“Disse também Deus [Elohim]: Haja [dois]
luzeiros no firmamento dos céus [da Consciência], para fazerem separação entre
o dia e a noite; e sejam eles para sinais [ou símbolos], para estações [ou para
humilhações e exaltações], para dias [ou iniciações] e anos [ou ciclos
esotéricos]. (E deixem-nos que sejam quatro luzes [guias] no firmamento dos
céus [da consciência]a fim de dar luz [para a mente] na terra [fisicalidade]: E
sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. Fez Deus os
dois grandes luzeiros; o maior para governar o dia e o menor para governar a
noite; e fez também as estrelas”. – Genesis 1:14-16.
E a noite e a manhã eram o quarto Nychthemeron.
Nychta-Mera. Nychthemeron. Nychthemeron é um vocábulo grego dividido em duas
palavras: Nychta e Mera. Nychta é “noite” e Mera é “dia” – “horário diurno”.
Nychthemeron literalmente significa uma noite e um dia, ou uma noite iluminada
pelo dia. Equivale a: “E houve tarde e
manhã, o primeiro dia”, e do mesmo modo o segundo, o terceiro, o quarto, quinto
e sexto dias do primeiro capítulo do livro do Genesis.
O início do Nychthemeron é o ponto onde o sol
poente intersecta o círculo do horizonte. Por conseguinte, o Nychthemeron se
estende do momento em que o sol desaparece do horizonte até o seu próximo
desaparecimento no mesmo horizonte no dia seguinte. Desse ponto de vista é
óbvio que o espaço de tempo da noite e dia, do Nychthemeron, é constituído de
vinte e quatro horas.
Assim, unicamente deste ponto de vista
cabalístico e alquímico solar, a noite e
o dia de cada um dos dias do Gênesis tem vinte e quatro horas. Vamos estudar
essas horas do ponto de vista solar, uma vez que o tempo estabelecido pelo
Nychthemeron não é o tempo natural que contamos nesse mundo tridimensional.
Sabemos que o relógio com doze horas relaciona doze horas de luz e doze horas
de noite. Essas horas solares têm precisamente um significado nesse
Nychthemeron. Cristo, o Sol, é chamado na mitologia Grega, Apolo. No livro “A
Bíblia Gnóstica: A Pistis Sophia Desvelada”, Mestre Samael Aun Weor explica
claramente que Apolo, o Sol, nos planos internos, em nossos sonhos, simboliza o
Cristo.
“O Sol da Meia Noite guia o iniciado nos
mundos superiores. Os iniciados devem saber os movimentos simbólicos do Sol da
Meia Noite. O nascer do Sol equivale ao nascimento, à elevação e à Sua
manifestação, etc. O pôr do Sol alegoriza a morte de alguma coisa, a descida de
alguma coisa, etc. O Sol, com o completo esplendor, no meio dia, alegoriza a
plenitude completa, o triunfo completo, o sucesso de tal e tal iniciação, etc.
Estamos nos referindo, enfaticamente, ao Cristo Sol, o Logos, o Sol Astral. Os
místicos veem o Sol Astral. Ele os guia ao longo do caminho do ‘fio da
navalha’. Quando as nuvens do céu estão cobrindo o Sol Astral, isso significa
que o ego animal está ainda muito forte dentro do iniciado”. – Pistis Sophia Desvelada, por Samael Aun Weor.
Deste nome Grego Apolo, vem o nome de um
grande sábio que existiu no primeiro século da Era Cristã, cujo nome era Apolônio;
que significa “de Apolo”, melhor dizendo, “do Sol”. O Nychthemeron relata às
doze horas de Apolônio – às doze horas do Sol. Quando observamos o horizonte, a
hora em que o Sol se põe e afunda no oceano, é precisamente o momento de sua
entrada no mundo submerso chamado Klipoth, Inferno. O Sol dá sua luz até mesmo
às dimensões infernais. Observando esse simbolismo, ou seja, Apolo afundando no
abismo, no Klipoth, dentro dos infernos, compreenderemos então que a luz solar,
o Raio da Criação, que começa no Ain Soph Aur, o Solar Absoluto, desce através
da Árvore da Vida, e por todas as Sephirah, para finalmente mergulhar no Oeste,
precisamente em Malkuth, a terra. Na Kabbalah, o Leste é Tiphereth, a sexta
Sephirah da Árvore da Vida, e Oeste é Malkuth, a terra.
Quando o Sol afunda no Oeste, está afundando
no abismo para finalmente alcançar a nona esfera onde Dante encontrou Lúcifer,
que é uma palavra latina significando Portador da Luz, de lucis “luz” + “ferry”
= portador – luciferry à Lúcifer.
O Cristo Sol, Apolo em Grego, mitológico,
quando mergulha no abismo se torna o Lúcifer Latino. Em Grego é chamado
Apollyon, o destruidor. Vejamos aqui a raiz do mesmo nome: Apolo, Apolônio e
Apollyon o destruidor, sobre o qual o Livro da Revelação fala extensivamente.
Apollyon é chamado o anjo do abismo.
Lembramos estarmos a citar o nome Apollyon de
uma maneira alquímico-cabalística. Não estamos falando de nenhum individuo.
Apolo, Cristo, é uma força Solar, uma energia Solar que durante o dia dá a luz
e durante a noite mergulha no abismo a fim de fazer o que tem a fazer.
O abismo, inferno, Klipoth, a nona esfera do
inferno, são lugares onde as almas pagam seus carmas e onde suas iniquidades
são finalmente desintegradas e destruídas pelo fogo da terra que é o fogo
solar. A luz solar transformada é a natureza que converte sua luz em fogo nas
dimensões inferiores. Portanto, nós, os Gnósticos, sabemos do ego que chamamos
de luxúria, ódio, orgulho, cobiça, inveja, gula, preguiça, eventualmente vir a
ser destruído dentro das regiões inferiores deste planeta. A psique torna-se
mecanicamente limpa nas dimensões inferiores.
