“Perdoai nossas ofensas assim como perdoamos
quem nos tenha ofendido”.
“Isso
é Carma. Precisamos trabalhar para a humanidade. Temos muitos débitos a pagar. Pessoas as vezes investem
contra nós de maneira muito rude, mas pensemos: ‘Eu sou gnóstico, estou fazendo coisas
boas, por que as pessoas estão me tratando como um lixo? Por que?’. Porque detemos uma quantidade de débitos;
não somos perfeitos. Em vidas passadas fizemos coisas más; então se quisermos
que nosso carma seja perdoado, temos de perdoar aos outros da mesma maneira,
temos de sacrificar nossos próprios sofrimentos. Como Mestre Jesus diz: retorne
o bem pelo mal. Quem neste mundo está fazendo isso? Tristemente, não perdoamos aqueles
que nos ofendem. Se alguém nos ataca, revidamos. Se alguém ataca nosso país,
então enviamos o mesmo ataque contra o país que nos atacou. Em outras palavras:
o carma está sempre girando a Roda do Samsara. Nossos pecados nunca terminam
porque não estamos trabalhando para o nosso Deus, mas para o nosso ego, nosso
ídolo ínterior”.
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A Oração do Senhor, chamada em Latim “Pai
Nosso” é poderosa quando recitada em Latim, dado ao fato de que o Latim é uma
lingua raiz românica de diferentes línguas romanas, tais como Espanhol, Francês,
Italiano e Português. Também encontramos palavras latinas na linguagem inglesa.
Figura
1
“Pater [Πτα - Ptah] noster, qui es in caelis.
Sanctificetur nomem tuum.
Adveniat regnum tuum.
Fiat voluntas tua, sicut in caelo, et in
terra.
Panem nostrum supersubstantialem da nobis
hodie.
Et dimitte nobis debita nostra, sicut et nos
dimittimus debitoribus nostris.
Et ne nos inducas in tentationem.
Sed libera nos a malo.
Quia tuum est regnum, potentia et gloria in
saecula saeculorum.
Amen.”
Iremos explanar a Oração do Senhor do ponto
de vista cabalístico através de investigação nas quatro línguas principais.
No Evangelho de Lucas está escrito:
“Também
sobre ele estava esta epígrafe [em
letras gregas, romanas e hebraicas]:
ESTE É O REI DOS JUDEUS” Lucas 23:38
A língua hebraica é derivada do Aramaico. Eis
porque quando formos entrar na explanação da Oração do Senhor precisamos
incursionar por muitas línguas que foram faladas há dois mil anos quando Jesus
ensinava publicamente.
“Quando
Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho” [Het-Ka-Ptah]
– Oséias 11.1
A figura acima é do símbolo egípcio Ptah,
também chamado Ftah ou Patah, que como um arquétipo foi muito ativo no Egito.
Encontramos Ptah na Bíblia como Tso-Phtah Paneach צפתה פענח [Genesis 41:45]. Desse modo, também iremos explicar o que
Ptah simboliza. Eis porque ao pé desse símbolo poderoso ou arquétipo anotamos a
referência de Oséias 11.1.
Com isso, queremos ressaltar que Tso-Phatah פענח צפתה saiu do Egito com Moisés.
“Também
levou Moisés consigo os ossos de José [צפתה פענח], pois havia este feito os filhos de Israel jurar solenemente, dizendo:
certamente Deus vos visitará; daqui, pois, levai convosco os meus ossos”.
Êxodo 13.19.
Do mesmo modo, Jesus saiu do Egito.
“Tendo
eles partido, eis que aparece um anjo do Senhor a José em sonho. E diz:
dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito, e permanece lá até que
eu te avise, porque Herodes há de procurar o menino para o matar. Dispondo-se
ele, tomou de noite o menino e sua mãe, e partiu para o Egito: e lá ficou até a
morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por
intermédio do profeta: Do Egito chamei meu Filho”. – Mateus 2:13-15.
Assim, todas essas orações e sabedoria que encontramos
no cristianismo, islam e judaísmo emergem da mesma terra: Egito. Ao estudarmos
os arquétipos egípcios, que são muito profundos, nós, gnósticos, não incorremos
no erro de pensar como os ignorantes que acham que isso são “ídolos”. Sabemos o
que são ídolos e o que são arquétipos.
PTAH
Examinando esse arquétipo, Ptah, encontramos
nele símbolos profundos, especialmente aqueles que ele está segurando em suas
mãos. Vemos na primeira figura que ele segura um bastão, chamado Was: no topo
deste cetro também vemos um símbolo, um tipo de cabeça de pássaro, que é o
Cinocéfalo Seth. Ele também segura o Djed, outro cetro, que é o símbolo da
estabilidade. Nas mãos, ele segura duas cruzes Ankh, que são o símbolo de duas
chaves. Lembremos que no cristianismo encontramos o mesmo símbolo com Pedro, o
apóstolo, que segura as chaves do céu em suas mãos. É o mesmo símbolo. A cruz
Ankh é um símbolo sexual profundo, relacionado com criação.
Ptah foi muito conhecido no Egito antigo e
ainda é mostrado de muitas maneiras, exceto que as sociedades esotéricas e
grupos sabem e conhecem o que Ptah simboliza.
Figura
2
Esses são os hieróglifos do nome Ptah. A
figura quadrada ou retangular é a letra P. O meio círculo é a letra T. A corda
simboliza as duas serpentes, e é a letra H. Eis como se escreve Ptah em
hieróglifos. É assim que soletramos Ptah, o Pai, em hieróglifos.
O Pater Noster é Ptah Noster, uma vez que de
fato, quando investigamos o símbolo de Ptah, encontramos o que madame Blavatski
destaca em A Doutrina Secreta:
“ Ptah o filho de Kneph no panteão egípcio
é o princípio de Luz e Vida através do que a criação ou invés disso a evolução
acontece; o Logos egípcio e criador, o Demiurgos. Uma divindade muito antiga,
que, segundo Herodotus, tinha um templo erigido a ele por Menes, o primeiro rei
do Egito. Ele é o doador da vida, auto nascido e pai de Apis, o touro sagrado,
concebido através de um raio de Sol. Ptah é então o protótipo de Osiris, uma
divindade posterior.
Herodotus afirma que ele é o pai de Kabiri, os deuses misteriosos e o
Targum de Jerusalem diz: os egípcios denominavam a Sabedoria da Primeira
Inteligência pelo nome de Ptah”. – H.P.B.
A primeira inteligência é a sefira Kether.
Continuemos lendo o destaque:
“Ptah é Maat, a divindade da sabedoria, muito embora sob outro aspecto
ele seja Svabhavat, a substância auto criada. Como uma oração endereçada a ele
no ritual dos mortos que diz: após chamar Ptah “’pai de toda paternidade e de
todos os deuses, gerador de todos os seres humanos produzidos por sua
substância”’. Tu és sem pai, Seidade, engendrado por tua própria vontade; Tu és
sem mãe, Ser nascido pela renovação de tua própria substância, através de quem
a substância é procedente”. –
H.P.B.
Ptah como um arquétipo guarda um maravilhoso
símbolo que vamos estudar do ponto de vista gnóstico a fim de compreende-lo.
Figura 3
Encontramos Ptah na Árvore da Vida, nas
letras vinte e dois do alfabeto hebraico e círculo do zodíaco. De fato, com
suas três letras Ptah [pth] representa o primeiro triângulo da Árvore da Vida:
Kether, Chokmah e Binah, ou como chamado no cristianismo: Pai, Filho e Espírito
Santo.
Ptah sintetiza a ele mesmo na sefira Binah,
uma vez que Binah, que é o Espírito Santo, é a força criativa que se expressa
através dos órgãos sexuais. Eis porque quando nos dirigimos a Ptah o chamamos o
Todo-Poderoso Ptah, entendendo que a potência sexual desce do Absoluto Solar
dentro da sefira Yesod, que é a energia sexual.
Quando estamos nos dirigindo a Ptah,
encontramos esse arquétipo em diferentes lugares na Árvore da Vida e dentro de
nós. Por exemplo, também chamamos a isso Ptah Ra; pois “Ra” ou Re é o Logos
Solar.
Figura 4
O gráfico acima traz o símbolo do Ra. Nos
hieróglifos egípcios o símbolo do olho é a letra R e o pássaro é o símbolo da
letra A. Temos, então, pássaro + olho = Ra.
O falcão simboliza a descida da luz solar na
humanidade. Era desse modo que os egípcios simbolizavam o maravilhoso arquétipo
Ra, que de fato está relacionado com o Absoluto Solar, a força que na cabala é chamada
o Ain Soph Aur, “a luz ilimitada”. Ptah é a verdadeira fonte de luz.
A letra P é a sefira Kether, um símbolo do
Pai. A sefira Chokmah é a letra T, a cruz, o Filho; a sefira Chokmah é o Cristo
na cristandade, que desce com sua cruz a fim de trabalhar. A letra H é o
Espírito Santo ou, conforme dito na cabala: Iod-Hei-Vav-Hei. A segunda letra
Hei no Iod-Hei-Vav-Hei simboliza o Absoluto Solar. Então, Iod-Hei-Vav-Hei, é o
que chamamos em termos egípcios, Ptah Ra.
