1. Há diferenças nas conceituações de alma entre a psicologia e o esoterismo?
R. As diversas conceituações da psicologia
sobre a alma, e dualismo corpo-alma não alcançam efetivamente a mesma realidade
observada pelas correntes esotéricas. Muitos se horrorizam quando se diz que as
psicologias freudianas e a junguiana não nasceram somente de estudos e
cogitações de seus introdutores e que eles foram buscar os elementos principais
dessa ciência nos estudos de religiões esotéricas e antigas mitologias.
Efetivamente, eles pesquisaram as religiões esotéricas orientais, as riquezas
mitológicas dos povos e as relações análogas de qualidades e defeitos dos
heróis, deuses e semideuses com os elementos da psique ou anima, considerados
mais modernamente arquétipos. E eles mesmos confessam em suas biografias essa
volta ao passado.
2. Seria
possível conciliar essas correntes ao tratar da alma?
R. Para o estudante das ciências esotéricas
sem formação superior, o formulismo de teorias dos homens da cátedra sobre a
psique, as exposições e exemplificações sobre o funcionamento do ser biológico
e suas relações somáticas no conjunto dualista, mente-corpo, tornam a leitura
demasiado laboratorial. Ademais, as noções de consciência, subconsciência e
inconsciência explicadas pela psicologia conduzem naturalmente para o patamar
do homem-matéria e seus problemas com a personalidade. Nessa linha, sob a égide
das suas pesquisas e organizações dos elementos mentais para a formulação e
fundamentação de suas bases, constata-se que a psicologia é uma ciência de
leitura formalmente acadêmica e como tal firma-se ainda, em princípios básicos
materialistas. Entendem, no entanto, esotéricos, que enquanto a psicologia
acadêmica não conseguir avançar no conhecimento verdadeiro da síntese criador-natureza-homem,
não virá encontrar o caminho que lhe estará destinado no panorama futuro da
história das raças.
A alma, segundo correntes da psicologia é vista
como um refluxo da mente, talvez uma perspectiva e não uma substância. Sob essa
invisibilidade, a mente é tratada de modo geral com incertezas, sem uma definição
robusta e efetiva, senão hipotética; podendo nascer do cérebro ou não; com isso
o problema permanece aqui encravado. E isso conduz bem mais à materialidade do
ser humano, pois a alma, existindo, estaria unicamente circunscrita às
interações da personalidade. Questões como esta e suas elucubrações alimentam
as discussões sem que se chegue a uma conclusão definitiva, o que vem repetidamente
evocar a imagem de o homem continuar a ser o enigma central da natureza. E de
fato, o homem continuará indesvendável enquanto os pesquisadores se ativerem
unicamente ao relativismo do ser biológico com formações ancestrais
desconhecidas.
3. Qual
é a noção de arquétipos aplicada nesse caso?
R. Os arquétipos, no esoterismo, detêm outras
conotações mais reais e aprofundadas, superiores às tendências inatas do mundo
imaginativo da mente humana comum. Os arquétipos que as mitologias ajudaram a
consolidar, ainda que imprimissem na imaginação valores externos que se atribuíam
aos personagens das lendas, eram, na realidade, preexistentes no âmago da alma
humana. O termo arquétipo do grego arkhétypos foi de uso de filósofos neoplatônicos,
significando ideias ou modelos, e são energias-formas que se originam do
pensamento do Logos Criador. Essas formações ideais vão desde ao pré-modelo de
rios, mares, oceanos, montanhas, reinos da natureza, o planeta inteiro, até ao
próprio sistema solar. Nos mundos ou dimensões conhecidas pela ciência esotérica
há todos os moldes arquetípicos para o homem se auto estruturar no exercício da
construção do ser integral, uma vez que em todas essas sete dimensões
consideradas o espírito humano faz morada.
4. Como
entender melhor essa última conotação?
R. Avançando um pouco nesse tema podemos
dizer que o Logos Criador somente poderia trabalhar o sistema solar em todas as
suas minúcias se partisse de um planejamento preordenado. Noutras exposições
já abordamos sobre a criação objetiva do sistema solar, edificado sobre a
matéria primordial que o Logos já encontrara à sua disposição no estado chamado
de caos. Os arquétipos que se configurariam em realidades palpáveis
constituíram inicialmente a ideação na mente do Logos, que através de seus dois
outros aspectos objetivos chamados de Segundo e Terceiro Logos, formulariam as
matrizes dos cinco mundos ou dimensões, que, na Sua totalidade imanifesta e
manifestada, caberia estabelecer. Na realidade, todas as formas visíveis ou
não, acusadas pelos sentidos físicos e superiores são objetivas como são as
energias que se conjuminam em energias-formas partindo das inúmeras matrizes
arquetípicas do pensamento criador.
Os pré-modelos das formações ideais,
anteriormente citados, incluem-se num planejamento de construção de um planeta
como a Terra, numa determinada dimensão chamada mundo mental, que são os
arquétipos específicos para aquele momento segundo as necessidades de as vidas habitarem
o planeta e experimentarem-se nos muitos caminhos evolutivos. Assim, em relação
aos quatro reinos concretos da natureza planetária: o mineral, o vegetal, o
animal e o humano, os arquétipos consubstanciam suas formações endógenas e
exógenas em energias-vidas, a fim de que as vidas planetárias, incluindo
naturalmente o homem, se desenvolvam como manifestações completas nos modos
subjetivo e objetivo, segundo seus padrões vibratórios.
5. Houve,
de fato, algum proveito em relação ao conhecimento da alma em se estudando
mitologias e religiões antigas?
R. As
religiões estudadas pelos introdutores da psicologia proporcionaram elementos
sensíveis para a sua edificação como ciência. Todas as religiões oficialmente
entendidas tiveram suas origens conceituais, filosóficas, devocionais ou
estruturais derivadas dos abrangentes ensinamentos de sábios do oriente. O
pensamento religioso do ocidente, contudo, houve tergiversado de um princípio
ou lei reconhecida pelos sábios orientais – a reencarnação – que permeia à lógica
da evolução da consciência, e se sobrepõe a todos os fatores em que se calcam e
se inserem os diferentes acontecimentos raciais, sociais, os casos gerais e os
particulares.
Portanto, a revelação de um processo
reencarnacionista cuidado e administrado como fator inerente a um plano
evolucionário, em que todos têm obrigações e direitos no mundo, e deveres a
cumprir, quer sejam pessoais, familiares, em prol de coletividades, ou
espirituais, não somente foi como ainda é refutada pela esmagadora maioria de
religiosos desde a era do despotismo cristão. Aos cleros que obstruíram ou
corromperam essas mensagens, jamais interessaria o entendimento de verdades
nesse teor pelo povo, porque suas ações sacerdotais já eram centralizadoras e
elitistas, com poderes feudais ou políticos sobre reinos e nações, estando a
salvação das penas do inferno unicamente em suas mãos.
Tal omissão dirigida e manipulada pela
organização religiosa cristã, da mesma forma teve acolhida nos primeiros estudos
da psicologia como ciência acadêmica, o que, evidentemente, trouxe um prejuízo
muito grande para as verdadeiras conceituações de alma e individualidade, pois
não há como excluir-se de considerar uma linha evolucionária da individualidade
à obrigatoriedade de seguidas interpolações na Terra. Sem a inclusão desses
inevitáveis fatores tanto a visão real acerca de o homem-personalidade como as
conjeturas em direção ao ego-alma ficam desmontadas.
As mitologias, por outro lado, formaram um
conjunto de situações em que se misturavam poderes terrenos e espirituais de
seres hierárquicos personalizados em deuses e heróis, em permanentes lutas com
as forças contrárias. Essas variações aportadas às mentes humanas fizeram
também emergir necessários e inteligentes simbolismos veiculados às lendas ou
às situações reais acontecidas, representando as múltiplas faces do ego em meio
às forças duais em pares de opostos.
