Perguntas e Respostas
1. P – Em eras passadas quando todos esses
ensinamentos eram mantidos secretos, conforme você mencionou, houve certos
procedimentos preparatórios antes que alguém fosse aceito ou convidado a entrar
no caminho da iniciação. Agora, nessa era, é mais ou menos aberto a qualquer
um. Eu sempre li, pois sempre estudei os vários caminhos, que em iniciação
havia certo ponto onde se fazia um voto e basicamente entrava-se naquele
caminho em definitivo, e daí em diante se você desistisse, então haveria muito
mais sérias consequências do que se somente se mantivesse sem muita seriedade.
R. – O Mestre Samael Aun Weor estabelece que
pessoas curiosas não devessem realmente se engajar demasiadamente nesses
estudos. Podemos ser curiosos, num sentido, porém entendendo que o resultado
dessa doutrina é anjos ou demônios. É isso o que ele disse. Uma vez que
trabalhando com a energia sexual estaremos começando a incorporar poder e se
não destruirmos o ego então estaremos entrando no desenvolvimento de um
hasnamus, um demônio mais poderoso. Agora, se viramos as costas, isso é o nosso
próprio carma. Uma vez que saibamos mais viremos adquirir mais carma naquilo.
Se viramos as costas para aquilo ficamos face a mais severas consequências
porque conhecemos o que o caminho possa ser.
2. P. – [sobre
como magos negros veem o ego].
R. – Eles não veem o ego como alguma coisa negativa.
Assim, a questão é: qual a finalidade de alguém estar desenvolvendo seu
Guardião do Umbral e se unindo a ele? Tais pessoas não estão percebendo que
coisa terrível é essa. É o mesmo que todos nesse mundo amassem a si mesmos e se
fossem criticados então se tornariam irreverentes ou ficariam zangados, e sentiriam
justiça na zanga e no ódio. Quando criticados, com que frequência dizemos: - “não
preciso me preocupar com eles?”. Eles não se incomodam com qualquer nível de
crítica porquanto se amam enormemente a si mesmos; logo, amam seus guardiões.
Eles não incorporam qualquer nível de crítica,
qualquer que seja, porque se amam muito a si mesmos; então amam seu guardião.
Assim, nos mundos internos, o guardião apareceria numa forma que seria
simpático àquela ideia. O guardião apareceria como uma coisa espiritual. Isso é
parte da ideia do bem e do mal. As palavras bem e mal deviam ser substituídas
pelas palavras evoluindo e involuindo. O que achamos que seja mal é bom para
alguém que esteja praticando o mal. E o que achamos que seja o bem é o mal para
eles. Desse modo, se estivéssemos em um templo de magia negra e fossemos falar
sobre Cristo, eles pensariam que estaríamos falando de um demônio porque a luz
os fere e os faz sentirem-se fracos, não os fazendo sentirem-se bem. Então, se nos
proclamamos pelo Cristo, claro, isso estará indo de encontro a eles; qualquer
coisa que seja o bem é mal e qualquer coisa que seja o mal é o bem. Todas as
coisas têm o seu avesso.
3. P. – [sobre
como estar numa escola negra e não se aperceber de estar convivendo com o mal]
R. – Digamos assim: haveria alguma culpa nisso?
Isso nos remete ao inteiro cenário cósmico do carma. É no mesmo sentido de que
estacionamos junto a um hidrante coberto com neve na cidade de New York tendo
ainda de obter um bilhete, muito embora não saibamos existir ali um hidrante.
Aprendemos que, embora não saibamos ali estar o hidrante, ainda assim obtemos o
bilhete. O carma é como isso: resulta daquele assunto, que é o porquê de estarmos
aqui passando essa doutrina para ajudar.
4. P. – [comentário
adicional de um membro do auditório]: “Sobre
o Anjo Guardião, mestre Samael disse que ele é um arquétipo, uma parte de seu
Ser e há também o Guardião do Umbral. E, claro, há algumas pessoas que estão
tentando misturar o Anjo Guardião com o Guardião do Umbral, no sentido de
confundir as pessoas. Isso é exatamente o que aconteceu ao cabalista da
Inglaterra, Crowley. Ele dizia estar recebendo tudo de seu Anjo Guardião, mas
na realidade ele estava trabalhando com o Guardião do Umbral, que não é o Anjo
Guardião”.
