terça-feira, 21 de maio de 2013

Corpo Etérico


        O corpo etérico é o segundo dos sete corpos de manifestação do homem. Faz parte do complexo alma. A alma humana pode ser classificada em dois níveis: superior e inferior. Esta classificação, no entanto, é elusiva, somente para a indução de um entendimento de padrões vibratórios e funções, não sendo de modo algum a separação entre duas almas. A alma humana é uma só; é indissociada da unidade de consciência chamada homem, mergulhado nas dimensões planetárias.
   

       A classificação de alma superior está adstrita ao Ego Maior, considerada a Alma Imortal, que, na verdade, não é imortal, senão unicamente no espaço-tempo. Há muitos processos internos de âmbitos superiores e velados pelos quais o Ego haverá de passar, em que a Alma também se dissociará de alguns atributos, dissolvendo-se e abandonando milenares funções, para se polarizar em atributos maiores do Espírito ou Mônada [ver outras referências no link: NOVA ERA OU ERA DOURADA - páginas 12 e 13].

       A alma inferior, como sabemos, é o eu-personalidade, vivente uma única vez naquela forma, naquela soma de vontades, desejos e ações segundo o que lhe determina o carma circunstancial para aquela vida. É constituído de o corpo físico, o corpo etérico, o corpo emocional e o corpo mental inferior ou concreto. Identificamos este eu menor, ego inferior ou personalidade, como sendo o quadrado místico, por estar fundamentado em quatro corpos nos quais a personalidade vive, respira, age e funciona no mundo das formas.

        A alma superior ou Ego Superior fundamenta-se nos corpos atma, buddhi e manas superior, ou seja, na chamada tríade superior. Nesta dimensão da Alma, temos outros componentes formadores de sua estrutura, que não se consideram, propriamente, como corpos na mesma medida dos já citados, mas como receptadores ou adicionais veículos sobre os quais a consciência opera. Neste particular, temos o corpo causal, coletor e registrador de todos os sucessos nos eventos humanos, o sutratma e o antakarana [siga o link: O ANTAKARANA para maiores elucidações].

         Vimos que o corpo físico é o mais denso e sólido de todos os corpos do homem e aquele que não possui volição alguma. Isto não acontece com o corpo etérico, uma vez que este corpo possui um tipo de consciência, embora bastante restrito. Ao captar as vibrações do mundo denso e as transferir aos corpos de vibrações superiores da personalidade, e no sentido inverso, o corpo etérico grava em suas contexturas celulares alguma memória dos fatos. E esta memória faculta-lhe um tipo débil de consciência.

     O corpo etérico é imprescindível para a vida do corpo biológico, influindo diretamente nas dispensações e intercâmbios energéticos, sendo por isso também denominado corpo físico-etérico.

       Abordamos anteriormente ao fato de que a matéria varia pelos graus de vibrações de seus átomos. Isto quer dizer que a matéria se apresenta em diferentes tipos de densidade nos planos ou mundos do universo. Consoante esta realidade, o ocultista reconhece também na formação dos corpos do homem sete graus de matéria, que são: atômico, subatômico, superetéreo, etéreo, gasoso, líquido e sólido.

     O corpo etérico é constituído de quatro éteres distintos, chamados éteres físicos, que são variações do éter cósmico ou akasa. Através das assimilações do corpo etérico, o corpo físico consegue realizar suas funções e dispensações orgânicas e através dos sentidos etéricos o cérebro denso vem reter as impressões cósmicas adstritas aos fenômenos mais comuns que nos rodeiam. 

       São os seguintes os éteres que dão formação ao corpo etérico:

           Éter Químico – É aquele que desempenha a função de assimilar os elementos da nutrição do ser e realiza o movimento de excreção das substâncias que não servem para alimentar.

       Éter Vital – Impregna e estimula as funções vitais dos átomos de todos os organismos, bem como provoca a divisão e a diferenciação sexual, para a continuidade da vida.

       Éter Luminoso – É o éter ligado aos cinco sentidos e que constrói os olhos humanos. Atua como transferidor das emoções e sensações de modo objetivo, do interior da alma humana para o exterior, como também provoca toda possível percepção pelos sentidos, da gama de vibrações do exterior.

     Éter Refletor – Chamado de a “memória da natureza”, nele se imprimem, sucessivamente, todos os pensamentos e ações do ego, como também todos os fenômenos da natureza e do cosmos inteiro. É o veículo no qual os psíquicos avançados conseguem ler os fatos passados, desde reencarnações de épocas longínquas. Nele, a cada reencarnação do ego, veicula-se o resultado de atos e pensamentos do passado que atuam sobre a personalidade do indivíduo sob aspectos do carma.

       Estes éteres agem e reagem do corpo etérico para o corpo denso, tendo ainda importante elemento a vitalizar todas as células e as estruturas intracelulares de ambos os corpos, que é o prâna. O prâna conforme visto, dimana do Sol e vem impregnar todas as formas da natureza. De tal sorte este elemento vem participar do conteúdo do corpo etérico que o transforma num veículo do prâna. Tanto os éteres, quanto o prâna, como as forças sutís denominadas tatwas vêm se misturar neste corpo para fazê-lo desempenhar suas importantes funções.

       Em determinadas pessoas plenas de saúde o corpo etérico adere ao corpo físico, emanando sua aura que se expande além dos limites físicos. Entre o corpo físico e o corpo etérico há uma espécie de mútua ressonância, pois qualquer sensação de dor, calor, frio, etc., sentida por um deles repercute imediatamente no outro. Em pessoas de pouca saúde, ou em pessoas mediúnicas, o corpo etérico não permanece tão próximo do corpo físico. Durante o sono natural, ele se afasta mais do que o comum, ficando a pairar sobre o corpo físico.

      Todos os fenômenos produzidos pelas pessoas têm a participação direta do corpo etérico. Ele é um veículo fenomênico. Alguns dos fenômenos de que o corpo etérico participa são: a telequinese (a capacidade de fazer mover objetos com a mente), as materializações mediúnicas, as levitações, a hipnose, as projeções à distância e outros.

       Nos casos de materializações de espíritos, há outro elemento que exsuda do corpo etérico e que se exterioriza através dos orifícios do corpo, denominado ectoplasma. Com esse elemento é possível aos espíritos fazerem aparições tangíveis em reuniões para esta finalidade, ou lançarem-se à distância e serem vistos noutros eventos.

       O corpo etérico, apesar de bastante versátil em seus movimentos, funções e projeções e em muitas pessoas produzir fenômenos à distância, em condições normais ele não se desprende do corpo físico. Quando isto acontece, por outros fatores, há de imediato o consequente estado de morte do corpo físico. Durante toda a vida da personalidade, o corpo etérico prende-se ao físico por um cordão prateado energético, chamado “cordão umbilical”. As próprias projeções que realiza à distância não são propriamente por inteiro, mas de parte dele. A mediunidade, em todas as suas variações, estriba-se nos recursos deste corpo fenomênico. 

     Em se tratando da chamada mediunidade de incorporação – que na realidade não é incorporação alguma – o corpo etérico afasta-se alguns centímetros do corpo denso ficando à deriva, permitindo assim aos comunicadores interferirem nas sequências das ondas mentais do ego a fim de lançar as suas mensagens.

      Quando os comunicadores realizam incursões no campo físico eles coordenam parcial ou completamente as reações motoras do cérebro, apoderando-se dos mecanismos do sistema simpático, imprimindo neles o ritmo desejado. Deste modo, conseguem também inibir e dominar as ações e reações dos mecanismos conscientes, realizando toda a sorte de fenômenos que sejam possíveis, nas condições do ambiente e capacidades do médium.

       É no corpo etérico que se propaga o sistema principal dos sete chackras, que são espécies de discos giratórios. Localizam-se ordinariamente a uma distância de 6 a 12 mm do corpo físico, mas dependendo do adiantamento espiritual de cada pessoa, podem alcançar de 5 a 25 cm de diâmetro. São os seguintes estes chackras principais e suas localizações aproximadas:

                  Português               Sânscrito                Localização Aproximada

        1.       Coronário                Sahasrara               Alto da Cabeça
        2.       Frontal                     Ajna                         Entre os Supercílios
        3.       Laríngeo                  Vishuda                   Garganta
        4.       Cardíaco                  Anahata                   Coração
        5.       Esplênico                Svasthisthana         Baço
        6.       Umbilical                 Manipura                 Umbigo/Plexo Solar
        7.       Básico                     Muladhara                Base da Coluna Vertebral

        Estes chackras relacionam-se também com o sistema endócrino, atuando nas glândulas e influenciando os seus metabolismos. Os chackras se prendem ao corpo etérico por meio de talos ou condutos, chamados de nâdis. Os nâdis principais são três: o sushumna, ao centro; o pingalâ, à direita, e o idâ, à esquerda.  

       Mencionamos que uma vez rompido o cordão umbilical que ata o corpo etérico ao corpo denso, a morte física se dá de imediato. Nos cemitérios, no período médio de sete dias, o corpo etérico ainda permanece pelas cercanias do morto por uma atração natural e magnética de seus átomos e células. Porém, ao desprender-se completamente ele se desfaz em luminosa energia, retornando a energia ao reservatório da natureza. Esta energia luminosa, reconhecida pelos olhos humanos, é chamada de “fogo-fátuo”. 
Rayom Ra

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