Entrementes, existe uma via para os
iniciados, os adeptos, para eliminarem seus elementos animalescos de suas
psiques por vontades próprias; esse é um processo iniciático que perdura por
doze horas alquímicas segundo o Nychthemeron. Apolônio escreveu o Nychthemeron
baseado nesse caminho iniciático de doze horas, que são as doze horas
relacionadas com os famosos doze trabalhos de Hércules. O trabalho que temos a
fazer é com o Sol. É um trabalho de estar relacionado com Apolo, com Cristo,
com a energia Solar presente dentro de cada um de nós. É assim como o
Nychthemeron está explicado.
O caminho Solar está escrito em síntese no
Gênesis. Muitas vezes, temos colocado que o Gênesis é o livro dos Gnósticos. Um
livro de alquimia e Kabbalah que é estudado de diferentes maneiras. Se
observarmos o livro do Gênesis veremos que trata do Nychthemeron – a noite e o
dia – a que o Gênesis se refere como “tarde
e manhã, o primeiro dia”. Obviamente, um dia tem vinte e quatro horas, mas
repetimos que aquelas outras horas referidas não são as horas que contamos
nesse mundo tridimensional, porém são as horas relacionadas com o caminho da
auto-realização do Ser.
Cada dia tem vinte e quatro horas que se
perfazem através do movimento da Terra girando sobre ela própria, como sabemos.
Nesse caso, a Terra é Malkuth que somos nós. Em várias palestras temos
ressaltado que Malkuth é a Terra. Porém, falando fisicamente, Malkuth somos
nós. É o caminho em que a luz Solar gira em torno de nós. Lembremos que o dia e
a noite no plano físico vêm acontecendo segundo a luz do Sol. No verão, por
exemplo, os dias são mais longos. A luz nesses dias é mais longa e as noites
são mais curtas, porém a soma de ambas dá vinte e quatro horas.
Esse é precisamente o ponto onde muitos
investigadores falham quando tentam perscrutar os dias do Gênesis. Dizemos que
essas horas não estão relacionadas com o tempo físico ou com as vinte e quatro
horas convencionais, porém que se relacionam com outro tempo, outro tempo
cósmico. Sim, estamos colocando que se relacionam com as vinte e quatro horas,
porém por uma visão esotérica dentro de nós.
Lembremos que há também o cinturão zodiacal
com doze constelações; essas doze constelações estão relacionadas com essas
doze horas. Elas estão também relacionadas com os doze apóstolos e as doze
tribos de Israel, que estão relacionadas com Tiphereth (esplendor), o centro da
vida. Essas doze horas, esses doze signos zodiacais estão relacionados com as
duas luzes citadas no quarto dia do Gênesis.
“Disse também Deus [Elohim]: Haja [dois]
luzeiros no firmamento dos céus [da Consciência], para fazerem separação entre
o dia e a noite; e sejam eles para sinais [ou símbolos], para estações [ou para
humilhações e exaltações], para dias[ou iniciações] e anos[ou ciclos
esotéricos]. (E deixem-nos que sejam quatro luzes [guias] no firmamento dos
céus [da consciência]a fim de dar luz [para a mente] na terra [fisicalidade]: E
sejam para luzeiros no firmamento dos céus, para alumiar a terra. Fez Deus os
dois grandes luzeiros; o maior para governar o dia e o menor para governar a
noite; e fez também as estrelas”. – Genesis 1:14-16.
Eliphas Levi explica no seu livro que os doze
signos do zodíaco correspondem aos vinte e quatro anciãos coroados do
Apocalipse:
“É
sabido que os signos do zodíaco correspondem a várias influências celestiais e,
consequentemente, significam uma alternativa anual do bem e do mal [luz e noite].
Mestre Samael Aun Weor também estabelece que
há vinte e quatro anciãos, dois para cada constelação que se relacionam com os
doze signos do zodíaco. As doze horas são os doze Sábios ou doze Horus, que
correspondem à viagem cósmica da luz de Horus, o Sol, ao longo das doze horas
do relógio ou cinturão zodiacal. A luz de Horus encontra-se oculta nessas doze
horas ou estrelas do céu.
Lembremos o que estabelece o livro da
Revelação:
“Os
vinte e quatro anciãos prostrar-se-ão diante daquele que se encontra sentado no
trono, adorarão [Ain Soph Aur] ao que vive pelos séculos dos séculos, e
depositarão as suas coroas diante do trono, proclamando: Tu és digno, Senhor
[Absoluto Solar], e Deus nosso, de receber a glória, a honra e o poder, porque
todas as coisas tu [Cristo Cósmico] criaste, sim, por causa da tua vontade
vieram a existir e foram criadas”. Revelação 4: 10,11.
Esses são os vinte e quatro anciãos que tiram
suas coroas ante ele, que é o Cristo, a Luz Solar, Horus ou Apolo, que senta no
trono ou sistema nervoso central.
Esse é um trabalho alquímico do qual temos de
nos desempenharmos entre a noite e o dia, entre nychta e mera – o Nychthemeron
– que é um processo interior em cada única iniciação, por que cada um dos dias
do Gênesis está relacionado com o Nychthemeron. O livro do Gênesis descreve
essas vinte e quatro horas do Nychthemeron, “E haja tarde e manhã” ou as doze horas da noite e as doze horas do
dia, a fim de completar as vinte e quatro horas de nossa primeira viagem, ou
iniciação, ou primeiro dia. Assim é como o horário, o Nychthemeron, se encontra
disposto por Apolônio. Isso significa que o Nychthemeron é o horário de Apolo,
de Horus, do Sol, a fim de mostrar-nos o processo no qual estamos relacionando o
nível ou hora que se liga ao desenvolvimento particular por nós realizado,
através de nossa vida iniciática.
