1. A
CIVILIZAÇÃO MERU
A Vida
ao Longo do Rio Amazonas
Preservação dos Registros
O Aviso
O Cataclismo
2. A CIVILIZAÇÃO DE POSEIDON
Localização
Vida em Poseidon
Advertências
O Êxodo
O Cataclismo
A Vida ao Longo do Rio Amazonas
Entre os anos 12.000 e 10.000 A.C., existiu
uma civilização na América do Sul que alcançou um alto nível de realização.
Coexistiu com a civilização de Poseidon, o último remanescente do grande
continente da Atlântida, e foi um rebento da cultura e realizações atlantes.
A América do Sul, naquela época, era chamada
de Meru, em homenagem ao Deus Meru, que é o Manu da sexta raça-raiz e cujo
retiro fica perto do Lago Titicaca.
A civilização se encontrava ao longo dos rios
Amazonas, Madeira e Juruá e estendia-se numa direção leste-oeste, desde o delta
do Amazonas até aproximadamente setenta graus na longitude oeste, às fronteiras
leste do Peru e Colômbia.
O nome “Amazonas” significa “destruidor de
embarcações”, referindo-se ao cataclismo que ocorreu por volta de 10.000 A.C.,
que causou sérios danos à América do Sul e que submergiu Poseidon. O rio,
naquela ocasião, era navegável, vindo desde o Lago Titicaca até o Oceano
Atlântico. Um canal havia sido construído desde o Oceano pacífico até o Lago
Titicaca. Essa conexão com o Amazonas formava uma completa ligação entre os
dois oceanos. O rio era muito mais profundo do que é hoje.
Próximo à Foz do Amazonas, existiam lindas e
grandes quedas de água. Entre as quedas e a costa do mar, originalmente a cerca
de 10 milhas ao sul do rio, existiu uma cidade importante que foi soterrada
durante o cataclismo que destruiu a civilização Meru. Essa cidade está agora a
50 pés abaixo da superfície da terra.
A Foz do Amazonas alargou-se muitas milhas
durante o cataclismo ocorrido há 12.000 anos. Um obelisco de metal imperecível,
coberto com hieróglifos de uma era anterior, marcava o ponto mais alto da
cidade. O obelisco tinha, originalmente, 60 pés de altura.
A capital do império, que era o seu centro
religioso, estava localizada perto do Rio Madeira. A segunda cidade importante
estava localizada perto do Rio Juruá. Era um centro de comércio, e muitos
prédios governamentais estavam ali localizados. Era, também, o centro de
indústria de joias onde ali muitas pedras preciosas eram cortadas e lapidadas.
Mas como resultado do cataclismo, a cidade teve o mesmo destino da cidade
existente perto da Foz do Amazonas.
A cidade fora construída numa série de
círculos concêntricos; a parte mais interna media quatro milhas de diâmetro.
Nessa área foram construídos os prédios do poder executivo do império.
As ruas do comércio partiam desse círculo
interno como os raios do eixo de uma roda. Todas as ruas do comércio eram
pavimentadas e construídas de dezoito a vinte e quatro polegadas abaixo do
nível do solo. Eram inundadas todas as manhãs e cuidadosamente lavadas antes
que as atividades do dia tivessem início.
A três milhas do círculo interno, situavam-se
as ruas panorâmicas que funcionavam como local de passeios. Dessa maneira, as
atividades comerciais não interferiam com a beleza e conveniências dos passeios.
Quase todos os edifícios continham andares de
cobertura com cúpulas ajustáveis construídas em quatro seções, podendo ser
revertidas em quartos de dormir ou salões de festas.
O clima era semitropical e os dias sempre
tépidos e agradáveis. Temperaturas extremas eram desconhecidas e à noite
soprava uma brisa refrescante vinda das montanhas. O Capitólio, propriamente
dito, era um grande prédio revestido de mármore creme; seu assoalho era feito
com ladrilhos de pedras verdes.