6. A moderna psicologia ocidental não está se
voltando agora para as relações esotéricas das religiões orientais?
R. Sim e esse embrião é um trabalho de mentes
mais abertas de investigadores que buscam conceitos e modelos mais dinâmicos
que atinjam outras áreas da alma não exploradas oficialmente pela psicologia
ocidental, mas que há milênios estão presentes na sabedoria das religiões
esotéricas orientais.
A psicologia oriental em suas áreas de
trabalho não descarta jamais a estrutura da alma segundo os ensinamentos
bramânicos, do zen e dos diversos ramos do budismo dentre outras religiões. Há
na formação acadêmica oriental profundas e indissolúveis raízes da sabedoria
espiritual nas relações do homem inferior com o homem superior. Essas
assertivas podem ser perfeitamente constatadas nos livros sagrados dos vedas
guardados desde tempos recuados pelas castas sacerdotais, estando os
ensinamentos aplicados em suas práticas meditativas diárias e nos seus rituais.
7. Há
muitos pontos discordantes entre as escolas ocidentais e orientais da
psicologia?
R. Evidentemente. A psicologia ocidental tem
também inegáveis valores e aplicativos que dão resultados positivos aos
problemas dos homens de vidas agitadas em vista de um desenvolvimento mental
muito mais direcionado à matéria. Grandes pesquisadores estudam incansavelmente
as reações da psique e buscam adaptá-las a um quadro de incidências e
patologias a que devam ser tratadas segundo métodos cada vez mais
aperfeiçoados. Os problemas, entretanto, nesses tumultuados tempos excedem às
soluções, pois a psique do homem mundial passa por processos de ebulições e
transformações devido ao momento planetário de aceleração vibratória que afeta
todas as estruturas atômicas e formações dos sistemas orgânicos subjetivos e
objetivos do ego.
Certo percentual da população mundial do
século XXI não reage mais como há algumas décadas. Há outros elementos
motivadores que agora fazem parte de seus valores mentais, emocionais e
culturais, grandemente influenciados pelas novas e poderosas energias que ao
permearem o planeta vêm também instar-se mais diretamente em todas as áreas
humanas sensitivas e responsivas. O homem da atualidade dá diariamente rápidas
respostas aos complexos sistemas de vida material e profissional, mas clama
consciente ou inconscientemente pela necessidade de uma reciclagem íntima, um
entendimento mais profundo do porquê de sua própria vida, e pelas aberturas de
caminhos interiores que lhe possibilitem encontrar a verdade em si próprio e ancorar-se
ao mundo com maior certeza. Os descontroles e os problemas com vícios, drogas e
violência são inegavelmente reflexos desses problemas que a muitos afligem sem
que encontrem um norteador verdadeiro.
Esses fatos, o esoterismo consegue entender
embora suas explicações para leigos, à mente cética e à imensa gama de
religiosos ortodoxos sejam encarados como algo fora de propósito. Alguns desses
problemas encontram barreiras ainda irremovíveis às suas abordagens devido ao
forte pensamento cético e materialista que a ciência ocidental desenvolveu em
oposição à formação espírito-matéria do homem e suas decorrências, o que não
acontece de maneira geral com a psicologia e medicina orientais.
Podemos citar, por exemplo, que certos
postulados da tradição esotérica religiosa migraram para a psicologia oriental
dando ênfase ao conhecimento sobre reencarnação e seus efeitos gerados de
causas passadas na atual personalidade. Assim, o que a psicologia ocidental
entende como subconsciente num processo de memória de elementos mentais numa só
vida, ou herdados geneticamente, os orientais entendem também como samskara ou
formas cumulativas de energia originadas em vidas passadas, que forçam às
reencarnações, a fim de que novamente sejam trabalhadas pela nova
personalidade. Por outro lado, a superconsciência para as correntes mais
tradicionais da psicologia ocidental, é nebulosa e não oficialmente reconhecida.
Esse mesmo elemento supernal encontra-se perfeitamente embutido nas
conceituações orientais mais elevadas de anima, transcendendo em muito às
estruturas do ego pessoal – da personalidade em si e de seus mais elevados
atributos – representando um estado
superior da consciência a ser atingido pelas técnicas da meditação, conhecido
como samadhi, que levará o praticante a mergulhar em total abstração e bem aventurança.
8. Como entender melhor o papel das
mitologias e suas relações com a alma?
R. A humanidade se desenvolve em ciclos muito
longos que fogem à cronologia terrestre; uma parte dela regride a um tempo
quando a Lua era o planeta de enfoque principal de nossa cadeia planetária.
Muitas outras almas, hoje viventes em personalidades terrenas em diversos
países, recuam ainda mais nesse quadro evolucionário, chegando a um tempo de
bilhões de anos passados, quando da primeira encarnação do atual sistema solar.
Essas situações são por demais complexas para uma exposição minuciosa e detalhada
num simples trabalho como este aqui apresentado.
Podemos, entretanto, comentar que os ciclos
de evolução de nossa humanidade são em certo grau heterogêneos, abarcando
situações gerais e especiais em raças e etnias, cujo número de almas em seus
processos evolucionários originais nada tem a ver com os aspectos unicamente
desenvolvidos no planeta Terra. Assim é que almas introduzidas em certas raças
e etnias provieram de outros planetas e se albergam por necessidades as mais
diversas, naqueles segmentos raciais e culturais da Terra, a fim de prosseguirem
nas suas caminhadas rumo à realização mais próxima, que é a libertação final do
carma aprisionante. E enquanto uma parte da humanidade já é o suficiente
evolucionada em consciência, a ponto de entender certo número de postulados da
ciência espiritual e ciência concreta, outra parte vem avançando lentamente,
egressa de níveis mais baixos do período lunar e, particularmente, do reino
animal, após a grande onda de individualizações animais-homens verificada ainda
nos idos de Atlântida.
A evolução humana na Terra não está largada a
uma simples vontade de um distante Deus onipotente como julgam muitos, ou como
debocham os materialistas céticos de visão imperfeita enredados em pensamentos
unicamente concretos. O Logos Criador manifestou-se num círculo de existência
em que o sistema solar é o seu próprio corpo e consciência. E dentro desse
espaço-tempo e sob dimensões atemporais, as hierarquias criadoras e
mantenedoras do programa evolucionário vêm desde os primórdios da criação
trabalhando com autoridade e sapiência a fim de levar adiante a consecução do plano.
Portanto, os deuses da criação são prepostos do Logos que sob a
responsabilidade de ajudar a levar adiante o plano adrede elaborado, se
envolvem com todos os aspectos evolucionários das miríades de vidas em todos os
reinos, em todos os planetas e cadeias planetárias do sistema solar.
Assim, no passado, em ciclos de
desenvolvimento da consciência humana, houve também a necessidade de as Hierarquias
estimularem nas almas uma visão metafísica de genealogias criadoras, o que foi feito
com habilidade calcada em experiências obtidas de outras interpolações noutras
cadeias de nosso sistema solar ou fora dele. Alguns mestres avançados da
cosmogonia solar e da cosmogonia lunar precisaram encarnar-se na Terra e aqui
se revelarem em semideuses ou heróis a fim de implantar determinadas forças e
energias responsáveis por estimular e magnetizar os átomos dos corpos das personalidades
nas sociedades diversas. Com isso, valores antes desconhecidos na consciência
terrena de milhões puderam ser despertos e trabalhados pelos mestres encarnados,
e nutridos em seus aspectos mentais-emocionais através de modelos terrenos do
entendimento objetivo como – em certa escala aprofundada para muitos – em
modelos mais elevados de projeções arquetípicas em seus campos vibratórios de
energias e forças.
9. De
que modo se davam as relações arquétipos/mitologias/homem?
