monumental queda nos
tempos de Atlântida e ao rolamento de seu destino em infindáveis ciclos de
sofrimentos, guerras, misérias, doenças e de tantos flagelos que se alastraram
pelo mundo em todas as raças, quer atlantes ou árias, mas que lhes serviram
para um amadurecimento.
O processo evolucionário
tem duas principais vias: uma é a da obediência que conduz seguramente sobre as
mazelas humanas; a outra é a da desobediência que atrai os desatinos, a
desorientação, as dores, e as decepções e justamente por esses desencantos
acaba por trazer de volta aos caminhos verdadeiros.
A história das raças e povos é muito extensa, bem mais do
que o academismo formaliza nas escolas. As relações do homem com o invisível
faz parte indissociada da sua própria formação como personalidade. As raças
atlante e ária, que se espalhariam pelo globo tiveram há milhões de anos o planejamento
prévio para o desenvolvimento fundamental de elementos físicos e psicológicos,
necessários ao processo evolucionário, quando nem ainda o globo terrestre
estivera construído pelas forças hierárquicas. Os desvios verificados no
período atlante e as incursões do mal vindas de fora de nosso planeta, seriam
inevitáveis.
No entanto, se envidariam todos os esforços para que o
mal não conseguisse se alastrar de maneira a destruir o trabalho da criação.
Esta situação, sabiam as Hierarquias Criadoras, já tinha acontecido em alguns
planetas de nossa galáxia. Os mestres do período lunar, que haviam alcançado
iniciações superiores, ou que estivessem no caminho para essas consecuções, ao
encarnarem-se na Terra abririam veredas não somente para as almas terrenas que
avançavam adiante das demais, como para as massas que vinham mais atrás. Assim
foi que o primeiro grande impulso nas vidas planetárias, se daria com a
individualização dos animais do período lunar em animais-homens terrenos. Esse
evento, conforme vimos em capítulo anterior, traria muitos milhões de seres
para encarnações em etnias primitivas, o que demandaria um trabalho extenuante
das Hierarquias a fim de coordenar suas evoluções e aprendizados em diversos
aspectos.
Vyasa seria o mestre responsável por coordenar e administrar
o trabalho de individualização. [O Vyasa original, a grande individualidade
evocada pela invocação dos primitivos homens-animais, segue sendo mais que um
nome, ainda que tenha saído de nosso esquema planetário há milhões de anos.
Respondeu às invocadoras espécies superiores do reino animal, abrindo-lhes uma
porta para o reino humano, e Seu trabalho deu lugar ao processo conhecido como
Individualização - Los Rayos y Las Iniciaciones, Tomo V, página 433, edição de
1965, por Djwhal Khul]
Milhões de anos depois
surgiria Hércules, outro iniciado do período lunar, que abriria o caminho para
o discipulado na Terra, simbolizando todas as etapas e iniciações menores
através dos seus Doze Trabalhos, a fim de que o candidato chegasse à Primeira
Grande Iniciação.
Krishna viria abrir as portas para a segunda iniciação,
Buda iluminaria o caminho e Jesus o abriria para a terceira grande iniciação,
embora ele próprio numa só encarnação, alcançasse a quarta e a quinta
iniciações, e o Cristo junto com ele chegasse à sexta e à sétima iniciações.
Essa breve referência dos caminhos do ocultismo serve para nos demonstrar que
as vias da evolução - do conhecimento e sabedoria - estão a cargo de seres
maiores, de uma vida iniciática começada anteriormente ao planeta Terra, e eles
preparam o caminho para os que se adiantam bem como para as grandes massas
mundiais que ainda seguem sem verdadeiramente enxergar.
A grosso modo, logo em seguida às grandes catástrofes que
destruiriam o continente atlante, os povos haviam se caracterizado em quatro
principais grupos de temperamentos, a saber: o linfático, o bilioso, o nervoso
e o sanguíneo. Esses grupos careciam de maior flexibilidade nas suas estruturas
emocionais, embora sofressem influxos dos astros nas suas projeções
astrológicas, e necessitassem se ajustar às naturais tendências dos signos. Com
o avanço da raça ariana veio à necessidade de um trabalho mental melhor
dirigido a fim de que a mente em desenvolvimento não buscasse unicamente a
objetividade, o que trouxe o Manú e seus oficiais a trabalhar as subraças no
sentido de dotá-las com elementos mentais-devocionais combinados com a intensa
emocionalidade revelada. Surgiriam então ao longo do tempo, em grandes e
menores civilizações, as religiões e as mitologias com duplo aspecto: o popular
e o oculto, estendidas aos povos atlantes que ainda traziam em suas auras
marcas da magia negra largamente praticada. As religiões foram sempre
procedentes quando organizadas pelos mentores raciais por que seguiam a um
trabalho inteligentemente elaborado. As práticas populares e principalmente
aquelas conduzidas pelos sacerdotes iniciados que aos seus níveis de
conhecimento realizavam ritos e rituais secretos, dimanavam energias poderosas revertidas
para todo o conjunto religioso.
Sabemos da importância das religiões para todos os
impérios da antiguidade e dos grandes impulsos que a casta sacerdotal promovia
nas diversas áreas de atividade dos povos. Inventos, medicina, arquitetura,
urbanística, aquedutos, sistemas de esgotos, astronomia-astrológica, engenharia
de guerra, navios e carros de combates, agricultura, comércio, enfim toda uma
ordem de produções, produtos, insumos, técnicas e ciência era grandemente
ingerida pela inteligência e participação dos sacerdotes conselheiros de reis e
imperadores. Os deuses e heróis mitológicos se misturavam aos cultos religiosos
populares, emergindo principalmente de um mundo simbológico onde suas reais e
virtuais existências provinham de segmentos de forças não reveladas, e a
realidade e finalidades de suas criações eram trabalhadas ocultamente. E devido
a essa anexação ao popular, de personificações sobre-humanas, as lendas dos
heróis e deuses se perpetuariam na memória das raças, podendo assim, milênios
depois, ser resgatadas debaixo das alegorias e simbolismos para o entendimento
oculto.
Os ensinamentos
mitológicos se espalhariam pelo mundo antigo e se tornariam indissociados das
vidas nas diferentes sociedades. Algumas civilizações foram mais destacadas e
brilhantes que outras. Nesses parâmetros, embora a Grécia tenha trazido imensa
luz e beleza ao mundo e o império romano tenha adotado sua mitologia e
continuado muitos de seus cultos, espalhando-os pelos povos conquistados
durante mais de 1000 anos de domínio, a vida religiosa e cronológica do Egito
foi mais longa e profunda tanto em aspectos populares como esotéricos. Profetas
citados no Antigo Testamento, como Abraão, Moisés, Ezequiel e Elias teriam se
iniciado nos mistérios egípcios, em rituais no interior de templos e pirâmides,
e da mesma maneira filósofos gregos como Platão, Aristóteles e Pitágoras.
As riquezas mitológicas e religiões do passado tiveram
muitos ciclos de grandezas, glórias e também destruições. Os ensinamentos e as
forças que se anexaram tanto pelas práticas no âmbito popular como nas
dirigidas pelos iniciados produziram grandes impulsos nas consciências dos
povos, mas em contrapartida, seu mau uso provocou grandes rupturas nos caminhos
evolucionários, detendo grande contingente de pessoas nas vias negativas em que
enveredaram e no carma provocado. Como sempre, os ciclos se sucediam de uma a
outra civilização e a permanente luta entre o bem e o mal jamais findava. A
natureza humana sempre foi muito falha e volúvel e as forças negativas sempre
se organizaram justamente em torno dessas fragilidades. Mesmo nos grandes
momentos de glórias e esplendores de impérios, as lutas entre essas duas forças
duais e opostas exigiam grandes recursos de conhecimento dos mestres e altos
iniciados para manter o equilíbrio e o controle das situações. As permanentes
incursões de forças negativas provindas de fora do planeta foram responsáveis
por grande parte das dificuldades em se manter o processo civilizatório dos
povos dentro dos planejamentos traçados e ordenados.
Quando as projeções astrológicas negativas em nosso
sistema solar se configuram e se projetam sobre a Terra, oferecem oportunidades
a que as organizações do mal se fortaleçam e inundem o mundo com suas
malignidades. Também as forças cósmicas negativas de fora do sistema solar, em
determinados períodos astrológicos se repetem, conjugando-se em suas projeções
sobre a Terra, provocando situações de agudas desarmonias sobre as estruturas
dos egos humanos, quando então eles se inclinam para a linha de menor
resistência. Esses fatores reconhecidos por iniciados e astrólogos de todos os
tempos sempre foram responsáveis por estimular as grandes rebeliões dos egos
contra os seus mestres internos, fazendo-os negarem-se às lições sacerdotais ou
iniciatórias, arruinando seus íntimos e desintegrando planejamentos habilmente
estruturadas para os saltos de consciência nos propósitos evolucionários. Isso
se aplica tanto às religiões mundiais, às pequenas organizações esotéricas
independentes ou às grandes escolas de práticas ocultistas. Os planos internos
de forças positivas e negativas são então estremecidos e as falanges malignas
do astral da Terra, nessas ocasiões, veem-se muito mais reforçadas pelas
presenças de seres extraterrestres que passam a dominar situações com seu
conhecimento superior e a produzir os rompimentos. Essa é uma verdade sem
idade; e foi uma das grandes lutas das Hierarquias no passado como ainda é no
presente. E mediante a pequenez humana, as forças do mal ao final de tudo
sempre deixam suas marcas de destruições, como no passado em que triunfaram,
destruindo projetos e trabalhos de séculos ou milênios, ou conseguiram em meio
à anarquia popular, implantar suas doutrinas e métodos iniciatórios que visavam
e ainda visam unicamente expandir e fortalecer as práticas negativas disfarçadas
em ensinamentos proveitosos.
Neste particular, as organizações negativas desde
tempos lêmures-atlantes também se organizavam em práticas do mal, onde se
cultuavam, como modernamente ainda se cultuam, valores invertidos. Essa herança
pode hoje ser facilmente constatada através das práticas de todos os tipos no
mundo inteiro, independente de classes sociais. Existe, pois, a magia negra
abertamente praticada por povos primitivos em todos os continentes através de
horrendos rituais fetichistas, animistas e mediúnicos; há fraternidades de
cultos esotéricos unicamente negros, satânicos e degradantes, de magias sexuais
perversamente aberrativas; há ordens de lutas marciais assassinas, com símbolos
negativos representando a morte e a disseminação da violência, há grupos racistas
promovendo a morte e a discriminação social, como há também fraternidades
budistas voltadas unicamente para a magia negra (6). Essas forças negativas ou
destrutivas alastradas pelo mundo influenciam através de todos os veículos às
áreas de atividades humanas, estimulando sempre às seguidas transgressões dos
direitos alheios, às inversões de valores e ao caos moral das sociedades. São
forças poderosas que cegam e incitam ao avanço da ambição material, do ódio e
crime, desprezando o cultivo de valores necessários à consciência, mesmo
independentes de religiões, seitas ou crenças.
(6) “Dugpas,
literalmente “barretes roxos”, uma seita do Tibet. Antes do advento de
Tsong-ka-pa no século XIV, os tibetanos, cujo budismo, deteriorado por eles,
havia sido horrivelmente adulterado com as doutrinas da antiga religião dos
Bhons, eram todos dugpas. Desde aquele século, seja como for, e depois das
rígidas leis impostas aos gelukpas
(barretes amarelos) e da reforma e depuração do budismo (ou Lamaísmo), os
dugpas se entregaram mais do que nunca à feitiçaria, à imoralidade e à crápula.
Desde então a palavra dugpa veio a ser sinônimo de feiticeiro, adepto da magia
negra e de toda a coisa vil. (...) Os Dugpas ou Bhons, a seita dos barretes
roxos são tidos como os mais versados na feitiçaria. Habitam o Tibet Ocidental,
o pequeno Tibet e o Butão. Todos são tântricos (gente que pratica a pior
espécie de magia negra). É altamente ridículo ver alguns orientalistas que
visitaram as fronteiras do Tibet, tais como Schlangintweit e outros, confundir
os ritos e repugnantes práticas dos Dugpas com as crenças religiosas dos Llamas
orientais os “Barretes Amarelos” e seus Narjols ou homens santos”. (HPB)
Adolf Hitler teve contatos diretos com a magia negra
tibetana, talvez com membros da seita “barretes roxos”, e suspeita-se que após
a tomada da Alemanha pelas forças aliadas ele teria conseguido escapar para o
Tibet. Outros afirmam que o Führer e alguns membros do III Reich fugiram para o
pólo sul para o Neu Schawbenland, por cuja passagem para o interior do planeta,
extraterrestres lhes teriam dado cobertura. Muitos fatos apontam para essa
possibilidade, um deles e extremamente estranho, aconteceu quando forças
americanas que para lá se dirigiram em 1947, em missão de combate, em que
participou o Almirante Richard E. Byrd, tiveram rapidamente destruídos navios e
aviões, e mortos mais de 1500 homens de várias nacionalidades, por
desconhecidas armas e naves. Foi realmente fato verídico e algo constante dos
relatos americanos de recente pós guerra, abordado em revistas americanas da
época. Mais tarde, americanos explodiriam no local uma bomba atômica, cuja
finalidade certamente seria destruir um possível reduto alien-nazi, não se
sabendo de seus resultados.
Hitler, ao começo de seus discursos diante de platéias
com milhares de pessoas, costumava iniciá-los brandamente, mas em certo
instante tinha sacudimentos, seus olhos denunciavam um brilho de transe
hipnótico e começava a gritar e gesticular, e por um forte magnetismo arrastava
as platéias ao delírio. Ao final, tinha perdido de dois a três quilos. Com
frequência apontava para o alto mencionando seus “superiores”. Hitler foi
totalmente místico e ocultista, sem a menor dúvida iniciado na magia negra
européia e talvez na tibetana, sendo extraordinário médium que serviu às forças
negativas. (7)
(7)
1. “Entre as sociedades secretas que pululavam na Alemanha após o fim da
Primeira Grande Guerra Mundial, e de que acabamos de conhecer a variedade,
existiam já algumas tipicamente representativas do que viria a ser a gnose
nazi. E entre estas a Sociedade do Vril e o grupo Thulé, também chamado Thulegselischaft,
parecem ser as que efetivamente geraram o movimento hitleriano. (...) A
Sociedade do Vril possuía certas relações com várias seitas tântricas
tibetanas; assim, logo que uma pequena colônia himalaica se instala em Berlim
em 1925, surge uma personagem bastante estranha, monge tibetano, denominado por
alusão à Sociedade dos Verdes, que tinha a sua origem no Tibet. Esse homem
anunciou por três vezes na imprensa o número exato de deputados hitlerianos que
ascenderiam ao Reichstag. Disse-se mesmo que ele recebia Hitler regularmente,
pretendendo ser o possuidor das chaves que abrem o Reino de Agartha”. (Hitler et la Tradition Cathare – J.M. Angebert) ”. (Hitler et la
Tradition Cathare – J.M. Angebert) ”.
2. “ Um dia em que o Führer se encontrava de
bom humor, uma mulher de seu séquito arrisca-se a fazer-lhe uma advertência –
Meu Führer, diz ela, não escolhais a magia negra. Hoje ainda tendes a
possibilidade de escolher livremente entre a magia branca e a magia negra. Mas
desde o momento em que vos decidais pela magia negra, ela não mais sairá do
vosso destino. Não escolhais a má via do sucesso rápido e fácil. Aquela que
conduz ao império dos espíritos puros ainda se encontra aberta aos vossos
passos. Não vos deixeis desencaminhar dessa boa via por pessoas que patinam no
lodo, e que subtraem a vossa força criadora. (...) Esta mulher inteligente
exprimia, à sua maneira, as apreensões que preocupavam todas as pessoas em
contato com Hitler; apercebiam-se de que o Führer se abandonava à influências
maléficas, e estava por estas possuído de tal modo que já não era ele o
Mestre”. (Hitler et la Tradition Cathare – J.M. Angebert)”
As práticas ocultistas e as religiões do passado
estiveram sempre juntas porque representavam forças que se aliavam a objetivos
que acabavam por se mesclar. A alma dessas organizações e o verdadeiro sentido
delas existirem para as necessidades dos povos, somente os altos sacerdotes e
iniciados responsáveis por instituí-las tinham conhecimento. Da religião do
fogo fundada por Zarahtustra, aos mistérios orfeicos da Grécia, aos
ensinamentos herméticos do Egito, a sabedoria oculta andou dissimulando os
segredos esotéricos e popularizando o sentido exotérico. Também os mistérios
eleusinos (8) os Vedas, a filosofia chinesa, os segredos naturalistas e
ritualísticos essênios, a gnose grega e todas as demais escolas e fundações
esotéricas ou filosóficas dos principais centros e civilizações da antiguidade,
reconhecidamente profundas ou escolásticas, detiveram a aprovação e orientação
da Fraternidade Branca através de seus mais ilustres iniciados, pelo menos por
algum tempo. Os historiadores que somente se atem às formas, aos mitos e
mitologias e ao que restou da memória desses eventos, contribuem para a análise
superficial materialista, retirando-lhes o verdadeiro sentido iniciático que os
permeou – que eles verdadeiramente não entendem - vestindo-os de um sentido
pueril e de todas as formas de crenças absurdas, sem nada saber das suas razões
verdadeiras e profundas, e das necessidades que os povos tiveram para se manter
concentrados nesses centros geradores de energias. (9)
(8)
“Os Mistérios Eleusinos eram os mais famosos e mais antigos de todos os Mistérios
da Grécia (exceção feita aos da Samotrácia), e eram celebrados acerca da aldeia
de Eleusis, não longe de Atenas. Epifanio fez remontar ditos Mistérios aos dias
de Inaco. (...) Tais Mistérios eram celebrados em honra de Demeter (a Ceres
grega) e da Isis egípcia; o último ato que se celebrava referia-se a uma vitima
expiatória do sacrifício e a uma ressurreição, quando o iniciado era admitido
ao supremo grau de Epopto .” (HPB)
(9) “As religiões são sustentáculos de energias que se ancoram de
maneira tecnicamente possível, atraídas por fórmulas recitativas, oferendas,
rituais, pregações ou práticas que necessitam estar todos os dias ativados.
Essas energias em movimento se dão e se recebem através das mentes de seus
praticantes, e cada religioso se torna responsável pelo teor-qualidade
externado por sua religião”. (Rayom Ra – O Monoteísmo Bíblico...)
Grandes iniciados fundaram os movimentos que depois se
tornariam grandes religiões. Os esotéricos sabem de os momentos cíclicos e de
configurações astrológicas especiais em que devam esses movimentos se ter
iniciado, recebendo o selo indelével das energias e forças com que avançarão pelo
mundo de maneira irrefreável. Não importam os erros e os desmandos humanos que
vemos com frequência acontecidos nas religiões, pois as escolas filosóficas,
ocultistas, ritualísticas-iniciáticas, também falham e provocam danos às
sociedades quando seus representantes se voltam para si mesmos. Há exemplos
típicos de famosas escolas ocultistas que se dividiram, seus fundadores e
membros mais importantes enveredaram por disputas de forças e poderes extraídos
dos seus conhecimentos de magia, e alguns acabaram em lamentável estado moral
por excessos praticados. A prática da magia por seus próprios fundamentos, sem
um respaldo do serviço e da caridade, sempre provocou grandes estragos e
destruições de personalidades que se auto-proclamavam poderosas. Os verdadeiros
mestres do conhecimento, magos dominadores dos segredos das forças mágicas e de
seus elementos, não convivem com personalidades extravagantes, orgulhosas e
auto-centradas, pois o convívio com esses homens presunçosos nada traz de
produtivo aos planos da Fraternidade Branca. (10) Os perigos então os rondam e
quando caem em erros em que não deveriam cair, as poderosas forças negativas os
envolvem e os dominam, por que tanto a luz quanto as trevas têm poderes
distintos: a luz, para tornar homens em servos livres, e as trevas, para
torná-los escravos acorrentados.
(10) Ainda em
relação à Hitler, observamos como parâmetro geral a questão das ordens criadas
sem o fundamento essencial para servir a um processo evolucionário mundial para
todas as raças, no que institui e ampara sua existência a Grande Fraternidade
Branca Universal, também conhecida como a “Loja Branca”.
