MÓDULO III
Este
é um trabalho de reedição ao qual estamos chamando de “Luzes no Caminho”. É um
Programa construído sobre comunicações esotéricas de textos já editados e agora
coordenados em blocos. A finalidade é de facilitar ao leitor na busca de conhecimentos,
na inspiração ao serviço, nas suas reflexões bem como nas práticas de
exercícios para benefícios de suas áreas humanas física, emocional,
psicológica, mental e espiritual.
LUZES NO CAMINHO [39]
LIÇÕES DE OCULTISMO [1]
EFEITOS
NAS CONSTRUÇÕES DE PENSAMENTOS-FORMA
A
necessidade de pensar claramente e da eliminação dos pensamentos ociosos,
destruidores e negativos se torna aparente enquanto o aspirante progride em seu
caminho. À medida que o poder da mente aumenta e o ser humano crescentemente
diferencia seu pensamento do pensamento das massas, ele inevitavelmente constrói
substância de pensamento na forma. Ele não pode impedir que assim seja e,
felizmente, para a raça, as formas construídas são tão débeis e grandemente
inócuas, ou tão em linha com o pensamento das massas, que são desprezíveis em
seus efeitos.
Mas na
razão em que o homem aumenta o seu poder, e sua capacidade para ferir [ou
ajudar também aumenta] – e a menos que ele aprenda corretamente a construir e a
motivar aquilo que construiu, ele se tornará um agente destruidor e um centro
de força prejudicial – destruindo e ferindo não somente a si mesmo, como logo
veremos, mas igualmente ferindo e prejudicando aos que vibrarem eu sua nota.
Tudo
isto estabelecido, vocês poderiam justamente indagar: “Haverá algumas regras
simples que o iniciante sério e sincero possa aplicar a esta ciência da
construção, tão claras e concisas que produzam o necessário efeito?”. Há, e eu
as exporei simplesmente, de modo que o iniciante, se as seguir, escapará aos
perigos da magia negra e aprenderá a construir de maneira alinhada com o plano.
Se
seguir as regras que darei evitará o intrincado problema que teria cegamente
elaborado e que de fato fecharia a luz do dia, escureceria o seu mundo e o
aprisionaria em paredes que seriam para ele a sua própria e peculiar grande
ilusão.
Estas
regras poderão parecer muito simples para o aspirante erudito, mas para aqueles
que desejam tornar-se como criancinhas, elas serão consideradas um guia seguro
para a verdade e finalmente tornar-se-ão capazes de passar nas provas para o
adeptado. Algumas estão ocultas em termos simbólicos, outras são
necessariamente cegas, e ainda outras expressam a verdade tal como ela é.
1. Visualiza o mundo do pensamento e separa o
falso do verdadeiro.
2. Aprende o significado da ilusão, e em meio a ela
localiza o fio dourado da verdade.
3. Controla
o corpo da emoção, pois as ondas que se elevam nos tempestuosos mares da vida
engolfam o nadador, encobrem o sol e tornam fúteis todos os planos.
4. Descobre que tens uma mente e aprende o seu
lado dual.
5. Concentra-te no princípio do pensamento e
torna-te o mesmo do teu mundo mental.
6. Aprende que o pensador e seu pensamento e
aquilo que é o meio do pensamento são diversos em sua natureza, conquanto unos
na realidade última.
7. Age como o pensador e aprende que não é
correto prostituir o teu pensamento no uso vil do desejo separativo.
8. A
energia do pensamento é para o bem de todos e para o desenvolvimento do Plano
de Deus. Não a uses, portanto, para os teus fins egoístas.
9. Antes que um pensamento-forma seja construído
por ti, visualiza o seu propósito, assegura-te do objetivo e verifica o motivo.
10. Para ti, o aspirante no caminho da
vida, o caminho da construção consciente ainda não é a meta. O trabalho de
limpar a atmosfera do pensamento, de cerrar firmemente as portas do pensamento
ao ódio e à dor, ao medo, ciúmes e baixo desejo, deve anteceder ao trabalho
consciente da construção. Observa a tua aura, ó, viajante no caminho.
11. Observa atentamente os portões do
pensamento. Vigia o desejo. Elimina todo o medo, todo o ódio, toda a cobiça.
Fica atento e olha para o alto.
12. Porque tua vida está predominantemente
centrada no plano da vida concreta, tuas palavras indicarão teu pensamento. A
estes presta toda atenção.
13. O falar é de tríplice aspecto. AS PALAVRAS VÃS produzirão, cada uma, o seu
efeito. Se boas e compreensivas, nada precisará ser feito. Se, de outro modo,
não se poderá impedir retardar por muito tempo que se pague o preço.