Desse modo, da união daquelas duas palavras
ou arquétipos, Ptah e Ra, pronunciamos a palavra Patar, que é o sagrado nome de
Pedro, o Apóstolo, sempre representado com as letras PTR. Observamos aqui o
segredo desse arquétipo ou símbolo que habita em cada um de nós. Então, sempre
visualizemos esses arquétipos interiormente, uma vez que não não há um único
ser humano sem Ptah Ra.
Noutras palestras explicamos que Ptah é o que
chamamos o Glorian, o alento do Absoluto emanando eternamente no primeiro
momento a fim de entrar no universo para seu desenvolvimento. O alento do
Absoluto é luz, porém uma unidade de luz; eis porque na Grécia é chamada Mônada
(“unidade’). Dentro da Mônada – que é aquela luz, AUR em hebreu e Ra em egípcio
– encontramos Ptah, P T H significando: atomos espirituais do Pai, Filho e
Espírito Santo interiores.
Ra e Ptah juntos são o número quatro, que é o
Sagrado Tetragrammaton (Iod-Hei-Vav-Hei). Ptah simboliza a Sagrada Trindade, e
jundo com Ra, a luz solar, é o Tetragrammaton, que trabalha em cada organismo
humano. Aquela luz desce do alto e se coloca nas gônadas sexuais com suas duas
chaves. Eis porque achamos que Ptah tem duas chaves. A chave da direita: o
homem, e a chave da esquerda: a mulher. Cruzando-as, construiremos poderes.
Desse modo é dito que Ptah é o criador nele mesmo.
Vejamos aqui este grande símbolo da Sagrada
Trindade egípcia. Este é nosso Pai que está nos Céus. Precisamos compreender
que cada um de nós tem Nosso Pai que está nos Céus: esse Pai está dentro. O Pai
não está fora, está dentro. É a verdadeira base de nossa existência. Aqui está
a Oração do Senhor escrita em hebraico para aqueles que sabem hebreu:
אָבִינוּ
שֶׁבַּשָׁמַיִם
יִתְקַדַּשׁ
שְׁמֶךָ׃
תָּבֹּא
מַלְכוּתֶךָ
יֵעָשֶׂה
רְצוֹנְךָ
כַּאֲשֶׁר
בַּשָׁמַיִם
גַּם
בָּאָרֶץ׃
אֶת־לֶחֶם
חֻקֵּנוּ
תֵּן־לָנוּ
הַיּוֹם׃
וּמְחַל־לָנוּ
עַל־חׂבוֹתֵינוּ
כַּאֲשֶׁר
מָחַלְנוּ
גַּם־אֲנַחְנוּ
לְחַיָּבֵינוּ׃
וְאַל־תְּבִיאֵנוּ
לִידֵי
נִסָּיוֹן
כִּי
אִם־תְּחַלְּצֵנוּ
מִן־הָרָע
כִּי
לְךָ
הַמַּמְלָכָה
וְהַגְּבוּרָה
וְהַתִּפְאֶרֶת
לְעוֹלְמֵי
עוֹלָמִים
אָמֵן׃
“Abinu Sheba Schamayim” é como Jesus dizia
“Nosso Pai que está nos Céus”, em hebraico. Em letras hebraicas de “Abinu Sheba
Schamayim” , [אָבִינוּ שֶׁבַּשָּׁמַיִם] encontramos o símbolo maravilhoso de
“Abinu”, nosso Pai Ptah. Dentro dessas letras também encontramos as três letras
mães que encontramos no centro do gráfico do circulo zodiacal com as 22 letras
hebraicas.
Figura
5
A letra א
Aleph de אָבִינוּ simboliza o ar. A letra ש Schin de שֶׁבַּשָׁמַיִם
representa o fogo. A letra מ Mem de מַיִם representa a água. Essas são as
três forças elementais das três letras mães que emanam do alento que está
simbolizado na letra ה Hei. Conforme
explicado em outras palestras, estas letras juntas se pronunciam Hashem האשמ. Hashem significa “O Nome”.
Ha-Shemayim השמים, que é plural, significa
“os céus” como é plural a parte mais alta de cada um de nós. Eu tenho meu
próprio Pai, e cada um de nós tem seu próprio Pai, então há - שמים shemyim – “muitos nomes”, uma vez
que cada um de nós tem seu próprio nome. Na cabala dizemos השם Hashem, “O Nome”, assim, השמים
Ha-Shemayim tem muitos significados.
Vejamos agora esta explanação cabalística na
língua hebraica: “Abinu Sheba Schamayim,”
nosso Pai que está no Céu. De fato, “Sheba”
em Aramaico significa sete. Quando dizemos Sheba nos remetemos ao reino, a
sefira Malkuth (o reino).
Quando dizemos “Abinu Sheba Schamayim,” nos remetemos a Shabbath, o sétimo dia,
nosso Pai Binah, a sétima força, Saturno. A sefira Binah é o Espírito Santo no
céu שמים Schamayim. Tudo emerge da
força sexual criativa de Binah, o Espírito Santo.
Como podemos ver, encontramos novamente a
palavra Shem (que significa “nome”) em Schamayim.
Quando lemos “o nome” השם Hashem,
significa o nome de Deus. Vamos agora estudar a frase hebraica completa:
“Abinu Shebashamayim, Yitkedesh Shemkha” – [Nosso Pai que está no Céu. Abençoado seja
teu nome]. Sete é Sheba; nome é Shem. O plural de שם Shem é שמים Schamayim,
que significa nomes, mesmo se estiver traduzido como Céu (Paraíso). Assim, שמים Schamayim, Céu, está formado por
todos os nomes de Deus. Eis, portanto, como nós, cabalisticamente, entendemos שמים Schamayim.
Exatamente por si mesma ים Yam significa água. ים Yam
ou Yam também significa água. Agora,
quando falamos sobre água, falamos sobre fluido Akashic diluído no espaço cujo
histórico está onde encontramos todos esses nomes divinizados. Dessa maneira,
quando falamos sobre אלהים Elohim
(deuses e deusas) perguntamos: Alá é o nome de Deus? Sim, é. O nome de Deus é
INRI? Sim, é. O nome de Deus é Jehovah? Sim, é. O nome de Deus é Tao? Sim é. O
nome de Deus são muitos nomes. Deus é Elohim (deuses e deusas). Eis porque שבשמים Sheba-Shamayim significa שב Sheb, שבע Shĕba' sete, ou
seja – em termos femininos – מַֽלְכַּת־שְׁבָא
Malkuth a Rainha מלכה Malkah de שבע Shĕba' a sétima sefira; e – em termos masculinos – שמים Schamayim significando nomes de
Céus.
Como se vê, a palavra Shebashamayim significa “sete céus” e Malkuth o sétimo, ou Binah, o
sétimo céu; todos eles juntos são שבתות
Shabbatoth. Eis porque na cabala entendemos שבשמים Sheba-Shamayim em sínteses.
Figura
6
Voltemos ao gráfico de Ptah. Necessitamos
vê-lo bem a fim de compreende-lo. Quando dizemos Ha-Schamayim, visualizamos a palavra no meio da coluna, o meio da
coluna da Árvore de Vida, que Ptah está segurando com suas duas mãos, com duas
chaves. Essa é a nossa coluna espinhal. Se não trabalharmos o interior de nossa
coluna não desenvolveremos aquele poder. A fim de desenvolve-lo precisamos
segurar com as duas mãos as duas chaves. Uma das duas hastes do cetro que Ptah
segura tem quatro níveis. Esses quatro níveis são os quatro mundos: Atziluth,
Briah, Yetzirah e Assiah. Que são os quatro mundos? São os quatro mundos
manifestados que Deus tem sob seu poder; esse é o significado de Ptah estar
segurando todos eles.
Figuras
7 e 8
Conforme vemos no meio da rosacruz ali
encontramos as três letras mães primárias; em torno delas encontramos as sete
letras duplas. Sete Sheb, שבע Shĕba'
d e como plural ou dupla encontramos a palavra שבתות Shabbatoth. Aqui, precisamos entender que nosso raio
particular (a letra Hei, a Glória) – com as três letras primárias dentro – ao
entrar no universo atua e projeta seu poder criativo através de qualquer dos
sete raios cósmicos, ou Sete Elohim Criadores Cósmicos. O Livro da Revelação
trata extensivamente dos sete.
“Então vi, no meio do trono e dos quatro seres viventes e entre os
anciãos, de pé, um Cordeiro como tinha sido morto. Ele tinha sete chifres, bem
como sete olhos que são os sete espíritos de Deus enviados por toda a terra. Apocalipse 5:6
Apocalipse 5:6 diz em síntese que o Cordeiro
de Deus, que é simbolizado pelas três letras mães primárias no meio, tem sete
chifres e sete olhos, significando as sete letras duplas; no fundo, temos
também aquelas sete forças duplas. Nosssa Glória está ligada a um dos sete
raios e este raio é também nosso Pai que está no Céu. O chifre cósmico é,
diremos, aquele Criador Cósmico que toma conta de nossa Glória quando emersa do
Absoluto. Aqueles Sete Criadores Cósmicos são plenamente desenvolvidos e
habitam entre nós como arquétipos. Tornaram-se vigilantes de muitos raios a fim
de guia-los no universo e desenvolve-los, porque eles sabem como fazer isso.
