INTRODUÇÃO
Esse é o resultado condensado de oito partes
do trabalho anteriormente desenvolvido nas páginas do Arca de Ouro – agora
também revisto e revigorado. Achamos interessante tê-lo novamente num seguimento
natural com as partes sucessivamente encaixadas, e sem a preocupação de
contextualizar com capítulos e subtítulos.
A exposição é uma só, objetivando o Antakarana.
Porém, para não nos determos a um aspecto unicamente técnico, somente coligido
e automatizado, sem outras inserções na existência dessa infraestrutura multidimensional interagente no homem, achamos por bem voltar o tema para algumas
interpolações que ampliam a noção do processo.
O homem, na projeção espaço-tempo, será
sempre um enigma. Admitem os ocultistas que as vidas mais adiantadas viventes
na dimensão em que Deus ou o Logos Criador opera a partir de seu laboratório,
esse enigma já tenha sido desvelado, pelo menos em grande parte. O que sabemos
da Mônada são pequenas parcelas; idem do Grande Plano da Criação, mas sabemos,
no entanto, que quanto mais nos internarmos pelos caminhos da evolução
espiritual, mais e mais esse enigma abrirá véus.
O Antakarana é uma das mais importantes vias,
senão a única que leva aos umbrais interiores e derradeiros do conhecimento e
vivência do Homem Total neste ciclo de consecutivas iniciações. Consideremos,
então, que todos os passos investigativos em direção aos múltiplos aspectos do
Ego são dados sobre as trilhas do Antakarana, e finalmente do Sutratma na sua
mais alta expressão.
Entretanto, dúvidas e questionamentos ainda
emergem. Será mesmo que o enigma do homem se desfará ao avançarmos em
consciência do âmbito da Alma-Espiritual, para o âmbito de Atma e da Mônada? O que sabemos mesmo
é que a trilha deixada pelo Antakarana é um livro onde toda a sabedoria das
idades ali se acha escrita e vencer o Antakarana é vencer o mundo; é conhecer
tudo o que o homem sempre aspirou.
Que
seja. E graças à Fraternidade Branca esse
tesouro do conhecimento oculto iniciático está diante de nós para que
abramos o baú, o leiamos e possamos aspirar a sair da ignorância
parcial, do “Quem Sou EU?”
I
Para seguidores do esoterismo teórico o
conhecimento do Antakarana representa mais um importante subsídio acerca do Ego
e seus vários segmentos estruturais. Conhecer e saber, guardadas as devidas
proporções daquilo ao que temos acesso é importante por que o exercício da
pesquisa obriga a meditar e a reflexionar sobre os diferentes temas, e assim
transportam para outra realidade não alcançada pelos malabarismos comuns do
intelecto voltado às causas unicamente materiais.
Para os esotéricos que nos acompanham,
pretendemos destacar que o Antakarana não é meramente uma figura metafórica,
produto de elucubrações de místicos para justificar certas possibilidades a que
o ser humano esteja incurso em seus diversos estados mentais. Embora todo
esotérico e ocultista necessite saber cada vez mais, desejaria aqui acentuar
que as denominações de esoterismo e ocultismo nem sempre significam exatamente
as mesmas coisas, embora sejam comumente referidas como sinônimos. O esoterismo
é amplo e natural, avança para a ciência concreta e oculta num leque bastante
diversificado, enquanto o ocultismo cuida mais especialmente de verter os
segredos da magia e suas forças, através, basicamente, da prática coordenada
pela experiência. Entretanto, não existe uma demarcação rígida entre um e
outro. Acima dos estágios de aspirante, místico e iniciado menor, o
conhecimento equivale-se por que, ao natural avanço nas iniciações, o
caminhante precisará já estar de posse das principais experiências facultadas
pelos sete raios. Naturalmente falamos do conhecimento acumulado na alma.
Sabemos que a imaginação ocupa papel
preponderante na vida do estudante esotérico, pois todo o conhecimento oculto
necessita ancorar-se na mente mais elevada do investigador e não unicamente nas
limitações de seu intelecto relacionado diretamente com o cérebro físico tridimensional.
Esta é a principal linha divisória que separa o ceticismo do ocultismo, por que
o investigador e materialista cético, de modo geral, é incapaz de usar a
imaginação senão unicamente evocar a racionalidade do cérebro. O cético vive
basicamente de seu cérebro e mente concreta e raramente vai além, recusando-se
a aceitar uma realidade transcendente à matéria, vivendo num círculo fechado,
não desenvolvendo outros canais que ligam a personalidade ao verdadeiro Ego.
Sabe, no entanto, que a origem da matéria como causa é nebulosa para a ciência,
por que a matéria em última instância, não é um princípio – é nada
relativamente – não existindo numa realidade definitiva senão em formas temporais
de energia concentrada. E, contudo, o ceticismo não consegue negar por suas
próprias pesquisas que os elementos ultramicroscópicos do átomo não são
capturados, e nem se sabe exatamente como se apresentam, por que passam
instantaneamente de um estado energético desconhecido para outro, deixando
unicamente rastros de seus trânsitos.
Ainda bem que os maiores segredos do átomo
permanecem por enquanto sob a tutela de grandes iniciados nas leis de Deus.
Pois com o pequeno conhecimento que a ciência dispõe já conseguiu construir
bombas infernais e armas nucleares terrificantes que matam milhares em poucos
segundos, imaginemos se a fera enjaulada nos homens sem Deus e não controlada
por sua ciência já dominasse outros segredos atômicos, o que seria – ou não
seria – da humanidade.
Diz-nos H.P. Blavatsky sobre o Antakarana: “Esse término tem vários significados que diferem em cada seita
e escola de filosofia. Assim é que Zankarâchârya traduz esta palavra no sentido
de entendimento; outros de ‘o órgão ou instrumento interno, a Alma, formada
pelo princípio pensador e o egotismo (ahankâra)’, ainda que os ocultistas o
definam como o sendero ou ponte entre o Manas (mente) superior einferior, o
Ego Divino e a Alma pessoal do homem”.
É sabido que o homem tem uma estrutura chamada material, uma intermediária entre o material e o imaterial e a divina isenta de qualquer formação ou subordinação à matéria conhecida. As três grandes emanações do Logos ao construir os mundos e torná-los o campo das experiências e evolução das vidas, propiciam às correntes de energia e força por Ele direcionadas o sentido involutivo, o de aparente estática e o sentido evolutivo. As vidas trazidas para os estágios de experiências nesse grande círculo de manifestação cósmica do Logos Criador, descem inicialmente de um estado para nós subjetivo – embora já seja objetivo a partir do momento em que o Logos imprimiu seu desejo de manifestar a vida num Plano de Criação – se materializam por inerência de leis fora do real alcance de nosso entendimento, e por um longo período ascendem do objetivo de novo para o subjetivo, operando simultaneamente em ambos os planos. Finalmente, num terceiro estágio, as vidas que se adiantam deixam para trás as leis regentes da matéria e meio do mundo, e se elevam sobre si mesmas para mundos superiores. Em outras palavras, ascensionam.
É sabido que o homem tem uma estrutura chamada material, uma intermediária entre o material e o imaterial e a divina isenta de qualquer formação ou subordinação à matéria conhecida. As três grandes emanações do Logos ao construir os mundos e torná-los o campo das experiências e evolução das vidas, propiciam às correntes de energia e força por Ele direcionadas o sentido involutivo, o de aparente estática e o sentido evolutivo. As vidas trazidas para os estágios de experiências nesse grande círculo de manifestação cósmica do Logos Criador, descem inicialmente de um estado para nós subjetivo – embora já seja objetivo a partir do momento em que o Logos imprimiu seu desejo de manifestar a vida num Plano de Criação – se materializam por inerência de leis fora do real alcance de nosso entendimento, e por um longo período ascendem do objetivo de novo para o subjetivo, operando simultaneamente em ambos os planos. Finalmente, num terceiro estágio, as vidas que se adiantam deixam para trás as leis regentes da matéria e meio do mundo, e se elevam sobre si mesmas para mundos superiores. Em outras palavras, ascensionam.
Essas longuíssimas experiências de muitos
bilhões de anos terrenos, contados desde o nascimento, apogeu e fim de um
sistema solar, somam-se na posterior encarnação do mesmo sistema solar, como é
o caso do nosso. As vidas que não conseguiram alcançar os objetivos traçados
para o primeiro sistema solar, voltaram para este com suas necessidades
duplicadas, uma vez que cada manifestação de um sistema solar traz uma
diferente mensagem que no aspecto evolucionário das almas elas devam
incorporar. Assim, tanto numa como noutra manifestação do Logos, em seus
grandes e menores manvantaras (1)
há um mecanismo de reingresso das vidas com suas origens, considerado um
processo de recordação para o posterior avanço a novos estágios. As vidas que
cumprem os planejamentos traçados pelos mestres raciais avançam no carma,
objetivando principalmente a expansão da consciência e libertação dos liames
aprisionantes da matéria.
(1)
Manvantaras, terminologia oriental, são as manifestações de universos que o
Deus Incognoscível traz á objetividade, mesmo considerando as diversas
dimensões ou diferentes estados da matéria. Há grandes e menores manvantaras.
Aqueles relativos, por exemplo, a um período de 8.640.000.000 anos, representam
somente um dia e uma noite de Brahmâ. Por outro lado, uma idade de Brahmâ ou
uma centena de seus anos divinos iguala-se a 311.040.000.000.000 de nossos anos
terrenos. Um manvantara menor pode representar a manifestação de uma galáxia,
um sistema solar, uma cadeia planetária, etc. (Rayom
Ra)
As três grandes correntes do Logos,
estabelecem os diferentes estágios em que as vidas se acham incursionadas para
a obtenção de suas experiências, sendo o Terceiro Logos o responsável pela
plasmação dos mundos. Nesse estágio, a consciência dos grupamentos de vidas e
da própria matéria em múltiplas formações ainda não se define. Isso somente
ocorre com o trabalho magnético do Segundo Logos que vem formar os reinos desde
regiões muito acima onde atua na matéria chamada elemental, até o mais profundo
da matéria físico-densa representado pelo reino mineral. Daí, já no arco
ascensional, virá edificar os demais reinos, em todos eles anexando suas
qualidades que, basicamente, identificarão a nota crística com seus subtons que
o Logos faz penetrar e externar em todo o sistema solar. Quando as vidas
iniciadas – em transição para o meio do mundo – atinjam a etapa do conhecimento
consciente entre matéria e alma, o Antakarana é mais fortemente ativado, por
ser justamente a ponte entre um estado e outro. Depois, num terceiro estágio, a
presença do Primeiro Logos virá finalmente ativar as vidas de um poder
permanente, o que significa para elas a posse gradual e cada vez maior das
glórias de Deus.
A estrutura básica do homem como
Personalidade, Ego e Espírito, tecnicamente falando, é análoga às
características introduzidas pelas três expressões maiores do Logos Solar. Na
primeira encarnação do sistema solar, o Logos enfatizou a necessidade de as
vidas recém criadas em suas manifestações finitas, desenvolverem o conhecimento
da matéria, o que implicaria também no uso de seus poderes em ambas as
polaridades. Ao mesmo tempo em que se manifestassem no mundo das formas mais
densas, e dele obtivessem seus invólucros, as vidas se aprofundariam nas leis
de regência da matéria estabelecidas pela ação construtora do Terceiro Logos.
Essa necessidade e o posicionamento de muitas
vidas rebeldes às leis naturais resultariam para elas no adernamento das vias
para a ascensão, o estancar de seus momentos evolucionários e o conhecimento da
magia negra. Evidente que as forças cósmicas do mal agiram com maior sucesso
sobre essas vidas estagnadas, devido à imaturidade delas e a falta de um escudo
mais poderoso da alma. Os poderes da personalidade foram exaltados e levados a
ações extremamente eficientes nos confrontos com os opostos, quase se igualando
aos poderes da magia negra desenvolvidos na Atlântida com maior eficiência
pelos mesmos egos em seus retornos ao plano físico, estimulados pelas mesmas
forças cósmicas malignas.
É sabido que os egos implementados pelo
conhecimento e práticas da magia branca, ou negra, trabalham basicamente nos
poderes da matéria física. A magia negra age incorporando os poderes da matéria
em seu arco descendente e negativo. A magia branca, através de seus verdadeiros
magos, mestres do conhecimento, age na matéria com suas forças incorporando
unicamente os poderes da polaridade positiva do arco ascendente. As conquistas
de ambos os lados, no bem ou no mal, impressionam mais pelos resultados
visíveis e rápidos, dando a falsa visão de que os poderes espirituais sejam
exatamente esses – da matéria – e o mais poderoso é aquele que celebra os maiores
resultados tangíveis na forma.
Esse engano foi o principal móvel que levou
milhões de egos à derrocada e os aprofundou ainda mais na ilusão, arrastando-os
pelos caminhos unicamente da via contrária. Mesmo os praticantes comuns
coordenados nos princípios da magia branca, porém imaturos ainda quanto ao conhecimento
da alma e da curva ascensional a que devam submeter às personalidades na
edificação consciente da manjedoura ou gruta para o nascimento da criança,
caíram e ainda caem se afundando nas tentações dos efêmeros poderes materiais e
egolatria. Isso de fato acontece por que amantes dos poderes do
ego-personalidade – polarizados unicamente na magia – se recusam a abandonar a
idéia da conquista de tais efêmeros e ilusórios poderes pessoais, e a morrer
simbolicamente no tempo finito, a fim de renascer sob os verdadeiros poderes
infinitos de Cristo nas iniciações maiores. Como não são Mestres Maiores, agem
muitas vezes em ambas as polaridades, movidos por desejos ou ilusões, mas não
sabendo ainda como compensar ou balancear o equilíbrio dessas forças naturais,
adquirindo carma.
