sábado, 17 de janeiro de 2015

A Grande Iniciação pelo Espírito de Babajiananda


                              CAPÍTULO I DO LIVRO: "VOZES DE ARUANDA"                                        

PERGUNTA: - As iniciações na umbanda são as mesmas da Grande Fraternidade Branca Universal?

BABAJIANANDA: - Não, meu filho. As iniciações na umbanda relacionam-se com o mediunismo entre o plano astral e o físico. As verdadeiras iniciações da Grande Fraternidade Branca Universal objetivam mudanças de plano vibratório, e o iniciando não pode ter rupturas na tela búdica(*) ou carmas a "queimar" no ciclo carnal, causados por uso da magia negra, nesta ou em existências passadas. Essas pequenas diferenças devem ser esclarecidas, pois há muita confusão e erros de entendimento.

As iniciações dependem da finalidade. Na umbanda, intentam ajustes vibratórios magnéticos dos corpos sutis, ligados ao quaternário inferior (mental concreto, astral, etérico e físico), e dos chacras. Visam à fixação fluídica (mental-astral-etérica) do médium magista com as sete linhas ou orixás e com as respectivas entidades que trabalharão com ele, enquanto lhes servirá como aparelho.

(*) A tela búdica, denominação esotérica do que melhor seria chamar de tela etérica (já que nada tem a ver com o nível búdico) é uma estrutura magnética situada entre os corpos astral e etérico, que serve de proteção à consciência encarnada contra percepções imaturas do plano astral e investidas indesejáveis de entidades daquela dimensão. Abusos de substâncias de grande atuação etérica, como álcool e drogas, assim como de magia negra, rompem essa tela, instaurando o desequilíbrio.

A busca dessa sintonia fina envolve rituais no Astral, em espécie de lojas etéreas umbandistas, com manipulação de elementos astrológico- planetário-magnéticos, onde somos um iniciador. Levamos a efeito tarefas relacionadas com o agrupamento do Oriente(*), e nos apresentamos em corpo de ilusão (**) de nossa encarnação inglesa, quando emigramos para a Índia e nos tornamos um iogue, submetendo-nos ao método de iniciação aplicado por nosso amado guru ancestral, reencontrado no Oriente naquela vida.

(*) Indevidamente chamado de "linha do Oriente", na verdade é um agrupamento que atua sob a linha de Oxalá.

(**) - Veículo transitório de matéria astral criado para uso momentâneo por guias, protetores e mestres que habitam planos superiores de consciência. Boa parte das figuras de pretos velhos e caboclos da umbanda é dessa natureza. São instrumentos de trabalho, nada mais, criados pelo poder mental que aglutina as moléculas de matéria astral.

PERGUNTA: - Quanto às iniciações na umbanda e seus graus hierárquicos, já temos informações precisas suas. Pedimos que nos fale sobre as iniciações na Grande Fraternidade Branca Universal, ainda desconhecida do grande público e comentada somente no interior de lojas rosacrucianas, maçônicas e teosóficas, ignorada, portanto, pela maioria da população espiritualista.

BABAJIANANDA: - Um esgrimista que não tem precisão se ferirá. O fato de os homens terem uma estrutura de corpos sutis equivalente aos planos vibratórios do Universo setenário (átmico, búdico, causal, mental inferior, astral, etérico e físico) não capacita a sua consciência para que se utilize deles como veículos de expressão nesses planos.

Transportar-se ou conduzir-se conscientemente nos planos correspondentes a todos os sete corpos é o objetivo final das iniciações superiores, quando a individualidade estará pronta para transitar desde as dimensões superiores até os subplanos astrais inferiores.

Não temos palavras capazes de fazer entender aos filhos como ocorrem as mudanças de veículo da consciência nos planos superiores. Podemos afirmar que a maioria dos filhos consegue entrar com o corpo astral no plano astral, mas poucos sabem disso. Quando esse corpo estiver apto para ser utilizado com maior capacidade de percepção, tornando-se um confiável veículo de expressão da consciência{*), podemos proceder à primeira iniciação no plano astral, o que dará um adequado controle da mente sobre sua atuação. Aos poucos, vão se ampliando a desenvoltura e a sensibilidade do neófito, até que o poder de livre trânsito da mente no corpo astral é adquirido de direito, o que caracteriza um candidato à segunda iniciação, que se efetuará no plano mental inferior; ao contrário da primeira, que se realizou no plano astral. É o que podemos compartilhar com os filhos.

A partir da terceira iniciação, que se efetiva no plano causal, ou mental superior, onde só existe matéria mental sem imperfeições pertencente aos subplanos superiores do plano mental, fica por demais abstrato, exigindo esforço desnecessário ao instrumento com que estamos a transmitir nossos pensamentos.

(*) Em outros termos, quando a criatura pode atuar com plena desenvoltura naquele corpo, consciente do plano onde se encontra, ou plenamente desperta. A maioria das pessoas, quando em corpo astral, comporta-se como em sonho, que dirá nos planos superiores! Na verdade, o sensitivo que ora nos recepciona as idéias não tem condição psíquica de entendimento para maiores descrições do plano mental superior, que é todo perfeição. Seu cérebro físico é como uma muralha de pedra que o impede de sobrepujar a barreira vibratória para sua entrada consciente além do plano mental inferior. No máximo, o instrumento que ora nos empresta o psiquismo percebe clarões multicoloridos, translúcidos, rápidos e intensos vindos do seu corpo causal, direto do plano mental superior.

É importante que fique claro que a consciência gradativamente vai adquirindo condições de estagiar em cada um dos sete grandes planos vibratórios do Universo, utilizando envoltório ou corpo espiritual afim com o plano que está sendo explorado. Isso é o que qualifica um corpo sutil que envolve a mônada espiritual como veículo da consciência. O fato de os filhos terem uma estrutura de corpos setenária não os autoriza a usá-los como veículos da consciência, o que requer graduação evolutiva.

Na umbanda, as iniciações não se referem à mudança de plano vibratório enquanto campo de atuação dos veículos da consciência. Simplesmente se alinham os corpos e se ajustam os chacras do quaternário inferior, que se adaptam às freqüências vibratórias das entidades, guias e protetores, que se comunicarão de outra dimensão nas sete linhas ou orixás, por intermédio do instrumento mediúnico dócil e passivo na Terra. O corpo astral fica levemente desprendido, mas de maneira alguma serve de veículo da consciência encarnada no plano astral quando se dão as manifestações dos caboclos, exus e pretos velhos na umbanda, nem se fazem iniciações com essa intenção.

PERGUNTA: - Entendemos que o mediunismo na umbanda, que está ligado com a magia e as energias planetárias, sendo uma forma de resgate de médiuns altamente comprometidos com a magia negra em vidas passadas, acaba sendo um impeditivo para asiniciações que conduzem a consciência a se utilizar dos corpos sutis nos planos correspondentes do Universo. É isso?

BABAJIANANDA: - Perfeitamente, meu filho. Essa condição estabelece uma fixação nos planos inferiores de manifestação do espírito (astral, etérico e físico), impedindo as iniciações para a entrada nos planos mais elevados. Isso não quer dizer que a consciência encarnada não possa ser conduzida por um outro ser espiritual em incursões nas dimensões mais rarefeitas, obtendo rasgos momentâneos de consciência, por influência externa desse espírito que já conquistou a condição perene de domínio dos seus corpos superiores (átmico, búdico e causal).

Observações do médium:

A experiência que descreveremos ocorreu em desdobramento astral na noite de 13 de abril de 2004. Fomos conduzidos por Babajiananda a um templo do Astral que é a contraparte etérica de uma ordem iniciática do movimento de umbanda existente na Terra, de que não estamos autorizado a dizer o nome. Seu dirigente é um dos raros iniciados encarnados que teve as sete iniciações na umbanda esotérica, e faz um articulado trabalho de estudo e divulgação umbandista, pregando a unidade e a convergência entre todas as doutrinas, abarcando as ciências, religiões e filosofias existentes.

Essa imensa loja etérea era similar às construções egípcias, com muitos ornamentos dourados com símbolos solares. As entidades trabalhadoras apresentavam-se em formas astrais de pretos velhos, caboclos e orientais, vestindo uma indumentária de cor alaranjada.

Chamou-nos atenção a alegria e a desconcentração desses espíritos, demonstrando-nos que a espiritualidade não é circunspecta sem motivo, chorosa e compungida, como preconizam muitos irmãos encarnados e desencarnados.

Foi-nos mostrada a Ala do Oriente desse templo diáfano: vimos um salão de tarô e quiromancia que assiste a médiuns em suas iniciações na umbanda; visualizamos muitos encarnados desdobrados, sentados a pequenas mesas dispostas diante de ciganos e orientais de várias etnias, que elaboravam complexos mapas sinópticos individualizados das regências vibratórias e dos orixás, procedimento importante para que se programe as corretas iniciações dos médiuns no plano astral.

Ao passarmos por uma dessas mesas, fomos informados de que conheceríamos os entrecruzamentos vibratórios das sete linhas da umbanda, com os seus respectivos agentes mágicos (os exus), e, em seguida, eu e um irmão do grupo de apometria que me acompanhava estaríamos prontos para incorporar nossos exus originais, o que se daria, a partir de então, por meio dos verdadeiros exus da umbanda, chefes de legião. Então, eu estaria iniciado para manifestar o exu Pinga Fogo, e o meu companheiro de grupo o exu Sete Chaves, o que nos fortaleceria nos trabalhos de apometria que conduziríamos na Sociedade Espírita de Umbanda Jandaia Mirim.

Enxergamos ainda o que se pode chamar de sinalizadores (espécie de triângulos fluídicos violetas com uma pomba branca dentro), num tipo de "vias" vibratórias, na região da subcrosta. Babajiananda nos informou que esses símbolos indicam portais interdimensionais para a movimentação dos agentes mágicos entre as sete linhas de umbanda no Universo manifestado, onde atua a falange que nos dá cobertura espiritual, e que tais "vias" eram as correntes dos átomos primordiais do plano astral que propiciam a concretização, no mundo da forma, das energias cósmicas. Trabalhos de alta magia são produzidos nesses sítios vibracionais pelos exus, sempre que uma pessoa tem seu merecimento cármico distorcido (casos de magia negra), devendo ser novamente equilibrado pela lei de justiça que rege as atividades da umbanda.