Neste sistema solar, os sete raios poderosos
são dirigidos por Gabriel, Rafael, Uriel, Miguel, Samael, Zacariel e Orifiel. Eles são
representados pelas sete letras duplas que estão em volta das letras mães. Além
das sete encontramos as doze letras simples, que simbolizam as doze tribos de
Israel ou o decimo segundo signo zodiacal, onde esses arquétipos se
desenvolvem. Então, 12, 7 e 3, formam três círculos concêntricos que também
simbolizam nossos arquétipos dentro de nossa particular individualidade, ou
Rosacruz.
Quando dizemos, “Israel”, nos remetemos às
doze tribos, os doze signos zodiacais, as doze letras simples que são
governadas pelas sete letras duplas, os Sete Criadores Cósmicos e mais
profundamente ainda, às três forças primárias que são: Pai, Filho e Espírito
Santo dentro de nós. É isso que chamamos os vinte e dois arquétipos. Todos nós
temos vinte e dois arquétipos interiormente. Todos aqueles doze arquétipos,
Israel, mais os sete poderosos raios e as três forças primárias, dentro de
nosso raio particular, são o que chamamos השם
Hashem, השמים Ha-Schamayim, “os céus”. Eis porque quando falamos sobre os
doze signos zodiacais apontamos para o espaço superior, os Céus. Tudo aquilo
está relacionado com cada unidade individual; com cada um de vocês, comigo, com
outros planetas. Cada um tem intimamente aqueles tipos de arquétipos. É o que
chamamos השמים Ha-Schamayim. “Os
Céus” ou “Os Nomes”, descem para o interior da sefira Malkuth. Segundo o
Gênesis da Bíblia, em Malkuth eles são chamados Shemites, que são o
desenvolvimento de Shem. שֵׁם Shem é
o nome original. Como sabemos, שֵׁם Shem
foi o primeiro filho de Noé. Noé é o arquétipo ou Átomo Nous que temos no
ventrículo esquerdo do coração. “Era Noé
da idade de quinhentos anos, e gerou Sem, Cão e Jafé”. Gênesis 5:32
A palavra Shemite ou Semita é derivada de שֵׁם Shem. Contudo, quando as pessoas
nos dias de hoje, precisamente nesta época moderna, falam sobre antissemitismo,
ou anti-shemitismo, elas ignoram que tal termo significa forças
“antiespirituais”. Assim, antissemitismo não significa o que as pessoas
ignorantes pensam. Quando estudamos o shemitismo ou semitismo nesse mundo
físico encontramos diferentes raças. Dentre elas estão os hebreus ou judeus. Os
ignorantes acham que somente os judeus são semitas ou shemitas. A verdade é que
todos somos um semita, dado que todos possuímos השם Hashem interiormente. Ser um antishemita ou antissemita
significa estar contra o desenvolvimento de השמים
Ha-Schamayim, esses arquétipos que, cabalisticamente, em conjunto, são
chamados Israel.
Mestre Samael Aun Weor ressalva:
ISRAEL é uma palavra que deve ser analisada.
“IS” lembra-nos de Isis e dos Mistérios
Isiácos.
“RA” lembra-nos do Logos Solar.
Lembremos-nos do disco de RA encontrado no
antigo Egito dos Faraós.
“EL” é “EL”, o interior, o Deus profundo
dentro de cada um de nós.
Na sequência
e correto corolário etimológico, as pessoas de Israel são constituídas das
várias partes do Ser. Todas as múltiplas auto-consciências e partes
independentes de nosso próprio Ser individual constituem o povo de Israel. [A Bíblia Gnóstica: A Pistis Sophia
Desvelada]
Desse modo, Israel está dentro de cada um,
sejamos cristãos, judeus, muçulmanos, budistas, taoistas, zoroastrinos, etc.
Cada um carrega aqueles arquétipos interiormente, o que a Oração do Senhor
chama “Abinu Shebashamayim Yitkadesh Shimkha”,
ou seja, Nosso Pai que está no Céu, abençoado seja o Teu nome”. Daí, השם Hashem, “o nome”, está em todos vocês, porque vocês têm esse Nome
Sagrado na profundidade interior de suas Consciências”.
De quem e qual é o nome de nosso Deus
interno? Isso é algo que temos de descobrir. Os grandes Avatares que desceram
para Malkuth a fim de ensinar o mundo deram os nomes de seus particulares
deuses internos. Ainda, isso não significa que existam unicamente aqueles
deuses interiores. Deus é Elohim, uma Unidade Múltipla Perfeita no Céu,
Schamayim, porém se formos aqui embaixo, dentro de Malkuth, então Shem é
chamado Shemoth שמות – hebraico para
“nomes” – que é o aspecto feminino daquela Unidade Múltipla Perfeita dos nomes
que têm de descer a fim de se desenvolver. Eis porque em Malkuth, Shem é
chamado Shemoth שמות, uma vez que
Malkuth é uma sefira feminina que precisa desenvolver Shem
Em outras palavras, toda a força solar do
Absoluto e os sete Criadores Cósmicos, os doze signos do cinturão zodiacal,
descem como arquétipos para nossa fisicalidade em diferentes modos, de forma
que, como homens, possam criar o esperma; ou seja, a semente de Brahma ou
Abraham, nosso Deus interior. Pelo lado meramente da criação física, os homens
buscam uma mulher porque ela é o solo, Adamah, o chão que os homens necessitam
a fim de que suas sementes possam crescer. Os homens colocam a semente no útero
durante o ato sexual. Vemos aqui as duas chaves que Ptah segura em suas mãos; a
cruz de Ankh é a potência sexual do Onipotente, Ptah. Por conseguinte, a mulher
desenvolve aquela semente em sue útero por nove meses. Ouçam, em esoterismo
entendemos que a femea é a única encarregada da criação, isso é belamente
obvio. E sem a menor dúvida, entendemos que a sefira Malkuth (nossa
fisicalidade) é também feminina.
“Irmãos, falo como homem. Ainda que uma
aliança seja meramente humana, uma vez ratificada, ninguém a revoga, ou lhe
acrescenta alguma coisa. Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu
descendente. Não diz: E aos descendentes, como se falando de muitos, porém como
de um só: e ao teu descendente, que é Cristo” Gálatas 3:15,16
Eis porque שבע Sheba is שבע-בת Bathsheba “a filha do sete” a בת-שבע Sheba-Bath ou שבת Shabbath, que está em Malkuth, é também um símbolo feminino
que todos temos de compreender. Então, שבת
Shabbath, Sábado é sagrado, “se nós o queiramo sagrado”. Em outras
palavras, שבת Shabbath é nossa
pessoal matéria física.
“Lembra-te
do dia de sábado, para o santificar” – Êxodo 20:8
“Lembremos que em [Malkuth] E havendo Deus [Elohim Binah] terminado no dia sétimo a sua obra, que
fizera, descansou nesse dia [Malkuth] de toda a sua obra que tinha feito. E [Malkuth] abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou: porque nele descansou de
toda obra que, como Criador, fizera”. Genesis 2:2-3
Vemos que em Inglês a palavra matéria
(matter) é feminina, e em Latim a palavra “mater”, significa “mãe”. Isso não é
uma coincidência uma vez que “no início
era o verbo e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus”. Eis porque
encontramos nisso um profundo simbolismo. Quando dizemos e oramos: “Pai nosso que estás no Céu”, precisamos
estar concentrados no que estamos dizendo, pois aquele Pai tem diferentes
níveis.
Primeiro, “Pai Nosso” é nosso profundo íntimo, nosso próprio Espírito, o filho
da trindade. O íntimo Espírito é aquela parte do Criador Cósmico que está
situada no íntimo de nossa mais elevada Mônada a fim de que a Glória se
desenvolva. Aquele Espírito interior, o mais profundo íntimo, é chamado El na
cabala sendo o que a Bíblia chama Abraham. O mais profundo íntimo, em
sânscrito, é chamado Atma. Todos temos dentro de nós o nosso pessoal Abraham.
Ele está relacionado também com Brahma o Criador dentro de nós. Conforme já
explicamos em outras palestras, Brahma é o filho de Vishnu, o Cristo Cósmico,
Ptah-Ra em palavras egípcias.
Entremos nos símbolos que nesta época estão
muito ativos. Outro nome em egípcio para o Pai é Osiris. Muitos gnósticos
cometem o erro de pensar que Osiris é a sefira Kether. Isso é errado. Kether
está dentro de Osiris, porém Osiris está relacionado com a sefira Daath. Osiris
é um desdobramento de Ptah. Para que Osiris exista ele precisa de sua Isis.
Osiris e Isis são a dualidade que na cabala
chamamos Abba e Alma. Pai e Mãe a quem temos de honrar. O filho de Osiris e
Isis é Horus, que é simbolizado pelo Falcão. É a luz de Ptah-Ra, que desce para
a dualidade, em manifestação no mundo manifestado. Osiris, Isis e Horus formam
outra trindade. Primeiramente, no mundo de Atziluth há a trindade chamada Ptah
Ra, porém quando temos Osiris Ra, estamos nos referindo a trindade que está
relacionada com a criação, com o mundo de Briah.