Algumas vezes, durante os sonhos, vemos as
horas. Duas horas, três horas, dez horas, e se nos lembrarmos da hora que vimos
no relógio durante nossos sonhos – aquela hora que nos foi mostrada – ela nos
estará dizendo algo relacionado com as doze horas de Apolônio.
O Nychthemeron está relacionado com o
desenvolvimento do verdadeiro ser humano, que em Hebreu, na Bíblia, é chamado
Adão, estando ali traduzido como homem. A fim de compreendermos de um modo
simplificado como Adão se relaciona com o Nychthemeron, vamos explicar isso de
maneira cabalística. Multipliquemos as vinte e quatro horas de um dia pelos
seis dias descritos no primeiro capítulo do livro do Gênesis. Temos então que
vinte e quatro multiplicadas por seis dão um total de cento e quarenta e quatro
horas. Tomemos agora o alfabeto Hebraico e pesquisemos como essas cento e
quarenta e quatro horas se relacionam com Adão. O valor de Aleph é um; o valor
de Daleth é quatro, e o valor de Mem é quarenta. Aleph, Daleth e Mem soletram Adão.
Eis por que está escrito no Gênesis que Adão foi feito no sexto dia.
“Disse
também Deus (Elohim): produza a Terra seres viventes, conforme a sua espécie;
animais domésticos, répteis e animais selváticos, segundo a sua espécie. E
assim se fez. E fez Deus os animais selváticos, segundo a sua espécie, e os
animais domésticos, conforme a sua espécie, e todos os répteis da Terra,
conforme a sua espécie. E viu Deus que isso era bom. Também disse Deus: façamos
o homem à nossa imagem, conforme a nosso semelhança; tenha ele domínio sobre os
peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda
a Terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra Criou, pois, Deus o
homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. –
Gênesis 1:24-27.
Assim sendo, Moisés explica no quinto
capítulo do livro do Gênesis: “Este é um
livro da genealogia de Adão [ou como Adão foi gerado]. No dia em que Deus criou
[ou gerou o andrógino] o homem, à semelhança de Deus o fez; o homem e mulher os
criou, e os abençoou, e lhes chamou pelo nome de Adão, no dia que foram
criados”.
Assim, se fizermos a soma dos numerais 1440,
das letras Aleph, Daleth, Mem do nome Adão (Adam) teremos a síntese de nove. A
nona esfera é Yesod. Em resumo, Adão foi feito na nona esfera, onde encontramos
a união da imagem e semelhança de Jehovah ou Yod-Hei-Vav-Hei.
De acordo com a Árvore da Vida, as quatro
letras Yod-Hei-Vav-Hei se relacionam, em síntese, com os quatro mundos da
Kabbalah. Nominalmente, a letra Yod – cujo valor é dez – se relaciona com o
mundo dos arquétipos ou Atziluth. Os valores das duas letras Yod e Hei perfazem
a soma de quinze, e (as letras) se relacionam com o mundo de Briah, o mundo da
criação. Os valores das três letras Yod, Hei, Vav dão a soma de vinte e um e
(as letras) se relacionam com o mundo de Yetzirah, o mundo da formação dos
Anjos. E os valores das quatro letras Yod, Hei, Vav, Hei perfazem a soma de
vinte e seis e se relacionam com nossa fisicalidade, Malkuth, Assiah. Por conseguinte, 10 + 15 + 21 + 26 perfazem a
soma de setenta e dois. É precisamente por isso que na Kabbalah estabelecemos
que Deus tem 72 nomes e 7 + 2 é igual a
9. Em síntese, os 72 nomes de Deus são iguais a 9, que é também a síntese do número
de Adão.
Eis por que Cabalisticamente está explicado
como Adão foi feito à imagem e semelhança de Yod, Hei, Vav, Hei. Isso é devido a que encontramos Yod, Hei, Vav, Hei ou o famoso Tetragrammaton, escrito em
um dos braços da misteriosa estrela, o Pentagrama, e o nome de Adão em outro. O
Pentagrama simboliza Apolo, Cristo, Horus que também simbolizam Adão Solus, o
Adão Solar, ou em outras palavras o Homem Solar, o Cristo encarnado em Adão, o
Homem. O Pentagrama é um símbolo poderoso desde que, conforme explicamos acima,
cada um desses dois nomes seja igual a nove.
Além disso, as quarto letras Yod, Hei, Vav, Hei somam 26, que é igual a 8; mais as três
letras Aleph, Daleth, Mem, da soma 1440 de Adão, que é igual a
9; e 26 + 9 = 35, que é igual a 8, o infinito.
“O
sagrado símbolo do infinito é encontrado no centro da Terra, na Nona Esfera...” Lembremo-nos da sagrada máxima: “O infinito é igual ao Pentalpha”. – Tarot
and Kabbalah, por Samael Aun Weor.
Os dois nomes: Yod, Hei, Vav, Hei e Aleph, Daleth, Mem de
Adão são escritos em cima dos braços do Pentagrama porque na Kabbalah o Homem
Solar é chamado Adão Yod Hei Vav Hei ou Adão Yod-Havah; o Adão feito à imagem e
semelhança de Elohim. É esse também o Adão Kadmon, o símbolo do Cristo Cósmico.
O valor das letras de Adão iguala 9 e o valor
dos quatro mundos cabalísticos sintetizados em Yod-Hei Vav Hei iguala 72, que
iguala 9. Assim, se somarmos os dois noves 9 + 9 = 18 :. 1 + 8 = 9.
Se pusermos o pentagrama invertido, então
esses dois noves também simbolizarão a expulsão de Adão do Éden em Malkuth, o
reino das bestas, devido ao crime da expulsão de Yod-Hei Vav Hei de seu corpo
como uma besta. Por conseguinte, com a mente, o coração e o sexo de Tiphereth
[sexto Sephirah], o homem, torna-se “uma besta 666 tri-centrada”, um demônio ou
anjo caído, que é totalmente o oposto do Homem Edênico, o Adão Solar.
“Aqui
está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da besta, pois é
número de homem. Ora, esse número é seiscentos e sessenta e seis”. –
Revelação 13:18.
Observemos o Tetragrammaton e o significado
de Adão Yod, Hei, Vav, Hei nos braços do Pentagrama, que é um
símbolo de poder. Este símbolo anela o mistério das cinco luzes, os cinco
auxiliares. Vejamos o que diz a Pistis Sophia no primeiro capítulo:
“Aconteceu
de, quando Jesus houvera ressuscitado da morte, ter passado onze anos em
companhia de seus discípulos, os instruindo unicamente sobre as regiões do
Primeiro Mandamento e as regiões do Primeiro Mistério, aquele dentro do Véu,
dentro do Primeiro Mandamento, que é o quarto e o vigésimo mistérios, fora e
abaixo – aqueles (quarto e vigésimo) que estão no segundo espaço [Briah] do
Primeiro Mistério e que estão diante de todos os mistérios, o Pai na forma de
uma pomba.
E Jesus
disse aos seus discípulos: ‘Eu saí daquele Primeiro Mistério, que é o último
mistério, que é o quarto e o vigésimo mistérios’. E seus discípulos não
conheciam e não compreenderam nada que existisse envolvido naquele mistério;
porém, meditaram acerca daquele mistério, que é [Kether] a coroa do universo e
de toda a existência; e acharam que era a realização de todas as realizações,
por que Jesus tinha lhes falado acerca daquele mistério que envolvia ao
Primeiro Mandamento e aos cinco efeitos, e à grande Luz e aos cinco auxiliares
e a todo o Tesouro da Luz [o Pentagrama]”.
Esses são os dois primeiros parágrafos do
Pistis Sophia. Eles, de fato, incorporam tudo dos mistérios como podemos ver. O
Pentagrama inclui os cinco efeitos e a Grande Luz, que é a Luz Solar. Os cinco
efeitos e a Grande Luz que Jesus explica, estão relacionados com o todo do
Tesouro da Luz. O que é o Tesouro da Luz? É a Luz Solar. É o Sol; é a Força
Solar do Absoluto Solar que dá vida a tudo do universo.
Jesus também explica que o Primeiro Mistério
é o Último Mistério, que é o Quarto e o Vigésimo Mistérios. Qual é o Primeiro
Mistério da primeira hora de Apolônio? O Primeiro mistério é igual ao quarto e
ao vigésimo mistérios - que é o estudo dos mistérios de Malkuth, nossa
fisicalidade - e que são [tais mistérios] iguais às vinte e quatro horas da noite e dia. O vigésimo
quarto mistério é 2 + 4, igual a 6, ou à criação de Adão, 1440, no sexto dia -
que são 24 horas multiplicadas pelo pelos 6 dias. Se buscarmos no Tarot
descobriremos que o Arcano vinte e quatro é a tecelã. A tecelã é o mistério da
Divina Mãe Natureza, tecendo o tear de Deus, o mistério que estamos explicando
aqui.
O mistério das vinte e quatro horas relaciona-se com Malkuth, na
medida do estabelecido, em que Malkuth tenha vinte e quatro horas. Em outras
palavras, essas vinte e quatro horas estão relacionadas com o mistério das
vinte e quatro horas, cujo ele, o mistério, é a tecelã ou natureza. A Divina
Mãe tece o destino de todas as almas através da luz Solar, o Primeiro Mistério.
Os fios do tear da Divina Mãe Natureza são feitos de luz Solar. Os raios do Sol
são os fios da luz que a Mãe Natureza tece dentro dos diferentes elementos que
se tornam forças diferenciadas de luz, às quais precisamos adquirir a fim de
nos desenvolvermos espiritualmente, psicologicamente. Eis por que a natureza é
a esposa de Deus.
O Primeiro Mistério é Kether, a Coroa, o Pai
de todas as luzes. Quando nós, Gnósticos, chamamos Pai, dizemos: “o Pai de todas as luzes”; Kether. Sua
esposa é o mistério das vinte e quatro horas, que é Malkuth, que contém todas
as luzes. É assim por que o primeiro Mistério é igual às vinte e quatro horas,
uma vez que o Primeiro Mistério é a Luz Solar, a luz do Sol, a luz do Pai que
se encontra dentro da natureza. Eis por que está consignado: “E havendo Deus [Malkuth] terminado no dia
sétimo a sua obra que fizera, descansou nesse dia de toda a sua obra que tinha
feito. E abençoou Deus [Malkuth] o dia sétimo e o santificou, por que nele
descansou de toda a obra que como Criador, fizera”.
Elohim descansou no sétimo dia de todo o seu
trabalho que houvera feito. Em outras palavras: Elohim descansou em Malkuth, na
Mãe Natureza, de todo o seu trabalho que houvera feito. Por que é o sétimo dia?
Porque entre os sete Sephiroth mais baixos Malkuth é o sétimo Sephirah. Então,
as forças solares se desenvolvem através de vinte e quatro horas na Mãe
Natureza. Em nosso caso, Malkuth é nosso corpo físico, nossa própria particular
natureza.
Ademais, lembremos-nos que em outras
palestras falávamos acerca dos sete cosmos, e que o quinto cosmos é chamado
Mesocosmos, que é a própria Terra ou qualquer planeta governado pelas vinte e
quatro leis. Notemos como nada aqui é perdido; o sexto cosmos é o microcosmos
que emerge das vinte e quatro leis que em si mesmas governam todos os planetas,
estando relacionadas com o Arcano vinte e quatro, que é o Primeiro Mistério.
