domingo, 17 de julho de 2011

A Nova Religião Mundial (I)


  
      


       Ainda que o número de religiosos formais cresça numa taxa uniforme em todo o mundo - hoje são em média 5.250 bilhões – alguns núcleos destes egos vêm ao longo dos anos abrindo a perspectiva de que a fé possa ser calcada mais na experiência do que simplesmente na visão emotiva ou aceitação doutrinária. A sensibilidade humana aumenta na medida de um conhecimento interno mais amplo da realidade de Deus e as necessidades mentais e experienciais de muitos serão os fatores incidentes que, em futuro, sem dúvida, sobrelevarão a qualidade da fé religiosa. Neste novo compasso, o passado irá ficar cada vez mais esquecido nos anais da sofrida e dramática história dos povos e de suas capacidades em crer sob as mais difíceis e cruéis adversidades.

       As grandes religiões sempre desempenharam papéis marcantes para que se edificasse na consciência dos povos a necessidade do reconhecimento mínimo da alma num direcionamento devocional para Deus, e o devoto usufruísse das compensações pós-mortem. Isto, com todos os percalços e erros sacerdotais, sem dúvida funcionou como realidade momentânea, embora muito longa em nossos calendários, pois, excetuando as religiões mitológicas e as de fundo esotérico, as demais, inclusive as cristãs, estiveram impossibilitadas de declarar publicamente, senão em simbolismos ou indicações dúbias, que a roda do mundo girava trazendo e levando sempre as mesmas almas para cenários terrenos e divinos, periodicamente repetidos. Deste modo, em muitas delas, o eterno divinal foi sempre postergado sob os olhares obnublados dos crentes que por inumeráveis vezes precisariam ainda retornar à Terra.

       Indubitável, porém, a inclinação humana para o mistério da criação. Este fato sempre foi inerente desde as mais remotas famílias e grupamentos primitivos, e o homem-animal veio rudemente galgando muitas etapas até chegar ao instante devocional, quando grandes avatares e iniciados avançados se esforçavam sobremaneira para organizar, manter e expandir religiões em planejamentos étnicos e raciais.

       O homem lemuriano não conheceu a religião. Os mestres raciais e principais manipuladores de sua genética trataram de trabalhar primeiramente sua formação física e o cérebro material. O representante lemuriano surgiu como a primeira raça física encarnada no planeta sob os auspícios dos Pitris Lunares que se constituíram numa hierarquia desde os tempos da Lua habitada. Pelo meio da quarta subraça lemuriana, há mais ou menos 18 a 20 milhões de anos, veio então Sanat Kumara de Vênus para assumir o papel de Rei do Mundo, a fim de trabalhar os avanços dos povos na Terra e reinos da natureza, aqui fundando a hierarquia da Grande Fraternidade Branca Universal. (1) (2) (3)
                                        
       (1) Santa Kumara veio também à Terra no papel de Ministro do Logos, em cumprimento a um planejamento adrede do Grande Plano da Criação de todo o Sistema Solar. O Logos Criador tem Sete Principais Ministros que incorporam suas ordens em processo indescritível, ao mesmo tempo em que cada um representa um dos poderosos raios de energia e força que perpassa todos os átomos de vida da natureza em todos os planetas que fazem parte do grande campo de experiências do sistema solar, onde a vida evolui. Antes de vir para a Terra, mesmo Sanat Kumara teve de passar por provas de amor e vontade, por isso foi-lhe permitido ver a situação do planeta naquele momento, há mais ou menos 18 milhões de anos, a fim de que decidisse por ele mesmo aceitar ou não a missão. Tocado pelo grande amor que já o possuía, ele meditou sobre a situação do planeta e no avanço que viria a ter na Hierarquia Cósmica e resolveu se transferir para a Terra.

        (2) Vênus, de onde Sanat Kumara, seus Kumaras e obreiros vieram, pertence à outra cadeia planetária constituída de sete planetas, como a Terra pertence a sua. Entretanto, a cadeia de Vênus está adiantada em relação à cadeia da Terra em uma ronda, o que representa, em média, alguns bilhões de anos terrestres. A cadeia de Vênus atua nos esquemas do Logos como uma espécie de pólo negativo em relação à cadeia da Terra, estando, assim, ambas as cadeias interligadas nos prolongamentos das leis cósmicas que regem os princípios evolucionários fundamentais.

