sábado, 16 de dezembro de 2017

Dezembro, Quase Vinte e Cinco


  Dezembro, quase vinte e cinco,
  Ansiedade, apinhamento,
                           Sol castiga, ardência,
  Nada amaina; brisa quente,
  Prova de tormento!

  Magazines, encantamentos,
  Sinos, luzezinhas, isopor,
  Heróis, presépios, histórias,
  Símbolos que são e que vêm,
  Tento e consigo transpor!

  Comemora a emoção,
  Envolve o clima, abraça a festa,
  Sob o céu Halley cometa,
  E viagens siderais.
  Terra. Véus escuros sobre esta!

  Sinos dobrarão solenes,
  Dentro em pouco mesas fartas,
  Também fome, expiação.
  Hóstias e surdos homens,
  Poucas Marias e tantas Martas!

  Som terrível se avizinha,
  Ouço, presto atenção,
  E trombetas são ouvidas,
  Clangores! Besta dos Mares,
  Apocalipse, João!

  Velho céu, velho planeta,
  Olho, vejo, quase entendo.
  Melhor..., entendo sim,
  Atlântida, Jerusalém,
  E a matéria aqui regendo!

  O círculo que se fecha,
  O caminho que se estreita,
  O Rei sugado e deposto,
  Deus de novo crucificado,
  A morte que vem e que espreita!

  Da alma a luz, da Terra a ciência.
  No tempo aspiro a tudo ver,
  Respiro, espasmo, a sombra entra,
  E o alento após se esvai,
  Conseguirei viver?

  Magnífico João!
  Novamente o profeta,
  Doze tribos, Israel,
  Cento e quarenta e quatro mil,
  De quantos mais será a meta?

  Volvo o rosto sem sentir,
  Vago assim e inda divago,
  Mesmas faces, corações,
  Morte e Vida a quem as queira,
  Acabo, entro, compro, pago.

         Por Rayom Ra

                                                      
                        Rayom Ra                                                                                                  http://arcadeouro.blogspot.com.br  
 

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