Após as iniciações, que não conseguimos descrever porque se deram sem forma manifestada no plano astral - nossa limitada clarividência funciona bem nos subplanos inferiores do Astral, pois ainda somos espírito imperfeito e sedento de ascese espiritual -, Babajiananda e seus auxiliares nos conduziram para dentro de uma gigantesca abóbada de cor cobre. Foi-nos dito que ali era como se fosse o compartimento holográfico da loja etérea e que o pensamento concentrado de Babajiananda procederia à criação de formas manifestadas e nos conduziria ao término das iniciações da noite.

Repentinamente começamos a escutar um borbulhar de água de cachoeira, que gradativamente ocupou todo o espaço da concha onde nos encontrávamos. Vimo-nos, então, em meio a uma correnteza de água maravilhosa, sem nos afogar, respirando normalmente, envolto por sinais gráficos que se formavam no éter aquático ao som de mantras e baladas musicais desconhecidas, e imerso em cores faiscantes de indescritível beleza. Sentimo-nos arrebatado por um amor e aconchego materno imensuráveis, como se um raio nos atravessasse.

Por último, Babajiananda nos esclareceu que a água, por ser um excelente condensador energético, mesmo no éter, é utilizada como ponto de fixação e aglutinação das energias de que estávamos necessitando, relacionadas, por sua vez, com os quatro elementos planetários e os orixás.

Em seguida, nos vimos à beira de uma praia como não existe igual na Terra. Nesse local, fomos "entronizado" no sítio vibratório do caboclo Ogum Iara, e orientado a invocá-lo sempre ao término dos atendimentos apométricos no terreiro de umbanda. Dessa maneira, todas as energias enfermiças dos trabalhos socorristas seriam descarregadas e retomariam para o mar, integrando-se novamente à natureza.Depois dessa última experiência, acordamos suavemente no corpo físico.

PERGUNTA: - O que dizer dos trabalhos de apometria na umbanda, em que os médiuns se desdobram ativamente e procedem a incursões no plano astral?

BABAJIANANDA: - São exploradas as potencialidades anímicas dos sensitivos. Não se fazem iniciações no mediunismo para conduzir o corpo astral a ser um veículo de consciência plena. Isso não quer dizer que essas iniciações não possam ter ocorrido em vidas passadas, sem relação com a mediunidade. Muitos dos médiuns que têm essa facilidade foram iniciados e descambaram para a "mão esquerda", para a magia negra, e hoje estão se reajustando com as leis cósmicas. O trabalho de apometria é mais mentalista nas percepções do plano astral, assim como toda magia é mental.

PERGUNTA: - Pedimos que nos fale algo mais sobre sua assertiva de que "toda magia é mental".

BABAJIANANDA: - Toda magia passa pela mente. Mente capaz significa pensamento concentrado e firme. Antes de qualquer técnica ou ritual, é importante o candidato a mago avaliar se o que deseja realizar trará benefícios para os que estão a sua volta. Deve haver harmonia com as leis cósmicas, de justiça e equilíbrio universal. Que fique claro: na magia, todo ato de vontade para prejudicar alguém estará precipitando um retorno na mesma escala, em maior ou menor tempo. Como as folhas de uma árvore que se alimentam do mesmo tronco, o que se faz de mal ao irmão ao lado contraria a unidade cósmica e resulta num justo e necessário ajuste.

Com essa consciência, os magos brancos sempre afirmam mentalmente antes dos trabalhos magísticos: "Para os outros e para mim". Então, as leis do Universo se colocam a seu favor e ele se torna um verdadeiro agente de transformação para o bem.

O praticante de magia deve ser possuidor de uma vontade férrea, indomável quanto ao ideal que abraçou. A firmeza de propósito pede flexibilidade e constantes adaptações, sem perda da meta traçada. Essa é a essência da magia mental.

Os que têm o conhecimento de que a magia é mental, devem se resguardar de palavras chulas e da maledicência. É pelo som que se invocam as forças da natureza; pelo seu poder há uma alteração de freqüência dos pensamentos, que penetram agudamente nas dimensões espirituais, atraindo os que vêm em auxílio. Não se deve conspurcar o templo mental com palavras de baixas vibrações.

PERGUNTA: - Pedimos que nos fale um pouco do seu guru amado. Quem foi ele? Por que esse reencontro com ele se deu na Índia?

BABAJIANANDA: - Esse reencontro foi-nos muito marcante. Como estávamos desde nossa reencarnação do primeiro século da Era de Cristo sem nos encontrar na carne, já fazia mais de nove séculos que esperávamos a oportunidade redentora para ter as iniciações libertadoras do ciclo carnal conduzidas pelas mãos de nosso guru amado.

