domingo, 24 de julho de 2011

A Nova Religião Mundial (II)

       Saint Germain é o avatar da Era de Aquário e esta Nova Era para a humanidade é das mais importantes por que vem iniciar um novo estágio conscencional das massas, devendo perdurar por 2160 anos, como tantas e anteriores eras.
 
       A Era de Peixes, inaugurada pelo avatar Jesus, teve em Cristo seu principal propulsor e, antes, Buda, na Era de Áries, por sua busca individual, encontrara a iluminação através da meditação trazendo verdades por sua poderosa mente que se perpetuariam nos milênios seguintes.

Imagem
Krishna em guerra contra Bhishna
       Antes destas eras, Krishna viria ao mundo e seus ensinamentos mais tarde fariam parte do Livro dos Vedas, onde diversas outras autorias se acham compiladas em muitos capítulos e versos. Por alguns milênios, a sabedoria de Krishna fora transmitida oralmente pela tradição religiosa, onde os mais eruditos e iniciados aprofundavam-se nas suas significações ocultas vivenciando os ensinamentos sob outra visão interior. Sobre o Livro dos Vedas não há um consenso de sua idade, pois enquanto uns afirmam ter 5.000 anos, outros falam de 25.000 anos de existência ou muito mais. Krishna, embora seja entendido por uns como personagem mítico, existiu de fato, tendo sido uma das encarnações de Cristo.

       A Religião do Fogo, na Pérsia, conhecida por Parsismo e Masdeísmo, dentre tantos outros nomes, teria existido há no mínimo 6.000 anos, que tendo em Zarathustra seu fundador, fora, do mesmo modo, religião esotérica composta de simbolismos e revelações entre as forças do bem e do mal.

       Outras religiões, desde a antiguidade, se mesclariam com elementos mitológicos. A religião egípcia, a grega e a romana, como exemplos e por força de seus impérios, espalhariam aspectos de seus cultos para povos diversos que os incorporariam em suas culturas étnicas e grupamentos raciais. Em todas as épocas as religiões que influenciaram grandes massas populacionais tiveram sempre a direção sacerdotal, estabelecedora de seus ensinamentos, ritos e rituais.

       Desejamos aqui enfatizar ao fato de que muito mais que crenças a se seguirem encadeadas de um para outro povo ou de um império para outro, as religiões, primeiramente raciais, depois seguindo outros rumos e adquirindo outras idiossincrasias, foram organizadas, estabelecidas e mantidas pela hierarquia da Grande Fraternidade Branca Universal, sob a direção e comando de Sanat Kumara. Esta verdade é robustecida pelas declarações de madame H.P. Blavatski, com as seguintes palavras:

       Apesar da imensa diversidade que oferecem desde o ponto de vista exterior, todas as religiões têm um fundo comum em idéias dogmáticas, filosóficas e morais. Com efeito, o estudo comparado das religiões demonstra que os ensinamentos fundamentais acerca da Divindade, do homem, do universo, da vida futura, são substancialmente idênticos em todas elas, apesar de suas aparentes diversidades. São as mesmas verdades encobertas pelo véu próprio das religiões exotéricas que as desfigura em parte. É como uma luz branca encerrada num farol que tem em cada um de seus lados um vidro de cor diferente, e segundo seja o lado de onde se olhe parecerá roxo, azul, verde ou amarelo, a exemplo dos cristais, e todo o mundo verá a luz em sua pura cor natural. Este fundo comum de todas as religiões dignas deste nome se explica por que todas elas dimanam da Grande Fraternidade de Instruções espirituais, que transmitiram aos povos e raças as verdades fundamentais da religião segundo a forma mais apropriada às necessidades daqueles que deviam recebe-las, assim como as circunstâncias de lugar e tempo...”
      
       No que tange aos aspectos esotérico e sacerdotal, as religiões formaram conjuntos seqüenciados a dar sustentação ao trabalho interno espiritual daqueles que se adiantavam em relação a consciência popular. Nos períodos em que as religiões organizadas se mantiveram como portadoras de verdades vindas diretamente de Shamballa, seus sacerdotes e oficiantes de ritos internos e populares eram obrigados a submeterem-se às normas morais e éticas, passando por provas e iniciações sob a orientação, autoridade e ordenamento de oficiais da hierarquia planetária, ou de seus prepostos encarnados.


Zarathustra

       Esta visão ficou mais bem delineada para o conhecimento da posteridade, a partir, principalmente, dos mistérios eleusinos e orfeicos da Grécia(1) e dos mistérios herméticos do Egito(2), quando fragmentos destes ciclos esotérico-religiosos foram rescaldados por pesquisadores e estudiosos do ocultismo. Sobre este tema, indissociado das religiões, temos os seguintes excertos retirados de H.P.B.:

(1) “Mistérios, em grego, teletai, consumações, cerimônias de iniciação, eram cerimônias que geralmente se mantinham ocultas dos profanos e das pessoas não iniciadas, durante as quais se ensinavam por meio de representações dramáticas e outros métodos, a origem das coisas, a natureza do espírito humano, as relações deste com o corpo e o método de sua purificação e reposição a uma vida superior.
       A ciência física, a medicina, as leis da música, a adivinhação, se ensinavam todas elas da mesma maneira. O juramento de Hipócrates não era mais do que um compromisso místico. Hipócrates era um sacerdote de Asclepios, alguns de cujos escritos chegaram por casualidade ao domínio público. Porém os asclepíades eram iniciados do cultos da serpente de Esculápio, como as bacantes eram do dionisíaco, e ambos os ritos, com o tempo, foram incorporados aos eleusinos. Os sagrados Mistérios eram clebrados nos antigos templos pelos hierofantes iniciados, para proveito e instrução dos candidatos. Os mistérios mais solenes e secretos eram seguramente celebrados no Egito pela ‘companhia de guardadores do secreto’(...)
       A palavra ‘Misterios’ deriva do grego ‘muô’, (fechar a boca) e cada símbolo relacionado com eles (os mistérios) tinha uma significação oculta. Segundo afirma Platão e muitos outros sábios da antiguidade, os Mistérios eram altamente religiosos, morais e benéficos como escola de ética. Os Mistérios gregos, os de Ceres e Baco eram somente imitações dos egípcios.
       Em breves palavras, os Mistérios eram em todos os países uma série de representações dramáticas nas quais os mistérios da cosmogonia e da Natureza em geral eram personificados por sacerdotes e neófitos, que desempenhavam o papel dos diferentes deuses e deusas, repetindo supostas cenas (alegorias) de suas vidas respectivas. Estas eram explicadas em sentido oculto aos candidatos a iniciação, e incorporadas nas doutrinas filosóficas.”

       “Os Mistérios eleusinos eram os mais famosos e mais antigos de todos os Mistérios gregos (exceto os de Samotrácia), e eram celebrados nas cercanias da aldeia de Eleusis, não longe de Atenas. Epifanio os faz remontar aos tempos de Inachos (1.800 a.C), e foram fundados, como se expressa noutra versão, por Eumolpo, rei da Trácia e Hierofante. Eram celebrados em honra a Demeter, a Ceres grega e a Isis egípcia. O último ato da representação aludia a uma vítima sacrificial expiatória e uma ressurreição, quando o iniciado era admitido ao supremo grau de Epopta(...)
       O sacrifício do ‘Pão e do Vinho’ eram executados antes dos Mistérios da iniciação, e durante a cerimônia se revelavam aos candidatos os mistérios de ‘Petroma’, espécie de livro feito de tabuinhas de pedra (petrai), unidas por um lado e dispostas para abrir-se como os demais livros.”

       “Os Mistérios Orfeicos vinham depois dos mistérios de Baco, porém, diferiam muito destes. O sistema de Orfeu se caracteriza por sua puríssima moralidade e severo ascetismo. A teologia que Orfeu ensinava é, por outro lado, puramente indu. Para ele a Essência divina é inseparável de tudo quanto é no universo infinito, posto que todas as formas estão ocultas nela desde toda a eternidade. Em determinados períodos, estas formas são manifestadas emanando da Essência divina, ou se manifestam elas mesmas. Assim, graças a esta lei de emanação (ou evolução), todas as coisas participam de dita Essência e são partes e membros impreganados da natureza divina, que é onipresente.
       Havendo todas as coisas procedido Dela, a Ela devem necessariamente voltar e, portanto, são relativas a inumeráveis transmigrações ou reencarnações e purificações, antes de chegar a consumação final.
       Isto é pura filosofia Vedanta. Por outro lado, a Fraternidade orféica não comia alimentos animais, usava vestuários de linho branco e praticava muitas cerimônias parecidas com as dos brahmanes.”

       (2)Qualquer doutrina ou escritura relacionada com ensinamentos esotéricos de Hermes, que, considerado já como o Hermes grego, era o deus da sabedoria entre os antigos, e segundo Platão, ‘descobriu os números, a geometria, a astronomia e as letras’. Apesar do que diziam alguns hábeis e interessados autores de que (os escritos) ensinavam o monoteísmo puro, os livros herméticos e trimegísticos são puramente panteísticos. A deidade de que se faz menção, neles é definida por Paulo como aquele em que ‘vivemos, nos movemos e temos nosso ser’”

       Portanto, as religiões nunca foram algo a parte, nem alienadoras da mente popular nem representaram barcos de ilusões para sacerdotes, monges ou seguidores que  nelas se mantiveram de corpos e almas. As religiões que se degradaram nas civilizações em que floresceram, chegavam ao final de seus ciclos por que os impérios ou reinos onde existiram se destruiam. Como regra de um passado longínquo até os tempos recentes da história mundial, sempre que o mal se alastrou nas raças, com os valores morais irreversivelmente invertidos e a libidinosidade incontrolada, as civilizações decaíram em todos os sentidos, sendo afinal destruídas por invasores bárbaros ou catástrofes naturais. Quando isto aconteceu, as religiões, crenças ou cultos mitológicos - pela corrosão sacerdotal de suas práticas - tinham sido antes abandonados pela direção maior da hierarquia de Fraternidade Branca Universal. No entanto, suas principais revelações e princípios ocultos permaneceram resguardados e a salvo da insanidade humana.

