quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O Terceiro Ato de Tomé - Extratos da Gnosis

                      
       

       O “Evangelho de Tomé” já é largamente conhecido por religiosos e pesquisadores de antigos documentos.         É considerado “apócrifo”, e essa palavra vem sendo, ao cabo dos séculos, utilizada por historiadores no sentido de “obscuro”, “não confiável”, ao passo que para religiosos o termo é usualmente aplicado no sentido de “falso”, “não sagrado”. Mesmo se tratando de mais um evangelho não teve reconhecida ainda a sua autenticidade, não fazendo parte do cânon bíblico de 39 livros formadores da “estrutura reta, da régua certa de medir”. Já para ocultistas gnósticos, “apócrifo” provindo do grego, detém sentido diferente ao comumente atribuído, significando “oculto”, “resguardado”, “procedente”.

       O que aqui apresentamos é uma versão gnóstica que não têm a ver com o “Evangelho de Tomé” acima citado, encontrado nas grutas próximas da cidade de Nag Hammadi em 1945, Alto Egito, em idioma copta. Assim, da coletânea gnóstica, selecionamos "O Terceiro Ato de Tomé", em que o apóstolo, quando na Índia, enfrenta um dragão e relembramos que as revelações atuais da Nova Era, através da Fraternidade Branca Universal, nos têm trazido muitos subsídios acerca da raça draconiana, avançada mentalmente.

       Embora naquela raça haja corpos de dragões e de homens-dragões, não são todos dragões na conhecida forma, ou híbridos, mas seres que podem se apresentar com aparências humanas, sendo muitíssimo inteligentes e não originários da Terra, operantes não somente no plano físico, mas, principalmente, nos planos e inter-planos do astral e mental. Usam de todos os artifícios e tecnologia desconhecida pela ciência material terrena, com a finalidade de dominar a mente humana, conduzindo-a para as transgressões dos bons valores, o que vêm rapidamente acontecendo a incontáveis milhões, talvez bilhões de pessoas prisioneiras, hipnotizadas em suas teias. Fazem de tudo para permanecer no anonimato, engendrando estratégias de descredito sobre suas existências junto às populações mundiais, lançando mão, principalmente, de servidores encarnados com programas céticos pré-elaborados.

       Interessante notar-se que ante as atuais revelações sobre os mestres das sombras, magos negros e alienígenas dominadores, algumas passagens dos evangelhos dos apóstolos ficam mais claras, pois Jesus pregando sempre sobre o Deus a quem seguia, antepõe-se ao deus de seus inúmeros perseguidores, como em: Mateus. 23:13. “Ai, de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante dos homens; pois, vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando.’’ Em Mateus 23:33 ‘Serpentes, raça de víboras! Como escapareis da condenação do inferno?’ ” Sabe-se também que a raça reptiliana trabalha nas sombras com os mesmos projetos e propósitos de dominações levados a termo pelos draconianos.

       As lutas entre os defensores da Terra e invasores alien não são recentes. Na verdade, vêm de milhões de anos com eras e ciclos muito agudos, como acontece nesse momento, tendo sido de todas as maneiras dissimuladas e escondidas as suas provas, embora a bíblia seja testemunha dessas verdades não interpretadas pelos religiosos numa linha real. Mas não vamos nos ater a isso especificamente, por que estaremos somente voltados a um documento ignorado ainda pelos historiadores que pouco ou nada conhecem da sabedoria oculta gnóstica.
 
        Vejamos então "O Terceiro Ato de Tomé", com tradução de nossa autoria:

       “E o apóstolo se dirigiu para onde o Senhor tinha ordenado. Como se aproximasse da segunda milha e tivesse se desviado um pouco da estrada, ele viu estirado o cadáver de um jovem de boa aparência, e perguntou:
       - Senhor, foi por essa razão que me conduziste até aqui para que eu pudesse passar por esse teste? Então seja feita a tua vontade! ’. E começou a orar e clamar: ‘Senhor, Juiz dos vivos e dos mortos (Atos 10:42), dos vivos que permanecem vivos e daqueles que permanecem mortos, Senhor de tudo e Pai, mas Pai não das almas que estão nos corpos, mas dos que partiram; pois daqueles que ainda estão na corrupção és o Senhor e Juiz’. Vem agora que te chamo e mostra tua majestade a este que jaz aqui’. E se voltando para aqueles que o seguiam disse-lhes: ‘Este fato não aconteceu ao acaso, mas pela ativa ação do inimigo que o idealizou de tal modo que possa usar isto para realizar seu ataque contra nós. Vede que ele não usou nenhuma outra forma nem operou através de qualquer outro animal, porém daquele que o obedece. ’

       Tendo ele dito isto, um grande dragão surgiu de dentro da caverna, arremetendo sua cabeça e batendo a cauda no chão, dizendo em voz alta ao apostolo:
       - Eu direi perante tu as razões pelas quais eu matei este homem, uma vez que tu aqui vieste com o propósito de provar que meu ato é errado.
       O apóstolo então disse:
       - Sim, fala!
       - Uma bela mulher vive naquele lado oposto. Como ela passasse por mim e eu a visse, a desejei, a segui e a observei. Então encontrei este jovem beijando-a, pois mantinhas relações íntimas com ela e fazia coisas ignominiosas. É fácil para mim expor-te diretamente estas coisas, por que sei que és gêmeo de Cristo e sempre desprezas nossa raça. E não querendo terrificá-la não o matei naquela hora; vigiei-o, porém, e quando pela noite ele voltou, ataquei-o e o matei; especialmente porque ele teve a insolência de fazer aquilo no dia do Senhor.
       O apóstolo o examinou e o inquiriu:
       - Dize-me a ancestralidade e a linhagem a que tu pertences?
       Ele respondeu:
       - Eu sou um réptil de uma raça rastejante, a peste de uma pestilência. Eu sou o filho daquele que feriu e derrotou os quatro irmãos remanescentes. Eu sou o filho daquele que senta no trono sobre tudo que está sob os poderes celestes; eu sou o filho daquele que toma de quem empresta; eu sou o filho daquele que produz o círculo. E sou do sangue daquele que está além do Oceano, cuja cauda se estende à sua boca. Eu sou aquele que entrou no Paraíso através da muralha e falou com Eva, segundo meu pai houvera ordenado falar (Gen.3 I ff). Eu sou aquele que acendeu em Caim o desejo de matar seu irmão (Gen. 4:5-8) e por minha causa, abrolhos e cardos cresceram na terra (Gen. 3:18). Eu sou aquele que arremessou os anjos dos céus e os confinou para suas lascívias com mulheres (Gen. 6:I f.), de tal forma que os filhos nascidos na terra descendessem deles e eu pudesse realizar meus intentos através deles. Eu sou aquele que endureceu o coração do faraó a fim de que ele assassinasse as crianças de Israel e os escravizasse em jugo cruel (Exod. I:10-15). Eu sou aquele que desviou a massa no deserto quando eles edificaram o bezerro de ouro (Exod.32:1-4). Eu sou aquele que inflamou Herodes (Mat. 2:16. Luc.23:6-11) e induziu Caiaphas a mentir perante Pilatos; pois estas coisas se me ajustavam. Eu sou aquele que inflamou Judas e o comprou a fim de que ele pudesse conduzir Cristo para a morte (Mat. 26: 14-16, 47-40). Eu sou aquele que habita e domina o abismo de Tartarus; mas o Filho de Deus afligiu-me com injustiça contra minha vontade e retirou-se de mim. Eu sou do sangue daquele que virá do Leste, a quem é dada autoridade a fazer o que desejar na terra.

       E quando aquele dragão houvera dito aquelas coisas que toda a multidão tinha ouvido, o apóstolo elevou a voz bem alta dizendo:
       - Cala-te agora, tu o maior desavergonhado, e tem vergonha, tu que estás completamente morto; pois é chegada a tua própria destruição. E não ouses falar daquilo que engendras através daqueles que de ti se tornaram subjugados. Eu te ordeno em nome de Jesus, que até agora tem lutado contra vós, através de seus próprios homens, sugar, retirar e remover teu veneno injetado neste homem.
       Porém, o dragão disse:
       - O momento de nosso fim não é ainda chegado como tu dizes. Por que tu me compeles a retirar o que tenha injetado neste homem e morrer antes do tempo? Pois somente meu pai, quando ele retirar e sugar o que lançou sobre o mundo, somente então terá chegado o seu final.
       O apóstolo ordenou:
       - Então mostra agora a natureza de teu pai!