Registramos que nos planos rarefeitos nunca deixamos de nos encontrar, sempre que se fez oportuno. Mesmo agora, nosso guru está conosco pela sua abrangente capacidade mental, que lhe dá uma onisciência incomum à maioria dos espíritos que estão auxiliando a comunidade da Terra. O sensitivo que nos recebe os pensamentos tem vaga noção desse estimado iniciador da Grande Fraternidade Universal, como o canto do pássaro no sopé da montanha em meio ao taquaral, que se ouve ao longe mas não consegue ser identificado em sua espécie.

Quem foi ele? Em que data foi mais expressiva sua existência? Isso nada significa. Se destacarmos uma encarnação das demais, estaremos nos prendendo à ilusão da forma, o que não representa a realidade da individualidade imortal. O vaso ornado pela tulipa admirada em sua beleza exótica é o mesmo que irá sustentar a erva que mata ao toque do curioso. As diferenças na Terra são igualdades no Universo. Importa reconhecer que, quebrando-se o vaso, a vida que o animava será plantada em outro.

As ações educativas da alma, conduzidas por esse espírito, de muito tempo vêm orientando os homens nos verdadeiros ensinamentos cósmicos, levando a todos os buscadores espirituais que cruzaram o seu caminho a refletir que a tradição e religiosidade estão dentro

de cada um, independente de rituais e cerimônias externas que, ao invés de unir, separam os homens até os dias atuais.

Por largos compromissos cármicos, nessa ocasião se impunha que passássemos por certas iniciações iogues conduzidas pelo nosso guru ancestral. Só assim, movidos pelo amor e confiança mútuos, existe a entrega recíproca para as iniciações superiores que desvendam as verdades espirituais. São elas que sepultam definitivamente os apelos inferiores dos veículos densos de que o espírito se utiliza ao estagiar no Cosmo manifestado, astral, etérico e físico.

Seguimos nosso iniciador por longos anos, em que nos vimos despertados por um enorme manancial de conhecimentos de vidas passadas, até então esquecidos.

Nosso reencontro se deu na Índia, em razão da universalidade cósmica de sua filosofia e da religiosidade milenar inserida em nosso ser por fortes laços do passado.

PERGUNTA: - A afirmação: "O sensitivo que nos recebe os pensamentos tem vaga noção desse amado iniciador... " se dá por que motivo? É possível fornecer-nos mais informações sobre o assunto

BABAJIANANDA: - Nosso amado guru tem desenvoltura em planos vibratórios destituídos da forma, que os irmãos ainda não podem entender. Como nos utilizamos de instrumentos conscientes, é um tanto complexa a sintonia vibratória, já que a recepção se dá em planos tão densos como o do encarnado. Um mesmo pensamento transmitido a dois sensitivos diferentes, em mesmas condições de preparo mediúnico, corresponderá a duas frases distintas, embora semelhantes.

Este médium de que estamos nos servindo agora, o acompanhávamos fazia cinco anos, a fim de que conseguisse dar o primeiro passo para nos recepcionar os pensamentos mais simples. Durante esse período, ele estava em aprendizado na umbanda, como que ajustando os chacras e os corpos etérico e astral para nos sentir, quando levemente desdobrado, sem perder a consciência, tal como uma fresta aberta por onde entra tênue claridade.

Além da dificuldade que encontramos, pelo seu agitado psiquismo e pouca concentração, foi-nos extremamente difícil conviver com suas emanações etéricas, oriundas da alimentação carnívora, que acabavam funcionando como uma espécie de barreira vibratória intransponível. Por isso, tivemos de permanecer a distância no terreiro, e solicitar aos prestimosos auxiliares dos exus que o envolvessem em agudas catarses (limpeza comparável à de um carburador entupido onde se injeta forte jato de água e querosene). Então, gradativamente foram se sutilizando suas emanações ectoplásmicas. Ao conseguir manter-se firme nas consultas no dia da sessão de caridade pública, aos poucos, com constante irradiação intuitiva, sem influenciá-lo diretamente e respeitando o seu livre-arbítrio, este instrumento resolveu abandonar as carnes vermelhas, o que foi motivo de júbilo para nós.

Esse foi o passo primordial para que conseguíssemos nos aproximar vibratoriamente e trabalhar com ele.

Quanto ao nosso guru, sua dificuldade de sintonia com o médium é acentuada no momento. Para sintonizá-lo com mais clareza, teríamos de levar a efeito algumas "iniciações" do sensitivo no plano astral durante o sono físico, o que poderia levar alguns anos para surtir efeito. Neste momento, não há programação para que ele seja canal de recepção do espírito que é o nosso iniciador.

PERGUNTA: - Mas a sintonia mediúnica não se dá pela mente, como uma telepatia? Que diferença faz a alimentação?