       (3) O processo evolutivo dos lêmures avançou a cada subraça e a par de construir uma civilização, edificando cidades, estradas e tendo os Pitris Lunares e Sanat Kumara a ajudar no seu aprimoramento físico, eles passaram a receber ensinamentos especiais. Da quarta subraça lemuriana, os melhores elementos foram trabalhados para vir formar a futura raça atlante milhões de anos depois, enquanto a grande maioria da quarta subraça evoluía para a quinta subraça e nesse andamento a Lemúria cumpriria mais tarde seu ciclo evolutivo de sete subraças, sendo sucedida no enfoque principal das raças pela quarta raça, chamada Atlante.
                                                      (1) (2) (3) CLIQUE NO TÍTULO -  [NO ARCO DAS INICIAÇÕES - RAYOM RA] 

       Foi unicamente no final do período atlante que os mestres da hierarquia planetária iniciaram o planejamento dirigido para a fé e a devoção através da instituição de um sistema de práticas que visava trazer o homem das massas para um treino de seu mental-devocional e a um conhecimento mais aprofundado das forças naturais. Isso seria possível pelo fato de o homem atlante já se encontrar suficientemente experimentado no desenvolvimento cerebral, naquilo em que o aparelho intelectivo viria requerer. O conceito de religião trazia incorporada a idéia do “re-ligare”, ou seja, de religar o homem ainda criança aos seus aspectos adultos das formações endógenas mais elevadas o mais conscientemente possível, dentro de sua realidade temporária. A mente unicamente observadora dos fenômenos interiores astrais, como fora a mente atlante, sentiria agora nela crescer o estímulo inquisidor que a obrigaria lançar-se não somente na devoção, mas também no esforço do entendimento e a dar formas mais delineadas nas idéias, fossem elas corretas ou enganosas.

       A estrutura do ego humano transcende infinitamente ao tempo em que ele veio surgir na Terra na posse de um veículo físico. O homem darwiniano sequer existe como parâmetro na programação evolucionária projetada pelas hierarquias para a encarnação sucessiva de 7 raças raízes no panorama planetário, quanto mais seja aquele reconhecido como referência a qualquer estágio ascendente das aspirações humanas. O que os achados fósseis conhecidos podem representar numa outra realidade, são rastros da involução de subraças lêmures-atlantes bem como restos de uma ou outra linhagem genealógica débil, anômala e artificial sem quaisquer ligações com o projeto evolucionário dos mestres raciais, cujo desenrolar na Terra por milhões de anos de nossos calendários, conta hoje com uma massa de bilhões de almas encarnadas.

       A despeito de o projeto ser eminentemente evolucionário, segundo a vontade do Logos ou Deus Criador, o nascer-crescer-maturar-decrescer-desaparecer são fases irreversíveis e insofismáveis regidas por um grupo de leis cósmicas sistêmicas que se representam tanto nos aspectos mais visíveis da natureza biológica - e em suas contrapartes etérico-astral de todos os reinos - como nos aspectos mais sutis da estrutura ego-alma-personalidade.

       Deste grupo de leis perenes no espaço-tempo – logo de ação finita – existe a Lei da Desintegração, de que os iniciados detêm outros conhecimentos mais significativos e profundos, pois esta lei rege momentos evolucionários que se desdobram em aspectos tanto construtivos quanto destrutivos. Quando um tempo determinado se expira e não havendo mais a possibilidade da transformação, senão unicamente para padrões ou níveis superiores, há a destruição do estacionário. Deste modo e contrariamente à ação destrutiva para aspectos evolucionários, os elementos concentrados na natureza permanentemente alheios às leis sistêmicas cristalizam-se em aspectos inferiores e sem outras possibilidade de avanços, passam pelo crivo da Lei da Desintegração que age na maioria dos casos tanto catastroficamente, a exemplo de os cataclismos geológicos de grandes magnitudes, como vem regular o sentido involutivo segundo as necessidades previstas e ajustadas pelos mentores da hierarquia planetária. 