E se não renascem em Cristo, renascem sempre
diante da encruzilhada onde seus adversários da magia negra tomaram a tentadora
via da mão esquerda. Eis a tênue linha umbralina que normalmente desafia os
magistas: cair ou resistir, porém até quando sem Cristo?
Temos assim que no primeiro sistema solar o Antakarana
foi alcançado e conscientemente trabalhado por poucos iniciados, justamente os
de vanguarda e em número bem menor, que teriam vindo de outras cadeias
planetárias com iniciações de oitavas vibratórias acima daquelas externadas
pelas vidas de nosso sistema solar. Quaisquer que tenham sido essas
alternativas, as Hierarquias estabeleciam as metas dos que avançavam bem
adiante da grande massa de egos e passavam a se constituir em seus mestres e
guias.
No atual sistema solar, em nossa cadeia
planetária cujo ponto focal e principal é a Terra, a vinda de Cristo
estabeleceu indelevelmente para toda a humanidade a definitiva linha
demarcatória entre os que se mantinham internados nos poderes físicos da
matéria e os que buscariam desenvolver os poderes do Cristo Imanente. A
novíssima mensagem traria o significado único de que num andamento bem mais
rápido do que os avanços de milênios até então, a oblação à Cristo
proporcionaria a bilhões a visão e experimentação de um mundo espiritual antes
desconhecido. A criança nasceria nos estábulos do mundo, em qualquer lugar, sob
quaisquer raças ou culturas. Cresceria e traria o ego-personalidade a seguidos
embates e derrotas para dar lugar ao homem do meio do mundo, morador em dois
campos simultâneos: o da matéria e o do espírito, sob a tutela de um ego
pensador, uma alma dentro de outra alma, descrita na filosofia oriental como o
Antakarana ou ponte entre dois mundos.
II
Para uma ideia mais aproximada possível do
que seja a figura do Antakarana e suas elevadas funções, não basta tão somente
fazer-se uso da filosofia hermética, atendo-se a algumas máximas repetidamente
coletadas de outros autores. Ao desejar que o Antakarana represente algo - além
de um item a mais do conhecimento esotérico - é necessário então meditar por
algum tempo sobre sua existência no sentido de que esse esforço, configurado na
própria energia do praticante, venha de fato preencher mais uma lacuna no conhecimento do gênesis
da alma. Nessa aplicação pessoal, o caminho mais eficiente é o da imaginação
trabalhada em dois níveis principais: o da personalidade, segundo seus
aprofundamentos, e o da alma propriamente, embora seja preciso, além do
esforço, uma determinação mais acentuada porque no início esse entendimento é
bastante nebuloso e não se chega às suas bases com facilidade. Entretanto, pela
frequência com que reflexione e medite, o esotérico avançará mentalmente para a
ponte que liga às duas manifestações do Ego e por essa persistência certamente
virá colher algumas reações das correntes de energia e força que
automaticamente evoca. É sabido que, sob as luzes e normas do esoterismo, o
exercício da imaginação sobre um determinado tema, conjugado à reflexão ou
meditação, aproxima conscientemente, despertando, cada vez mais, o conhecimento
intuicional do assunto e de sua realidade.
Não obstante, para aquilo que diretamente
estamos aqui tratando, um retrospecto se torna necessário no que concerne a
natureza da alma para melhor nos situarmos com o Antakarana. Recordemos algumas
definições e ampliemos outras:
“A alma é o filho de Deus, o produto da união do espírito com a matéria” (D.K.)
Essa tradicional definição nos remete ao condicionamento da energia-alma tanto nos planos intermediários, quando o ser em evolução já começa a dissolver suas ligações com “o filho do homem”, como aos planos superiores no instante em que a vida se prepara para assumir sua identidade como “o filho de Deus”. Esse comentário pode parecer excessivamente ortodoxo e enigmático, algo bíblico, porém retrata as vias por onde todas as Mônadas passam ou um dia haverão de passar. O filho do homem é a alma terrena – o eu personalidade – ao passo que o filho de Deus é a Alma-Espiritual já sob o domínio da tríade superior em atma-buddhi-manas. Entre um e outro se situa o Antakarana que cumprirá o seu papel enquanto a chama imortal – a essência das essências, o princípio, o meio e o fim da manifestação-vida integrada – se descartará de todos os seus invólucros que constituem todas as suas almas. O exemplo mais eloqüente desse avanço está no homem Jesus – a personalidade unificada – que simbolicamente morreu na cruz, voltado para o Cristo mais acima que representa e se constitui na expressão integral da alma externa e interna do próprio homem. Então o Antakarana, cumprida a sua existência como a ligadura entre o abaixo e o acima, volta-se também e completamente ao corpo causal ou alma cristificada.
“A
união do espírito com a matéria resultou inicialmente numa alma universal,
anima mundi, que detém todas as unidades de vida em todos os reinos, num véu
único de matéria e consciência em diferentes graus de manifestação. Anima mundi
podemos considerar como a própria existência da Mãe do Mundo, porque dela
emergem todas as almas que povoam os sete mundos. Em Akaza ou Aether dos
gregos, anima mundi, a substância original imaculada em seu princípio de
existência, está associada à Mãe Cósmica ou Virgem Maria, sendo o impulso que realiza
no éter. Essa substância virginal, conhecida pelos orientais por Mulaprakriti,
permaneceu e permanece em seu manancial saída de Parabrahman ou Deus
Incognoscível, como o princípio do Deus feminino” (Rayom
Ra).
“A palavra alma emprega-se também para
designar a soma total psíquica – o corpo vital, a natureza emocional e a
substância mental, mas é também mais do que isso, uma vez que se chegou à etapa
humana; constitui uma entidade espiritual, um ser psíquico consciente, um filho
de Deus que possui vida, qualidade e aparência, uma manifestação única; em
tempo e espaço, das três expressões da alma que acabamos de definir:”
1. “A alma de todos os átomos que compõem a
aparência tangível.” – portanto o corpo físico biológico (r/r).
2. “A
alma pessoal ou a soma total sutil e coerente, a que chamamos Personalidade,
composta dos corpos sutis etérico ou vital, astral ou emocional e o mecanismo
mental inferior. Esses três veículos têm semelhanças com os do reino animal no
que respeita à vitalidade, sensibilidade e mental potencial; com o reino
vegetal no que se refere à vitalidade e à sensibilidade e com o reino mineral
no que respeita à vitalidade e sensibilidade potencial.” – portanto o ego
inferior (/r/r).
3. “A alma é também o ser espiritual ou união
da vida e da qualidade.” – portanto o ego superior (r/r).
E, “Quando se estabelece a união das três
almas, assim chamadas, temos um ser humano.” – portanto, a
perspectiva do Homem Total (r/r). (Minha Alma Sua Alma - Rayom Ra – D.K.)
Essa
pequena amostra já nos dá a idéia do grau de dificuldade para se conhecer
virtualmente a alma, senão por experimentações ou diretamente pela intuição,
mas nesse último caso, quando se detém o alcance de suas perspectivas pelo
alinhamento correto através de seguidas considerações, reflexões, meditações ou
apropriadas pesquisas. Tecnicamente, no entanto, podemos nos sair melhor quando
entendemos o que sejam as tríades e os três setores que compõem a totalidade do
ser humano acima referidos, tais como; 1. Alma-espiritual. 2. Entidade
intermediária. 3. Um ser também tríplice. Esse último, organiza-se com um
princípio intelectivo, com um princípio sensitivo emocional e com um princípio
etérico-físico encarnado no seu reino, chamado na tríplice totalidade de
personalidade ou ego inferior, cujo habitat ele precisa conhecer e transformar
para poder crescer e tornar-se numa entidade integrada e autoconsciente.
Basicamente, a manifestação-vida conhecida
genericamente por homem, é formada dos seguintes princípios temporais, idealizados
pela Mônada e tomados respectivamente das leis aplicadas a cada mundo ou plano
no que concerne à matéria segundo as estruturas, rotações e vibrações de seus
átomos.
Para a constituição das tríades que darão a formação
dos corpos do homem, a Mônada trabalha com seus dispositivos hierárquicos. Os
planos do universo onde se acha instalado e em plena manifestação o nosso
sistema solar, são sete. O esquema a seguir representa veículos que a entidade
homem vem possuir, retirados de cinco planos construídos e trabalhados pelo
Logos, embora com desdobramentos, pois o plano mental é um só, porém sob dois
aspectos, e o plano etérico é também considerado físico. Os dois outros mundos
conhecidos são o plano Adi e o plano Anupadaka segundo a terminologia oriental.
A Mônada
Divina Incriada ou Espírito
--------------II--------------
Corpo
Átmico – Espiritual
Corpo Búdico – Intuicional
Corpo
Manas – Mental Abstrato
Corpo
Manas – Mental Concreto
Corpo
Astral – Emocional
Corpo
Etérico – Éteres
Corpo Físico – Matéria
------------------------------
Diagrama I
(Rayom Ra)
O plano Adi, é a residência do Logos, onde o
Logos estabeleceu o Laboratório para suas atividades a fim de reger os mundos
por Ele mesmo construídos com a matéria universal. Neste plano ou mundo, as Mônadas
aqui também se encontram, tendo vindo à existência com o próprio Logos,
estabelecidas sob sete variações básicas ou raios. As Mônadas também chamadas
de espíritos puros conhecem os propósitos do Logos Criador, vindo se constituir
de imediato numa Hierarquia operante em favor do Grande Plano da Criação. Por
motivos que desconhecemos, as Mônadas não podem descer além do plano
imediatamente inferior – Anupadaka – ali se estabelecendo para seu trabalho.
Cada manifestação-vida, trazida a esse
sistema solar para evoluir dentro dos parâmetros firmados pela inteligência e
necessidade do Logos é uma Mônada na sua origem. Os bilhões de Mônadas e o
Logos na sua generalidade necessitam obter experiências destes mundos criados,
para avançar em consciência e poderes, mas devido às leis cósmicas e condições
irremovíveis, as vidas, elas mesmas, precisam tomar para si as rédeas do
progresso sob todas as condições e poderes dimanados pelo Logos Criador. Isso
leva às vidas monádicas a buscar o conhecimento de seus habitat, de si mesmas e
de suas origens sob os múltiplos e enganadores véus tecidos pela natureza. As
vidas ao avançar para a autoconsciência começam a entrar num estágio mais
dinâmico do processo evolucionário, mas ao mesmo tempo pleno de percalços, pelo
fato de poderem trabalhar com certa desenvoltura com polaridades duais. O
conhecimento das potencialidades dos reinos quer sob a experimentação
científica com o móvel objetivo quer pelo desnudamento dos véus de uma ciência
oculta, trazem o homem para campos aparentemente opostos, sob parâmetros e
visões de ângulos diferentes.
Os verdadeiros avanços das vidas no processo
evolucionário não caminham necessariamente com a ciência material como muitos
supõem. Os caminhos desta ciência são resultados das necessidades naturais para
amparar material e socialmente as vidas e alavancar o processo da polarização
mental. Os caminhos espirituais não se fazem dependentes da ciência e sua
tecnologia, estas no máximo auxiliam, mas em nada determinam. Bilhões de vidas
encontraram seus verdadeiros caminhos ao longo da história sem os confortos
modernos, ao passo que muitos homens da ciência, e os seguidores de suas
irreverentes premissas e axiomas, sendo reconhecidamente capazes
intelectualmente, estancaram espiritualmente ante as metas estabelecidas pelo
processo evolucionário. Pois na medida em que exploram as inesgotáveis fontes
da matéria com ela se polarizam muito além do necessário e com ela cada vez
mais se identificam, bloqueando as vias sensíveis de seus egos, afastando-se da
fonte única e espiritual da qual são originários, e que necessitam reconhecer
para nela avançar internamente.
Hoje há
enormes enganos sobre a questão da evolução sob os aspectos religiosos,
esotéricos e científico tecnológico. O homem afasta-se da sua simplicidade ao
redescobrir as intermináveis vias das pesquisas de um universo microscópico e
paralelo, conceituando em todas as minúcias possíveis as descobertas como novas
e redentoras. Os impulsos da ciência atual são assustadores por estarem
manipulados pelas mãos de homens despreparados espiritualmente que visam um
caminho estritamente material.
Os parâmetros se invertem e a ciência cética
acusa os homens do espírito de retrógrados e responsáveis pelas misérias
humanas que a história oficial testemunhou. No entanto, os caminhos iniciáticos
do espírito são os verdadeiros e em certas proporções os das religiões, por que
nada restará do mundo quando a ambição do homem dominar todos os postos das
poderosas organizações quer sejam elas reconhecidas como úteis e filantrópicas
ou não. Já se esgotou o tempo de o homem moderno ter acabado com as misérias
humanas sob abismais diferenças sociais e raciais por que há recursos
monetários sobrando e tecnologia suficiente para vencer muitos dos agudos
desafios. Mesmo com todas as pesquisas inúteis de centros tecnológicos
especiais que gastam fábulas astronômicas e pouco produzem, bem como de
experiências com foguetes espaciais que consomem inacreditáveis recursos, e por
tantas outras pesquisas desnecessárias sumamente dispendiosas, sobram economias
para transformar o mundo, estabelecer melhores metas para todos os povos e
instituir um controle racional e humano da natalidade. A ciência também é de
Deus!
Não vamos nos aprofundar nesse tema, já
trabalhado noutros textos de nossa autoria para não fugirmos do cerne deste
assunto. Entretanto, as alusões não foram ao acaso por que o Antakarana e o que
a ele envolve, representam para a humanidade avançada a sinalização de uma
vertente que conduz à libertação de todas as limitações. Quando a humanidade
compreender de fato que todos os recursos para seu autoconhecimento e
felicidade estão dentro dela mesma, embora vivendo em dois mundos, poderá
usufruir do potencial da matéria através da verdadeira ciência sem apegos,
ambições e perigos.