“Se é
certo que nos anos imediatamente anteriores à primeira Guerra Mundial, Hitler
foi influenciado pelas ‘predições’ da revista Ostara e talvez afiliado à Ordem do Novo Templo, não é menos
verdade e melhor se prova a ascendência da Thulegesellschaft sobre o partido
nazista, nos seus inícios. Esta ‘sociedade secreta’ foi criada em agosto de
1918 pela iniciativa do barão Von Sebottendorf, personagem estranho que merece
toda nossa atenção. O próprio Grupo Thulé não era mais do que a derivação de
uma sociedade iniciatória muito mais importante intitulada Ordem dos Germanos (Germanen-orden)
fundada em 1912 e da qual Sebottendorf tornou-se uma das ‘cabeças pensantes’, a
ponto que lhe foi confiada em janeiro de 1918, a direção da ordem da província
bávara. Contentemo-nos em lembrar que o ‘Grupo Thulé’, que apoiou Hitler até a
tomada do poder pelos nazistas em 1933, era muito ligado à ‘Golden Dawn’
britânica, desvio racista da Rosa+Cruz, cujo mago negro Aleister Crowley, se
afirmava o ‘predecessor de Hitler’. “(J.M. Angebert – Les Mystiques du
Soleil)
Jesus, nos templos
de Atlântida, era conhecido como Antúlio de Maha Ethel e foi eleito pelos
mestres da Fraternidade Branca para ser o Avatar – O Enviado - da Era de Peixes
que há pouco mais de 2000 anos se iniciava, segundo as configurações dos
calendários astrológicos anunciadores desse evento. A Era de Peixes com período
exotérico de 2160 anos, teve seu início anunciado ao acontecer as conjunções
dos planetas Saturno, Marte e Júpiter, exatamente quando Jesus voltou ao mundo
terreno. A religião cristã não reconhece das antigas religiões os princípios
ocultos e iniciáticos, considerados esotéricos, e nem os populares ligados às
mesmas fontes simbológicas, chamados exotéricos, embora a esses últimos os
tenha adotado. Sem dúvida que a partir da crucificação de Jesus o mundo
ocidental entrou numa decadência cultural sendo arremetido aos confins de suas
próprias limitações ficando unicamente à sua sorte, cerrado por muitos véus
obscuros. Enquanto perdurou o império romano nos primeiros séculos da era
cristã, ainda destacou-se Juliano dentre os césares, por seus poderes pessoais
de iniciado nos mistérios e pôde manter a chama da tradição oculta viva e acesa
nas reuniões secretas dos templos oferecidos aos deuses. Juliano restabeleceu o
paganismo em confronto aos avanços do cristianismo, recolocando os deuses em
seus pedestais e readmitindo as louvações, homenagens, ritos e procissões.
O cristianismo não era para ser mais uma religião. Seu
destino, é bem provável, deveria ser tão glorioso quanto fora a vinda de seu
Avatar Jesus. Se Jesus foi iniciado dentre os essênios, no Egito pelos altos
sacerdotes e na Ásia pelos monges budistas e tibetanos, passou iniciações aos
seus discípulos mais próximos e ensinou-lhes muitos dos mistérios - como muito
bem demonstra trechos do “Pistis Sophia” - a oblação de seus discípulos e mais
tarde seguidores, deveria conter o que prenunciara e instituíra o Mestre. Mas
assim fizeram os primitivos cristãos em criptas, grutas, cavernas, sob o manto
de força iniciatória do Nazareno com Sua Presença Espiritual, e em outros
locais a salvo das incursões de fúria despótica dos romanos. O cristianismo
surgiu sob a manifestação e força do sexto raio, que justamente estimula a
devoção e o idealismo e ainda que a humanidade atravessasse o período ariano em
que o enfoque da mente concreta fosse um dos principais objetivos para o
trabalho das Hierarquias, esse movimento que no decorrer dos séculos e milênios
se tornaria uma religião mundial, veio dar ênfase aos sentimentos e
emocionalismos do corpo astral. (11)
(11) “O Sexto
Raio da Devoção personifica o princípio de reconhecimento. Quero significar com
isto, a capacidade de ver a realidade ideal que se encontra por detrás da
forma; implica que se terá de aplicar, de maneira concentrada, o desejo e a
inteligência, a fim de expressar a idéia pressentida. É, em grande parte,
responsável pela formulação de idéias que têm conduzido o homem no seu avanço
assim como na ênfase posta sobre a aparência que tem velado e ocultado esses
ideais. Este raio – a medida que entra e sai ciclicamente da manifestação –
prossegue no trabalho de saber distinguir entre aparência e qualidade, trabalho
que tem o seu campo de atividade no plano astral. É evidente a complexidade do
tema e a sutileza que implica o sentimento.” (AAB)
Teria falhado o cristianismo na sua principal mensagem?
Essa resposta somente o Cristo poderia dá-la com precisão pela sua visão
ampliada. O que vimos a partir do nascimento do cristianismo, após Juliano e
após a queda do império romano - o último dos grandes impérios que pela força
militar e cultura enriquecida pelos seus grandes filósofos e homens de
sabedoria prática dominou meio mundo - foi o final dos grandes cultos ligados
às forças mitológicas, se assim podemos nos expressar, e o nascimento de uma
religião que de maneira alguma deixou de acolher no seu seio vícios e crimes
antes praticados por aqueles que a precederam. Se Jesus dissera que seu reino
não era deste mundo, não haveria porque edificar-se e alicerçar a religião em
monumentos faustuosos como haviam edificado o império romano, os gregos, os
egípcios e babilônicos em tributo e honra de suas conquistas. Não haveria a
necessidade da adoração a deuses, às estátuas e à memória de novos heróis que
viessem a fazer parte de sua futura história. No entanto, enormes catedrais de
cúpulas deslumbrantes e torres pontiagudas a desejar tocar o céu foram
levantadas; monumentos extraordinários comemorativos à religião foram
construídos e uma pequena cidade, grandiosa na sua significação, rica e
imponente, surgiria para representar os pilares e a fundação de tão ampla instituição
mundial.
“Não farás imagens de esculturas e não as adorarás”,
eis a ordem que nunca foi cumprida, eis que se ostentam dentro do grande
edifício do Vaticano enormes estátuas de papas, bispos e mártires a representar
a grandeza da fé, a exaltar personalidades e não a demonstrar a natural e
espontânea discrição humilde que o religioso deva exercer diante de seu Deus e
do supernal e oniabarcante Cristo, o maior de todos!
Para que não se
perdesse completamente a iniciação do mundo ocidental, cujos portais para a
humanidade foram abertos pelas mãos crucificadas de Jesus, teria o Cristo
intercedido e inspirado seus seguidores a obrar no sentido de prover a religião
de uma sustentação de forças místicas exotéricas? Que é a missa senão a
reintrodução dos rituais gnósticos e egípcios, onde se invocavam Kresthos,
Sophia, Osíris, Isis e Horus? Que é o vinho e a hóstia, senão a celebração de
Baco, o Dionísio – o deus do vinho - nas festas dos mistérios eleusinos, quando
a deusa Ceres ou Demeter era também homenageada, por fornecer o trigo que faz o
pão, e quando gregos e egípcios já manufaturavam a hóstia? Que é o incenso
senão a mesma resina queimada nos templos de Júpiter em Roma, na Grécia e nos
santuários egípcios? (*) Que é o Amém, senão a corruptela de Amon chamado
durante os rituais no mesmo Egito em intenção a Amon-Ra? Os sacramentos, a
liturgia já não eram praticados antes da era cristã embora com outras
denominações e com ligeiras diferenças? Todos esses atos nunca foram originais
da igreja, senão tomados das religiões e cultos de outrora, que depois,
hipocritamente, a igreja os condenaria por suas celebrações pagãs. Portanto, a
priori, que trouxe de novo o cristianismo nesses implementos ritualísticos e
instituições para sua liturgia, pois até a crença monoteísta por ela copiada de
Akhenaton se desvirtua voltando-se em direção ao politeísmo gnóstico ao pregar
a presença de Deus em três pessoas distintas e cultuar santos e milagreiros?
A igreja errou em não reconhecer abertamente que o
exoterismo das religiões antigas não sofreria solução de continuidade, por que
representava cultos e simbolismos de verdades milenares. Porém, a força desses
rituais traria para um mundo dividido em tantas crenças e seitas uma só direção
pacificadora e unificante, que não seria exatamente como se pensasse, pois Cristo
agora introduzia a luta e a divisão que não somente caberiam ao mundo ruidoso e
cruel de disputas e guerras, como no íntimo de cada cristão que se aventurasse
a seguir os seus passos. Desse modo, Cristo se voltava ao mundo a ensinar-lhe
como o processo de união da alma com Ele precisaria antes de mais nada quebrar
os elos com a Terra, com o mundano, e nos estertores do sofrimento lançar-se
para a união com Sua Presença em cada um. Mas esse processo seria longo, muito
longo mesmo para todos os povos onde suas mensagens pudessem chegar aos
corações, não pelos padres pecadores de mãos sujas, de atos vis e
mercantilistas, escravistas e assassinos, porém pelos exemplos e palavras dos
verdadeiros cristãos e seguidores humildes que a nada aspirassem senão a servi-Lo.
E Cristo veria sua Igreja quebrar-se ao meio, a se dividir, ser conquistada por
bárbaros e muçulmanos, tremer, cair ante outros conquistadores temporais, ser
vituperada e vilipendiada, mas com os bons e os maus prosseguir assim mesmo por
que a missão de Cristo na Terra era seguir em frente até o final.
O mundo teria sido melhor sem a religião cristã com suas
diversas denominações, seus poderes políticos, corrupções, despotismos, vícios,
ostentações, guerras e crimes praticados? Não fizeram também assim os antigos
de quem os gnósticos, esotéricos e ocultistas herdaram e cultuam suas memórias,
cuja sabedoria guardada em ordens herméticas é ainda hoje colocada em prática?
Haveria muitas diferenças no corroimento de suas bases principais pelos homens
fracos, ambiciosos e vendilhões? Recentemente para a história, muitos dos
rituais religiosos greco-romanos e festas palacianas egípcias acabavam em
bacanais e sodomias e não seria isso a degradação religiosa calcada nas
inversões dos simbolismos fálicos? As cronologias históricas nos demonstram que
esses percalços nas instituições de cultos dos sábios, traziam a degeneração
popular justamente quando as civilizações já decaíam, para logo em seguida
serem demolidas de seus soerguimentos por fatores diversos, principalmente pela
invasão de povos bárbaros. Akhenaton, de culto de um só deus solar não
participava e nem aprovava as orgias lascívias; nem Moisés, nem Cristo, embora
nem por isto a igreja deixasse de ter seus pecados pela repressão sexual ou
pela prática sexual ilícita e reservada.
As guerras empreendidas e alegadas pela igreja sob um
frágil manto de flácidas mentiras e concupiscentes razões evocadas de Deus, mas
que em verdade se motivaram por sobrevivência, disputas de poderes, hegemonias
e perseguições a hereges e dissidentes, não foram, porém, tão mais díspares nem
se apresentaram com maiores gravames comparativamente aos verdadeiros motivos
que cercaram e levaram às guerras napoleônicas, às púnicas, às gregas, às
egípcias, às de Alexandre Magno, às relatadas nos Vedas, às dos samurais, de
Davi e tantas outras em que elementos religiosos e espirituais também estiveram
presentes, e que, por chancelas imperiais, foram impostas aos derrotados como
práticas de nova fé. Alexandre foi um iniciado profundamente místico para a
época; também foram Julio Cesar e Napoleão, como foi Adolf Hitler. Todos esses
propuseram mensagens recebidas dos deuses e forças superiores para justificar
suas revoluções e atos guerreiros, embora escopos humanos formassem desfiles
principais e até justos em muitas instâncias – agendados em primeira ordem e
prioritários - estimulando e impulsionando para as armas. Em outras e mais
fáceis palavras: em regra geral as guerras eclodiram sob diversas e clamantes
razões de conquistas, e principalmente por necessidades materiais tangíveis, e
nunca tão somente por motivações de fé espiritual, misticismos ou de abstrações
mitológicas, que ninguém jamais conseguiu iludir ou esconder.
Contudo, não cremos que o mundo teria sido melhor sem a
religião cristã, conforme acusam os céticos e ateus, pois o que de melhor
teriam esses ferrenhos negadores obrado se nada fizeram pelos tempos senão
criticar e voltar-se unicamente para a materialidade blindada? No entanto, a
religião perpetuou idéias erradas, blafesmou contra a sabedoria das idades,
tergiversou muitas vezes da clara mensagem de Cristo, perseguiu a quem
eventualmente deveria pelo menos ter ouvido pela coragem dos seus ideais,
assassinou populações hereges, torturou e imolou acusados, enriqueceu, dominou
governos através do terror, destruiu crenças nativas originais e saudáveis
interferindo malignamente em seus processos étnicos e atávicos, escravizou,
materializou a fé e manteve o homem acorrentado em seus dogmas enquanto pôde
conspurcar. Mas a despeito de todas as contradições, fruto do estreitismo e
corrupções clericais, o espírito solto e religioso de milhões sinceros
espelhou-se nos exemplos lídimos de homens que se sacrificaram e morreram por
Cristo, se purificaram em jejuns e orações, obraram em dores e mantiveram acesa
a chama da vida espiritual; com isso, hoje os convictos se aproximam de uma
nova realidade que o mundo dos materialistas jamais poderia oferecer – a
vivência de uma verdade mais aprofundada pela elevação espiritual nesses tempos
de colheita mundial, conforme prometera Cristo em suas parábolas!
(*) Num passado mais
distante, na Índia e Egito, a perfumada resina do Cedro-do-Líbano já era
queimada em rituais religiosos para diversas finalidades.
CAPÍTULO
VI
A JUSTEZA DOS
INICIADOS
Os ocultistas sempre falam nos pequenos e
grandes mistérios gregos, e as iniciações de outrora eram realizadas,
principalmente na Grécia e Egito pelos sacerdotes chamados de hierofantes, e em
Roma pelos grãos sacerdotes. Os povos asiáticos desenvolveram valores
diferentes dos ocidentais, formando escolas e construindo templos das mais
variadas filosofias segundo suas idiossincrasias. Nesse contexto, se destacaram
em primeiro plano, a Índia, a China e o Japão, e após a instituição do budismo,
também o Tibet. A classe sacerdotal iniciada era imensa, (12) com a
distribuição de muitos cargos e deveres, porém os Grandes Hierofantes eram
raros, porque, em princípio, deveriam ser representantes nomeados pela Grande
Fraternidade Branca. Hierofante vem do grego hierophantes significando “Aquele
que Revela”. O hierofante era o sumo sacerdote. No Egito era o conhecedor
da cabala e de todos os mistérios e magias que se praticavam, e nas dinastias
gloriosas podia ser o próprio Faraó. Gregos e egípcios formaram um corredor de
cultura ocultista em que não se sabe ao certo, em determinadas épocas, quem
mais influenciou quem, pois os grandes mestres dos mistérios gregos conheciam
os mistérios egípcios e vice-versa. Tanto assim que Orpheu instituiu os sons
iniciáticos na Grécia, em que os chacras eram atuados ou despertos pelas notas
especialmente emitidas. E no Egito ele foi Thot ou Hermes onde era considerado
um deus que alavancou as práticas e ensinamentos aos iniciados, instituindo lá
no país de Menphis grande aparato de ciências ocultas.
(12) “Os sons graves do hino sagrado enchiam o
ambiente de vibrações melodiosas. Aqueles cantos sacros, executados com extrema
perfeição por vozes soberbas, acompanhadas e sustentadas ao som de harpas,
produziam sempre, no povo, impressão profunda e perturbadora;
involuntariamente, as cabeças se curvavam, os joelhos vergavam e uma ardente
aspiração para a divindade elevava-se de todos os corações. Após os cantores,
vinham os padres de todos os graus, precedendo o naos (barca sagrada) da deusa
coberto com um tapete ornado de flores e carregado por oito pastóforos; depois,
os grandes dignitários do templo, tendo à frente o reitor dos matemáticos,
precedido dos símbolos da música e dos livros de Thot; a seguir o Hierofante,
grande mestre das ciências genetlíacas: o relógio e a palma eram os símbolos do
seu cargo; a pena, a régua e o tinteiro, precediam o Escriba sagrado, grande
mestre da ciência simbólica sob todas as formas, e da arte hierogramática;
depois caminhava o grande mestre da justiça, com seus símbolos: o côvado
figurando a igualdade perante a lei e o copo figurando a grande comunhão
sacerdotal, com a vida espiritual do universo pela iniciação. Por fim, surgia a
arca-santa, que continha os dez livros da iniciação suprema e, atrás dela,
Potífera revestido das insígnias de sacerdote, tiara branca na cabeça, o
peitoral formado de pedras simbólicas, cintilando ao peito, e seus emblemas: os
pães da comunhão e a jarra de ouro”. ( O Chanceler de Ferro – J.W. Rochester )
Candidatos vinham de longe para se preparar e
ser iniciados no Egito, tal como teria ocorrido com os sábios gregos da gnose,
os profetas hebreus, os caldeus e o próprio Jesus. Pela grande ciência que
cercou as edificações das pirâmides e templos, pela posição ocupada pela grande
pirâmide de Gizeh onde seu ápice está apontado para a direção de importantes
constelações e estrelas moventes sob a ótica astronômica-astrológica, e estando
a sua base exatamente sobre a imaginária linha que divide o planeta em duas
frações iguais, sem dúvida o Egito representou o maior centro de estupendas
forças da antiguidade, sendo celeiro de grandes almas e de esoterismo
inigualável. Hoje se revelam a presença de deuses extraterrestres que no Egito
teriam aportado instituindo suas lendas, artes, a ciência oculta e a
utilitária, bem como noutras épocas de decadências, a direção do país e seu
corpo sacerdotal estariam dominados por seres do mal, também extraterrestres.
Muitas descobertas arqueológicas não permitem nenhum engano sobre as
interpretações de figuras nos murais e templos, onde são mostradas naves,
aviões comuns, helicópteros, astronautas e muitas outras imagens, perfeitamente
iguais as que conhecemos no presente, bem como invenções avançadas para a
época. Não duvidamos destes achados, mesmo porque não há como duvidar de provas
tão incontestes, amordaçadas e sufocadas pelos donos das culturas mundiais, e
somente reveladas por intrépidos homens de ciência e sérios pesquisadores que
se arriscaram em divulgar verdades paralelas, contrárias aos interesses de
grandes oligarquias. E esses achados são corroborados por novas descobertas
noutras partes do planeta que vêm deixando os arqueólogos estarrecidos sobre as
ingerências extraterrestres nas vidas de nossas civilizações.
Se considerarmos ao fato de que desde tempos
de Sanat Kumara viajantes do espaço nos visitam com a intenção de incrementar a
evolução planetária e de nossa cadeia, não haverá o que estranhar, mesmo
porque, conforme já antes mencionamos, iniciados maiores viajam para Sirius a
fim de receber novas iniciações que aqui na Terra não são ainda possíveis. E de
que maneira eles viajariam a tão distante constelação senão em naves? E se
considerarmos também que a antiga arte egípcia e sua mitologia apresentam
inúmeras características impares e magníficas para a época, enquanto as
populações mundiais ainda repousavam sobre velhas crenças e sacrifícios, como
se explicariam tão rápidas mudanças de uma época para outra e impulsos tão grandiosos
naquela cultura? A arte, a magia e a
ciência com que o Egito deslumbrou a antiguidade, foram maiores do que o povo
podia compreender; daí, mais tarde explicar-se às distorções e profanações do
sagrado. Cremos não tardar a história ser passada a limpo sobre muitos relatos
obscuros. Relativo aos extraterrestres, segmentos de governos já anunciam
provas de suas existências e utilização de algo de suas avançadas tecnologias,
ao passo que cientistas e homens da política já opinam sobre a legitimidade ou
não de aceitarmos os seus contatos, o que há pouquíssimo tempo os céticos
debochavam, tripudiavam e juravam de pés juntos que óvnis e extraterrestres
eram produtos da imaginação desvairada de místicos e esotéricos. Quem continuar
duvidando e pretender ainda ridicularizar-se a si mesmo precisa dar-se a
humildade de ler livros modernos de pesquisadores da própria ciência onde há
entrevistas e declarações de ex-funcionários e ex-astronautas da NASA,
relatando encontros incríveis respaldados com fotos surpreendentes, além de
existir coleções de vídeos com entrevistas e cenas inusitadas. Por oportuno, a
NASA, não podendo mais omitir nem esconder a verdade, provavelmente pelo fato
de sua concorrente européia abrir seus arquivos, vem de recentemente permitir
que ex-astronautas e ex-chefes de setores governamentais de investigações sobre
ufos, relatem tudo o que sabem, e é justamente o que eles vêm fazendo em livros
e entrevistas.
Conforme prometemos, não nos deteremos sobre
o tema e somente aqui nos alongamos um pouco mais, por que era necessário
justificar os processos iniciáticos dos antigos, com a participação efetiva dos
extraterrestres, pois se comprova abertamente o auxílio instituidor dos deuses
de outrora ou Hierarquias Criadoras, e não podemos omitir tão importantes
registros antes de nos remetermos um pouco mais aos tempos das iniciações da
antiguidade.
As iniciações são bem distintas. Os grandes
iniciados que desde a cadeia lunar vêm trabalhando sob a égide de Hierarquias
para a evolução de nosso planeta, tinham alcançado na Lua iniciações superiores
que os habilitaram a formar nos escalões mais adiantados na Terra. Ao mesmo
tempo em que esses mestres vinham auxiliando os diversos setores da vida
terrena, expondo-se a todas as situações de riscos, apuravam cada vez mais seus
conhecimentos e avançavam na senda evolutiva. Esse é o caminho natural dos
servidores que em seus ingentes trabalhos consomem seus carmas e de iniciação a
iniciação vão se libertando do jugo da carne. No entanto, as iniciações que aconteciam
nos templos das principais civilizações que estamos mais particularmente
enfocando, abrangiam níveis diversos da casta sacerdotal, que eram as
iniciações mais comuns.