       Esta última ação reguladora, conforme dissemos acima, rege e atua também nos corpos internos e conscencionais das almas humanas. Os corpos biológicos existem e vêm ocupar espaço para a expressão da alma no mundo material com suas realizações e transformações da matéria, e para o ancoramento de certas energias cósmicas puxadas pela alma durante os períodos em que a evolução física das raças serve à Consciência e corpo de manifestação do Logos Criador. Passado isto, tendo-se, portanto, vencido os ciclos programados, os corpos até então utilizados sem condições de receber almas mais evoluídas tornam-se inúteis para esta e a outra finalidade, precisando desaparecer do cenário terreno. O mesmo acontece no processo interno com as almas-personalidades que não conseguiram avançar, sendo obrigadas pela mesma Lei da Desintegração a entrar na via invertida. Este processo desintegratório, no entanto, perdura por milhares ou milhões de anos e na medida em que uma nova raça atinge um auge, a inversão de outras ocorre simultaneamente com maior velocidade, conquanto em determinados períodos mundiais ou eras astrológicas os acontecimentos geológicos já mencionados aceleram as extinções.

       Em linha com estes fatos, hoje somente são reconhecidos alguns poucos ramos étnicos primitivos remanescentes dos esplendores da civilização lemuriana, cujos veículos físicos se acham na via involucionária, após cumpridas as fases ou subciclos de um tempo existencial terreno de um passado imemorial para a história acadêmica. E a ciência oficial não consegue avaliar estes elementos da evolução-involução porquanto os principais elementos lhe são ocultos e outros que lhe são revelados tornam-se para ela inaceitáveis; assim rebela-se, tateia na escuridão do desconhecido e formula suas frágeis teorias e discussões materialistas que estão muito longe de estabelecer a verdade.

       Com relação às almas mais jovens, tendo elas entrado na Terra trazidas de outros orbes ou recentemente egressas do reino animal e que estivessem em período de preparação nos planos superiores aguardando o momento de adentrar na esfera física planetária, são em grande número experienciadas justamente nos corpos decadentes de ramos étnicos estacionários ou que já estejam em processos invertidos. O inteligente plano evolucionário nada desperdiça, pois almas jovens e ainda primitivas podem se adequar a corpos também de padrões vibratórios ajustáveis com suas naturezas, e as almas vivem simultaneamente sob dois vetores: o evolucionário que as move a avançar intimamente nas experiências terrenas e o involucionário que rege a idade decadente dos corpos físicos de que as almas tomam posse e que estão lentamente atravessando o processo da extinção. Com o tempo, as almas que nesse caminho alcançam estados satisfatórios nas suas evoluções, serão conduzidas para outros grupamentos étnicos mais adiantados onde ali se situarão. Não havendo mais essa condição na Terra neste estágio de formação egóica de almas jovens, voltarão elas para planos superiores onde permanecerão em expectativa de obterem futuramente novos corpos em cenários físicos na Terra ou noutros orbes de nosso sistema solar.

       No momento, na Terra, muito pouco ocorre com novas transmigrações deste gênero uma vez que desde um tempo distante o reino animal não avança para o reino humano, senão somente alguns esporádicos representantes individualizados. As raças remanescentes do período atlante e a ariana, são as que, maiormente, habitam a Terra. Portanto, os bilhões de almas vêm sendo depositários de toda a atenção da hierarquia planetária no tocante aos avanços de consciência desde antes dos processos exercitados no passado com as mitologias e religiões, e na atualidade através das disciplinas intelectuais pelo método científico. No entanto, não devemos confundir que a racionalidade do método científico conduza exatamente a uma transformação conscencional, pois ele é segmentado e, principalmente, exercita o intelecto nos postulados teóricos, trazendo as reflexões e experiências práticas para maior polarização das energias objetivas da alma. Os antigos métodos mitológicos, os religiosos, espiritualistas, filosóficos, herméticos e esotéricos em geral trabalhavam e trabalham os elementos subjetivos do pensamento em relação direta com as energias da alma em diferentes graus de sensibilidade e consciência. A união e interiorização de ambos os métodos é a principal meta da hierarquia planetária para os séculos vindouros.

Continuaremos.
Rayom Ra

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