Um gigantesco templo chamado “O Templo do
Deus Vivo para o Homem” era o Centro Espiritual da capital e de toda a
civilização. Nele podiam se acomodar sentadas dez mil pessoas. No centro do
templo, havia uma coluna quadrada, com vinte pés de altura. Sobre a coluna
ficava um globo de cristal, com dois pés de diâmetro, e continha no seu
interior uma suave e luminosa luz branca própria. A despeito da suavidade, a
luz era tão intensa que todo o templo ficava brilhantemente iluminado por ela.
Esse foco de luz fora trazido por um Mestre Cósmico e colocado no templo para
uma atividade de sustentação e doação de Vida ao povo. O globo de cristal
irradiava não apenas luz, mas também energia e poder, constituindo-se num dos
meios básicos de sustentação para a civilização Meru.
A energia necessária para luz, aquecimento e
propulsão também era gerada e transmitida por instrumentos como baterias. Se
usadas para propulsão eram conectadas ao veículo usado. Sete diferentes tipos
dessas caixas transmissoras de energia estavam em uso. As caixas tinham um
volume de 2 x 3 pés. Tinham a capacidade de reunir as correntes de energia que
existiam na atmosfera. Essas correntes de eletricidade eram de um tipo mais
potente e de melhor qualidade da que é usada atualmente. Podiam ser manipuladas
através da força do pensamento, mas também podiam ser controladas por meios
mecânicos.
Saint Germain comunicou outra realização no
campo da tecnologia. Certos metais eram combinados com vidro, através de um
processo de fusão, resultando num produto imperecível tão forte quanto o aço
(talvez o obelisco da cidade anteriormente mencionado, perto da Foz do Amazonas
tenha sido feito deste material).
O povo de Meru tinha cabelos dourados, a pele
era clara e rosada. Os homens mediam cerca de seis pés e três polegadas de
altura e as mulheres, em média, cinco pés e dez polegadas. Todos possuíam
lindos olhos violeta. A raça expressava uma inteligência calma e serena.
O nome do Imperador era Casemir Poseidon, um
Mestre Ascensionado descendente direto dos poderosos Mestres da Atlântida. Sua
coroa consistia de uma simples tira de ouro com um grande diamante no centro da
testa. Seus pesados cabelos dourados desciam até os ombros. Casemir Poseidon
era muito amado por seu povo e sua memória foi mantida viva com um mito e
fábula por muitos séculos.
Preservação dos Registros
Os registros dessa civilização foram
preservados pelos Mestres Ascensionados. Estão guardados, para futuro uso, em
caixas de metal medindo dois pés de comprimento, catorze polegadas de largura e
seis polegadas de altura. Os registros foram gravados em lâminas de ouro com um
cinzel. Por um período, esses registros foram conservados no “Templo do Deus
Vivo para o Homem”. O original, ou uma cópia, está agora no Retiro de Teton. Um
dia, em futuro, os registros das realizações da civilização Meru serão
revelados ao mundo exterior.
O Aviso
Pouco antes que a capital que acabamos de
descrever fosse sepultada, tinha atingido o ápice de sua glória e o grande
Mestre Cósmico, que inicialmente atraía a luz pela qual a capital se
desenvolvera e fora sustentada, apareceu pela última vez ao império. Ele
predisse um cataclismo inevitável e anunciou que aquela seria a sua última
aparição. Não especificou a data do cataclismo. Aos que desejavam ser salvos
foram dadas instruções para partir e as indicações para onde irem. O aviso
dizia que a catástrofe seria súbita e total. Após o término dessa profecia, sua
imagem desapareceu rapidamente de vista. Para tristeza do povo o pedestal e o
globo de cristal que continha a Luz Eterna desapareceram com ele.
O Cataclismo
Após um ano, a lembrança da profecia desapareceu.
E como nada de diferente acontecesse, a ansiedade da população cessou. A dúvida
quanto à veracidade do cataclismo anunciado começou a surgir. Casimir Poseidon
e aqueles mais desenvolvidos espiritualmente abandonaram a região e
estabeleceram residência na parte oeste dos Estados Unidos, lá permanecendo até
que o cataclismo terminasse. Antes de partir, o imperador salvou seu palácio e
o templo no qual a esfera de luz tinha sido anteriormente mantida.