R. – Precisamente. O cabalista que escreveu
quantidade de livros e tem alguma popularidade entre pessoas com interesse no
ocultismo, Aliester Crowley, falou sobre o “Divino Anjo Guardião”, porém, na realidade
ele estava se conectando com o que chamamos o Guardião do Umbral. Quando
ouvimos alguém falar sobre alguma coisa que é sagrada, precisamos ter
discernimento. Se investigarmos sua doutrina veremos que não é de maneira
alguma a doutrina da castidade, e ele fala contra Jesus, ele fala contra Cristo
em seus livros. Ele formula um jogo de todas as coisas. Poderíamos falar sobre
isso extensivamente, mas o básico, a coisa fundamental é que se estamos
desenvolvendo a mente, mas não estamos praticando a castidade, então a única
coisa que podemos estar nutrindo é nosso ego; aquela energia está indo para
algum lugar.
5. P. – Estamos
então no quinto dos períodos cósmicos, certo?
R. – Sim, estamos na quinta raça raiz do
período terrestre, que é o período mais inferior do grande dia cósmico.
Comentário da audiência: O Kali Yuga.
R. – Sim, o Kali Yuga do quinto, sim.
[Risos]
Comentário da audiência: A Idade do Ferro
R.
– Então estamos em um tempo em que realmente necessitamos ser claros sobre
tudo. Podíamos dizer: “Por que realmente merecemos isso? Por que não podemos
nascer numa dessas coisas lá de cima? [Risos]. Na sétima raça por que não posso
estar lá?” Bem, primeiro de tudo, nós temos mais combustível aqui para
trabalhar em nosso ego. Possuímos uma habilidade de realmente ir em frente e
definir-nos bem claramente. Sabemos que quando se vai ao ginásio e levantam-se
pesos mais pesados, constroem-se mais músculos. Precisamos tirar vantagens
disso, e se fazemos de fato, nos definimos e nos desenvolvemos rápida e
forçosamente. Segundo, exatamente agora nessa raça, nesse corpo humanoide estamos
chegando através dessa enorme evolução até alcançar esse ponto. Temos 3000
voltas nessa grande roda evolutiva e involutiva. Essa coisa inteira perdura por
um longo tempo. Se descemos e então voltamos para cima, não será por muito
tempo. Temos 3000 daquelas oportunidades. Eu não conheço o suficiente de meu
carma para saber, mas penso poder existir uma razão do por que eu estar nessa
particular situação, opostamente a uma situação melhor, ou o que possa ser essa
“situação melhor.” Se estou assim, então meu carma me deve ter colocado aqui.
Essa é minha situação, então, talvez eu tenha estado girando muitas vezes nessa
roda e isso aqui é onde eu preciso estar porque preciso aprender. Eu não sei e
tento não especular. Algumas vezes, em certo sentido, isso parece terrível a
alguns estudantes, mas há uma maneira de sair de nossa situação. Se sentirmos
uma resistência ou uma aspiração de estar numa raça diferente, ou numa
diferente era, então devemos provavelmente investigar de onde isso está vindo,
uma vez que é possível termos aprendido algo de nós mesmos.
6. P. – Então,
há uma roda, certo? E você mencionou que iniciação é um caminho para sair da roda.
Isso me traz a exata lembrança do símbolo de Marte, ou Aries [...]. Há um
círculo e então uma flecha...
R. – Uma flecha partindo? Sim. Estou certo
haver alguma relação lá. Aquela flecha é uma espada ou lança, e o círculo é um
escudo. As armas de um guerreiro, e precisamos ter uma guerra com nosso ego. Se
não tornamos isso claro antes, é como uma roda mecânica e o caminho de descida
da roda é através da iniciação, que está exatamente no topo e subimos para
escaparmos da roda. Há outro tipo de evolução que as pessoas alcançam
relacionada com o que é chamado o caminho da espiral, que é muito lento, quase
caminho evolucionário. É consciente, porém é muito lento. Para falar sobre o
caminho da espiral e o caminho direto seria necessária outra palestra. É por
isso que parei antes de chegar lá.
7. P. –
Nos Mistérios Maiores, Samael Aun Weor disse que iniciações são realizações
infinitas da consciência. Então o que é uma iniciação demoníaca?