Então, do Mesocosmos emergem os cinco corpos Solares ou cinco efeitos da luz
que constituem o autêntico Microcosmos, chamado o Pentagrama.
Isso também representa o Cristo Cósmico, o
Pai na forma de uma pomba. Eis como o Pistis Sophia explica: “A pomba branca é o símbolo do Espírito Santo, Binah, Inteligência.
Através de Binah, o Espírito Santo, Cristo o Pai, impregna Cristo a Mãe, que é
o vigésimo quarto mistério, a fim de os corpos Solares, que são os maravilhosos
efeitos da Luz Solar, o Pentagrama, o Sol, também o Filho o Cristo, surjam em
nós como o sexto mistério, o Microcosmos”.
Aí está por que encontramos nos Evangelhos
que quando Mestre Jesus está conversando como Cristo, ele diz: “Eu Sou a luz do mundo”, uma vez que a
luz Solar estava encarnada nele. Em Pistis Sophia, ele disse: “Eu saí daquele Primeiro Mistério, que é o
último mistério, que é o quarto e o vigésimo mistérios”. Isto nos está
dizendo muito. Ele está dizendo que o Salvador Yeshuah sai, emerge do Primeiro
Mistério, porém que o Primeiro Mistério está dentro da natureza, que é o último
mistério, que é o quarto e o vigésimo mistérios. Então, onde estará o Pai, o
Criador? Nós O encontramos dentro da natureza, porquanto Ele é a luz Solar.
Assim sendo, O encontramos dentro do vigésimo quarto mistério, que o mistério da
tecelã, nossa Divina Mãe Natureza.
Na Iniciação Cósmica Venusta, a Mãe Cósmica é
representada por aquela mulher da Revelação que está vestida com o Sol, o dia,
a Lua, a noite, e sob seus pés e ante sua cabeça está o Nychthemeron, ou a
coroa de doze estrelas. Os dois anciãos representam humilhação e exaltação para
cada uma das doze constelações que se relacionam com as vinte e quatro horas da
noite e dia. A Mãe Cósmica está acima, em Daath, estando com criança em dores
de parto doloroso, para ser nascida em Malkuth, nossa própria fisicalidade
individual ou Mãe Natureza inferior.
Vejamos aqui como o trabalho Crístico que
temos a desempenhar, relaciona-se com a luz Solar e como está relacionado com o
Sol e com a Lua em Malkuth, com o Nychthemeron que temos de estudar em
detalhes, a fim de compreendermos em que nível nos encontramos. Lembremos que
cada iniciação, cada simples dia, tem vinte e quatro horas, que são divididos em
noite e dia, tarde e manhã, Lua e Sol, representando signos ou símbolos de
humilhações e exaltações, dias de iniciações, anos ou eras esotéricas.
A Bíblia conduz isso de maneira muito
críptica, especialmente nas cartas do Apóstolo Paulo de Tarso. Quando lemos as
Epístolas ou cartas do Apóstolo Paulo, que – não por coincidência – trocou seu
nome de Sheol ou Saulo para Paulo ou o apóstolo Apolo, está assim consignado:
“Refiro-me ao fato de cada um de vós dizerdes:
Eu sou de Paulo, e eu sou de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo”. (Coríntios 1:12)
“Seguindo ele estrada afora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma
luz do céu brilhou ao seu redor. E caindo por terra, ouviu uma voz [de Apolo, o
Sol] que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?” (Atos 9:3-4).
À Paulo, Apollo fala muito claro sobre o
Nychthemeron em 2 Coríntios 11:23-29. Ele diz:
“São Ministros (Diakonos uma palavra que
significa ministros, que em Sânscrito significa Bodhisattvas) de Cristo”?
Em outras palavras: estão eles realmente
seguindo a luz do Sol? Dado que Paulo sempre fala sobre o Cristo interno, que é
a luz Solar que temos a desenvolver, ele continua: “Eu falo como um tolo”.
Significando que é nossa natureza humana que
fala como um tolo, relacionando-se com as cartas do Tarot, com a carta 21, o
Tolo, relativa ao ego que possuímos. Ainda, Cristo é a Luz do céu, a luz Solar
de Apolo. É a luz do mundo, a luz da vida; que ilumina ou dá sabedoria a todo
homem que vem ao mundo. É a luz que dá vida a qualquer coisa existente. É a luz
que subitamente brilhou em torno de Saulo em sua jornada a Damasco. Então, quem
é aquele que sempre fala de Cristo? Em meu caso, meu exemplo, é o Tolo. Eu sou
o Tolo. Então, a fisicalidade, a personalidade de qualquer iniciado discursivo
é o Tolo. O iniciado encerra, termina de ser o Tolo, quando ele ressuscita.
Antes da ressurreição todos somos um tolo. Por isso, diz Paulo: “Eu falo como um tolo”, como um doido,
porque ele ainda está em processo. Que processo? O processo de Nychthemeron.
Paulo continua, dizendo:
“Eu
ainda mais [estive]: em [os 12] trabalhos, muito mais, muito mais em prisões
[karma]; em açoites, sem medida; em perigos de morte. Muitas vezes”.
Quando as pessoas leem essa última citação,
pensam na morte como a morrer fisicamente. Não, não, não, não! Paulo se refere
à morte psicológica, porquanto ao experimentarmos o Nychthemeron experimentamos
o processo da aniquilação de nosso ego. Se
quisermos nos elevar com o Sol, temos primeiramente de afundarmos no abismo, em
nossa subconsciência, infraconsciência. É lá onde encontraremos nossa sujidade
sensual, a repugnante raiva, a ambição, o orgulho, a preguiça, a gula, a
inveja. Afundamos no abismo a fim de desintegrar todos os nossos defeitos que
são nossos elementos animais. Para tanto, teremos também de afundarmos em
Meditação e mergulharmos na inconsciência que é o inferno em nós, onde nossos
demônios habitam. Precisamos de todas essas coisas para morrermos repetidas vezes através da
compreensão.