Desse modo, dentro de Osiris Ra, encontramos
o Pai, o Filho e o Espírito Santo, mas em Briah como o mundo da criação. Dentro
de Isis também encontramos o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Quando nossos rituais eram realizados no antigo
Egito, precisávamos de um sacerdote e uma sacerdotisa. O sacerdote era chamado
Osiris, a sacerdotisa era chamada Isis. A alma que estava recebendo o benefício
de Osiris e Isis era chamada Horus, que era o filho dos dois. Não vemos aqui
uma trindade? Não é o mundo de Atziluth, o primeiro triângulo, mas abaixo da
sefira Daath, no mundo de Briah, a criação. Aquela trindade é um desdobramento;
independentemente, ambas as trindades detém o mesmo poder. Uma é Ptah-Ra o todo
poderoso no primeiro triângulo, e o outro abaixo é Osiris, Isis e Horus. É por
isso que muita gente pensa e diz que Osiris é uma divindade posterior. Elas não
entendem que osiris é um desdobramento de Ptah, uma vez que Osiris está lá em
cima, em Atziluth.
Assim, dado que Osiris seja um desdobramento
de Ptah, ele é também Ptah, porém em manifestação mais abaixo. Eis porque
quando falamos sobre rituais ou no que em sânscrito é chamado tantra não caímos
no erro do que as pessoas pensam nesses dias, de que tantra seja justamente o
ato sexual ou magia sexual. Tantra está relacionado com qualquer tipo de ritual
em que Osiris e Isis estejam presentes; isso significando as duas polaridades,
o sacerdote e a sacerdotisa, uma vez que acima de Osiris e Isis está o Pai-Mãe,
ao passo que abaixo estão o sacerdote e a sacerdotisa. Por conseguinte,
qualquer ritual onde o aspecto feminino esteja ausente é cem por cento
ridículo, porque a fêmea é aquele que ilumina o fogo do macho. Eis porque em
muitos templos, nos mundos internos, aquela que ilumina o altar é a Nun, a
sacerdotisa. Ela é aquela que acende o fogo (sexualmente falando) do homem ou
sacerdote. Este é um símbolo sexual.
Quando o sacerdote e a sacerdotisa estão
desempenhando o ritual, eles estão ante a pedra cúbica de Yesod (o H).
Representam as duas chaves do P (pira,
uma palavra latina traduzida como “intenso calor”) de PeTeR, ou P de Ptah-Ra. O
T de PeTeR ou de PTah-Ra simboliza o cruzamento das duas chaves, e o R de PeTeR
ou de Ptah-Ra é RA a luz solar. Eis
porque o altar gnóstico (o H) tem o simbolismo das três letras: P.T.R. O
símbolo das três forças primárias de PTah-Ra, a luz solar de Cristo.
Agora, há outro símbolo que temos de
desempenhar no altar: é o TUM. Observem quando colocamos o A em vez do T, que
pronunciamos AUM, Assim AUM, TUM é também um mantra que traz a energia do Pai,
Filho e Espírito Santo para onde estejamos situados. Eis porque este poderoso
mantra não deve ser pronunciado em vão. É por isso que está escrito: “Não tomarás o nome de teu Deus (Iod-Havah
Elohim) em vão”. – Êxodo 20:7.
Há muitos שמים
shemyim, muitos nomes, mantras que não devem ser pronunciados em vão, e TUM
é um deles. TUM representa também O Pai, o Filho e o Espírito Santo. Os estou
pronunciando agora porque estou falando deles, e ao pronunciá-los, estou
trazendo a energia do Pai que está no Céu aqui para baixo a este plano físico a
fim de que vocês entendam como a luz desce. Quando pronunciamos este mantra, a
luz imediatamente desce. Não o pronunciem em vão, uma vez que se o pronunciarem
como num jogo isso não será bom. Há pessoas que brincam com com orações, com
mantras e isso não é positivo.
Observem esses três nomes: Ptah, Osiris e
TUM. Os três são nomes muito poderosos e devemos saber como usá-los.
“RA é o Pai, o Pai comum cósmico universal,
que é o Abstrato Absoluto”.
Figura
9
“TUM é o corpo do Pai”. O corpo do Pai não
significa um corpo físico. RA é a Luz Solar; TUM é o corpo do Pai em todos os
níveis. Significa que a força está ativa em todos os mundos da Cabala. Como um
arquétipo no Egito; os egípcios o simbolizam sentado num trono.
Figura
10
CLEÓPATRA
Quando dizemos TUM, então toda a energia do
Pai, Filho e Espírito Santo desce. No Pai, Filho e Espírito Santo está o
resultado de RA, a luz solar.
“TUM é
um terrível mantra divino e não deve nunca ser pronunciado em vão ou em
brincadeiras, pois nosso Pai que está no secreto desce imediatamente de onde
sempre Ele pode estar” – Samael Aun Weor
Figura 11
Agora vamos discutir Cleópatra, o aspecto
feminino nesta matéria. Falamos sobre o Pai, mas quanto a Mãe? Encontramos esse
maravilhoso arquétipo também no Egito. Quando as pessoas falam sobre Cleópatra,
sempre lembram da Cleópatra que esteve com Marco Antônio, mas ignoram que houve
muitas Cleópatras no Egito. A Cleópatra é uma vestal do templo. Uma daquelas
vestais num dos templos do Egito foi aquela que Marco Antônio lá a encontrou e
com quem se envolveu. Mas vamos estudar o que significa Cleópatra, uma vez que
elas são o que chamamos hoje de “freiras”. Quantas freiras vocês encontram
atualmente? Freiras budistas, católicas, muitas. Assim, Cleópatra representa o
mesmo símbolo.
Cleópatra deriva-se do nome grego Κλεοπατρα, Κλεος-Πτα (Kleopatra), que
significa “glória de Ptah, o Pai”, derivado de (κλεος - kleos), “glória”. Isso se combina com πατρος, patros, “do pai (Πτα – Ptah)” ou Κλεος-Ποτήρ “glória do cálice”
(ποτήρ - potēr). O cálice, a yoni, o órgão sexual feminino, é o Santo
Graal”. Desse modo, Kleo-poter é Cleópatra. Não confundam poter com Harry
Potter. Poter significa taça, cálice, graal, a yoni sexual. Ao dizermos
Cleópatra estaremos indicando a força sexual feminina de Deus. Eis porque as
Cleópatras eram vestais no Egito.
- Kleopatra: “chaves para o pai” de kleis [κλείς] “chaves” + patros [πατρος] pai.
- Kleopatra, Kleopetra: “Keystone”, de kleis [κλείς] “chaves” + petra [πέτρᾳ] "pedra”.
Então, Kleopatra simboliza a pedra angular,
que na palestra anterior o orador esteve explicando. A pedra angular do templo,
a base do templo, é uma mulher.
Em alquimia, no princípio, a cor da pedra é
negra. O carvão contém interiormente o fogo. Falando alquimicamente, todos nós
somos negros, uma vez que o aspecto feminino de nossa sexualidade é negra. É
por isso que Ptah é negro, Eis porque Osiris é negro, e Cleópatra a grande
vestal é negra; do mesmo modo, porque o antigo Egito que fica na África, é a
terra do povo negro.
O nome África vem de Afrodite, a deusa do
amor. Afrodite é a raiz da palavra afrodisíaco e de muitas outras palavras. Eis
porque Cleópatra é um daqueles símbolos que encontramos no antigo Egito.
Está escrito que quando o Mestre Jesus de
Nazaré foi ao Egito, entrou no caminho da iniciação; está escrito: “...e do Egito chamei o meu filho”. (Oséias
11.1).
Está também escrito que Moisés veio do Egito.
“Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés, e pediram aos
egípcios objetos de prata (lua) e objetos de ouro (sol), e roupas (Malkuth)”
Todas essas coisas representam segredos místicos do Nome Sagrado. Juntos são
chamados “Urim e Tumim” – “E o senhor
(Iod-Havah) fez que seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios, de
maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram [este conhecimento
dos] os egípcios”
- Êxodo
12:35,36
Moisés
estava casado com uma mulher etíope. As mulheres etiopes eram negras.
“Falaram Miriã e Arão contra Moisés por causa da mulher etíope, que
tomara: pois tinha tomado a mulher cusita”. – Números 12:1
Simbólica e alquimicamente, quando começamos
a trabalhar com nossa Cleópatra (Kleopetra), ou alguém começa a trabalhar com
sua Nun (semente), seu sacerdote ou sacerdotisa é negro. Eis porque precisamos
entender interiormente esses símbolos. Numa das pirâmides do Egito, Jesus
praticou magia sexual com uma Cleópatra.
Não estabeleço que todas as vestais, nuns ou
Cleópatras do Egito foram da raça negra. Eram de diferentes raças. Ainda que
aquelas da África fossem negras. Elas representam a pedra Heliogabalus.
A palavra Egito tem origens gregas. Egito tem
raíz em Het-Ka-Ptah. Het-Gy-Pt, Egypt, Egito.
