quarta-feira, 17 de setembro de 2025

O Caminho do Discipulado

 Caminho ou Sendeiro - Lemos em A Voz do Silêncio: "Não podes recorrer ao Caminho antes que tu mesmo te hajas convertido no próprio Caminho".

Este Caminho - diz o comentário - acha-se mencionado em todos os Tratados Místicos. Conforme declara Krishna no Dhyaneswari: "Quando alguém se apercebe deste Caminho....., já parte para as magnificências do Oriente ou em direção das Câmaras do Ocidente, sem se mover....., está o viajante nesse caminho.

Neste caminho, para qualquer lugar onde alguém se dirija, aquele lugar se converte no próprio eu dele mesmo. "Tu és o caminho terão dito ao adepto guru, e este dirá ao discípulo após a iniciação deste. "Eu sou o caminho e a via", diz outro Mestre [Jesus].

Este enigma se explica tendo em conta que a palavra "Caminho" alude aos graus do progresso íntimo individual ao curso do discipulado, ao desabrochar progressivo do indivíduo na via ascendente da espiritualidade.

Os graus ou etapas desta evolução se acham divididos em dois grupos, constituindo-se, os do primeiro, em o Caminho Probacionário, e os do segundo, no Caminho propriamente dito ou o Caminho do Discipulado, que se descreverão em seus respectivos lugares.

Temos os seguintes significados:
Caminho de Ação: Karma-Yoga ou Karma-Mârga.
Caminho do Conhecimento: Jñana-Yoga ou Jñana-Mârga.
Caminho de Devoção: Bhakti-Yoga ou Bhakti-Mârga.

                                  O Caminho do Discipulado

É precedido do Caminho Probacionário, entra pela porta da Iniciação quando o homem está preparado para recebê-la. Está constituído por quatro etapas ou graus distintos, e a entrada de cada um deles é guardada por uma iniciação.

O primeiro grau é chamado Párivrâjaka [o de religioso mendicante, que leva uma vida errante, sem lugar, porque não considera a terra como sua morada]. Os budista a este grau o nome de zrotâpatti : "aquele que entrou na corrente"; e o segundo grau é denominado Kutîchaka, ou seja, o homem que construiu uma cabana e alcança um lugar de paz; entre os budistas se lhe dá o nome de Sakridâgâmin [aquele que só renascerá uma vez mais]; o terceiro grau é o Hamsa ["Cisne"], (o que compreende bem "Eu Sou Aquele": em términos búdicos é Anâgâmin, ou seja, o estado daqueles que se hajam levado ao domínio de si mesmos até um ponto tal não vira mais renascer neste mundo; e por fim, o quarto grau, Paramahamsa [aquele que está mais além da Individualidade ou do Eu". Os budistas dão a este grau o nome de Arhat, o Digno, o Santo, o Venerável, que se tem condicionado para auferir da perfeita sabedoria, a mostrar compaixão infinita pelos ignorantes e afligidos, assim como a um amor imenso a todos os seres. [A. Besant, Sabed. Antig., cap. XI, y Olcott, Catec. Búd. Quest. 189]

Fonte: Glossário Teosófico - H.P. Blavatsky
                   
                                                Rayom Ra
                              http://arcadeouro.blogspot.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário