quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação - (3)

CAPÍTULO XV

DOS REINOS À HUMANIDADE

    O esquema da escala evolutiva da cadeia do planeta Terra prevê as vidas atingindo o seu ponto mais alto num determinado período, que não sabemos com exatidão. As vidas reiniciam propriamente suas caminhadas a cada nova encarnação da cadeia, ao ingressar sucessivamente em cada um dos seis reinos, deles saindo após bilhões de anos para finalmente chegar ao reino humano.

  As vidas agrupadas por afinidades nos estágios dos três reinos não humanos podem também ser classificadas como “vidas essenciais temporárias”, visto terem estado submersas nos campos vibratórios das almas-grupos que são formações das essências das matérias dos mundos. Existem tipos de essências nos mundos superiores que as vidas as tenham atraído e delas se revestido quando da passagem pelos três “reinos elementais”, bem como existe, mais adiante, essência da matéria atômica do mundo etérico.

  Diríamos, para melhor entendimento, que cada vida ao envolvimento das matérias essenciais de sua alma-grupo, mergulhou com a alma-grupo na respectiva energia-alma dos reinos mineral, vegetal e animal, ligou-se à energia-forma de uma espécie ou gênero, e ali obteve as experiências almejadas. Um animal, um vegetal ou mineral não são a reencarnação em si mesmos de uma vida, pois sob a contextura de uma alma-grupo e de suas capas protetoras, a vida não pode ser algo encarnante. Uma unidade-vida precisa permanecer ligada às funções interiores de uma alma-grupo num determinado reino durante muitos ciclos. Mas sua ligação com a espécie de um reino se estende para fora da essencialidade da alma-grupo, ou seja, a unidade-vida se lança para além dos limites da alma-grupo e de um determinado espaço se liga vibratoriamente ao exemplar do reino. Quando o exemplar do reino deixa de viver, por diversas contingências, a unidade-vida então é puxada magneticamente de volta ao círculo de existência  de sua alma-grupo.

  Várias unidades-vidas de uma só alma-grupo podem ligar-se simultaneamente a um único exemplar de uma determinada espécie de um reino, segundo suas afinidades principais e secundárias. Parece não haver uma regra fixa quanto ao número de vidas e suas ligações com um só exemplar de uma espécie. Mas quando houver a seleção individual de uma unidade-vida se associando a um único exemplar de uma espécie, essa vida terá alcançado o status de poder abandonar aquele reino migrando para outro. Esse fato acontece, por exemplo, com uma rocha, uma árvore ou animal, mas extensivo somente às particulares espécies dos reinos que possam proporcionar às unidades-vidas as últimas e derradeiras experiências de um reino antes da migração para outro reino.

  De bilhões nascidas do Logos, existem sete tipos de vidas alinhadas com seus sete tipos de almas-grupos, relativas e respectivas às sete variações dos raios cósmicos. E conforme dissemos, uma só alma-grupo pode conter várias unidades-vidas de um mesmo raio. Dessa maneira, cada alma-grupo básica pode desdobrar-se em seções e setores sob um mesmo raio para atender às demandas de experiências diferenciadas das várias vidas, com relação aos grupos e subgrupos das espécies dos três reinos não humanos. Daí supormos que as almas-grupos e um número determinado de vidas de um raio consigam também cambiar associações com espécies diferentes do reino em que estão mergulhadas, unicamente sob o mesmo raio, para atender às necessidades principais e secundárias de experiências mais pluralizadas das unidades-vidas.

  Vejamos como A.E.Powell sintetiza almas-grupos:

“Esses sete grandes tipos de raios de almas-grupos mantêm-se separados e discernidos durante todas as vicissitudes de suas evoluções, ou seja, os sete tipos evolucionam em correntes paralelas que nunca se mesclam nem se unem umas com as outras....”
“Essas sete almas-grupais primárias aparecem como formas vagas, membranosas, que flutuam num grande oceano, como os globos flutuariam no mar. São vistas primeiramente no plano mental, aparecendo delineadas com maior clareza no plano astral e mais ainda no plano físico. Cada uma flutua numa das sete correntes da Segunda Grande Emanação de Vida.”