Het: Casa
Ka: Alma
Ptah: Pai
Assim, Egito significa “A casa da alma do
Pai”.
Onde está o Het, a casa do Ka, a alma de
Ptah, o Pai? Het-Ka-Ptah é nossa fisicalidade. Sim, nossa fisicalidade é a casa
da alma de nosso íntimo Ptah. Ptah é o Pai que temos interiormente, ligado com
nosso Ka, nossa alma, que é formada por todos os arquétipos. É desse modo que
em hebreu Egito é chamado Mizrahim מצרים, que tem o mesmo significado da
palavra Eden. “Even as [Eden] the garden
of Iod-Havah, as the earth (Mizrahim מצרים)
Egypt, as thou comest unto affliction.” - Genesis 13:10
Então, não devemos pensar que quando a Bíblia
menciona (Mizrahim מצרים) Egito, está
unicamente relacionado com a terra da África. Esotericamente, cabalisticamente,
alquimicamente, Egito é nossa fisicalidade e Cleópatra é um símbolo relacionado
com nossa força sexual, nossa potência sexual. Ao mesmo tempo, Cleópatra é também
um símbolo relacionado com qualquer sacerdotisa. Qualquer sacerdotisa que
trabalhe com os mistérios que ensinamos aqui é uma Cleópatra. Isso é que precisamos
compreender em relação a esse mistério. Eis porque os egípcios fizeram estátuas
de Cleópatra; não era uma relacionada com Marco Antônio. Não. Cleópatra é o
símbolo de Isis. Eis porque em termos gnósticos chamamos a sacerdotisa por
“Isis”. Ao sacerdote chamamos meramente por sacerdote, mas como um símbolo
podemos chama-lo “Osiris”. O sacerdote é um símbolo das três forças primárias
de Daath. A sacerdotisa é também as três forças primárias de Daath.
A alma dentro de Het-Ka-Ptah no Egito e em
nossa fisicalidade é Ka, Horus, que precisa ser desenvolvida. Daí, é como
devemos ver os símbolos do antigo Egito.
Nos dias de hoje as pessoas debocham dos
belos símbolos do Egito porque não os entendem. Essas pessoas dizem que os egípcios
do passado foram adoradores de ídolos: sim, é o que os ignorantes dizem.
Contudo, se estudarmos o significado esotérico de todos os grandes mistérios do
Egito, então entenderemos o sentido da oração que Jesus ensinou na montanha,
porque Jesus aprendeu muito no Egito. Foi por isso que Jesus ensinou a oração
de Ptah. É por isso que dizemos, “Nosso Pai que estás no Céu, abençoado seja o
teu nome”. Ele aprendeu isso no Egito. Moisés também aprendeu isso e tudo o
mais no Egito e de Het-Ka-Ptah que foi muito ativa e que teve muitas escolas de
iniciados, mas que na atualidade é somente uma sombra do passado.
AS
CHAVES DE PEDRO – PTAH
Vejamos aqui o símbolo de Ptah. No Evangelho
de Mateus está escrito: “Respondendo
Simão Pedro disse: Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo. Então Jesus lhe
afirmou: Bem-aventurado és Simão Barjonas porque não foi carne e sangue quem te
revelou, mas meu Pai que está nos céus. Também eu te digo que tu és Pedro, e
sobre esta pedra edificarei a minha igreja e as portas do inferno não
prevalecerão contra ela. Dar-te-éi as chaves do reino dos céus: e o que ligares
na terra, terá sido ligado nos céus: e o que desligares na terra terá sido
desligado nos céus” Mateus 16:16-19
Figura 12
Vocês entendem o símbolo aqui? Pedro tem duas
cruzes, como Ptah. Pedro e Ptah representam o mesmo arquétipo em nosso íntimo,
Ou seja, Ptah e Pedro aguardam por nós no céu a fim de nos abrirem a porta, mas
a porta está na sefira Yesod.
As pessoas que não entendem simbolismos
esotéricos acham que quando se morre Pedro estará abrindo o caminho para se
entrar no Céu. Ouçam: Pedro é Ptah que
tem duas chaves, duas forças alquímicas que com elas temos de trabalhar. São as
duas mesmas chaves de Ptah. Observem que seus nomes não é uma coincidência.
Pedro, Ptah-Ra, Petera e também Cleo-Petera, rocha, pedra. É nisso que
encontramos a relação entre Petera, rocha, pedra com Pedro, Ptah-Ra; então,
“sobre essa pedra construirei minha igreja”. Qual Pedra? Cleópatra.
Enfim, se somos um macho (sacerdote) e
queremos construir nosso templo em nosso íntimo, precisamos então de uma
Cleópatra (sacerdotisa), uma vez que ela tem a chave da pedra; a pedra angular
é Cleópatra. Do mesmo modo, uma mulher que seja uma freira, sacerdotisa,
precisa de um macho, um Papa, um Pedro (que foi o primeiro Papa); Pedro foi
casado. Sim, Pedro foi casado, ele trabalhava com sua pedra angular Cleópatra.
Pedro e Cleópatra representam a pedra. A pedra detem a força do céu dentro de
nós. Eis porque Pedro segura as chaves.. Pedro é um ídolo? Não! Ele representa
o mesmo arquétipo que os egípcios chamaram Ptah. Ainda em tempos atuais nós o
chamamos Pedro. Então Ra disse a Ptah, “e sobre
esta pedra (angular, chamada Cleo, κλείς-Kleis,
Chaves Πέτρα – Pedra) edificarei a minha igreja”. Precisamos
estudar o que Pedro e Cleópatra significam.
Consequentemente, baseado no que já
explanamos, agora compreenderemos o que a Oração do Senhor significa. Mestre
Krumm-Heller disse o seguinte sobre o Pai Nosso e Mestre Samael destacou o
seguinte no livro O Matrimônio Perfeito:
“Dentre
todas as orações ritualísticas a mais poderosa é o Pai Nosso (Oração do
Senhor). Esta é uma oração mágica de
imenso poder”. “Imaginação, Inspiração e Intuição são os três caminhos
obrigatórios da iniciação”.
Mestre Huiracocha diz o seguinte: “Primeiro, é necessário ver as coisas
espirituais (Deus) interiormente”.
1. Pater
[Ftah] Noster, qui es in cælis.
Pai
Nosso [Ftha] que estás no céu.
Por que escrevemos Ftha com F invés de um P?
Porque em Latim realmente não dizemos Ptah, porém Ftah, com F porque PH é F.
Isso nos faz lembrar da Runa Fa, o Pai (Fa-ther); Fa representa a mesma força.
Contudo, quando estamos em meditação com nosso Pai interior e dizemos: “Nosso
Pai que estás no céu”, então vemos que precisamos estar concentrados “em”, uma
vez que o Pai está dentro de nós em todos os seus desdobramentos. Visualisemos
isso através de nossa intuição, nossa imaginação, a fim de vermos que o Pai, de
fato, é uma Unidade Múltipla Perfeita dentro de nós e dentro de todos. Por isso
é chamado Elohim. Deus é deuses e deusas.
Então precisamos ouvir a palavra, ou a Divina
Palavra: Sanctificetur nomen Tuum.
Estão vendo a palavra TUM aqui? Sim, sabemos
que em Latim a palavra TUUM significa “teu”. Porém, vocês acham que seja uma
coincidência que o nome de Deus, TUM do Egito, esteja escrito aqui? Ouçam,
quando dizemos, “Sanctificetur nomen
tuum,” a força desce conforme Mestre Samael explicou, nomeadamente, quando
pronunciamos TUM, e nosso Pai que está no secreto desce imediatamente do Céu,
sobre nós. É esse, precisamente, o aspecto mágico de pronunciarmos o Pater
Noster em Latim. Se o pronunciarmos em Inglês, terá ainda uma força, mas não a
mesma força que em Latim, como ao dizermos, “Sanctificetur
nomen tuum,” “Santificado seja teu nome”, ou noutra língua mântrica,
hebraica, como, “Yitkedesh Shemkha,”
que também é pronúncia muito poderosa, uma vez que o Hebreu e o Grego são
também línguas mântricas.
2. “Santificado seja o teu (vosso) nome”.
Em outras palavras, o Divino Verbo, o
magnífico nome de Deus, o Mundo Criativo.
Mestre Krumm-Heller disse, conforme Mestre
Samael destacou: “Ultimamente, vimos
preparando nosso organismo espiritual para a intuição”.
3. “Venha
a nós o teu Reino”. É para ser dito com a pronúncia do Verbo, dos mantras,
e o Reino interior dos sagrados mestres vem a nós. “A trindade é encontrada nas
primeiras três súplicas do Pater Noster”.
“A união com Deus consiste no desempenho de
tudo isso. O restante permanece resolvido...”
“Com
essas três suplicas, Krumm Heller ressalva, buscarmos uma resposta integral, e
se algum dia merecermos isso, já seremos Deuses, assim não precisaremos mais
buscar”. – Samael Aun Weor
Por conseguinte, somente a realização dessas
três súplicas é suficiente. Vocês sabem o que Krumm-Heller significou com esses
destaques? Significou encarnar TUM em nosso íntimo. Quando TUM, o Pai, Filho e
Espírito Santo estão encarnados em nós, somos um Deus na carne, como Mestre
Jesus, Mohammad, ou Moisés. Quando Moises veio do Sinai ele tinha forças
interiores. TUM estava dentro dele, como estivera em Jesus, Mohammad, Buda.