Os remanescentes do povo de Meru tornaram-se
cada vez mais céticos e rebeldes. Uma pessoa tentou forçar a entrada no templo
selado e caiu morta à sua porta. Por volta do final do quinto ano após a
profecia, o sol escureceu ao meio dia e um grande temor espalhou-se pela
atmosfera. Ao por do sol, terríveis terremotos sacudiram a Terra e demoliram
todos os edifícios. O caos se estabeleceu. Antes do amanhecer as grandes forças
destrutivas tinham feito seu trabalho.
Todo o continente de Meru, atualmente chamado
América do Sul, perdeu seu equilíbrio. Ele se inclinou e rolou para o leste,
submergindo toda a costa leste numa extensão de cento e sessenta pés. A costa
permaneceu nessa posição por vários anos. Então, foi gradualmente se reerguendo
para sessenta pés da sua posição original, não tendo ocorrido nenhuma mudança
desde então.
Assim, outra civilização de esplêndida
realização chegou a um brusco fim. Mestre Saint Germain explicou como uma
civilização bonita e perfeita em todos os sentidos pode sofrer a tragédia de um
cataclismo destrutivo, pois quando uma parcela da humanidade tem a ventura de
se colocar sob a radiação de um Grande Mestre da Luz para manter o equilíbrio,
em troca é necessário que a humanidade faça um contínuo e consciente esforço
para compreender a Lei Cósmica e trabalhar com boa vontade em harmonia e
cooperação com ela. De acordo com a Lei de Deus, se a uma parcela da humanidade
foi ensinado o caminho do mestrado e lhe foi relembrada, vida após vida, de sua
Origem Divina, mas a sua contribuição para manter o equilíbrio não seja ainda
suficiente, os Mestres da Luz devem retirar seu Poder sustentador.
Pensamentos e sentimentos de ódio, raiva,
ressentimento de qualquer espécie e vingança são registrados por todos os seres
elementais da natureza. Quando essa energia desqualificada se acumula a uma
certa pressão, então a força autogeradora e autopurificadora que existe no seio
da natureza se levanta e expulsa tudo o que está em desacordo com “a Lei do
Uno”. Assim as qualidades registradas retornam a sua fonte – o homem individual
– na forma de cataclismos por meio dos elementais da natureza. Portanto, um
cataclismo é a maneira de a natureza se aliviar, purificar e tornar-se livre da
contaminação dos pensamentos e sentimentos humanos discordantes, retornando a
sua condição primitiva.
Os estudantes dos ensinamentos dos Mestres
Ascensionados podem fazer muito para aliviar as condições discordantes da
natureza, causadas pelo mau uso da energia feito anteriormente pela humanidade.
Há grande necessidade de transmutar a energia desqualificada que está
concentrada nos cinturões de gás. Isso pode ser feito pelo poder de invocações
em grupos ou individualmente (tu invocarás uma intenção e essa se concretizará
no teu interior Jó 22.28). O poder da palavra falada é muito efetivo.
A CIVILIZAÇÃO DE POSEIDON
Localização
Poseidon era o nome de uma ilha localizada no
meio do Oceano Atlântico. Foi o último remanescente que sobreviveu ao
continente original da Atlântida.
Esse pequeno remanescente do originalmente
enorme continente da Atlântida é comumente confundido com a Atlântida
propriamente dita. Até mesmo Platão, que de acordo com a Ordem Rosacruz era um
membro dessa Ordem esotérica secreta, chamou a ilha de “Atlântida”. Algumas
vezes essa dificuldade em separar e distinguir entre os dois nomes se deve
também aos dados fornecidos pelos Mestres Ascensionados. Felizmente, uma
leitura cuidadosa de cada palavra dada sobre esse assunto, e comparando as
diversas revelações, se torna possível, na maioria dos casos, separar o
material que descreve sobre a primitiva era da Atlântida, daquele sobre a
civilização de Poseidon, que existiu simultaneamente com o tempo da civilização
Meru. Ambas atingiram seu ápice durante o período de 12.000 a 10.000 anos A.C.
