sábado, 26 de fevereiro de 2011

A Construção de Shamballa



                                         Deserto de Gobi - Possível Caminho para Shamballa
                                                                 Crédito: Revista Sofá na Sala                        

       “Amados discípulos, ponderai como era desinteressante o Amor daquelas trinta emanações de vida oriundas de Vênus, que se propuseram abandonar seu planeta, onde só existe Felicidade, Harmonia e Perfeição, e aceitar uma encarnação através da Mãe Terra, crescer nesta atmosfera, neste ambiente de vibração densa junto a esta humanidade que se encontrava tão profundamente submersa em trevas ao ponto de a Lei Cósmica, ante essa materialidade, preferir a dissolução do planeta. Os venusianos aceitaram a todo e qualquer sacrifício para preparar uma moradia adequada ao seu Bem-Amado Senhor Sanat Kumara, quando Ele descesse a Terra.

       A cidade de Shamballa, originalmente fora erguida no planeta Vênus com todo o seu requintado esplendor, com maravilhas que estão acima de qualquer descrição humana. Em um dos mais belos palácios, morava a lindíssima Vênus, a Bem-Amada de Sanat Kumara, assim como a Bem-Amada Meta e outros Kumaras. Deste palácio, Vênus governava as atividades religiosas de Sua Estrela. Os trinta Seres que se encarnaram na Terra tiveram de impregnar suas consciências e seus corpos etéricos com a mesma imagem da Shamballa que existia em Vênus.

       Após atravessarem os corpos densos de suas mães da Terra e despertarem em corpos de crianças, trazendo características de raças e carmas nacionais, mais tarde foram ainda envolvidos pelo “véu do esquecimento”. Entretanto, ao atingirem a idade adulta, foi-lhes necessário apresentar, por meio da capacidade da recordação ou da intuição, o esquema, o plano daquela cidade.

       Empolgados pelo mesmo interesse, começaram a obra, após terem, em primeiro lugar, escolhido o local adequado para a construção da cidade maravilhosa que estava destinada a ser a pátria provisória de Seu Senhor. A próxima realização consistia em arranjar o material que deveria ser usado e facultar ao espírito a fiel visão do projeto, dar-lhe a forma por meio de suas mãos, trabalhando o mármore e a pedra.

       Suas atividades não eram diferentes das que vós, amados discípulos, exerceis hoje. Não havia a visibilidade do vaivém dos seres angélicos, das “Nuvens de Glórias Celestiais!” Apenas uma coisa existia: manter sempre presente no espírito dos construtores da cidade a visão (a visualização) a ser realizada. Aquela terra a oeste da Ásia, que foi escolhida para a edificação da cidade de Shamballa, é hoje um vasto deserto, conhecido pelo nome de “Deserto de Gobi”. Mas naquela época era um grande lago em cujo centro existia encantadora ilha verdejante denominada “Ilha Branca”. Neste local, foi construída a cidade de Shamballa, para existir por tempo indeterminado.

       Nem sempre os “arquitetos desta metrópole” nasciam nas imediações do mar de Gobi. Alguns atravessavam mares e continentes, impulsionados por uma força magnética que eles acreditavam ser um sonho, na esperança de encontrar corações harmônicos, ou com afinidades espirituais. Ali se sentiam como estranhos, por serem de diferentes raças e famílias. Contudo, intimamente, eram unidos pelo mesmo ideal. Na crença comum da visão e na união de suas forças, assumiram a execução da enorme tarefa.

       Muitas vezes foram assaltados por hordas selvagens, por vândalos desenfreados que descendo as colinas arrasaram as obras, apesar de suas muralhas-fortalezas, destruindo os futuros templos que num constante zelo e dedicação estavam sendo erguidos, estragando plantações, abatendo frondosas árvores, calcando aos pés mudas e flores que ladeavam as belas e amplas ruas, exterminando totalmente a vida, inclusive a dos próprios seres que trabalhavam abnegadamente e com o maior carinho, para dar corpo ao plano secular da visualizada Shamballa.

        E estes seres ao reencarnarem novamente, encontravam a ruína de seus sonhos. Todavia, embora só lhes restando o modelo da obra, persistentemente recomeçavam tudo. Todos labutavam sofrendo com o decorrer do tempo, visto que pesava sobre eles um período cósmico pré-determinado. Além disso, a Lei Cósmica não permitia desperdício de energia para a Terra do que resultava ser urgentemente necessária a vinda de Sanat Kumara, estivesse ou não tudo preparado para a sua chegada. Porém a cidade foi concluída.”