  É importante notar-se que as unidades-vidas não são especificamente as estimuladoras das funções vitais instintivas dos representantes dos reinos, nem partícipes dos processos organizacionais evolucionários dos múltiplos grupamentos das espécies. Há hierarquias espirituais responsáveis por anexar energias e forças aos reinos, e que tratam da ampla evolução das espécies, segundo aplicações, consolidações e efeitos de leis naturais regentes. E a função das unidades-vidas nesse processo é bem mais de auferir das experiências dos reinos do que estimular. Mas é inegável que as vibrações adquiridas pelas vidas, ao longo de suas peregrinações nos reinos, irão afetar os representantes das espécies de diversas maneiras - e prover-lhes de cumulativa memória - com isso auxiliando-os a desenvolver melhores valores. As capas de proteção que a Inteligência do Segundo Logos criou para as almas-grupos, auxiliam a que as essências elementais que preenchem o interior das almas-grupos ali recebam as vibrações das energias dos reinos através das unidades-vidas que estejam atuando fora, e as conservem concentradas no interior dos círculos de suas existências. 

  Essas capas ou proteções nas almas-grupos são três sobrepostas que articulam sucessivamente as respectivas vibrações com os reinos mineral, vegetal e animal. Na medida em que as almas-grupos contendo as vidas migram de um para outro reino, perdem nessas passagens as suas capas protetoras respectivas aos reinos que estão deixando. Dessa maneira, quando decorridas sete rondas ou uma encarnação da cadeia, e grande número das almas-grupos do reino mineral avançam para o reino vegetal, uma de suas capas, justamente aquela relativa ao reino mineral, se desfaz e os seus átomos constitutivos retornam ao grande reservatório da natureza. O mesmo processo se dá nas passagens do reino vegetal para o reino animal e desse para o reino humano.

  Essas capas estabelecidas pelo Segundo Logos, assemelham-se a três anéis sucessivos em torno de cada alma-grupo do seguinte modo: uma capa, anel ou proteção de essência elemental mental do reino mineral, uma capa, anel ou proteção de essência astral do reino vegetal, e uma capa, anel ou proteção de matéria atômica etérica-física do reino animal.

  Nunca é demais redefinirmos o que sejam as energias consolidadas em suas funções e especialidades dos reinos:

1. Energia-alma de um reino significa a energia global daquele reino portadora, num determinado tempo ou ciclo de existência, das energias cósmicas e da memória ativada nos seus átomos pela alma universal ou anima mundi, para o cumprimento do processo evolucionário do reino. Considera-se cada reino, na sua totalidade objetiva e subjetiva, como vidas e formas. Assim, a energia-alma nada mais é que a setorização da alma universal, quando ela atua especificamente num só reino trazendo a imanente idéia do Logos a fazer o reino transformar-se e evoluir segundo características naturais dispostas na mensagem evolucionária.

2. Energia-forma significa o modelo preexistente ou o arquétipo do reino que na manifestação geral de sua energia-alma o reino virá trabalhar. A energia-forma define não somente o formato do reino inteiro, sob a influência de um determinado raio cósmico, como especializa e caracteriza o formato de toda e qualquer espécie ou gêneros, nas suas diversificadas ações e funções objetivas e subjetivas, dentro das influências dos sub-raios daquele raio cósmico.

3. Energias-vidas são as mesmas vidas essenciais temporárias, unidades-vidas ou simplesmente vidas originadas da ideação e presença do Segundo Logos, que mergulham nos mundos criados e que, com as essências elementais e essência atômica etérica, constituem almas-grupos. Cada unidade-vida, sob os auspícios de uma mônada, submersa em um dos quatro reinos mais conhecidos, representa ou simboliza uma réplica inferior de uma unidade-vida superior, vivente nos mundos Atma, Buddhi e Manas Superior. Tanto as unidades-vidas superiores quanto às unidades-vidas inferiores têm constituições trinas e permanecem ligadas e associadas durante todo o processo evolucionário. As unidades-vidas inferiores têm seus processos evolucionários finitos assentes e desdobrados nos mundos Manas Inferior, Astral e Etérico-Físico.

4. Almas-grupos são formações de essências elementais e atômicas capturadas pelas unidades-vidas em seu processo de descenso pelos reinos elementais e mundo etérico. Possuem três capas protetoras ou anéis constituídos da inteligência do Segundo Logos, formando uma envoltura tríplice no interior da qual as unidades-vidas permanecem ativadas por um mesmo raio cósmico. Os resultados conseguidos por uma alma-grupo, por veículo das vidas nas suas interações com determinadas espécies de um reino, são cumulativos e distributivos, pois a cada ciclo de evolução esses resultados enriquecem a alma-grupo, as unidades-vidas e os representantes das espécies.      

