PERGUNTAS E
RESPOSTAS
1. P. – Em
que o Demiurgo, Yod-Hei-Vav-Hei, difere de Cristo, se Cristo é a primeira
manifestação, ou o Sol, o Protocosmos? Seria Yod-Hei-Vav-Hei o criador deste universo
físico?
R. – Yod-Hei-Vav-Hei,
o Sagrado Tetragrammaton é, naturalmente, o criador do universo. Yod-Hei-Vav-Hei é Cristo. Você fala os Demiurgos ou o Demiurgo e
pergunta se ele também é Cristo? “Todas
as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se
fez”. Assim, nada pode existir sem a luz Crística. O Demiurgo, o criador,
os Cosmos criadores são uma manifestação daquela luz, mas o Demiurgo trabalha
mecanicamente, carmicamente, na roda do Samsara. Somos o produto daquele
demiurgo. Somos máquinas que transformam a luz do cosmos para o benefício deste
planeta.
Se não aproveitarmos a oportunidade que o
Demiurgo nos está dando, isto é, o trabalho que cada pessoa realiza em sua
oficina natural a fim de transformar a luz cósmica para nutrir o planeta
através do Cósmico-Comum-Trogoautoegocrat, então perderemos a chance de
trabalhar com a luz Crística. Para fazermos isso teremos de lutar contra as
leis do Demiurgo, ou Demiurgos. Tais leis são mecânicas, leis cármicas da
natureza. É essa, precisamente, a Grande Obra, por que não é fácil.
Queremos parar de jogar fora a luz de nosso
corpo? Bem, há uma força do Demiurgo dentro de nós que nos impele a ter um
filho, que é o sentido da vida, especialmente para as mulheres. “Porque dias virão em que se dirá:
Bem-aventuradas as estéreis, que não geraram e nem amamentaram”. – Lucas
23:29.
Precisamos compreender que as forças do
Demiurgo são as forças mecânicas da natureza que se referem à vida mecânica,
que temos de roubar; temos que roubar a luz do Demiurgo a fim de obtermos
vantagens da vida. Assim, temos seguido o Senhor, mas as forças do Demiurgo
trabalham através de nosso sangue, ossos e carne; estão em todas as partes,
principalmente na animalidade que possuímos, pois somos ainda animais. Somos
Tetartocosmos e, por conseguinte, a fim de nos tornarmos Microcosmos,
precisamos nos desempenhar da Grande Obra. Já temos explicado em muitas
palestras como trabalhar, como lutar contra nós próprios. Eis porque o Senhor,
a Luz, disse aos seus discípulos: “Quem
quer vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, dia após dia, e siga-me”.
Negar-se a si mesmo é negar em si as leis
mecânicas do Demiurgo. Ainda lembramos que graças ao Demiurgo recebemos a luz.
Assim, a luz chega para alimentar o planeta, e desta maneira, tiremos vantagem
disto e roubemos – sejamos um ladrão, um bom ladrão!
Lembremos de que no mistério da Sexta-Feira
Santa, o bom ladrão está à direita do Senhor, e o mau ladrão está à esquerda.
Deste modo, à esquerda temos o fornicador que rouba a luz do Senhor e diz:
“Se
você é o rei dos Judeus, salve-se a si mesmo...Um dos ladrões que estava crucificado
[à sua esquerda] blasfemou, dizendo:
“Você não é o Cristo [a luz, o Filho de Aelohim]? Salve-se e a nós! [É isto que aqueles da sua esquerda sempre
dizem].
Porém o
outro [do lado direito] repreendeu-o,
dizendo: nem ao menos teme a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade,
com justiça, porque recebemos o castigo que nossos atos merecem; mas este
nenhum mal fez. E acrescentou [o bom ladrão que conhecia o mistério da
transmutação, a Runa Ehe]: Jesus, Senhor,
lembra-te de mim quando vieres no teu reino.
E
Jesus lhe respondeu [ao
bom ladrão à sua direita]: Em verdade te
digo que hoje estarás comigo no paraíso”. – Lucas 23:39-43
Roubamos a luz quando transmutamos nossa
energia sexual, quando estamos presos à cruz, quando estamos crucificados ao
lado direito dele. O bom é Gedulah, sabemos disto. No lado direito da Árvore da
Vida está Chesed, o bom, e aquele à esquerda é o que quer locupletar-se com o
desejo da mecanicidade do Demiurgo para satisfazer o seu desejo animal.