AS PALAVRAS EGOÍSTAS emitidas com forte intento, constroem uma
parede de separação. Leva-se muito tempo para quebrar aquela parede e assim
libertar o propósito egoísta armazenado. Observa o teu motivo e procura usar
aquelas palavras que fundam tua pequenina vida com o grande propósito da
Vontade de Deus.
AS PALAVRAS DE ÓDIO, a fala cruel que arruína àqueles que
sentem sua pronúncia; a maledicência venenosa, levada adiante porque dá
sensação – estas palavras matam os vibrantes impulsos da alma, cortam pela raiz
a vida e assim trazem a morte.
Se faladas à luz do dia, justa retribuição lhes será dada; quando
faladas e então registradas como mentiras, fortalecem aquele mundo ilusório no
qual o orador vive e retarda a sua liberação.
Se pronunciadas com intenção de ferir, de destruir e matar, elas
retornam àquele que as enviou e a ele destruirão e matarão.
14. O pensamento vão, o pensamento egoísta,
o cruel pensamento odioso, se transformados em palavras, produzem uma prisão,
envenenam todas as fontes de vida, levam à enfermidade e causam desastres e
atrasos. Portanto, sê doce e bondoso na medida da tua capacidade. Mantêm o
silêncio e a luz penetrará.
15. Não fales de ti. Não lamentes o teu
destino. Os pensamentos do ego e de teu destino inferior impedem a voz interna
de tua própria alma, de sensibilizar teu ouvido. Fala da alma; amplia o Plano;
esquece-te de ti mesmo, construindo para o mundo. Assim é a lei da forma
neutralizada. Assim pode a lei do amor penetrar naquele mundo.
Estas
simples regras estabelecerão corretas fundações para o desenvolvimento do
trabalho mágico e tornarão o corpo mental tão claro, tão poderoso que o motivo
correto controlará, e o verdadeiro trabalho na construção será possível.
Muito
do significado destas regras terá que permanecer teórico e considerado como um
desafio, até um tempo tal em que o verdadeiro trabalho mágico da construção dos
pensamentos-forma se torne universalmente possível. A fórmula, conforme vimos,
permanecerá desconhecida para todos, salvo os membros da Hierarquia de Adeptos,
por muitas eras vindouras. As palavras direcionais são passíveis de
confirmação, mas somente àqueles que estiverem trabalhando conscientemente sob
a orientação de suas próprias almas e que, através do controle mental
praticando a meditação profunda, consigam manipular a matéria do pensamento,
tornando-se "criadores conscientes".
Estes
podem pronunciar as palavras impulsionadoras que trazem à existência aquelas
novas formas e organismos, aquelas expressões de ideias e aquelas organizações
que vivem seu ciclo de vida e servem ao seu propósito, e assim chegam
devidamente ao seu fim previsto e oportuno.
Estes
criadores são os líderes e organizadores, os instrutores e os guias em todas as
fases da vida humana. Seu som se propaga para todos os países e sua nota é
internacionalmente reconhecida. Centenas de tais nomes são facilmente lembrados
e se projetam de modo espontâneo na mente. Eles vivem na memória da multidão e
aquilo que vive é o som de sua realização, seja ela boa ou má.
Mas na
frase que devemos considerar, nós encontramos uma função universal, muito
embora ela seja levada adiante, na maior parte das vezes, inconscientemente. As palavras com as quais teremos de lidar, são
as seguintes:
Finalmente, emitir a frase mística que o salvará de seu trabalho.
Portanto,
parece que no fim do trabalho mágico de criação, uma frase precisará ser
enunciada, que efetue uma salvação e produza libertação de uma espécie dual –
uma libertação do agente criador da forma que ele criou e a emancipação daquela
forma do controle daquele que a trouxe à existência.
É obvio
que já a natureza da fala em relação com as ideias incorporadas está, de algum
modo, sendo compreendida. Estudem o método da fala que é agora o principal fator
empregado para “lançar uma idéia”. Notem como todas as invenções (que não são
nem mais nem menos do que conceitos incorporados) vêm à existência exotérica no
plano físico através do poder da palavra falada e considerem também com cuidado
o significado oculto subjacente a todas as ocorrências, todos os encontros, todas
as consultas e todas as discussões que se ocupam com o lançamento de alguma
idéia ou conjunto de ideias sobre o mar da necessidade política.
Não
será possível que, sob os modos de ação empregados pelas agências de anúncios e
do constante treinamento dado aos vendedores no uso da palavra falada, como um
meio de aproximação ao público com o objetivo de vender uma ideia, encontraremos
as primeiras indicações forçadas das emanações daquelas frases místicas que
trarão à existência a criação da alma em todos os campos das inciativas
criadoras?