Os neófitos eram entregues aos sacerdotes
para serem instruídos e preparados nas diferentes escolas para iniciar suas
vidas religiosas nos níveis mais inferiores, contudo ao se tratar de alguém
excepcional, sua trajetória seria bem mais rápida e sua missão maior. Portanto,
o Egito, a Grécia e Roma, nesse aspecto religioso, realizavam normalmente as
iniciações menores, e os iniciados aprendiam dos mistérios que lhes eram
permitidos. Essa norma sempre foi a
mesma nos diversos centros de mistérios do mundo antigo e ainda é assim com as
escolas da atualidade, com iniciados dos variados graus, segundo a filosofia de
suas respectivas escolas. As iniciações maiores, relativas aos mestres do
conhecimento, gurus da humanidade, responsáveis por missões de grandes
relevâncias, não se prenderam e nem se prendem às escolas tradicionais ou a qualquer
outra. Os nascimentos destes luminares guias já vêm cercados de condições
especiais e no devido tempo são encaminhados para instrutores ou núcleos
secretos no oriente ou ocidente, onde seus superiores novamente os iniciam,
despertando suas maiores forças até então em repouso para as retomadas de suas
grandiosas missões. No entanto, os hierofantes do Egito durante algum tempo
estiveram qualificados a dar iniciações a grandes missionários, como realmente
aconteceu.
Repassemos a aventura de um candidato à
iniciação no Egito, nos tempos gloriosos da grande pirâmide de Ghizeh:
“O neoplatônico Jâmblico (que viveu no começo
do século IV de nossa era) ao referir-se à iniciação, aos Mistérios do Egito,
assegura que o neófito penetrava ao templo da iniciação pela porta localizada
entre as patas da Esfinge que dava acesso ao corredor subterrâneo que se
prolongava até o interior da Grande Pirâmide.
Por
muitos anos esta afirmação do célebre filósofo da Escola Alexandrina não gozou
de indiscutível crédito, e nem quando se praticaram as primeiras investigações
no interior do misterioso monumento de Kheops se descobriu algo que comprovasse
de alguma forma a afirmação de Jâmblico.
Posteriores escavações que deixaram à
mostra quase por completo a parte anterior da Esfinge, evidenciaram que,
definitivamente, entre suas patas existe uma porta e investigações ainda mais
modernas demonstraram que a uns quarenta metros ao sul, estava escondido na
areia um templo subterrâneo. Tudo isto parece corroborar a afirmação do célebre
neoplatônico e não faltam egiptólogos que supõem que em breve se descobrirá o
caminho que, partindo da Esfinge e passando próximo ao santuário, conduz ao
interior da pirâmide de Kheops.
Que estes lugares servissem para efetuar
as misteriosas cenas da iniciação, nada teria de extraordinário. A porta de
entrada aberta no peito da Esfinge de Ghizeh, não deixa dúvida de que indica a
existência de uma passagem subterrânea. O templo das imediações, por sua
construção elíptica e pela carência de hieróglifos nas paredes, evidencia que
nunca serviu para o culto público. A disposição interior da Grande Pirâmide, se
claramente se comprova que não era destinada para o enterro de nenhuma classe
de múmia como se acreditava, de modo algum permite averiguar quais outros
objetivos poderiam ter aqueles corredores e aquelas cercanias. É legítimo,
portanto, o parecer que se lhes atribuem de haver servido para realizar provas
iniciáticas, ainda que não se oponha uma sólida razão, apoiada em luminosos
antecedentes capaz de demonstrar o contrário.
Segundo outras versões, a entrada do
lugar das provas estava na Grande Pirâmide, num tipo de janela que existe a
altura da carreira número dezesseis da face norte. Este critério é o que segue
um autor do século XVIII, o cura Terrasson, cuja obra descreve as cenas
iniciáticas do antigo Egito. Afirma o autor que seu livro é somente uma
tradução do manuscrito existente numa biblioteca, a que não menciona, e opina
que o manuscrito foi redigido por um grego residente em Alexandria, na época de
Marco Aurélio.
Não é muito fácil averiguar de onde
Terrasson tomou os detalhes iniciáticos que narra. O que é certo é que estão de
acordo com o que é contado por diversas tradições, e se existe ou não o manuscrito
que traduziu, as cenas resultam até agora perfeitamente admissíveis. Por isso,
vamos resumi-las para dar satisfatória idéia dos obstáculos e dificuldades que
precisaria vencer quem aspirasse conquistar os segredos do santuário.
O herói do livro de Terrasson se chama
Shethos, jovem, inteligente e intrépido, que a todo custo queria penetrar no
recinto secreto dos iniciados. Seu mestre Amedes, fez com que viajasse para
adquirir as condições que lhe assegurariam um lisonjeiro recebimento, pois antes
de ser admitido pelos iniciados era indispensável que o neófito se instruísse e
adquirisse um amplo saber recolhido de diversos países. Quando já está
suficientemente preparado, uma misteriosa casualidade faz com que chegue junto
a Grande Pirâmide à hora marcada no momento propício. Amedes diz a Shetos
quando chegam ao pé do misterioso santuário:
- Seus secretos caminhos conduzem aos
homens amados dos deuses, a um término que sequer posso comentar. É
indispensável que eles façam nascer em ti o ardente desejo de alcançá-los. A
entrada da Pirâmide está aberta para todo mundo; porém compadeço dos que têm
que buscar a saída pela mesma porta cujos umbrais franquearam-lhe a entrada,
não havendo conseguido outra coisa senão satisfazer a curiosidade muito
imperfeitamente e ver o pouco que lhes é dado referir-se.
Semelhantes advertências, mais e mais
avivam os desejos do discípulo que, ardentemente, insiste em seu propósito de
receber a iniciação. Conscientes, Amedes precedendo a Shethos escalam o lado
norte da Pirâmide até o lugar de uma portinhola quadrada que sempre está
aberta. De reduzidas dimensões (três pés de base e outros três de altura) dá
acesso a uma passagem não mais larga. Shetos e seu guia percorrem-na
arrastando-se penosamente. Shetos vai adiante, levando à mão uma lâmpada e
entra sozinho no caminho de provas.
Ao cabo de angustiosos momentos que ao
aspirante parecem séculos, chega a uma habitação de dimensões regulares. Ali o
recebem dois iniciados a quem não deve fazer nenhuma pergunta. Ignorando a essa
proibição trata de pedir-lhes algumas explicações, mas em seguida é informado
de que não deve perder tempo, já que todas as suas perguntas ficarão sem
respostas.
Precedido pelos dois iniciados, entra
num extenso corredor e de pronto vê interceptado seus passos pela boca de um
poço profundo e insondável. Uma luz posta na borda somente lhe permite admitir
o perigo de uma espantosa queda. Olhando com atenção, o aspirante distingue
umas barras de ferro a guisa de degraus num dos lados do negro abismo, que não
sem risco tornam possível a descida por elas aos homens de cabeça firme e ânimo
imperturbável. Ante a alternativa de retroceder ou seguir o difícil caminho, o
aspirante se decide e começa o trabalhoso descenso.
A
bastante profundidade terminam os escalões, porém olhando o fundo se vê que
ainda falta muito para por os pés em terreno firme. Buscando ansiosamente a
solução ao terrível problema, o aspirante encontra na parede uma abertura ou
estreita janela que por ela pode entrar e passar a outro corredor, em plano
inclinado, cuja extensão em descenso vai formando uma espiral não muito larga..
Ao final, o neófito se vê diante de uma porta gradeada cujos batentes cederam
sem o menor esforço e sem produzir qualquer ruído, porém ao fechar-se atrás do
neófito, chocaram-se duramente contra seus quícios, produzindo cavernoso fragor
que lhe feriram desagradavelmente os ouvidos, transmitindo ao ânimo
indescritível inquietude. Estava no fundo do poço de cerca de cinquenta metros
de profundidade
Shetos segue avançando e outra grade lhe
corta os passos, mas o espetáculo que se oferecia por esta grade era mais
tranquilizador que o primeiro. Através das barras, percebia-se uma longa série
de arcadas ladeando o caminho e, dessas arcadas, saía uma forte claridade de
lâmpadas e tochas. Ao longe ressoavam vozes de homens e mulheres, a luz e vozes
humanas faziam renascer a calma no coração perturbado do discípulo. Esta álea
conduzia a um templo onde os sacerdotes e sacerdotisas ofereciam todas as
noites sacrifícios aos deuses e se entregavam a cerimônias iniciáticas; mas
este não era o caminho que lhe permitiam seguir; não tinha ainda o direito de
se confundir com as obras divinas, não era iniciado, não tendo sofrido purificações.
Pois era o caminho das purificações que ele precisaria empreender; era uma
senda de seis pés de largura, abobadada, e que se estendia em linha reta a seis
pés sob a terra. Ao aproximar-se, vê mais adiante a continuidade de um estreito
e baixo corredor sobre cuja entrada brilhava o seguinte letreiro: ‘”Todos os
que percorrem este caminho a sós e sem nunca olhar para trás, serão purificados
pelo fogo, pela água e pelo ar. Se conseguirem vencer o medo e a morte, sairão
do seio da terra, voltarão a ver a luz e terão o direito de preparar sua alma
para receber a revelação dos mistérios da grande deusa Isis ‘”.
O neófito, pedindo amparo a todas as
supremas energias da vontade, prossegue o caminho da iniciação, disposto a não
retroceder ainda que lhe custe a vida. Mesmo que nada veja, não está
desamparado, seus condutores o vigiam e, a menor mostra de debilidade de que
lhe ocorra algo, acudirão pressurosos e, por outros corredores, o conduzirão à
porta de entrada para que se reintegre à luz e à vida exterior, não sem haver
jurado que a nada se referirá do ocorrido. É algo sabido de que terrível modo
se castigavam estes perjúrios, fosse quem fosse o traidor.
Decidido a tudo, Shetos prossegue seu
caminho. Ao final do obscuro corredor, desemboca numa estância onde o esperam
três iniciados que cobrem suas cabeças e rostos com a máscara de Anúbis. Aquela
é, na iniciação, a porta da morte. Um dos mascarados diz ao aspirante:
- Não estamos aqui para estorvar teus
passos, podes prosseguir tua marcha se os deuses te concedem o valor de que
necessitas. Porém, tendes por sabido que transposto este lugar, se em algum
momento retrocederes, aqui estaremos para impedir-te que fujas. Até agora eras
livre para desandar o andado, mas se prosseguires haverá perdido toda esperança
de sair destes lugares sem obter a vitória definitiva. Ainda há tempo:
decide-te. Se renuncias, ainda podes sair por este corredor sem volver tuas
vistas para trás; se avanças segue o caminho que vês frente a ti e percorre-o
sem vacilação. Escolha...
Ao contestar que nada o arredará, os
três guardiões deixam-no passar, fechando a porta, e outra vez se vê num largo
passadiço em cujo extremo percebe um resplendor. À medida que se adianta a luz
se faz mais intensa, chegando a ser deslumbrante. Logo alcança um local
abobadado, onde, de um lado e de outro, ardem enormes piras cujas chamas se
entrecruzam ao centro. O solo está coberto por um gradil incandescente. Os
espaços apenas lhe permitem por o pé em lugar seguro sem queimaduras, ocorrendo
que não era somente o perigo de perecer abrasado, mas também a ameaça de morrer
asfixiado naquele ambiente irrespirável de elevadíssima temperatura. Fechando
os olhos, Shetos penetra na ígnea habitação, porém – oh, incrível
acontecimento! Ao tocar os pés no fino gradil, as chamas desaparecem, as
fogueiras se apagam instantaneamente e ele passa entre elas tanto quanto
possível sem nenhum temor de enfrentar uma morte espantosa.
Seguindo depois por outras galerias, o
neófito chega diante de um canal de água de mais de cinquenta metros de largura
que invadia a todo o amplo subterrâneo e lhe impedia o caminho A água, derivada
habilmente do curso do Nilo, entrava de um lado desta câmara subterrânea
gradeada e saía por uma grade idêntica no outro lado. A massa de água escorria
com um ruído terrível. Na margem oposta se distinguia uma rampa e ao final dela
uma subida de escalões que se perdiam na penumbra. Era preciso atravessar o
perigoso obstáculo, e o neófito, se desnudando rapidamente, coloca as roupas
sobre a cabeça, toma numa das mãos a lâmpada acesa e atravessa este rio
subterrâneo, usando a outra mão para nadar e vencer a corrente de agitadas
águas. Chegando à outra margem, se veste, e após breve descanso, começa a subir
a escada em cujo extremo existia um pequeno patamar de seis pés de comprimento
por três de largura.
O patamar era uma ponte-levadiça.
Conduzia a uma porta que não apresentava nenhuma alternativa para abri-la
diretamente. No lintel, achavam-se suspensos dois grossos anéis e era
impossível ao aspirante, depois de ter experimentado abrir esta porta, não ter
o pensamento de que estes anéis tivessem uma utilidade e que dissimulassem,
talvez, qualquer segredo capaz de abrir a uma nova vida. Ao colocar neles as
mãos, eis que se passa a última prova, a purificação pelo ar.
Desde que tocara sobre os anéis, a
ponte-levadiça ergueu-se e o neófito achou-se suspenso entre o céu e a terra.
Restavam-lhe agora duas alternativas: recuar, ou avançar e ficar suspenso à
espera da salvação por qualquer mão libertadora. Mas, neste momento,
produzia-se a terceira eventualidade, sobre a qual não tinha domínio. O lintel
que suportava os anéis levantava-se por sua vez, com o aspirante sempre
pendurado na posição inquietante. A lâmpada que ele trazia, abandonada sobre a
ponte-levadiça a fim de ter as mãos livres, virara, deixando nas trevas quem
tinha tanta necessidade de luz. Um estrondo terrível elevou-se da
ponte-levadiça, produzindo medo no coração decidido.
Neste momento o ar fora violentamente
agitado por uma tempestade desconhecida e o neófito, sempre pendurado sobre a
ponte, tateava no vácuo e na obscuridade, devendo vencer por sua vez o legítimo
terror e a fadiga de tão penosa posição. Mas no momento em que suas forças iam
faltar-lhe, a ponte-levadiça desce, assim como os dois anéis, e o aspirante
retomando o contato com a terra, quase sem consciência, vê, porém. o que se
oferece aos seus olhos de natureza a apagar da lembrança as suas penas,
reanimando-se com a força e a alegria que retornam prontamente. Tão logo
descido, os dois batentes se abriram por si mesmos por meio de uma simples mola
interior. A vasta sala de um templo cintilava diante de seus olhares
deslumbrados. Sacerdotes formavam para acolhê-lo numa ala que ia da porta até
ao fundo do santuário, ao degrau do altar. O grande sacerdote veio adiante, e
ao mesmo tempo em que louvava a sua coragem e resistência, felicitava-o pelo
sucesso, prodigalizando palavras mais benevolentes. Eram as boas vindas.
Apresentava-lhe, em seguida, um copo de
água pura, símbolo ao mesmo tempo da iniciação e da purificação.. Esta água
consagrada lavava a sua alma das últimas manchas que poderia ainda conservar,
desembaraçando seu espírito dos erros que ainda o obscurecessem. Então, era-lhe
permitido prosternar-se diante da estátua tríplice de Osíris, Isis e Horus. No
meio de solene silêncio, o sumo sacerdote pronunciava palavras que faziam do
recém vindo um verdadeiro iniciado. Ele o votava à deusa, dizendo:
- Isis, grande deusa dos egípcios, daí o
vosso espírito ao novo servo que venceu tantos perigos e tantos trabalhos para
se apresentar diante de vós. Tornai-o vitorioso do mesmo modo nas provas de sua
alma que o tornarão dócil às vossas leis, a fim de que mereça ser admitido em
vossos mistérios.
O coro unânime dos sacerdotes repetia
estas palavras. Em seguida, o novo iniciado recebia uma beberagem que daria a
seu espírito a compreensão e a memória das lições de sabedoria que ele tinha
ainda a receber de seus superiores. Havia chegado ao termo de suas experiências
materiais. Como anunciava a inscrição lida no começo de suas laboriosas
peregrinações, achava-se purificado pelo fogo, pela água e pelo ar. Ele tinha
vencido o terror da morte. Tinha o direito de rever a luz. Podia preparar sua
alma para as revelações esperadas. Era admitido nos mistérios de Isis. Fosse
qual fosse o ensinamento desses mistérios, não podia deixar senão uma impressão
no espírito e as boas sensações naquele que tinha pago tão caro. Por isso os Mistérios
de Isis deixaram na literatura e nas artes gráficas um traço mais considerável
do que qualquer outra iniciação. “Os juramentos feitos de não os revelar eram
formidáveis e nós os aprendemos de diversos autores”. (Los Mistérios Iniciaticos/A Ciência
Secreta – H. Durville)
Essas provas pré iniciatórias não são mais
possíveis, nem jamais foram idênticas em lugar algum como realizadas no
interior da pirâmide de Ghizeh. Pelos tempos houve o esforço de lojas
ocultistas em copiar este estilo egípcio, mas evidentemente as condições
materiais estiveram distantes de permitir a reprodução exata. Sabemos de umas
raras ordens esotéricas de menor porte que ensaiam provas dos quatro elementos
e encenações de perigos como passadas no Egito, porém de maneira somente
simbólica. Podemos, entretanto, garantir, que candidatos às iniciações em
escolas tradicionais ou estudantes eventualmente sem vínculos com qualquer
loja, fraternidade ou grupo, estando no caminho probacionário, sem dúvida
alguma passarão por provas as mais variadas e sensíveis, a fim de receberem
iniciações, e de novo virão portar os galardões que lhes foram de suas
conquistas em vidas passadas, ou pela primeira vez experimentarão o sabor de
uma iniciação, por menor que seja.
As provas mais substanciais, no entanto, se
passam no cotidiano do candidato, no enfrentamento de problemas circunstanciais
em quaisquer locais de suas atividades e no seio familiar. Nos momentos de
provações, que podem durar meses, o neófito sentirá que as emoções, desejos e
pensamentos imperfeitos por ele trabalhados no sentido de tentar corrigi-los ou
sufocá-los emergirão, voltando para a objetividade e enlaçando-o. Os
pensamentos indignos virão pulular a todo instante na mente do candidato
tentando ligá-lo ao passado, a provocá-lo para situações errôneas do presente,
que ele, com sinceridade e honesto esforço, precisará evitá-los, enganando-os
se possível, buscando não se ligar emocionalmente nem permitir-lhes que o
remetam ao desânimo. Com frequência o candidato passa por situações agressivas,
as dificuldades se agigantam, o desinteresse por sua própria sorte ameaça-lhe,
as sensações de tristeza e impotência ressurgem, depressões súbitas o assaltam
alternando-se com o desânimo, e o amargor invade-lhe ao íntimo.
Embora passando por esses difíceis momentos e
tendo a mente nublada, ele sabe intuitivamente o quanto está sendo testado –
mil olhos o vigiam – sabe que precisa lutar, não devendo se abater,
necessitando demonstrar a si mesmo que diante de todas as adversidades detêm
ainda forças para de fato chegar à iniciação ou de novo recuperá-la. Precisa se
tornar inofensivo em pensamento perante seus mais torturadores adversários
internos e externos a fim de não atrair forças negativas ou entrar em demandas.
Mas não duvida por um segundo sequer de que nada lhe acontecerá sem a permissão
superior, muito menos qualquer mal. E apesar de todas as vicissitudes e forças
contrárias – caindo e se levantando – ele precisa ainda assim ter coragem e
disposição para enfrentar a todos os demais obstáculos, ser altivo, não se
dobrar ao mal e jamais desistir.
Nesse estágio de provas ele é guiado a se
retirar, isolar-se do mundo o quanto lhe seja possível e o quanto os seus
compromissos permitam-lhe; afasta-se, assim, temporariamente de seus amigos
mais diletos, das diversões, e constantemente medita ou se instrui com obras
esotéricas que necessita conhecer que lhe caem às mãos das mais variadas
formas, ou que intuitivamente as busca em livrarias especializadas. Se for
obreiro em qualquer área da espiritualidade ou da filantropia, necessitará
continuar seu trabalho, doando-se em meio à incompreensão que lhe tolhe os
pensamentos mais lúcidos.
Há escolas que determinam um tempo para que
essas provas tenham um final, outras não. Se o candidato é autodidata, não há
tempo para que acabem e na maioria dos casos as provas somente terminarão
quando ele tiver vencido a todas elas. Esse é o estágio consciente do
candidato. Há outros estágios de provas que se passam inconscientemente no
plano astral ou mental, dependendo do nível evolutivo do candidato e de que ele
somente terá lampejos de vidências e rápidas conscientizações, mas cujas
atitudes e decisões no decorrer das provas se refletirão de seu próprio ego,
portanto dele mesmo. Nessa linha, adaptamos algo nos relatos de nosso livro ‘Enigma Eu’, e entramos um pouco mais na
elucidação da contextura de tais provas na primeira parte do livro A Face Negra
da Terra. Reafirmamos, não obstante, que os procedimentos pré iniciatórios nos
planos internos não são absolutamente obras da imaginação. Aquelas provas podem
variar, porém muitas reeditam em certas proporções e circunstâncias mais
elásticas as provas do passado realizadas aqui na Terra. Então, findo um ou
outro desses estágios de provas, ou ambos, o mestre do aspirante o guiará para
mãos que o iniciarão aqui na Terra e de onde receberá instruções do que
precisará fazer no mundo, liberando-o nalguns casos para que decida onde ou
como começar. Para os afiliados de lojas ocultistas, as iniciações se darão
segundo suas respectivas tradições.