  Imaginemos tigres. Os tigres têm todos suas almas-grupos, não importando quão distante vivam uns dos outros pelo planeta. Quando um tigre morre, a energia mais sutil que o guiou através do instinto, como por outros fatores naturais desenvolvidos pela espécie, desliga-se da forma inerte e sobe definitivamente para os limites dos mundos etérico-astral, juntamente com as demais unidades-vidas daquela encarnação quando é esse o caso. A referida energia elemental hospedeira da unidade-vida ali presente, mergulhará no conteúdo acumulado da alma-grupo e nele virá adicionar a síntese da experiência adquirida pelo tigre em sua recente encarnação. Quando novos tigres vierem para reencarnar portarão um acréscimo de experiência amalgamada ao conteúdo de experiência acumulado na alma-grupo.

   Vemos, assim, que as vidas que um dia serão humanas, não foram exatamente animais, nem vegetais ou minerais, pois em suas passagens por esses reinos obtiveram as experiências dos reinos desde um plano de existência acima das manifestações das espécies. Entretanto, as vidas encarnadas como homens, liberadas das ligações das almas-grupos e, portanto, individualizadas, trarão incorporadas as reações primárias sob o imperativo do instinto, sobrepostas por uma gama de experiências adquiridas por bilhões de anos nos reinos pregressos, que as auxiliarão a sobreviver em grupamentos humanos afins.  

  Neste particular, sabe-se que os grupamentos de vidas primitivas respondem preponderantemente a um mesmo raio de energia e força, embora possam existir influências de outros raios ou sub-raios. Alice Bailey em “Tratado Sobre os Sete Raios”, nos define os raios cósmicos da seguinte maneira:

“Os sete raios são as sete correntes de força que emanam duma energia central depois do vórtice de energia ter sido posto em movimento. Então o espírito e a matéria tornaram-se interativos e a forma ou aparência do sistema solar começou o seu processo de chegar a ser - processo que conduz oportunamente a Ser. Esta idéia é antiga e verdadeira. Nos escritos de Platão e dos iniciados que enunciaram proposições fundamentais que guiaram a mentalidade humana, durante o decorrer das idades, neles encontramos referências aos sete eões e emanações, à vida e à natureza dos Sete Espíritos Diante do Trono. Estas grandes vidas atuando dentro dos limites do sistema solar, reuniram em Si a substância de que necessitavam para a manifestação e modelaram as formas e aparências através das quais poderiam exprimir as Suas qualidades inatas. No Seu raio de influência Elas reuniram tudo o que agora existe. Este conjunto qualificado de materiais constitui o Seu corpo de manifestação, do mesmo modo que o sistema solar é o corpo de manifestação da Trindade dos aspectos...

“Essa ideia pode ser melhor compreendida se se recordar que cada ser humano é, por sua vez, um agregado de átomos e de células que compõem a forma; nela encontram-se disseminados órgãos e centros de vida diferenciados que funcionam com ritmo e relação, mas que têm influências e propósitos diferentes. Essas formas agregadas e animadas apresentam aparência duma entidade ou vida central, caracterizada por qualidade própria e que funciona de acordo com o seu grau de evolução, impressionando assim, pela sua irradiação e sua vida, cada átomo, célula e organismo dentro do raio da sua influência imediata e agindo também sobre os outros seres humanos, com que contata...

“O homem é uma entidade psíquica, uma Vida que, por meio da sua influência irradiante, construiu uma forma, colorida pela sua qualidade psíquica, que lhe é própria e apresentando ao mundo circundante uma aparência que persistirá durante o tempo que esta Vida ocupar a forma...

“Segundo o plano inicial, a Vida-Una procurou expandir-se e os sete eões ou emanações surgiram do vórtice central e repetiram ativamente o processo anterior em todos os detalhes. Vieram à manifestação e no trabalho de expressão da vida ativa, qualificada pelo amor e limitada pela aparência fenomenica externa passaram a uma segunda atividade e tornaram-se os sete Construtores, as Sete Fontes de Vida e os sete Rishis, de que falam todas as antigas escrituras. Essas sete Entidades psíquicas originais, têm a capacidade de exprimir o amor (que implica o conceito da dualidade: o que ama é amado, o que deseja é desejado) e passar da existência objetiva. A estas sete Entidades damos os nomes seguintes:

Enumeração dos Sete Raios:

1. O Senhor do Poder ou Vontade. Esta vida quer amar e utilizar o poder como expressão de benevolência divina....
2. O Senhor do Amor-Sabedoria. Personifica o amor puro, é considerado pelos esoteristas como estando estreitamente encerrado no coração do Logos Solar como estava o discípulo bem-amado perto do coração do Cristo da Galiléia...
3. O Senhor da Inteligência Ativa. O seu trabalho está mais estreitamente ligado com a matéria e atua em colaboração com o Senhor do segundo raio...
4. O Senhor da Harmonia, Beleza e Arte. A principal função deste Ser é a de criar Beleza (como expressão da verdade) através do livre jogo da vida e da forma baseando o cânon da beleza no plano inicial, tal como existe na mente do Logos Solar...
5. O Senhor do Conhecimento Concreto e da Ciência. Esta grande Vida está em contato estreito com a mente da divindade criadora, do mesmo modo que o Senhor do segundo raio está no coração da própria Divindade...
6. O Senhor da Devoção e do Idealismo. Esta Divindade Solar é uma característica particular da qualidade do Logos Solar...
7. O Senhor da Ordem Cerimonial ou da Magia. Está agora entrando no poder e começa lenta, mas seguramente a fazer sentir Sua presença”...

  O reino humano determina, principalmente, que o homem sintetize em si mesmo suas passadas experiências elementais e mantenha essa síntese, ao longo de suas peregrinações, sob a guarda do inconsciente. Nesse novo percurso, onde viverá muitas encarnações, ele finalmente chegará a edificar uma verdadeira personalidade, habilitando-se a trabalhar em consciente processo de transmutações das energias represadas por suas vidas elementais. Ou seja, durante muitas interpolações físicas o homem viverá ainda sob a guia de seus mais fortes instintos, para depois aos poucos deles se libertar e edificar uma consciência mais ampla sobre a vida, família, grupo, raça, meio ambiente, sociedade, nação, mundo e objetivos da existência. E mais adiante, desenvolverá outra dimensão da consciência a que todos os homens estão destinados a alcançar.

  Essas são as marcantes diferenças nas consciências das raças, pois as diversidades do comportamento revelam maior ou menor grau da maturidade das personalidades.

  O esotérico se esforça para entender os mecanismos da criação a partir da existência do sistema solar, desde uma origem fora do espaço-tempo, a que chama de espiritual. Posição diferente externam as ciências terrenas ao admitir a multiplicidade das espécies unicamente a partir de um processo espontâneo e material. O esotérico não tem como provar objetivamente ao homem do pensamento concreto o resultado de suas pesquisas acerca da origem espírito-matéria, porque essas coisas não se provam objetivamente, senão no máximo demonstram-se analogicamente, pois é questão unicamente de consciência. Entretanto, muitos representantes dos diversos ramos das ciências físicas materiais são estudantes das ciências ocultas nos mais diferentes segmentos, e assim buscam nos seus estudos e experimentos atingir os limites do possível e do imaginável, aproximando cada vez mais os postulados rígidos das ciências às variáveis mais flexíveis da visão metafísica ocultista. Essa flutuação estende-se aos dois planos da existência, o físico e o espiritual. Ou seja, os cientistas ocultistas prosseguem sempre seus estudos e experimentos tanto em cima como embaixo. Daí surgir novas pesquisas do abstrato e registrarem-se formulações mais aceitas nas relações espírito-matéria-energia, e a admissão cada vez maior pelas ciências físicas da existência de dimensões ou de universos paralelos, atualmente invisíveis ou incompreensíveis aos não esotéricos e não videntes.

  Antes de tratarmos propriamente do surgimento do gênero humano na Terra, destaquemos que o objetivo traçado para as vidas no Grande Plano da Criação não se limita ao aspecto humanidade, porém prossegue, e ao que nos conste, infinitamente. O homem está destinado a alcançar ainda nesse quarto período-cadeia do esquema da Terra a condição de super-homem e ulteriormente, nesse mesmo espaço-tempo, sua identidade com a própria mônada.