BABAJIANANDA: - Meu filho, a sintonia mentalista é comum na mesa mediúnica. Os trabalhos na umbanda têm algumas peculiaridades que exigem "iniciações", tanto no plano dos encarnados, como no plano astral, e manipulação de algumas energias dos quatro elementos planetários, baseados na regência astrológica dos orixás que influenciam os médiuns e nós, espíritos que os assistimos. As emanações energéticas da digestão carnívora e o seu impacto no metabolismo corpóreo impedem os ajustes dos chacras, por incompatibilidade vibratória do duplo etérico, encharcado desses fluidos densos e pestilentos. É uma barreira vibratória densa e pegajosa de resíduos pútridos, emanados do metabolismo do corpo físico.

É oportuno esclarecer que os pretos velhos, a partir do nível de guia, quando precisam de maiores impressões nos canais mediúnicos, como, por exemplo, a vidência, atuam utilizando-se de corpos de ilusão, que são verdadeiros condensadores energéticos para o rebaixamento de vibrações dos planos atemporais até a crosta planetária. Muitos dos espíritos da Grande Fraternidade Branca Universal que labutam na umbanda assim procedem.

Informa-nos Babajiananda:

"Viemos em auxílio, impondo-nos um rebaixamento vibratório desde os planos sem forma, chamados pela teosofia de mundo devachânico, que é habitado por consciências libertas do ciclo reencarnatório e de qualquer carma que nos imante ao plano astral. Impõe-se que criemos "novos" corpos astrais, temporários, que são na verdade corpos de ilusão, necessários para chegar mais perto dos filhos da Terra. Por meio de nossa volição, emanada do corpo mental superior, aglutinamos átomos e moléculas astralinas, criando uma nova morfologia para nos apoiar nas manifestações com médiuns encarnados. Após os trabalhos, essas formas astrais ilusórias são desintegradas e retomam à natureza." Esclarece-nos um pouco mais Babajiananda sobre o assunto: "Os habitantes dessas paragens cósmicas não têm mais o corpo mental inferior, pois se livraram de quaisquer defeitos e registros negativos, atuando com desenvoltura nos corpos perenes da tríade divina (átmico, búdico e mental superior), o que não é novidade para os umbandistas, rosacrucianos, maçons, ocultistas, esotéricos e teosofistas esclarecidos."

Temos esporádicos contatos com a vibração de Babajiananda na sua forma astral de apresentação, como preto velho, ocasiões em que ele adota o nome de Pai Tomé, espírito amoroso e extremamente humilde.

Certa vez, quando estávamos trabalhando num dia de caridade pública no terreiro de umbanda, com o intuito de abrandar nossa vaidade crescente, pois começávamos a nos considerar intelectualmente melhor que os irmãos de corrente mediúnica, esse espírito resolveu lavar os pés de uma senhora que apresentava erisipela crônica, e depois beijá-los.

Mas, no momento em que tínhamos de nos abaixar para tocar os lábios nos pés descamados da consulente, houve um levante de nossa consciência e nos recusamos a dar passividade a tal ato. Imediatamente, o envolvimento fluídico vibracional dessa entidade cessou, e, depois de uma leve pressão no chacra frontal, enxergamos Pai Tomé no Astral, abaixado, com uma tina de água, cheia de folhas, ao lado e uma toalha branca nas mãos, enxugando os pés da consulente.

Finalmente, a entidade abaixou-se e beijou-lhe as pontas dos dedos, de unhas grossas e fétidas. Ato contínuo, de seu chacra cardíaco saltou-nos aos olhos um facho de luz amarelo violeta. Nesse momento, Pai Tomé fixou-nos os olhos cheios de lágrimas e, humilde e calmo, nos disse: "Veja, meu filho, que todo o conhecimento do mundo e o largo intelecto não garantem um simples ato de amor, de verdadeiro sentimento. Pense a respeito, e não critique os seus irmãos pelo pouco entendimento das coisas ocultas. Observe como eles se entregam ardorosamente, para atender aos que chegam. Antes de julgar as manifestações e a falta de estudo dos outros, compreenda que a grande iniciação se dá no templo interno de cada criatura. Aquele que almeja ser um iniciado na umbanda ou em qualquer outra forma de caridade na Terra, para ser um verdadeiro terapeuta das almas e instrumento dos benfeitores dos planos rarefeitos, deve aprender a se rebaixar, enxergando os seus defeitos e, ao mesmo tempo, realçando as qualidades alheias. Acima de tudo, deve servir com sinceridade de propósito e total desinteresse pessoal." A lição clarividente de Babajiananda apresentando-se num corpo de ilusão de preto velho, como Pai Tomé, foi de grande. importância. Nem tanto pelo que visualizamos e ouvimos, mas pelo que sentimos, indescritível por meio dos sentidos ordinários de um médium.

Aos poucos, passamos a sentir com regularidade as vibrações de Pai Tomé como Babajiananda, o que intensificou-se sobremaneira depois que abandonamos as carnes vermelhas da alimentação. Nas ocasiões em que ele se apresenta, está todo de branco, com um turbante ao estilo dos iogues: pele clara, tipo anglo-saxão, nariz aquilino, alto, barba comprida e espessa no queixo e rala nos lados do rosto.