Ambas
as forças – Idâ e Pingalâ – são forças sexuais à esquerda e à direita do Senhor
no Sushumna.
2. P. – Se
transformamos as energias do cosmos através da glândula pineal e se a glândula
pineal está relacionada com nossa consciência, a qualidade desta transformação
é incrementada quando nos tornamos conscientes?
R. – A glândula pineal realmente é o assento
da alma. Se trabalharmos com a glândula pineal momento a momento, isto é como
trabalhar com Kether.
A glândula pineal está relacionada com o
chackra Sahasrara, o chackra da Coroa. O chackra Sahasrara na glândula pineal
está relacionado com Kether, com Binah, com Chokmah, a trindade; está
relacionado com Ain Soph Aur, com Ain Soph.
Desse modo, a fim de trabalharmos com a
glândula pineal precisamos nos lembrar de nós mesmos aqui e agora. Por que a
Luz é a força que quando brilha na consciência garante-nos cognição,
compreensão. Quando estamos dormindo, então a luz não está brilhando, estamos
nas trevas. Quando estamos acordados, então a luz está trabalhando no chackra
Sahasrara. Ademais, a fim de pôr em atividade o chackra Sahasrara, relacionado
com a glândula pineal, temos de trabalhar com a energia sexual por que os
hormônios da glândula pineal nutrem os hormônios das glândulas sexuais e os
hormônios das glândulas sexuais nutrem os hormônios da glândula pineal e,
portanto, quando transmutamos nossa vida sexual em luz o chackra Sahasrara, que
é a coroa dos santos, entra em atividade; essa é a união da Alma com o Senhor.
Este é precisamente o mistério da luz, o corpo [a ponte] arco íris no Budismo
que trabalha em diferentes níveis. Assim, o melhor trabalho que possamos fazer
é nos lembrarmos de nosso Ser, a fim de fortalecer a glândula pineal.
3. P. – Com
referência a desempenhar Runas para conscientemente transformar luz, seria
recomendável para um iniciante ou alguém que somente medita uma vez ou outra,
saltar para o nível de transformação?
R. – Sim, verdadeiramente. O Senhor está
permanentemente nos chamando; a luz está sempre nos chamando. Um iniciante deve
desempenhar-se da Runa Fa, por exemplo, que é a Runa do Pai, a fim de ativar a
luz. “Forças maravilhosas do amor reacendem meus fogos sagrados de tal forma
que minha consciência despertará”.
Nesse sentido, através da Runa Fa começará o
despertar da consciência. Lembremos que qualquer tipo de prática que
desempenhemos em matrimônio ou como uma pessoa solteira, ajudará o trabalho de
castidade. Por exemplo, se não estamos em matrimônio podemos desempenhar a
transmutação sexual como uma pessoa solteira com a Runa Os, bem como com muitas
outras Runas. Devemos ter um modo sistemático de trabalhar. Não começar com
todas as Runas de uma só vez, em um dia, por que isso é demasiado. Faça-se isso
sistematicamente, pouco a pouco. Trabalhe-se com a luz.
Lembremos que “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do
que foi feito se fez”. Desse modo, tudo é a cristalização da luz,
diferentes modificações, vibrações e ondas de luz.
Somos luz. É o que Mestre Jesus disse: “Vós sois a luz do mundo”. Nós como
partículas individuais Tetartocosmos, que é nosso mundo, somos a luz do mundo.
Daí, como Tetartocosmos, o quarto tipo de Kosmos, temos de trabalhar com a luz
tendo como objetivo nos tornarmos um Microcosmos.
4. P. – Cada
Sephiroth na Árvore da Vida tem árvores da vida, significando que alguém (como
homem solar) como uma árvore da vida nasce, digamos, em Hod, daí como se fosse
nascido em Malkuth?
R. – Cada Sephirah da Árvore da Vida vem
ocultar, nela própria, árvores da vida? Sim, de fato, leiamos:
“Do
solo fez o Senhor Deus אדמה "Adamah" brotar Yod-Hei-Vav-Hei
Elohim [os Demiurgos] toda sorte de árvores agradável à vista e boa para
alimento; e também a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore do
conhecimento do bem e do mal”. – Gênesis 2:9.