  Vimos que a mônada tem também a denominação de espírito. Mas tem outros sinônimos, tais como espírito puro, unidade de consciência, triângulo primordial, divindade, pai celestial, jiva, etc. Entendemos a mônada como energia pura, poderosa e transcendente a tudo quanto se manifeste no sistema solar. É a imanência de Deus no Primeiro Logos; a eternidade em seu aspecto finito, subjugada aos parâmetros do espaço-tempo; é a sabedoria operante nos mundos objetivos. A mônada ao trazer de volta o seu reflexo manifestado por trilhões de anos nos mundos criados pelo Logos, estará enriquecida da criação, vida e evolução do sistema solar, embora a obra que ajudou a construir não esteja obrigatoriamente acabada.

  Sobre esse aspecto, regridamos mais ainda em nossa visão dos primórdios da Vida e voltemos a focalizar um determinado momento da mônada como ponto de partida de nosso raciocínio até alcançarmos o homem no cenário terreno, bilhões de anos atrás. Entendamos que todas as mônadas, quando o Primeiro Logos atuou, já imediatamente se constituíram numa hierarquia que se pôs operante para a construção do sistema solar. Conforme vimos, dos sete mundos do universo manifestado, Adi e Anupadaka já existiam quando o Logos iniciou o seu trabalho na matéria pregenética.

  As mônadas necessitavam colher experiências dos mundos onde o Logos se manifestava em consciência e matéria, mas por suas origens e estruturas não poderiam descer mais do que do mundo harmonioso de Anupadaka.

  Tão logo o Deus Criador estabeleceu as matrizes dos mundos, vieram as hierarquias criadoras designadas a trabalhar e auxiliar no Grande Plano da Criação, pois já eram experientes de outros sistemas solares, e de acordo com a Lei Evolucionária operariam na edificação do novo sistema solar e nas suas sucessivas reencarnações.

  Dessa maneira, as hierarquias também auxiliaram as mônadas porque obraram em todos os mundos de diferentes tipos de matéria. Nesse mister, criaram um segmento ou fio prateado para cada mônada, chamado pelos orientais de “fio sutratma”, ligando-as individualmente a um átomo especial em cada mundo abaixo de Anupadaka, a fim de que, a partir desses átomos, a mônada pudesse edificar veículos onde se manifestaria. Assim foi feito, e cada veículo ou corpo de manifestação foi engendrado do escolhido átomo-semente ou átomo-mestre, cujo núcleo e estruturas espiraladas diferem dos átomos físicos comuns, além de possuir um banco de memória de capacidade quase ilimitada.

  Os átomos-mestres detêm registros de uma memória indelével de como ativar as linhas energéticas da matriz de um veículo constituído e apropriado para se manifestar num respectivo mundo. Essas informações são passadas instantaneamente aos demais átomos quando atraídos e agrupados magneticamente pelos átomos-mestres. Portanto, os átomos-mestres são portadores em seus núcleos de uma figura microscópica do respectivo corpo ou veículo, que mais tarde, em um tempo da evolução das vidas, virá configurar-se objetivamente em tamanho e proporções previstos.

  A cada hierarquia coube a tarefa de idealizar a construção dessa miniatura de futura expressão de uma mônada, nos cinco mundos criados pelo Logos onde elas atuavam. Foram cinco átomos-mestres e mais uma projeção ou polarização de energia no mundo Manas Inferior, que a mônada se utiliza como veículo de manifestação do pensamento concreto. Essa figura se chama Unidade Mental, e trabalha em direta relação com o átomo-mestre de Manas Superior, servindo de ponte entre os mundos físicos onde a personalidade vive e tem o seu ser, e os mundos denominados superiores.

  As manifestações das mônadas em Adi e Anupadaka dão-se por três aspectos conhecidos como vontade-sabedoria-atividade. Desses aspectos, as hierarquias auxiliaram as mônadas a anexar os átomos-mestres no fio sutratma, que subsiste durante todo o tempo de manifestação de sua respectiva mônada. O fio sutratma desce desde atma até sthula, ou seja, desde o corpo espiritual até o corpo etérico-físico.  É forçoso melhor nos referirmos à natureza desses átomos-mestres e àqueles atraídos magneticamente aos átomos-mestres.