III
Em
nossa obra “Minha Alma Sua
Alma, Parte II” (ver partes I e II no Arca de Ouro, clicando abaixo), expomos o seguinte:
https://arcadeouro.blogspot.com/2016/07/minha-alma-sua-alma-1.html
https://arcadeouro.blogspot.com/2016/07/minha-alma-sua-alma-2.html
https://arcadeouro.blogspot.com/2016/07/minha-alma-sua-alma-1.html
https://arcadeouro.blogspot.com/2016/07/minha-alma-sua-alma-2.html
“Já a construção elaborada pela humanidade é
um produto de grande soma de energia e vontade coletiva, levado a cabo por
todas as aspirações superiores e sistematicamente trabalhadas pelas mentes de
intelectos acurados e sublimações de almas avançadas que conduzem as demais nos
diversos processos investigativos de autoconhecimento, aspirações religiosas e
científicas”.
Desejamos esclarecer uma vez mais que o Antakarana
é de todos, mesmo construído individualmente pela ação de cada Mônada. Nessa
empreitada, as Mônadas contam com o auxílio das Hierarquias Criadoras no
sentido de habilitar o homem com veículos e linhas de forças que possibilitem à
consciência responder adequadamente às experiências individuais. O homem jamais
existiria não fosse através de seu coletivo. Assim também são as Mônadas, como
são as almas. As vidas monádicas, nascidas com o Logos Solar no grandioso Plano
da Criação, incorporam diferentes atributos e qualidades. As Mônadas pertencem
a sete principais variações, naturezas ou raios estando separadas unicamente
por véus. Quando o homem manifestado no seu reino natural age e reage em busca
de pessoais necessidades, ele estabelece continuadas correntes de energia nos
seus veículos, que com o tempo virão formar uma personalidade cada vez mais
responsiva e fortalecida em si mesma. Entretanto, suas energias inatas e forças
concentradas estabelecem instantâneos contatos com outras que mesmo com
diferentes inclinações se desenvolvem juntas num grande campo energético ou
alma humana coletiva.
Porém, onde se localiza esse campo energético
e de forças coletivas? No interior de círculos concêntricos girantes, onde ali
se plasmam as ideações dos arquétipos ou modelos trabalhados pelas hierarquias
para a concretização e atendimento segundo as necessidades do Plano. Embora com
muitas colorações há um só contexto evolucionário para as vidas aprisionadas em
corpos objetivos conscencionais, sejam eles corpos biológicos densos ou de
matéria sutil. Isso pode parecer cada vez mais intrincado por que nossos
sentidos observam a natureza por partes, por múltiplas unidades de vidas em
grupamentos afins e mais ou menos afins, e nem sempre como uma vertente única
que vem prolongada até o plano tridimensional.
O homem está mergulhado nesses planos ou
modelos girantes circunscritos aos seus respectivos círculos de presença e
vida, e todos se acham limitados a um circulo maior e mais abarcante chamado no
ocultismo moderno de “círculo não se passa”. Na medida em que as vidas dos
reinos avançam em suas experiências – simplesmente vivendo e transformando – em
cada plano ressoam suas notas vibratórias que se sintonizam, não obstante
possuir cada uma a sua própria síntese. Assim, toda a natureza canta e vibra e
todos os planos detêm subtons em seus respectivos subplanos.
Essas ações de reinos não são independentes
das forças e energias cósmicas que penetram e permeiam os planos ou mundos,
embora por si mesmas gerem e imprimam atributos de consciência que “anima
mundi” estimula a desenvolver nos átomos dos reinos. Mediante isso, reagem
automaticamente os corpos das personalidades em seus campos de atividades
físicas, emocionais e mentais, dentro de seus padrões de comportamentos por
faixas vibratórias nesse grande complexo de energias polarizadas nos
arquétipos.
O homem, em todos os seus corpos de
manifestação, que no conjunto edificam uma personalidade, possui cordões de
finas e delicadas tessituras criados com matéria que se ajusta a cada corpo e
transcende os seus limites, passando de um para outro corpo a conduzir
energias. Agem, nessa geografia interna, em várias direções, e rigorosamente de
cima para baixo e em sentido inverso. Os vários de seus segmentos tomam
diversos nomes nas terminologias do ocultismo, o que em nada atrapalha ao
entendimento de seus trabalhos pelos estudantes de todas as raças.
Dessa maneira, a humanidade, mediante seus
próprios esforços, vem desenvolvendo e transformando esse grande campo de
energias e forças numa casa ou abrigo onde opera o gênero humano. Entretanto, o
momento evolucionário que atravessamos, exige a identificação dos diversos
coletivos do mundo com padrões já bem definidos. Esses padrões integrados aos
egos atrelam os coletivos afins numa faixa mental que precisa ser estendida e
ampliada com objetivo de atingir estados de consciência mais elevados. O
processo, nesse ponto, então exige a construção de uma ponte para o traslado.
Entretanto, o percentual geral da humanidade avançada não é desperta ao fato,
estando ainda inconsciente dessa necessidade, por desconhecer e não saber
trabalhar essa passagem do Antakarana senão num sentido único mediante
força e pressão natural da vida. Assim, até chegar a esse despertar para a
construção final da ponte virá decorrer muito mais tempo do que se trabalhasse
desde logo atenta e conscientemente. Já os iniciados no ocultismo, que avançam
no Plano com posturas de alerta e conhecimento gradativo, precisarão trabalhar
a edificação da ponte individualmente com exercícios práticos, o que lhes
demandará, como sempre, imaginação, articulações mentais e apropriadas
disciplinas.
“A estrutura do Antakarana está indissociada
ao Fio Sutratma, aos átomos-mestres ou permanentes e ao corpo causal do ego.
Sabemos que as Hierarquias Criadoras edificaram os corpos de manifestação das
mônadas a partir do mundo de Atma, anexando a uma ligadura ou Fio Sutratma um
átomo básico com poderes de atrair e magnetizar outros átomos de seu mundo e
constituir corpos segundo a ideação cósmica para o homem. Esse processo foi
repetido por todas as Hierarquias de cada mundo com relação às respectivas
matérias e assim as estruturas do ego superior e do ego inferior permaneceram
até que o homem viesse à encarnação e passasse a dinamizar esses veículos e
assim começasse a despertar e se reconstruir segundo seu conhecimento da
matéria e de sua própria vida.
Desse modo, o Antakarana é um elemento
que liga a mente inferior, através de uma unidade especial chamada unidade
mental, vitalizante da mente concreta, ao átomo de manas, construtor da mente
abstrata, passando a formar um triângulo com o corpo causal ou loto egóico em
sua constituição também tríplice”
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A existência das Mônadas e suas necessidades
de obter experiências num sistema solar que veio à manifestação através de um
Logos estão associadas a algumas das revelações dos mestres mais adiantados do
ocultismo. Por que as Mônadas não puderam descer, elas mesmas, aos mundos que
ajudaram a construir sendo obrigadas a criar artifícios a fim de deter
experiências e sensações de mundos mais densos?
O mistério parece estar somente mais perto
das mentes que alcançaram altas iniciações, pois já trabalham próximas ao Logos
nas consecuções do Grande Plano. E saberiam as Mônadas também a isso responder?
Essas questões nos levam a outras questões e a outras, mas nunca a respostas
definitivas e completas.
“As Mônadas procederam do Primeiro Logos e
são também chamadas de “’Chispas do Fogo Supremo”. A elas assim se refere a
Doutrina Secreta, relativamente ao ‘catecismo oculto’.
- Levanta
tua cabeça, Ó, Lanu! Vês uma ou inumeráveis luzes acima de ti, ardendo no céu
escuro da meia-noite?
- Eu
percebo uma chama, Ó, Gurudeva: vejo inumeráveis e inseparáveis centelhas que
nela brilham!
A chama é
Ishvara em Sua manifestação como Primeiro Logos; as chispas não separadas são
as Mônadas humanas e outras. Há de se notar especialmente as palavras ‘“não
separadas’”, pois significam que as Mônadas são o próprio Logos”. ( O Monoteísmo Bíblico...- Rayom Ra).
As Mônadas seriam oniscientes do Plano da
Criação por estarem ou existirem na inerência do Logos, mas não oniabarcantes
por não poderem abandonar seus redutos para penetrar e conhecer de perto a
todos os mundos inferiores e suas relações com as diferentes vibrações da
matéria. E muito menos se identificar com a matéria. Para esse mister, assim
que o Logos manifestou-se com o sistema solar, as diversas Hierarquias
operantes cada uma num dos sete mundos, se estabeleceram para levar adiante o Plano
da Criação, auxiliando as Mônadas a construir seus artifícios, ou seja, o homem
na sua totalidade finita. Esse acontecimento nos leva a outra ideação
justaposta ao Plano de nosso Logos Criador para Lhe dar amparo e sustentação,
sem dúvida provinda de outro Logos ainda maior e com poderes superiores -- o
Parabrahman ou Logos Cósmico!
Não entendamos, porém, que as Mônadas não
estejam presentes e nem sejam auferidoras das experiências comuns ou das
significativas na matéria. Esse mistério aos poucos já vem sendo desvelado
pelas investigações mais recentes. Sabemos que as Mônadas conseguem irradiar de
suas vidas aos mundos inferiores, sob vários recursos, e deles buscam auferir,
embora nem sempre consigam os resultados almejados devido à relativa autonomia
dos egos nas escolhas de seus próprios caminhos. Uma Mônada se liga aos planos
ou mundos inferiores pelo conduto de um cordão principal chamado pelos
orientais de sutratma, conforme já vimos. As Mônadas, sendo de sete tipos
segundo cada um dos raios, penetram e imprimem suas energias por toda a
natureza, possuindo três aspectos principais, que são comuns e inerentes ao
próprio Logos. O Logos ao criar o sistema solar se manifestou sob seus três
aspectos reconhecidos pelos gnósticos e esotéricos como Primeiro, Segundo e
Terceiro Logos, traduzidos para o nosso entendimento como
Vontade-Sabedoria-Inteligência Ativa. Esses mesmos aspectos as Mônadas também
possuem, irradiando ou refletindo para os planos abaixo sob energias e forças
traduzidas por Vontade Espiritual-Intuição-Mente.
Nesses dispositivos engendrados por um
gênesis infinitamente distante das premissas da ciência material, o homem é
edificado para obter o conhecimento dos mundos e da divindade de que é
portador. Ao término do ciclo de seu aprendizado, a Chispa Divina que nele
habitou no mais recôndito de seu ser e nas suas estruturas mais externas, se
recolhe de volta e definitivamente ao Pai nos Céus – a Mônada indissociada do
Logos Criador. Nessa viagem de ida e volta, a Chispa Monádica enriqueceu o
aspecto mais inferior do homem, envolto sob as vestiduras da Personalidade
Terrena, libertando-a da prisão da matéria. Depois, a abandonou em troca da
sublime Luz da Alma Crística, deixando, mais tarde, a Alma
Crística ser crucificada pela sua própria Sabedoria e serviço à natureza e
humanidade, vindo reinar absoluta e liberta como Alma-Espíritual, nas
glórias do Tríplice Logos, sobre os mais profundos segredos e mistérios da
criação.
Pelo Sutratma, a Mônada desvenda os segredos
dos mundos e pelo Sutratma o homem adquire a Luz da Alma que o eleva até onde
virá dissolver-se na Chispa Monádica, mergulhando no oceano infinito de
inextinguível sabedoria e paz. O Sutratma é, portanto, o elo indissociado do
homem com Deus e através da criação do Antakarana mental, fortalecido pelos
demais elos ou ligaduras nas fisiologias de seus corpos, ele ascende pelo mesmo Sutratma que o criou.
“Portanto, o sendero da vida se estende da
mônada à personalidade, por conduto da alma, sendo esse fio da alma uno e
indivisível. Imparte a energia da vida e se ancora finalmente no centro do
coração humano e em algum ponto focal central em todas as formas da expressão
divina. O fio da consciência (Antakarana) é o resultado da união da vida e
substância, ou das energias básicas que constituem a primeira diferenciação em
tempo e espaço, o qual produz algo diferente que só emerge como uma terceira
manifestação divina, depois de ter havido a união das dualidades básicas” (D.K./A.A.B).
“Sutratma, literalmente ‘Fio do Espírito’; o
Ego Imortal, a Individualidade que se reencarna no homem vida após vida, na
qual suas inumeráveis personalidades estão enfiadas como contas de um rosário
num cordão. É o fio prateado que ‘se reencarna’ desde o princípio ao fim do
manvantara, trazendo em si mesmo as pérolas da existência humana, ou em outros
termos, o aroma espiritual de cada personalidade que segue de um extremo a
outro da peregrinação da vida” (H.P.B.).
IV
“Do
luminoso oceano de Atma se desprende um fino cordão de luz, separado do resto
por uma película de matéria búdica; desta emerge uma chispa que se encerra numa
envoltura em forma de ovo, de matéria pertencente aos subplanos sem forma do
plano mental (1). A chispa destacada
da Chama pelo fio mais fino de Fohat (2)” (O
Livro de Dzyan).
(1) A citação não deve ser entendida unicamente em relação ao Plano
Mental Superior, ou Manas Superior, onde não haveria corpos de manifestação,
pois é sabido que nos mundos superiores à Manas, as vidas chamadas Arhat e
Asekha, por exemplo, os organizam com as mentes. A designação Arupa é oposta a
Rupa que subentende esta última, um veículo, um revestimento ou corpo (Rayom
Ra).
