Que o
mundo está virado de cabeça para baixo não há a menor dúvida.
Incontestável
também que valores morais, sociais, éticos, políticos, educacionais, artísticos
como antes havíamos conhecido, já foram quase todos jogados na lata do lixo por
uma elite dominante dos meios de comunicação. Que fazer então com os conselhos de
minha avó, e a educação que me deram meus pais? Muita gente mentalmente adulta
poderia estar se perguntando.
A mídia
esbanja orgulhosamente com saliva cheia, que novos estereótipos de uma era
moderna, em que a liberdade de expressão, os pensamentos mais arrojados e as conquistas
sociais são reais, palpáveis e históricos como nunca dantes acontecidos. A
ciência aparece como o maior dos ícones para atestar que por meio de suas
pesquisas desenleadas e libertas das amarras cruciais dos preconceitos, ampliam-se
as sensacionais descobertas. As noções científicas que ora navegam soberanas e
soberbas adiante dos axiomas religiosos retrógrados, desatadas de tudo, deixam
para trás muito da educação ortodoxa familiar, e do empirismo doméstico
aplicado nas afecções corriqueiras de nossas infâncias, adolescências e mesmo
velhices. Isso eles pensam e afirmam.
Se alguém
ainda duvida do poder massificante da mídia adestradora do inconsciente das
massas impressionáveis, das mentes idólatras ou distraídas, é só prestar
atenção nas futilidades que se tornam importantes no dia a dia dos leitores,
tais como: as mais mal vestidas da
semana, como foi o feriado dos famosos, artista tal mostra seu bebê ao
mundo, fulanas exibem corpões malhados, o beijo mais notável do cantor, o resumo do
capítulo que passou e o que ainda passará, o bumbum mais redondo, as melhores
posições do kama sutra para casais hetero e gays, o game que mais espirra
sangue, etc., etc. Tudo idiotizando diariamente ou buscando sempre
idiotizar.
Mas será
essa visão nossa uma crítica anacronicamente conservacionista e nada do que
convencionamos todos os dias e do que ouvimos e vemos na TV dentre os goles
apressados do café da manhã e as mordidas no pão dormido, e que lemos na
internet matinal, não seja uma paranoia mundial passageira?
Ou estaremos sempre
sonambúlicos sem nunca despertarmos dos envolventes véus noturnos de Morpheus,
presos inconscientemente aos chips implantados pelos manipuladores dos seres humanos, ou pior, respondendo cordeiramente às ondas enviadas pelos
nossos clones comandados a uma profunda e dominadora hipnose? Aceito melhor essas
possibilidades por serem mais plausíveis a quem preguiçoso de pensar.
O chá
com limão e mel foi substituído pelo terrível e colateral antibiótico que pretende
matar os vírus numa só pancada; os celulares – especificamente entramos nesse
assunto que muito nos irrita – tocam a todo instante avidamente, parecendo que nos
unem mais. Entretanto, muito mais nos idiotizam: aprisionam, viciam-nos, deixam-nos
dependentes. Ficamos cada dia mais mal educados com essa parafernália
eletrônica. Gritamos, esbravejamos, falamos abobrinhas o tempo todo – pessoas
dirigem perigosamente com celular à mão provocando acidentes, ou atravessam sinais
fechados andando aleatoriamente com o aparelho grudado ao ouvido – tiramos o
sossego dos companheiros de viagens nos ônibus, taxis, nos metrôs;
interrompemos a todo instante a fala ou a refeição junto aos amigos. Adoramos aos
notáveis “recursos passatempo” desta peça eletrônica, como antigamente os
seguidores adoravam curvar-se a Mamon e a outros deuses profanadores. Então,
sacando fora a idolatria religiosa, e sem pensamentos unicamente iconoclastas,
em que consiste verdadeiramente a decantada moderna evolução intelectual da
humanidade?
Há tantas coisas boas e úteis que esquecemos e
que não nos importamos mais....
Aos
mais apressados e sentenciosos, diremos de antemão que somos muito gratos à
tecnologia que nos libertou de alguns desconfortos e limitações. Deu-nos
regalias, ocupações novas, oportunidades de profissões mais rendosas e a
internet de que agora nos utilizamos. Não nos passa pela cabeça em como a
população planetária com quase 7.5 bilhões de pessoas conseguiria viver sem a
ajuda da tecnologia desenvolvida de cem anos para cá.