  São de outro aspecto e estrutura que os átomos químicos conhecidos por nossas ciências oficiais. Têm sete espirais duplas e paralelas que os envolvem no formato aproximado de um coração. Essas espirais vão sendo ativadas pelas energias que as vidas incorporam e que assim produzem melhores condições evolucionárias e poderes superiores. No mundo das personalidades, a cada ronda, um par dessas espirais é ativado segundo esforços próprios e pessoais de cada unidade-vida. Como nos encontramos na quarta ronda, a quarta ordem dessas espirais encontra-se desperta e ativada em grande parte da humanidade, relativa, justamente, ao quarto mundo ou plano de existência chamado de mundo mental.

  As mônadas procederam do Primeiro Logos, como já nos referimos, e são também chamadas de “Chispas do Fogo Supremo”. A elas assim se refere A.E. Powell sobre a Doutrina Secreta, relativamente ao “catecismo oculto”.

“ - Levanta tua cabeça, Ó, Lanu! Vês uma ou inumeráveis luzes acima de ti, ardendo no céu escuro da meia-noite?
   - Eu percebo uma chama, Ó, Gurudeva: vejo inumeráveis e inseparáveis centelhas que nela brilham!”

  A chama é Ishvara em Sua manifestação como Primeiro Logos; as chispas não separadas são as mônadas humanas e outras. Há de se notar especialmente as palavras “não separadas”, pois significam que as mônadas são o próprio Logos.

CAPÍTULO XVI

O ADVENTO DAS RAÇAS

  A fim de que possamos abordar melhor o advento das raças no planeta Terra, necessitaremos fazer pequena digressão sobre a evolução da quarta cadeia, chamada cadeia do planeta Terra.

  Já mencionamos que o campo de evolução da Vida no sistema solar abrange 10 cadeias planetárias, que juntas são chamadas de um esquema solar. Cada cadeia vem à manifestação 7 vezes, que são suas 7 encarnações e cada encarnação consiste no percurso de sete rondas, uma após outra, passando de globo a globo.

  Cada ronda se inicia no globo A e se encerra no globo G. Nesse momento o esquema da Terra se encontra na quarta encarnação de sua cadeia, desenvolve a quarta ronda no quarto globo D, a Terra, tendo, já percorrido os globos A, B e C. Dessa maneira, como afirmam os mestres do esoterismo, esse é um momento especial em nossa cadeia, pois resume pouco mais da metade do percurso da quarta ronda na qual se estabeleceram importantes eventos que mencionaremos mais adiante.

  As raças não humanas e as raças humanas foram sendo preparadas e adaptadas às diversas condições dos globos da cadeia nas três rondas anteriores. Da mesma forma, ao curso das rondas, os globos foram obtendo condições mais apropriadas em suas matérias para oferecer melhores e mais sólidas condições às raças e aos reinos que neles viriam ancorar-se.

  O Grande Plano da Criação idealizado pelo Logos Criador para nosso sistema solar, tem como um de seus objetivos o aperfeiçoamento das experiências das vidas, mas inclui necessariamente o mergulho na matéria mais sólida. A cadeia anterior, chamada lunar, apresentou um determinado tipo de materialidade consolidada ao máximo no globo D, a Lua, por ter sido esse o único globo, da terceira cadeia, de contextura material sólida. A quarta cadeia, agora denominada de cadeia do planeta Terra, ou cadeia da Terra, tem três planetas formados de matéria físico-densa. São eles, Marte (globo C), Terra (globo D) e Mercúrio (globo E).

  Ao percurso das três primeiras rondas, como dissemos, as vidas que mais tarde viriam formar nossas raças, obtiveram pouco a pouco maior solidez. Quando essa cadeia, ou a quarta encarnação desse esquema, ressurgiu do pralaya para a objetividade e a primeira ronda cumpriu todo o percurso através dos sete globos, sua situação era exatamente a mesma da última ronda da terceira cadeia. Foi somente ao início da segunda ronda que a quarta cadeia desceu um grau na sua materialidade, se apresentando como está atualmente, tendo os globos C, D e E constituídos de matéria físico-densa.

  Quando a quarta ronda atingiu o globo D, a Terra, a cadeia experimentou o maior grau de sua materialidade, sendo esse o primeiro grande evento da cadeia. O outro grande evento foi a mudança do sentido evolucionário de toda a cadeia que passou a ascensionar a partir da quarta raça-raiz. Houve, desse modo, uma mudança na polarização das energias que permeiam a cadeia. Essa ascensão passará depois da sexta e sétima raças-raízes para os planetas E, F e G nessa mesma ronda, e futuramente para a quinta, sexta e sétima rondas. As próximas cadeias trabalharão os reinos unicamente sob o aspecto ascensional visto cada uma delas, a seu tempo, ir subindo um grau respectivo na sua materialidade, até a sétima cadeia chegar a ser como a primeira.