Contudo, a fim de encarnar TUUM em nosso íntimo, precisamos desenvolver os
arquétipos. É isso, precisamente, o que devemos fazer. Não é justamente
pronunciando mecanicamente esta oração, como se faz na Igreja Católica; ou,
como temos visto o sacerdote dizer: “vão e orem dez Pais Nossos e dez Aves
Marias, então seus pecados estarão perdoados”. Essa é uma via muito superficial
de fazer coisas.
Essa oração traz nela muito poder, mas
somente se estivermos trabalhando com nossa energia sexual e com os arquétipos,
do contrário estaremos repetindo exatamente como faz um papagaio aquilo que não
compreendemos.
O
CÁLICE
Vamos para a próxima
súplica da Oração do Senhor.
Fiat
voluntas tua, sicut in cælo, et in terra.
Seja feita a tua vontade aqui na Terra como no Céu.
A fim de entendermos
essa súplica, destacamos do Evangelho a oração que Jesus fez no Monte das
Oliveiras. Ele disse:
Figura 13
“Dizendo:
Pai, se queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade,
e, sim, a tua”. Lucas 22:42
“A [o cálice branco representa o sistema
nervoso cérebro-espinhal o veículo de Netzach e a] Natureza elevada [Chesed e Chockmah que] tem a sua origem do lado
direito da sefirótica Árvore da Vida, porém a [cálice amarelo representa a
genitália ou Yesod] inferior [natureza
de Binah, Geburah e Hod, que tem a sua origem] no lado esquerdo que está incorporada na [Malkuth] femea [sefira] [em Yesod] torna-se unificada nela, conforme escrito: a
mão esquerda de Deus [Geburah e Hod]
está debaixo [Binah, o lado esquerdo de]
da minha cabeça e sua mão direita [Chesed e Netzach] abraça-me [Malkuth de Tiphereth]. Canção de Salomão 2:6.
“Até
agora temos apresentado isso num assunto, excessivamente esotérico e
desconhecido para pessoas comuns, porém agora falaremos mais claramente de
forma que todos possam compreender e entender”. Ao ouvir isso, o estudante novato
expressa seu grande desejo de aprender mais [sobre as duas polaridades] deste mistério do sexo” – Zohar.
Figura 14
Na última ceia encontramos dois cálices. O da
direita simboliza a mente do sacerdote que temos de preencher com INRI porque o
cérebro é o cálice que deve ser preenchido com a força solar sexual de Ptah. O
da esquerda representa o madeiro horizontal da cruz. É o Yoni ou cálice amarelo
que está relacionado com Malkuth, a Rainha, a mulher. Está relacionado com a
própria mulher sacerdotisa individual e particular do sacerdote, sua Cleópatra.
Figura 15
Κλεος-Ποτήρ
“glória do cálice” (ποτήρ - potēr)
“do cálice – Yoni – Sagrado Graal”. Kleopatra, a glória da Yoni, a glória do
Sagrado Graal, é o órgão sexual da fêmea.
O sacerdote-iniciado tem que transmutar
aquela força sexual que está oculta na Arca da Aliança. Eis como o Cohen faz a
vontade de seu próprio Deus individual particular interior. Se alguém não faz a
vontade de seu Deus Interior, então faz a sua própria vontade, tornando-se assim
obsessivo, e sua vontade se transformará em Fornicação. Foi o que Marco Antônio
fez com Cleópatra no Egito. Encontrar uma vestal no Egito para fornicar – foi
absurdo. Quando temos nossa esposa, nossa freira sacerdotisa, o símbolo da bela
Cleópatra; então com ela transmutamos a força sexual. Foi o que Jesus fez, o
que Moisés fez no Egito.
Cleópatra é chamada Aída por Giuseppe Verdi
na sua grande ópera. Aída é de raiz árabe; A, a respiração de Aleph; Ida, a
força da respiração de Deus. Lembremos do Sâncrito Ida e Pingala. Desse modo,
Aída é uma força feminina que é negra em todos nós. Assim é porque naquela
ópera Aída é negra. Se assistirmos a ópera Aída, veremos quão belamente ela
oculta os símbolos que estamos aqui explanando. A fim de desempenharmos a
vontade de Deus é precisamente o que vemos simbolizado naquela ópera.
Assim, quando Jesus estava orando no Monte
das Oliveiras, ele disse: “Pai, se
queres, passa de mim este cálice; contudo, não se faça a minha vontade, e, sim,
a tua”, significando que se fosse possível autorrealizar-se sem a mulher,
estaria ali para obedecer a Sua vontade, não a dele pessoal, e que assim fosse
feito. Então disse-lhe o Pai: Vá e tome a
sua Cleópatra – conhecida agora no mundo físico como Maria Madalena – e pratique Magia Sexual com ela”.
Então Jesus disse: “Okay, se essa é a Sua
vontade”. Entretanto, ao ir desempenhar com ela o ato sexual, Judas, que
representa o desejo sexual, chega e o trai. Daí, ele ter de lutar contra o
desejo sexual. Daí, também que Judas, Maria Madalena, Cleópatra são uma mistura
de símbolos que não estão somente escritos nos evangelhos, porém em muitos
outros mitos que estudamos.
Daily Bread
Entremos na próxima parte desta maravilhosa oração.
Entremos na próxima parte desta maravilhosa oração.
Figura 16
“Panem nostrum supersubstantialem da nobis
hodie.”
“O
pão nosso de cada dia nos dai hoje. Quem comer a minha carne e beber o meus
sangue tem a vida eterna e eu o ressuscitarei no último dia. Pois a minha carne
é verdadeira comida, e o meu sangue a verdadeira bebida. Quem comer a minha
carne e beber o meu sangue, permanece em mim e eu nele” – João 6:54-56
Mestre Samael disse: “Para sabermos que a vida é um sonho não significa que tenhamos
compreendido isso. Compreensão está ligada à auto observação e intenso trabalho
sobre si próprio. Daí, a fim de trabalhar-se é indispensável fazer isso na vida
diária, neste exato dia. Então, será
compreendida esta frase da Oração do Senhor (Pater Noster) que ressalta: ‘Dai-nos hoje o pão nosso de
cada dia’.
“As
palavras “o pão de cada dia” significam “o pão supersubstancial” em grego ou
“pão do Altíssimo”.
A
Gnose nos dá esse “pão da vida” em duplo sentido: ou seja ideias e força, que
nos permitem desintegrar nossos erros psicológicos”. Samael Aun Weor.
Figura 17
Quando estamos meditando, como o símbolo de
Buda nos mostra acima, estamos compreendendo e adquirindo conhecimento, eis
como estamos comendo o nosso pão de cada dia. É por isso que a meditação é o
pão diário do sábio. Se quisermos comer aquele pão supersubstancial da vida,
necessitamos meditar todos os dias e compreender e aniquilar nosso ego, dai que
nosso pão é luz. Fazer isso não é fácil.
Eis porque no gráfico a seguir encontramos a Eucaristia.
EUCARISTIA
“Panem
nostrum supersubstantialem da nobis hodie.”
“Dai-nos
o pão nosso supersubstancial de cada dia”.
Durante o ritual gnóstico, nos colocamos em
comunicação com o mundo do Logos Solar, com o egípcio Ra, com Tum. A última
palavra é muito importante; tem três aspectos que representam as três forças
primárias:
T: O Pai [Kether]
U: O Filho [Chokmah]
M: O Espírito Santo [Binah]
“Este é
um mantra poderoso. Quando pronunciado, as forças do Logos são atraídas em
direção a nós. No instante em que a consagração do pão e do vinho é realizada,
os Átomos Crísticos descem e realmente são transformados em carne e sangue de
Cristo. Isso é feito por meio de um canal que é aberto e diretamente comunicado
com o Logos através do mantra”.
“Quando estamos em estado de êxtase, durante a transubstanciação, átomos
Crísticos de alta voltagem descem e dão-nos luz dentro da escuridão. Esses
átomos Crísticos nos ajudam na batalha contra os demônios vermelhos de Seth.
Então, trazemos luz na escuridão” – Samael Aun Weor
Muito embora Samael Aun Weor elucidasse isso,
ainda nesses dias de hoje há certos gnósticos ignorantes que olham para a
Eucaristia com desdém e sem dúvida não a estudam. Ilogicamente, pensam que o
ritual da Eucaristia não é bom, a menos que seja desempenhado por um Mestre.