Porém, como em tudo neste mundo há o positivo e o negativo, os males com que hoje nos defrontamos pelo uso feroz destes implantes em nossas atividades
diárias, são extraordinariamente mais eficazes, temerários e devastadores que
antes de seu conhecimento. Sabemos muito bem que não é culpa da tecnologia em
si mesma que só alicerça serviços e facilidades com a mão do homem, mas nos
deixa de legado a servidão, a submissão, a dependência e o terror. Sem falar da
poluição sonora; do ar; das águas e das toneladas de lixo diário das cidades
que nos sufocam, provocando vômitos e doenças nem sempre curáveis.
E voltamos
à questão anterior do quanto o mecanicismo da tecnologia, o pensamento
científico, a liberdade de expressão – se há – teria feito evoluir a consciência
humana?
Expressão do livre pensamento, intelectualidade e graus de consciência são elementos nem sempre coincidentes em nossas conquistas raciais. Em verdade, na maioria das vezes são valores até dispares ou heterogêneos, pois nesse criticismo denotamos que até animais pensam, mas seus bruxuleios de consciência são calcados meramente no instinto, porém no homem seus valores estão acrescidos de impulsos sumamente egocêntricos e destrutivos.
Expressão do livre pensamento, intelectualidade e graus de consciência são elementos nem sempre coincidentes em nossas conquistas raciais. Em verdade, na maioria das vezes são valores até dispares ou heterogêneos, pois nesse criticismo denotamos que até animais pensam, mas seus bruxuleios de consciência são calcados meramente no instinto, porém no homem seus valores estão acrescidos de impulsos sumamente egocêntricos e destrutivos.
O homem
deixou de ser mais bárbaro do que antigamente, porquanto agora viaja de avião, é
poliglota e fala instantaneamente com todos os quadrantes do planeta? Então, pela última vez, qual o
papel, exatamente, da tecnologia, da ciência e seus aparatos na formação
intelectual, moral, ou equitativamente social da humanidade? As castas e cleros
deixaram de ser castas e cleros? As diferenças sociais se estreitaram ou se
alargaram? A fome acabou? As guerras e crimes diminuíram? Os políticos e
governantes na sua grande maioria, realmente se importam com isso? Ou, se
realmente se importassem, em poucas décadas as misérias humanas de bilhões não
teriam acabado?
À nossa
visão podemos dizer que houve sim certos avanços de consciência em níveis ainda
inferiores nestes dois últimos séculos, relativamente aos bilhões de moradores
da Terra independentemente de tecnologia, mas sem dúvida, na era tecnológica - coincidentemente ou não - houve muito mais retrocessos em
diversas áreas do pensamento humano, nas metodologias falhas e superficiais
aplicadas mecanicamente ao aperfeiçoamento do aparelho psicológico do ser, e isso não condiz
com as bazófias dos discursos de pseudo intelectuais, ou cínicos sicofantas
interessados em manter a humanidade cada vez mais debaixo de seus chinelos.
Esse foi e é o grande entrave.
Prossigamos
agora sob o ângulo da alma e suas complicações nesse conturbado planeta.
A Era
de Aquário veio revelar que os profetas do longínquo passado e de vidas mais
recentes acertaram em muito naquilo que poderia acontecer do final do segundo para o terceiro milênio. Entretanto, cremos, não esperavam que grande parte
daqueles envolvidos com teorias esotéricas, místicas ou magias viessem adotar quase que integralmente
em suas vidas, o "laissez faire, laissez
aller, laissez passer" diante de mais revelações milenarmente guardadas,
tornadas agora públicas, e pelos acontecimentos proféticos realmente acontecidos na vida
planetária.
A internet
que serve para divulgações esclarecedoras tornou-se para muitos no mundo
inteiro um instrumento dissimulador e desencorajador de obrigações espirituais.
As mensagens de duvidosos mestres, iniciados menores se passando por mestres,
certos gurus, galácticos e farsantes, não incentivam à luta e ao dinamismo das ações.
Os antigos [para eles] movimentos espíritas, umbandistas, xamânicos, gnósticos,
teosóficos, verdadeiramente esotéricos, religiosos e de grupamentos obreiros
ecléticos e filantrópicos foram riscados de suas pautas. Preferem, esses
esotéricos Nova Era, unicamente ser filtros das comunicações que os exortam a somente
mentalizar, meditar e transcrever mensagens.
As novas
energias que pervagam ao planeta – pensam e imaginam – baseados em erradas
interpretações e contraditórias mensagens, simplesmente os levarão automaticamente à quinta
dimensão e a libertação do ciclo reencarnatório, pela mera aceitação, meditações e atitudes comportadas.
