quarta-feira, 27 de julho de 2011

A Nova Religião Mundial (III)

       O que se presume da Nova Religião Mundial é que se evidenciarão a introdução, modelamentos e avanços nos métodos de transferências dos pólos do pensamento religioso atual para uma realidade mais aprofundada da própria alma e a liberação das potencialidades do ego em se auto-descobrir. Evidente que será um trabalho perene e mais ou menos longo a conduzir para a maior interiorização da consciência.

     Neste particular, a psicologia precisará conquistar uma visão mais real do ser, despindo-se de seus véus do conhecimento unicamente material do ego e avançando para o internamento de uma realidade bem acima, calcada na experienciação esotérica, se assim podemos nos referir. Os movimentos religiosos que por um tempo ainda se manterão na devida ordem e direcionamentos, inferidos no organograma inicial adrede traçado por Shamballa, aproximarão mais abertamente o homem aos recursos energéticos da natureza a fim de reabilitá-lo em sua estrutura física, emocional e mental, reintroduzindo-o ao todo natural.

       A coordenação do projeto de instauração final de uma única e abrangente Religião Mundial será ainda de outro tempo executório um tanto longo, precisando-se, antes de tudo, vencer outras etapas. Nesta fase atual, as energias convulsionam dos chackras planetários abertos pelo momento cósmico cíclico que atravessamos. A Terra, hoje ferida, encarnará outra alma e estas energias introdutórias de um começo de Nova Era, chocam-se violentamente com as energias ancoradas que ainda se mantém alimentadas por um processo artificial e milenar das diversas egrégoras edificadas para diversos fins. Não há outra maneira de avançar: é necessário destruir para renovar.

       As ações opostas das leis sistêmicas da Coesão e Desintegração, coordenadas pelas Hierarquias do sistema solar, há algumas décadas já vêm fazendo sentir os seus efeitos sobre toda a natureza. Antes que o processo desintegratório se manifeste integralmente no plano denso, as matérias mental e astral precisam ser atuadas em seus diversos grupamentos atômicos a fim de que as concentrações de matéria etéreo-física projetadas para se dissolver ou mudar de posicionamentos acompanhem as formulações. Todo esse revolvimento diário e mais os embates entre as forças opositoras, provocam reações as mais diversas, embora ainda em menores escalas comparadas aos acontecimentos mais significativos do breve porvir na Terra.

       As leituras áuricas dos diversos grupamentos raciais dão sistematicamente à hierarquia a exata projeção dos níveis conscencionais da raça humana na sua totalidade e isso vem revelar o quanto ainda se faz necessário avançar naquele percentual maior de egos. As Mônadas – Espíritos Puros de que todos somos um – impartirão cada vez mais seus modelos experienciais às almas a fim de que as energias delas sejam intimamente trabalhadas de acordo com as inclinações de um ou outro de seus originais raios. As religiões, tal qual se encontram na atualidade, ainda se ajustam às mentes dos seguidores pela falta natural de uma nova e abrangente realidade espiritual, pois uma nova ciência também emergirá tendo pouco a ver com os objetivos unicamente materiais do presente. Os bilhões de egos que se lançarão para conquistas maiores e mais significativas no processo evolucionário, não se prenderão às distrações e novidades tecnológicas que diariamente movimentam as economias das nações. As exorbitâncias, sem nenhum proveito para a educação, saúde e reais atendimentos às outras necessidades básicas, não servindo, de nenhum modo, para a preparação de egos em direção a um objetivo existencial maior, logo tenderão a desaparecer quando ciência e tecnologia deixarem de submeter-se às regras governamentais ou empresariais que enriquecem grupos econômicos ávidos e privilegiados.

       As religiões mundiais – repetimos - atrelam nos seus invólucros bilhões de consciências, por que suas existências são mais do que necessárias para os níveis daqueles egos que ainda não chegaram a idade espiritual adulta ou que não possuam a capacidade de auto-gerar as energias do processo evolucionário. Desde eras muito distantes Cristo vem operando suas energias sobre as almas que povoam o mundo e esta ação repercute de volta na alma planetária e deste modo a nota do sistema solar consegue se manter nos níveis humanos e reinos não humanos.

       A interação de todos os reinos somente se realiza pela ação e movimento (1), e estas duas asas se manifestam na Terra pela afinidade do segundo aspecto do Logos, que é Cristo na sua expressão mais inferior. Por isto, Cristo de tempos em tempos precisa se fazer carne em sacrifício não somente aos homens, mas a todo o processo de ascensão planetária. E este mergulho na carne, e a necessidade de a alma planetária se realizar no sacrifício de Cristo, e o sacrifício de Sanat Kumara, representaram e ainda representam alguns dos mistérios da criação que a Nova Religião Mundial irá tratar com a consciência mais desperta da humanidade e com seu maior reconhecimento do Plano da Criação. Nesta sucessão de novos valores que se externarão da humanidade, os métodos da ciência universal virão fluir intuitivamente pela consciência dos egos, através da Alma justaposta à presença das Mônadas.