  Voltando ao processo da formação das raças, vimos que foram necessárias três rondas e meia para as vidas finalmente obter no globo D, a Terra, corpos concretos cada vez mais bem formados e melhor estruturados. Entretanto, ao início das duas primeiras raças não havia na Terra condições físicas no sentido de que a vida humana ali pudesse se desenvolver em sua superfície.

  A passagem da quarta ronda viria enfocar no globo D praticamente todo o processo evolucionário da cadeia. O globo D passou então a ser o ponto de convergência da cadeia. Ao início da ancoragem da quarta ronda, a face do globo mostrava-se em completo revolvimento através da ação do fogo. Esse tempo é calculado de ter sido o período pré-cambriano, ou tendo seu início há não menos do que 570 milhões de anos.

  As ciências terrenas calculam a idade da Terra em 4.5 bilhões de anos. Os esotéricos vão mais além e chegam a 7 bilhões de anos. Devemos ressaltar, no entanto, que essa contagem esotérica equivale unicamente a partir da chegada da quarta ronda em nosso planeta, não se computando o tempo decorrido nas três rondas e meia anteriores. Como sabemos, ao final de cada ronda a cadeia inteira se apaga da objetividade e todos os globos já estarão gradativamente perdendo suas principais funções, tornando-se inativos após as passagens neles da ronda. Quando sétima e última ronda declina, a cadeia se apaga e permanece por muitos anos da escala temporal terrena em estado de pralaya de ronda, ou seja, repousando e se recuperando para a ronda seguinte.

  Pralayas ou intra-períodos de rondas não podem ser tomados para aquilatarem-se as idades exatas dos globos, senão somente de uma forma geral para calcularmos a manifestação da cadeia numa encarnação. E são muitos bilhões de anos, de tal forma que não se chegou ainda a um consenso sobre tais cifras.

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  Com respeito às cinco raças até agora manifestadas nessa quarta ronda na Terra, apresentamos uma exposição no formato de questionário, a fim de que melhor abordemos suas formações e evoluções nos limites desse trabalho e consigamos inserir pertinentes comentários de maneira mais objetiva..

A PRIMEIRA RAÇA

1. Qual é o significado do termo raça?
     R. Uma das aplicações semânticas para definir o grupamento humano na sua generalidade, considerando laços sangüíneos, é a seguinte: “O conjunto de ascendentes e descendentes de uma família, uma tribo ou um povo, que se origina de um tronco comum” ( Dicionário Aurélio).

2. Qual foi a primitiva raça humana?
     R. A raça humana foi engendrada, propriamente, antes da definitiva consolidação física do orbe terráqueo. O esoterismo explica que o planeta Terra, neste atual estágio, vem sendo e será, ao final de tudo, povoado por sete grandes raças raízes humanas. A raça primitiva, ou seja, a primeira raça que deu base à formação de seres humanos chamava-se raça Polar.

3. Onde a raça Polar se desenvolveu?
     R. A raça Polar que iniciou a formação dos corpos para as experiências das vidas humanas no planeta Terra, foi de matéria etérica.
     Por milhões de anos essa raça embrionária de todas as demais se desenvolveu no mundo etérico, no pólo norte espiritual da Terra. Esse pólo não é o atual Pólo Norte glacial que conhecemos, pois atualmente suas coordenadas apontam para o deserto de Gobi, na Mongólia.

4. Como entender a existência de um pólo espiritual no deserto de Gobi?
     R. Tanto a formação geológica do orbe terráqueo quanto a sua posição astronômica eram outras há milhões de anos. A Terra tem dois pólos magnéticos, norte e sul, para o trânsito das energias magnéticas, um de entrada e outro de saída. Tem também dois outros caminhos específicos, de ida e volta, de leste para oeste e de oeste para leste, para as suas trajetórias pelo globo.
     Na época do aparecimento da raça Polar, o pólo norte geográfico, como dissemos, era representado pela região onde hoje se estende o deserto de Gobi na Ásia. Essa situação mudou milhões de anos depois, após a hecatombe de magnitude planetária que resultou na submersão do continente atlante. Como consequência, o eixo da Terra adernou 23º e 27´ em relação à eclíptica com o equador, posição até hoje relativamente mantida.

