De todas as entidades que prestam serviços ao nosso Sol, a Veladora Silenciosa da Terra, a Bem-amada Imaculada, foi o primeiro Ser a obter acesso ao Coração-Espírito-Vontade. Segui-la-á, em futuro próximo, o atual Senhor do Mundo, o Senhor Gautama.
O trabalho de um Buda consiste em infundir e sustentar o Amor Divino e o Fogo Sagrado na alma humana, durante o tempo que ela necessita permanecer aqui, para que amadureça e alcance o desenvolvimento. O Buda transmite à Terra a essência e a vibração do reino celeste, a fim de que a alma não se sinta completamente banida daquele reino e a Centelha Divina continue presente, neste mundo.
Essa tarefa foi desempenhada durante muitos séculos pelo Grande Senhor Gautama, até ele aceitar o cargo de Senhor do Mundo, quando, no Ano Novo de 1956, Sanat Kumara liberado do compromisso que assumira, regressou a seu planeta de origem.
O Senhor do Mundo é o chefe supremo da Hierarquia Espiritual e também a mais alta autoridade no campo das atividades transcendentes. Ele é o verdadeiro doador das energias irradiadas pelo Cérebro Divino e, sob sua orientação, servem o Instrutor do Mundo e os Senhores do Conselho Cármico.
O INSTRUTOR DO MUNDO OU CRISTO CÓSMICO - O GRANDE DIRIGENTE
É seu propósito desenvolver a consciência dos filhos da Terra e uní-los aos raios de Buda, impulsionando, assim, a evolução deste planeta. Esse grande Ser é o fundador das religiões terrenas e geralmente serve durante catorze mil anos, ensinando a todos os mensageiros da Palavra de Deus a forma de atingir os centros espirituais das diferentes sete faixas da humanidade.
Essa atividade era exercida anteriormente pelo Senhor Maitreya, enquanto o Senhor Gautama ainda era o Buda. Depois que o Bem-Amado Sanat Kumara regressou a Vênus, e o cargo foi ocupado pelo Senhor Gautama, o Senhor Maitreya, tendo ascendido mais um grau, foi, por sua vez, guindado ao posto de Buda. E para substituir Maitreya nas funções de Instrutor do Mundo ou Cristo Cósmico foram nomeados, conjuntamente, os Bem-Amados Mestres Jesus e Kuthumi.
SENHOR GAUTAMA, O BUDA DE ANTIGAMENTE, HOJE O SENHOR DO MUNDO
O Príncipe Sidartha Gautama, em sua última encarnação terrena, há dois mil anos, aproximadamente, teve como pai um soberano Indu, e foi educado por Seu genitor com extremo cuidado e carinho, o qual procurou afastá-lo de todos os fatos repugnantes e sórdidos da vida. Mas, ao atingir certa idade, o moço, repentinamente, tornou-se consciente da triste situação do mundo em consequência do mau procedimento da humanidade. Isso o deixou tão compadecido que resolveu abandonar tudo: fortuna, posição social, esposa e filhos, para ir à procura de explicações para os males que via e o afligiam.
Por sete longos anos, em busca de uma resposta, percorreu todos os caminhos possíveis e acessíveis. Finalmente, cansado de procurar, sem sucesso, uma solução para os problemas humanos, voltou-se para o "caminho interior" e, pela meditação, concentração e êxtase percorreu todos os planos e esferas até alcançar a iluminação.
Desde o tempo em que o véu proveniente das criações humanas encobriu a Presença Divina, ele foi o primeiro de todos os Instrutores a penetrar nas esferas mais elevadas, tornando-se um Mestre. Mas o seu maior merecimento consiste em ter amado tanto a humanidade que renunciou às gloriosas esferas de luz, onde poderia permanecer, para descer ao convívio dos homens e transmitir-lhes as verdades fundamentais, reveladas em sua iluminação, e expostas de maneira simples, para que possam ser compreendidas e aplicadas na vida cotidiana.
A partir de sua ascensão a Buda, o Senhor Gautama tem comparecido uma vez por ano à festa de Wesak, na Índia, para novamente entrar em contato com os humanos. Essa festa realiza-se no plenílunio do mês de maio, ocasião em que a luminosa Presença deste Grande Ser aparece aos discípulos e derrama sobre a humanidade uma torrente de bênçãos e energias.