O esotérico não é pessoa comum, muito menos o
iniciado. O mundo não o entende e os materialistas não o toleram. A natureza o
provoca e constantemente ele se vê assediado pelas forças inferiores, quer
invisíveis ou incorporadas em personalidades, mas com firmeza, concentração e
fazendo uso de seus conhecimentos de ocultista ele as rechaça e as afasta de
seus caminhos. Comumente a família se levanta contra ele e necessita de muita
paciência, forças e ilimitada compreensão para superar todas as situações
contrárias, precisando amar e perdoar sempre. Somente nesse exercício de
autocontrole, trabalhando a calma interior e prosseguindo em suas obras, se
tornará cada vez mais amado pelos seus guias, protetores e mestres espirituais
e por aqueles que o entendem. Conforme mencionamos por nossas iniciais palavras
na abertura dessa obra: a caminhada do esotérico nunca foi fácil e quanto mais
vá palmilhando a estrada mais irá tendo consciência do quanto ainda precisará
galgar para alcançar estágios que sua evolução atual lhe permita.
CAPÍTULO
VII
ANTIGOS CONSELHOS PARA MODERNOS
A escolha consciente por um caminho ocultista
reflete sem dúvida necessidades íntimas de quem busca mais além do formalismo
científico, das explicações religiosas, da realização no casamento ou vida
profissional. O buscador, via de regra, já é alma experimentada nas centenas de
interpolações que realizou nas diversas e imemoriais civilizações, nas etnias e
raças que povoam ou povoaram o mundo e nos processos iniciatórios dos cultos,
templos, religiões e filosofias esotéricas do passado. Uns terão maiores
dificuldades do que outros para a retomada do caminho, por que depende do carma
contraído no passado, dos erros cometidos e prejuízos dados ao próximo pelo mau
uso dos conhecimentos que detinham ou por posições despóticas assumidas que
redundaram em enganos, injustiças e até tragédias. Outros porque enfraqueceram
seus organismos pelo uso e abuso do sexo, quer em orgias mundanas quer em
ilimitadas conquistas amorosas, ou em práticas de magias sexuais quando o
elemento principal deixou de ser considerado para dar lugar unicamente à
sensação e a luxúria. Os rituais de magia sexual servem para uma faixa de aspirantes
e iniciados, mas não servem para todos, que ao insistirem nas práticas somente
incorrerão em perigosos erros. O passado demonstrou que o tantrismo tanto pode
elevar quando bem direcionado e assistido, como pode também derrubar incautos
ativando somente o lado nocivo que as forças negativas estimulam e aguardam
para tomar para si mais um servidor. Além das generalidades, entre quedas e
avanços, é certo que os sucessos do passado conduzem o candidato a atingir mais
rapidamente o ponto em que dali precisará se lançar para os novos desafios.
São muitos os cuidados e procedimentos que os
candidatos à iniciação devam ter para demonstrar aos mestres do mundo
espiritual sua real intenção de ser aceito no introdutório processo seletivo de
provas e testes. Não importam as escolas, os grupos ou a fraternidades em que
se encontre, desde que sejam organizações qualificadas pelas boas obras.
Modernamente, muitos grupos de trabalhos esotéricos se antecipam aos processos
formais pré iniciatórios das escolas tradicionais, aceitando obreiros sob
critérios diversos menos rigorosos sem que noutras vidas se tenham qualificado
por iniciações. Há grupos em que as iniciações não existem, entretanto os
obreiros – muitos deles já iniciados do passado – são regularmente testados
pelas cúpulas espirituais, passando por exames e provas nas suas vidas
particulares, conforme exemplificamos no capítulo anterior.
Tradicionalistas ou não, todos terão
oportunidades de se instruir no mundo do esoterismo, nas linhas a que se
inclinem e nos trabalhos práticos que realizem. Hoje o mundo marcha cada vez
mais para as desmistificações de alguns dogmas ocultistas que atrapalharam as
escolas, assustando e obstaculizando o ingresso e a evolução de muitos
estudantes, ou negando-lhes definitivamente suas entradas na senda. Muitos
operários espirituais iniciam suas vidas esotéricas em escolas de grandes portes,
mas subitamente, por fatores aparentemente inexplicáveis e emergentes, se veem
obrigados a interromper suas trajetórias nas lojas. São então levados a
organizar seus próprios grupos ou fraternidades e polarizam forças que sequer
conheciam, dando oportunidades a novos iniciados de rapidamente se vincular aos
trabalhos espirituais e a desenvolver trabalhos assistenciais de boas qualidades
e necessidades ao povo. Outros iniciados são conduzidos a simplesmente adentrar
um desses grupos e nele trabalhar. As grandes vantagens desses grupos dirigidos
por iniciados e assistidos pelos mestres da sabedoria, são a velocidade com que
realizam os trabalhos para o povo e a maneira simplificada com que os membros
são instruídos e preparados no plano espiritual, para cujas práticas lá
realizadas a ênfase é dada ao desenvolvimento intuicional para possíveis
soluções aos humanos.
Longe de desmerecer ou desprezar as escolas
tradicionais, que são partes de uma estrutura mundial de preservação da
sabedoria iniciática milenar e ainda celeiros para formações de iniciados, mais
as enfatizamos, pois conhecemos algumas. No entanto, não podemos negar que os
grupos esotéricos e pequenas fraternidades independentes também se tornaram
utilíssimas e modernas ferramentas dos escalões da Hierarquia nessa recém
chegada Era de Aquários. A eliminação pelos grupos e modernas fraternidades de
regras rigorosas e ciclos demorados para os avanços de candidatos, como é comum
nas ordens tradicionais, permitiu a essas recentes organizações maiores
possibilidades de logo aceitar, instruir e iniciar. Com isso, incontáveis
trabalhadores têm maiores oportunidades de aderir ao esoterismo prático,
rapidamente obrar e retomar as vias evolucionárias pelos serviços, melhorando
suas condições cármicas e auxiliando aos irmãos do mundo. Ademais, as
fraternidades e ordens tradicionais conservam o sentido restrito de seus
ofícios, cultos e ritos de magia somente a portas fechadas, não abrindo ainda
práticas de curas e de magia assistencial ao povo em geral.
Em relação aos cuidados que o candidato à
iniciação deva ter, vejamos ainda em aditamento os seguintes tópicos:
“Quem,
verdadeiramente, deseja tornar-se ocultista, deverá dirigir-se pelos seguintes
conselhos:
Ser humilde e modesto; ouvir e pensar muito
mais do que falar, quando falar ser sincero; evitar tudo o que possa ferir o
sentimento de outrem; acostumar-se a ouvir opiniões alheias, sem as contrariar;
dar sua opinião, quando for pedida, mas não a impor nem por eloquência, nem por
desejo de mostrar que sabe mais ou que é mais adiantado do que o outro; viver
de modo que não se deixe iludir pela ambição, pelo desejo de êxito, ou pelo
amor de glória ou distinção na sua atividade pessoal ou social, mas preferir
sempre antes servir do que brilhar.
Não
deve dar grande importância aos bens materiais, mas deve usá-los com prudência,
para os fins de utilidade sua e alheia, de conformidade com sua posição social.
Deve dominar-se a si mesmo, e ser tolerantes aos erros dos outros. Deve
conservar sempre a equanimidade, aconteça o que acontecer; viver no presente, e
não se queixar do passado; esforçar-se sempre por ouvir, e cada vez mais clara,
a voz da consciência, que lhe fala no silêncio, nunca esquecer que Deus se
manifesta aos que são amigos da paz, harmonia, verdade e justiça.
Um verdadeiro ocultista está sempre alegre e
esperançoso; e com sua alegria, vence as tristezas que encontra, tanto em si
próprio como em outros. Se cultivardes o dom de constante alegria no vosso
coração, facilmente afastareis qualquer acesso de dor, melancolias ou
perturbações; e a vossa presença, vossa palavra e vossa ação poderão acalmar as
dores alheias.
Nunca se deve dizer a um doente algo que
diminua a sua coragem e esperança de sarar, pelo contrário, aconselhai-lhe que
não se aflija, que não se perturbe, mas que tenha confiança em sua cura.
Dirigi-lhes pensamentos sadios, generosos e esperançosos; se não for possível
revestir tais pensamentos em palavras, dirigi-vos ao doente mentalmente nos
momentos oportunos e principalmente quando ele estiver dormindo.
Se vós mesmos sentirdes alguma enfermidade ou
irregularidade nas funções de vosso organismo, concentrai-vos sobre o lugar
afetado, respirai profundamente e ordenai, mentalmente, ao respectivo órgão que
trabalhe normalmente; falai com vossos órgãos – mentalmente – como se falásseis
com um empregado vosso, esforçando-vos para lhes expor a necessidade de
funcionar bem, para a coletividade, que é a vossa personalidade; expressai
vosso desejo que o sangue circule livremente; que os tecidos gastos sejam
expelidos e substituídos por novos; que a harmonia geral seja restabelecida,
etc. Depois de referirdes algumas vezes tais ‘“colóquios”’, afirmai (sempre
mentalmente) que a saúde começa a restabelecer-se; que as dores estão
diminuindo e desaparecendo; que o respectivo órgão recupera a força normal, e
que, em breve, o corpo estará perfeitamente são.
Onde
for possível, fazei, ao mesmo tempo, passes magnéticos na respectiva região do
organismo. Semelhante tratamento pode também ser aplicado para outra pessoa.
Como diz A. Victor Segno, na sua obra A Lei
do Mentalismo: nunca se dever permitir que permaneça no quarto a pessoa que não
tenha pensamentos favoráveis para o restabelecimento do paciente. Se o paciente
tiver vontade forte e confiança em si, não será tão afetado pelos comentários e
pensamentos adversos, como a pessoa que tiver vontade fraca. Se o paciente
tiver vontade forte apressará seu próprio cérebro. Na verdade, qualquer pessoa
que tenha vontade forte viverá, embora passe por todos os acidentes e moléstias
que matariam a outra de vontade fraca.
Em casos de dor, como sejam câimbras,
nevralgias, reumatismos, dores de cabeça, de dentes, ouvidos, etc., o
Mentalismo será muito efetivo. Todas estas dores resultam de uma congestão que
produziu inflamação dos tecidos e nervos. A circulação do sangue deve ser
estimulada nas partes congestionadas para que a obstrução seja logo removida. A
mente do paciente deve ser dirigida para as partes afetadas, com o fim de
governá-las. Para que isto seja mais efetivo, deve colocar a mão sobre a área
doente, fixando nela o pensamento com o fim de que a circulação aumente,
dissolvendo a congestão e desfazendo a dor. Deve ter a mente firme na parte
afetada, porém logo desviar o pensamento para outra coisa, dizendo-lhe: ‘a dor
já passou e logo ficará bom’. Deve dizê-lo com confiança, para que o pensamento
se grave na mente dele. Tendo conseguido isso, o paciente concordará que a dor
passou e ficará logo bom.
O ocultista deve cuidar sempre para que tenha
boa saúde. Para esse fim, podeis, em momentos convenientes, fazer o seguinte
tratamento preventivo:
Tomando uma posição cômoda, respirai profunda
e lentamente, e repeti algumas vezes o seguinte mantra: ‘Eu absorvo do
Universal Reservatório da Energia, uma provisão suficiente de Energia Vital,
para animar e fortalecer o meu corpo, dando-lhe mais saúde, mais vigor, mais
atividade, mais energia e mais força. Aum!’
Em
seguida, concentrai a idéia sobre a grande provisão de Energia Vital (ou
Prânica) do Universo, que está cheio dela. Elevai os pensamentos às regiões
mentais mais altas, esforçando-vos por imaginar-vos dentro de um lago, onde, em
algum lugar esteja ar puríssimo, e donde incessantemente desçam raios de Força
Vital, banhando-vos e produzindo em vós uma sensação de agradável corrente
magnética que vos enche de alegria, vigor e energia. Permanecei alguns momentos
nesse estado e, em seguida, levantando-vos, agradecei a Deus, com as seguintes
palavras:
‘Graças te dou, meu Pai, que me forneces,
agora e sempre, as forças necessárias à conservação e restauração da minha
saúde. Unido com as Tuas Forças, sempre serei sadio, a fim de trabalhar para o
bem da humanidade. Amém’ “. (Lições
Práticas de Ocultismo Utilitário – Francisco Waldomiro Lorenz).
As iniciações do passado, como vimos tratando nos capítulos
anteriores, elevavam os candidatos às classes sacerdotais e nelas eles
permaneciam em seus cargos exercendo diversas funções sagradas e burocráticas.
Iniciados recentes assessoravam aos sumos sacerdotes e aos de postos inferiores,
nos serviços menores. Sacerdotes nem sempre eram elevados aos postos de maiores
relevâncias nos esquemas de trabalhos das Hierarquias, entretanto, para muitos
deles, foram dispensadas forças e poderes que os tornaram respeitados e até
temidos. No entanto, ainda que iniciados nas magias realizassem alguns
prodígios, eles os demonstravam aos níveis da personalidade. Suas forças e o
conhecimento de como utilizá-las estiveram ligadas somente às leis físicas e
aos seus efeitos objetivos. O magnetismo empregado em vários ofícios religiosos,
a hipnose, as curas, os domínios dos arcanos e as materializações ocorridas nos
rituais secretos egípcios, são alguns dos exemplos desses poderes consolidados
pelos magos que atraiam forças sustenedoras das egrégoras pelas mentes de todo
o corpo de iniciados de todas as categorias, direcionando-as à matéria. Essas
manipulações de energias e forças fundamentadas sobre rituais, com auxílio de
valiosos implementos mágicos em que a profunda ciência da magia era empregada,
foram, sobretudo, supervisionadas pelos deuses - conforme seguidamente vimos
nos referindo - que nada mais eram, em determinados ciclos, do que os iniciados
de Vênus, auxiliares de outras hierarquias e mestres de graus superiores da
Grande Fraternidade Branca fundada por Sanat Kumara aqui na Terra. Os iniciados
que desde tempos imemoriais trabalham para a evolução da Terra, que se destacaram
como fundadores de religiões, cultos ou ensinamentos de artes ou magia, normalmente
se elevaram às duas primeiras grandes iniciações, mas somente após algumas eras
puderam alcançar status mais significativos que os conduziriam a superar
algumas de suas limitações e a exercer posições de maior realce nos quadros da Hierarquia
do Mundo, obtendo, especialmente de Shamballa, superiores graduações.
Prossigamos em mais comentários:
“A
iniciação, ou o processo de expansão da consciência, faz parte do processo
normal do desenvolvimento evolutivo, encarado de um ponto de vista mais amplo e
não do ponto de vista do indivíduo. Quando analisada do ponto de vista
individual, passou a ser limitada até o momento em que a unidade em evolução
definitivamente aprende que (em virtude de seu esforço próprio, auxiliado pelos
conselhos e recomendações dos instrutores atentos da raça) alcançou um ponto em
que possui determinada gama de conhecimentos da natureza subjetiva, do ponto de
vista do plano físico. É na natureza daquela experiência que um estudante de
uma escola compreende repentinamente, ter dominado uma lição e que a lógica de
um tema e o método do procedimento lhe pertencem para seu uso inteligente.
Esses momentos de assimilação inteligente acompanham a Mônada em evolução
através da peregrinação. O que foi até certo ponto mal interpretado neste
estágio de compreensão, é o fato de que, em vários períodos, a ênfase é posta
nos diferentes graus de expansão e a Hierarquia sempre se esforça por conduzir
a raça até o ponto em que as suas unidades terão alguma idéia do próximo passo.
Cada
iniciação representa a aprovação do aluno para um curso mais adiantado na
Câmara da Sabedoria; marca o brilho maios intenso do fogo interior e a
transição de um ponto de polarização para outro; possibilita a conscientização
de uma crescente união com tudo que vive e a unidade essencial do Eu com todas
as demais unidades. Resulta num horizonte que se expande continuamente até
abarcar a esfera da criação; é uma crescente capacidade de ver e ouvir em todos
os planos. Representa maior consciência dos planos divinos para o mundo e maior
habilidade de penetrar naqueles planos e desenvolvê-los. É o esforço, na mente
abstrata, para ser aprovado num exame. Representa a melhor turma na escola do
Mestre, e está ao alcance daquelas almas cujo carma o permite e cujos esforços
são suficientes para a consecução do objetivo.
A iniciação conduz até a montanha donde se
pode conseguir a visão, uma visão do eterno Agora, no qual o passado, o
presente e o futuro, coexistem como uma unidade; uma visão do espetáculo das
raças, como o fio dourado da linhagem transmitido através de inúmeros tipos;
uma visão da esfera dourada que encerra, em uníssono, todas as inúmeras
evoluções do nosso sistema, o dévico, o humano, o anima, o vegetal, o mineral e
o elemental, e através dos quais a vida pulsante pode ser vista claramente, batendo
em ritmo regular; uma visão do pensamento-forma do Logos no plano dos
arquétipos, uma visão que cresce, de iniciação em iniciação, até abarcar todo o
sistema solar.
Na primeira iniciação, o controle do Ego
sobre o corpo físico dever ter atingido um alto grau de consecução. “Os pecados
da carne”, como diz a fraseologia cristã, devem estar dominados; a gula, a
embriagues e a licenciosidade não devem mais ter influência dominante. O
elemental físico não mais encontra suas exigências obedecidas; o controle deve
ser completo e a tentação, morta. Uma atitude geral de obediência ao Ego dever
ter sido atingida e a aquiescência em obedecer deve ser bem pronunciada. O
canal entre o superior e o inferior se alarga e a obediência da carne é
praticamente automática.
O fato de nem todos os iniciados
atingirem o nível deste modelo pode ser atribuído a várias causas; mas a nota
que eles emitem deveria estar sintonizada com a retidão; o reconhecimento de
seus próprios defeitos, que eles evidenciarão, será sincero e público e sua
luta para ajustar-se ao modelo mais elevado será conhecida mesmo que a
perfeição não tenha sido alcançada. Iniciados podem cair, e caem mesmo, e por
isso ficam sujeitos à sanção da lei que pune. Eles podem através dessa queda prejudicar
o grupo e prejudicam e, por isso, estão sujeitos ao carma da compensação, tendo
de expiar o mal através de um serviço prolongado posterior, quando os próprios
membros do grupo, mesmo inconscientemente, aplicam a lei; seu progresso será
seriamente obstaculizado, perdendo-se muito tempo no qual eles devem esgotar o
carma com as unidades prejudicadas.” (AAB)
Todas as experiências
por que passarão os futuros iniciados lhes serão surpreendentes. O trabalho de
criar uma consciência sobre valores espirituais ligados às várias frequências
de energias, e poderes de forças, que a cada vida os iniciados aos poucos
vieram experimentando, ajudaram-nos a ativar os seus corpos etéricos, astrais e
mentais com maior profundidade do que acontecido com a humanidade em seu
caminho natural. No entanto, nas fases em que os iniciados precisaram trabalhar
mais intensamente seus valores internos, eles foram obrigados a se despir de
algumas prerrogativas de uso consciente de forças. Nesses estágios, seus
mestres os enviaram para renascer em civilizações, principalmente asiáticas,
onde a introspecção, a meditação, a retidão absoluta e o desinteresse pelo
mundo os levariam a isolar-se para conhecerem-se melhor e abrir canais etéricos
e astrais para o melhor fluxo de energias superiores. No entanto, nas encarnações
posteriores em que puderam fazer uso de alguns poderes, o perigo os rondou e
tendo caído estancaram seus progressos, precisando encarnar-se outras vezes
somente para corrigir os erros. Nestes casos, que infelizmente foram bastante
comuns, o andamento da humanidade em seus próprios passos avançou
proporcionalmente mais que eles nos seus atalhos pelos processos iniciatórios.
Há iniciados que de fato pararam no tempo, precisando de seguidas encarnações
ao longo dos anos, para conseguir reativar suas forças esotéricas, embora o
mundo lhes tenha oferecido elementos com que pudessem também lapidar-se e crescer.
O carma corrretivo foi sempre aplicado aos faltosos.