(2) Fohat foi
o primeiro princípio do qual o Logos se utilizou para estabelecer condições
apropriadas à matéria pregenética. Todos os demais princípios que vieram após e
adicionaram particularidades à matéria, derivaram-se de fohat. Fohat é o fogo
elétrico que produziu dois outros fogos que se entranharam na matéria e que
passaram a participar indissociavelmente de sua natureza. Não há matéria que
não conduza a presença ígnea de fohat. Assim, o fogo (a luz) foi o primeiro
elemento a surgir do caos para vir participar da construção dos mundos. Fohat,
na realidade, não é somente um princípio, como são os sete princípios cósmicos
que o Logos introduziu na matéria do universo, pois neste caso, fohat seria um
oitavo princípio. Fohat é mais do que isto. É, em síntese, a raiz de todos os
demais princípios emanados do Logos, pois fohat realiza na matéria cósmica
diferenciada a sua verdadeira alma energética, através do eterno fogo que faz a
matéria fusionar. (Considerações Sobre a Criação – Rayom Ra)
Conforme vimos, Sutratma é o fio da vida que
se estende desde o plano de Atma, pela irradiação da Mônada em Anupadaka, até
ao mundo físico. Como a Mônada possui três aspectos que são: Vontade-Sabedoria-Atividade
(resultando na tríade espiritual em: Vontade Espiritual-Intuição-Mente) eles
serão trabalhados na matéria dos três planos imediatamente inferiores ao
Anupadaka, pelas Hierarquias Criadoras.
Desse modo, a Hierarquia operante em Atma
aprisionará um átomo deste plano, magnetizando-o e o anexando ao Fio Sutratma,
imprimindo neste átomo os atributos do aspecto vontade (vontade espiritual) da Mônada. O
mesmo acontecerá em Buddhi sob a influência do aspecto sabedoria (intuição) e em
Manas Superior em relação ao aspecto atividade
(mente) irradiado pela Mônada. Daí virá se formar a tríade superior
ou tríade espiritual, Atma-Buddhi-Manas, em sentido de descenso do Fio Sutratma.
Devemos
assinalar que os átomos respectivos aos três planos citados em nada se parecem
com os átomos químicos estudados e trabalhados pela ciência acadêmica material,
uma vez que aqueles são de contexturas superiores, têm diferentes movimentos e
se caracterizam por sua enorme facilidade nos seus trânsitos, em agregar-se ou
desagregar.
Os átomos anexados ao Sutratma conformadores
da tríade superior são chamados no esoterismo moderno de átomos permanentes,
átomos vidas, átomos principais, átomos mestres, etc. A energia com que foram
magnetizados, através da alta ciência empregada pelas Hierarquias Criadoras,
deixou em suas contexturas a memória de um protótipo universal que dará
formação aos corpos que as vidas possam futuramente utilizar. E uma vez
magnetizados, aqueles átomos têm o poder de atrair outros átomos de seus
respectivos planos para formar os corpos com cujas aparências as vidas desejem
se manifestar.
Esquema Simplificado da Tríade Superior
O -- Átomo
de Atma
| - Sutratma
O -- Átomo de Buddhi
| - Sutratma
O -- Átomo
de Manas
Diagrama II
(Rayom Ra)
Ao exemplificarmos a tríade superior e
adentrarmos em algumas informações a respeito desses planos mais elevados,
pouca utilidade teremos para nosso estudo uma vez que a maioria dos esotéricos
e pesquisadores da ciência oculta está ainda centrada na personalidade.
Entretanto, como veremos mais adiante, noutra parte deste trabalho, o Sutratma
e o Antakarana estão interligados, tanto nos aspectos inferiores, onde se
constrói a ponte entre o mental inferior, o superior e a alma, bem como numa
ligação direta entre o que está acima e o que está abaixo, entre a Mônada e a
personalidade.
Até certo estágio da evolução do ser humano
os três setores que o estruturam no espaço-tempo não estão em direta comunicação
e simultânea atividade, senão através dos mecanismos do subconsciente, ou não.
A personalidade vai se tornando uma estrutura bastante poderosa durante seus
percursos no mundo através dos milênios, até que se aproxime de um novo momento
cíclico, quando perderá grande soma de poder em prol da Alma. As leis da
natureza que se refletem em todas as coisas criadas para evoluir obrigam as Mônadas
a avançar sempre com suas criações. Isso acontece também com a personalidade
humana. Algumas Mônadas, no entanto, perdem o controle temporário quando as
personalidades permanecem empedernidas, vindo se tornar necessário a
articulação de artifícios extras – quando conseguem – para novamente trazê-las
de volta ao adestramento e alinhamento com suas potencialidades espirituais.
O
grande perigo acontece quando a personalidade desenvolve em demasia seus
próprios conceitos sobre o materialismo, trancafiando-se em valores pessoais,
criando uma verdadeira carapaça com a matéria mental inferior, impenetrável
pela luz da alma em níveis conscientes ou subconscientes. Então nada é possível
se fazer em termos de avanços ao Antakarana enquanto esses obstáculos não sejam
removidos. Essas personalidades de poderosos intelectos, por livre arbítrio
adernadas do processo evolucionário espiritual, constituem as grandes
obstaculizadoras dos avanços da luz da alma entre os povos, pois devido sua
desenvolvida inteligência transitam com facilidade por todos os setores dos
organismos e estruturas sociais. E é no setor do ensino que se dá sua maior
contribuição destrutiva, pois convencem as mentes jovens com teorias e
elocuções pragmáticas que exaltam o concretismo da ciência e a lógica da
filosofia materialista. E por aparente paradoxo, as religiões e organizações
ocultistas demonstram também existir em suas hostes, percentuais consideráveis
desses tipos mentais obsessivos que materializam o espírito.
O processo evolucionário vem acontecendo para
toda a humanidade em todas as nações ou raças indistintamente. Quando um ego já
percorreu 2\3 de sua caminhada ele está habilitado a entrar no estágio mais
inferior do conhecimento oculto dos mistérios da vida e vir a entender sobre
sua pessoal existência como entidade humana. Esse é na realidade um pré-estágio
de sua aspiração consciente e despenderá algumas vidas para sedimentar os
conhecimentos básicos em atividades correlatas, trilhando ao mesmo tempo um
caminho paralelo de provações, agora sob o amparo e orientação da Hierarquia
dos Adeptos que vela pela humanidade. Tendo constância, o iniciante começará a
encurtar a necessidade de outras experiências através de cansativas encarnações
uma vez que passa a trabalhar de maneira mais direta e disciplinada, lapidando
conscientemente o ego e reunindo melhores qualidades.
A humanidade avançada segue atrás em seus
lentos processos do conhecimento limitado da alma. A ciência com suas
conotações materialistas atrai imensos coletivos e os exercita mentalmente para
seus desempenhos profissionais. No entanto, não é tudo o que a humanidade
necessita para verdadeiramente evoluir como alma conscientizada num mundo de
personalidades. Pois com pragmatismo científico, descobertas e facilidades
tecnológicas, essas introduções modernas não suprem ao grande vazio que se
instala no íntimo das multidões clamantes por uma realidade interna verdadeira.
Nesses tempos atuais em que os valores se
chocam e se debatem e mediante as claras necessidades de muitos milhões, a
ciência materialista por sua incapacidade de atenuar os sofrimentos da alma
mundial, e não conseguindo deter a pressão recorrente e orientada por um
processo evolucionário que não compreende, vem deixando grandes brechas para a
entrada de alguns segmentos da ciência de antigos ocultistas e iniciados,
principalmente orientais. Isto representa um grande avanço para o entendimento
da humanidade sobre as curas de certos males físicos, emocionais e mentais
conectados com a realidade da alma, quer os mais arrogantes e ortodoxos da
ciência materialista admitam ou não.
Quando o entendimento da construção do Antakarana
ou “ponte arco-íris” é administrado e visualizado pelos estudantes conscientes,
há reações bem mais intensas nas suas linhas de comunicação, pois o Antakarana
precisa ser trabalhado pela personalidade nos vários segmentos que conduzem os
fluxos de energias para os três principais setores que edificam o homem total.
A orientação para a construção consciente da ponte entre o mental inferior e o
mental superior, precisará, no entanto, vir precedida da desobstrução dos
condutos que se espalham nos corpos etérico, astral e mental da personalidade.
Em determinados pontos, esses condutos se ligam ou se transpassam, levando
energias de um para outro corpo, conforme já fizemos referência noutra parte
desse trabalho. Como se sabe, a personalidade é constituída de quatro corpos ou
veículos: o corpo físico, o etérico, o astral e o mental, ou como são estes
veículos chamados noutras filosofias de corpo denso, corpo vital, corpo
emocional e corpo mental concreto.
Por longos milênios os aspirantes e neófitos,
os iniciados menores e os mais graduados, vêm exercitando os fluxos de energias
através do emaranhado desses condutos. Isso se dá com métodos de acordo com
cada escola, com meditações esotéricas dirigidas e orientadas para os plexos
sensíveis, por vocalizações de mantras, por rituais ou trabalhos concretos de
magia. São muitos milhões desde um passado distante que resistem e insistem em
palmilhar conscientemente esses caminhos, conseguindo realmente avançar quando
não enganam a si mesmos. Hoje, no entanto, por fraternidades ocultistas, grupos
esotéricos ou divulgadores
independentes, criou-se o falso conceito ou presunção de que o conhecimento
teórico de lições do ocultismo abre os portais das iniciações.
A teoria para alguns estudantes mexe com a
reflexão, estimulando cada vez mais às ardentes pesquisas para o verdadeiro
aprendizado, mas quando não se observam as regras simples das práticas diárias,
e das realizações objetivas no mundo, as montanhas da teoria não servem para
nada. O orgulho e a ilusão do “saber teórico” abrirão as portas unicamente para
o indesejável hóspede do infortúnio que levará o estudante cada vez mais para
fora da habitação natural da alma – a sua própria casa – a fonte verdadeira e
abrigo espiritual. Devemos sempre nos lembrar, e se possível repetir muitas
vezes, que jamais alguém galgou as montanhas da glória alcançando os reinos
superiores unicamente pela teoria.
Devemos
considerar também que o Antakarana representa, juntamente com o sutratma, o
caminho de volta ao Pai, como representou o sutratma o caminho de descida da
Mônada aos mundos inferiores. O Antakarana pode ser considerado a trilha de
retorno do peregrino no mundo quando o buscador constrói a ponte entre o mental
inferior e o mental superior. Nas suas linhas superiores o Antakarana leva à
realização do homem total, depois de cumpridas as cinco grandes iniciações.
Buda foi o primeiro produto de nossa humanidade no planeta a desbravar esse
caminho. O “Caminho do Meio” experimentado e palmilhado mentalmente pelo
Gautama trouxe ao discipulado, e à humanidade em geral, a verdade interna que
nem todos viam ou vislumbravam, mas que todos precisavam vivenciar para cumprir
o ciclo das experiências da Mônada neste segundo sistema solar onde a nota do
amor-sabedoria vibra e entoa por todo o nosso cosmos.
Já Cristo absorveu a parte mais difícil da
missão de vivenciar e mostrar aos seguidores presentes e futuros como trabalhar
no sentido de construir em si mesmos uma personalidade integrada conducente à
ponte do Antakarana. Devemos também ressaltar que o cristianismo religioso e o
cristianismo esotérico lançam a personalidade até a região limítrofe da ponte.
Daí em diante o aluno individual atravessa por meio de seus próprios esforços,
voltamos a isso enfatizar. Jesus ensinou à humanidade como tratar o mundo para
que o mundo entendesse a mensagem de Cristo, porém ensinou aos seus diversos
grupos de discípulos como exercitar os fundamentos ocultos para edificar a
ponte. E esses ensinamentos ele os recebeu dos monges budistas quando de suas
peregrinações e passagens pelos mosteiros do oriente, principalmente do Tibet.
Note-se aqui a integração de Buda com Cristo,
pois é sabido que ambos trabalharam em conjunto nos planos espirituais para que
a mensagem conducente ao caminho da libertação pudesse ser praticada em duas
etapas distintas sob dois ciclos astrológicos diferentes, segundo as energias
propícias para os eventos. Tem-se no ocultismo que Cristo assistiu Buda em seu
período de trabalho e realização pela meditação e Buda assistiria Cristo quando
da vinda de Jesus-Cristo na Galiléia com a missão de continuar o projeto
iniciado por ele – Buda - no distante oriente.
De todas as formas, a revelação do Antakarana
vem dissolver a ilusão de que unicamente por seguir as regras da educação, da
bondade e da caridade religiosa se chega à realização total. Esses elementos
são importantes e necessários, mas representam ainda alavancas para se chegar
aos umbrais da verdade num quadro de harmonia e amor, pois se não os cultivam,
trabalha-se com a força integral ou mista de polaridades opostas, o que conduz
à rudeza e às vias da magia negativa. Desse modo, essas revelações iniciadas
com as pregações de Buda sobre as quatro nobres verdades, os oito nobres
caminhos do discipulado e o método da meditação sistemática, foram continuadas
com Cristo nos seus ensinamentos sobre a preparação e trabalho dos discípulos
no mundo. E após o recebimento das duas primeiras iniciações, vêm à luz toda a
profundidade do Antakarana como o real caminho e o próprio caminhante.
“Eu
sou o Caminho A Verdade e a Vida e Ninguém Vai ao Pai a Não Ser por Mim”.
Com essa máxima Cristo sintetizou toda a realidade da preparação interna do
discipulado para a identidade com sua alma – o Cristo Interno em cada um – e ao
objetivo final da peregrinação humana no retorno à mônada.
V
Em relação aos átomos permanentes, formadores
da tríade superior, podemos ainda considerar que em se tratando de átomos
especialmente trabalhados pela ciência das Hierarquias Criadoras, detiveram
diferentes condições nos mundos a que pertencem, fundamentando toda uma
endógene do super-homem ou Alma Espiritual que se relaciona diretamente com a Mônada
via Atma.
Os átomos são vitais em todos os aspectos da
criação, e foram definidos nos tempos de Demócrito como partículas
indivisíveis, “A-Tomos”. Hoje essa definição não atende às necessidades de um
conhecimento sempre crescente do átomo químico pela ciência humana, conforme
assim já comentamos:
“Há algum
tempo não se define mais o átomo, pura e simplesmente, como sendo a menor
partícula da matéria. Com o avanço das pesquisas surgiram definições mais
aprofundadas comprovando a existência de partículas ainda menores no próprio
átomo em níveis subatômicos. Algumas partículas subatômicas são denominadas
férmions, bósons, hádrons, léptons e quarks, e diante de novas descobertas
também se incluem nesse rol as partículas chamadas de antimatérias do domínio
das pesquisas quânticas” . Ver mais em:
Os átomos químicos, por oportuno, não têm as mesmas disposições,
formas ou funções dos átomos dos planos superiores de que estamos tratando,
pois a matéria de cada plano de nosso universo tem suas particularidades e vibrações
que diferem de um plano para outro. Os átomos citados, ao longo de suas
encarnações e segundo os objetivos traçados para toda a natureza são somente
correlatos entre si por artifícios, no tocante a evolução do homem. E os
objetivos são alcançados segundo ao que as rondas impulsionam nos processos
evolucionários de nossa cadeia planetária, em estreita relação com os átomos.
As rondas são os giros que os fluxos de vida provocam em cada uma das 10 cadeias planetárias esotericamente conhecidas em nosso sistema solar. Cada cadeia possui sete planetas com diferentes condições vibratórias da matéria universal. Os enormes fluxos de vida, dimanadas do Logos Criador, um a um durante bilhões de anos percorrem os sete planetas de cada cadeia, e a cada ancoragem nos planetas oferecem às vidas que neles vêm agregadas, as condições para as obtenções de suas necessárias experiências. Nesse particular, temos o arco de descida em que os fluxos percorrem planeta a planeta em sentido do superior para o inferior. No percurso, após respectivos estágios nos planetas anteriores, se ancoram no quarto planeta, o mais inferior da escala, por um tempo incrivelmente longo, para mais tarde começarem a galgar o arco de subida dos três seguintes planetas, chegando ao sétimo, o extremo do arco. Quando isso acontece, um giro terminou ou uma ronda foi completada. Nesse instante de nossas existências, estamos no decurso da quarta ronda de nossa cadeia, em que o quarto planeta, a Terra, concentra as atividades de quase todas as vidas da cadeia.
As rondas são os giros que os fluxos de vida provocam em cada uma das 10 cadeias planetárias esotericamente conhecidas em nosso sistema solar. Cada cadeia possui sete planetas com diferentes condições vibratórias da matéria universal. Os enormes fluxos de vida, dimanadas do Logos Criador, um a um durante bilhões de anos percorrem os sete planetas de cada cadeia, e a cada ancoragem nos planetas oferecem às vidas que neles vêm agregadas, as condições para as obtenções de suas necessárias experiências. Nesse particular, temos o arco de descida em que os fluxos percorrem planeta a planeta em sentido do superior para o inferior. No percurso, após respectivos estágios nos planetas anteriores, se ancoram no quarto planeta, o mais inferior da escala, por um tempo incrivelmente longo, para mais tarde começarem a galgar o arco de subida dos três seguintes planetas, chegando ao sétimo, o extremo do arco. Quando isso acontece, um giro terminou ou uma ronda foi completada. Nesse instante de nossas existências, estamos no decurso da quarta ronda de nossa cadeia, em que o quarto planeta, a Terra, concentra as atividades de quase todas as vidas da cadeia.
O processo evolucionário não é aleatório em
nenhuma particularidade e todos os reinos se acham integrados com suas vidas
atômicas. Os átomos dos planos acima do físico possuem nas suas estruturas
cordões denominados no ocultismo de espirilas por onde circulam energias. Em
direta ligação com as vidas, a cada ronda que exemplificamos, novas séries de
cordões de espirilas são ativados nos átomos permanentes, ao decurso das raças.
Como atravessamos a quarta ronda, a humanidade adiantada já detém a quarta
série de espirilas ativada, motivo pelo qual um percentual dessa mesma massa
humana já atravessa os umbrais da iniciação, trabalhando a construção do Antakarana,
ainda que inconscientemente – o que os mestres do conhecimento auxiliam-na a
isto realizar.
Ampliemos mais um pouco o tema para sentirmos
a importância da integração, rondas-átomos-espirilas-iniciações.
“O
ordenamento das espirilas no interior dos átomos permanentes varia em cada
plano e aqueles mais frequentemente descritos são os do plano físico. O
ordenamento desses minúsculos vórtices de forças e suas economias internas em
cada plano é um dos segredos da iniciação e não pode ser revelado.
Os átomos permanentes
não têm a forma de um coração conforme desenhado em certos livros. Certo número
de átomos são daquele tipo, mas não são átomos
permanentes, os quais, os permanentes, são mais definitivamente esferoidais
sendo ligeiramente achatados no alto, onde a correspondência com a depressão
polar pode ser encontrada, e igualmente achatada sob a superfície” (D.K.-AAB).
Em réplica à tríade superior temos a tríade
inferior, formada com a unidade mental, localizada no mental concreto da
personalidade, juntamente com um átomo astral permanente e outro átomo
permanente etérico-físico. Pela unidade mental é por onde se construirá a ponte
do Antakarana, que ligará a personalidade com a alma. A unidade mental polariza
todos os elementos do conhecimento intelectual terreno que a personalidade
necessita para desenvolver valores em seu mundo.
No passado, o homem evoluiu em ciclos que lhe
serviram para desenvolver seus veículos físico e etérico, na raça lemuriana, e
o veículo emocional – astral – durante o período atlante. Até mais ou menos o
meio do atual estágio da raça ariana que sucedeu a atlante, muitos
milhões não tinham ainda despertado suficientemente o mental concreto,
para se dizer propriamente personalidades. Grandes contingentes
populacionais estão ainda atrasados em relação a isto ou vivem adernados ao
processo. Filosoficamente, o homem começou a ser uma personalidade somente
quando despertou o mental concreto, e já deu início ao trabalho
intelectual intenso e continuado sob a guarda de sua pessoal
consciência. A personalidade, conforme sabemos, é um reflexo imperfeito da alma,
cuja visão e consciência abarcam valores mais amplos e completos.
O homem moderno ao trabalhar os vários e
diversificados recursos do intelecto, o transforma na ferramenta sutil para sua
ascensão através do Antakarana até a alma, e desta até a Mônada. O enigma do
homem prende-se também a símbolos numéricos na sua infraestrutura. O homem
interno é basicamente três, a exemplo das projeções do Logos Solar em três
aspectos. A personalidade representa o Terceiro Logos, o construtor na matéria.
A alma é análoga ao Segundo Logos, pois representa o Cristo, a segunda pessoa
da trindade, sendo o amor-sabedoria incorporado no mundo através do seu
magnetismo sob a nota vibratória do atual sistema solar. A alma espiritual, ou
individualidade, em contato direto com a Mônada, é correlata ao simbolismo do Primeiro
Logos, O Deus-Pai, O Criador.
Quando o processo da construção do Antakarana
avança para a alma, da terceira iniciação para a quarta, a personalidade queda
temporariamente subjugada pelos poderes e sabedoria da alma desde a sua
dimensão ou plano de existência, e a alma passa a se manifestar pela mente da
personalidade. A unidade mental polarizadora dos valores intelectuais é então
destruída, não havendo mais a necessidade de sua existência, uma vez que a alma
vem atuar diretamente na personalidade. Então o três - a personalidade, a alma
e a mônada - passa a ser o dois, anulando-se a ação isolada da personalidade,
que absorve a sabedoria da alma.
O intelecto, como todos os demais aspectos
dos corpos que constituem o ser humano total, é também finito, pois os corpos
edificados pela Mônada somente são necessários até que se alcance a etapa
seguinte e superior durante o progressivo caminho do homem de volta ao Pai.
Dizer-se que o homem é eterno é uma verdade somente relativa, porque ele é
assim no espaço-tempo, e sempre se transformando, deixando de existir nesse
mesmo espaço-tempo após a Mônada possuir todas as experiências a que se lançou
para consegui-las.
Assim, ao dissolver o intelecto amparado que
fora pela unidade mental, o homem volta ao mesmo ponto na espiral evolucionária
das raças, porém em situação mais elevada, porque o homem de antanho vivia as
experiências tanto físicas-etéricas, na Lemúria, quanto às astrais e suas
projeções, na Atlântida, sem verdadeiramente compreendê-las. O intérprete – o
intelecto – somente lhe adviria como o mais concentrado analista objetivo,
durante seu percurso na quarta raça, a ariana. A alma passa então ao estágio
imediato de ser absorvida pela personalidade, usando seus próprios valores
acumulados por numerosas interpolações terrenas, para definir e projetar os
novos caminhos da Mônada no mundo.
Mais tarde, da quarta para a quinta
iniciação, a alma e tudo o que a organiza deixará de existir como
demonstrado na crucificação de Jesus, tendo alcançado a quarta
iniciação. Sob o aspecto oculto (e mesmo físico), Jesus não morreu na
cruz, porém o Cristo foi quem morreu – ou começaria a morrer – por ser o
verdadeiro crucificado. Jesus representa justamente o iniciado que
constrói o Antakarana durante sua terceira iniciação, crucificando-se
simbolicamente em favor de Cristo – a alma no iniciado Jesus. Na
quarta iniciação, é Cristo, a Alma, que morre em favor da Mônada,
permanecendo ainda a tríade superior em estreita ligação com a Mônada.
Então a Mônada vem assumir todos os aspectos da sua manifestação no mundo
físico sem intermediações, embora se projete pela tríade e Antakarana,
transformando-se em um, a personalidade gloriosa. E esse é um dos segredos dos
nascimentos de grandes avatares no mundo terreno, pois não serão mais
humanos na acepção comum do termo. Desejamos, no entanto, ressaltar, uma vez mais, que Cristo
em alma, reside em todos nós, "vidas evolucionantes
personificadas", mas também existe como indissociada energia monádica
pelo gênesis natural do Segundo Aspecto do Logos. Cristo-Homem,
conforme imaginamos ou conhecemos, é aquele mestre da sétima
iniciação que ocupa no momento esse papel ou atributo na Hierarquia Planetária.
Atualmente, a Presença de Cristo está dividida entre o Senhor Jesus e o Senhor
Kuthumi. O Senhor Maytréia que foi Cristo, o Divino Mestre de Jesus em sua
missão na Terra, hoje cumpre o papel de Senhor Buda Planetário, ao passo que o
Senhor Buda Gautama, hoje assume o papel de o Senhor do Mundo, no lugar de
Sanat Kumara.
Essas abordagens obtidas pelos iniciados da quarta à nona iniciações são de aspectos gerais e permitidas as divulgações pela Hierarquia de Adeptos, pois as relações exatas entre as Mônadas e tríades e os artifícios detalhados em todas as suas minúcias de suas descidas aos mundos inferiores, serão ainda, de muitas maneiras, inacessíveis aos mestres até que eles subam todos os degraus das iniciações.
No capítulo VIII de nossa obra, “No Arco das
Iniciações”, aprofundamos um pouco mais o tema Iniciações Maiores, baseados nos
ensinamentos de D.K./AAB. Vejamos agora como representar de maneira simples
essa montagem básica da Mônada e seus veículos, ligados ao corpo egóico e às
duas trindades no homem.
A Mônada e a Tríade Superior
o -- A Mônada
| - Sutratma
O -- Átomo de Atma
| - Sutratma
O -- Átomo de Buddhi
| - Sutratma
O -- Átomo de Manas
.................................................
O Antakarana Superior
O -- Átomo
de Manas
| - Antakarana
O --
Lótus Egóico
| - Antakarana
O -- Unidade
Mental
Diagrama III
Diagrama III
(Rayom Ra)
Notamos no esboço acima que a tríade superior
liga-se ao lótus egóico, que faz ponta com a unidade mental. O lótus egóico é
em última análise o corpo causal da alma, ou como dizem os ocultistas o “Ego no
Corpo Causal”. A unidade mental não é um átomo, mas sim uma concentração de
energia modelada de tal forma e figura, a possuir unicamente quatro séries de
espirilas, diferentemente de os átomos-vidas que possuem sete séries. Já a
unidade mental forma, justamente, o ponto de contato entre os dois egos, o
inferior, representado pela personalidade terrena com seus quatro corpos, e o
superior, apoiado na alma e seu lótus egóico construído pela ação da tríade
superior Atma-Buddhi-Manas. É sobre a unidade mental que tanto a personalidade
de baixo para cima, como a alma de cima para baixo atuam juntas sob a
orientação da Mônada, na construção da ponte arco íris do Antakarana. A
denominação de arco íris deve-se ao fato de a ponte estar atuada pelos sete
raios em suas diferentes colorações, o que se vê nas estampas representando o
corpo causal.
A Tríade
Inferior
O -- Unidade
Mental
| - Sutratma
O -- Átomo Astral
| - Sutratma
O -- Átomo Etérico Físico
Diagrama IV
(Rayom Ra)
Vemos
no diagrama III o que se convencionou chamar tríade inferior que implica na
formação da personalidade propriamente, onde o átomo físico responde ao corpo
etérico e este ao físico denso. O processo de construção do Antakarana,
conforme já ressaltamos, relaciona a personalidade à alma pela unidade mental,
e o prosseguimento da sua construção conduz à Mônada.