Nossa ligação com esse espírito nos remete ao antigo Egito, época em que ele foi um alto sacerdote, tendo nos iniciado desde jovem nos segredos dos rituais e sessões ocultas dos templos. Infelizmente, acabamos usando mais tarde os ensinamentos recebidos para o bem, com todo o amor, no "lado esquerdo" e em proveito próprio, insanidade que estamos até hoje a resgatar.

Toda a humildade, amor, mansuetude e calma de Babajiananda nos deixam melancólico, a ponto de sentir muita vontade de chorar, pois não conseguimos exteriorizar a magnitude de seus sentimentos e vibrações, em razão das percepções limitadas de encarnado.

Espírito muito simples e direto, orientou-nos que, ao passar seus pensamentos para a escrita, os vestisse em nosso idioma de maneira clara e fácil, a fim de que sejam entendidos pelo maior número de pessoas que desconhecem a umbanda. Ainda nos pediu que ficássemos bem a vontade e não nos preocupássemos com nossa interferência, pois isso seria inevitável, porque somos médium consciente. Deu-nos muita segurança, alertando que à noite, durante o sono físico, nos reforçaria as impressões, desdobrando-nos em corpo mental. Dessa maneira, se "soltariam" arquivos do inconsciente, que nos trariam muitas informações ao escrever no teclado do computador, o que realmente acontece. Essa atividade é acompanhada pelos seus jatos fluídicos na nuca, o que nos deixa com uma espécie de estática em toda a cabeça, e uma friagem agradável no pescoço e nos ombros.

PERGUNTA: - Quanto à citada reencarnação do primeiro século da Era cristã, ao que parece muito marcante pelos fortes laços do passado que o unem ao seu guru, solicitamos maiores pormenores.

BABAJIANANDA: - Fomos filho de família grega muito pobre. Não conhecemos nosso pai. Crescemos em uma vila de camponeses situada numa região montanhosa. Desde pequeno nos mostramos melancólicos, a ponto de seguidamente chorar diante da rispidez dos habitantes de nossa pequena comunidade agrícola. O amor que nos arrebatava o coração era incompreendido por aqueles homens rudes, acostumados à vida simples do campo, em que uma mudança meteorológica podia refletir-se na falta, à mesa, do alimento duramente conseguido. Sentíamos muita saudade de um local e de uma família que não sabíamos onde se encontrava. Latejavam em nosso inconsciente as muitas encarnações passadas no interior dos templos de outrora, onde muito ensinamos, praticando o amor.

Inevitável, com a modorra do tempo e os altos cargos sacerdotais, esquecer a simplicidade de servir, verdadeiro alicerce de todo o iniciado que passa a ser um iniciador.

Nossa melancolia e tristeza devia-se à falta da vida metódica, quase monástica, que levávamos nas fraternidades que nos acolheram. A disciplinada rotina com os neófitos, as meditações, as aulas, as iniciações seguidas, tudo isso nos fez esquecer a vida comezinha dos profanos. Não perdemos o amor, mas, em certo aspecto, "embotamos" o nosso espírito, que se acostumou a ser servido em vez de servir. Dito isso, os filhos compreenderão o impacto que sofremos quando escutamos as primeiras instruções de nosso amado guru.

Próximo à nossa vila existia um pequeno templo. Tendo sido recusada a nossa aceitação naquele local iniciático, já que não vínhamos de casta abastada e influente, aceitamos ser fornecedor de hortaliças, ao mesmo tempo que nos deixavam fazer pequenos serviços de manutenção.

Certa vez, deparamo-nos com um visitante todo de branco, muito vistoso, cabelos compridos que lhe caíam nos ombros e barba levemente ondulada nas extremidades. Austero e manso, chegou-nos perto, à saída do templo, e, sem titubeios, olhou-nos profundamente, confiante e humilde, e falou:

“Queres te libertar da imensa tristeza interna que te arrebata o coração, sem motivo que possas entender? Aprende novamente a servir nesta vida, o que será a tua grande e maior iniciação. Sabes que ninguém morre, como ninguém nasce. És simplesmente um ser visível e invisível, material e imaterial, denso e fluídico. Assim é a natureza dos corpos nos mundos inferiores: quando está preenchido por matéria, o espírito torna-se visível na Terra. Não te iludas pelo espaço que o encerra. Na verdade, isso é uma falsa noção. Teus pais e teus familiares atuais são o meio e não a causa real de tuas aflições.

A orquídea germina associando-se aos fungos, mas não é formada deles. O teu corpo visível é transitório, e as mudanças perenes acontecerão no princípio que não consegues ver, mas que o anima, que é preexistente e tem uma vida infinita pela frente.”

“Finalmente te reencontrei mais uma vez. Lembra sempre de que um discípulo meu não vai às termas, não sacrifica animais, não come carne de nenhuma espécie, e, para alcançar liberdade, deve combater sempre a intolerância, a inveja, o egoísmo, a vaidade e tudo que é hostil, preparando o campo interno para o verdadeiro Deus, que não se encontra exclusivamente em nenhuma religião, ritual ou culto, mas em todos ao mesmo tempo.”