                         
                                                      ***
                        Montanhas na Ásia Central entre Rússia-China-Mongólia-Cazaquistão
                                                   Possíveis Localizações de Shamballa
                                                             Crédito - Revista Sofá na Sala  

       Shamballa! Vós, Grande Centro Espiritual da Iluminação de Todos os Tempos! Nós nos inclinamos com profundo respeito perante Vossa Presença e nos aproximamos de Vossa Santidade, de Vossa irradiante aura em humilde gratidão pelo privilégio de poder saber que Vós existis! Só porque Vós Sois, nosso planeta ainda hoje existe! De Vosso coração todo santificado, de Vossos suntuosos pórticos vieram todos os mensageiros que trouxera a Luz aos filhos da Terra! Em Vossos centros santificados viveu nosso Senhor e Rei, o Bem-Amado Sanat Kumara, o “Venerável dos Dias!”

       Hoje, ainda, irradiante de amor celestial, de puríssimo amor divino, sobre as areias do deserto de Gobi vibra a cidade sagrada de Shamballa, com suas cúpulas e seus zimbórios que irradiam a Luz das mais elevadas esferas. A vista interna consegue reconhecer nitidamente a auréola brilhante das cores que se parecem a um arco-íris cósmico, na mais elevada atmosfera, expandindo-se amplamente, em todas as direções.

       Quando, silenciosamente, o nosso discípulo se aproxima dessa cidade se apercebe da Presença do Amor e, instantaneamente, sente-se envolvido por ele. Seus sentimentos de gratidão aumentam e tornam-se uma força vibrante que faz com que seu humilde coração avance no campo espiritual, toma-lhe o pressentimento da alegria que o influencia e penetra amplamente nas esferas de Shamballa. Quando os olhos espirituais se acostumarem na intensidade das Luzes internas e na protetora coroa de Luz, o coração da cidade sagrada não será, por mais tempo, oculto aos peregrinos.

       Tivemos o privilégio de contemplar o trono do Senhor do Mundo, na cidade de Shamballa, porém no plano etérico. Enxergâmo-la exatamente como era há milhões de anos, quando foi construída pela substância física, no mundo das três dimensões. Um mar azul profundo, de puríssimo fogo, circunda a cidade, da qual a magnífica ponte, toda esculpida de mármore, forma o único acesso. Artísticos arcos cobrem este mar e ligam a “Cidade da Ponte” ao “Continente da Ponte”, ao “continente etérico". Na cidade, Templos cobertos por cúpulas de ouro, proporcionam, em conjunto, a gigantesca impressão de uma flor de lótus branca, fosforescente e suspensa na atmosfera.

       Veem-se inúmeros peregrinos se dirigindo para esta cidade com a missão de mensageiros que desempenham ordens recebidas. Alguns levam missivas ao Rei, outros esperam Dele um decreto, uma ordem que os autorize a servir mais amplamente os seus irmãos. Do Templo de Shamballa vêm todos os Mensageiros Divinos que auxiliam a humanidade. Anualmente, antes do término do ciclo de doze meses (do dia 15 de novembro até 14 de dezembro), estes mensageiros e discípulos voltam para Shamballa e entregam a “colheita” de seus serviços prestados à Vida durante o decorrer do ano.

       Maravilhosos Seres saem desta cidade, ao encontro dos peregrinos. Suas auras irradiam tanta Luz que não é possível descrevê-las. Somos informados de que eles trazem estas irradiações e bênçãos do Sol da “cidade do ouro” e as elevam até os extremos da Terra. As recordações começaram a despertar lentas e pouco perceptíveis em nossa consciência, através do véu do esquecimento, durante o tempo em que observávamos o vaivém dos mensageiros de Luz: lembranças dos tempos em que nós também praticávamos aquelas atividades antes de usarmos corpos carnais.

       Nosso Mestre-Guia observava nosso interesse. Pacientemente, esperou por uns momentos e comunicou-nos sua disposição de acompanhar-nos ao Templo do Rei. Ao pormos os pés na ponte, experimentamos maravilhosa irradiação, fortíssima para nós, vinda do mar de fogo azul. Grande força de vontade foi necessária para mantermos nosso controle sobre esta energia. Ao mesmo tempo, compreendemos que essa capacidade de suportá-la seria o nosso passaporte para o encontro com o Rei.