       (1) Necessitamos entender que o Logos, ao fazer existir o sistema solar, imprimiu nos átomos de sua matéria a idéia intrínseca da evolução. Espírito e matéria na sua pureza original, antes da manifestação do Logos Solar, não estavam separados. A separação aconteceu quando o Logos imanifesto proveu condições embrionárias a que espírito e matéria viessem agir e obrar no universo objetivo como vida e forma. Na realidade, espírito e matéria ficaram separados tão somente em aparência por invisível véu que, não obstante, é suficiente para provocar tantas oposições nas relações das polaridades positivo (espírito) x negativo (matéria).

      O sistema solar é o campo de manifestação em que se encontram as matrizes vida x forma impulsionadas a realizar o plano evolutivo. Mas vidas x formas pluralizadas são aspectos menores, diferenciados em suas matrizes, e constituem no planeta Terra reinos que se diversificam em inúmeras famílias, grupos e ramos. Para que haja evolução há que existir ação e movimento, e esses fatores co-existem em toda a natureza onde, principalmente, se condiciona o fator instinto. Identificamos ação, o impulso subjetivo primevo imanente em Deus para criar, e movimento, a consciência e o impulso inatos da ação provisionada, externada e dirigida para gerar os objetivos pré-determinados. Ação, já no universo manifestado, segue outra vertente e interpenetra os mundos com a Inteligência e Energia-Força transformadoras do Logos, sob o manto da Alma Universal.

       Os quatro reinos se manifestam sob a influência de muitas leis reguladoras onde a multiplicidade das vidas e formas evoluem num ritmo sempre constante. O fator instinto, no entanto, é aquele que provoca nas formações e cérebros das organizações celulares, sob natural condicionamento, os impulsos que levam cada representante de um reino a agir, prover-se e buscar a preservação da espécie. Assim, o impulso instintivo está entre a ação e o movimento, e ambos, ação e movimento, se encontram de tal forma associados que aparentam ser um só fator. Clique no título) [O MONOTEÍSMO BÍBLICO E OS DEUSES DA CRIAÇÃO - RAYOM RA]  

       As bases das religiões pouco mudaram através dos séculos e milênios. As rezas, orações, pregações, credos, rituais – enfim, a liturgia, o cerne de suas ações, doutrinas e os ofícios públicos, de maneira geral mantêm-se nas tradições sem outros avanços.  Isto é olhado com desprezo pelos amantes da modernidade e dos descobrimentos da ciência. Mesmo alguns esotéricos e iniciados de escolas e organizações espiritualistas, admitem não se agradar dos modelos religiosos e deles se afastarem sem nada tirar de proveito. Realmente é impossível a unanimidade em assuntos de religião, e cada um tem suas razões. Mas lembramos que as principais orações da igreja cristã como o Pai-Nosso e a Ave-Maria, foram reveladas ao mundo nos primórdios do cristianismo, quando nem a igreja houvera ainda se organizado, e os cristãos mais capazes detinham conhecimentos ocultos e da cabala.

       Outras orações e rezas de curas de iguais portes, foram trazidas por missionários e mártires cristãos – muitos destes foram iniciados nos mistérios sacerdotais da antiguidade – e serviram para doentes e necessitados. Rezas e orações feitas com fé, de fato removem males por que são agentes de forças astrais, verdadeiros mantras que ao serem invocadas atuam na matéria física e astral e dependendo do poder do invocador, ou da corrente, podem também dissolver núcleos de certas patogenias, causas diversas contraídas, ou afastar espíritos obsessores que fogem espavoridos libertando o afligido das dores e sofrimentos. Estas energias, durante o tempo da existência das religiões, vêm sendo diariamente invocadas e renovadas por milhões de crentes em todo o mundo, não importando o idioma, o país ou a religião – pois todas as religiões mundiais dão aos crentes os elementos de fé e curas segundo suas culturas. Lembramos, também, que gurus, magos e mestres da sabedoria oram, pedem e curam por modelos tradicionais, bem como orixás, pretos-velhos e exus coroados na Umbanda.

       Neste segmento é bom esclarecer que as rezas e orações consagradas pela Fraternidade Branca para uso das religiões, possuíram originalmente características invocatórias calcadas em métricas ocultas e realidades astrais, pois foram revelações dos sábios para o sacerdócio e o popular, e mesmo com as mudanças acontecidas ao longo do tempo ainda se sustentam pela ciência da invocação. As orações e rezas feitas fora deste teor, não trazem os mesmos efeitos tradicionalmente verificados – e em muitas ocasiões não trazem nenhum. Simples palavras evocatórias, ou pseudo orações e rezas com palavras bonitas e escolhidas, servem meramente como homenagens, e não veiculam as energias e forças daquelas reveladas por missionários especiais.

       As religiões assim se mantêm como sustentáculos de energias que amparam a humanidade crente no pensamento de uma realidade acima das limitações humanas, e mesmo que suas bases tenham sido edificadas pelas tradições ocultas, as mãos e o cérebro limitado do homem interferem nas suas vidas. Os dogmas, credos e doutrinas não permitem o exercício de uma liberdade maior da consciência, mas foram necessários enquanto o homem de pouca evolução espiritual permanecia sem reagir por si mesmo às latências da alma.

Prosseguiremos.
Rayom Ra

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