R. Sabem os esotéricos que todas as
transformações e implementos evolucionários do ser humano em seus níveis
mentais, emocionais ou físicos são acionados no sentido único de cima para
baixo. Todas as experiências de sucesso que resultam em benefício da
humanidade: os novos conceitos científicos, religiosos, esotéricos, filosóficos
e as realizações que mais se respaldem nos métodos de adestramento, disciplina,
aquisição e desenvolvimento dos valores humanos, se desenham adredemente em
gráficos desde o mundo dos arquétipos. Cabe aos líderes e mentes destacadas do
mundo físico captar, perceber, decodificar, incorporar ou materializá-los,
mediante seus próprios esforços e capacidades.
Os processos e métodos a serem desenvolvidos
para o benefício do mundo, emergem, periodicamente, de complexos ciclos, em
protótipos de ideias germinais de energias-formas que cruzam o espaço-tempo sob
cronologias terrenas. O dinamismo de leis cósmicas conjuminadas às projeções de
momentos astrológicos especiais provocam revoluções no pensamento humano nas
diversas sociedades e culturas. Em épocas especiais da história universal,
quando as humanidades atravessavam períodos de intensas ebulições das forças
astrais, houve propositais enfoques de determinadas efemérides e a criação de
novos eventos a fim de estimular o pensamento pela busca de valores mais bem
qualificados. Essas vertentes sempre foram administradas pelas Hierarquias Criadoras
que precipitavam ao mundo terreno almas adiantadas com a mensagem de levar
adiante o desenvolvimento dos germinais arquétipos que se plasmavam na matéria
mental da humanidade.
Esses momentos e suas implicações sempre
foram extremamente aprofundados pelos trabalhadores das Hierarquias Criadoras
de nosso sistema solar a fim de que não somente o Grande Plano da Criação, do
Logos Solar, tivesse a garantia da continuidade e progresso, como não se
interrompessem os fluxos progressistas que pervagam o éter universal atingindo
outros sistemas solares e seus respectivos planos de criação na Via Láctea. Nosso
sistema solar pode parecer insignificante perante uma totalidade cosmológica,
no entanto sua importância é computável numa engrenagem extraordinariamente
gigantesca para nós seres humanos acostumados com parâmetros menores que abarcam
tempo, espaço, matéria, dimensões, atemporalidade, energias, forças,
polaridades e tudo mais concebido e preordenado pela Inteligência Absoluta e
imperscrutável.
Assim, em tempos idos, quando certo
percentual da humanidade começava a atingir a idade adulta, e elementos da alma
precisavam ser mais bem estimulados e reconhecidos pela consciência terrena, as
Hierarquias Criadoras iniciaram o aprendizado de tais valores sob a égide de
ciclos cósmicos favoráveis aos eventos.
As relações arquétipos/mitologia/homem podem
ser consideradas como na formatação de duas grandes egrégoras de energias e forças
que se complementam. Essas relações são sempre conflituosas, pois expõem o
contato direto de polaridades positivo x negativo tanto nas essencialidades das
germinais energias-formas arquetípicas como nas personificações terrenas dessas
energias e forças.
10.
Como entender melhor essas últimas referências?
R. Os
arquétipos, modelos, ou matrizes essenciais, não são figuras amorfas que
precisam ser submetidas às ações diversas, a exemplo de um oleiro que amassa o
barro para a formatação de tijolos, vasos ou ânforas. Os arquétipos existem em
ideações já concluídas no mundo mental em estado de repouso, no aguardo de que
as forças criadoras nelas se manifestem pela Inteligência do Criador, dirigidas
pelos Seus Ministros ou prepostos para as muitas finalidades nos mundos
inferiores. As ações, como já dissemos, são previamente calculadas ao auxílio
de um calendário cósmico envolvendo uma série de situações coordenadas sob o
mecanicismo de forças astrológicas favoráveis a novos eventos, em consonâncias
com as manifestações temporais e cíclicas de determinadas leis cósmicas de
difícil compreensão pela mente humana.
O moderno esoterismo nos traz ensinamentos
propícios a que possamos partir de níveis mais elevados do entendimento dessas
e outras efemérides de âmbitos cósmicos, visto a comunidade esotérica estar já
o suficiente avançada para aplicar-se a estudos mais amplos, prescindindo assim
de grande número dos simbolismos mitológicos. Daí, podermos dizer que há sete
grandes forças cósmicas chamadas raios, que vindos do Logos Solar, incorporam
materializações, se assim podemos nos referir, em sete planetas considerados
sagrados. Esses sete raios chamados Logoi são personificados em sete iniciados
de status muito elevado que nas sete cadeias planetárias principais de nosso
sistema solar comandam o desenvolvimento delas, segundo suas características e
qualidades, desempenhando-se nas funções de Ministros do Logos Solar. Esse
assunto encontra-se esboçado na segunda parte de nossa obra: O Monoteísmo
Bíblico e os Deuses da Criação.
As Hierarquias Criadoras sob a égide desses
raios cósmicos, então formatam as principais situações em que os seus
representantes nos mundos mais elevados deverão trabalhar as forças e energias
a fim de que após laborioso trabalho consigam magnetizar essas forças na Terra,
nas culturas das civilizações cujos enfoques e atenções principais do momento
para ali estejam convergidos.
As forças e energias dos raios cósmicos se
manifestam em sete principais poderes que geram qualidades diferentes. Essas
sete manifestações de raios, apesar de suas indescritíveis potencialidades,
são, não obstante, subraios de um único raio de um conjunto de sete grandes
raios cósmicos que não podem se manifestar senão periodicamente nos centros maiores
dos sistemas solares, os seus sóis. O Sol de nosso sistema solar dispensa as
energias e forças de um só raio cósmico a cada encarnação, pois os atributos de
todo o sistema solar, em que o Sol representa seu principal centro gerador, estão
incorporados, exatamente, num único desses raios. Como não existem nas
periodicidades das leis cósmicas estados de forças e energias blindados, os
sete raios se comunicam em sete planos ou dimensões através dos seus
respectivos sete subplanos. Assim, um grande raio cósmico detém sete variações,
cada uma incorporando um atributo especial, e cada variação deste raio possui
sete outros subraios com os mesmos respectivos atributos em graduações diversas.
Evidente que quanto mais as variações de raios
em seus subraios comandem certos períodos ou situações, as potencialidades em
âmbitos diversos serão bem menores do que aquelas mais próximas das origens de
seus raios sintetizadores. Como exemplo, podemos citar que nosso sistema solar
incorpora as potencialidades do segundo raio cósmico, onde nesse momento
afloram as qualidades do amor-sabedoria, que é seu principal atributo. Daí,
enfatizarmos mais uma vez, que todas as manifestações de raios no sistema solar,
provindos de nosso Logos, são de um ou outro dos sete subraios do segundo raio
cósmico. E sempre que se verifica a periodicidade das regências desses raios,
que podem ser simultâneos não obrigatoriamente em contagem ordinal, o segundo raio
na relação dos sete responderá com maiores potencialidades quando de sua
relação 2-2 (segundo raio, segundo subraio).
Esses raios, necessário alertar, possuem
inerentes atributos e qualidades diferenciados que consubstanciam, dominam e
influenciam as principais características de miríades de vidas nascidas sob
suas influências em seus reinos, mas não impedem que energias de outros raios
cósmicos cheguem diretamente a todos os reinos da natureza, provenientes de
outros sistemas solares em diferentes variações de atributos e potencialidades,
vindo também influenciar os reinos, segundo um organograma maior de
intrarrelações.
Esse
quadro de manifestações cósmicas de raios, períodos de regências e resultados
de suas influências na natureza terrena são somente revelados nos estudos de uma
astrologia superior à tradicionalmente conhecida. Nos aspectos da astrologia
iniciática, relacionada a poderes cósmicos, as regências planetárias e
influências de signos não correspondem às mesmas tradicionais das previsões de
horóscopos pessoais ou gerais. As diversas abrangências da astrologia iniciática,
dizem respeito às causas maiores que atuam em nosso sistema solar e somente
incorporam poderes em iniciados da sabedoria oculta porque as respostas de
suas conjunturas atômicas e conscienciais diferem do homem comum.
Dessa maneira, as Hierarquias coordenam no
mundo mental e astral os tipos característicos de forças dos raios, por
grupamentos, que refletirão na Terra relações de energias e forças necessárias
a estimular e incorporar no humano elementos para a evolução coletiva das almas.
Em âmbito global, os estímulos conscientes e inconscientes dessas energias e
forças incorporadas na consciência humana – ao devido tempo exercitadas e
desenvolvidas – virão também servir para ampliar necessárias qualidades ao
corpo planetário.
11. Como
entender melhor essa incursão de formas arquetípicas nas relações almas/corpo
planetário?
R. Os grupamentos de energias e forças que as
Hierarquias Criadoras determinam estabelecer nos mundos acima do físico,
denominados por nós forças arquetípicas, são também comumente chamados
egrégoras. Esses elementos de raios em atributos e qualidades dispensados a
incorporar em semideuses e heróis humanos, foram ideias protótipos das formas
mentais e astrais daquilo que se iria configurar no mundo físico. Os átomos de
todas as formas de energias dos mundos que envolvem nosso sistema solar trazem
a mensagem indissociada da criação-evolução.
Assim, as energias e forças que permeiam os
campos vibratórios dos protótipos arquetípicos, separados por grupamentos de
egrégoras, naturalmente se inclinam a criar modelos de múltiplas formas, tipos
e situações inatas aos próprios impulsos da inteligência ativa do Criador, e
segundo a nota específica que nosso planeta e sistema solar precisam cada vez
mais desenvolver e ampliar no panorama cósmico. Desse modo, nos tempos de implantações mitológicas na face da Terra, as
Hierarquias Criadoras puderam trabalhar nos mundos superiores as
características desejadas nos grupamentos de raios da humanidade, idealizando
seres superiores em que as forças cósmicas personificadas estimulassem a
exercitar valores e qualidades que convergiriam não somente para os
ensinamentos esotéricos de ordem, hierarquia e comandos de forças da natureza
planetária, como do empíreo.
Já
naqueles tempos os iniciados desenvolviam tratados de astrologia em que descobriam
sempre novas minúcias nas ações das forças cósmicas nos seus impactos na
natureza e nas personalidades, bem como sabiam que todo o processo de iniciações
anelava-se aos fluxos das forças solares e planetárias. Desde Atlântida as
revelações aos iniciados detinham contextos sobrenaturais, pois era sabido que já
na concepção e geração de um corpo biológico, as forças dos astros polarizam a
alma nascitura imprimindo-lhe características que permanecerão por toda a vida,
indissociadas às inclinações de seus atos, pensamentos e desejos. E esses
aspectos eram entendidos por simbolismos.
Há e
sempre houve a hierarquização de forças cósmicas sob características
astrológicas tanto do sistema solar como fora dele. Há poderes diversos
incorporados em planetas que atuam sobre os mundos e vidas de reinos, de acordo
com os ciclos que se iniciam e se consomem nas periodicidades das leis cósmicas.
Esses ciclos não somente se repetem em seus mecanicismos de trânsitos
planetários, mas, principalmente, trazem à evolução os próprios planetas pelos
quais e sobre os quais os poderes atuam em escalas cada vez mais elevadas.
Sabem os esotéricos que os corpos planetários projetados para serem
representativos de um esquema astronômico, têm vidas evolutivas no espaço-tempo
no mundo físico concreto, mas também em dimensões acima, nascendo, evoluindo e
desaparecendo temporária ou definitivamente a um panorama cósmico de eterna
renovação.
As primeiras conotações mitológicas disciplinadoras
para a corporificação hierarquizada de forças e poderes por deuses e seres
superiores, surgiriam, sem dúvida, nas últimas fases do desenvolvimento atlante,
quando o Egito aparecia como celeiro de grandes realizações iniciáticas.
Podemos considerar que nesse período, os iniciados que ali atuavam sob e sobre
atributos mitológicos, manifestavam-se com grande inteligência e visão sob a
orientação da Hierarquia Planetária, ao comando de Sanat Kumara. A psicologia
de massas que escalões da Hierarquia Planetária introduziam nas populações
terrenas, trazida de seus conhecimentos desde a cadeia do período lunar,
terminada há milhões de anos, enriquecidos ao cabo de milhões de outros anos de
trabalho construtivo em prol da evolução humana na Terra, ajudaram-nos a
estabelecer diferentes referências mitológicas entre povos de culturas
diversificadas.
Assim, exemplificando algumas, tivemos que na
Ásia os deuses detinham qualidades e poderes característicos à idiossincrasia subracial
mongol; no Egito construiriam caracterizações com elementos que influenciariam
outros povos nômades ou semitas de raízes primeiramente atlantes e mais tarde
ários; na Europa, detinham características arianas nórdicas e helênicas,
posteriormente romanas. Haveria, ainda, mesclas com mitologias dos povos
eslavos, africanos, ameríndios e de outras regiões do planeta, sobre aspectos
atlantes cunhados pela memória Tolteca, cujo domínio de mais de 100 mil anos
teria se expandido por quase todo o globo, muito antes de as Américas formarem
um continente somente conhecido por navegadores da antiguidade.
Alguns dos propósitos de as mitologias terem
sido implantadas nas civilizações do mundo sob as premissas de ordem e obediências
hierárquicas foram com a intenção de que pudessem desenvolver a imaginação e
poderes anímicos, ao mesmo tempo deixassem imprimir nas suas memórias populares
de maneiras robustas que o mundo é um campo de forças em permanente revolução.
E essas forças que precisariam ser conhecidas e trabalhadas sob condições
gerais e especiais, possuem guardiões de poderes que no lado positivo velam
pelos humanos e os auxiliam nas suas dificuldades, e no lado negativo atraem
incautos para situações de escravidão ou atrasos. Outro propósito subjacente e inter-relacionado
era o de exercitar o ritmo das incorporações de energias superiores para o
futuro controle do ego-mental sobre os impulsos instintivos e emocionais,
implementado pelas invocações ritualísticas e seus aparatos.
Dos estágios evolutivos de antigas
civilizações acontecidos há relativamente poucos milênios, em que o
desenvolvimento da imaginação e poderes anímicos formariam o cerne dos
processos impressionistas das mitologias, hoje emergem milhões de homens e
mulheres com necessária sensibilidade intelectual e mediúnica, capazes de
polarizar, trabalhar e requalificar energias e forças mentais antes
desconhecidas.
12.
Ainda não está clara a maneira como a mitologia pôde se identificar com
elementos da alma.
R. O ser humano tem dois principais níveis
que costumamos denominar ego superior e ego inferior. Na realidade, a alma
humana nada mais é que a composição de uma estrutura que para sua manifestação
depende de fatores internos e externos. O ser humano não existe de fato como
entidade imortal, por que seus componentes egóicos estão adstritos às formações
construídas no espaço-tempo. O ego superior é energia-consciência em grau mais
alto e refinado, onde seu conteúdo tende a uma perfeita síntese e identidade em
níveis de equivalência com outras almas de mesmo calibre, ao passo que o ego
inferior é a personalidade pluralizada em bilhões de tipos com diversidades de
experiências em quatro gradações diferentes de matéria. O homem, como hoje o
conhecemos objetiva e subjetivamente, é uma entidade psíquica com tempo finito –
repetimos – sob o imperativo da periodicidade do nascer-viver-morrer-renascer,
subjugada aos princípios de causa-efeito-causa, temporais, que será extinta tão
logo a mônada deixe de nela fixar-se, depois de obtidas todas as experiências de que
necessitava.
Ambos os níveis egóicos citados são permeados
por poderes psíquicos distintos que, de uma forma ou de outra, influenciam e
são influenciados por ideias ou ideais que se transmitem e se distinguem pelas
colorações de suas vidas atômicas. Sobrepondo-se a esses dois níveis, a mônada
ou espírito puro, é a criação infinita fora do espaço-tempo, encarnada no
sistema solar, saída do primeiro e imanifesto aspecto do Logos, quando esse separou
espírito e matéria para vir à existência objetiva como Logos Criador,
personificado em dois outros aspectos.
Tanto o ego superior como o inferior foram
projetados em processos endógenos análogos em que suas formações ideais se
dariam, primeiramente, em período involutivo num arco de descida, e depois num
arco evolutivo onde nessa subida a
chispa divina emanada da mônada pudesse ascender e brilhar nos interstícios da
matéria, extraindo da própria matéria forças e poderes latentes. O ego inferior
se constrói no relativismo das causas do movimento, inércia e ritmo, e vai se
descobrindo na medida em que é atuado pelas leis da natureza. Entendemos todos
os invólucros do ser humano, em seus níveis mentais, emocionais e físicos, por
matéria, e a presença da inteligência criadora sob a forma de energia, por
consciência da própria matéria, resultando essa relação numa concepção
energia-vida.
O homem pode passar milhões de anos coletando
experiências e informações sem que haja propriamente incorporado princípios que
lhe permitam ascender verdadeiramente à Alma Imortal ou simplesmente jamais
ascender. A alma humana, em verdade, não é imortal, por que está na transitoriedade
das leis da natureza sob a égide das forças imutáveis que regem a mutabilidade
de todas as coisas, como afirma o antigo e correto aforismo.
As mitologias foram construções à parte sob
elementos arquetípicos que buscavam, principalmente, resultados na alma,
estimulando a incorporação de símbolos em processo criativo sob a injunção de energias
e forças. Na realidade, em processos diversos, despertaram poderes com os quais
o homem sempre conviveu embora, comparativamente, poucos deles detivessem
noções, mas sequer tivessem antes sabido de suas naturezas duais e de suas incorporações.
13. Que
são esses poderes configurados nas mitologias que a alma necessitava deles
apropriar-se?
R. Apesar de os protótipos de energias e
forças arquetípicas idealizados em grupamentos pelas Hierarquias Criadoras
atingirem a grande massa humana das civilizações, exaltando poderes de magias,
os seus mentores não podiam deixar de observar os vários outros caminhos
calcados sob leis evolucionárias nos quais existem múltiplas abrangências. Essa
variada gama de inclinações encontrava-se, justamente, nas originais forças dos
sete raios, modeladores dos gostos e tendências das personalidades. As
mensagens dos dramas dos deuses, semideuses e heróis mitológicos ao serem
absorvidas pelas impressionáveis mentes das populações ao cabo de milênios,
provocavam o despertar de linhas de energias e forças nos seus cérebros astrais
e mentais que pouco a pouco subiam, indo encontrar os respectivos campos arquetípicos
onde cada individualidade ali se albergava e se reabastecia. As relações
personalidade-alma ganhavam assim incorporações de elementos subjacentes nas
mais variadas colorações das personalidades, muito embora os simbolismos e
alegorias fossem muitas vezes entendidos como realidades concretas.
As mitologias sempre destacaram
conquistadores que entravam em permanentes conflitos, pugnas e guerras, e isso
esteve ligado aos seres sobrenaturais isolados ou em coletivos, dotados de forças
mágicas. Conquanto as interpretações que muitos detivessem fossem de uma realidade
concreta, aquelas mesmas alegorias e simbolismos eram dos mais profundos significados
para os estudantes de magia, ocultismo e filosofia hermética. Na verdade, esse
sempre foi o cerne de todos os esforços das Hierarquias Criadoras porque os
simbolismos mitológicos ocultavam enormes concentrações de energias e forças,
provando que as buscas de suas revelações pelos estudantes e iniciados de todos
os graus do esoterismo – e as situações que os envolviam – eram um campo de
tremendas lutas e provações. E na medida em que os simbolismos eram decifrados
nos processos iniciáticos, os estudantes incorporavam deles adicionais forças,
despertando com isso novas somas de poderes internos para o avanço consciente
no caminho.
Os poderes internos eram e ainda são as
capacidades de um indivíduo em se autoafirmar em situações normais ou
especiais; de conseguir sintonizar-se com forças superiores que o assistem e de
produzir no mundo realizações que pessoas comuns, cultas ou incultas,
destituídas dessas aquisições, não conseguem. Os poderes, normalmente, estão
sintonizados com forças especiais que o indivíduo consiga suportar. Os métodos
e processos sempre foram ensinados e sustentados por almas de vanguarda,
estando essas forças a atuar tanto externa como internamente ao mundo. Em
certas épocas da antiguidade, métodos e processos foram organizados pelas
mediações de pensadores independentes que obtiveram epítetos de fundadores de
escolas de sabedoria sob características próprias e notoriedades de seus
fundadores e seguidores mais ilustres. Apesar de algumas dessas independências,
na maioria das sociedades os métodos, técnicas e processos foram modelos mais
gerais e tradicionais em âmbitos raciais ou étnicos sob as diretrizes de
governos teocráticos. Assim, as crenças e práticas religiosas em algumas
civilizações antigas, transformaram-se em celeiros oficiais de culturas
esotéricas e místicas.
Às castas sacerdotais sempre couberam as
responsabilidades de formar indivíduos sob determinadas regras de estudos e
realizações práticas do conhecimento oculto. E essas responsabilidades também
abarcavam e se estendiam às formulações de lendas mitológicas e suas
divulgações, disfarçadas em alegorias populares e simbolismos. Desse modo, foi
possível muito do conhecimento oculto manter-se resguardado e preservado através
dos séculos e milênios, e algo daquele conhecimento ficou gravado no imaginário
popular mesmo quando as culturas decaíram e algumas desapareceram.
14. Por
que foi necessário um conhecimento dual das mitologias em faces populares e
ocultas?
R. Como dissemos anteriormente, o processo
evolucionário na Terra não chegou a ser sempre homogêneo mediante a inclusão de
diversos fatores no desenvolvimento dos povos. E nem poderia. Os quadros da
evolução humana mostram sempre grandes diferenças mentais, culturais e de
consciência, que modernamente os educadores erradamente pensam poder suprir e
melhorar unicamente pela educação escolar acadêmica. O que distingue um homem
de outro em valores mentais e espirituais são aquisições de verdadeiro
conhecimento conquistadas em muitas e variadas encarnações. Não há mágicas e
nem fatores genéticos trabalhados pela ciência ou sistemas de ensino acadêmico
que consigam diminuir as lacunas de experiências não conquistadas por um ego
que não tenha tido suficientes encarnações na Terra, ou, nos piores exemplos,
que tenha desperdiçado suas oportunidades de vidas terrenas em eventos ou
situações inócuas ou negativas.
Mesmo quando uma civilização de alguns
milhões de pessoas atingisse um ponto mais alto na escala evolucionária, como
acontecido no passado, sobre cujos acervos mentais e culturais os mentores das
Hierarquias pudessem programar novos ciclos de desenvolvimento, haveria, como
sempre houve, profundas diferenças em camadas sociais. Desse modo, nunca foi
possível ensinamentos completamente abertos de segredos do homem e da natureza a
serem passados sem restrições e prévia seleção de candidatos. Tanto quanto ao
pouco desenvolvimento mental de faixas sociais, como à frouxidão de caráter e
acentuado egocentrismo revelados por percentuais de homens cultos, porém
sedentos de paixões e desejos mundanos, houve e há a obstrução e impraticabilidade
de se obter bons resultados num processo iniciático. Sempre que essas regras
são imprudentemente violadas os resultados se provam ruins ou profundamente
prejudiciais, quando não catastróficos, como muitas vezes acontecido com
iniciados que utilizaram os poderes adquiridos para benefícios pessoais ou caíram
em desregramentos.
Sob essa sábia visão os mestres raciais
determinaram que os segredos mitológicos encobertos e disfarçados pelas
alegorias e simbolismos fossem elaborados a fim de despertar a imaginação e
desenvolver qualidades e poderes em dois níveis básicos com diferentes padrões
mentais: o popular e o iniciático oculto. Assim, os mesmo símbolos que serviam
a um padrão mental das sociedades serviam ao outro, mas transmitiam energias e
forças de variadas teores e frequências tanto quanto neles as pessoas se
concentrassem e trabalhassem diferentemente em seus eventos e efemérides sob
orientações sacerdotais.
15. Como
entender melhor a questão de apreciação dos mesmos símbolos para dois padrões
mentais com diferentes resultados?
R. Costuma-se dizer que o Deus é o macrocosmos
e o homem o microcosmos. Isso é admitido no mundo do ocultismo como verdadeiro,
embora seja somente possível demonstrar-se esse axioma por analogias. No
entanto, os avanços nos campos do ocultismo são diferentes dos avanços
conceituais e práticos da ciência porque o ocultista se realiza experimentando
em si mesmo as transformações que busca acrescentando poderes internos, ao
passo que o cientista opera somente com a matéria externa e ao seu processo
exógeno, e salvo as exceções, suas relações de conhecimento e evolução do ser
interno se polarizam em maior escala num plano da mente concreta bastante
inferior ao do ocultista avançado.
Embora as leis da evolução se apliquem a
todos indistintamente, as aquisições e avanços são proporcionais aos seus
entendimentos, aplicações e experiências. Nos povos incultos de outrora, os
enredos mitológicos e os cultos devocionais em direção aos deuses e deusas
protagonistas de fenômenos na natureza ou de domínio e comando de situações,
serviram também para despertar valores na alma e sintonizarem-se com os campos
menores de energias e forças do humano para o espiritual.
A personalidade, que no esoterismo é vista
como o quadrado, constituída exatamente de quatro corpos que são o físico, o
etérico, o astral e o mental, pode, por si mesma, acumular forças e poderes com
que regerá seus assuntos no mundo com maior ou menor mestria. Há, na atualidade,
em cultos místicos, mediúnicos, religiosos e de magia toda uma preparação para
as realizações externas de eventos ou sessões de trabalhos, conjuntamente aos
estudos e práticas dos métodos de adestramento dos corpos astrais e mentais de
afiliados. Há, portanto, diferentes formas de abordagens, evocações e anexações
de forças superiores em relação ao humano. Essas preparações litúrgicas em
diferentes padrões, segundo as crenças, vêm precedidas de fortes disposições
mentais e emocionais de fé e certeza de suas verdades, o que provocam
constantes redemoinhos de forças astrais e mentais nas formações de egrégoras
onde se corporificam os poderes personificados em homens, seres, deuses,
mensageiros, santos, mártires, etc. aumentando assim quantitativa ou
qualitativamente o teor vibratório daqueles campos vibratórios.
O estudante do ocultismo, não obstante,
trabalha com ambas as faces dessas criações, sabendo que as corporificações de
poderes existem de fato em proporções e sintonias diversas com a psique humana.
Todavia, essas forças e comandos de poderes ao alcance popular, com milênios de
existências nas mais variadas personificações, são de fato construções que
encobrem o lado mais interno e oculto de outra realidade mais sutil e mais
poderosa sob o ângulo da alma em seu aspecto superior. O iniciado nos segredos
ocultos sabe distinguir e operar com ambas essas faces em suas mais diversas
tendências, pois é necessário que sobre essas construções mentais e astrais
realize obras na Terra em prol da evolução da consciência humana a fim de que o
humano não perca suas ligações com o espiritual.
16. Há
referências de que semideuses e heróis mitológicos andaram pela Terra, como então
colocar esses acontecimentos nos simbolismos?
R. Reportemo-nos ao exemplo de Jesus quando
andou pela Terra e foi protagonista de vários eventos e narrativas relatados
nos evangelhos. Ao mesmo tempo em que os fatos iam se sucedendo em sua carreira
missionária, ele ia compondo um delineamento progressivo de um caminho muito
bem sedimentado para todos os seus seguidores tanto em suas visões religiosas
quanto nas místicas e ocultistas.
Os nomes de locais, cidades e pessoas sempre
evocaram analogias com os simbolismos a que os estudantes do esoterismo
precisam trabalhar para fixar em seus conscientes as relações de forças com as
qualidades internas da alma, necessárias a estimular ou aperfeiçoar. Do
trabalho desses elementos internos e suas correlatas posturas e aplicações no
cotidiano vai nascendo e se consubstanciando um novo ser dentro da própria alma,
que postulará sempre maior liberdade de voar aos domínios superiores a fim de
melhor conhecer e incorporar. No caso de Jesus, a montagem do cenário em que se
desenrolaria a história de sua vida já estava pronto quando ele encarnou na
Terra. Do mesmo modo, todos os discípulos e personagens destacados e
coadjuvantes já haviam sido trabalhados, antes mesmo de encarnarem, no sentido
de que representassem seus papéis em respectivos tempos de suas aparições a fim
de que os fatos temporais se encaixassem com os fatos simbólicos atemporais,
que seriam as pistas para que os estudantes mais avançados de tempos vindouros
neles conseguissem se inserir.
Para que acontecesse na Terra a elaboração
adrede, Jesus teria que desempenhar o papel simultâneo de O Conhecedor, O
Conhecimento e O Campo do Conhecimento, como ele mesmo diria já incorporado da
presença crística: “Eu Sou o Caminho, a Verdade e a Vida e ninguém vai (ou vem)
ao Pai senão por Mim!”. Nada se constrói na Terra, no sistema solar ou
universo, que não seja pelas manipulações conscientes de energias e forças
inerentes à matéria e não matéria. E Jesus teve de fortalecer seu campo
vibratório com energias e forças terrenas e de planos mais elevados. Desse modo,
seus discípulos foram por ele trabalhados e despertos em suas efetivas
aquisições iniciáticas de outras encarnações, no sentido de consubstanciarem Sua
egrégora aqui na Terra, sob a qual atuarem e realizarem a missão. E essa força
e energia que o Cristo empregou externamente e também extraída de sua própria
presença e mestria, atravessaram os milênios para dar suporte às energias que a
era pisciana necessitaria fixar no planeta em conjunção com as atuações dos
demais raios, principalmente, naquela ocasião, de magnitude do sexto raio.
No caso de semideuses e heróis mitológicos
que andaram pela Terra, foram os mestres e iniciados mais capazes que desde os
arquétipos construídos pelas Hierarquias Criadoras nos mundos mental e astral que
assim se corporificaram. Estando na Terra, eles ajudariam a fortalecer seus
campos de forças ou egrégoras com as energias e forças dos elementos cujos
segredos conheciam, estabelecendo pontos referenciais onde as energias e forças
cósmicas pudessem ali ancorar-se. E pelas correntes formadas pelos discípulos e
seguidores, adicionadas às forças mentais e astrais dimanadas da alma popular,
mais ainda eles se fortaleceram edificando egrégoras que por milênios se
manteriam como base e referências para a construção de mitos e poderes de
magias para outras civilizações ou etnias planetárias.
17. De que maneira isso veio acontecer?
R. Ao analisarmos os cultos e religiões de
alguns povos de continentes constataremos invariavelmente em todos eles a
hierarquização de forças e poderes, por mais primitivos que fossem os seus
conceitos e visões. Esses memoriais atávicos são resquícios de um passado
muitas vezes de milhares ou milhões de anos que resistiram a todos os períodos
da cronologia humana. Muitos ramos de etnias atrasadas revelam a memória
ancestral de quando as raças foram gloriosas em certas épocas e cujas histórias
mitológicas viraram lendas de heróis terrenos, misturadas a virtuais fatos de
heróis sobrenaturais. Esses ramos étnicos, normalmente em lentos processos de
extinção, revelam o andamento das leis naturais aplicadas a grupos, nações e
povos inteiros, bem como, em devidas e proporcionais características, a
grupamentos de espécies dos demais reinos não humanos.