Não
colocamos dúvida de que meditar e ter bom comportamento são elementos necessários aos
esotéricos e espiritualistas para o trabalho na senda, mas se fosse unicamente
por isso, os grandes Mestres que subiram os difíceis degraus das iniciações
maiores não teriam encarnado na Terra para desempenhar missões espinhosas ou
sacrificiais. Bastaria se terem ilustrado com os conhecimentos gnósticos e
magísticos, com as revelações em papiros e pergaminhos, com as invocações aos
deuses e permanecido nas suas palestras aos discípulos à salvo de perseguições. No entanto, naqueles
áridos e até selvagens tempos de antanho, e em todo o percurso temporal da
evolução humana, muitos corajosos missionários, hoje Mestres Ascensos, devotaram suas vidas ao trabalho árduo
assistencial e não raramente foram sacrificados por déspotas e inimigos da luz. E voltaram
algumas vezes a Terra para continuar seus trabalhos, como Jesus, crucificado em Jerusalém, estará de volta para ensinamentos e obras em favor da humanidade.
Shamballa
opera com energias diversas na busca do equilíbrio que mantêm os
povos em seus respectivos continentes e locais esparsos. Há um
trabalho imenso diário, minuto a minuto, nas lutas das forças da luz contra as
forças escuras. Não é possível, neste estágio, os Mestres Ascensos, Arcanjos,
Anjos e todas as plêiades que trabalham pela evolução da Terra, aguardar
unicamente pelas configurações astrológicas mais adequadas da Nova Era em que
as energias assim geradas, os possam favorecer nas suas demandas.
Necessitam, esses Mestres e hierárquicos, dos esforços de seus
discípulos, alunos e colaboradores que venham gerar atuais energias magísticas astrais
e mentais, linhas de forças esotéricas, apelos pela luz, transmigrações de fé
religiosa, missas, rituais, trabalhos falangeiros de desmanches de magia negra,
oferendas na natureza, correntes de amor ao Plano Divino, cantos mântricos,
construções de formas-pensamento corretamente postuladas, luzes de velas,
trabalhos filantrópicos amorosos que geram aberturas de chackras pelas energias puras que após se derramam aos irmãos terrenos – tudo isso e muito mais das
energias ditas “velhas e casuísticas” a fim de desanuviar ou inverter as situações
de perigo para grupamentos operantes na Terra e coletivos populacionais sob
certas condições cármicas. As "velhas" energias
ainda não podem e nem devem estancar seus trabalhos.
Sem
isso, é simplesmente entregar o ouro ao bandido.
Hoje, bem
mais que em qualquer outro ciclo evolutivo da Terra, há a necessidade de polarizações e plasmações
de energias e forças em prol da vida. Há um grande perigo em se operar energias
e forças astrais e mentais a sós ou em grupos inexperientes. Excetuando-se os
grandes grupos e organizações tradicionais, reconhecidamente fortes e bem
dirigidos que operam pelas suas próprias forças, são bem mais proveitosos e seguros
os trabalhos coadjuvados com núcleos inter-relacionados em serviços assistenciais
mútuos, solidários e socorristas, mesmo somente no astral, sob o comando de guias e
protetores autênticos e conhecedores de seus ofícios. Trabalhos individuais ou
de grupos isolados em locais onde não se prestem serviços diretamente aos necessitados,
diversamente ao que fazem umbandistas e kardecistas – estes, às vezes conjuminados num único objetivo
quando se tratem de kardecistas arejados aceitantes da magnífica colaboração
dos velhos pajés, nos papéis de pretos-velhos, caboclos e demais falangeiros
umbandistas – correm, aqueles grupos isolados, como dissemos, imensos riscos, pois estão sempre sendo espreitados e podem ser tomados
pelos magos negros, com suas habilidades e artimanhas de enganar e envolver.
Creiamos,
em vista dos trágicos e sucessivos acontecimentos mundiais em cadeias,
diligentemente coordenados e com um só objetivo destrutivo, que o momento atual
não é somente para filosofias, mas sim, principalmente, para atividades desprendidas e assistências aos
irmãos da Terra e operadores no espaço. Há um grande apelo de a Terra elevar-se
em forças e energias inteligentemente geradas, dirigidas aos planos superiores
para que sejam usadas em prol de muitas situações planetárias de iminentes
perigos.
É o que
esperam todos os trabalhadores práticos da seara.
Rayom
Ra
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