       Os filósofos, reconhecidos como homens de imensa racionalidade ou abstrações, a exemplo de Arquimedes, Aristóteles ou Platão, detiveram muito de seus conhecimentos dos hierofantes que organizavam as religiões tanto nos seus aspectos externos como nos ocultos. A história criou e estabeleceu uma cortina entre as filosofias e as religiões como a pretender uma separação definitiva, sem qualquer possibilidade de mútuo reconhecimento. A realidade do passado, entretanto, não foi assim. Os mistérios e a sabedoria iniciática sempre estiveram ligados como dois lados de um mesmo prisma. A Grande Fraternidade Branca cuidou de que tanto a psique dos egos mais adiantados quanto a das massas, durante largos ciclos dos avanços culturais, pudessem exercitar suas emoções superiores.

       A imaginação é o elo primordial que sempre esteve ligado à psique das massas e das elites sacerdotais. Os cleros, ainda que sob a exaltação espiritual e entrega aos ofícios dos sagrados serviços, podiam se dar a um aprofundamento mais técnico de visualização mental e experienciações da ciência física. Pela imaginação dirigida com métodos, os iniciados chegavam e chegam mais rapidamente ao conhecimento intuitivo e à sabedoria. A magia pode ter segredos revelados através de princípios axiomáticos, porém o praticante somente avançará na sua manipulação prática ao trabalhar com a imaginação. A imaginação move as energias mentais e astrais do ego, cria formas outras de energia, e pelas leis naturais de atração dos opostos atrái as forças do próprio ego aos modelos pré-existentes ou arquetípicos, tanto interiores da alma como das relações externas das forças naturais.

       Crer e imaginar são dois verbos que dão a vida tanto para o bem como para o mal, para a luz da alma ou para seu desterro aos umbrais inferiores. O neófito nos mistérios religiosos, que por sua própria vontade cria com o pensamento seu mundo interior de identidade com Deus, acaba por identificar-se com sua própria alma. O homem da religião prende sua atenção a um Deus externo que o fará realizar-se nas suas mansões superiores quando de sua partida deste mundo. Mas tanto um quanto outro, em seus respectivos estados conscensionais, acharão réstias do caminho que conduzirão a outros estados mais elevados. O primeiro chegará aos seus objetivos pelo conhecimento direto e sabedoria da alma e o segundo avançará pela devoção externa a Deus, mas que nele mesmo sempre habitou.

Buda

       As religiões, em que pese os dramáticos erros humanos que as levaram em muitas ocasiões às deteriorações, foram, não obstante, inteligentemente projetadas pelos mestres da sabedoria como um sistema de práticas reais calcadas inicialmente nas formas da imaginação que serviram e ainda servem para conduzir as almas a um objetivo regulado pelo tempo de existência evolucionário das raças e civilizações.

       Entretanto, a vontade e a imaginação exercitadas em direção ao objetivo do conhecimento, independentemente do sistema religioso, também despertam certas energias mentais e da alma que tanto mais sutilizadas pelo desejo verdadeiro do saber, ou de servir, abrirão caminhos a um estado de consciência mais abrangente que proporcionarão os subsídios mínimos e necessários para a alma ancorar-se na Terra e ser reconhecida como um filho de Deus.

       Portanto, no tempo decorrido e naquilo que os homens mais sensitivos e sintonizados com suas almas religiosas ou não, puderam conscientemente bem realizar, ousamos afirmar que:

       “A imaginação é a alma da mente. Até certo ponto é a alma da própria alma. Eis por que também os poetas, os escritores, os músicos, os pintores e todos os inspirados que trazem as diversas artes ao mundo são importantes e especiais.

       Sem a imaginação a ciência não teria existido; nem as religiões cumpririam seus papéis na Terra; tão pouco os astrólogos, alquimistas e magos e tantos quantos no invisível ou abstrato se lançaram, não teriam alçado voos aos reinos mais elevados da alma, abraçando o maravilhoso Espírito da Criação.

       Deus não é imaginação. Como o Ente mais que perfeito é a realidade que permeia a todos os átomos da grandiosa Vida da qual Ele mesmo é a parte mais sedutora. Mas sem a imaginação o Seu espelho não refletiria a Sua imagem aos olhos obnublados do homem-criatura.

       Por isso, o homem precisa andar pelos tortuosos caminhos das dores e desenganos até elevar os olhos cansados, imaginando a beleza e perfeição de que sua memória espiritual ainda detenha esmaecidas imagens. E depois mais e mais....”

Continuaremos.
Rayom Ra

[Leia Rayom Ra (Rayom_Ra) on Scribd | Scribd em páginas on line ou em downloads completos ]
[Os textos do Arca de Ouro, por Rayom Ra, podem ser reproduzidos parcial ou totalmente, desde que citadas as origens ]

Nenhum comentário:

Postar um comentário