Prossigamos:
“ Em Pimander, (13)
Hermes todavia incluído na categoria de discípulo, recebe os ensinamentos de Pimander,
ou seja, a consciência superior diretora do homem quando se submete às ordens
da inteligência soberana ou divina. Segundo essas orientações, primeiramente o
discípulo precisa saber observar o espetáculo do mundo criado no qual cada ser
é a imagem de uma realidade superior. Deve admitir a ciência para possuir
maiores meios de cercar-se da inteligência infinita e aperfeiçoar-se no
conhecimento. Deve estimar esse saber tão necessário acima de todas as
alegorias materiais, e por isso há de ser sóbrio, há de depreciar os prazeres
físicos que somente concedem satisfação vã e fugaz, que se paga bem caro com o
entorpecimento da inteligência. A sabedoria, ao contrário, nos proporciona
coisas inefáveis e nos conduz às alturas plenas de luz a que não podem atingir
as pessoas comuns. Quando as paixões se quedam dominadas, mas falta no homem a
precisa sensibilidade para saber sentir os males que outro homem sofre, o
adepto deve abrir seu coração, buscar no alto um guia, um mestre de sua
inteligência, e assim ajudado, saberá palmilhar os caminhos do aperfeiçoamento
que conduzem a Deus.
A primeira coisa a se fazer – diz Pimander a
seus discípulos – é despir essas vestes que te cobrem, essa roupagens da
ignorância, princípio e fundamento da perversidade, cadeia da corrupção,
coberta tenebrosa, morta viva, cadáver sensível, sepulcro que contigo levas,
ladrão doméstico, inimigo do amor, zeloso com o ódio; que te atraem para baixo,
temendo que a percepção da verdade e do bem, te faça odiar a maldade de teu
inimigo e descobrir os traidores laços que te envolvem, obscurecendo teus olhos
para que não enxergues com clareza, lançando-te na matéria, fazendo que te
embriagues com infames volúpias, tudo, em suma, para que tu nunca ouças o que
aos teus ouvidos é conveniente ouvir e para que jamais vejas o que para teus
olhos seja conveniente ver.
No Pimander, se especificam as doze
imperfeições de que o discípulo precisa se desembaraçar, antes de começar qualquer
obra iniciática. A primeira é a ignorância, a segunda a tristeza, a terceira a
intemperança, a quarta a concupiscência, a quinta a injustiça, a sexta a
avareza, a sétima o erro, a oitava a inveja, a nona os procedimentos
maliciosos, a décima a cólera, a décima primeira o temor, a décima segunda a
maldade. Essas doze imperfeições governam outras mais numerosas. Pela prisão
dos sentidos submetem ao homem inferior e o fazem escravo das paixões. Pouco a
pouco se afastam de quem Deus olha com olhos piedosos e aqui está o que
consiste o modo e a razão dos renascimentos.
Em Asclépio encontramos igualmente outros
conceitos de índole iniciática. Contém o discurso de Hermes na iniciação de seu
discípulo. Hermes o inicia e o demonstra que, não obstante, a multiplicidade de
suas manifestações e de suas imagens na teogonia egípcia, não existe mais que
um só Deus e que somente Ele tem o direito de receber nossas adorações. Este
Supremo Ser é Amon-Ra, a luz secreta, a energia universal.
(...) Os documentos atribuídos a Hermes têm a
imensa vantagem de nos dar a conhecer o valor, a importância da iniciação
egípcia. “Todas as posteriores noutros países são muito mais um reflexo da
faraônica que uma sucessão legítima e podemos dizer que do ponto de vista esotérico,
o Egito finaliza o período iniciático da história do mundo que conhecemos”. (Os Mistérios Iniciáticos – H. Durville).
(13) “Pymander – O pensamento
divino, o Prometeu (14) egípcio e a personificação de NOUS ou luz divina, que
aparece e assiste a Hermes Trimegisto numa obra hermética intitulada Pymander”. (HPB)
(14) Prometeu – O Logos Grego que aportando
na Terra o Fogo Divino (a inteligência e a consciência, dotou aos homens de
razão e entendimento. Prometeu é o tipo helênico de nossos Kumaras ou Egos,
aqueles que se encarnando em homens fizeram deles deuses latentes em lugar de
animais. Os deuses (ou Elohim) opunham-se a que os homens chegassem a ser
(Genesis 3/22) e conhecem . Por esta
razão vemos em todas as lendas religiosas que estes deuses castigavam o homem
por seu afã em saber. Como expressa o mito grego, por haver roubado do céu o
fogo que aportou nos homens, Prometeu foi acorrentado por ordem de Zeus a uma
rocha dos montes caucásicos. [O mito do Titã Prometeu tem sua origem na Índia,
e na antiguidade era o maior mistério por seu significado]. A alegoria do fogo
de Prometeu é outra versão da rebelião de Lúcifer, que foi precipitado ao
‘abismo sem fundo’ (nossa Terra), para viver como homem. Desnecessário dizer que a igreja fez dele o
anjo caído. Prometeu é um símbolo e uma personificação de toda a humanidade em
relação com um fato especial que ocorreu durante seu nascimento, ou se já ao
que é um mistério dentro do grande Mistério
‘prometéico’. O Titã em questão, doador do Fogo e da Luz, representa aquela
classe de Devas ou deuses criadores, Agnichvâttas, Kumaras e outros divinos ,Filhos
da Chama e da Sabedoria>, salvadores da humanidade, que tanto trabalharam do
relativo ao homem puramente espiritual. Prometeu rouba o Fogo Divino para
permitir que os homens procedam de um modo consciente na senda da evolução
espiritual transformando assim o mais perfeito dos animais da Terra num deus
potencial e o fazendo livre para .
Daí a maldição que Zeus (Júpiter) lançou contra o rebelde Titã. Acorrentado
numa rocha Zeus o castiga enviando um abutre que sem cessar o ia devorando às
entranhas (alegoria dos apetites e concupiscência), até que Hércules, por fim,
o livrou de tão cruel sacrifício. É um deus filantropo e grande benfeitor da
humanidade, a qual elevou até a civilização e que a iniciou no conhecimento de
todas as artes; é o aspecto divino de Manas que se estende até Buddhi e se
funde com ele. É também o Pramantha personificado, e tem seu protótipo no
divino personagem Mâtarizvan, estreitamente associado com Agni, o deus do fogo
dos Vedas. O nome Prometeu significa:
, ”. (HPB)
As imperfeições, sobre as quais todo e qualquer candidato à
iniciação deve trabalhar positivamente a fim de eliminá-las, formam no seu
conjunto o passado tenebroso do qual jamais se pode fugir. Necessitam ser
enfrentadas e vencidas uma a uma. Esses elementos psicológicos ou vidas internas
que no homem comum e escravo das forças mundanas se externam sem qualquer impedimento,
no iniciado se mantém abaixo da linha de sua consciência, mas no iniciado
avançado, não ainda completamente remido, algumas delas o torturam cruelmente. Tal
desfile de imperfeições forma, sem dúvida, o edifício das nossas más obras
consubstanciadas na virtual construção do elemental chamado pelos gregos de eidolon (ver Enigma Eu pgs.152, 153, 154,155 – 191,192) que se opõe ao elemental oposto e edificado pelas nossas boas
obras e pensamentos, chamado nas religiões cristãs de o anjo da guarda, e
reincorporados ao ego nascituro desde seus primeiros dias de nova encarnação.
As religiões recentes tendo assimilado essas
ideias dos antigos, não omitiram que as boas obras elevam ao seu Deus, ao passo
que as más obras lançam os infelizes ao inferno. No Egito, essa região
tenebrosa onde permaneciam os maus para os seus necessários expurgos e penas,
era chamada de Amenti, enquanto nos mistérios gregos era conhecida como Hades.
As noções tanto de inferno quanto de céu ensinadas pelos padres e sacerdotes
cristãos serviram tão somente para aprisionar a consciência popular às
religiões propagadoras deste tipo de vida pós matéria, lançando um terror às
almas, e em muitas instâncias remorsos e complexos de culpa praticamente
irremovíveis, pela força anímica empregada ao fortíssimo pensamento-forma. Como
também atrasou em muito a compreensão de como se dão certos acontecimentos, que
aos antigos lhes foram ensinados mesmo por alegorias e simbolismos, e aos
religiosos de rasas consciências, durante a era negra da igreja, lhes foram
negados. Talvez aos povos incultos, de muitas maneiras rudes e centrados
unicamente nos sentidos físicos e em suas necessidades egocêntricas mais
imediatas, as noções sobre céu e inferno os coibissem de praticar outros atos
mais perversos, porém, nas eras gloriosas egípcias, gregas, romanas e de povos
asiáticos, essas idéias foram com o tempo ampliadas e as noções populares
ganhavam melhores interpretações, haja vista as festas religiosas homenagear os
bons deuses pedindo-lhes venturas e nenhum sacrifício humano ou animal para
aplacar-lhes a ira que não cogitavam. A decadência moral, no entanto, eivada
pelos males das forças negativas conduziu parte dessas mesmas populações naquelas
civilizações gloriosas, aos cadafalsos dos pecados, principalmente pelos
desregramentos e inversões sexuais, que sempre foi o elemento fundamental das
quedas de todos os povos do recente e mais afastado passado.
De tal forma uma nova e poderosa energia
escura e pesada sufocou na igreja às aspirações religiosas e aos ensinamentos
mais lídimos que se pudessem conceber, que veio prevalecer o plano das
inversões com perseguições eclesiásticas aos ocultistas, alquimistas e livres
pensadores. Esses, ao invés de serem reconhecidos como pregadores do bem e da
verdade, quando a isso se arriscavam como o ex-padre dominicano Giordano Bruno,
nascido em Roma no século XVI, queimado vivo na fogueira dos inquisidores, por
expor idéias do hermetismo - foram, ao contrário, sempre que presos, condenados,
ou tendo escapado dos inquisidores foram anematizados para sempre como as
encarnações do mal, pactuados com os demônios. Os ciclos de luz e trevas em
todos os tempos se alternaram pela própria condição inferior da humanidade de
pouca evolução mental. Felizmente, começamos de novo a atravessar uma nova e
muito mais esclarecedora era dourada, em que insuspeitadas luzes nos iluminam e
nos prometem um futuro melhor e quando as trevas do presente e passado estejam
definitivamente dissipadas pela firme sabedoria e energia renovadora dos
verdadeiros iniciados de diversas origens. Essa Nova Era virá reforçada pela
massa humana esclarecida que, pelos caminhos do mundo e sem implicações
esotéricas, mas guiadas pelos mestres ocultos, chegam a avançar em consciência
com visão mais ampliada da vida.
CAPÍTULO VIII
INICIAÇÕES
MAIORES
Vamos entrar agora nos estudos sobre as
iniciações maiores, cuja obra mais completa que conhecemos sobre o assunto
intitula-se Iniciação, Humana e Solar,
enviada ao mundo pelo Mestre Djwhal Khul através da grande iniciada Alice A.
Bailey, de cujas exposições alinharemos adendos juntamente com trechos de outra
obra dos mesmos autores.
Que é mesmo iniciação, para que serve? Esse
termo é restrito a certas condições especiais e ao mesmo tempo amplo para todas
as circunstâncias da vida humana em suas áreas tecnológicas, científicas, culturais,
esportivas, religiosas, esotéricas e outras onde se exijam estudos, práticas e
metodologias, servindo para melhor preparo e adestramento técnico a quem nas
áreas se inclui operativamente. A iniciação introduz estudiosos aspirantes para
uma outra realidade melhor, estribada em leis e métodos, e os provê de outra
visão mais ampliada de sua área e daquelas que com ela se intra-relacionem,
possibilitando melhores parâmetros de observações da vida sob ângulos antes não
observados. Consequentemente, oferece ao indivíduo a possibilidade de um
alargamento de consciência que pode deter elementos principais negativos ou
positivos, dependendo da inclinação pessoal, o que deixa a descoberto os
fundamentos do bem e do mal e exemplifica aos esotéricos a questão das opções
dos caminhos da magia branca e magia negra. Dizer-se que um indivíduo adestrado
numa profissão que requeira conhecimentos técnicos, ou iniciado numa ideologia
qualquer, que, por suas atitudes contrárias ao humanismo, seja alguém sem
consciência, é pura bobagem. A consciência no bem ou no mal é a consciência que
trabalha sempre com valores relativos, e esses valores, e os resultados que
provocam, serão mais poderosos quando manipulados por uma vontade dinâmica
firme e constante nos seus objetivos.
Hitler foi mau para o mundo por que a
conquista almejada a que se lançou destruiu vidas e instituições, porém sua
consciência não o traiu embora seus objetivos – determinados pelos seus valores
inteligentemente concatenados – fossem contra a raça humana ou não.
Tesla e Einstein não foram considerados maus
porque seus inventos vieram proporcionar tecnologia e conforto para bilhões, no
entanto os inventos de ambos somados a outros, já produziram milhões de mortes
direta ou indiretamente, ou sob as mais cruéis condições que a tecnologia no
seu lado negativo pode exercer.
A ciência e a tecnologia que todo o planeta
hoje desfruta obtiveram incríveis impulsos e desdobramentos em poucas décadas,
justamente pelos motivos que o ditador Hitler promoveu com tudo o que arrastou
e sua máquina de guerra necessitou inventar. Racismos à parte, apesar de cidades
transformadas em entulhos e vidas que a guerra consumiu, a ciência tecnológica
desenvolvida pós guerra através do exército de cientistas nazis satisfez altamente
e enriqueceu homens de todas as raças, credos e etnias, e nesse aspecto ninguém
contesta e nem reclama, mas aproveitam, embora por um lado os ideais racistas
de tais cientistas se mantivessem blindados em seus íntimos, e por outro lado o
sentimento inconsolável, o ódio e a inextinguível mácula das perdas humanas
persistam nas famílias de todas as pessoas afligidas.
Portanto, a expansão da consciência humana
naquilo a que se chama iniciação, seja ela em tempos de paz ou de guerras, ou
em tensões e lutas sob o instinto de sobrevivência, não se mede unicamente por
uma só polaridade, nem pela quantidade neste mundo de relativos, mas pela direção
que entendemos os seus movimentos. Os resultados do arbítrio das consciências
nos rolamentos de energias e forças é que virão gerar os benefícios ou
malefícios, se a favor ou contra as perenes correntes evolucionárias da
natureza em suas arrancadas periódicas mais intensas, segundo dualidades. Mesmo
a intenção positiva mal alicerçada pode acarretar desastres, ou a intenção
negativa bem alicerçada pode resultar em equilíbrio ou benefícios. Estas
oscilações dualísticas precisam ser sempre ajustadas para determinar o
equilíbrio dos contrários, porém isso nem sempre é possível senão através das
compensações da própria natureza através da pressão incontrolável na psique e
inconsciência de populações.
Nestes aspectos, são raros os homens que
saibam lidar corretamente com as polaridades contrárias segundo suas visões e
consciências ao penderem ao equilíbrio, sem permitir que as forças
revoluteantes busquem cegamente seus pontos de atração e ancoragem tanto para
um lado como para o outro. Daí, alguns exemplos destacados de líderes mundiais
estarem operando numa única polaridade, agindo muito mais através de suas
inconsciências ao refluxo das forças, do que com suas visões ampliadas. E daí
as muitas guerras incompreensíveis e inaceitáveis para intelectuais e por
grande parte da massa humana, que clamam por soluções pacíficas, mas somente
possíveis se a pressão das forças possa ser de alguma sorte sublimada ou
direcionada consciente e coletivamente para escape, ou através de ações não
destrutivas.
E nesses casos, todas as vidas agrupadas
direta ou indiretamente em torno daqueles momentos – não importando os limites
geográficos nem suas origens étnicas, raciais ou nacionais – que tenham sido partícipes
de acontecimentos gerados negativamente no passado, cujas consequências
trouxeram grandes bloqueios e desvios ao presente, ou por haverem pendido por
demais objetivamente na polaridade positiva alterando o equilíbrio dos fatores
duais em seus andamentos progressivos, deterão também grandes ou menores
parcelas de responsabilidade na lei de causa e efeito. Pois é sabido que se
pode ferir essa lei em ambos os vetores e não somente pelo vetor negativo;
assim, valores positivos levados estupidamente a extremos invertem ao negativo
causando desordens, chamadas caos. O mesmo se pode exemplificar com o fenômeno
de um foco de luz ininterrupta e extremamente intensa que não encontrando
profundidade se torna negativamente destruidora. Eis por que a dualidade exige
sempre luz e sombra como dias e noites.
Tenhamos agora uma idéia mais aproximada de
os fatores evolucionários conducentes a primeira e a segunda iniciações
maiores, que nos interessam mais de perto pelo maior número de aspirantes das
várias escolas das inúmeras atividades místicas, magísticas, esotéricas e
científicas. Diz AAB:
“Hoje, à
medida que entramos na Nova Era tem aplicação a simbologia da quarta iniciação,
A Renúncia; os homens enfrentam a necessidade de renunciar aos valores
materiais para substituí-los pelos espirituais. O fermento do processo
iniciático continua minando o materialismo da raça humana, revelando cada vez
mais a realidade subjacente no mundo fenomênico (único mundo reconhecido pelos
lemurianos) e, ao mesmo tempo, proporcionando esse campo cultural de
experiência, no qual os filhos dos homens que estão preparados para ele, podem
passar pelas cinco iniciações, tecnicamente entendidas. Este é o fator
importante, por conseguinte é nosso ponto de partida.
O processo histórico pode revelar e revelará
a entrada gradual da humanidade nas “zonas iluminadas” de consciência sempre em
expansão; nas ditas zonas o caminho do desenvolvimento evolutivo tem conduzido
a raça humana diretamente a etapa onde há muitos, muitos (milhões se
considerarmos a humanidade – os que hoje estão encarnados e os que não estão
por acharem-se nos planos internos) que têm podido sair do campo iluminado dos
três mundos e penetrar noutra zona, onde a luz da mente pode fusionar-se com
essa luz maior da alma. Eles têm passado ( em vidas anteriores ainda que não
recordem) pela experiência e a iniciação do nascimento e, como resultado disto,
aquilo que pode revelar o que a mente é incapaz de iluminar, está agora
desenvolvendo e se fusionando dentro deles. A “luz da vida” já está disponível
e num sentido muito mais literalmente verdadeiro do que se pode perceber na
atualidade, e cada sucessiva iniciação demonstrará com mais clareza este fato.
A iniciação do Nascimento seguiu-se sobre as
experiências de muitos, e isto se demonstra efetivamente nas vidas dos que
estão conscientes e voluntariamente orientados para a luz, vendo um mundo mais
amplo que de seus próprios interesses egoístas; são sensíveis à vida crística e
a consciência espiritual de seus semelhantes, visualizando um horizonte e
panoramas de contatos não percebidos pelo homem comum; se dando conta de uma
possível realização espiritual, que está escondida e não desejada por aqueles
cujas vidas estão condicionadas inteiramente pelas emoções ou pela mente
concreta inferior. Nesta etapa de desenvolvimento possuem um sentido de
dualismo consciente, conhecendo a realidade da existência desse “outro algo”
que não é o não-eu fenomênico, emocional e mental.
A primeira iniciação poderia ser considerada
a meta e a recompensa das experiências místicas; esta não é fundamentalmente
uma experiência ocultista no verdadeiro sentido do termo, porque raras vezes é
exatamente compreendida, ou se prepara conscientemente para ela, como é o caso
das iniciações posteriores, razão pela qual as primeiras duas iniciações não
são consideradas maiores. Na realização mística há, lógica e normalmente, uma
ênfase posta sobre o dualismo, porém na nova zona do desenvolvimento – onde uma
iniciação após outra são primeiramente visualizadas; logo se luta por elas e
depois se logra – se obtém a unidade e desaparece o dualismo. Por tanto, os
estudantes devem recordar o seguinte definido conceito esotérico:
O caminho místico conduz à primeira
iniciação. Tendo cumprido seu propósito, se renuncia a ele, então se segue o
‘caminho iluminado’ esotérico, que conduz às zonas iluminadas dos estados
superiores da consciência.
Como se vê, ambos os caminhos são essenciais;
atualmente o caminho místico é o da maioria, e um grande e crescente número de
místicos surgirá das massas humanas modernas; paralelamente a este, o caminho
esotérico atrai cada vez mais aos intelectuais do mundo. Sua experiência é
basicamente religiosa, tal como o clero ortodoxo compreende a palavra. O
caminho da ciência é profundamente necessário para o gênero humano, como é o da
religião, pois Deus se encontra igualmente em ambos. O caminho científico
conduz o aspirante ao mundo das energias e forças, o verdadeiro mundo do
esforço ocultista, revelador da Mente Universal e a atuação dessa grande
Inteligência que criou o universo manifestado. O novo homem que chega ao
nascimento na primeira iniciação deve pisar e pisará o caminho ocultista ou
científico, que o conduz inevitavelmente fora do mundo do misticismo, levando-o
à segura e científica percepção de Deus como vida ou energia.
A primeira iniciação marca o princípio de uma
vida e um modo de viver totalmente novos e assinala o começo de uma nova forma
de pensar e de percepção consciente. A vida da personalidade nos três mundos
tem nutrido durante eons o germe desta nova vida e tem fomentado a diminuta
chispa de luz dentro da relativa obscuridade da natureza inferior. Este
processo está chegando agora ao seu fim, ainda que nesta etapa não seja
interrompido totalmente por que o ‘novo homem’ tem que aprender a caminhar,
falar e criar; sem dúvida, a consciência se enfoca noutra parte. Isto conduz a
muita dor e sofrimento, até que o iniciado venha tomar a decisão definitiva,
regular uma nova dedicação ao serviço e se preparar para receber a iniciação do
Batismo.