Tanto quanto eu sei, os Mestres nunca
forneceram a localização exata de Poseidon, apenas se limitando a dizer que
ocupava uma porção central da Atlântida e que as ilhas dos Açores e da Madeira
eram os pontos mais altos da cadeia de montanhas de Poseidon.
A. D. K. Luk afirma que Poseidon se estendia
desde o sul da Groenlândia até os Açores. No seu livro, W. Scott Elliot
apresenta Poseidon mais ou menos na mesma localização.
A Vida em Poseidon
Há 14.000 anos, Poseidon alcançou um alto
grau de desenvolvimento no que diz respeito ao conhecimento da Lei Cósmica e de
conquistas científicas. Um grande Mestre da Luz estava à testa do seu governo.
Esse estado de realização foi mantido até cerca de 10.500 anos A.C., quando
começou o declínio da civilização que culminou na catástrofe ocorrida por volta
do ano 10.000 A.C.
Durante o auge da civilização de Poseidon,
houve uma província onde se fez uma tentativa de criar uma nação de Mestres
Ascensionados. O povo que existia nessa área tinha o poder de precipitar, da
Substância Universal, muitas coisas de que necessitavam, incluindo alimentos e
vestimentas. Eles se sentavam à mesa e o alimento necessário aparecia-lhes à
frente. A Atividade Transmutadora da Chama Trina [Azul, Dourada e Rosa] era
visível a todos. Após completar sua tarefa no mundo, o corpo físico era
colocado nessa Chama e desaparecia instantaneamente.
A tecnologia era muitíssimo avançada. A
civilização de Poseidon se comunicava com o mundo todo por meio de aeronaves.
Entre outros lugares, viajavam ao Parque Yellowstone (Wyoming, Estados Unidos)
e Meru. O transporte aéreo de nossos dias é, em muitos aspectos, imperfeito e
primitivo comparado ao deles.
A mina de ouro mais rica que o mundo jamais
conheceu existiu no Parque Yellowstone. Estava sob o co0ntrole do Governo de
Poseidon e grande parte de sua riqueza era usada para fins experimentais e de
pesquisa no campo da química e de outras ciências naturais. A palavra
“Yellowstone” (pedra amarela) originou-se de uma mina da área que continha
lindos diamantes amarelos. Técnicas adiantadas de extração de rocha eram
empregadas na operação das usinas de Yellowstone.
A civilização de Poseidon também conseguia
gerar a energia necessária para iluminação, aquecimento, força e propulsão
através do acúmulo, concentração e transmissão das correntes existentes na
atmosfera circundante.
Advertências
Antes de cada grande cataclismo, grandes
esforços são feitos pelos Mestres para familiarizar o povo com a verdade. Ao
tempo da submersão de Poseidon, apenas quinhentas entre sessenta milhões de
pessoas deram crédito às palavras da Verdade. Isso não era suficiente para manter
o equilíbrio.
Cinco anos antes da submersão de Poseidon, os
Mestres alertaram o povo sobre os próximos eventos. (Essa revelação confere com
o aviso de cinco anos que foi dado à civilização Meru. Ambas as mensagens foram
transmitidas por canais diferentes, com uma diferença de 28 anos entre elas).
Os Seres Ascensionados e os Mensageiros
Cósmicos de muitos Reinos vieram e falaram por intermédio do clero e dos
oráculos. A princípio, o povo deu ouvidos às Suas palavras e se ocupou delas
por algum tempo. Era algo novo e diferente, e excitante, Depois como nada
acontecesse nos dois anos que se seguiram ao aviso, o povo retornou às suas
buscas da assim chamada felicidade. Os Mestres disseram que o povo de Poseidon
perdeu a fé nos sacerdotes da verdadeira Ordem Branca, e esse comportamento
abalou a sustentação da ilha.