No
diagrama IV, vemos a construção completa onde a personalidade e a alma se ligam
diretamente pela ponte construída e o fio sutratma se transforma também na
ligação Antakarana, conforme veremos noutra parte deste tema. Do mesmo modo,
onde a alma ou corpo causal se manifesta – no terceiro subplano do plano mental
abstrato - o Antakarana, no seu aspecto superior, é construído em ligação triangular
envolvendo o átomo mental, o lótus e a unidade mental. O átomo de manas, nesse
caso, realiza também a função intermediária para a tríade superior formada por
ele mesmo, pelo átomo de Buddhi e o átomo de Atma, embora essa disposição e
intermediações sejam diferentes das existentes para a ponte construída entre a
personalidade e a alma. Vejamos isso num só segmento:
o A Mônada
| - Sutratma-Antakarana
O -- Átomo de
Atma
| - Sutratma-Antakarana
O -- Átomo de Buddhi
| - Sutratma-Antakarana
Evolução para ------- ----------
a Tríade Superior O -- Átomo de Manas
----------
-----------
| - Sutratma-Antakarana
O -- Lótus
Egóico (Corpo Causal)
| - Sutratma-Antakarana
------------- --------------
A Ponte Antakarana O -- Unidade Mental
-------------- --------------
| - Sutratma-Antakarana
O -- Átomo Astral
I - Sutratma-Antakarana
O -- Átomo Etérico Físico
Diagrama V
(Rayom Ra)
Vemos,
portanto, que no conjunto, os três setores estão implicados diretamente em todo
o processo do Antakarana, pois o primeiro relaciona a personalidade
(Físico-Astral-Mental Inferior) à alma (Lotus Egóico-Mente Superior) pela
Unidade Mental, depois se dá a intermediação do átomo permanente de Manas a um
terceiro segmento do Antakarana, ou seja, a alma mortal à tríade superior
(Manas-Buddhi-Atma) ou Alma Espiritual, energizada pela Mônada.
Toda essa estrutura é a própria vida interior que se individualiza sem se desligar do Todo, evolucionando para a perfeição através de muitas encarnações. É, sem dúvida, um mega-processo que envolve miríades de fatores do Plano da Criação, que começou com o trabalho estrutural de doze Hierarquias representando o Logos Criador, das quais cinco puderam ascender, permanecendo ainda sete em seus trabalhos. É a síntese da própria existência de que somente detemos fragmentos do conhecimento e ciência empregados.
VI
O conhecimento sobre o Antakarana para o
mundo não iniciático, não esotérico, revelou um momento em que a humanidade já
estava em condições de receber novos ensinamentos mesmo sem a profundidade que
os monges budistas, os vedantas e ocultistas orientais conhecem. As escolas
filosóficas e seitas do oriente possuem imensas riquezas da sabedoria oculta,
do enigma do homem, de sua construção interna, sendo conhecedores das técnicas
pelas quais os pretendentes podem encurtar o caminho para a libertação dos
grilhões da matéria, desde que, naturalmente, tenham alcançado um
pré-amadurecimento.
Da teoria para a prática vão distâncias
grandes, bem como de métodos entre escolas. Há escolas de disciplinas muito
duras, outras menos e outras ainda que nada exigem senão que o pretendente ele
mesmo se disponha ao autoconhecimento na sua busca pessoal. Os tempos, no
entanto, são outros e muito do conhecimento e sabedoria milenar orientais, num
processo que parecia natural e espontâneo, começou a ser buscado pelos
pesquisadores ocidentais a fim de suprir as lacunas do ocultismo praticado
neste lado do mundo.
Entretanto,
essa tendência já demonstrava o resultado do
estímulo prévio da Hierarquia Planetária para o início da mescla
de informações entre escolas dos dois hemisférios para um conhecimento mais
amplo dos assuntos a fim de se complementarem as práticas subjetivas orientais
com as objetivas ocidentais.
O oriente, por milênios, desempenhou o papel
de pai-mãe do conhecimento do ocultismo no mundo, desenvolvendo todos os
métodos de aprimoramentos espirituais que a Fraternidade Branca determinara,
guardando os segredos que somente uns poucos podiam ter acesso, como ainda hoje
acontece. Os orientais, sendo de natureza introspectiva e culturas
desenvolvidas para intensos valores internos, se transformaram nos grandes
celeiros para as escolas do ocultismo no ocidente e base de suas religiões. Não
foi sem razão que a última grande religião mundial que inauguraria a era
astrológica de Peixes de 2.160 anos, viria, justamente, surgir no oriente
médio, perto dos limites geográficos dos hemisférios oriental e ocidental,
anunciando com isso a aproximação futura e mais estreita das duas diferentes
culturas. O cristianismo marcaria uma nova era para a humanidade ocidental
porque Cristo surgiria na Terra com a ampla mensagem de um trabalho interno de
purificação e serviços, para resultados semelhantes aos obtidos nos métodos
orientais de meditação e ação externa caritativa, que Buda 500 anos antes
ensinara.
O papel do ocidente, não obstante, deveria
ser e foi de desenvolver a mente prática e objetiva, as ciências humanas, o
desvendamento de segredos da matéria, de seus recursos e transformações em
diferentes situações. O culto ao cristianismo, nos seus primórdios, foi
sacrificante, mas glorioso para os primeiros cristãos. O mundo ocidental,
mediante aqueles heróis seguidores de Jesus, veio a conhecer uma nova ordem de
idéias e ideal religioso, diferente das práticas politeístas, de oferendas
em sacrifícios e mitologias populares, e das leis mosaicas.
O que se seguiu no ocidente, no primeiro
milênio, foi a materialização do que previra o Avatar Cristo para a humanidade.
Grandes sofrimentos assolariam os povos; os cristãos seriam perseguidos e
guerras aconteceriam. Haveria, no entanto, inversões sobre reis e governantes
após a organização e domínio da Igreja. Esse período foi drasticamente cármico
para os povos, um expurgo de seus males acumulados desde um passado distante,
uma queima de carma mundial que representou em grande medida a purificação de
coletivos humanos para realmente permitir a entrada na Era de Peixes, aos seus
objetivos maiores. Essa entrada coletiva, no entanto, somente começaria a
acontecer em escalas crescentes a partir do segundo milênio, quando o
despotismo sacerdotal e escravista da igreja seria seguidamente enfraquecido e
o homem começaria a trabalhar a mente racional com maior liberdade, dando
ênfase às pesquisas científicas.
Isso não foi nem acidental ou casual, e nem
se deveu a um coincidente pensamento dos precursores da ciência moderna. A
hierarquia oculta sempre trabalhou para conduzir a humanidade com seu carma a
esses objetivos, principalmente porque com a Era de Peixes, potentes energias
canalizadas do Cristo Cósmico, proporcionavam condições para essas
decorrências. Tudo previsto num organograma grande e abarcante no Plano da
Criação em favor dos avanços da mente humana e planetária. Os erros e crueldades
levados a cabo e sofridos pelos povos em situações diversas de domínios,
conquistas, imperialismos, fanatismo religioso, guerras locais
ou mundiais, ou afligidos pelo desemprego, miséria, fome, epidemias,
etc., formaram entraves e agravamentos, mas,
principalmente, foram drenos do pesado carma das
nações que a lei de causa e efeito fazia retornar. Os males da humanidade
tiveram sempre a participação de elementos trevosos, sob o amparo de grandes
egrégoras de energia destrutiva consolidadas desde épocas muito recuadas,
interessados em manter o atraso mental e atrelamento da vontade humana à
cegueira material, não nos esqueçamos disto.
Nesse momento, oriente e ocidente se cruzam e
se complementam em termos de práticas espirituais, culturais e comércio, pois
nos planos superiores a Grande Fraternidade Branca une essas pontas para
proporcionar ao planeta as condições de alcançar o seu melhor desenvolvimento.
(2) A chegada da humanidade a Era de Aquários traz os avanços que os mestres
raciais para isso trabalharam durante milênios, por que essa Era vem acelerar
todo um curso do projeto evolucionário para a Terra, para sua cadeia planetária
e em alguns aspectos importantes para o sistema solar. O conhecimento de muitos
segredos da natureza realmente veio para a humanidade através de pesquisas da
ciência objetiva, conforme delineado pelos mestres. As prospecções no
reino mineral evidenciaram os grandes e necessários recursos energéticos
que jazem nesse reino. Os demais reinos são agora melhor pesquisados e
observados num sentido integrador de energias e não mais como fontes químicas
ou biológicas naturais destacadas. Os minérios, as plantas e animais são
reconhecidos como essenciais para o eco-sistema planetário e precisam estar
intrarrelacionados com a vida humana para que suas energias se fundam. É o
processo natural de uma vida planetária como a nossa, finalmente entendido.
(2)
Difícil para uns entender esta afirmação, justamente quando alguns países do
oriente estão em ebulição, e se comenta com grandes repercussões sobre uma Nova
Ordem Mundial, inimiga número um da população planetária. A economia
globalizada tornou-se uma faca de dois gumes para todos os países,
principalmente para as grandes potências, cujas economias sólidas estiveram
sempre longe de prestar verdadeira ajuda aos países empobrecidos ou emergentes.
Bem ao contrário, aquele bloco de países ditos de primeiro mundo, usou
constantemente sua hegemonia e ciência desenvolvida para mais ainda enriquecer,
escravizar ou ingerir, subornando mandatários e políticos, enganando as
populações continentais com futilidades, alimentos fast food e tecnologia tipo
exportação.
O retorno de polpudos
royalties aos seus cofres foram sempre extraordinariamente desumanos para os
povos explorados que, em verdade, pouco ou quase nada se beneficiaram dessas
manobras.
A lei de causa e efeito
quer manipulada inconscientemente pela mente humana, quer atada
indissociavelmente aos contrários por um mecanismo invisível, volta-se sempre as
origem dos acontecimentos de uma forma ou de outra. E a economia globalizada
vem seguidamente apavorando e derrubando economias outrora fortes e saudáveis,
dando oportunidades a que novos blocos de países, antes totalmente submissos
aos mais poderosos, formem coalizões que obrigam poderosos de outrora sentar e
negociar com argumentos mais plausíveis e equilibrados.
Entre um clima de
guerras e crueldades e choques drásticos na economia mundial, não deixam de
existir as reações indignadas em busca de soluções para a humanidade assustada
que super povoa o planeta. A união das pontas causa justamente essa eclosão,
como fios de energia positiva e negativa que se tocam. Mais do que nunca se
clamam por paz e união entre os povos, pela busca de algo acima das
necessidades materiais. Cada vez mais se clamam por Deus, e mais ainda as
religiões e filosofias saudáveis abraçam quem as procuram, ou buscam-se por uma
medicina alternativa, paralela, desenvolvida em milênios no oriente por
iluminados seres que aportaram na Terra, hoje parcialmente mesclada com uma
tecnologia eficiente e produtiva, que desafia insaciáveis e gigantescos
monopólios internacionais.
Esses tempos de
turbulências – profetizados no apocalipse de João – não antagonizam os esforços
tornados realidades por parte da humanidade que mais avançou e trabalhou
duramente para a evolução dos povos, que foi sempre perceptiva de um futuro
mais promissor e igualitário. E os fatos alertam e ensinam que o mundo mudou em
sua herança ditatorial e despótica, e novas perspectivas se mostram de outra
realidade globalizada em futuro próximo, pacificada e firmemente anunciada
pelos iluminados Mestres, completamente oposta ao que hoje se experimenta,
tendo passada essa borrasca de inconsequentes loucuras.
A consciência da humanidade tornou-se mais
perceptível e sensível, mudando rapidamente porque já amadurecia e despertava
para dentro e para fora com melhor qualidade e sentido de observação. O homem
de hoje incorpora novas energias que antes passavam e ele não as alcançavam,
mas também está diante de ainda outras enigmáticas energias cósmicas,
irradiadas pelo Sol, pelas constelações e estrelas distantes que não podem ser
evitadas, pois a todos afetam. É um momento também do infinito cosmos que em
projeção no espaço-tempo pervaga nosso sistema solar e planeta, a integrar energias
e forças com outros universos. Não há como fugir, e a humanidade vem então
atingir o umbral de uma era de mudanças radicais no comportamento de um
todo, estando a alterar seu curso de vida, visão e padrões vibratórios.
Ademais, se assim não fizesse, correria um risco de voltar ao início de uma
espiral já percorrida e de novo estaria diante das forças involutivas naturais
dos elementos, pelas quais já passou, e de antigos problemas com o mal.
Esse risco, felizmente, não existe por que a
massa humana que chega aos umbrais de Aquário potencializada pelas novas
energias, dentro de um tempo previsto pelos mestres do conhecimento, despertará
os poderes internos que místicos e iniciados de distantes milênios detinham, e
avançando sob uma ciência mental transcendente a tudo o que até agora tem
conhecido, deixará para trás um passado tumultuado e doloroso. O Antakarana é,
pois, um elemento que possibilitará à humanidade alcançar seus próprios níveis
superiores; é a ponte a construir no caminho que Buda apregoava para a
libertação e Cristo enfatizava para o encontro com o Pai.
Voltemos às análises das estruturas internas
do homem e seu Antakarana.
Tecnicamente o Sutratma e o Antakarana acabam
se fundindo em determinadas funções, porém no fundo tudo é o Sutratma. De outro
modo, assim nos explica mestre D.K.:
“O fio da vida, o cordão prateado é o Sutratma,
e ao que o homem concerne é de natureza dupla. O fio da vida, propriamente
dito, é um dos dois fios que constituem o Sutratma e está ancorado no coração,
enquanto que o outro encarnando o princípio da consciência, está ancorado na
cabeça.”
Temos repetido que o processo da criação da
ponte arco íris do Antakarana é somente o início. A construção se estende para
os planos mais acima, sob o trabalho conjunto da personalidade com a alma. A
personalidade trabalha de baixo para cima enquanto que a alma trabalha de cima
para baixo. Portanto, o que temos enfatizado é o fato de que os estudantes e
praticantes do ocultismo necessitam doar-se no mister de aplicar suas energias
mentais para a construção da ponte, utilizando-se da imaginação, concentração e
meditação. Não bastam unicamente a conscientização dos elementos envolvidos e
as etapas do processo. Nada se constrói sem esforços e nem a alma virá trabalhar
sozinha para esse patamar almejado porque seja o estudante bom cidadão,
caridoso e cumpridor de seus deveres. O processo de construção desejado
necessita basicamente da aplicação da vontade consciente, da força do
praticante traduzida em conhecimento e de sua energia transformada em
sabedoria. Ou se levará muito mais tempo para alcançar a libertação das prisões
da natureza no processo espiralado natural.