Os membros do novo grupo de servidores do
mundo deveriam estar na expectativa de quem dão sinais de haver passado pela
experiência do ‘nascimento’ e ajudá-los a obter maior amadurecimento. Deveriam
supor que todos que realmente amam seus semelhantes, se interessam pelos
ensinamentos esotéricos e tratam de disciplinar-se para alcançar maior beleza
da vida, são iniciados e passaram pela primeira iniciação. Quando descobrem
quem busca a polarização mental e evidenciam desejo e aspiração para pensar e
saber, conjuntamente com os sinais característicos de ter recebido a primeira
iniciação, podem considerar com toda probabilidade, sem lugar a dúvidas, que
tais pessoas receberam a segunda iniciação ou estão a ponto de tê-la. Então
saberão com toda a clareza qual será seu dever. Mediante essa aguda observação
por parte dos servidores do mundo, se vai ampliando a fila de novo grupo. A
oportunidade e o estímulo hoje são tão grandes que todos os servidores devem
estar alertas, desenvolvendo em si mesmos a capacidade de registrar a qualidade
que deve ser buscada, ajudando e guiando de tal forma, que unirão num grupo
cooperador estes discípulos e iniciados que devam preparar o caminho para
Cristo.
A primeira iniciação deveria considerar-se
como instituindo uma nova atitude nas relações, que, todavia, não sucede. As
relações reconhecidas até agora, falando de forma geral, foram instituídas,
cármicas, física e emocionalmente, sendo, maiormente, objetivas e
predominantemente concernem ao plano fenomênico, com seus contatos, deveres,
responsabilidades e obrigações. Sem dúvidas, as novas relações que devem ser
acrescentadamente reconhecidas são subjetivas e têm muito poucos indícios
fenomênicos. Abarcam o reconhecimento de quem deve ser servido; envolvem a
expansão da consciência individual até uma crescente percepção grupal; conduzem
eventualmente a responder ansiosamente à qualidade hierárquica e a atração
magnética do ashram.
Este desenvolvimento, na identidade das
relações, conduz finalmente ao reconhecimento da Presença de Cristo e não à
relação com Ele. Não temos porque nos ocuparmos da relação do Logos Planetário
e Seu reconhecimento. Todas estas relações começam no seu mais verdadeiro
significado e com um objetivo corretamente entendido no nascimento do “novo
homem’. Cristo se referiu a ele quando disse: ‘A menos que um homem nasça de
novo, não poderá ver o Reino de Deus”. Emprego aqui a terminologia cristã,
porém prefiro falar do ‘novo homem’ em vez da frase estritamente cristã ‘o
nascimento do Cristo-menino no coração’. Mediante a pedra angular das relações,
os servidores do mundo farão contato com os iniciados e os discípulos aceitos
do mundo e descobrirão a esses aspirantes que podem ser ajudados e treinados.
Chamarei a atenção sobre outro ponto. No
mundo fenomênico do ser humano comum que não tenha passado a experiência
iniciática do renascimento, a ênfase tem estado sempre no que está hoje sobre a
relação dual dos sexos, dando testemunho delas as novelas, as obras de teatro,
os filmes e os assuntos dos homens. A criatividade se expressa justamente na
propagação da raça, efetuada pela relação masculina e feminina, ou pelos pólos
positivo e negativo da família humana. Isto é correto e bom e forma parte do
Plano Divino. Ainda que os homens hajam prostituído suas faculdades e
envelhecido suas relações, o plano básico é divino e ideal. Depois da primeira
iniciação, toda a relação sexual se transfere gradual e constantemente ao lugar
que corresponde, como uma mera fase natural da existência nos três mundos e
como um dos apetites normais e corretos, porém a ênfase cambia.
A experiência e a analogia superiores e
aquela do qual o sexo físico é somente o símbolo, se faz evidente. No lugar de
masculino e feminino surge a relação magnética entre a agora negativa
personalidade e a alma positiva com a consequente criatividade nos planos
superiores. O centro coronário e o centro entre as sobrancelhas (ajna) são os
agentes desta relação e eventualmente – por meio do corpo pituitário e a
glândula pineal – condicionam a personalidade, permitindo sua fusão com a alma.
Tenho ensinado que a atividade e a
inatividade dos centros condicionam à personalidade, atuando por meio do
sistema endócrino; que as energias canalizadas e as forças por elas geradas,
podem ser controladas e dirigidas pela alma – o homem espiritual. Tenho dito
também que a energia do centro sacro (o centro mais interior e ativo no momento
da primeira iniciação) deve ser transmutada e elevada ao centro laríngeo,
transformando-se assim o ato criador físico em processo criador que produz o
bom, o belo, o verdadeiro. O abc do conhecimento fundamental é a transmutação
do sexo. Nesse processo transmutador os homens têm cometido grandes erros e têm
abordado o tema desde dois ângulos:
1. Têm tratado de suprimir o desejo natural,
esforçando-se por destacar o celibato obrigatório, desviando assim com
frequência a natureza e submetendo ao ‘homem natural’ a regras e regulamentos
que não estavam na intenção divina.
2. Têm tratado de esgotar – no outro extremo
– o desejo sexual normal por meio da promiscuidade, da libertinagem e
perversões, prejudicando-se e sentando as bases para as dificuldades que se
produzirão em muitas encarnações futuras.
A verdadeira transmutação é, em realidade, o
alcance de um correto sentido de proporção em relação a qualquer aspecto da
vida humana e, no que respeita aos homens atualmente, têm particular referência
ao centro sacro e às energias que o põe em atividade. Quando o devido
reconhecimento do lugar que a vida do sexo deve ocupar na vida diária
paralelamente à concentração mental no centro laríngeo, este centro
automaticamente chegará a ser magnético, e atrairá para cima as forças do
centro sacro através da coluna vertebral ‘ao lugar da construção criadora’;
então a vida sexual normal não se atrofiará e estará regulada e recolocada no
seu correto lugar, como uma das faculdades ou apetites comuns dos quais foi
dotado o homem; a vida sexual é controlada quando não se tem um interesse
direto e está subordinada a lei do país, com respeito a sua relação com o pólo
oposto – negativo e feminino ou positivo e masculino.
Para o aspirante isto se converte
principalmente em agente que cria os veículos necessários para as almas que
encarnam. Desta maneira, por força do exemplo, evitando todos os extremos,
aplicando as energias corporais a coisas superiores e aceitando às leis do país
de residência, as atuais desordens e o abuso do princípio sexual, cederá lugar
a vida ordenada e ao correto emprego desta primordial função corporal.
A vida física pode regular-se quando a
personalidade suficientemente integrada e coordenada, e o centro ajna (o centro
entre as sobrancelhas) estejam ativos e controlados pela alma. Isto tem um
efeito imediato – automaticamente induzido – sobre a glândula vinculada a dito
centro, que se converte numa parte equilibrada do sistema endócrino geral,
evitando-se o desequilíbrio anterior. Simultaneamente o centro coronário se faz
ativo, como resultado da percepção mental, a meditação e o serviço do
aspirante, o qual põe em atividade a glândula vinculada, a pineal. Tudo isto é
também o abc do ocultismo.
Frequentemente se omite em consideração normal
o fato de que a crescente atividade destes dois ‘pontos de luz na cabeça’, se
relacionam basicamente com o que ocorre nos centros básico e laríngeo, enquanto
prossegue o processo transmutador, e as energias do centro sacro se reúnem no
centro laríngeo, porém sem retirar toda a energia do centro inferior. Desta
maneira, se mantêm de forma apropriada sua atividade normal. Então entram em
correspondente atividade os dois centros da cabeça, se afetam reciprocamente os
elementos positivo e negativo e brilha a luz na cabeça; se estabelece uma linha
de luz entre os centros ajna e coronário que permite a livre interação,
portanto entre o corpo pituitário e a glândula pineal. Quando existe esta linha
de luz e há uma relação desobstruída entre os dois centros e as glândulas,
então ‘é possível a primeira iniciação’.
Quando isto tem lugar não deve interferir-se
por que a tarefa de transmutação, levada a cabo entre os centros inferior e
superior e a relação entre os dois centros da cabeça está concluída e
estabelecida plena e finalmente. A linha de luz segue sendo tênue e instável,
porém existe. A energia liberada na primeira iniciação e distribuída aos
centros sacro e laríngeo (por conduto do centro coronário em lento despertar)
leva o processo de transmutação a uma conclusão exitosa e estabiliza a relação
dentro da cabeça. Este processo pode consumir várias vidas de esforço, que se
vai intensificando constantemente por parte do iniciado-discípulo.
Deste modo se inicia o trabalho de reforma
mágica, e é aqui onde exerce influência o sétimo raio (que rege a primeira
iniciação); uma das funções deste raio consiste em unir a alma e o corpo, o
superior e o inferior, a vida e a forma, o espírito e a matéria. Esta é a
tarefa criadora que enfrenta o discípulo, empenhado em elevar as energias do
centro sacro ao centro laríngeo e em estabelecer uma correta relação entre a
personalidade e a alma. Assim como o antahkarana deve ser construído e
estabelecido como ponto de luz entre a Tríade espiritual e a personalidade
fusionada com a alma, também uma ponte similar ou analogia se estabelece entre
a alma e a personalidade e, em conexão com o mecanismo do discípulo, entre os
dois centros da cabeça e as duas glândulas dentro da cabeça.
Quando esta linha de luz haja relacionado os
aspectos espirituais superior e inferior, e quando os centros sacro e laríngeo
estejam verdadeiramente alinhados e relacionados, o iniciado-discípulo se
transforma num trabalhador criador de acordo com o Plano Divino e num ‘expoente
mágico’ do divino trabalho de construção;
então ele é uma força construtiva, que manipula conscientemente a energia no
plano físico, criando formas como expressão da realidade. Este é o verdadeiro
trabalho de magia.
No trabalho criador, como podem ver, três
energias são, portanto, levadas a uma atividade relacionada:
1. A energia concentrada no centro ajna, que
indica a vida da personalidade.
2. A energia concentrada no centro coronário,
como resultado da atividade da alma.
3. A energia do sétimo Raio de Ordem
Cerimonial ou Magia que torna possível a verdadeira atividade criadora de
acordo com o Plano Divino.
Nada de espetacular tenho a dizer sobre a
primeira iniciação; o iniciado-discípulo segue seu trabalho na debilmente
iluminada ‘caverna do nascimento espiritual’; deve continuar sua luta para
revelar a divindade, principalmente no plano físico – para nós simbolizado na
palavra ‘Belém’, que significa a ‘casa do pão’ ; deve aprender a função dual de
‘elevar até a luz as energias inferiores’ e, ao mesmo tempo, ‘fazer descer as
energias superiores à expressão corporal’. Assim se converte num mago branco.
Nesta iniciação vê, pela primeira vez, quais
são as energias maiores que deve levar à expressão, e esta visão está resumida
no Antigo Comentário, nas seguintes palavras:
‘Quando o Cetro da Iniciação desce e toca a
parte inferior da coluna vertebral, se produz uma elevação; quando os olhos se
abrem à luz o que deve descer à forma é então percebido. A visão é reconhecida.
Assume-se a responsabilidade do futuro. A caverna se ilumina e aparece o novo
homem’.”
Retomamos o tema da
inevitabilidade da iniciação. No aspecto esotérico de que estamos tratando, as
iniciações são conquistas alcançadas pela consciente auto-aplicação de cada
indivíduo nos caminhos de um aperfeiçoamento espiritual. Das longínquas terras
de Atlântida até os solos de conquistas árias, os muitos percursos de suas
personalidades o conduziram a deixar cada vez mais para trás seus atavismos
animal-homem para exercitar outros valores encontrados em momentos gloriosos de
religiões, cultos e comemorações de forças superiores, quando mal tinha saído
da infância espiritual. Milênios são passados e os grandes que o conduziram até
o momento em que ele tomará nova e importante decisão para sua realização
pessoal, o observam.
Desde os primeiros lampejos de uma nova
consciência seus passos se tornaram mais largos e apressados, foram mais bem
programados e sempre seguidos, a fim de que não se perdesse ou não fosse
arrebatado definitivamente para o lado dos malignos que espreitam e seduzem. A
pré-iniciação não é mais para ele vencer provas de resistência física e de
coragem, e depois fazer juramentos de silêncio e obediência às regras da
comunidade ou casta com que seguiu em muitas vidas, para então dedicar-se aos
ofícios e viver em reclusão. O candidato agora avança para um despertar maior,
um crescimento de consciência que o fará cruzar outro e mais importante portal,
localizado nas vias internas de seu ser. Ele é consciente de que esse momento
se aproxima para sua vida; nas escolas do conhecimento ou nas atividades
espirituais a que se dedica ele é alertado para as provas do mundo. Ele sente
as energias vivas a percorrer seu corpo, a sensação é verdadeira, a ânsia
cresce e a custo é contida; a aspiração provoca-lhe, vez por outra, um gotejar
de lágrimas que as domina, mas ele chora intimamente de gratidão e amor!
Essa é a iniciação que milhões na humanidade
alcançaram, não somente pelo caminho probacionário consciente e nem por esse
tipo de reconhecimento devocional. Muitos avançam pelos caminhos naturais,
pelos objetivos materiais da ciência e organização concreta do pensamento, pela
concentração mental a objetivos de suas atividades profissionais e ao alcance
de certos níveis da intuição. Outros milhões suplantam certas injunção do
egoísmo atávico, quer sejam religiosos ou não, e buscam nas agruras das
diferenças sociais suas relações de trabalhos, seus campos de atividades. E daqui
emergem puros representantes da vontade popular por um mundo melhor, que
imantam seus egos da energia do serviço e dedicação em primeiro lugar.
Shamballa, principalmente, detêm total
controle sobre as grandes religiões mundiais nos seus trabalhos de manter a
humanidade necessariamente concentrada num propósito espiritual, bem como
estabelece normas e condições para as instituições ocultistas, fundadas pelos
mensageiros da Fraternidade Branca, vir a preparar candidatos para um
crescimento de consciência, e, portanto, para colocá-los tanto quanto possível conscientemente,
diante dos Portais das iniciações.
(15)
Nirmânakâya – (sanc.) Uma coisa inteiramente distinta, em filosofia esotérica,
de significado popular que se dá a esta palavra e das idéias dos orientalistas.
Alguns denominam o corpo nirmânakâya , no suposto,
provavelmente, de que é uma espécie de condição nirvânica, durante a qual se
conservam a consciência da forma. Outros dizem que é uma espécie de Trikâya
(três corpos), com o ; e também que <é o avatar encarnado de uma
divindade>, e assim sucessivamente. No ocultismo, por outro lado, diz-se que
Nirmânakâya, ainda que signifique literalmente um transformado, é
um estado ou condição. (...) Como Nirmânakâya, sem dúvida, o homem deixa para
trás somente o corpo físico e conserva todos os demais princípios, exceto o
kâmico (dos desejos R/R), porque o extirpou para sempre de sua natureza,
durante a vida, sem que possa jamais ressurgir em seu estado post mortem.
Assim, pois, ao invés de entrar numa
bem-aventurança egoísta, elege uma vida de próprio sacrifício, uma vida que
termina somente com o ciclo de vida, a fim de poder ajudar a humanidade de um
modo invisível, porém sumamente eficaz. Portanto, um Nirmânakâya não é, como se
crê vulgarmente, o corpo senão aquele que seja um chutukta ou um khubilkhan, um adepto
ou um yoguî durante a vida, que se tenha convertido desde então num membro
daquela Hoste invisível que sem cessar vela pela humanidade e a protege dentro
dos limites cármicos. (...) Nirmânakâya – literalmente – “corpo, envoltura ou
vestidura livre do egoísmo” (HPB)
Prossigamos
com AAB:
“A
Iniciação, ou processo de expansão da consciência, faz parte do processo normal
do desenvolvimento evolutivo, encarado de um ponto de vista mais amplo e não do
ponto de vista do indivíduo. Quando analisado do ponto de vista individual,
passou a ser limitada, até o momento em que a unidade em evolução
definitivamente aprende (em virtude de seu esforço próprio, auxiliado pelos
conselhos e recomendações dos Instrutores atentos da raça) e alcançou um ponto
em que possui determinada gama de conhecimentos de natureza subjetiva, do ponto
de vista do plano físico. É na natureza daquela experiência que um estudante de
uma escola compreende, repentinamente, ter dominado uma lição e que a lógica de
um tema e o método do procedimento lhe pertencem para seu uso inteligente.
Esses momento de assimilação inteligente acompanham a Mônada em evolução,
através de sua longa peregrinação (...).
Cada iniciação representa a aprovação do aluno
para um curso mais adiantado na Câmara da Sabedoria; marca o brilho mais
intenso do fogo interior e a transição de um ponto de polarização para outro;
possibilita a conscientização de uma crescente união com tudo e a unidade
essencial do Eu com todas as demais unidades (...).
A iniciação conduz até a montanha donde se
pode conseguir uma visão do eterno Agora, no qual o passado, o presente e o
futuro, coexistem como uma unidade; uma visão do espetáculo das raças, com o
fio dourado da linhagem transmitido através de inúmeros tipos; uma visão da
esfera dourada que encerra, em uníssono, todas as inúmeras evoluções do nosso
sistema, o dévico, o humano, o animal, o animal, o vegetal, o mineral e o elemental,
e através do quais a vida pulsante pode ser vista claramente, batendo em ritmo
regular: uma visão do pensamento-forma do Logos no plano dos arquétipos, uma
visão que cresce, de iniciação em iniciação, até abraçar todo o sistema solar
(...).
A iniciação envolve cerimônia. É este o
aspecto que foi enfatizado nas mentes dos homens, talvez excluindo um pouco o
verdadeiro significado. Basicamente envolve a capacidade de ver, ouvir e
compreender e de sintetizar e correlacionar o conhecimento. Não abrange
necessariamente, o desenvolvimento das faculdades psíquicas, mas proporciona a
compreensão interna que vislumbra o valor subjacente das formas e reconhece a
finalidade das circunstâncias ambientais. É a capacidade que percebe a lição a
ser aprendida em qualquer ocorrência e acontecimento e, através destas
compreensões e reconhecimentos, a leva ao crescimento e à expansão, a cada
hora, semana e ano. “
São nove as grandes
iniciações a que se destinam os que avançam nos caminhos da humanidade. As duas
primeiras, denominadas respectivamente de Nascimento e Batismo, usando-se a
terminologia cristã, não são, no entanto, consideradas grandes iniciações,
porque, conforme antes mencionado, se atém muito mais ao aspecto forma ou
personalidade em processo de controle pelo Ego ou Alma. Portanto, as sete
seguintes são as iniciações consideradas as grandes e a terceira passa a ser a
Primeira, e todas são assim colocadas em três principais grupos:
“1. Cerimonial
Efetivo, baseado na exteriorização.
Primeira Iniciação - O Nascimento
Segunda Iniciação – O Batismo
2. Representação Simbólica, baseada na
visualização espiritual.
Terceira Iniciação - A Transfiguração
Quarta
Iniciação - A Renúncia
Quinta Iniciação - A Revelação
3. Iluminação por Meio da Revelação, baseada
na Luz vivente.
Sexta Iniciação - A Decisão
Sétima Iniciação - A Ressurreição
Oitava Iniciação - A
Transição
Nona Iniciação - A
Negação.
“Nas primeiras duas iniciações, o Hierofante
é o Cristo (aquele que estará presente – R/R), o Instrutor do Mundo, o Primeiro
Nascido entre muitos irmãos, um dos primeiros de nossa humanidade a atingir a
iniciação”.
Sobre o discípulo:
“Um
discípulo é alguém que, acima de tudo, está empenhado em três coisas:
1. Servir à humanidade.
2.
Cooperar com o plano dos Grandes, tal como o vê, e da melhor maneira possível.
3. Desenvolver os poderes do Ego, expandir
sua consciência até que ela possa funcionar nos três planos, nos três mundos e
no corpo causal; seguir a direção do Eu Superior e não os ditames de sua
manifestação tríplice inferior (a personalidade – R/R)”.
Sobre a Transição da
Humanidade:
“Na era pisciana que está
finalizando, a juventude de todos os países tem sido educada sob a influência
de três idéias fundamentais. O resultado obtido pela aplicação de tais idéias
poderia ser expresso por meio das seguintes interrogações:
1. Qual será minha vocação para poder obter
do mundo material tudo o que meu estado social e minhas necessidades exigem?
2. Quem são as pessoas superiores a mim? A
quem posso dirigir-me? A quem devo admirar? Quem são inferiores a mim na ordem
social e até onde posso ascender à escala social e me beneficiar?
3. Desde minha infância tenho sido ensinado
que minha inclinação natural é fazer o mal, ser perverso, ou (se o meio
ambiente é estreitamente ortodoxo) que sou um miserável pecador e indigno de
obter a felicidade futura. Como posso escapar das consequências de minhas
predileções naturais?