O
treino da opinião pública, a utilização de slogans, a tendência para incorporar
os conceitos em frases adequadas, são parte da crescente conscientização quanto
ao trabalho mágico. Todos esses meios são empregados cegamente e sem verdadeira
conscientização; eles constituem uma parte das atividades emergentes de uma
humanidade que está na iminência do verdadeiro trabalho criador, os princípios
do qual não são ainda compreendidos nem aplicados cientificamente. Mas eles de
fato apontam o caminho e sob a
simplificação que marca o retorno à síntese, nós teremos a cessação da fala e
utilização de formas mais simples.
Sob a
pressão evolutiva nós tivemos o Som Criador, a Palavra, a Fala. Esta última,
por sua vez, diferenciou-se em palavras, frases, locuções, parágrafos, livros,
até que agora nós temos a era em que esta diferenciação chegou ao seu máximo, e
temos discursos a todas as horas do dia e da noite; temos o uso da plataforma
pública para alcançar o ouvido público; do rádio para alcançar todas as classes
e raças da humanidade (hoje mais ainda: cinema, televisão, internet, vídeos,
celulares, etc – r/r) num esforço para modelar a opinião pública e introduzir-lhes
certas ideias e conceitos na consciência. Temos publicações de livros aos
milhões e todos desempenhando o seu papel na mesma grande obra, e temos, ao
mesmo tempo, ambos os métodos de comunicação sendo prostituídos para os fins
egoístas e propósitos ambiciosos daqueles que falam e escrevem. Entretanto, há
uns poucos verdadeiros criadores que estão tentando fazer ouvir o seu som,
estão pronunciando aquelas palavras místicas que capacitarão a humanidade a ter
a visão. Assim serão finalmente dispersas as nuvens de pensamentos-forma que
atualmente encobrem a clara luz de Deus.
O
assunto é muito vasto para que o esgote neste Tratado. Eu apenas procuro trazer
sugestões que levarão até o leitor inteligente alguma ideia do enorme progresso
já feito no trabalho mágico. Desta maneira, ele será capaz de prosseguir com
otimismo sabendo que até agora tudo foi bom na medida em que o homem progrediu
no conhecimento. Do presente burburinho de discursos e palavras, de
conferências e livros, uns poucos claros conceitos seguramente emergirão vindo
encontrar eco nos corações dos homens. Assim também os homens serão conduzidos
para a Nova Era, na qual "o falar cessará e os livros de nada valerão"; pois as linhas da comunicação subjetiva estarão abertas.
Os
homens reconhecerão que o ruído atua como obstáculo à comunicação telepática. A
palavra escrita não será tão pouco necessária, pois os homens usarão símbolos
de luz e cor para suplementar através do olho o que o ouvido subjetivo tiver
registrado. Mas ainda não é chegado esse dia, muito embora o rádio e a
televisão sejam os primeiros passos nesta direção.
Pondo a
verdade tão simplesmente quanto possível, poderíamos afirmar que através da
complexidade do muito falar e publicar livros, as ideias estão agora podendo
tomar forma e assim percorrer o seu ciclo de atividade. Mas este método é tão
insatisfatório no campo do conhecimento quanto é o antigo candeeiro a óleo no
campo da iluminação. A luz elétrica superou-o e algum dia a verdadeira
comunicação telepática e a visão [interior, hoje esotérica] tomarão o lugar da
fala e dos escritos.
Transportando
os mesmos conceitos para o campo do verdadeiro trabalho esotérico, nós temos o
trabalhador na matéria mental construindo seu pensamento-forma e "confinando as vidas" que expressam e respondem a sua ideia dentro de um "circulo-não-se-passa". Este último persiste por tanto tempo quanto a atenção de sua
mente e daí sua energia animada estar dirigida para ela. Este trabalhador
pronunciará as palavras que capacitarão seu pensamento-forma a realizar sua
obra, cumprir a missão para a qual foi construído e realizar o propósito para a
qual foi criado. Tudo que foi elaborado até então, em conexão com as palavras
usadas no trabalho criador, é a palavra sagrada sétupla AUM. Esta, quando
corretamente usada pela Alma no plano mental, vitaliza
e impulsiona todos os pensamentos-forma, e assim produz uma tarefa bem
sucedida.