O homem em suas encarnações veio construindo
outros fios ou elementos internos e assim se refere D.K.:
“Os fios que o homem cria são três e com os
dois fios básicos criados pela alma constituem os cinco tipos de energia que
fazem do homem um ser humano consciente.
Os
três fios criados pelo homem estão assentados no plexo solar, na cabeça e no
coração.”
Deste modo, os fios da vida e da consciência
que procedem diretamente da Mônada, virão se juntar com dois dos fios criados
pelo homem localizados na cabeça e no coração. Estas posições de fios serão da
maior importância conhecer quando no exercício da construção do Antakarana, pois
o praticante em etapas bem definidas ora visualizará a energia procedendo dos
fios criados em direção ao superior, ora visualizará a energia ou força
provinda do superior para o inferior. Vejamos outros aspectos informados por
D.K.:
“Temos dito aqui e noutra parte que a alma
está ancorada em dois pontos do corpo.
1. Existe um fio de energia que denominamos
aspecto-vida ou espírito, assentado no coração. Como bem se sabe, emprega a
corrente sanguínea como agente distribuidor, e por meio do sangue a energia
vital é levada a todas as partes do mecanismo. Esta energia vital conduz o
poder regenerador e a energia coordenadora a todo o organismo físico e mantém
são o corpo.
2. Existe um fio de energia denominado aspecto
consciência ou a faculdade de conhecer a alma, ancorado na parte central da
cabeça. Controla o mecanismo de resposta que chamamos cérebro e, por seu
intermédio, dirige a atividade e permite ao corpo ter consciência por meio do
sistema nervoso.”
Num novo resumo detemos o seguinte: há o fio
da vida, o Sutratma, e o fio da consciência. O primeiro está assentado no
coração e o segundo na cabeça. Há o fio criador em três desdobramentos que se
ancoram respectivamente no plexo solar, no coração e na cabeça. Um dos aspectos
do fio criador veio sendo tecido muito lentamente pelo homem em ciclos
passados. Este fato comprova a atividade criadora do homem, pois no seu
conjunto, especialmente o discípulo, teceu um forte fio ligado ao plano mental.
Sigamos:
“Quando o corpo astral e a natureza mental
começam a funcionar como uma unidade e a alma está também conectada, uma
extensão deste quíntuplo fio, os dois básicos (fio da vida e fio da
consciência) e os três humanos (os três desdobramentos do fio criador), é
levada até o centro laríngeo, e quando isto ocorre, o homem pode se converter
num criador consciente no plano físico.
Estes três fios principais, que são em
realidade seis, se o fio criador é dividido em suas partes componentes, formam
o Antakarana.”
Consideremos, e é fácil notar-se, que não
será com meras conjeturas e teorias que se conseguirá entrar no verdadeiro
âmbito do Antakarana. Mais adiante, pretendemos comentar dentro ainda deste
tema, sobre alguns exercícios de aberturas de canais do corpo etérico com
práticas do TAO. Necessário, no entanto, que o pretendente às práticas busque
no esoterismo sua melhor base, cercando-se de forças em grupos ou
fraternidades, tendo em mente o objetivo de realmente avançar. Todas as
práticas do ocultismo envolvem energias e forças e não há práticas orientadas
para o desenvolvimento de forças internas que não anelem perigos se feitas com
atitudes irresponsáveis. Há de existir a conscientização de que práticas
mentais no ocultismo devam e precisem ser acompanhadas de uma filosofia de vida
completamente diferente daquela levada pelos homens comuns. O grande escudo
protetor do esotérico está justamente na sua intenção pura de avançar sem
egocentrismos ou ambições por poderes, e na intenção de servir ao próximo como
possa e entenda.
VII
Sobre a técnica do Antakarana, em nossas
abordagens, temos destacado a necessidade de a personalidade tomar a iniciativa
para a construção da ponte que ligará, ela mesma, à alma. Daí advirão os
estágios superiores, que estarão inter-relacionados com o processo iniciatório
a que os ocultistas se internam para chegar aos sucessivos mestrados. As
iniciações, conforme citamos e das quais trouxemos somente subsídios, formam o
cerne de todo o trabalho dos estudantes, aspirantes e discípulos que
conscientemente colocam os pés no caminho.
Não é nada fácil alcançarem-se as iniciações,
temos seguidamente enfatizado isto a fim de procurar desvanecer ilusões.
Estudantes, inúmeras vezes confundem, são induzidos ou enganados quanto a isso.
As iniciações maiores quem as dá é Shamballa, mesmo as duas primeiras que se
consideram pré-iniciações. Segundo nos afirma mestre D.K., a primeira das
iniciações maiores, na realidade, é a terceira. Grupos e fraternidades dão
iniciações de suas lojas. Mestres há que iniciaram essa senda desde os
imemoriais tempos lunares, quando a Lua desempenhara o papel central naquela
encarnação da cadeia, conforme ocupa agora o planeta Terra nessa quarta cadeia.
Quando o tempo de encarnação daquela cadeia chegou ao final e as sete rondas
tinham cumprido seus giros, se iniciaria um novo ciclo após o pralaya - o
repouso da cadeia. Então, com a vinda de Sanat Kumara para a Terra, na quarta e
atual cadeia, se organizaria a Fraternidade Branca, ou Hierarquia Planetária, que
passaria a atuar tanto objetiva como ocultamente para os avanços do planeta.
Nesse período, foi instituído o processo iniciatório na Terra e novamente os
mestres puderam avançar nas iniciações sob os poderes e orientações de
Shamballa, o reino da Terra.
Após alguns milhões de anos a humanidade
avançou em consciência. Aspirantes, discípulos e mestres obtiveram iniciações
alcançando escalões menores e maiores da Hierarquia, e grande percentual da
humanidade chega ao Portal da Era de Aquário em condições de, em futuro próximo,
alcançar status mentais e conscencionais mais elevados. Esse fato é somente um
dos componentes de um complexo planejamento do Plano da Criação que envolve
todo o conjunto planetário.
Hoje, estudantes que desejarem avançar
mediante práticas, normas, procedimentos e serviços dentro do ocultismo,
poderão fazê-lo com maior liberdade. Há suficiente literatura especializada e
diversificada e isso facilita bastante os passos iniciais rumo ao objetivo
colimado. Há estudantes que são inconscientes de suas situações de aspirantes
ou mesmo de discípulos, por isso seguem a intuição quando resolvem ingressar em
estudos e práticas a sós. Há os ashram (núcleos ou escolas) dos mestres nos
planos astral e mental que dão aos estudantes todo o suporte, a necessária
cobertura, proteção e energia para que desenvolvam ou despertem novamente suas
forças terrenas e espirituais. E há aqueles que pertencendo a núcleos, grupos,
centros ou fraternidades na Terra terão forças e energias ativadas por suas
egrégoras para suas seguranças.
O campo de experiências é vasto; cabe a cada
um se instalar no lugar escolhido ou destinado desde outras vidas ou,
simplesmente, por sua própria decisão, permanecer sem nenhum vínculo com
nenhuma organização, pesquisando, aprendendo e praticando sozinho.
O que iremos sugerir é somente um caminho ou
método que sempre nos pareceu não provocar nenhum resultado oposto sobre os
trabalhos de outros núcleos de diferentes práticas, porque está inserido nos
ensinamentos dos Adeptos que assistem a todas as escolas ocultistas e do
pensamento esotérico universal. Portanto, o que aqui indicaremos, se feito
corretamente, produzirá sempre resultados positivos no somatório geral das
experiências, não temos dúvidas, mas a aceitação, a rejeição, a sistemática
aplicação e os cuidados necessários para se chegar com segurança aos objetivos
estarão unicamente nas esferas pessoais.
Desde logo deixamos claro que nada temos a ver
com a escola e sequer conhecemos seus mestres. Dos exercícios obtivemos
resultados claros e seguros seguindo o que o mestre ensinava, pois se trata de
cultura milenar, magnificamente condensada na obra “A Energia Curativa Através
do TAO”, de Mantak Chia, da Editora Pensamento, cujo título original é:
"Awaken Healing Energy Through the Tao". Não haverá a
necessidade de transportar para essa página quaisquer exercícios, estão todos
no livro, mas sim destacar pequenos trechos para comentários.
Os exercícios abrem as rotas dos meridianos
ou canais para a circulação da energia universal da “chi”. São necessários
estarem desimpedidos para um bom fluxo natural em benéfico do próprio ego, no
aspecto esotérico, e da saúde, nos aspectos físico, emocional e mental, o que
auxiliará em muito nas práticas para a construção do Antakarana, além de
exercitar a disciplina da concentração. Essas rotas, meridianos ou canais, é
bom alertar, localizam-se no corpo etérico, ou vital, e não no corpo físico,
embora os reflexos sejam tão sensíveis e tangíveis que nos pareçam do físico.
As dúvidas, reações ou dificuldades que nos exercícios aconteçam estarão
respondidas nos questionários do próprio livro. Portanto, a cada um a sua
glória! Vejamos pequenos trechos:
“A meditação propriamente dita é o silêncio
da mente. A maior parte das técnicas de meditação ensinada hoje em dia silencia
a mente usando uma das duas abordagens básicas. A primeira é a abordagem Zen do
“sentar silencioso”, encarando uma parede branca até que a mente se torne
branca. Você fica sentado até o momento da consciência pura chegar, mesmo que
isto demore vinte anos. A segunda é a abordagem do mantra, na qual a mente é
embalada para dormir com sons ou imagens. Após milhares de repetições, o corpo
começa a vibrar numa frequência mais elevada, e o meditador torna-se consciente
das energias mais elevadas que operam além do processo de funções sensoriais da
nossa mente habitual.
O caminho do Taoísmo Esotérico é diferente.
Ele não depende da ausência total do fluxo do pensamento. Em vez disso, este
sistema acentua a circulação da energia denominada Chi ao longo de determinados
caminhos dentro do corpo. Esses caminhos auxiliam diretamente a Chi – também
conhecida como prâna, poder do esperma ou ovariano, fluxo quente, ou poder da
kundalini – para sucessivamente, centros mais elevados de poder (chackras) do
corpo. O segredo da circulação da Chi tem sido transmitido há milhares de anos
na China, onde obteve extraordinário melhoramento na saúde e na vida.
Mas o que é Chi e de onde vem? Chi é a força
primordial da vida em si. Começa na vida humana com a penetração de um óvulo
por um esperma celular. Dessa fusão original um novo ser humano enormemente
complexo se desenvolve. Chi é o fluxo contínuo de energia que une os vários
tecidos, órgãos e funções do cérebro em um todo unificado – uma pessoa. Chi une
também essa pessoa com o que a cerca. (...) O sistema nervoso no ser humano é
muito complexo e é capaz de dirigir a energia para onde ela se faz necessária.
Mas os antigos mestres taoistas descobriram que há dois canais primários de
energia que carregam uma corrente especialmente forte. Um dos canais eles
denominam “funcional”. Ele começa na base do tronco, localizado entre os
testículos e o ânus, no ponto chamado períneo. Flui ascendentemente pelo corpo,
passando pelo pênis, órgãos do estômago, coração e garganta. O segundo canal
chamado “regencial” começa no mesmo lugar. Flui do períneo para a base da
espinha, depois sobe da espinha até o cérebro, e desce para o céu da boca.
A língua é como um interruptor que liga essas
duas correntes, pois quando ela toca no céu da boca, atrás dos dentes frontais,
a energia flui num círculo para o alto da espinha e desce de volta para a
frente do corpo. Os dois canais formam um único circuito que a energia percorre
em círculos. Quando essa energia flui em círculo por todo o corpo por esses
dois canais, os mestres chineses dizem que o “Pequeno Círculo Sagrado” ou a
“Órbita Microscópica” foi completada.
(...) O que significa “abrir as rotas?”.
Significa limpar todas as obstruções que impedem o fluxo da energia Chi em seu
caminho natural. A maior parte das obstruções toma a forma de tensões físicas,
mentais ou emocionais. Isso ajuda a entender porque essas rotas de energia do
corpo estão baseadas no grande equilíbrio de forças da natureza, que exercem
uma poderosa influência sobre nós a todo o momento.” (Mestre Mantak Chia).
O que se deve notar quando se iniciam as
práticas em todas as suas etapas, é que certas pessoas virão sentir efeitos
imediatos os mais diversos e isso comprovará que as práticas estão movimentando
a energia e desobstruindo os canais. Efeitos colaterais, caso aconteçam, logo
passam com a aplicação de certos artifícios ensinados na obra, porém não
acontecem a todo instante e nem a todos os praticantes. Certas pessoas abrirão
as rotas com facilidade sentindo, após certo tempo de constantes práticas, que
bastarão concentrar-se para que o fluxo seja sentido de imediato. Outras
levarão mais tempo por fatores diversos, ou dificuldades. Os praticantes que hajam
conseguido resultados rápidos, normalmente já praticaram o Tao no passado e
trarão os canais trabalhados. No entanto, o método demonstra surpreendente eficácia
para todos.
Em que esse paciente trabalho de abertura de
rotas poderá mesmo beneficiar a construção do Antakarana? Em vários sentidos,
além de auxiliar na ativação da concentração e da melhora da saúde, conforme já
nos referimos. Os canais da Chi são, sem dúvida, os nadis dos indus por onde o
prâna circula, e as rotas da Chi, abaixo e acima do diafragma, ascendendo pela
coluna, vindo ao centro das omoplatas, ao diafragma, subindo pela medula,
constituem-se em algumas das rotas dos cordões do Antakarana. Para o Antakarana,
a energia prânica ativada pelos canais nas direções e sentidos indicados são
extremamente importantes para o envio da energia na plasmação da ponte. E isso
se fará sempre necessário.