“Meus
irmãos, não sejam muitos mestres, sabendo que devemos receber a maior condenação”. Mateus 3:1
TUM dito através dos lábios de Ra, que é
Horus dos Dois Horizontes, Haroeris, Yeshua:
“Eu Sou
o caminho [Eheieh-Kether], a verdade
[Chokmah] e a vida [Binah];ninguém vem ao Pai [Ptah] senão por
mim”. – João 14:6
Contudo, necessitamos trazer as forças de TUM
ao nosso íntimo a fim de lutar contra os demônios vermelhos de Seth; é isso que
o Mestre Samael elucida aqui:
“Ritual é magia prática. Magos negros odeiam mortalmente a Sagrada
Eucaristia. Magos da escuridão justificam seus ódios pelos rituais do pão e do
vinho de muitos e diferentes modos. Algumas vezes, eles dão as mais
extravagantes interpretações baseados em suas próprias fantasias. Seus próprios
subconsciente os traem. Eles tentam desprezar de todas as maneiras a Última
Ceia. Odeiam a Última Ceia do Bem Amado. Nossos discípulos devem estar alertas
e vigilantes contra esse tipo de subjetivo perigo. Qualquer um que odeie os
rituais da Última Ceia é um mago negro. Qualquer um que rejeite o pão e o vinho
da Unção Gnóstica rejeita a carne e o sangue de Cristo. Esses tipos de pessoas
são magos negros”. –
Samael Aun Weor
Novamente, certos “gnósticos” ilusoriamente
pensam que podem lutar contra os demônios vermelhos de Seth sem a ajuda desses
átomos de alta voltagem de TUM da Eucaristia Crística. Esses ignorantes
desligam-se da conexão com “Ra”, a luz solar dentro de cada um de nós. Cristo,
o Logos Solar não está submetido aos indivíduos. Quando dizemos que Cristo está
dentro de nós, queremos significar ao nosso nível. Contudo, quando pronunciamos
TUM e realizamos o serviço, atraímos as forças do Senhor “Ra” de acordo com
nosso nível. Ademais, se estamos em comunhão de almas, desempenhando o ritual
em grupo, aquela força solar desce com maior poder, uma vez que cada um de nós
está conectado com Ra. É isso que devemos entender:
Figura 18
“Eu Sou
[Ra] a luz [solar] do mundo; quem me segue não andará nas
trevas, pelo contrário terá a luz da vida”. – João 8:12
Assim, todos têm Ra, Deus, Cristo, TUM
interiormente. Queremos lutar contra nosso inimigos internos? Bem, necessitamos
então da ajuda do senhor Ra.
O pão supersubstancial, o “pão do Altíssimo”,
não é somente meditação, é também Eucaristia. Eis porque as duas sefirotes Hod
e Netzach estão também na Árvore da Vida; elas simbolizam o coração e a mente
que devem estar trabalhando juntos. Na Árvore da Vida elas compartilham uma
linha horizontal, Hod, “Glória”, o coração e Netzach, “Vitória”, a mente. Desse
modo, precisamos trabalhar com o coração e o cérebro, juntos. Quando estamos
meditando nossa mente necessita ajudar o coração. A fim de carregarmos nosso
coração com os Átomos solares Crísticos temos de tomar a Eucaristia. Entendamos
porque fazemos isso, não mecanicamente, mas sim porque entendemos o que a
Eucaristia simboliza. [Podemos aprender como tomar a Eucaristia nos livros “Tarô
e Cabala” e “Os Sete Mundos”, por Samael Aun Weor, como também aqui Eucharist: Spiritual
Strength Through Blessed Food and Drink]. E veja no You Tube: https://youtu.be/sCciSc8ojeM. Agora
sigamos:
CARMA
“Et
dimitte nobis debita nostra, sicut et nos dimittimus debitoribus nostris”.
“Perdoai
nossas ofensas assim como perdoamos quem nos tenha ofendido”.
Isso é Carma. Precisamos trabalhar para a
humanidade. Temos muitos débitos a
pagar. Pessoas as vezes investem contra nós de maneira muito rude, mas
pensemos: “Eu sou gnóstico, estou fazendo
coisas boas, por que as pessoas estão me tratando como um lixo? Por que?”.
Porque detemos uma quantidade de débitos; não somos perfeitos. Em vidas
passadas fizemos coisas más, então se quisermos que nosso carma seja perdoado,
temos de perdoar aos outros da mesma maneira, temos de sacrificar nossos
próprios sofrimentos. Como Mestre Jesus diz: retorne o bem pelo mal. Quem neste mundo está fazendo isso?
Tristemente, não perdoamos aqueles que nos ofendem. Se alguém nos ataca,
revidamos. Se alguém ataca nosso país, então enviamos o mesmo ataque contra o
país que nos atacou. Em outras palavras: o carma está sempre girando a Roda do
Samsara. Nossos pecados nunca terminam porque não estamos trabalhando para o
nosso Deus, mas para o nosso ego, nosso ídolo ínterior.
Figura 19
Neste gráfico vemos São Jó, quem humildemente
suporta muitas humilhações a fim de ser salvo quando é tentado por Satan e
adversários.
Em outras palavras, vejamos como teremos de
pensar, sentir e agir: como Jó. Três nos estão atacando e ainda assim Jó diria:
“Okay, continuem com isso”. Entender,
compreender o que seja que as pessoas estão dizendo contra nós é o que
merecemos; então perdoemos aqueles que nos atacam porque ninguém é um santo ou
anjo aqui. Somos todos decaídos tentando nos soerguer, e a jactância de que
somos santos é estupidez. Ninguém é sagrado, somente os Anjos o são, ainda
assim eles estão lá em cima e nós aqui embaixo.
TENTAÇÃO
“Et ne nos inducas in tentationem.”
“e não
nos deixes cair em tentação...” Deus nunca nos tenta, porém oramos, “por
favor ajude-me a não cair em tentação”. Então, quem é esse que vem nos tentar?
Satan! Nosso particular treinador, porque todos temos o nosso próprio. Esse
mentor é Satan, aquele que nos tenta. Leiamos o livro de Jó a fim de
compreendermos quem é Satan.
“Perguntou o Senhor a Satanás: Observaste o meu servo Jó? Porque ninguém
há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se
desvia do mal. Ele conserva a sua integridade embora me incitasse contra ele,
para o consumir sem causa. Então Satanás respondeu ao Senhor: Pele por pele, e
tudo quanto o homem tem dará pela sua vida. Estende, porém, a tua mão, toca-lhe
nos ossos e na carne, e verás se não blasfema contra ti na tua face! Disse o
Senhor a Satanás: Eis que ele está em teu poder: mas poupa-lhe a vida. Então
saiu Satanás da presença do Senhor, e feriu a Jó de tumores malignos, desde a
planta do pé ao alto da cabeça”. Jó 2:3-7
Eis o que Tiago, o apóstolo, diz na sua
Epístola: “Bem-aventurado o homem que
suporta com perseverança a provação; porque, depois de ter sido aprovado,
receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam. Ninguém, ao
ser tentado, diga: sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado pelo
mal, e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado pela sua
própria cobiça, quando esta o atrái e seduz. Então a cobiça, depois de haver
concebido, dá a luz ao pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”.
[Tiago ou James: 1:12-15]
Figura 20
Vejamos
Santo Antônio. Antes de se tornar Santo Antônio ele fora tentado. A razão pela
qual encontramos muitas imagens sobre a tentação de Santo Antônio é no sentido
de nos mostrar que a fim de obtermos santidade há grande número de trabalho a
fazerrmos. Precisamos nos defender da tentação. Aquele que nos põe em tentação
é nosso particular Satan, que está em nosso íntimo. Não há um Satan, mas muitos
Satans, tantos quantos há mulheres e homens no mundo. Eis porque invés de “livrai-nos”
deve ser “ajuda-nos a não cairmos em tentação”.
JEHOVAH ELOHIM
“Quia
tuum est regnum, potentia et gloria in saecula saeculorum.”
“Porque teu é o Reino...”
“Teu”
refere-se a Iod-Havah Elohim, a sefira Binah no topo da coluna do lado esquerdo.
O reino é a sefira Malkuth, a base da coluna no lado esquerdo. O lado esquerdo,
como sempre se estabelece, está relacionado com a fisicalidade. No lado
esquerdo está o poder, a sefira Geburah, aquela que nos tenta segundo o nosso
carma pessoal. Portanto, é assim que termina a oração:
“Mas a
misericórdia do Senhor (Malkuth), é
de eternidade a eternidade sobre os
que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos.
“For thine is the kingdom (Malkuth) and
the power (Geburah), and
the Glory (Hod),
Forever (Netzach) and
(the letter Vav hooks Yesod and Tiphereth)
everlastingly (the sephirah Chesed, “The mercy [Chesed] of Iod-Havah is from everlasting to
everlasting.” – Psalm 103: 17). Amen (TUM).
Figura 21
Significa o que anteriormente estivemos
explanando, que Deus não é tentado, uma vez que Dele é o reino, o poder e a
glória para sempre e pela eternidade, Amém. Jehovah Elohim é Binah no topo do
lado esquerdo. Em outras traduções, ao invés da sefira Hod, dizem a sefira
Tiphereth. “A gloria” é também a sefira Tiphereth, porém quando dizemos :”não me deixes cair em tentação” é
Tiphereth junto a Yesod que pede por ajuda: “ajuda-me a não cair em tentação”. E quem é esse mal? É nosso ego. E
por que estamos pedindo isso de Binah Elohim? Porque abaixo de Malkuth está
Klipoth, onde o todo de meu ego ali está e Jehovah Elohim tem o poder e a
glória no reino do lado esquerdo. É isso o que a Oração do Senhor estabelece e
assim é.