A luz Solar de Apolo destrói o ego como
Apollyon, o destruidor. Entendem isso? Quando afundamos dentro de nosso próprio
abismo, então a luz Solar de Apolo, que é Cristo que temos a encarnar, torna-se
Apollyon, o anjo do abismo, que destrói Saul, Sheol - o inferno que se encontra
dentro de nós. Cristo é a estrela que cai
do céu na Terra: e a ele foi dada a chave do poço do abismo. (Revelação
9:1)
Revelação abrange muitas coisas, coisas
crípticas. Nela está assinalado que “o
anjo do abismo abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como fumaça de
grande fornalha e com a fumaceira saída do poço escureceu-se o Sol [Apolo] e o
ar. Também da fumaça saíram gafanhotos para a Terra; e foi-lhes dados poder
[sexual] como os que têm os escorpiões da Terra”... E muitos outros
mistérios que são cabalísticos. “E tinham
sobre eles, como seu rei, o anjo do abismo, cujo nome é Abadom, e em grego,
Apoliom (o destruidor)”. Não iremos nos aprofundar no nome Hebreu Abadom
por que agora estamos nos direcionando a Apollyon, que é Grego.
Apollyon é o destruidor e naturalmente está
relacionado com a profecia que nesses dias e Era está sendo cumprida pelo
Mestre Samael Aun Weor, e que é a quinta causa da luz do Pentagrama que trouxe o
conhecimento de Cristo, a luz Solar de Apolo. Samael atua em duas vias: acima,
ele doa sua luz ou luz Solar de Apolo, de tal modo que as trevas abaixo do anjo
do abismo, Apollyon, o destruidor, possam ser destruídas.
“Gostaria
que soubessem que quando uma raça perde todo o interesse em ideias solares, o
Sol [Apolo] também perde todo o interesse por aquela raça [como Apollyon] e a
destrói. Nesses momentos, o Sol quer destruir esta raça por que já está inútil
para o experimento. Contudo, antes de destruí-la, o Sol realiza um supremo
esforço. Com grande esforço, o Sol se dispõe a uma colheita, muito embora seja
uma pequena colheita de humanos solares”. – Samael Aun Weor.
Continuemos lendo o que Paulo de Tarso está
experienciando em seu Nychthemeron.
“Cinco vezes recebi dos Judeus uma quarentena
de açoites menos um. Fui três vezes fustigado com varas, uma vez apedrejado, em
naufrágio três vezes, uma noite e um dia passei na voragem do mar [melhor
dizendo, na face do abismo]. – 2 Coríntios 11:24-25.
Em Grego está escrito: “Passei um Nychthemeron no mar aberto”. O mar aberto é o símbolo das águas criativas
em nós, no planeta e natureza. Estarmos na profundeza do mar equivale a
estarmos no poço sem fundo, o símbolo da força sexual.
“Em jornadas muitas vezes, em perigos de
rios, em perigos de salteadores, em perigos entre patrícios, em perigo entre
gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em
perigos entre falsos irmãos. Em trabalhos e fadigas, em vigílias muitas vezes;
em fome e sede, em jejuns muitas vezes, em frio e nudez. Além das coisas
exteriores, há o que pesa sobre mim diariamente, a preocupação com todas as
igrejas. Quem enfraquece, que também eu não enfraqueça? Quem se escandaliza,
que eu não me inflame?”.
Coríntios 11:23-19.
Esta passagem indica que tudo acontecido a
Paulo, ocorreu não somente externa como internamente, dentro dele. Estando
relacionado a tudo de seu processo psicológico, conforme ele verifica em outras
de suas cartas:
“Porque bem sabemos que a lei é espiritual; eu, todavia, sou carnal,
vendido à escravidão do pecado. Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo
de agir, pois não faço o que prefiro, e, sim, o que detesto. Ora, se faço o que
não quero, consinto com a lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou
eu, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha
carne, não habita bem nenhum: pois o querer o bem está em mim; não, porém, o
efetuá-lo. Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse
faço. Mas se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e, sim, o pecado
que habita em mim. Então, ao querer fazer o bem, encontro a lei de que o mal
reside em mim. Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de
Deus; mas vejo nos meus membros outra lei que, guerreando contra a lei de minha
mente, me faz prisioneiro da lei do pecado que está nos meus membros.
Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte? Graças a Deus
por Jesus Cristo nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente sou
escravo da lei de Deus, mas, segundo a carne da lei do pecado”. Romanos 7:14-25.
Assim, para destruirmos o pecado que habita
em nós, precisamos afundar no abismo que está dentro da noite. É esse,
precisamente, o problema aqui na iniciação. Algumas vezes, o iniciado está
trabalhando durante o dia, durante a “mera”, durante sua bela manhã ou
“kalimera”, conforme é dito em Grego. Nessa mera, em sua manhã, em seu dia, ele
está bem e sua luz está em desenvolvimento, visto que o Senhor está com ele,
porém ele quer novamente crescer mais na luz, alcançar nível mais alto do que
aquele em que se encontra. Então, ele precisa afundar no abismo porque a luz é
tomada das trevas. Não podemos tomar a luz da luz, porém tomá-la das trevas. Está
escrito:
“No
princípio criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, era sem forma e vazia:
havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus [Elohim] pairava por
sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz. E viu Deus que a luz era
boa; e fez separação [melhor dizendo, extraiu] entre a luz e as trevas [nossa
própria inconsciência, subconsciência e infraconsciência]; Chamou Deus à luz do
Dia, e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia [de Nychthemeron]”
– Gênesis 1:1-5.
Quando Elohim disse, “haja luz”, disse isso uma
vez que, pairando diante das trevas, era encontrar-se face ao abismo, logo, às
trevas, “e houve luz”. Então, foi assim que a luz brilhou da face do abismo. De
fato, isso é um processo de Alquimia, de iniciação. A primeira hora do
Nychthemeron de Apolônio, diz: “Se unidos
os demônios cantarem louvores a Deus, perderão suas malícias e furores”.
Quem são esses demônios que perdem suas
malícias e furores? Esses são vocês e eu e todos aqueles que entram no caminho.
A primeira hora é a hora em que entramos no caminho – quando compreendemos que temos de salvar nossa energia sexual.
Por quê? Porque tudo do Nychthemeron está sintetizado na nona hora, relacionada
com Lúcifer, com a magia sexual, com a Castidade. Tal é a nona hora. Está
escrito:
“Desde
a hora sexta [onde o espírito vê todos os monstros luxuriantes e não os teme]
até a hora nona houve trevas sobre toda a terra [que aqui foi desvelada]. Por
volta da hora nona [a hora da magia sexual], clamou Jesus em alta voz, dizendo:
Eli, Eli, lemá sabactâni, que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me
desampareste? – Mateus 27:45,46
Daí, da sexta até a nona hora houve trevas na
Terra – a fisicalidade do iniciado. Jesus morreu na nona hora. Isso acontece
por que a completa morte do ego, aquele que personifica tudo dos defeitos
psicológicos que detemos interiormente, é desempenhada na nona esfera, no
verdadeiro ato sexual ou pela utilização da energia Solar que se encontra
dentro dos nossos órgãos sexuais. Os órgãos sexuais dão a vida, ainda que também a destroem,
conforme estamos aqui explanando, porque a luz Solar de Apolo é a energia
sexual. Se utilizarmos a luz Solar sexual de modo errado, ou seja, de maneira
luxuriante, então destruímos nossas vidas. Tornamos-nos, assim, um amigo muito
íntimo de Apollyon, recaindo num processo mecânico. Uma coisa é termos Apollyon
como amigo em um modo iniciático cabalístico, e outra é utilizarmos as forças
de Apollyon de maneira luxuriante a fim de serem destruídas no inferno.
Lamentavelmente, a humanidade gosta de Apollyon no modo concupiscente; como
resultado, Apollyon a destruirá no abismo, uma vez que ela abusa da energia sexual
Solar.
A primeira hora está também relacionada com o
que está escrito no Livro do Gênesis, “A
Terra, porém, era sem forma e vazia”, pois todos os elementos da primeira
hora estão no caos, espalhados em todas as partes. Eis por que está também
consignado que Yod-Havah Elohim criou
Adão do “pó da terra”, ou dos fragmentos de pedaços de terra; Yod-Havah Elohim os juntou a todos a
fim de modelar Adão com Sua vontade.
Tal é a primeira hora. Onde estaria Yod-Havah Elohim juntando Aqueles fragmentos de terra, solo e poeira, a fim de moldar Adão com sua vontade? Ele reunia isso de Adamah, o chão. Assim é como está escrito na Bíblia. Em hebreu, Adamah significa chão, representa a terra, o corpo físico, Malkuth, a Sephirah feminina. A vontade de Deus é aquele Ruach Elohim que estava se movendo sobre as águas genésicas do primeiro dia.
Tal é a primeira hora. Onde estaria Yod-Havah Elohim juntando Aqueles fragmentos de terra, solo e poeira, a fim de moldar Adão com sua vontade? Ele reunia isso de Adamah, o chão. Assim é como está escrito na Bíblia. Em hebreu, Adamah significa chão, representa a terra, o corpo físico, Malkuth, a Sephirah feminina. A vontade de Deus é aquele Ruach Elohim que estava se movendo sobre as águas genésicas do primeiro dia.
Vejamos como o Nychthemeron explica isso:
Adão está relacionado com a nona esfera, e também com Yod, Hei, Vav, Hei, desde que – cada nome, conforme já
explicado – cabalisticamente, some nove. Vocês compreendem isso? É a nona
esfera onde Adão, o homem, é feito à imagem de Elohim Yod, Hei, Vav, Hei, que é nove e Adão
também é nove. Eles tornaram-se um nove na nona esfera porque 9 + 9 somam 18 e
1 + 8 somam 9, Yesod, a energia sexual, os órgãos sexuais, a raiz da Árvore da
Vida. Yesod é também onde Elohim está trabalhando, melhor dizendo, o Ruach de
Elohim. Ruach, significa espírito. Elohim significa Deus ou Deuses. Assim é como
Ruach Elohim, ou, o Espírito de Deus e Deusas movem-se sobre as águas da
sexualidade. Este Ruach Elohim é Binah, o Espírito Santo, o Criador, na forma
de uma pomba branca.
Somos cristãos? Realmente queremos que o
Senhor nasça dentro de nós? Ouçamos, então, como Jesus explica no Pistis
Sophia. Disse, Jesus: “Eu venho do
Primeiro Mistério, que é o último mistério, que é o quarto e o vigésimo
mistérios. O Primeiro Mistério que é antes de todos os mistérios, o Pai na
forma de uma pomba”, significando o Espírito Santo que é o Ruach Elohim. Em
outras palavras, quando conhecermos o mistério da alquimia sexual, então
aprenderemos como sublimar nossa energia sexual Solar sob a vontade de nosso
Deus Interno. Isto é feito quando nos lembrarmos de orar a Deus durante o ato
sexual; então Deus realiza tal sublimação através de nós, dentro de nós.