O Êxodo
Os Seres Ascensionados preservaram edifícios,
cidades inteiras, registros, fórmulas e tudo que desejavam, selando tudo
hermeticamente no fundo do Atlântico. Eles os trarão à tona novamente, na nova
era que se aproxima, revelando a todos a verdade da perfeição da Atlântida.
Os altos sacerdotes dos templos foram
instruídos pela Hierarquia Espiritual a reunir todos os inestimáveis tesouros nos
templos em que oficiavam, e embarca-los nas embarcações ancoradas nos portos.
Assim, a preparação para o êxodo dos membros da Ordem Branca e seus seguidores
começou.
Sem alarde e sem pressa, os guardiões da era
Atlante prepararam-se para a hora final, quando seriam solicitados a deixarem
sua amada Poseidon. A cada dirigente foram dadas ordens seladas contendo o destino
de seu barco. Cada destino era um abrigo seguro, pré-selecionado que, ou não
seria afetado em nada pelo cataclismo, ou pelo menos, muito pouco. Dessa
maneira, a Verdade e o Conhecimento dos Ensinamentos dos Mestres Ascensionados
foram preservados por gerações do porvir.
Os preparativos dos sacerdotes incluíram
retirar as Chamas dos altares e leva-las para lugar seguro, e aos documentos
sagrados que continham o conteúdo das muitas conferências. Esses sacerdotes e
chelas que permaneceram fiéis à Luz foram avisados da data em que Poseidon
deveria submergir. A uma predeterminada hora, à noite, os seguidores da Ordem
Branca carregaram suas naus com os tesouros dos templos que puderam arrancar
das mãos dos sacerdotes cobiçosos. Cem embarcações à vela, equipadas com remo,
foram tripuladas. Os navios, cada um, levaram quarenta voluntários, incluindo
um sacerdote por navio.
Após o embarque, o dirigente de cada
embarcação abriu as ordens seladas. Esses documentos continham o destino de
cada barco. Ao sacerdote Hilarion (que futuramente seria Paulo, um dos
discípulos de Jesus), foi ordenado levar a Chama da Verdade através do Oceano
Atlântico e do Mediterrâneo, até a Grécia. O sacerdote Serapis Bey e seu grupo
deveriam levar a Chama da Ascensão para Luxor, no Egito. Os que guardavam a Chama
da Liberdade foram instruídos a leva-la para o sul da França. Era tarefa de
cada embarcação chegar a um lugar seguro antes que o oceano se transformasse
num mar fervente pela ação do cataclismo, ao qual nenhum barco sobreviveria.
Das cem
embarcações que deixaram Poseidon, apenas dez chegaram. O tempo e as condições
cármicas eram tais que o Momento Cósmico não poderia esperar a chegada das naus
aos seus destinos, se se atrasassem em relação a certa data, por qualquer razão
que fosse.
Os tesouros de Poseidon foram levados para
diferentes partes do globo. Registros foram levados para o Egito, Tibet, China
e outras partes do extremo Leste. Alguns dos registros atlantes foram mais
tarde encaminhados à Biblioteca de Alexandria onde, por fim, foram destruídos
pelo fogo. Os registros que não foram levados para Alexandria permaneceram
intactos. Esses serão revelados num futuro próximo, quando a maldade, a viciosidade,
fanatismo e intolerância da mentalidade ortodoxa estiverem dissolvidos a ponto
de não conseguirem destruí-los.
Como dito antes, dez das embarcações que
partiram de Poseidon chegaram salvas a seus destinos.
1. Um barco, sob a direção de Serapis Bey,
chegou a Luxor;
2. Um, sob a direção de Hilarion chegou à
Creta;
3. Um, sob a direção de Paulo, o Venesiano,
chegou ao sul da França;
4. Pelo menos um, que navegou em direção ao
oeste, chegou ao México;
5. Pelo menos outra das embarcações que
navegou em direção ao oeste chegou ao Peru;
6. Pelo menos outra que navegou em direção ao
Oeste, chegou às Ilhas de Páscoa;
7. Pelo menos uma que também navegou em
direção ao oeste, chegou à Ásia.