       E o dragão se aproximou, colocando sua boca no ferimento do jovem e dele sugou o fel. Em pouco tempo a pele do jovem que estava apurpurada ficou branca, mas o dragão inchou. E quando o dragão tinha sugado todo o fel para dentro dele mesmo, o jovem se levantou e ficou ereto, apressando-se a se lançar aos pés do apóstolo. Porém, o dragão inchou completamente, estourou e morreu; tendo seu veneno e fel se derramado no chão. E no lugar onde o veneno se derramara uma grande fenda se abriu, sendo o dragão ali engolido.
       Após isso, o apóstolo disse ao rei e seu irmão:
       - Mandai buscar operários para que aplanem este lugar, fazei fundações e aqui construí casas para que sirvam de residências a estrangeiros.

       Entretanto, o jovem disse ao apóstolo em meio a muitas lágrimas:
      - O que eu fiz-te de errado? Pois tu és um homem de duas formas e o que desejas tu o consegues, não és impedido por ninguém pelo que vejo. Eu vi aquele homem que permanecia ao teu lado e dizia-te: “Eu tenho muitos prodígios a mostrar por teu intermédio e grandes feitos a realizar através de ti, pelo que serás recompensado. E tu realizarás o que muitos viverão, e descansarão na eterna luz como as crianças de Deus. Traze então a vida”, ele disse, e falando-te sobre mim: “deste jovem abatido pelo inimigo, sê durante todo o tempo o seu protetor”.
       É bom que tu tenhas vindo aqui, e é bom que tu devas estar com ele novamente, porque ele nunca se separa de ti. Porém, eu fiquei livre da ansiedade e vergonha. E a luz brilhou em mim muito além da ansiedade noturna e descansei da fadiga do dia. Permaneci separado daquele que me impeliu a fazer estas coisas; eu pequei contra aquele que me ensinou o oposto. E deixei aquele visitante da noite que por sua própria vontade impelia-me ao pecado, vindo encontrar aquele que brilha para ser meu companheiro. Deixei aquele que dissimula e obscurece os fatos de tal maneira que os envoltos neles não conseguem entender o que estão fazendo, não podendo se arrepender de seus atos, nem desistir de realizá-los cessando as suas práticas. Assim encontrei aquele cujos atos são luz e suas práticas são a verdade, que realizados por qualquer um não trazem arrependimentos. E tenho permanecido livre dele cuja mentira persiste, aquele que é também precedido pelo véu das trevas; a ignomínia o segue como também a imodéstia e a intemperança. E encontrei aquele que me mostrou as boas coisas para nelas eu permanecer, o filho da verdade, o companheiro da concórdia, aquele que clareia o caminho através da densa névoa, que ilumina sua própria criação, que cura suas feridas e supera seus inimigos. Porém, rogo-te, homem de Deus, que me deixes de novo contemplá-lo, ver esse que agora de mim se esconde, para que também eu possa ouvir sua voz, prodígio que não consigo descrever, pois não é de natureza deste instrumento físico.”

       O apóstolo respondeu:
       - Se tu te libertaste a ti mesmo dessas coisas das quais tens obtido conhecimento, como de fato tens dito, e se tu sabes quem é aquele que realiza essas coisas em ti e tu aprendes e te tornas obediente a ele a quem agora desejas com intenso amor, tu o verás e estarás com ele pela eternidade, descansarás em sua morada de descanso e viverás em seu júbilo. Mas se tu te tornares indiferente a ele e novamente voltares às tuas antigas práticas, desprezando a beleza e a face luminosa que agora te foi mostrada, esquecendo-te da radiência de sua luz, a que agora tu aspiras, então tu serás despojado não somente desta nova vida, mas também daquela que viria e voltarás àquele que tu disseste ter largado, e nunca mais verás àquele que tu disseste ter encontrado’