Compreendamos: o Primeiro Mistério é o Espírito Solar, o Ruach Elohim que se
eleva em nossa espinha das águas de nossa fisicalidade, seu vigésimo quarto
mistério. Contudo, através das vinte e quatro horas esotéricas (2 + 4 dando 6,
os amantes) homem e mulher precisam vencer suas luxúrias e seus muitos defeitos
psicológicos que habitam em cada um.
Isto é feito através de doze, as doze horas
de Apolo, o Sol. O casal precisa, primeiramente, afundar no abismo por que cada
uma das doze horas de luz tem que se conectar com cada uma das doze horas das
trevas. Se quisermos a luz brilhando dentro de nós precisamos tomar a luz das
trevas. Então, temos de afundar dentro das trevas. Eis por que falamos somente
das doze horas e não das vinte e quatro, porém compreendamos que cada hora tem
uma noite e uma manhã, conforme mencionado no primeiro dia do Gênesis. A noite
tem doze horas e a manhã tem outras doze horas que perfazem as vinte e quatro
horas do Nychthemeron.
Entendemos isso? Quando vermos a primeira
hora em nossos sonhos ela nos estará dizendo claramente que temos de trabalhar
dentro de nossa subconsciência, que temos de afundar, de fazer a luz brilhar
nas trevas, de trabalhar com os fragmentos dispersos de Israel que estão
armazenados dentro de nossa natureza psicossomática. Esses estão sintetizados
em nossos órgãos sexuais. Sim, a semente das doze tribos de Israel, os doze
arquétipos de איש Eysh, Fogo, Ra ר o Sol e El אל Deus – Israel em Tiphereth
– estão em nossos órgãos sexuais. Logo, se derramarmos nossa energia sexual não
poderemos realizar qualquer trabalho alquímico Solar. Se aprendermos como
transmutar nossa energia sexual e como sublimá-la em nosso coração, então
começamos a trabalhar a primeira hora do Nychthemeron. Daí, compreenderemos por
que Jesus disse cabalisticamente: “Eu
venho daquele Primeiro Mistério, que é o último mistério, que é o quarto e o
vigésimo mistérios”. – Pistis Sophia Desvelada.
“Disseram-lhe os discípulos: Mestre, ainda agora os judeus procuravam
apedrejar-te, e voltas para lá? Respondeu Jesus: Não são doze as horas do dia?
Se alguém andar de dia não tropeça, porque vê [Cristo] a luz deste mundo. Mas
se andar [nas doze horas] de (a) noite, tropeça, porque nele não há luz”. –
João 11: 8-10.
É através da alquimia sexual que o Senhor
INRI se elevará em nossa coluna espinhal como luz. INRI é nosso Salvador, nosso Salvador particular, nossa própria luz que despertamos no início do
desenvolvimento dos cinco Efeitos da grande Luz, o Pentagrama, a estrela de
cinco pontas dentro de nós. Então, naturalmente, nos tornamos um demônio
arrependido. Daí, perdermos a malícia e furor por que não mais utilizamos nossa
energia sexual a fim de alimentarmos o ego luxuriante, porém para termos a luz
dentro de nossas almas. É neste sentido, por que a primeira hora se relaciona
com o estudo transcendente do ocultismo. Quando as pessoas leem que a primeira
hora se relaciona com o estudo transcendente do ocultismo, significa que seja para a unificação
dos demônios que cantam louvores a Deus e perdem suas malícias e furores.
Elas podem inquirir-se: “Isso significa que
temos de memorizar a Biblia a fim de que possamos oralmente louvar a Deus, ou
que devemos acumular um monte de livros esotéricos para nos tornarmos eruditos?
Por que está claramente dito, ‘Transcendente estudo do ocultismo?’”. Não! Não
significa isso. Transcendente estudo do ocultismo significa o estudo das divinas
forças ocultas em nós. Tal é o verdadeiro estudo do ocultismo. Fazemos isto
quando afundamos em meditação e quando lemos estudando nosso próprio livro, que
somos nós mesmos. Os grandes Mestres que estudaram suas divinas forças ocultas
escreveram a Bíblia, o Corão, o Bhagavad Gita e muitos outros livros sagrados,
e os escreveram do mesmo modo críptico, dissimulado ou oculto. A Bíblia é um
livro de ocultismo bem como o Corão, o Zohar.
Desse modo, necessitamos saber; aprender como
estudar, como mergulhar naquelas sagradas escrituras a fim de retirarmos as
luzes ocultas dos seus interiores. Fazemos igualmente isso quando lemos uma
Bíblia de outra qualquer religião, com o mesmo objetivo de retirarmos a luz que
se encontra oculta atrás da letra morta.
“Examinai
as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que
testificam de mim”. João 5:39.
Da mesma maneira, temos de fazer isso
enquanto meditamos intimamente, pois todos nós somos livros com muita
quantidade de luz interior. Desafortunamente, estamos presos no Egito. Os doze
arquétipos de Israel estão prisioneiros, estão em escravidão por nosso próprio
faraó – nosso intelecto – no interior de nossa fisicalidade, o Egito. Vivemos
como escravos, mas desejamos deixar dessa servidão e o único caminho é aceitando
o Salvador, o libertador vir a nós. Ainda assim, primeiramente, temos de
permitir ao nosso Deus Interno reunir todos os espalhados elementos de Adão. Então,
como demônios arrependidos, ajoelharemos e cantaremos graças a Deus e diremos:
“Deus, agradeço-Te por estar perdendo meu nível demonológico – o nível
demoníaco em que me encontro – assim, estou começando a tornar-me a semente de
um anjo”. Este é o começo, a primeira hora, quando estivermos condenados à
morte psicológica.
SEGUE SEGUNDA PARTE
[Nychthemeron, as Horas de Apolônio]
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