As mesmas lendas e aparições de heróis
terrenos que um dia serviram para impulsionar a evolução de almas em tempos
mais recuados aos das mitologias disciplinadoras mais recentes, melhor
elaboradas, ainda se mantiveram e se manterão até que haja acontecido a
extinção total do grupamento. Esses ciclos de
nascimento-evolução-apogeu-decadência-morte estabelecidos pelas leis naturais,
sob cujo imperativo as raças humanas estão subjugadas, são inexoráveis e as
raças não resistirão ao termo final que se anuncia. Entretanto, as almas que
ali vivem em corpos decadentes que se irão transferir para corpos de outros
ramos étnicos, continuarão a portar em seus átomos astrais e mentais a memória
dessas lendas, que em futuro as ajudarão a assimilar novas ideias sobre a
hierarquização de forças sobre a Terra.
18. As
guerras entre deuses e poderes foram também adrede programadas?
R. As guerras particulares entre os deuses do
Olimpo nunca existiram comparativamente as conotação da realidade terrena.
Essas transmigrações de qualidades inferiores de invejas, ciúmes, paixões,
disputas de poderes e domínios foram antropomorfismos humanos também
responsáveis pelas loucuras que populações realizaram ao se deixarem levar
pelas sugestões das forças negativas. Alguns fatos mais próximos de
possibilidades humanas, num panorama de magias astrais, puderam acontecer como
até hoje acontecem. No entanto, as demais ações de grandes poderes e realizações
sobrenaturais foram efemérides astrológicas genialmente alegorizados pelos
mestres e sacerdotes iniciados também reveladoras de elementos residentes na
psique dos candidatos às iniciações cada vez mais elevadas, em cujas provações,
algumas vezes longas, anteveem-se as dramatizações íntimas com que o candidato
nelas estará inserido, precisando suportá-las e diluí-las.
Não se pode omitir, no entanto, as
inferências de outras forças humanas com poderes negativos terrenos e
extraterrestres nas histórias mitológicas que resultaram em guerras, conquistas
e perdas de valores. Sobre esses fatos duais houve e há adicionais personagens
que se cercaram de poderes e forças opositoras, constituindo verdadeiros reinos
e celeiros do mal, dominando situações em várias ocasiões.
19. Como
entender melhor esse assunto?
R. Sobre magias podemos comentar que é
possível a materialização de seres dos planos etéreo-astral, por processos de
magia branca ou magia negra, havendo a possibilidade de um relacionamento
sexual entre um ser humano e um ser espiritual semi materializado ou mesmo
materializado. E esse foi um dos motivos de as lendas afirmarem que heróis
haviam surgido na Terra, nascidos de ninfas com humanos ou de seres masculinos
etéreo-astrais se terem relacionado sexualmente com mulheres humanas. Fatos
verdadeiros nesse teor, com o tempo, se passaram também por simbolismos a fim
de não serem levados a extremos e a exageros peculiares de sensacionalistas com
mentalidades estreitas ou por deturpadores inconsequentes.
As guerras que se desenrolaram na face da
terra, envolvendo heróis e organizações do mal, se deveram ao fato de que a
vida como entendemos em nosso planeta revela-se sob dupla polaridade em todos
os sentidos. Os fatos de que temos notícias narrados pela história oficial nos
dão testemunhos de quanto o bem e o mal vêm lutando entre si há milênios. O
mal é cósmico tanto quanto é o bem. Em períodos propícios de ciclos
astrológicos os extraterrestres de ambas as polaridades podem ancorar-se na
Terra com maior facilidade, o que vem acontecendo nesse momento.
Nesse teor, as guerras antigas trouxeram para
a Terra heróis de muitas culturas, reis guerreiros e legiões de soldados com o
intuito de defender as raças de um domínio escravizador de seres extraplanetários
e de seus segmentos do mal aqui estratificados. Nossa humanidade possui certo
número de descendentes de outras esferas planetárias que aqui viveram há
milhões de anos. Os registros arqueológicos em cavernas antes nunca exploradas,
mas agora descobertas por pesquisadores, revelam figuras rupestres da pré-história
mostrando seres astronautas, naves, foguetes e aviões como atualmente conhecemos.
Recentemente, na China, arqueólogos descobriram uma cidade soterrada em que uma
camada do solo terreno abriga pedaços de objetos feitos com metais
desconhecidos, calcinados, com gamas de radiações superiores as de bombas
atômicas da nossa atualidade terrena. Isso somente confirma a suspeita de já
ter havido provável guerra atômica no planeta, dentre outras coisas. Os vimanas eram naves voadoras mostradas em
figuras clássicas indianas, em meio às guerras entre reis e poderes do bem e do
mal. Essas naves são calculadas em terem existido na Terra há no mínimo 15.000
anos, havendo citações nos textos vedantes de poderes extraordinários nos
episódios de guerras em que o próprio Krishna participaria.
20. Em
que plano de vida extraterrestre a humanidade se situa na atualidade?
R. Na verdade, por outros vetores semânticos
podemos afirmar que a humanidade inteira é extraterrestre, pois não chegou a
esse mundo unicamente através dos elementos da Terra como teimam em afirmar os
cerebrais da ciência ateia. A realidade tratada com maior ênfase e ciência
infinitamente mais abrangente pelas correntes do chamado ocultismo e esoterismo
é de que somos originários de mundos superiores, da essência do Criador, cuja
Grande Vida sobrepõe-se a todas as conjeturas da origem da humanidade. No
projeto do Grande Plano da Criação estudado e entendido pelas escolas e
associações ocultistas e esotéricas estão envolvidos todos os poderes das Hierarquias
Criadoras do sistema solar, em atuações nas dez cadeias planetárias existentes,
cada uma com sete planetas.
Para que a vida viesse habitar o planeta
Terra precisou haver a inclusão das Hierarquias em auxílio ao plano do Logos
Solar ou Deus da Criação. O projeto de vida terrena teve início há alguns
trilhões de anos quando da formação de nossa cadeia planetária em mundos
superiores. Se nosso planeta físico antes já fora palco de outras formas de
vida ou humanidades não incluídas nesse projeto que aludimos, são somente
conjeturas. O fato é que uma linha do pensamento esotérico ensina que grande
parte da humanidade surgiu antes mesmo de evos lemurianos, cuja datação dessa primeira
raça física remete há mais ou menos 18 a 20 milhões de anos. Portanto, anteriormente
aos lemurianos começaram a surgir os embriões de todas as raças através de dois
tipos de humanidade completamente diferentes do que hoje vemos e de que temos
notícias. Essas duas raças originais eram de matéria etérica e astral e se
desenvolveram com corpos filamentosos e protéicos sendo chamadas raças Polar e
Hiperbórea. Os lemurianos viriam a existir depois dessas duas raças não
físicas, representando a terceira raça ou a primeira com corpos físicos a pisar
o solo terreno.
Na atualidade, há uma verdadeira ebulição nos
conceitos sobre as origens do ser humano. Algumas pesquisas arqueológicas e
antropológicas levantam muitos véus sobre mistérios de deuses, heróis e
gigantes. Sem dúvida que seres extraterrestres sempre visitaram a Terra, como
dissemos anteriormente – os alienígenas do bem e do mal. Os extraterrestres da
cadeia planetária de Vênus vieram para cá com Sanat Kumara, em cumprimento a
uma etapa do desenvolvimento da humanidade terrena e de nossa cadeia planetária
e aqui permaneceram a auxiliar-nos. Já antes, nos períodos em que surgiriam a
primeira e segunda raças não físicas, a Hierarquia chamada de Pitris Lunares
foi incumbida de cunhar os invólucros daquelas humanidades, a partir de suas
próprias (dos Pitris) emanações etéricas e astrais, e até a chegada de Sanat
Kumara, já no período lemuriano, ainda trabalhava ativamente nas formações dos
corpos físicos lêmures.
No entanto alienígenas usurpadores também
entraram em meio à evolução e períodos conturbados do desenvolvimento da consciência
humana e aqui se estabeleceram. Esses são resquícios de capítulos guardados na
memória dos povos primitivos e nas narrativas bem claras de livros védicos dos
indus quando descrevem que os deuses vieram dos céus nos vimanas e guerrearam
na Terra. Entretanto, em contraposição aos alarmistas e técnicos da genética em
muito especulativa, acreditamos que somente pequena parte da humanidade terrena,
nas suposições dos atavismos de seus códigos do DNA, é ainda portadora de genes
por alienígenas invasores.
21. Como
conciliar as teorias darwinistas do surgimento do homem com as especulações de
um criacionismo programado mesclado com fatores alienígenas?
R. A
conciliação nos parece ainda distante pela necessidade da imaginação humana em
motivar coisas e causas sensacionalistas. Porém, a própria ciência, por
segmentos outros não ortodoxos, vai avançado para teorias mais arejadas e
compatíveis com fatos diariamente mostrados e comprovados. No entanto,
oficialmente para a antropologia acadêmica, o ser humano é ainda uma entidade
vista de baixo para cima, do inferior para o superior, com reações desde as
mais primitivas e selváticas às mais refinadas e sociáveis, passando do
ignorante ao intelectual num único processo evolutivo bastante obscuro.
O entendimento darwinista das relações
homem-natureza, homem-origem, ou mesmo homem-fisiologia, não atende mais às
exigências desse montante de fatores que se descobrem sobre as diversas origens
dos ramos étnicos da humanidade. Os fatores atávicos em todas as raças não
podem ser desconectados nem removidos simplesmente por uma visão elitista
acadêmica superada. O homem tem origens raciais e espirituais e esse é o cerne
do problema que grande parte de renomados homens da ciência não deseja admitir
por serem simplesmente agnósticos ou ateus.
Os criacionistas esotéricos ou religiosos sempre se colocaram
contrariamente a Darwin, e assim se mantiveram. As conclusões da própria
ciência nunca foram uniformes, e certo número de pesquisadores, antes
defensores de Darwin, hoje já o contradizem, pois os métodos científicos nunca
conduziram a nenhuma conclusão plausível de que a evolução, como pretendida,
estivesse incursa unicamente em parâmetros naturais e concretos. Não há mais
consenso de que o homem tenha evoluído do macaco, e nem consenso há de que
tenha evoluído de um ancestral comum, conforme teimosamente ainda reza a
cartilha ateísta. Verdade mesmo é que a ONU apresentou um documento oficial e
atualizado no qual 500 assinaturas de cientistas em âmbito mundial desacreditam
da Teoria de Charles Darwin. Há dentre os assinantes, cientistas membros das
Academias de Ciências da Rússia e Estados Unidos e dez cientistas britânicos de
Universidades de Wales, Coventry, Glasgow, Bristol, Leeds e do Museu Britânico.
A despeito de todas as controvérsias entre
criacionismo e evolucionismo, as incursões da genética já avançam para outras
decifrações do homem em que pese às distorções e opiniões. As modernas
descobertas de sequências de DNA, ou genomas, estranhos à vida da Terra e a
admissão de presença alien em certos segmentos raciais, já provocam muitas
conjeturas e obrigam estudiosos não ortodoxos a se voltarem mais ainda ao
passado em busca de novas interpretações da história humana. As religiões e
crenças de civilizações antigas passam por um processo revisionista de seus
símbolos e histórias; as descobertas arqueológicas têm deixado estarrecidos
antropólogos pela profusão de achados que nada tem a ver com as conclusões
darwinistas. O caminho percorrido pelo homem até chegar aos tempos hodiernos
está fragmentado, ceifado em suas linhas ascensas pelas constatações de crânios
excessivamente desenvolvidos para tempos pré-históricos e para modelos raciais
mais recentes, que deveriam possuir as mesmas características em todas as
populações. Estranhos esqueletos e múmias de diversos tamanhos, até de
gigantes, guardados e selecionados em grupos e locais destacados, comprovam a
contemporaneidade com certas etnias raciais terrenas que viveram em
civilizações extintas, no entanto, como aludimos, guardam características
raciais incomuns, sem comparações a quaisquer povos do planeta.
22. O que essas constatações representam para o mundo cético?
R. Ao seu modo os céticos e ateus refutam até
as modernas conclusões da própria ciência acerca das origens do homem e suas
interações com extraterrestres por que levariam à falência as teorias darwinistas.
Refutam, principalmente, por temerem que mediante a mudança de paradigmas houvesse
a necessidade de se dobrarem à lógica de um processo evolucionário onde a matéria
não seja um princípio único, mas esteja subordinada aos princípios de causas
superiores, não tendo por si mesma construído o mecanicismo das leis universais
hoje compendiadas pela física. Seus argumentos cairiam por terra mediante um
desastre sem precedentes, um ruir estrondoso em todos os seus escolhidos
segmentos cientificistas e filosóficos sem Deus, sem fé ou sem alma, e
impotentes acusariam o banimento impiedoso do evolucionismo cantado em prosa e
verso a partir de Charles Darwin. Logo,
necessário evitar-se a todo custo e fingir que não existem.
23. O que
representam, afinal, céticos e não céticos, para o processo evolucionário da
Terra e sistema solar?
R. Sabem os esotéricos que a Terra na sua
essência é um ente cuja manifestação objetiva material se dá através de seus
corpos planetários físico, etérico, astral e mental, além de possuir corpos de
matéria superior a esses citados. Toda a história dos quatro reinos conhecidos
por nossa ciência material e de mais três outros chamados elementais,
residentes em mundos superiores, é somente uma face da história do espírito
planetário. A humanidade terrena representa para o planeta parte de sua mente e
de seu coração. O espírito planetário detém um projeto sobre o qual precisa
trabalhar a fim de galgar posição superior em sua cadeia de sete planetas e com
isso somar energias, forças e luz cada vez mais qualitativas a fim de que a
meta seja cumprida. Todo o sistema solar trabalha girando em torno dessa meta
expressada globalmente pelas dez cadeias planetárias.
Em nosso estágio mental nos é impossível
aquilatarmos como se estrutura o processo com adequadas analogias. O que obtemos
de informações nos chegam através de iniciados de graduações superiores que, por
seus turnos, somente conseguem entender parcialmente esse mecanismo que conjuga
a Hierarquia Planetária e outras Hierarquias Solares. O interesse das
Hierarquias é um só, ligado ao fato de que o nosso sistema solar representa um
corpo de uma cadeia de sete sistemas solares e as projeções futuras darem conta
de que o Logos Solar necessita desde já elevar sua consciência nesse
planejamento cumprindo sua parte, a fim de que a Cadeia Solar avance para novas
e maiores realizações.
Somente será possível dobrarmos a presente
etapa de nosso sistema solar se houver gerações extraordinárias de luz, energias
e forças antes mencionadas que nos facultem avançar ao nível mais alto já
alcançado por alguns sistemas solares. Portanto, o avanço em direção a esse
status começa no papel evolutivo de cada planeta de uma cadeia planetária,
dentre os planetas que formam as dez cadeias que representam o campo
evolucionário do sistema solar, e na própria capacidade do Logos Solar em elevar
o conteúdo de suas realizações a um estado de transmutação ou sublimação de sua
consciência. Alcançando esse samadhi monumental a consciência do sistema solar
se graduará para novos desafios cósmicos.
Essa é somente uma visão imperfeita da realização
cosmogônica do Logos Solar ao final de muitas situações e estágios alcançados
pelas miríades de vidas nesse Grande Plano da Criação, notadamente a civilização
humana. A nós cabe aprender da matéria e do espírito e realizarmos nossas
sínteses a fim de que o Logos consiga alcançar Sua própria síntese, pois dentro
de Seu círculo de manifestação e Consciência vivemos, nos movemos e temos nosso
ser.
Rayom Ra
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