“Dá-me um forte abraço e vamos de partida. Não temos tempo a perder. Segue-me!”

Dessa forma, tivemos o primeiro contato com nosso guru amado. Sem pensar, o seguimos. Envolto em todo o seu magnetismo, por um momento nos sentíamos como uma unidade que retoma ao Todo cósmico, tal o profundo eco que suas palavras tiveram em nossa alma.

PERGUNTA: - Pela sua resposta, supomos que esse guru era um filósofo
andarilho, sem um templo fixo. O senhor seguiu um andarilho?
BABAJIANANDA: - Sim, com toda a convicção de nosso pobre coração sedento de amor e de nova compreensão das coisas ocultas. Aqueles que nada têm, pouco necessitam. Não tendo bens, são livres para ir aonde bem entenderem. Dizia-nos nosso guru: "Nada possuindo, toda a Terra será nossa. Caminhemos rumo às estradas longínquas.

Se nossa parada em locais desconhecidos nos tornar mais sábios, quando retomarmos de onde viemos seremos melhores do que quando partimos. No início, em cada local onde passarmos, aprenderemos mais do que ensinaremos. Com o tempo, mais ensinaremos do que aprenderemos. Os homens, presos às suas seitas e rituais, enxergam somente um aspecto da Divindade, que não demonstra toda a unidade que permeia o Universo a nossa volta, desde o menor ser deste planeta até as maiores estrelas invisíveis aos nossos olhos no Infinito cósmico."

PERGUNTA: - A intolerância religiosa nessa época deveria ser maior que nos dias atuais. Havendo muitos cultos e preconceitos, como servir a um sábio errante sem sofrer as violências comuns aos sectarismos, preconceitos e vaidades humanas?

BABAJIANANDA: - Nosso guru, sendo um sacerdote da religião universal, facilmente poderia ter indicado o lado ruim desse ou daquele culto em particular. Em nossas andanças por centenas de templos diferentes, nunca o vimos apontar aspectos negativos de rituais, liturgias ou cerimoniais. Afirmava apenas que eram formas que não deveriam nos escravizar; dizia que a essência divina era uma só, seja na arte religiosa grega ou egípcia da época; ensinava a forma mais exaltada de simbolismo espiritual que não se prendia aos usos e costumes das religiões instituídas. Por isso, não exaltava um culto em detrimento de outro.

Sempre lembrava que o sábio, seja qual for, é um livre-pensador cósmico que deverá morrer por seus princípios, se necessário for. A natureza interna do místico é a sua força e coragem, e não haverá espada ou fogo que o forçarão a dizer uma inverdade diante das verdades universais que ele vivencia em sua alma.

PERGUNTA: - Pedimos um exemplo de pregação desse guru quando chegava a um templo pela primeira vez. É possível?

BABAJIANANDA: - Sim, meu filho, é possível. Por que não o daríamos? Certa vez, quando chegamos a um templo egípcio, nosso guru foi admoestado pelo grão-sacerdote, que ironizou os templos gregos, muito ornados de belas estátuas, de corpos perfeitos e exuberantes, dizendo que aquele amontoado escultural de músculos era nada mais que uma exagerada adoração da beleza física, que nada tinha a ver com as glórias espirituais.

Nosso guru, calmamente, após os cumprimentos ritualísticos, usou da palavra: "Os homens, sendo imperfeitos na Terra, perseguem o modelo divino de todas as coisas. Seguidamente se esquecem que existem graus ascensionais para o perfeito. Mesmo assim, existem traços de perfeição nos humanos, de uma beleza quase divina. As feições angelicais, os corpos perfeitos das esculturas gregas pertencem não aos da Terra, mas sim aos corpos espirituais dos ocupantes do 'mundo céu'. Os escultores gregos, tendo contatos místicos com os seres angélicos, conseguem registrá-los na forma, para a contemplação de todos. Em, vez de se exaltarem os músculos e nervos que estão nos corpos da Terra, diminuindo-os, devem ser apreciados em suas belezas angelicais, modelo de perfeição futura, exuberante, pura demonstração da arte divina nos planos mais elevados, inconcebível para a maioria da Terra.

Por benevolência, é possível serem visualizados nessas estátuas majestosas, alegrando a existência dos que conseguem perceber a profundidade do que transmitem."

PERGUNTA: - Existe algo que era pregado naquela época que ainda seja válido nos dias atuais?

BABAJIANANDA: - Meu filho, se tudo que Jesus pregou é muito válido na Terra hoje, o que sobra para nós, humildes aprendizes do Mestre dos mestres? A conduta interna nos templos, defendida por nosso guru, confrontava diretamente os costumes ritualísticos da época. Por ser um ardoroso divulgador da disciplina pitagórica, isso exigiu dele um esforço monumental de esclarecimento em favor da vida e dos animais menores do orbe. Lamentavelmente, tudo que ensinou ainda não foi interiorizado em muitos terreiros da umbanda.