R. – Se as iniciações brancas são
realizações íntimas de nossa própria consciência ou alguma coisa similar a
isso, então o que é iniciação demoníaca? A iniciação demoníaca, no meu entendimento,
é estar conectando cada vez mais ao ego e daí você estar realizando o seu
desejo cada vez mais. Estamos dormindo. Possuímos um ego, mas estamos dormindo
em relação àquele ego. O despertar está polarizado. Podemos despertar dentro
daquele ego conhecendo-o muito mais. Conforme nos encontramos agora temos ódio,
saímos de nosso normal, de nosso equilíbrio. Entretanto, se temos ódio e
sabemos exatamente como focalizar esse ódio, então esse ódio se torna um fluxo
de energia que podemos trabalhar com ele, podemos nos focalizar nele, saber de
nossos desejos cada vez mais profundamente. É isso o que seriam as iniciações
negras. Simbolicamente, na 5ª. Dimensão haveria rituais que representariam
nossas almas sendo mais anexadas aos reinos inferiores, em providências que nos
tornem [cada um] “um rei no inferno.”
8. P. –
Você disse que a Terra não quer as almas evoluindo? Você diz que Melquisedek, o
gênio da Terra, não quer que as almas evoluam?
R. – A questão é sobre a natureza da
evolução e involução, relacionada com um planeta, versus o gênio daquele
planeta, que é Melquisedek, no caso da Terra. O que existe aqui? Realmente, há
duas coisas: há a economia do mundo, que é como uma máquina que está se auto
sustentando, mas há também os iniciados que estão trabalhando para prover uma
safra ou colheita de homens solares ou iniciados solares. Não é o caso que Melquisedek
esteja tentando nos subverter. Melquisedek é um mestre ressuscitado. Significa,
exatamente, que tem de acontecer desse modo. Em outro sentido, necessitamos
trabalhar algum nível do ego a fim de lutar contra ou de nos desenvolvermos.
Este planeta Terra é particularmente difícil. Aqui, aquela energia necessita
estar se movendo para cima e para baixo e nós estamos dentro disso.
Necessitamos ter uma escolha que nos defina. Não é o caso que ele esteja contra
isso.
9. P. – Para
o planeta, se todos estivessem transmutando, aquela energia inteira não
desceria porque iria toda para cima, certo? Então, a Terra não teria qualquer
consistência, isso é correto?
R. – Os mundos inferiores estariam vazios.
Há diferentes níveis do que aconteceria. Por exemplo: o Sol ou qualquer estrela
é um planeta que está evoluído naquele nível. Sim, nosso Sol é também um
planeta. Quando o investigamos materialmente somente vemos gases, luz e energia
vindos dele. Porém, realmente é um planeta. Pessoas vivem nele, mas são seres
solares. Isso é certo porque o planeta alcançou aquele nível; está naquele nível
de carma, de energia. Os reinos infernais estão ainda lá, mas estão limpos; não
há mais nada. Nós temos ainda uma grande quantidade de energia para ser
processada porque nossa Terra está no nível que é seu. A Terra tinha de ser
puxada para dentro do mundo terrestre e eventualmente tem de subir; então
necessita ir começando a escapar de algo daquela energia. Porém, em tempos
recentes precisou de estabilidade.
10. P. – Isso
significa que a Terra eventualmente evoluirá para uma estrela?
R. – Esse é um cenário cósmico que
supostamente acontecerá. Qualquer planeta é um tipo de energia que quer ser
hospedeiro de mais energia para evoluir ou progredir. Quando se alcança
iniciações bem mais elevadas, se tem o Bodhisattva, o Crístico, Dhyani
Bodhisattva, daí então se tem também um Logos, o topo do triângulo da Árvore da
Vida. Quando vem à encarnação, aquele Logos tem a habilidade de se tornar o
gerenciador de um planeta ou uma Consciência planetária que manobra toda a
energia ao nível de um planeta. Um planeta é como uma manifestação física de um
Logos. Esse é outro nível de manifestação: a Mônada avançando mais e mais
dentro do Absoluto. Ele necessita manobrar enormes quantidades de energia perfeitamente.
Parte daquele plano é ser hospedeiro da energia de um planeta. Desse modo,
qualquer planeta está progredindo em intenção a ser uma estrela.
11. P. – O
que então seria a Lua?
R.
– A Lua é um cadáver de um planeta anterior. É a representação do planeta,
anteriormente ao dia cósmico. Nesse sentido, a Lua cristalizou porque é um
cadáver, o final remanescente do velho corpo de nosso planeta. Do mesmo modo,
quando morremos, nosso corpo físico vai para o solo e somos colocados em outro
corpo físico; o velho corpo [da Lua] está ainda em rotação, ainda se
decompondo. Eis o que é a Lua. Qualquer lua de um planeta está relacionada com
eventos cármicos anteriores. Achamos que
o universo surgiu como uma coisa física. Mas sem dúvida, se voltarmos muito
mais que isso, a matéria física tinha de se condensar além de seu nível
cármico, do Absoluto, dos níveis muito sutís, e condensou. Assim é porque a Lua
é um corpo anterior da Terra, de um prévio dia cósmico.