       Tendo o apóstolo dito essas coisas, veio para o interior da cidade e segurando a mão do jovem falou-lhe:
       - O que tu viste, criança, é somente um pouco das muitas coisas que Deus tem. Pois Ele não nos anuncia boas novas acerca das coisas visíveis, porém nos promete coisas maiores ainda do que essas. Enquanto estivermos vivendo em corpos, não conseguiremos dizer ou expressar o que Ele dará às nossas almas. Se dissermos que nos dá luz, isto é algo que vemos e temos. Sendo riqueza que existe ou surge no mundo, então assim a reconhecemos, mas não necessitamos dela, pois é dito: ‘Com dificuldade um homem rico entrará no reino dos céus’ (Mat. 19:23). Se falarmos de ricas vestes, com as quais os indulgentes desta vida se vestem, é reconhecido e dito: ‘Aqueles que usam coisas finas estão nas casas de reis.’ E de suntuosos banquetes, recebemos ordens de que devemos evitá-los, para não ficarmos envoltos em deboches, intoxicações e ansiedades sobre a vida terrena (Lucas 21:34) – Ele disse o que seja isso, como assim está: ‘Não andeis ansiosos por vossa vida, quanto haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo quanto ao que haveis de vestir’ (Mat. 6:25). Se falarmos de transitória dignidade, um julgamento está também definido quanto a isso. Falamos, contudo, do mundo superior, de Deus e anjos do vigilante e sagrado, de alimento ambrosial e de beber do verdadeiro vinho, das vestes permanentes que não ficam velhas, do que os olhos não veem e os ouvidos não ouvem, que, contudo, não terão crescimentos nos corações de homens pecadores, e do que Deus preparou para aqueles que O amam (I Cor. 2:9). Dessas coisas nós falamos e sobre essas coisas pregamos as boas novas.
         Acredites Nele por ti próprio para que possas viver. Confies Nele, porquanto assim feito tu jamais morrerás. Pois Ele não é persuadido por presentes que tu possas ofertar, nem Ele necessita de sacrifícios que tu devas a Ele fazer. Ao invés disto, olha-O e Ele não irá ignorar-te. Volta-te a Ele e não ficarás desamparado. Pois Sua excelência e beleza se revelarão de tal forma que O amarás e tais coisas plenas em ti não te permitirão jamais Dele te apartares.

       Quando terminou de dizer estas coisas, grande multidão acercou-se do jovem. E quando, em seguida, o apóstolo viu que eles se precipitavam a fim de vê-lo a ele mesmo, buscando lugares altos, disse-lhes:
       - Vós homens que viestes à assembléia de Cristo e pretendeis acreditar em Jesus, tomai um exemplo disto e observai que se vós não subirdes não me vereis. O menor, e vós, não podeis ver-me a mim que sou como vós. Se, contudo, vós não podeis ver-me sendo eu como vós, a menos que subis um pouco mais do chão, também não podereis verdes Aquele que mora no Alto e que está agora nas alturas, a menos que vós cresçais de vossas antigas condutas e práticas infrutíferas, das luxúrias que não têm fim, do apego da riqueza que é deixada aqui, da posse material que se acumula, das roupas que apodrecem, da beleza que envelhece e se acaba. Sim, e mesmo do corpo inteiro no qual todas essas coisas se encontram armazenadas, que fica velho e se torna poeira, retomando a sua própria natureza. Para todas estas coisas o corpo permanece. Ao invés disto, acrediteis em Nosso Senhor Jesus Cristo, a Quem proclamamos, e de tal sorte que a confiança esteja Nele e vós possais terdes vida Nele por toda a eternidade e Ele venha tornar-se de vós o companheiro de viagem nesta terra de vagantes, sendo Ele o vosso paraíso neste tormentoso mar. E Ele será para vós a fonte que transborda nesta terra sedenta, um lar pleno de alimentos em lugar da fome, um descanso para vossas almas e um médico para vossos corpos.

       Quando aqueles da multidão reunida ouviram estas palavras, choraram e perguntaram ao apóstolo: ‘Homem de Deus, ao Deus que tu proclamas ousamos não dizer que a Ele pertencemos, por que os atos de nossas vidas estão alheios a Ele e não O satisfazemos. Mas se Ele estiver entristecido e em compaixão por nós, e nos resgatar ignorando nossas antigas práticas, libertando-nos das coisas más que fizemos quando em erro, não considerando aquilo contra nós nem se mantendo defensivo por nossos antigos erros, nos tornaremos Seus servos e assim seremos até o fim. ’
       O apóstolo respondeu:
       - Ele não vos condenará nem haverá de penalizar-vos por vossos pecados cometidos quando em erro, mas virá resgatar-vos dos enganos que cometesteis por ignorância."

Rayom Ra.

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