Ele recomendava que não deviam vestir-se com paramentos ritualísticos feitos de animais mortos, e se abster de alimentos carnívoros. Não admitia, sob nenhuma possibilidade, o sacrifício animal e o derramamento de sangue, pois o verdadeiro Deus não aceita oferendas de aves ou bois mortos. A Divindade não precisa de ritos absurdos para auxiliar os da Terra.

As distorções nos ritos cerimoniais são desmandos dos homens doentios. Nesse aspecto, os absurdos que se praticam em nome da sagrada umbanda estão a registrar simbolicamente no Livro da Lei o vintém que cada consciência terá de reembolsar aos cofres divinos, devidamente atualizado no instante da prestação de contas definitiva.

Observações do médium:

Embora Babajiananda nos diga que as personalidades ocupadas nas encarnações servem para nos fixar na ilusão transitória da forma, esquecendo a essência duradoura e imortal, e que, portanto, não tem a menor importância quem foi o seu amado guru, autorizou-nos a dar maiores detalhes aos leitores nestas observações.

Em seu indescritível amor, Babajiananda entende que nós, estando presos ainda ao ciclo carnal, precisamos muito dessas referências que estabelecem a relação de causalidade entre as encarnações sucessivas. Isso nos auxilia na expansão da consciência e do discernimento quanto às verdades espirituais.

O seu guru amado foi Apolônio de Tiana. Naquela existência, Babajiananda encarnou a personalidade de Dâmis, seu fiel discípulo. Sua grande iniciação foi servir a todos que beberam da sabedoria de Apolônio no interior dos diversos templos de outrora, sem poder participar dos cerimoniais internos. Esse foi um pedido de Apolônio, dizendo que a maior iniciação no seu discipulado seria servir incondicionalmente. Outra faceta dessa experiência foi o fato de Babajiananda ter convivido humildemente com o escárnio de muitos grão-sacerdotes, que mal olhavam o semblante do simples serviçal com a cruel indiferença de muitos iniciados para com as castas subalternas.

A verdade que tem de ser dita é que Apolônio de Tiana tratou Babajiananda, no caso Dâmis, com muito amor, tendo dado oportunidade a enormes aprendizados das coisas ocultas em suas andanças, numa convivência intensa e fraterna, quando estavam sós.

Chegando aos vilarejos e cidadelas, em visitas aos templos, mostravam-se bastante circunspectos. Babajiananda-Dâmis se comportava como um singelo serviçal. Dessa maneira, resgatou um carma do passado, em que muito foi servido nas fraternidades iniciáticas. Essa resignação e humildade o credenciaram para que ficasse mais de novecentos anos no Espaço sem reencarnar, estudando e trabalhando junto com um grupo de espíritos orientais fortemente ligados a Apolônio e a Ramatís. Estiveram juntos na época de Pitágoras (século V a.C.), numa encarnação do primeiro século depois de Cristo, e se encontraram novamente no templo da Indochina do século X, fundado por Ramatís, existência em que anos antes Babajiananda tinha reencontrado Apolônio como seu amado guru ancestral, agora um mestre iogue.

Na encarnação em que foi Babajiananda, decisiva por ser sua última estada terrena, seu mestre, Apolônio de Tiana, reencarnou na Índia, animando a personalidade de um mestre iogue, por amor a um grupo de discípulos. Fez questão de, pessoalmente, conduzir algumas iniciações superiores, que só podem ser realizadas no derradeiro momento de libertação total de carmas que ainda requeiram encarnações futuras. Ou seja, somente uns poucos, totalmente livres do ciclo carnal, contudo ainda encarnados (os chamados sábios e profetas da História), se credenciam a usar com total desenvoltura os sete corpos como veículos da consciência nos sete planos do Universo, principalmente os corpos perfeitos da tríade divina.

Esse procedimento exigiu de Babajiananda um profundo preparo no Espaço, com árduo estudo e trabalho. Daí o longo período, ao menos para a nossa temporalidade material, sem reencarnar. No plano físico, houve então um ensaio crucial, em razão das dificuldades inerentes a todo encarnado, para, num futuro próximo, já de volta ao plano astral, vivenciar a segunda e definitiva "morte" (o que na verdade já ocorreu), ocasião em que ele abandonou o corpo astral em troca da vida nos planos mental superior e búdico.

Isso não quer dizer que entidades nesse estágio, ou melhor, após a "segunda morte", não atuem mais no plano astral, o que se dá por meio da utilização de corpos de ilusão, como é o caso, por exemplo, de Pai Tomé (ou Babajiananda) e Ramatís (Pai Benedito ou caboclo Atlante), sempre que se fizer necessário impressionar os médiuns de que estão se servindo na umbanda. Diz-nos Babajiananda: ''A ocasião faz a vestimenta."

Leia "Vozes de Aruanda"completa em:
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Rayom Ra
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Um comentário:

  1. EM, 10-10-2015. Boa tarde!!! É com grata satisfação que releio alguns trechos do livro " VOZES DE ARUANDA". Perdi esse livro, há mais ou menos, 3 anos em um coletivo e nunca mais o encontrei. Obrigado, por postar alguns trechos. É muito esclarecedor.

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