       Sanat Kumara, Senhor do Amor! Nossos pensamentos dirigidos a Ele plenificaram nossas consciências. Por Ele, nossos corações encheram-se de amor. Todos os pensamentos individuais desapareceram durante esta silenciosa adoração. Seguimos avante por uma lindíssima alameda que conduzia ao centro da Ilha, no qual estavam localizados vários chafarizes, cuja água tinha colorações maravilhosas como as do arco-íris. Já nos encontramos de imediato frente ao Templo principal, a sagrada residência do Senhor do Mundo, Sanat Kumara. Há muitos séculos foi Ele a cabeça da Hierarquia Cósmica para o planeta Terra, e a máxima autoridade da evolução para todos os povos.

       O majestoso templo estava situado sobre uma elevação. Subimos por uma magnífica escadaria de mármore, intercalada, de doze em doze degraus, por terraços gramados com enormes repuxos de águas cristalinas que também refletiam sob a luz do Sol as belíssimas nuances do arco-íris. Os lindos gramados eram orlados por canteiros repletos de florzinhas multicores. Tudo respirava irradiação de paz e beleza. Enfim encontramo-nos diante do imponente Portal do Templo, o qual possuía impressionante altura. O Portal era obra construída com muito esmero, com filigranas de ouro entrelaçadas que refletiam a luz do Sol espiritual, como gigantesco espelho.

       Em um dos lados existia um floreio de ouro. Cada visitante encontrava ali sua flor predileta que surgia como por encanto! Não havia exceção para nós sobre esse gracioso costume: encantados e felizes cada um adornou-se com a flor de sua preferência e continuamos a percorrer o átrio. Sobre uma mesa ornamental avistamos uma salva de ouro de tamanho incomum. Continha um celestial elixir, bebida esta oferecida a qualquer visitante, em uma taça de cristal. Todos recebiam este símbolo como hospitalidade celestial capaz de refrigera e revigorar, e, em alegre expectativa, fomo ao encontro da audiência com nosso Rei.

       Após algum tempo abriram-se as magníficas portas da sala de audiência. Seguimos nosso Mestre em sua nobre Presença. Entramos com o olhar baixo e permanecemos aos pés do Trono. A Presença do Amor penetrava cada átomo de nosso ser. Sua consoladora paz envolvia-nos. Elevamos nossos olhos e Nele fixamos o olhar! Frente a nós, sorrindo, cheio de amor e misericórdia, Ele incorporava aquilo que nós, algum dia, deveremos ter. Silenciosamente aceitamos a misericórdia de Sua Presença. Reconhecemos que Ele veio ao mundo para que fosse permitido a nós vermos Nele a imagem de Deus, (*) e igual a Ele manifestar em nós a Vontade Daquele que criou em nós Seus filhos à Sua semelhança. (The Bridge To Freedom – USA/FEEU Brasil)

       (*) Além do que emotivamente externou a mensageira, Santa Kumara veio também à Terra no papel de Ministro do Logos, em cumprimento a um planejamento adrede do Grande Plano da Criação de todo o Sistema Solar. O Logos Criador tem Sete Principais Ministros que incorporam suas ordens em processo indescritível, ao mesmo tempo em que cada um representa um dos poderosos raios de energia e força que perpassa todos os átomos de vida da natureza em todos os planetas que fazem parte do grande campo de experiências do sistema solar, onde a vida evolui. Antes de vir para a Terra, mesmo Sanat Kumara teve de passar por provas de amor e vontade, por isso foi-lhe permitido ver a situação do planeta naquele momento, há mais ou menos 18 milhões de anos, a fim de que decidisse por ele mesmo aceitar ou não a missão. Tocado pelo grande amor que já o possuía, ele meditou sobre a situação do planeta e no avanço que viria a ter na Hierarquia Cósmica e resolveu se transferir para a Terra.
       Vênus, de onde Sanat Kumara, seus Kumaras e obreiros vieram, pertence à outra cadeia planetária constituída de sete planetas, como a Terra pertence a sua. Entretanto, a cadeia de Vênus está adiantada em relação à cadeia da Terra em uma ronda, o que representa, em média, alguns bilhões de anos terrestres. A cadeia de Vênus atua nos esquemas do Logos como uma espécie de pólo negativo em relação à cadeia da Terra, estando, assim, ambas as cadeias interligadas nos prolongamentos das leis cósmicas que regem os princípios evolucionários fundamentais. (Rayom Ra)

Rayom Ra

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