Serapis Bey e seus homens atingiram seu
destino segundo antes de o Nilo transbordar.
Hilarion e seu grupo chegaram a salvo em
Creta que, àquela época, era ligada ao continente da Grécia, Foi lá que
Hilarion colocou a Chama da Verdade. Esse foco foi, mais tarde, usado para
criar o Templo da Verdade em Creta, e o Oráculo de Delphos, na Grécia. Mudanças
subsequentes na superfície da Terra, ocorridas após a catástrofe de Poseidon,
separaram Creta do continente.
O Mestre Ascensionado Serapis Bey deu dois
testemunhos distintos aos estudantes, sobre sua viagem a Luxor. Por sua
significação histórica, eles são transcritos aqui como dados originalmente:
“Quando
a ilha remanescente de Atlântida estava para submergir nas ondas, o clero que
havia permanecido fiel à Hierarquia Espiritual empenhou-se em atingir a
consciência do povo alertando-o sobre as iminentes mudanças cataclísmicas. A
novidade sempre tem atrativos para a mente exterior e, por algum tempo, o
assunto foi objeto de conversação, obtendo considerável interesse: o entusiasmo
e interesse da população logo fizeram surgir os aspirantes, os chelas, assim
como os diletantes e, na medida em que os anos foram passando, o clero paulatinamente
se tornou rígido, arrogante, orgulhoso, tão versado na lei (em seu aspecto
mental inferior) que aprisionou sua consciência num determinado nível mental,
ficando à parte da inspiração e da mensagem de Cristo que chega como uma pomba,
humilde, simples, sem adornos. A partir dessa arrogância espiritual, o clero
dominou as massas e aqueles que representavam a verdadeira Ordem Espiritual se
tornaram muito poucos”.
“Aqueles entre nós que permaneceram fiéis à Luz foram informados quando chegou o momento da submersão do continente. A uma determinada hora, numa determinada noite, carregamos as embarcações com todos os belos tesouros de nossos Templos, aqueles que conseguimos arrancar das mãos dos sacerdotes cúpidos, e com uma prece em nossos corações e com os poucos fiéis em nosso barco navegamos através do Atlântico e do Pacífico para várias terras”.
“Aqueles entre nós que permaneceram fiéis à Luz foram informados quando chegou o momento da submersão do continente. A uma determinada hora, numa determinada noite, carregamos as embarcações com todos os belos tesouros de nossos Templos, aqueles que conseguimos arrancar das mãos dos sacerdotes cúpidos, e com uma prece em nossos corações e com os poucos fiéis em nosso barco navegamos através do Atlântico e do Pacífico para várias terras”.
“Nenhum
de nós sabia para onde deveríamos ir até que abrimos as ordens seladas, após
estarmos longe da praia. Sabíamos que havia um prazo, um elemento a ser
considerado, porque a submersão de um continente afeta vitalmente os poderosos
oceanos e estávamos em pequenas embarcações que se sacudiam como pequenas
lascas de madeira nas ondas do mar”.
“Ao
abrirmos nossas ordens soubemos que nosso destino era o Egito. Todos nós, em
número de quarenta, concentramos nossas forças de oração, fé, energias físicas
e nossa persistência, revezando-nos dia e noite, remando para ajudar as velas,
cada um tentando cumprir aquele prazo sem adiamento, não tanto interessados na
sobrevivência de nossos corpos, mas em levar nossa carga, as brasas da Chama da
Ascensão, que era a Hierarquia Espiritual da Atlântida confiada a nós, para
terra firme antes que nosso barco pudesse ser engolido pelo maremoto que se
formava. E conseguimos! Navegamos Nilo acima e ao desembarcamos na região de
Luxor, carregamos conosco, em um braseiro dourado, através da chuva, vento e
tempestade – uma Chama Viva, coração do templo da Ascensão de Atlântida – para
plantá-la em Luxor. Protegíamos a Chama com nossos próprios corpos. Cada um de
nós alimentando a Chama com a chama dos nossos corações, insuflando-a com a
respiração de nossos lábios e com as preces de nossas almas e espíritos, assim mantínhamos
a Chama viva naquele momento, quando aportamos. Quão grandes nossos corações
ficaram ao constatarmos que existia ao menos uma brasa. Ajoelhamo-nos em volta
daquela Chama da Ascensão e, quando o fizemos, a Terra tremeu e o poderoso Nilo
inundou suas margens.