Em fevereiro de 1953, após muitos apelos insistentes e fervorosos dos discípulos, entrou em atividade o Templo da Bem-Amada Kuan-Yin, Deusa da Compaixão e Misericórdia, localizado no plano etérico, sobre a cidade de Pequim. Na ocasião, foi possível contemplar com nitidez a presença do Senhor Gautama, em seu corpo de luz, bem como as legiões ascensionadas. Ele resolvera permanecer naquele Templo para emitir um impulso adicional de amor e luz e assim auxiliar a libertação dos homens.
Daquele tempo até o ano novo de 1956, o Senhor Gautama preparou-se para assumir o cargo de Sanat Kumara e para isto foi necessário que sua aura adquirisse tal dimensão, que pudesse envolver toda partícula de vida na Terra, até mesmo a menor haste de relva.
O Senhor Gautama deu-nos instruções detalhadas sobre a Senda do Meio, que significa o equilíbrio da vida e o domínio dos quatro corpos inferiores. E ele nos diz:
"Trago-vos a paz que há eons formou a minha aura. Se a quiserdes ela poderá fazer parte de vosso mundo. Há muitos séculos, quando eu ensinava na Índia, somente alguns monges empoeirados do pó das estradas que percorriam, e uns poucos viajantes curiosos, manifestaram certo interesse pelos ensinamentos. Hoje, passados dois mil e quinhentos anos, quase todos os habitantes daquele país converteram-se à minha doutrina e a veneram. Sei o que significa palmilhar os caminhos pedregosos da Terra e assistir à infelicidade dos homens. No meu desejo ardente de liberdade de consciência investiguei as sete esferas mais elevadas, vindo a descobrir então a Nobre Verdade da vida. E vi que, obedecendo a lei que a rege, todas as condições dolorosas podem ser, futuramente, não só aliviadas ou evitadas, como completamente sanadas.
Após ter conseguido o meu objetivo de encontrar a verdade, renunciei livremente a todos os direitos de permanecer nas esferas da bem-aventurança, que me foram concedidos por Deus (*) e voltei à Terra, vivificando novamente o meu corpo, que se encontrava quase inânime, pois havia sido negligenciado todos aqueles anos. Hoje, após dois mil e quinhentos anos existem muitos templos que ainda conservam relíquias do budismo.
Como Senhor do Mundo, devo ter muita humildade e gratidão e, ao mesmo tempo, nutrir o desejo de expandir cada vez mais o Amor Divino, até que todos os vossos esforços sejam coroados de perfeito êxito. Não serei, talvez, um Senhor do Mundo impressionante, ou que empolgue, mas, em compensação, pretendo ser mais solícito e liberal! O meu Raio pessoal está em vossos corações, ele vos transmite meu amor, porquanto sois a esperança da Hierarquia Celeste para o trabalho de libertação dos povos e da própria Terra!".
(*) Interessante observar que se comenta ao fato de que Buda não houvera mencionado ou doutrinado sobre Deus. Na verdade, não sabemos se ele mencionara Deus, pois muitos de seus ensinamentos podem estar perdidos no tempo. No entanto, é fato considerado pelos budistas e esotéricos, Buda ter dito não existir um só Deus, mas Deuses Criadores.
Esta assertiva, uma vez reconhecida, derrogaria tal argumento, porém, muitos se fingem de desentendidos ao saberem das palavras do Iluminado.
Esta assertiva, uma vez reconhecida, derrogaria tal argumento, porém, muitos se fingem de desentendidos ao saberem das palavras do Iluminado.
Ora, o cristianismo foi a continuidade do budismo, e Cristo falou seguidamente sobre Deus, a criação celestial e obras da natureza. Como então Buda poderia ter negado Deus há somente 500 anos antes do advento do cristianismo? Ademais, Buda foi supinamente inteligente e o suficiente sensível para deixar de observar e sentir a imanência divina em seu próprio e iluminado Ser.
Sem que significasse negar a Deus é também plausível a filosofia do autoconhecimento budista ter precisado desvincular-se da rigidez religiosa, principalmente brahamânica, para descobrir novos caminhos da interiorização pela ativação da Mente Superior sobre os veículos inferiores, abrindo assim, pelo esforço próprio e dirigido, os caminhos do antakarana.
O budismo viria trazer à humanidade novas perspectivas de se encontrar o Deus interno, em qualquer lugar de nossas vidas, pela auto disciplina, concentração e meditação, simultaneamente à vivência nas sociedades como cidadãos comuns". (Rayom Ra)
[Haja Luz - Ponte Para a Liberdade]
Rayom Ra
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[Os textos do Arca de Ouro, por Rayom Ra, podem ser reproduzidos parcial ou totalmente, desde que citadas as origens ]
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