(...) A raça deve se livrar, em seu devido
tempo, dessas tendências distorcidas e ideais retrógrados. A compreensão disto
tem levado a que algumas nações ponham demasiada ênfase sobre o bem racial e
nacional e sobre o Estado como entidade, o que tem socavado a estrutura
hierárquica da ordem social (...). Não
falo aqui no sentido político nem em defesa de nenhum sistema de governo. Uma
atividade forçada e uma responsabilidade imposta relegam, à maioria de quem
está assim preparada, à etapa infantil, ou estado de infância, quando, em
realidade, a humanidade deveria estar alcançando a maturidade, carregando
voluntariamente a responsabilidade e com o exato sentido do verdadeiro valor
das normas da vida. O sentido de responsabilidade é um dos primeiros sintomas
que indica que a alma do indivíduo está despertando. A alma da humanidade, na
atualidade, está também despertando massivamente, daí os seguintes indícios:
1. O aumento de sociedades, organizações e
grandes movimentos para a melhoria da humanidade.
2. O crescente
interesse do povo para o bem estar geral. Até agora, unicamente as altas
esferas sociais se tem interessado por ela, seja por razões egoístas de
auto-proteção ou por um paternalismo inato. Os intelectuais e os profissionais
têm estudado e investigado ao bem estar público desde o ponto de vista mental e
do interesse científico, baseando-se no geral e material, e a classe media
inferior tem estado, como é natural, envolta nos mesmo interesses, porém desde
o ponto de vista dos lucros financeiros e comerciais. Atualmente esse interesse
tem descido às profundezas da ordem social e todas as classes estão agudamente
despertas e alertas para o bem estar geral, nacional, racial ou internacional.
Isto é muito bom e por sua vez um sinal alentador.
3. Os esforços humanitários e filantrópicos
estão no seu apogeu, a par das crueldades, ódio e anormalidades, qua a
separatividade, as ideologias nacionalistas excessivamente acentuadas, a
agressividade e a ambição, têm engendrado na vida de todas as nações.
4. A educação está se convertendo rapidamente
num esforço massivo e as crianças de todas as nações e de todas as classes
sociais estão se equipando intelectualmente mais do que nunca. Este esforço
tende, em sua maior parte, a permitir-lhes que enfrentem as condições materiais
e nacionais, que sejam úteis ao Estado e não gravitem economicamente sobre
eles. O resultado geral está, sem dúvida, de acordo com o plano divino e, sem a
menor dúvida, é bom.
5. O
crescente reconhecimento por parte das autoridades de que o homem da rua está
se convertendo num fator importante nos assuntos mundiais. A imprensa e o rádio
chegam até ele, e hoje tem a suficiente Inteligência para formar sua própria
opinião e tirar suas próprias conclusões. Isto se acha ainda em estado latente,
porém os sintomas de esforço que realiza, saltam à vista, por isto estão
controladas a imprensa e o rádio (e todos os demais meios de comunicação mais
atuais – R/R) de uma maneira ou de outra, em todos os países, pois nunca será
possível evadir permanentemente a estrutura hierárquica que subjaz em nossa
vida planetária. Este controle se divide em duas categorias principais:
1. Controle financeiro, como nos Estados
Unidos.
2. Controle governamental, como na Europa e
Gran Bretanha.
Ao povo se diz unicamente o que lhes é
conveniente; a reserva e a diplomacia secreta matizam as relações de governos
com as massas e é lamentável a impotência do homem da rua (ante a autoridade
das esferas políticas, decisões condicionantes tais como a guerra e a paz, imposições
teológicas, assim como questões econômicas) ainda que não esteja tão grave nem
tão definida como estava antes. A alma da humanidade está despertando e a atual
situação pode ser considerada como temporária.
Os futuros sistemas de educação terão por
objetivo preservar a integridade individual e promover o sentido de responsabilidade
individual; estimulará o desenvolvimento da consciência grupal no que se refere
às relações básicas individuais, nacionais e mundiais, enquanto se exteriorizam
e organizam a capacidade, o interesse e a aptidão. Ao mesmo tempo, se procurará
intensificar o sentido da cidadania, tanto no mundo esterno tangível do plano
físico como no Reino de Deus e das relações entre as almas (...).
Trataremos de enumerar certos fatos sobresselentes,
ainda que sejam considerados como tais pelos esotéricos, exceto para o mundo em
geral, porém estamos trabalhando ou tratando de trabalhar como esotéricos,
esses fatos são:
1. Existem certas idéias básicas que tem
aparecido no transcurso do tempo e têm levado a humanidade a sua atual etapa de
evolução. As idéias constituem a substância do impulso evolutivo.
2. Existe um controle oculto que tem
persistido através das épocas, que se pode entender do plano que está surgindo
definidamente, que diz respeito à consciência do homem.
3. Todo crescimento se realiza através da
prova, da luta e da perseverança; a isto se deve o moderno cataclismo atual.
Significa um empuxo até a luz, a luz do mundo, como também ao antahkarana
grupal.
É evidente que grande parte do que me é
possível dar nestes ensinamentos não terá aplicação imediata, porém se pede aos
leitores que reflitam e pensem sobre as linhas que posso indicar-lhes, porque
somente dessa maneira se irá formando um núcleo de pensadores que responderão
às novas idéias educativas, então será possível à Hierarquia Espiritual de
Mestres obter os resultados esperados em Seu trabalho para levar adiante o
Plano de Deus”.
Vamos então para as
apreciações de AAB sobre a segunda grande iniciação, a qual já mencionamos:
“A
Segunda Iniciação – O Batismo no Jordão. A iniciação que vamos estudar é,
quiçá, uma das mais importantes, por que concerne nesse aspecto da
personalidade o que apresenta maior dificuldade para todos: o corpo emocional
ou astral. Atualmente a massa humana é arrastada pelas emoções e por uma
resposta sensória às circunstancias; não é impelida geralmente por uma reação
inteligente à vida, tal como é. A reação normal e geralmente violenta serve só
para aumentar a confusão e as correspondentes dificuldades, produzindo vórtices
de energia, miragem e ilusão incontrolados. Ainda que ao mesmo tempo possa
produzir um aspecto salvador em alguns casos, a violência da prova astral e a
potência da tentação astral (como podia também chamar-se), conduzem a uma
esfera de sofrimento grandemente acrescentada. A isto pode agregar-se a
inclinação materialista da maior parte das soluções apresentadas, atraindo a
força de Maia mundial e complicando grandemente o problema.
Por mais penoso que possa ser tudo isto e
ainda que signifique o fim desta era e a cessação da vibração e qualidade
atlantes, levada a cabo tão poderosamente neste ciclo ário, sem dúvida, indica
o alcance de uma oportunidade definidamente racial. A humanidade – numa escala
relativamente ampla – enfrenta a segunda iniciação, ou a Iniciação do Batismo.
(quando se alcança uma iniciação já se insere aos parâmetros pré iniciatórios
da iniciação seguinte; é o caso da humanidade, atualmente na sua primeira
iniciação – R/R).
O conceito de batismo está sempre associado
com o da purificação. A água tem sido sempre um símbolo da purificação e também
do plano astral, com sua instabilidade, tormentas, intranqüilidade, dominadora
reação emocional e sua flexibilidade, que a faz um agente muito proveitoso para
a faculdade que possui o homem não remido de construir formas mentais
enganosas. Reage a cada impulso e desejo e a toda ‘atração’ magnética possível,
provenientes do aspecto material ou substancial da natureza-forma. Em seus
ciclos de tranquilidade, reflete também o bem e o mal; portanto é o agente do
engano quando é manipulada pela Loja Negra, ou de reação aspiradora quando é
influenciada pela grande Loja Branca, a Hierarquia Espiritual de nosso planeta.
É o campo de batalha entre os pares de opostos; o problema se complica porque
os homens devem aprender a reconhecer esses opostos antes de estar em condições
de fazer a correta eleição que conduz à vitória espiritual.
Atualmente, o desejo de paz a qualquer preço,
de alimento adequado, de calor e vivenda, de restabelecimento da estabilidade e
seguridade, e de cessação da ansiedade, controla o conjunto das reações humanas
e fazem que o plano astral seja de tanta importância para os homens e para as
decisões mundiais. Isto é tão predominantemente assim que o conhecimento que a
mente poderia revelar, e do qual os intelectuais são os custódios, se perde de
vista e tem pouca influência.
Na terceira iniciação se estabelece
finalmente o controle da mente iluminada pela alma, assumindo esta a posição
dominante e não a forma fenomênica. Então se transcendem todos os limites da
natureza-forma. A visão desta transcendência é comunicada no momento da segunda
iniciação sob o simbolismo de uma purificação levada a cabo positivamente.
Aqui não faço apologia sobre o relato bíblico
desse processo purificador, o qual resume simbolicamente a natureza aquosa do
plano astral e é ‘lavado pela água’ do iniciado. Expresso a forma puramente
atlante do processo iniciático, dando-nos um conceito do descenso na água e a
ascensão fora da água, em resposta a uma Palavra de Poder desde o alto. A
presença ária a esta mesma iniciação não tem sido, todavia, plenamente
compreendida.
A segunda iniciação – tal como se leva a cabo
agora - é até certo ponto uma das mais
difíceis. Envolve a purificação, porém a purificação pelo fogo, simbolicamente
compreendido. A oculta ‘aplicação do fogo e água’ produz resultados muito
sérios e devastadores. A água, sob a ação do fogo ‘é reduzida a vapor’, sendo o
iniciado submergido nas névoas e miasmas, nas ilusões e nas brumas. O iniciado
deve sair do estado de névoa e ilusão e das atuais brumas dos assuntos humanos
sairá também eventualmente a humanidade. O êxito do iniciado individual é a
garantia do destino racial. As complicações que produz a conjugação da água e
fogo nesta época ária, são muito maiores que as produzidas totalmente pela água
na época atlante; a era atual é kama-manásica (desejo-mente) e não simplesmente
kâmica ou estritamente astral. Portanto, recordem quando lerem essas palavras,
porque falo simbolicamente. Hoje o fogo da mente deve considerar-se em conjunto
com a água do desejo, daí a maioria dos problemas da humanidade. Devido a isso
a segunda iniciação é uma das mais difíceis pelas que o discípulo moderno deve
passar.
Sem dúvida, o resultado do processo
iniciático moderno é de ordem muito superior. Esta afirmação tem relação com o
evidente fato de que a Hierarquia e seu pessoal, que está em processo de
reunir-se, será de uma ordem superior a anteriormente responsável de guiar a
humanidade. Uma humanidade mais avançada exige uma Hierarquia e uma supervisão
hierárquica também mais avançadas; isto tem sido sempre assim. O processo
evolutivo abarca tudo o que é. Até Sanat Kumara aprende e progride de uma
relativa imperfeição para a perfeição.
Este batismo de fogo (ao qual se faz
referência nas Escrituras Ocidentais) contém em si inevitavelmente a aceitação
da dor, num grau até agora desconhecido. Uma vista superficial aos assuntos
mundiais revelará a verdade desta afirmação.
Portanto, que sucede realmente e quais são os
principais fatos envolvidos? Muito dependerá de minha resposta e da
interpretação que a dêem. Por conseguinte, lhes pediria considerar
cuidadosamente minha resposta a estas duas perguntas.
Sob a influência do ciclo pisciano, que está
por finalizar, o Sexto Raio do Idealismo ou Devoção tem estado
predominantemente ativo. É o raio da determinação centralizada e – desde certo
ângulo – o raio do cego proceder. O indivíduo, o grupo, ou a humanidade, vê
unicamente um só aspecto da realidade num determinado momento (a causa da etapa
atual do homem em processo evolutivo), sendo por geral o aspecto menos
desejável. Tudo mais é uma incógnita para eles; veem só uma imagem; seu
horizonte se limita a um só ponto do compasso (falando esotericamente). Para a
massa humana, o aspecto visualizado da realidade, pelo qual os homens viveram e
morreram, foi o mundo, a comodidade, as posses e as empresas materiais; isto
hoje o testemunham incontroversamente os movimentos laboristas e as tendências
evidentes nas Nações Unidas. Para um grupo relativamente pequeno de seres
humanos, o mundo da inteligência aparece como algo primordial e o regente
desejado ou o fator controlador é a mente concreta. Portanto, tudo permanece
dentro da zona de controle e dos interesses materiais.
O centro plexo solar é, em consequência, o
fator dominante, porque – mesmo no caso dos intelectuais – o desejo de bem
estar material, de posses territoriais e de decisões materiais governamentais e
econômicas planejadas, controla e move ao indivíduo, ao grupo e à nação. Esses
não são necessariamente errôneos, porém (no conceito atual emoção-desejo) se os
situa numa posição destacada e se os considera como de natureza causal, sendo
sem dúvida, de natureza fundamentalmente secundária; sua natureza essencial
produz efeitos, pondo a ênfase sobre a palavra ‘efeitos’. A humanidade mesmo em
seus estratos avançados não pode, todavia, pensar em níveis causais.
Qual é a meta básica do iniciado que tenha
recebido a segunda iniciação? Pedir-lhes-ia apartarem-se conscientemente do
conceito de absorção de esforços no processo de iniciação e reconhecer o
conceito de que seu efeito é iniciático e assinala um começo e não uma
culminância. Portanto, que tem diante de si o iniciado que tenha penetrado na
água purificadora, melhor dizendo, no fogo? Ao que se terá consagrado? Que
sucederá dentro da ‘zona de vivência’ (quisera que se familiarizassem com esta
frase), e que resultados terão lugar dentro do mecanismo com aquele que se
aproxima do lugar da iniciação? Estes são fatores e também aspectos importantes
dos processos da vida que devem condicioná-los. Ao finalizar o processo
iniciático certas energias e aspectos divinos devem ser reconhecidos por ele,
pois desempenham agora uma parte de seus pensamentos e propósitos – energias
que até então (ainda que presentes) estavam passivas e não controlavam.
O iniciado tem diante de si a terceira
iniciação da Transfiguração. O enfrenta uma grande transição desde o enfoque
aspiracional emocional a outro enfoque inteligente e pensante. Desprendeu-se,
teoricamente pelo menos, do controle do corpo e natureza astrais; tem, todavia,
muito por fazer; antigos desejos, velhas reações astrais e emoções habituais
seguem sendo poderosas; porém, trabalhou uma nova atitude perante elas e uma
nova perspectiva ante o corpo astral. A água, o fogo, o vapor, o visionismo, a
ilusão, a má interpretação e a contínua emotividade, seguem significando algo
específico e indesejável para ele. Agora é negativo a seus chamados e positivo
para o exigente enfoque superior. O que é agora ama e anela, deseja e planeja:
se acham noutra dimensão superior. Por estar disposto a receber a segunda
iniciação assentou o primeiro golpe em seu egoísmo inato e tem demonstrado sua
determinação de pensar em términos mais amplos e includentes. O grupo começa a
significar para ele mais que ele mesmo.
O que sucedeu, falando tecnicamente? As
energias do centro plexo solar são transferidas desde o centro principal de
distribuição abaixo do diafragma no centro cardíaco. – um dos três centros
principais ao qual devem ser transferidas todas as energias inferiores. Na
primeira iniciação se lhe concedeu a visão de uma criatividade superior, e a
energia do centro sacro começou sua lenta ascensão ao centro laríngeo. Na
segunda iniciação se lhe concede uma visão de um enfoque superior e seu lugar
no todo maior começa lentamente a revelar-se. Uma nova criatividade e um novo
enfoque são suas metas imediatas, e a vida para ele não pode voltar a ser a
mesma. As antigas atitudes e desejos físicos podem às vezes assumir o controle;
o egoísmo pode seguir desempenhando uma parte importante em sua expressão de
vida, porém – subjacente neles e os subordinando – haverá um profundo
descontentamento acerca das coisas tal como são, e angustiosos sofrimentos de
fracassos. Neste ponto o discípulo aprende a utilizar o fracasso e a reconhecer
certas diferenças fundamentais entre o natural e objetivo e o sobrenatural e
subjetivo.
A exposição destas ideias converteu o conceito
da iniciação em algo útil para vocês? Qualquer iniciação que não tenha sua
interpretação nas reações diárias prestará pouca utilidade e basicamente será
irreal. A irrealidade de sua apresentação tem conduzido na atualidade que a
Sociedade Teosófica seja rechaçada como agente da Hierarquia. Anterior e
previamente a seu ridículo ênfase posto sobre a iniciação e iniciados e a seu
reconhecimento dos discípulos probacionários como plenos iniciados, a Sociedade
fez um bom trabalho. Sem dúvida falhou ao não reconhecer a mediocridade nem a
compreender que ninguém ‘recebe’ a iniciação nem atravessa essas crises sem a
prévia demonstração de uma ampla utilidade e uma capacidade treinada e
inteligente. Talvez não seja assim no que concerne a primeira iniciação, porém
a segunda iniciação envolve como antecedente, uma vida útil e consagrada, e uma
manifesta determinação de entrar no campo do serviço mundial. Também deve haver
humildade ao expressar o conhecimento da divindade que existe em todos os
homens. Nenhum dos assim chamados iniciados da Sociedade Teosófica (exceto a
senhora Anny Besant) se ajustou a esses requisitos. Eu não teria chamado a
atenção sobre sua orgulhosa demonstração, não fosse essas mesmas pretensões e
ilusões terem sido apresentadas ao público. Agora considerarei o problema da
liberação das limitações da matéria e apresentarei o tema de forma prática.
Talvez haja uma opinião definitiva de que o
reino das emoções e da susceptibilidade às reações emocionais, constituem a
principal limitação humana – tanto do ângulo individual como do nacional.
Sabe-se, por exemplo, que o demagogo exerce domínio em todas as partes da
opinião pública, sendo uma pessoa que atua enfaticamente sobre as emoções
humanas como também sobre o egoísmo humano. A medida que a raça progrida até
uma expressão mental, essa influência destoante será cada vez menos importante
e uma vez que as massas (constituída de milhões dos assim chamados “homens da
rua”) comecem definitivamente a pensar, o poder do envolvimento demagogo terá desaparecido.
A luta principal no mundo atual é da liberdade do cidadão comum para pensar por
si mesmo e chegar assim às suas próprias conclusões e decisões. Aqui se
encontra a principal disputa entre a Grande Loja Branca e a Loja Negra.
É uma batalha na qual a humanidade mesma é o
fator decisivo, razão pela qual a Loja Negra vem atuando por intermédio do
grupo que controla o destino da Rússia e também por intermédio do movimento
sionista (16) Os líderes da União Soviética
trabalharam inteligente e poderosamente contra a liberdade humana e,
particularmente, contra a liberdade do pensamento. O comunismo em si não tem
tal objetivo; a política totalitária dos governantes nacionalistas é
desastrosa, além de sua ambição e ódio pela verdadeira liberdade. O sionismo
representa hoje a agressão e o emprego da força, sendo a nota chave e
outorgamento para permitir arrebatar quanto se queira, sem ter em conta os
demais povos e seus direitos inalienáveis. Esses pontos de vista se opõem à
posição adotada pelos líderes espirituais da humanidade e, portanto, os líderes
do movimento sionista e o grupo que dirige e controla a política russa, vão
contra a política da Hierarquia Espiritual e do bem perdurável do gênero
humano.
A liberdade do espírito humano, a liberdade
de pensar, governar, adorar a Deus como dita o inato instinto e humano desejo,
sob a influência do processo evolutivo, e a liberdade de decidir sobre a forma
de governo e religião requeridas – são justas prerrogativas do gênero humano.
Qualquer grupo de homens ou forma de governo que não reconheça esse direito
inato, vai de encontro ao princípio que rege a Grande Loja Branca. A ameaça da
liberdade do mundo reside na conhecida política dos governantes da União
Soviética e nas duvidosas e falsas maquinações dos sionistas. Em nenhum destes
dois grupos há uma verdadeira potência espiritual, e ambos estão condenados ao
fracasso, ainda que tenham êxito no aspecto da aquisição material; do ângulo
espiritual estão condenados. (17) Os
condutores da empresa russa contra a liberdade do indivíduo também o estão, por
que inerentemente o homem é livre e fundamentalmente divino, e se assegura (desde
uma visão de largo alcance) que as massas humanas na Rússia e nos seus ‘estados
satélites’, com inclinações comunistas, inevitavelmente reagirão em forma
divina e potente.
A verdadeira plataforma comunista é sã; é a
fraternidade em ação, e não vai – na sua plataforma original – contra o
espírito de Cristo. O comunismo intelectual e oficial imposto por um grupo de
homens ambiciosos e às vezes maus, não é saudável; tão pouco se adere à
verdadeira plataforma comunista, senão que está baseado em ambições pessoais,
amor ao poder e interpretações dos escritos de Lênin e Marx, que também são
pessoais e contrários ao que quiseram significar ambos os homens, assim como os
teólogos da igreja interpretam as palavras de Cristo de forma tal que não têm
relação com Sua intenção original. Os governos da Rússia não trabalham
verdadeiramente para o bem do povo, como não faz o sionismo acadêmico, nem
levam a cabo seus projetos por razões humanitárias. Porém, o triunfo final está
nas mãos do povo, por que o coração do povo em todas as nações é basicamente
são, fundamentalmente bom e inclinado para Deus. E a isto, desprezam os
governantes do regime comunistas.