Eu
admito que as lágrimas corressem enquanto Poseidon, o coração da Atlântida, o
lar que conhecíamos, e os Templos, cuja magnificência até hoje não foi
igualada, nossos entes amados, nossos familiares, desapareciam sob as ondas
para dentro do coração do mar”.
“Nós nos revezamos nos remos, remando
contra o tempo, sabendo que um momento cósmico espera que não haja fraqueza da
carne, dúvida da mente, medo nos sentimentos, e nenhuma exteriorização e carma
destrutivo de nenhum dos homens que pudessem fazer parte daquela embarcação
cheia de indivíduos encarregados da missão de levar a Chama da Ascensão para
Luxor. Tínhamos que conseguir nosso objetivo, apesar de qualquer ou de todos os
obstáculos individuais e coletivos, dentro do tempo marcado. Como nos
rejubilamos quando atingimos a foz do Nilo e sabíamos que estávamos, afinal, a
cerca de quinhentas milhas do nosso destino! As lágrimas correram por nossas
faces quando, por um momento, esticamos nossos braços e flexionamos os músculos
dos braços e mãos para aliviá-los da pressão do trabalho nos remos que tínhamos
manejado para fazer avançar nossa galera quando o vento não enfunava nossas
velas e não nos ajudava a atingir nosso destino. Agradecemos ao Deus que nos
criara enquanto contemplávamos a imóvel e brilhante brasa daquela Chama da
Ascensão, sabendo que no interior de sua Presença residia o caminho de volta ao
Lar. Não apenas para nós mesmos, mas para todos que haviam perdido seus corpos
na submersão da Atlântida e que de novo esperariam, às portas do renascimento,
por uma nova encarnação, sobre as terras que remanescessem na superfície da
Terra. Levantando com renovada força pelo reconhecimento de nossa fonte,
remamos rio acima para Luxor.
Eu
me lembro do controle louvável dos membros de nosso grupo que, em lugar de
correrem para o lado do barco quando ancoramos a embarcação, aguardaram meu
desembarque, carregando o braseiro dentro do qual a centelha da Chama da
Ascensão ainda queimava. Então, formando uma solene procissão todos me seguiram
para terra firme. Ajoelhamo-nos em volta da Chama que a tínhamos mantida viva
com nosso próprio alento, nossas preces e afinco durante as noites chuvosas no
mar, durante os dias nevoentos, quando os fortes ventos faziam jogar nossa leve
embarcação. Quando nos ajoelhamos assim, vertendo nosso amor na Chama da
Ascensão, nova luz cresceu brasas. Ao mesmo tempo, enquanto o grande Rio Nilo
transbordava e a Terra tremia, nós nos lembrávamos de Atlântida”.
O Cataclismo
O cataclismo que ocorreu há 12.000 anos foi
acompanhado por grandes estrondos da Terra e explosões vulcânicas. Essas
erupções levavam as águas a ferver. Com exceção dos quinhentos que escaparam,
toda a população de Poseidon, sessenta milhões de pessoas, perdeu suas vidas, A
catástrofe durou menos de quarenta e oito horas.
Além de Poseidon, outras áreas também foram
afetadas. Durante o cataclismo, os gases mantidos presos nas câmaras de pressão
subterrâneas das Ilhas do Havaí foram liberados com tal força que todos os
topos de montanhas explodiram. O cataclismo formou as Ilhas da Madeira onde
elas estão hoje. Também causou o esvaziamento do mar interior, que mais tarde
se tornou parte do Deserto de Saara atual, e causou a inundação do Nilo.