É
interessante registrar que nos dias de Atlântida, a palavra usada era TAU,
enunciada explosiva e tão forçadamente que os pensamentos-forma assim energizados
e impulsionados, agiam inevitavelmente como um boomerang, voltando para aqueles
que os enviava. Esta palavra TAU, em sua forma simbólica, é igualmente o
símbolo da reencarnação. É o desejo pela forma que produz o uso da forma e
causa um renascimento cíclico e constante na forma. Foi o constante uso do TAU,
igualmente, que provocou a inundação final que varreu a antiga civilização atlante.
Os poucos que usavam o AUM, naqueles dias, não eram bastante potentes para
expelir a força do desejo. Os corpos mentais da raça não podiam responder
àquele mais novo som criador. A humanidade era ainda inteiramente dominada pela
saudade e desejo, a tal ponto que o desejo unido pelas possessões e gozo da
forma lançou os homens esotericamente "nas águas".
O
desejo pela forma ainda força sobre a humanidade o constante processo do
renascimento, até que o tempo em que a influência do TAU se esgote e o som do
AUM possa dominar. A influência daquele TAU está, todavia, enfraquecendo e a do
AUM aumentando em potência, até que se torne o fator dominante. A este último
som a palavra da Alma deverá finalmente suceder, até que o AUM, por sua vez,
seja inteiramente superado.
O som
de muitas águas (que é a maneira simbólica de expressar a influência do TAU)
cessará e o tempo virá, como nos é assegurado na Bíblia Cristã, em que "não haverá mais o mar". Então o som do AUM, simbolicamente referido como o "rugir de um fogo abrasador", que é o som do plano mental, tomará seu
lugar. A palavra da Alma não pode ser dada exceto no lugar secreto da
iniciação. Ela tem sua própria e peculiar vibração e nota, mas esta não pode
ser transmitida, senão quando o AUM for usado com correção. Assim como o TAU,
transportando a nota do desejo e a necessidade de ter e de ser, que foi mal
usado e levou a um desastre a sua civilização, também o AUM pode ser mal usado
e levar suas civilizações para o fogo. Esta é a verdade que realmente está por
trás do mal compreendido ensinamento cristão, relativo ao fogo do inferno e ao
lago do fogo. Eles retratam simbolicamente o final da era quando as
civilizações do plano mental chegarão a um final cataclísmico, no que se refere
ao aspecto forma, assim como as civilizações anteriores foram consumidas pela
água.
Darei
aqui uma pista, frequentemente desprezada. No plano mental não existe o tempo; portanto,
a equação do tempo não entra na idéia de uma consumação final pelo fogo. Não há
fixação da época para um desastre ou para uma catástrofe. O pleno efeito terá
lugar no reino da mente e não se poderá dizer que mesmo agora o fogo da
ansiedade, angústia, preocupação e medo estará consumindo nossos pensamentos e
ocupando a nossa atenção mental? Seu trabalho é purificar e limpar; portanto,
deixem que o AUM faça seu trabalho e todos vocês que puderem, empreguem-no com
frequência e com pensamento correto de modo que a purificação do mundo possa
prosseguir em bom ritmo.
Muito do
que impede o caminho para a emergência de novas ideias, das novas formas
arquetípicas, precisa ser queimado e consumido. Estas finalmente dominarão a
Nova Era, e tornarão possível à palavra da alma soar e ser ouvida
exotericamente.
Avalio
que seja difícil compreender o que expus aqui, mas os parágrafos acima citados
previnem contra o descuido e dão muita instrução para o sério pesquisador da
luz.
Há dois
aspectos desta frase que estamos considerando, com os quais me ocuparei
sumariamente. Há muitos que eu poderia tomar, mas dois serão suficientes para
fornecer sugestões práticas e indicar ideias que os aspirantes em todas as
partes fariam bem em adotar. O pensamento da salvação do efeito das ideias
incorporadas à forma deve ser considerado, e Eu gostaria também de cobrir a
ideia de uma salvação sob dois títulos.
O
aspirante tem que ser salvo dos pensamentos-forma construídos diariamente
durante sua vida mental, e uma alma em encarnação tem também que ser salva das
aderências à forma que durante épocas cresceram e se fortaleceram, ao que nós
chamamos de morte. Dividiremos, portanto, nosso assunto, tal como segue:
1.
Salvação do poder exercido pelos pensamentos-forma que nós mesmos criamos.
2.
Salvação do poder do corpo tríplice que a alma construiu, através da libertação
mágica chamada morte.
É com a
última que desejo primeiramente lidar, mas certas coisas precisam ser ditas
relativamente ao poder dos pensamentos-forma, relacionadas com seu perigo e o
modo pelo qual podem ser tornados inócuos.
Djwal Kuhl
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Fonte: Um Tratado Sobre Magia Branca
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