12. P. – Quando
você falava sobre castidade você disse que se não a estivermos praticando e
realizando o trabalho, então estaremos alimentando o ego. Eu estava pensando:
se estamos praticando castidade e fazendo o trabalho, poderíamos ainda assim
estar alimentando o ego?
R. – Poderíamos. [Risos]. Se não
estivermos praticando a castidade, mas estivermos tentando desenvolver a mente,
então, definitivamente, estaremos alimentando o ego. Porém, mesmo que estejamos
praticando a castidade, não significa automaticamente que não estejamos alimentando
o ego. Voltando ao que o Mestre ensinou em termos de nos tornarmos anjo ou
demônio, esse trabalho é o pacto Faustiano que apostou com o diabo. É o pacto
sob o que estaremos operando, porém se cometermos um erro, se cairmos em erro,
em confusão, se não estivermos alinhados com Cristo, então seremos deixados a
sós, não iremos ter aquele guia, aquela sabedoria.
Simão, o mago, conhecia o Grande Arcano, sabia
tudo sobre castidade; ele era um iniciado relativamente alto, em meu
entendimento. Entretanto, ele não quis aceitar a nova corrente. Rejeitou a nova
corrente com Cristo através de Jesus. Daí que mesmo sendo um desperto, mesmo
que estivesse praticando Magia Sexual e conhecesse aquilo, mesmo ensinando, ele
não aceitou a nova corrente. Se a corrente de Cristo de nosso tempo estiver
passando através de um Mestre em particular, ou através de um particular
hospedeiro e não estivermos em alinhamento com aquilo então estaremos sendo
como um tipo de erva daninha. O único caminho de volta ao Absoluto é através de
Cristo; assim, se não estamos alinhados com Cristo estaremos caindo pelas
margens, mesmo que conheçamos toda essa matéria.
Há quantidades de perigos, muitos caminhos nos
quais necessitamos estar cuidadosos e nos investigando. Justamente porque
estejamos praticando a castidade, e porque estamos numa escola gnóstica não
significa que estaremos eliminando nosso ego. Saberemos se estamos eliminando
nosso ego quando estivermos mudando como pessoa, quando encararmos situações e
nos comportarmos diferentemente, tendo diferentes impulsos. Podemos ter também
certas experiências nos mundos internos, ou não. Então, precisamos meditar e realizar a
tarefa.
13. P. – Comente sobre o perigo de cometerem-se erros antes de alcançar a ressurreição.
R. – Antes da ressurreição há muitas
diferentes vias para cair-se em erros. E o mesmo se dá para uma totalidade de
mestres ressuscitados, pois ainda há um perigo de queda – a menos que estejam
no Absoluto. Mesmo a mente solar aclarada ainda possui a habilidade de escolher
pela própria vontade. Não é um ego, porém eles podem cometer enganos. É o que
normalmente acontece quando o corpo físico se apaixona.
14. P. – [comentário da audiência]: Nos dias de hoje estamos testemunhando todas
essas várias escolas gnósticas e todos esses pseudo mestres. Tudo isso de fato
vem acontecendo e estamos vendo. Necessitamos estar conscientes de quem estamos
seguindo. A melhor coisa a seguir, como você disse, é a força Crística, não a
personalidade, não identificar-se com qualquer personalidade.
R. – É
muito importante. Há diversos tipos de escolas, mesmo dentro dessa tradição
particular. É uma realidade muito desagradável existir um número de
favorecimentos políticos e lutas entre personalidades. Se todos temos ego,
então é óbvio haver desacordos, porém necessitamos nos focarmos em nós próprios
e no trabalho e não nos perdermos nisso: “alguém disse isso e alguém não fez
aquilo”, etc. Então, sigam o que está escrito nos trabalhos do mestre. Se não
está claro o que fazer, então se deve permanecer silente e meditar, mas não
sair fazendo fofoca ou promover quantidades de falatório, uma vez que difamação
e fofoca podem matar escolas. Haverá coisas imperfeitas com a escola, mas se
estiver morta então podem ter causado uma verdadeira injúria espiritual, não somente
a si próprios, mas também a outras pessoas de lá que podiam ter sido
beneficiadas. Há muitos assuntos delicados. Algumas vezes é um crime falar,
outras vezes é um crime ficar calado. Contudo, há melhores e piores situações
para silenciar ou falar.