No livro Mahatma Letters to A.F. Sinnet,
compilado por A.T. Barker ITheosophical Publishing House, Wheaton, Illinois),
está declarado, numa carta do Mahatma K. H (Mestre Kuthumi), que o remanescente
da Atlântida, e Ilha de Poseidon, submergiu violentamente há 11.446 anos. A
carta No. 23B foi escrita no ano de 1882 e, de acordo com o editor, todas essas
cartas estão guardada no Museu Britânico.
O cataclismo que destruiu a civilização do
Amazonas e afetou severamente todo o continente de Meru, foi o mesmo que
destruiu Poseidon, o último remanescente da Atlântida? Alguns argumentos
convincentes que apoiam essa teoria podem ser colocados:
1. A
data para o cataclismo que fez submergir Poseidon e destruiu Meru (data como
tendo sido há 12.000 anos), foi mencionada pelos Mestres em seis ocasiões
diferentes;
2. Nenhum outro cataclismo da mesma proporção
ou quase da mesma, foi dado pelos Mestres como tendo ocorrido naquela data;
3. O cataclismo de Poseidon afetou muitas
partes do mundo. Além de fazer submergir Poseidon, causou o esvaziamento do mar
interior do Saara. Também afetou até certo ponto, as áreas tão ao oeste quanto
o Parque Yellowstone, e explodiu os cumes das montanhas do Havaí. Portanto, é
muito provável que tenha afetado seriamente a costa Meru, especificamente sua
costa leste.
4. Entre todas as informações dadas pelos
Mestres, jamais foi dito que qualquer dos barcos que deixaram Poseidon chegou à
costa leste de Meru. Essa costa sofreu extensos danos com o cataclismo. Toda a
costa submergiu cento e sessenta pés. Os Mestres sabiam de antemão qual parte
do mundo sofreria menos com o cataclismo de Poseidon. Isso pode ser deduzido
pelo fato de que alguns dos sacerdotes leais a Casimir Poseidon foram instruídos
a escapar para a parte oeste dos Estados Unidos. Eles lá chegaram em segurança,
uma vez que essa área foi muito pouco atingida.
5. A catástrofe teve a mesma duração. Os
Mestres afirmaram que o cataclismo que destruiu Poseidon durou menos que
quarenta e oito horas, e o que afetou Meru durou um dia.
Alguns argumentos podem aqui ser colocados no
sentido de considerar que o Dilúvio de Noé, nos tempos bíblicos, foi causado
pelo cataclismo de 12.000 anos passados.
1. Quando o povo se lembra de um cataclismo mundial,
o último deles é o que permanece mais vivo em suas mentes. À medida que o tempo
passa, a memória dos cataclismos anteriores esmaece.
Os Mestres afirmam que, ao contrário do
continente perdido de Mu, a lembrança da Atlântida e seu povo não foi
completamente esquecida nem obliterada na história da humanidade, mas tem sido registrada
de muitas maneiras através dos séculos, e chega a nós pelos mais inesperados
canais.
2. A catástrofe ocorrida há 12.000 anos deve
ter tido um impacto mundial, por que:
a) Não
apenas submergiu Poseidon, mas todo o continente da América do Sul sentiu o seu
efeito;
b) Causou a explosão de vários cumes das
montanhas do Havaí e estragos menores no Parque Yellowstone;
c) Drenou o mar interior, cuja área mais
tarde se tornou parte do Deserto de Saara, e causou a inundação do Nilo.
“Assim o último fragmento remanescente de outro
império mundial submergiu para um descanso de purificação sob o atual Oceano
Atlântico. Alguns dos mitos e lendas de hoje apontam para tempos anteriores de
glória”. Os Mestres disseram que, no tempo certo, provas irrefutáveis, tanto da
existência da Atlântida quanto do alto nível e suas realizações, serão
reveladas pela oceanografia, geologia e por outros dados científicos.
Fonte: Homem Sua Origem, História e Destino -
FEEU
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