Por
conseguinte, no livro da Gênesis, nós como Malkuth somos chamados: “árvores agradável à vista”. - Gênesis
2:9 oculta o mistério da Grande Obra. “Árvores
agradável à vista e boas para alimento” têm duas árvores no meio, a saber,
a árvore da vida e a árvore do conhecimento do bem e do mal. Ambas estão no
meio de Malkuth, o jardim. Por exemplo, falando fisicamente, em nós a coluna
espinhal é a árvore da vida, nela temos Sushumna (o Filho) o resultado de Idâ
(Eva) e Pingalâ (Adão), a bem dizer, a “árvore do bem e do mal”, essas são as
três forças criativas primárias; do mesmo modo, temos as três forças criativas
primárias no cérebro intelectual, cérebro emocional e cérebro
instintual-motor-sexual. Por conseguinte, o jardim, nosso corpo físico, o
Tetartocosmos, com seus três cérebros é a morada das três forças primárias –
Pai, Filho e Espírito Santo. Assim, nós como árvores agradáveis à vista, temos
em nosso meio interior uma árvore da vida e uma árvore do bem e do mal.
“A vida
(a força sexual) estava nele, e a vida era a luz (das dez Sephiroth) dos
homens” – João 1:4
Há outros tipos de árvores da vida, porque
cada Sephirah está ocultando uma árvore da vida nela própria, cada Sephirah é
um Kosmos. Falamos sobre sete cosmos, porém em todos os cosmos encontramos uma
árvore da vida. A multidimensionalidade do universo é algo matematicamente
provável; assim, ver a luz em todas as dimensões, em cada uma das Sephirah,
tamanha tarefa é trabalho para Deuses. Por isso está assim escrito:
“Porque Deus [Elohim] sabe que no dia [como o bom ladrão] em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus [Elohim], sereis conhecedores do bem e do mal. Vendo
a mulher [idâ] que a árvore era boa
para se comer, agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento,
tomou-lhe do fruto e comeu [como o mau ladrão], e deu também ao marido, e ele comeu [como também o mau ladrão]. Abriram-se então os olhos [para o mal] de ambos; e percebendo que estavam nus [desprovidos
da luz], comeram folhas de figueira, e
fizeram cintas para si”. – Gênesis 3: 5-7.
Pois os Elohim realmente sabiam que no dia em
que [como um bom ladrão] comermos [do fruto do conhecimento], a partir daí
nossos olhos estarão abertos e seremos como os Elohim, conhecedores do bem e do
mal.
Consequentemente, exatamente agora, nos
tornemos Microcosmos, por que somos Tetartocosmos, não somos Microcosmos, muito
embora realcemos sempre que o corpo físico seja um Microcosmos. Sim é um
Microcosmos porque reúne a luz do Microcosmos. No entanto, apesar do fato que
fisicamente sejamos Microcosmos, psicologicamente somos somente Tetartocosmos,
uma vez que somos máquinas. Mas como máquinas temos somente a oportunidade de
nos transformar através da luz que reunimos, e lembramos que tal luz é Cristo,
que é o caminho, porque Cristo é a vida.
Ele, Cristo, transformou Jesus, e fez dele um
homem solar. A mesma coisa ele fez com outros mestres no passado. Cada mestre é
um tipo de identidade interior, sabemos disto, certo? O Íntimo é Chesed; em
termos bíblicos é Abraham em todos nós. Quem é Abraham? É meu Íntimo, meu Deus
interior – Brahman – Abraham é o Íntimo. Assim é por que o Senhor disse através
dos lábios de Mestre Jesus.
Está assim escrito no evangelho de João: “Rodearam-no, pois, os judeus, e o
interpelaram: Até quando nos deixará a mente em suspenso? Se tu és o Cristo,
dize-o francamente”. – João 10:24.
Jesus disse: “Vosso pai Abraão alegrou-se por ver o meu dia e regozijou-se. Perguntaram-lhe,
pois, os judeus: ainda não tens cinquenta anos, e viste a Abraão? “Em verdade,
em verdade eu vos digo; Antes que Abraão [o íntimo] existisse [Eheieh], eu sou”.
– João 8:56-58.
Os Judeus estavam apontando exatamente para o
corpo físico de Abraham no Velho Testamento. Entretanto, Jesus estava apontando
para Abraham, Chesed, o Íntimo que emana da Divina Trindade, ‘Antes que Abraham existisse, eu sou’.
Ainda assim eles não entenderam.
“Então pegaram em pedras para atirarem nele; mas Jesus se ocultou e saiu
do templo”. João
8:59.
Quando sabemos como ler com olhos
espirituais, vemos que a visão é agradável, aquilo é belo. Antes de Abraham,
Chesed é Kether a primeira emanação da luz. Antes de Abraham era Eheieh, que é
a luz, Cristo.
5. P. – Precisamos
estar casada com um sacerdote? Podem dois que se amem praticar alquimia, ou isso
é tantra negro?
R. – Quem é o sacerdote? O sacerdote é o
Íntimo, Abraham dentro de nós. Se aquele Abraham abençoa nosso união somos
abençoados por Deus. Porém, se Abraham, o Íntimo, não estiver abençoando essa
união – a união sexual entre um homem e uma mulher – não importa de qual
cerimônia religiosa estejamos a nos desempenhar no mundo físico, não estará a
acontecer a bênção. Sejamos Bramânicos, Católicos, Protestante, Judeus ou
Muçulmanos, o que seja, se no quarto do amor formos fornicar, então Abraham
(Brahma o criador) não está lá, nosso Íntimo não está lá, o Ruach Elohim não está
lá trabalhando com as águas; ao invés disso Lilith e Nahemah estão lá,
adulterando.
Neste sentido, a fim de estar-se casado pela
lei de Deus, lembremos que Deus é Cristo, Cristo é Luz, luz é vida. Vida é sua
energia sexual. Se trabalharmos com castidade no amor, se sentirmos aquele
amor, aquele Cristo em nossa cabeça, coração e sexo, com o parceiro ou parceira
com quem estivermos, então estamos em sagrado matrimônio. Se celebrarmos uma
cerimônia no plano físico devido às necessidades sociais, qualquer que seja
nossa religião, isso é bom; porém se celebrarmos aquela cerimônia em qualquer
das igrejas religiosas, templos ou sinagogas, mesquitas e a partir daí
fornicamos, estaremos perdendo nosso tempo, mesmo que o mundo todo chame a isso
de matrimônio sagrado.
Ouçam, quando duas polaridades Crísticas
criativas, de cima ou debaixo da água – o que significa: מי "ME" as águas de cima, o fluido cérebro espinhal, e מה “MA”: as águas de baixo – e o fluído
seminal em ambos os sexos se torna unido por meio do ato sexual, os dois
cordões nervosos elétricos sexuais (conhecidos na Índia por Idâ e Pingalâ e nos
Livro das Revelações como as duas testemunhas de Elohim em Malkuth, a Terra) em
seus corpos, provocam um circuito de energia Crística incandescente que lembra
o número 8. Quando eles alcançam o orgasmo animal, um curto circuito acontece
ocasionando um fluxo para fora do caminho da corrente Crística elétrica sexual
naquele circuito. É isto que a Bíblia chama de fornicação.
Nietzsche veio à minha mente precisamente quando
falei sobre isto. Nietzsche, quando falava sobre o verdadeiro casamento e das
pessoas que fornicavam, disse: Casamento,
assim eu chamo de a vontade dos dois em criar um que seja maior do que aqueles que
o criaram. A reverencia por outro como aqueles que exercitam tal vontade, eu
chamo casamento. Deixemos isto ser o significado e a verdade de seu casamento.
Porém aquilo o que muitos e muitos chamam casamento, aquelas almas
supérfluas – Ah, que direi como chamo isto? Ah, pobreza da alma em parceria! Ah, imundice da alma
em parceria! Casamento, a isso eles chamam; e bradam que
seus casamentos são realizados em paraíso.
Bem, eu não gosto disso, a este paraíso de almas supérfluas! Não, eu não
gosto delas também, aqueles animais emaranhados naquela rede paradisíaca! Longe
de mim também ser aquele Deus capengante de lá que abençoa aquilo que não
juntou” –Assim
falou Zarathustra ((Zaraϑuštra = zarat -
ouro + uštra - star, light).
Siga os Links - Cristo, O Mistério da Luz - I
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Por Um Instrutor Gnóstico
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br
Fonte: Christ,
the Mystery of Light
http://gnosticteachings.org/courses/christ-the-mystery-of-light.html
Tradução Inglês/Português:Rayom Ra
http://gnosticteachings.org/courses/christ-the-mystery-of-light.html
Tradução Inglês/Português:Rayom Ra
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