Isso me lembra de outra coisa que quero
falar. Quando atingimos a iniciação, não somos nós, mas o nosso íntimo, é o
mestre que atinge iniciações. Nesse particular, mesmo que estejamos chegando às
iniciações, não é o nosso corpo físico, nem o nosso ego, nem nossa
personalidade: é o mestre interno. Mesmo que uma pessoa atinja isso e tenha um
mestre interno, não significa que a personalidade é que esteja agora falando,
mas é o mestre falando. A primeira iniciação causa a fusão ou conexão entre a
alma espiritual e Atma, o íntimo. Cria uma Mônada mestre. Porém, não será de
fato até o final da iniciação que aquela energia estará encarnada na pessoa. A
pessoa tem que morrer e o mestre tornar-se cristalizado a níveis cada vez mais
baixos, e quando ressuscita, então o mestre está lá fisicamente. Porém, se
alguém está habilitado a alcançar a iniciação e talvez até saiba o nome de
seu/sua mestre, então dirá: ‘Eu sou tal e tal”. Será a personalidade dizendo
isso. Temos de ser muito cuidadosos.
15. P. – Relativamente
ao que você disse, o íntimo alcança iniciações negras? Que aconteceu com Simão,
o mago; como poderia ele ter rejeitado a personalidade de Jesus? Como podemos
ser um alquimista e ao mesmo tempo rejeitar Cristo?
R. – O íntimo não alcança iniciações
negras, essas são somente alcançadas pelo ego, que é o aspecto inferior da
quinta dimensão. Certamente, se cometemos enganos e caminhamos em direção a
iniciações negras, mas nos retiramos disso entrando no caminho branco,
aprendemos daquilo. Temos ainda que pagar o carma: precisamos superar o bem e o
mal [ irmos além da evolução e involução pela iniciação ], então, sim, em certo
sentido os enganos estarão onde ganhamos a sapiência do mal, a sabedoria dos
erros. É isso o que esteve perguntando?
16. P. – Sim.
E sobre Simão, o mago: você disse que ele estava trabalhando com transmutação
sexual, estava trabalhando com Cristo, então por que rejeitou ao próprio Jesus?
Foi por sua personalidade, ou o que foi rejeitado?
R. – Eu não sei sobre a decisão
particular de Simão, o mago, mas talvez se sentisse melhor do que a hierarquia.
Há uma hierarquia diretora de mestres abaixo do Absoluto. Se não estamos
seguindo aquela hierarquia, se rejeitamos aquele mestre (que está em mando),
mas ainda assim estamos tentando trabalhar por nós próprios, então estaremos
decaindo mesmo trabalhando com magia sexual.
17. P. – [comentário da audiência]: Em relação ao íntimo, aprendendo dele, o
mestre Samael Aun Weor diz na “Revolução de Belzebu” que o íntimo de Andramelek
tem a face do carma de haver criado aquele demônio com a consciência, porque
faltou-lhe a força de vontade para controlar aquela consciência. Ao final, ele
tem de pagar porque é parte dele. Isso é uma tristeza, porém o íntimo tem de
pagar quando não consegue controlar a alma. Assim, temos de cooperar com o pai
porque, enfim, se descemos, estamos criando carma. Mas quem nos criou? Qual
consciência?
R. – Qualquer que seja o carma que em última
análise tenhamos, existe a conexão com nosso íntimo, com nosso mestre. Se
estivermos alcançando iniciações negras, parte da razão está na Mônada que não
teve força de vontade ou a capacidade de ajudar a controlar-nos, então temos de
pagar por isso. Algumas vezes nos perguntamos: por que algumas pessoas estão interessadas nesses ensinamentos e outras
não? Isso é algo relacionado com nossa Mônada. Algumas pessoas estão
buscando por ensinamentos, elas sentem um vazio em seus corações e aspiração
espiritual. Isso porque a Mônada está nos açoitando ou continuadamente nos
dizendo para procurar. Porém, há pessoas que não se importam. Por uma razão ou
por outra elas não tem esta conexão. Então, não temos que julgar alguém pelo
que ele/ela faz.