Figura 22
Neste gráfico encontramos os maravilhosos
símbolos de Osiris no meio; Isis à direita e Horus à esquerda, a trindade de
Daath. Já explicamos que Osiris e Isis são o sacerdote e a sacerdotisa, e Horus
é a alma (Tiphereth), aquele que tem de lutar contra o outro do mal. Na opera Aída,
escrita por Gisuseppe Verdi, ouvimos esta grande oração:
“Isis e
adoradores: Salve poderoso, poderoso Ptah! Espírito do mundo doador da vida,
ah! Nós vos invocamos!”.
“Osiris e adoradores: quem do nada traçou os mares, a terra, os céus, nós
vos invocamos”.
“Isis e adoradores: Salve poderoso, poderoso Ptah, fecundo espírito do
mundo, ah! Nós vos invocamos!”.
“Osiris
e adoradores: Salve Numen, que são no próprio espírito tanto filho como pai,
nós vos invocamos!
“Isis e adoradores: Incriados, eterna chama, de cuja centelha provocou o
sol, poderoso Ptah, ah! Nós vos invocamos!”.
“Osiris e adoradores: Vida do Universo, mito do eterno amor, nós vos
invocamos!”.
“Isis e adoradores: Salve poderoso Ptah! [ImmensO FthA!]
“Osiris e adoradores: Nós invocamos IAO!”. [Noi ti invoch-IAmO!]
Nesta oração está oculto IAO que é Deus antre
os gnósticos. Esotéricos e todos os grandes mestres e magos, sabem disto.
“Nós
invocamos IAO” - está em italiano “Noi ti invoch-IAmO!”
“Nós invocamos IAO”. Nós vos invocamos, ““Noi ti invochiamo,” como é dito em italiano, que é a língua
derivada diretamente do Latim. Invoch-IAmO,
veem? Nós invocamos IAO, que é TUM, as três forças primárias. Voltemos para
a leitura do escrito.
“Isis e adoradores: Poderoso Ptah!”.
“Osiris
e adoradores: nós vos invocamos!”.
Osiris e adoradores de Horus: Oh bem amada juventude de Numina, vós que
mantendes na verdade o destino do [Het-Ka-Ptah – Casa da
alma de Ptah] Egito possa a sagrada
espada, temperada por Numina, tornar-se em vossa mão o terror e a morte do
inimigo!”.
“Osiris a Ptah: Oh Seidade, custódia e vingadora
dessa sagrada terra, erguei vossa mão sobre a terra do Egito!”.
“Horus:
Oh Numen, líder e juiz de toda batalha terrena, protejei, vós, defendei, vós, o
sagrado solo do Egito!”
“Osiris, Isis e Horus: Erguei vossa mão sobre
a terra do Egito. Oh Numen, custódio e vingador desta sagrada terra, erguei
vossa mão sobre a terra do Egito. Oh
poderoso Ptah, criador do mundo, ah! Nós vos invocamos! Oh poderoso Ptah! Oh
poderoso Ptah!”.
Este é um extrato da ópera Aída de Giuseppe Verdi,
que todos podem ver neste vídeo que lhes estaremos mostrando; é somente uma
parte da ópera, por favor prestem atenção e ouçam. É parte da palestra, então
cliquem no link bem abaixo do parágrafo.
PERGUNTAS
E RESPOSTAS
1. P – Pode
nos falar mais sobre como o lado esquerdo da Árvore da Vida esteja destacado na
última linha no Pai Nosso. É dito: ‘pois vosso é o Reino, o Poder e a Glória’,
parecendo que toda a Árvore da Vida pertence a Ptah. Por que é especialmente mencionado
o lado esquerdo?
R.
– Por que especialmente
apontamos o lado esquerdo quando dizemos: “pois vosso é o Reino, o Poder e a
Glória?”. Porque pedimos na Oração do Senhor: “ajudai-nos a não cairmos em tentação, mas livrai-nos de todo o mal”.
O mal emerge da esquerda porque quando caímos, Ida, Aída, Eva, cai. É por isso
que dizemos? “livrai-nos de todo o mal”,
o ego. Por que pedimos isso a Jehovah Elohim? Porque o lado esquerdo é dele,
chamado, o Reino, o Poder e a Glória. O pai é o Espírito Santo e o lado
esquerdo pertence a ele (Binah) e sob ele está o poder (Geburah). Então, Binah
não é um escravo do lado esquerdo, mas nós somos escravos do lado esquerdo. Eis
porque O chamamos para ajudar-nos. Desse modo, quando dizemos isto é porque há
uma razão. Não é somente porque o lado esquerdo da Árvore da Vida pertence a
Ele, não!
A Árvore da Vida inteira pertence a Ele, mas
nós, particularmente, nos remetemos à esquerda porque o mal, ou o que chamamos
malignidade, que é o ego, emerge da esquerda.
2. P – Você
mencionou que ao utilizarmos o mantra TUM devemos tomar cuidado para não
fazermos com o nome do Senhor em vão. Isso significa um trabalho combinado?
R. – Quando agora nominamos a palavra TUM,
não a estamos pronunciando em vão, porque estamos respondendo sua pergunta, e
TUM desce a fim de responder. Todos nós estamos conectados com TUM, mas se
formos para esse mantra, que seja por qualquer outra razão menos o mal. Devemos
fazer isso unicamente se estivermos necessitados de ajuda como, por exemplo, se
estivermos em perigo de vida, de morte, então nos concentremos em nosso Pai e
pronunciemos o mantra, então, nosso Pai desce e nos ajuda.
Conforme podemos observar no Latim, o Pater
Noster diz muitas vezes: TUM, TUM, certo? “Quia tuum est regnum”. Em outras
palavras, o poder é TUM e a glória é de TUM, sempre e para sempre. Eis porque
quando pronunciamos em Latim, ele é mais poderoso do que em Inglês. A oração
tem poder em Inglês, mas quando a pronunciamos em Latim é muito mais poderosa
porque o mantra TUM nos conecta internamente com nosso Deus interior e TUM traz
a força de que necessitamos naquele momento.
3. P – Tenho
ficado confuso por “e não nos deixeis cair em tentação”. Noto sua tradução na
tela “e nos permita não cair na tentação”. Se explicar-nos....
R. – Quando estamos pedindo ao Pai: “e nos permita não cair em tentação” nos
implica que o Pai estaria nos tentando, certo?. Porém se dissermos: “Ajudai-nos a não cair em tentação”,
então estamos dizendo que a tentação vem de Satan, o tentador. Compreendamos
isso como “Ajudai-me a não cair em
tentação pela compreesão de meu ego”. Deus nunca nos tenta, porém Satan
sim, pois é a sombra de nosso Deus. Então se dizemos; “e nos permita não cair em tentação”, como Deus iria nos permitir
cair na tentação? Impossível. Deus nos quer com ele, ele não estará fazendo o
oposto. Porém Satan fará isso a fim de nos mostrar nos defeitos e vícios. Eis
como temos de entender esta bela Oração do Senhor.
4. P – As
pessoas aqui estão atordoadas e espantadas neste instante.
R. – Bom, porque é isto precisamente o que a
Oração do Senhor faz. Quando estudamos isso e vamos fundo, choramos. Eu estava
aqui segurando minhas lágrimas, especialmente quando assistindo a ópera, que é
muito clara para mim, nomeadamente, Osiris e Isis. Isis (a Mãe Divina) é aquela
que está realizando o trabalho, ao passo que o sacerdote permanece ali. Isis é
aquela que realiza o trabalho, a que traz a espada do fogo, porque a forja é
seu fogo, é Malkuth. Na ópera há três polaridades em ação: o sacerdote, a
sacerdotisa e o coro ou congregação; as três forças primárias. A ópera é
bastante esotérica, particularmente aquela oração no templo; o todo dela é
belo. A oração de Ptah é somente uma parte dela.
5. P – Isso
significa que Horus representa a congregação?
R. – Não, a congregação representa todos os
diferentes arquétipos. Cada um, na congregação, é um sacerdote na seu próprio
lar. Cada Isis na congregação é uma Isis em seu próprio lar. Em cada templo há
um sacerdote e uma Isis oficiando. A Isis que está dançando na ópera é aquela
que está realizando o trabalho no templo. O sacerdote representa Osiris. Horus
representa suas almas, aquele que recebe a espada. Tiphereth tem de lutar
contra o inimigo que se acha interiorizado. Horus é Tiphereth que tem RA encarnado.
Há uma revelação maravilhosa aqui. Ele recebe a espada para lutar contra o
inimigo. O inimigo está em seu íntimo. Na ópera, veremos que o inimigo é o rei
da Etiópia, mas isso é um símbolo que precisamos entender. Exatamente como na
Bíblia, no êxodo, que aponta para os egípcios, como o seu inimigo. É algo que
precisamos entender e não tomar literalmente. Lembremos que no início,
alquimicamente, Aída é negra; Cleópatra é negra, depois torna-se branca, depois
amarela e, finalmente, vermelha.
POR UM
INSTRUTOR GNÓSTICO
Fonte: https://gnosticteachings.org/courses/defense-for-spiritual-warfare/3200-the-prayer-of-the-lord.htm
Tradução Inglês / Português: Rayom Ra
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br