A escolha, como dissemos e não poderia ser
diferente, é livre para as práticas do Tao e muitos não necessitarão ou não se
sentirão atraídos. Sem nenhum problema, há outros caminhos, dentro da Yoga, por
exemplo, da Raja Yoga ou mesmo da Hatta Yoga. Há as meditações do Zen, de
outras linhas orientais e há os próprios rituais das tradicionais escolas do
ocultismo que disciplinam a mente, adestrando-a a dirigir a concentração também
para o sistema de chackras e núcleos de forças dos corpos sutis. Mesmo os
grupos da Nova Era, orientados pela Fraternidade Branca, onde são praticados os
exercícios das Chamas, os mantras orientais e rituais para a Era de Aquário,
auxiliam de maneira segura e ritimada aos praticantes a desenvolver seus
poderes internos.
Há, no
entanto, que se precaverem os interessados contra os grupos ou fraternidades
apregoantes de resultados rápidos e poderosos que elevam seus iniciados de
simples homens a mestres pelo despertar do kundalini e de forças mágicas, pelo
domínio dos elementos, poderes do magnetismo, hipnose, etc. E nem entraremos na
temática principal de magia sexual senão para dizer que no próprio Tao aqui
sugerido, há esclarecimentos e que não se faz necessária para todos, nesses
tempos de amadurecimento humano, conforme afirmam certas escolas como condição,
praticamente, “sine qua non”. Na realidade, a magia sexual é para poucos e
desses poucos somente um percentual perceberá sua utilidade ou conquistará os
benefícios, desde que orientado seguramente pelos mestres espirituais. Muitos,
na magia sexual, ingressam num caminho ilusório, com pluralidades de parceiros,
onde o prazer dos sentidos polariza e escraviza, esquecendo-se dos principais
objetivos, e onde a prática, nesses casos tergiversados, para nada servirá
em termos de avanços espirituais. Os caminhos são diversos, os métodos
variados, e nenhum estudante ficará alijado do despertar de suas forças
internas sob orientações superiores se sua busca for sincera.
VIII
Nesta última parte, iremos incentivar ao
interessado a realizar a pesquisa a fim de montar um esquema que realmente
funcione para a construção consciente da ponte arco-íris que conduzirá aos
estágios iniciais do antakarana.
Aquele que desejou praticar antes o Tao e
ainda não tem os seus canais desimpedidos, caso seja sistemático terá alguns
meses de atividades talvez um ano ou mais. Mesmo assim não há pressa. Ainda que
se leve anos nas práticas, pois cada um tem seu carma pessoal, o praticante não
deve nunca desanimar. As obras de mestre Djwhal Khul em conjunto com A.A.
Bailey, formam uma espécie de peças de um tabuleiro, onde se é necessário ler e
juntar ensinamentos e instruções até se chegar a uma montagem geral do assunto
ou esquema. Quem não desejar experimentar o Tao, pode tentar por sua própria
iniciativa trabalhar diretamente no esquema que montará para o Antakarana.
Enfim, o campo de atividades é livre, cabendo ao pesquisador tratar dos
assuntos à sua vontade, de preferência procurando antes ligar-se mentalmente
com seus mestres e mentores espirituais, pedindo humildes intuições.
Primeiramente vamos destacar para o discípulo
que já alcançou a primeira iniciação, algumas referências ao processo
iniciático conectado ao Antakarana, que podem ser localizadas nas obras que
citaremos mais adiante, como tema para reflexão. É dito:
“O discípulo está aprendendo a disciplinar
sua natureza inferior e a lograr certo domínio sobre suas tendências físicas;
desta maneira libera energia física e impõe ordem à sua vida. Isto leva muito
tempo e pode abarcar um ciclo de muitas encarnações. Luta constantemente contra
sua natureza inferior e exigências de sua alma (segundo as interpreta com certa
ignorância), estando em constante oposição com a natureza animal e
acrescentadamente em relação com a natureza emocional.
Sobretudo está consciente de uma relação
secundária que envolve um problema muito difícil, agravando a luta e
intensificando o problema. Descobre que sua natureza emocional, suas faculdades
psíquicas inferiores, seu desenvolvimento astral e a potência da ilusão, estão
agora contra si.
A reorientação que hoje enfrenta deve lográ-la
no plano astral, por que esse tem sido, durante incontáveis eons, o nível de
sua principal polarização e foi dominado pela esfera de atividade e estado de
consciência.
Começa a compreender lentamente que para
receber a segunda iniciação, deve demonstrar controle emocional; compreende
também que deve possuir algum conhecimento dessas energias espirituais que
dissiparão a ilusão, mas uma compreensão da técnica pela qual a iluminação
proveniente da mente – como agente transmissor da luz da alma – pode dissipar
essas ilusões, desta maneira ‘purificar’ a ‘atmosfera’, em sentido técnico”.
“O processo iniciático entre a primeira e a
segunda iniciação é, para a grande maioria, o pior momento de aflição,
dificuldade, compreensão de problemas e esforço constante por ‘absolver-se a si
mesmo’ (como se diz esotericamente), ao qual o discípulo está sujeito a
qualquer momento. A frase que diz: ¨’o objetivo do iniciado é absolver-se a si
mesmo’ é talvez a mais atraente e iluminadora de todas as definições possíveis
da tarefa a empreender. A tormenta ocasionada por sua natureza emocional, as
escuras nuvens e trevas as quais desprende constantemente, e que há criado
durante todos os ciclos de vida, têm de ser despejadas para que o iniciado
possa dizer que o plano astral já não existe para ele, e tudo o que resta desse
antigo e poderoso aspecto de seu ser, é a aspiração, resposta sensível a todas
as formas de vida divina e uma forma pela qual o aspecto inferior do amor
divino, da boa vontade, possa fluir sem impedimento.
De um ponto de vista mais amplo, esta luta
por purificar a atmosfera do mundo, a enfrenta a humanidade depois da primeira
iniciação, que hoje está muito próxima. Portanto, verão que Cristo deve
reaparecer nestes momentos, por que Cristo preside a primeira e segunda
iniciações e seu legado indicará que a humanidade terá recebido a primeira, o
qual confirmará e consolidará o trabalho realizado, e inaugurará o ciclo e o
período mundial onde terá lugar a tarefa de reorganizar a vida emocional e
psíquica da humanidade, e este período liberará a energia da boa vontade
criando assim, automaticamente, retas relações humanas.”
Para o discípulo que já galgou a primeira
iniciação, mas nem por isso pode considerar construída a ponte do Antakarana, é
um alerta de que está ainda longe de se tornar um super homem. Mas também não
deve considerar que suas dificuldades na vida esotérica sejam demasiadas para
sua caminhada, ou que haja falhado em pensamentos e atos a tal ponto que os
mestres o tenham abandonado à sua própria sorte.
Para a
parcela da humanidade inconsciente do processo iniciatório e de sua entrada no
portal da primeira iniciação, cabem reflexões e atividades que a conduza a
desenvolver a imaginação, se aproximando dos verdadeiros modelos ou arquétipos
do homem real e interno, para em breve futuro despertar a consciência e visão
da realidade encoberta. Muitos dessa humanidade avançada, por intermédio da
mediunidade naturalmente acionada, por momentos de desprendimentos mentais ou por
êxtases emocionais, se verão diante de situações para si inusitadas que os
conduzam ao outro lado da vida física. Então poderão passar a se reorientar e
atuar com melhor discernimento em direção ao alargamento de consciência.
As obras ditadas ou inspiradas à A.A. Bailey
por D.K., sugerimos, sejam lidas por permitir aos estudantes ampliar suas
visões sobre espírito, alma, plano da criação, mestres, processos iniciatórios,
astrologia e psicologia esotérica, tratados sobre sete raios etc., coisas que
realmente interessam a pesquisadores e servirão em muitas instâncias para
dissolver ilusões e enganos contados por ocultistas, ou estimular os avanços do
pensamento. Portanto, vamos indicar para que o interessado tenha acesso às
fontes de onde poderá retirar todos os subsídios para montar o esquema da
construção da ponte arco-íris:
1. As informações específicas do Antakarana
se encontram mais concentradas na obra que possuo em espanhol “Tratado Sobre
los Siete Rayos” tomo V, começando com o título: ”La Ciência Del Antakarana”,
na página 364. Daí em diante as abordagens são muitas e os esclarecimentos
idem.
2. As relações do corpo causal com o Ego e
Alma Espiritual, a descrição do Lótus Egóico e suas três séries de pétalas, bem
como a Jóia do Lótus são encontradas na obra em inglês: “A Treatise On Cosmic
Fire”, onde na ‘Section Two – Division C – ‘The Egoic Ray and Solar Fire”,
começando na página 504 do citado volume, além das indicações acima podem
também ser pesquisadas preciosas informações sobre Átomos Permanentes,
Espirilas, Mônadas, etc.
3. Nessa mesma obra “A Treatise On Cosmic
Fire” na ‘Section Two – Division D – Thought Elementals and Fire Elementals’,
páginas 817 e 823, há dois preciosos diagramas, o ‘The Egoic Lotus and the Centers’
e simplesmente o ‘The Egoic Lotus’ com adicionais explicações sobre as tríades
de pétalas.
4. Importante estudar ou meditar nessa mesma
obra na ‘Section One – Division E – Motion on the Physical and Astral Planes’,
nas páginas 169-170, sobre os pontos de contato da energia ascendente nos
centros: ‘the alta major centre’, ‘the pineal gland’, ‘the pituitary body’, e,
principalmente para discípulos iniciantes os três primeiros triângulos. As
práticas desses triângulos clamam pela observação e cuidados com a potência das
forças, o que poderá ser atenuada de alguma forma pela realização de serviços
profissionais ou esotéricos de curas, e/ou filantrópicos para a humanidade.
5. No capítulo V ‘La Ciência Del Antakarana’
da obra “La Educacion en La Nueva Era”, há um roteiro bem definido de como os
fios se ligam sucessivamente aos corpos sutis do homem, que precisam ser
assimilados.
O pesquisador deverá aprender bastante do Antakarana
e da estrutura do homem nas suas fisiologias endógenas antes de praticar, e ir
montando aos poucos um esquema com esboços escritos ou desenhos dos percursos
da energia. Somente depois deve começar seu trabalho de concentração,
imaginação e meditação, aprendendo a movimentar as energias tanto da Mônada
para os corpos da personalidade, como ao inverso.
Necessário, da mesma forma, anotar ou
memorizar os matizes das pétalas do corpo egóico, visualizando-as quando
ancorar os fios de energias nas pétalas. Nunca alimentar sonhos de que pode
avançar nos domínios das forças e energias com a mesma capacidade de absorção
dos Mestres que já alcançaram a terceira iniciação. Limitar-se ao óbvio e
àquilo que consiga alcançar como aspirante postulante à primeira iniciação, ou
iniciado à segunda iniciação.
A frequência nas práticas é essencial; se
possível todas as manhãs ou num horário tranquilo, como puder dispor, sem sono
ou cansaços. Talvez o praticante custe a sentir reações, mas certamente sentirá
que as energias provocaram efeitos no seu sistema nervoso e psiquismo. Ao
sentir que pode perder a calma com maior facilidade, tendo reações que não
domine, precisará diminuir a carga das práticas por uns dias, fazendo somente
parte delas ou precisará parar por uns tempos. Caso nada sinta que venha
atrapalhar seus objetivos continuará normalmente. Não conte a ninguém, prezado
investigador, que faz as práticas, muito menos mencione os horários escolhidos.
A menos que seja a alguém de extrema confiança e conhecedora. Essa
observância é uma proteção contra interferências negativas. Mais cedo ou mais
tarde algum vidente, um sensitivo amigo ou amiga, dirão espontaneamente coisas
relacionadas com suas práticas sem que saibam realmente do que se trata.
Pergunte mais, agradeça pelas informações, mas dissimule ou silencie sobre o
projeto.
A montagem do esquema não será fácil, mas é
sua parte a cumprir nas investigações e pessoais esforços para merecer
resultados. Lembre-se de meditar ou refletir sempre sobre as práticas, e se
surpreenderá como sua intuição se tornará mais viva e pródiga, mais rápida e
incisiva. Observará que as palavras; “o caminhante e o sendero devem se tornar
um”, realmente condizem com a verdade sensível e mental do Ego.
Nunca deixe, antes das práticas, de fazer
suas orações, vincular-se com seus mestres e Cristo interno, invocá-los de viva
voz e mentalizar barreiras de proteção: círculos de energias, pirâmides dentro
das quais permaneça, tubos eletrônicos como o de Sanat Kumara, mantras, mudras,
etc. Procure estar voltado para leste, embora não seja condição sine qua non, e
se puder tenha uma luz de cor no ambiente - azul de preferência, por ser do
primeiro raio, da vontade. Esteja sentado confortavelmente, em ambiente
arejado, mesmo que seja com ar refrigerado. Não use roupas de cores escuras;
preto, vermelho, cinza, marrom ou outras mescladas desses tons. Essas práticas
podem também ser feitas ao ar livre, na praia, campo, mata, montanha, onde
desejar.
Maiores e melhores informações, sem dúvida,
se encontram nas obras indicadas das quais poderá retirar todos os subsídios
necessários. Boa sorte irmão de jornada!
Rayom Ra
Podem retirar quantos subsídios desejarem, ou reproduzirem integralmente, porém citem a fonte original.
Podem retirar quantos subsídios desejarem, ou reproduzirem integralmente, porém citem a fonte original.
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