Os condutores do movimento agressivo sionista constituem
um verdadeiro perigo para a paz mundial, e o desenvolvimento humano e suas
atividades têm sido apoiados pela política de conveniência dos Estados Unidos
da América e em menor grau pela Gran Bretanha, devido à influência dos Estados
Unidos. Os sionistas têm desafiado às Nações Unidas rebaixando seu prestígio, e
têm feito que sua posição seja tanto negativa como negligente para o mundo. Os
sionistas têm perpetrado o maior ato agressivo desde a fundação das Nações
Unidas e têm sido bastante hábeis para obter o apoio das Nações Unidas,
transformando a ‘recomendação’ original das Nações Unidas numa ordem. A lei da
força, da agressão e da conquista territorial pela força das armas está hoje
demonstrada pelos sionistas na Palestina, assim como pelo poder do dinheiro
para comprar governos. Estas atividades vão de encontro a todos os planos da
Hierarquia Espiritual e marcam um ponto de triunfo das forças do mal - temporariamente detidas pela derrota do
maligno grupo que Hitler reuniu ao ser redor – envolto a organizar seu ataque
sobre o desenvolvimento espiritual da humanidade. (18)
(16) “Acreditamos que essa mensagem
aconteceu durante a segunda grande guerra mundial, portanto, antes da fundação
do Estado de Israel, ocorrida oficialmente através dos dispositivos da ONU em
29 de novembro de 1947. Estamos mantendo a integralidade do comentário embora
os governos tenham mudado e hoje a situação mundial se encontre muitas vezes
mais complicada. No entanto, os princípios de liberdade esposados pela Loja
Branca são sempre os mesmos em qualquer época e todas as manifestações em
contrário ou usurpações dos direitos humanos estarão contra a livre expressão
do espírito e do pensamento, estipulados no Plano de Deus para toda a criação”
(R/R).
(17) “A alusão aqui
destaca o fato de que o mundo é governado pela Hierarquia Oculta que busca
sempre coordenar a evolução das raças segundo a projeção do Grande Plano do
qual essa Hierarquia é tutora. No entanto, desde passadas civilizações, as
raças se têm desviado seguidamente dessa projeção e a Hierarquia sempre
trabalha nos ajustes que conduzam todos os destinos ao objetivo principal. Para
que haja sentido nas situações cármicas de grupos e nações, há que existir a implantação
de forças espirituais que possam manter os povos nos seus rumos evolucionários
segundo suas necessidades materiais, científicas, filosóficas e inclinações
religiosas e psicológicas. O papel de liderança dos povos precisa ser
desempenhado por verdadeiros homens intuitivos e obstinados a seguir o leme das
conquistas dentro dos padrões disponíveis e oferecidos aos diversos carmas
nacionais. Nesses casos, a despeito de todos os problemas internos ocorridos
nas vidas dos povos, as forças da Grande Loja Branca estarão presentes. Em
contrapartida, quando há a usurpação de forças contrárias às situações
estabelecidas pela Hierarquia Oculta, esses líderes da via esquerda carecerão
das forças inerentes dos padrões arquetípicos evolucionários, liberados para os
povos.
Em consequência, pelos
princípios regulados a que estão submetidas todas as nações, os revoltosos
usurpadores tomam a cruz cármica sobre seus próprios ombros, sem o auxílio e
dispensação inteligente de forças da Grande Loja Branca; logo estarão fadados
ao fracasso mais cedo ou mais tarde. Cremos que isso veio suceder com a antiga
União Soviética, cuja dissolução foi sintomática, e começa a acontecer com a
China embora num enfoque diferente e com maiores razões de sucesso material, o
que não significa, exatamente, que está tudo resolvido e o objetivo final vá
ser naturalmente alcançado, pois as discrepâncias, os privilégios, as
injustiças e crimes étnicos e a falta de um verdadeiro programa de amparo social
ao povo pelas agências do governo, são ainda extremamente aberrantes e
demandarão muitos anos para serem corrigidos ou nunca. Israel jamais teve um
minuto de paz, e jamais terá pelas mesmas razões, enquanto do mesmo modo não se
esforçar por corrigir seus erros passados”. (R/R)
(18) “Não é de hoje que
se demonstra que as forças do mal influenciam e dominam governos para fins de
controle da população mundial e essas forças conduziram para a segunda grande
guerra, onde Adolf Hitler seria somente uma peça a mais no tabuleiro das
maquinações. Os nazistas tomaram a culpa sozinhos pela terrível catástrofe da segunda
guerra que assolou vários povos e etnias. Atualmente se denuncia uma rede muito
mais profunda e extensa do que antes se supunha abrangendo num único segmento
mais recente, desde os primeiros planos do embrionário movimento sionista
anterior a primeira guerra mundial, que a teria fomentado, bem como à
facilitação para a tomada do poder por Hitler, depois ao financiar fortemente a
Alemanha a fim de que se preparasse para guerra, e ao financiamento dos países
do lado oposto para que se endividassem com eles, ao fomento da revolução russa,
ao estabelecimento do comunismo para se opor à democracia vigente e ao domínio
das finanças mundiais pelo estabelecimento de grandes bancos internacionais, o
controle financeiro dos bancos centrais das nações, bem como da ONU e do FMI,
dentre outras organizações.
Estas ações, alinhadas
com a Loja Negra, estariam agora reforçadas por extraterrestres do mal – cujas
provas testemunhais de suas ações e ingerências no planeta já são muitas,
reconhecidas por vários governos, e agora reforçadas pelas declarações e provas
incontestes de ex-astronautas e altos funcionários aposentados dos setores
principais da NASA, à despeito das sistemáticas negativas céticas e suas
peculiares ironias e deboches robotizados pelas forças contrárias. Calcula-se
que de cada dez cidadãos americanos cinco já teriam sido abordados por
extraterrestres do mal e sofrido algum tipo de abdução, que absolutamente não é
nada inconcebível para os ocultistas e místicos que percebem as presenças extraterrestres
através dos inter-planos quando aqueles invasores buscam agir com suas
intenções malévolas”. (R/R)
O mundo de hoje está, não obstante, dividido
em pessoas de más intenções e de grande poder e suas vítimas, além das reações
negativas das nações restantes. Nenhuma nação pertencente às Nações Unidas tem
tratado de desviar a onda do mal, alinhando-se com outras nações a favor da
liberdade. Há somente grupos de homens não iluminados que tratam de controlar
os destinos nacionais. Existe, todavia, uma reação emocional de indivíduos
nacionais, que não são emotivos, porém estão mentalmente convencidos de que
devem seguir certas linhas de atividades conducentes a seu próprio bem individual,
ainda que – de modo geral – não sejam boas para os povos envolvidos (19)
(19) “Conforme vimos nos referindo,
atualmente muitas coisas tomaram novos vultos e direções mais complicadas, e
por força de reações dos homens lúcidos do mundo - muitos que vieram para
encarnações nas últimas décadas - as nações já se esforçam no sentido de tomar
providências conjuntas, firmando e celebrando acordos de ajudas mútuas, como no
combate ao narcotráfico e às outras ações criminosas internacionalmente
organizadas. No entanto, paralelamente aos esforços de controle e saneamento,
as forças contrárias estão sempre alertas e buscam sempre enfraquecer essas
tentativas e providências, corrompendo os próprios homens de governo através de
suas políticas viciadas. Não devemos nos enganar, pois é notório o grande
poderio dessa rede maligna que continua a se infiltrar em todas as áreas de
atividades humanas sem quaisquer exceções, inclusive a religiosa”. (R/R)
Portanto, voltamos aos problemas do plano
astral, ao nível emocional de consciência e a segunda iniciação. Essa iniciação
libera os homens do controle emocional e lhes permite trasladar suas
consciências aos níveis mentais e controlar, desde o ponto mais elevado de
enfoque, suas atitudes emocionais normais e bem integradas. Se lerem novamente
as páginas 282-283 (Tratado Sobre Los Siete Raios – Tomo V), encontrarão as
três notas chaves para a segunda iniciação e sua técnica. Quisera chamar-lhes a
atenção sobre elas, porque nos dão a chave para os problemas mundiais e
indicam, ao mesmo tempo, a solução e o caminho de saída do atual impasse. Essa
três palavras são: Dedicação. Ilusão. Devoção.
A dedicação do aspirante invoca o fogo. Temos
aqui um enunciado de muita importância. O aspirante nos níveis superiores do
plano astral é impelido pelo ’fogo da dedicação’. Isso centraliza imediatamente
sua vontade, se estiver manifestada no plano mental. Então o ‘fogo’ atua
imediatamente e a primeira reação (como assinalamos anteriormente) é a ‘reunião
do fogo e da água’ e, portanto, a produção da névoa, bruma, miragem ou ilusão.
Estas quatro palavras devem ser compreendidas simbolicamente. As miragens assim
induzidas dependem do raio e da etapa da evolução do indivíduo e da nação. É
essencial aprender a pensar em términos mais amplos possíveis. Não me ocuparei
deles. Os indivíduos estão descobrindo rapidamente a natureza de suas ilusões,
uma vez que têm determinado sua ‘intenção espiritual’; também a ilusão nacional
é reconhecida pelos observadores, ainda que raras vezes o façam as nações
envolvidas. O fator que conduz à dissipação da ilusão é a devoção, devoção a um
indivíduo, a um Mestre (como ensina a Sociedade Teosófica) ou a um projeto
idealista. E, finalmente, a ilimitada devoção a seguir o Caminho, a palmilhar o
Sendero a qualquer custo e a indesviável adesão ao serviço, considerada como a
técnica principal do Sendero.
A dedicação dá por resultado a ilusão, que é
dissipada pela devoção – estas são as notas chaves da segunda iniciação. Não
duvidem que o nacionalismo seja o resultado da dedicação a uma posição nacional
e particular e produz as miragens que conduzem às dificuldades mundiais.
Esses três aspectos do desenvolvimento
evolutivo devem ser reconhecidos por todo aspirante; sua existência determina o
lugar que ocupa no Sendero, a iniciação para a qual se está preparando e a
natureza de seu serviço para a humanidade. E qual será o resultado da
combinação destes fatores em nossa própria vida? Principalmente dois:
1. O centro plexo solar é levado, antes de
tudo a um estado de atividade quase violenta e impulsiva. Esta atividade é
induzida pela dedicação, produzindo inevitavelmente ilusão.
2. As violentas energias do centro plexo
solar serão eventualmente controladas pela qualidade da devoção. Esta qualidade
transforma o centro plexo solar num grande centro de distribuição de todas as
reações emocionais e todas as ilusões, convertendo-o temporariamente na causa
do desastre, conflito, dor e angústia.
Como resultado de ambos, se põe em movimento
uma grande agência transformadora, mediante a qualidade da devoção, e o plexo
solar não somente chega a ser um centro distribuidor, senão o fator principal
na elevação das energias ativas, tanto físicas como emocionais, desde abaixo do
diafragma ao centro cardíaco. Diz-se (e efetivamente é verdade) que o período
maior entre iniciações é da primeira para a segunda. Esta verdade deve ser
enfrentada, devendo-se, ademais, recordar-se que de nenhum modo é o período
mais árduo. O período mais difícil para o aspirante sensitivo e sensível se
encontra entre a segunda e terceira iniciações.
Este é um período de intenso sofrimento, de
castigo, por haver aplicado os fatores da miragem e ilusão, ao ver-se envolto
pronunciadamente em situações que, durante largo tempo não se aclaram, e o
assediado aspirante avança firmemente adiante o melhor que pode, impelido por
uma correta orientação e determinação espirituais. Geralmente deve fazê-lo na
obscuridade trabalhando sob a ação da mente lógica e compreensiva, porém raras
vezes sob a influência da inspiração. Não obstante, o bom trabalho contínua. As
emoções são controladas e, necessariamente, o fator mente assume uma
importância acrescentadamente correta. A Luz – vacilante e até então incerta e
imprevisível – aflui ocasionalmente desde a alma, via a mente, aumentando com
frequência as complicações, porém produzindo eventualmente o controle
necessário que conduzirá à liberdade.
Reflita-se sobre essas coisas. A liberdade é
a nota chave do indivíduo que enfrenta a segunda iniciação e seu corolário –
preparação para a terceira iniciação. Liberdade é atualmente a nota chave do
discípulo mundial, e a humanidade exige hoje liberdade de viver, liberdade de
pensar e liberdade de saber e planejar.
A iniciação da Transfiguração, (...) é a mais
importante de todas. De um ângulo particular, está particularmente relacionada
com a quinta iniciação – a Revelação – e com a sétima iniciação – A
Ressurreição. As três são concernentes à
liberação; liberação da personalidade, liberação da cegueira, ou liberação dos
sete planos de nossa existência planetária – planos que se denominam às vezes
os da evolução humana e super-humana. Terão observado que ultimamente tenho
posto ênfase sobre um aspecto da iniciação poucas vezes mencionado até agora –
o aspecto liberdade. O Sendero da iniciação tem sido às vezes denominado o
Sendero da Liberação e sobre este aspecto essencial do processo iniciático
trato de chamar a atenção. Tenho assinalado continuamente que a iniciação não é
em realidade essa curiosa mistura de auto-satisfação, cerimonial e
reconhecimento Hierárquico, como apresentam os principais grupos ocultistas. É
muito mais um processo de trabalho excessivamente árduo, durante o qual o
iniciado se converte no que é. Isto pode encerrar um reconhecimento hierárquico,
porém não da forma geralmente imaginada. O iniciado está acompanhado por
aqueles que o precederam e não é rechaçado por eles, senão visto, considerado e
estimulado a trabalhar.
Esta série graduada de liberações que dão por
resultado o sucesso de uma acrescentada liberação do que tenha ficado para trás
em sua experiência, leva consigo a permissão (dada ou endossada pela alma) para
prosseguir adiante no CAMINHO. Ditas
liberações não são resultado do Desapego, Desapaixonamento e Discriminação. Ao
mesmo tempo, a disciplina fortalece e torna possível o árduo trabalho,
requerido para passar na prova. Estas quatro técnicas (pois essas são) vão
precedidas de uma série de desilusões que, quando são compreendidas e captadas,
não deixam ao aspirante outra alternativa senão seguir adiante até a luz maior.
Quisera que estudasse a iniciação do ângulo
da liberação, considerando-a como um processo de liberdades alcançadas com
grande esforço. Este aspecto básico da iniciação, quando é compreendido pelo
iniciado, vincula sua experiência numa firme relação com toda a humanidade,
cuja luta fundamental é a obtenção dessa liberdade ‘pela qual a alma e seus
poderes podem desenvolver-se e os homens liberar-se devido a liberdade
alcançada individualmente”.
Fizemos questão de reproduzir 99.9% da
íntegra dessas duas digressões e incursões de AAB sob a orientação do mestre
D.K., pelo fato de que as iniciações vistas pelos olhos humanos levam a
considerações vinculadas ao emocionalismo e ilusões criadas pela personalidade,
que é fator grandemente envolvido pelo processo, senão aquela que nas primeiras
experiências iniciatórias seja o objetivo principal. Do ponto de vista do alto,
a visão dos mestres é bem outra porque o processo iniciatório envolve mudanças
de consciências, porém, os resultados que essas mudanças irão gradualmente acarretar
na vida do ocultista, este não conhece, o que lhe pode trazer inúmeras
dificuldades e demora nos passos sobre o caminho pretendido, devido ainda a
viver rodeado pelas sombras de Maia podendo cair nas suas teias.
Esse trabalho do mestre D.K., não vem
desnudar o oculto para mostrá-lo diretamente ao iniciado, porque isso por
muitos fatores não é possível e nem contornável. Além disto, mesmo que a senda
seja uma, os meios que o iniciado irá deles lançar mãos para arregimentar luz e
forças serão vários, dependendo de sua pessoal inclinação, serviços,
determinação, vontade e criatividade – nesse ponto a regra é bastante flexível,
não sendo possível ser conciso numa só direção. É importante considerarmos e
meditarmos sobre as exposições de D.K., por que ele é o mestre sob cuja guarda
e de seus discípulos avançados estão justamente às orientações, ensinamentos e
supervisões dos conteúdos de provas e cerimônias de iniciações do ocultismo nas
fraternidades não sectárias e verdadeiros grupos da Nova Era, de cunhos
realmente esotéricos.
O fato de dedicarmos unicamente espaço para a
primeira e segunda iniciações vem do momento evolucionário que atravessa a
humanidade tanto na realidade dos homens da ciência e daqueles que com ela
levam adiante a renovação dos métodos de ensino e profissionalização, como dos
próprios esotéricos, antigos servidores sacerdotais da humanidade. Inúmeros
esotéricos não têm formação acadêmica superior nem especialização em nenhum
ramo da ciência experimental e laboratorial, mas observam o mundo sob dois
planos – o material e o espiritual - e deles emergem para o conhecimento mais
aprofundado ao desenvolvimento ativo de uma consciência mais ampliada. A
diferença básica e fundamental entre os iniciados do mundo, se assim podemos
nos referir, porque sua grande maioria é ainda inconsciente do processo de
graduação de valores de consciência sob a ótica de um caminho previamente
elaborado pela Hierarquia Planetária, e o discipulado esotérico, é que a
primeira classe trata unicamente dos fenômenos da matéria, e ainda terão alguns
milênios pela frente para conseguir entender sua realidade intra-dependente de um
mundo que começou no espírito do Criador. A segunda classe, dos ocultistas,
contudo, já sabe disto e investiga cada vez mais as origens das energias e
forças ocultas ligadas diretamente à natureza e aos seus efeitos diretos ou
indiretos nos corpos das personalidades e nas suas consequentes ligações com a
alma. Os esotéricos sabem que lutam pela libertação de seus carmas e por suas
evoluções individuais, mas de todas as formas contribuem para o coletivo da
grande irmandade do mundo – a humanidade num plano geral da existência – e a
partir desses esforços e concentrações de energias a humanidade também virá auferir
de benefícios nas suas lutas por um mundo melhor.
A primeira e a segunda iniciações são,
portanto, as que mais de perto nos interessam, principalmente no ocidente, por
isso ficaremos nessas explanações, fechando o tema com um breve quadro
elaborado por D.K/AAB que nos traz, em sínteses, os significados a que incorrem
os candidatos nas iniciações, quando lhes é dado o momento de por elas passar:
Primeira Iniciação – O Nascimento. Liberação do controle do corpo físico e seus
apetites.
Segunda Iniciação – O Batismo. Liberação do controle da natureza emocional e da
sensibilidade egoísta do eu inferior.
Terceira Iniciação – A Transfiguração. Liberação do antigo autoritarismo da tríplice
personalidade, marcando um momento culminante na história de todos os
iniciados.
Quarta Iniciação – A Renúncia. Liberação do próprio interesse e renúncia da vida
pessoal em benefício do todo maior. Até a consciência da alma deixa de ter
importância e é substituída por uma percepção mais universal próximo da Mente
Divina.
Quinta Iniciação – A Revelação. Liberação da cegueira que permite ao iniciado ter uma
nova visão. Essa visão concerne à Realidade que está mais além de qualquer
outra, sentida ou conhecida até agora.
Sexta Iniciação – A Decisão. Liberdade de escolha.
Sétima Iniciação – A Ressurreição. Liberação do aprisionamento da vida fenomênica nos
sete planos de nossa Vida planetária, sendo, na realidade, a “elevação fora do
plano físico cósmico, ou sobre ele”.
Oitava Iniciação – A Transição. Liberdade da reação da consciência (tal como
compreendem essa palavra) e liberação até um estado de percepção, uma forma de
reconhecimento consciente que não tem relação com a consciência, segundo se
compreende dito término. Poderia considerar-se como a total liberação da sensibilidade,
havendo, sem dúvida, pleno florescimento dessa qualidade que denominamos
inadequadamente “compaixão”. Mas não posso dizer.
Nona Iniciação – A Negação. Liberação de todas as formas de tentação,
particularmente no referente aos planos superiores.
Deve recordar-se constantemente (daí minha constante reiteração) que nossos
sete planos são os sete subplanos do plano físico cósmico.
Por Rayom Ra
Obras Consultadas:
- Iniciação Humana e
Solar.
- Os Raios e as
Iniciações (tomos de I a V)
- O Discipulado na Nova
Era (I e II).
- Tratado Sobre Los Siete
Raios (tomos I a IV)
-
A Treatise on Cosmic Fire
- La Educacion en La
Nueva Era
(todos acima de Djwhal Khul e A.A. Bailey)
- Glossário Teosófico –
H.P. Blavatski
- El Cuerpo Causal Y El
Ego – A.E.Powell
-
The Solar System – A.E.Powell
- Lições Práticas de
Ocultismo Utilitário – F.W. Lorenz
- Lês Mystiques du Soleil
– J. M. Angebert
-
Hitler et la Tradition Cathare – J.M. Angebert
- Os Chackras – C.W.
Leadbeater
- A Ciência Secreta –
Henri Durville
- Los Mistérios
Iniciáticos – Henri Durville
- Conceito Rosa Cruz do
Cosmos – Max Heindel
- Dogma e Ritual da Alta
Magia – Eliphas Levi
- O Chanceler de Ferro –
J.W. Rochester
- Enigma Eu – Rayom Ra
- O Monoteísmo Bíblico e
os Deuses da Criação – Rayom Ra
- A Bíblia
Esta obra pode ser reproduzida sem alterações. Solicitamos anotarem os créditos.