18. P. –
É benéfico trabalharmos com práticas para aumentar a força de vontade nessa
situação? Mesmo estando numa escola gnóstica, podemos ser muito complacentes.
Poderíamos pensar que porque estamos aqui ouvindo palestras ou estejamos
fazendo uma runa ou duas que, justamente, estejamos no caminho, ao passo que em
realidade, por esses movimentos, estaríamos indo exatamente em direção oposta.
R. – Há muitos perigos dentro e fora do
caminho. Podemos estar frequentando uma escola, fazendo todas as coisas
direito, estudando, dialogando e mesmo assim não nos darmos conta de estarmos
fazendo as coisas mecanicamente. Não estaremos, verdadeiramente, engajando
nossa consciência, não integrando realmente o nosso eu. É quase incrível, mas
mesmo estando a meditar podemos estar fazendo isso de maneira bastante
preguiçosa. Temos de, continuamente, nos interiorizarmos. Eis porque há algo
estranho a nos dizer algumas vezes que, quando achamos estar fazendo certo no
caminho, estaremos, em verdade, fazendo muito pobremente, e quando achamos
estar fazendo muito pobremente, em verdade, estaremos fazendo muito bem. Quando
pensamos estar fazendo bem, não estamos nos mirando, pois estamos nos
pavoneando, temos nosso “checklist” e estamos fazendo com complacência, não de
fato nos olhando intimamente. Então, mais tarde, nos damos conta e dizemos: “Ó meu deus, estive tão complacente. Não
acredito que tenha cometido todos aqueles erros”. E começamos a buscar-nos
intimamente, nos corrigindo e trabalhando conosco; daí podermos fazer de novo
algum progresso.
19. P. – Há
uma relação entre o Guardião do Umbral e Lúcifer?
R. – Sim. Sabemos que Lúcifer é a parte
reversa de Cristo que desce e se mistura com nosso ego. Em consequência, há
aquela natureza diabólica nos testando, misturando-se com nosso ego. Nosso
Guardião do Umbral é parte disso. Podemos dizer que Lúcifer é a parte que está
tentando nos derrotar através do Guardião. Lúcifer quer nos testar, Ele precisa
ter certeza de que nós somos o que queremos ser. Temos de ser testados. Não
sabemos a verdadeira natureza de algo até que seja testada. Lúcifer é aquela parte
de Cristo que se mistura com nosso ego, e o ego é o Guardião do Umbral.
20. P. –
[comentário da audiência] Você vê bem
real aquilo em Mefistófeles, a opera?
R. – Sim, Mefistófeles de Arrigo Boito. É
muito bom realmente. Podemos vê-lo subindo e descendo escadas.
21. P.
– O Guardião do Umbral está relacionado
com a experiência do “intra-estado”, quando estamos dentro e fora do sono?
Algumas vezes, eu tive essa experiência quando senti uma presença, como um tipo
diabólico de escuridão. Isso tem algo a ver com o guardião? É alguma coisa que
acontece no estado intermediário. Eu também li sobre isso, não foi exatamente
como minha pessoal experiência. Senti como um tipo de presença diabólica é como
estar atrás de você.
R. – Deve haver muitas diferentes razões para
isso, relacionadas com seu ego. Criancinhas que ainda não têm uma personalidade
desenvolvida, gritam porque elas podem ver seus próprios egos demoníacos
tentando entrar-lhes. Pode estar relacionado com isso. Estando relacionado com
seu ego, estará relacionado com o guardião. Se estiver relacionado com o inato,
tipos instintuais de medo, então é alguma coisa relacionada com o guardião,
porque mantém você naquele medo. Para superar esse tipo de medo instintual é
algo que você tem de trabalhar. Assim, num sentido, sim, mas pode haver outras
razões. Um mago negro pode estar tentando manipulá-lo. Porém, as pessoas
projetam. Algumas vezes magos negros podem nos estar atacando e algumas vezes
as pessoas ficam excessivamente fascinadas com aquilo que realmente seja exatas
projeções de seus egos. Precisam, então, trabalhar seus próprios medos. Temos
práticas relacionadas com pessoal defesa, mas isso seria outra palestra
completa.
Por Um Instrutor Gnóstico
Por Um Instrutor Gnóstico
Fonte: Beginning Here and
Now: Christic and Demonic Initiation PDF.
Gnostic Teachings
Tradução Inglês/Português: Rayom Ra
Gnostic Teachings
Tradução Inglês/Português: Rayom Ra
Rayom
Ra
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