5. Como a crosta terrestre se apresentava nos períodos anterior e posterior ao aparecimento da raça Polar?
     R. Conforme as obras esotéricas relatam, a natureza toda convulsionava: montanhas despencavam, vulcões roncavam ou entravam em súbitas e violentas erupções, ondas gigantescas de lavas cobriam regiões inteiras da Terra. Tornados, tormentas e vendavais açoitavam a todo instante. Nuvens escuras e pesadas sobrelevavam vagando ou percorrendo o planeta. Naquelas circunstâncias, era impossível qualquer ser humano viver sobre a face da Terra. Nesse período, pré-cambriano, os reinos da natureza começavam a ser formados sob a orientação dos mestres construtores e com o labor de espíritos da natureza.
     Esse quadro permaneceu por mais de duzentos milhões de anos até que mais tarde os primeiros seres humanos, já possuindo corpos físicos densos, pisaram o solo terreno. O período em que isso aconteceu é conhecido nos anais esotéricos como do aparecimento da raça Lemuriana, também chamado na paleontologia de período mesolítico ou secundário.

6. Quais foram as principais características físicas da raça Polar?
     R. H.P.Blavatski nos revela que a raça Polar possuía formas enormes, filamentosas, protéicas e etéricas; que eram assexuados; flutuavam sobre a densa atmosfera e marés, podendo também mover-se pelo ar, ficar de pé, correr, andar e reclinar. A natureza etérica de seus veículos proporcionava-lhes não ser afetados pelo fogo, pela água ou por qualquer outro elemento, sendo, portanto, indestrutíveis.
     Sabemos que não tinham propriamente edificado uma consciência pessoal nem grupal, por que seus corpos foram criados das duplicações dos corpos etéricos dos mestres lunares da hierarquia dos Barhishads Pitris. Por milhões de anos desenvolveram rudimentos da audição. Emitiam gemidos de prazer e satisfação e não formaram linguagem de comunicação. Reproduziam-se por divisão, ou seja, germinavam dobrando de tamanho e se dividiam em duas metades iguais. A outra metade, por sua vez, se dividia em partes iguais e menores. Mais tarde essa última divisão se deu em partes diferentes.

7. Quem foram os Barhishads Pitris?
     R. Formaram uma hierarquia também chamada de Pitris lunares. Uma de suas principais atribuições era prover vidas animais e de futuros homens com corpos a fim de que pudessem se manifestar no mundo etérico-físico. Em cadeia anterior, quando a Lua desempenhava papel idêntico ao que hoje a Terra desempenha nessa quarta cadeia, formaram parte daquela humanidade, tornando-se mestres do conhecimento e da sabedoria.

8. De que maneira a Lua pôde desempenhar papel semelhante ao da Terra no processo evolutivo do qual fazemos parte?
     R. No esquema de evolução a que pertence a Terra, a cadeia planetária comumente chamada lunar era a terceira cadeia. Naquele momento, a Lua era o centro astrofísico do maior enfoque na evolução da Vida e a Terra ainda não existia.
     Com o término do período evolutivo da cadeia lunar, iniciou-se o período da quarta cadeia, chamada cadeia do planeta Terra. Nessa época, os Pitris lunares vieram trabalhar na edificação de todos os reinos da nova cadeia, especialmente na formação dos corpos de animais e homens, conforme já mencionado.

9. Ainda existem núcleos de vida na Lua?
     R. Não do Grande Plano da Criação do Logos. A Lua já cumpriu o papel de receptora e lar temporário da Vida nas suas múltiplas variações de qualidades, quando da vigência da extinta terceira cadeia. A Lua se encontra num processo físico de involução, e virá se desintegrar completamente quando a etapa evolutiva desta quarta cadeia tiver se encerrado.
     Por outro lado, nesse mesmo esquema de evolução, a Terra virá desempenhar a função de satélite de um planeta físico mais adiantado (talvez o atual Mercúrio) numa futura quinta cadeia.

10. Como entender o que seja um esquema de evolução?
      R. Devido à complexidade do assunto, merecedor de ampla abordagem, mas que não trataremos nessa obra, daremos mais uma vez rápida idéia do que seja um esquema, sem o quê esse questionário estaria incompleto. Vejamos os seguintes tópicos:

 - Uma mesma cadeia, chamada cadeia planetária, é formada de sete planetas e se manifestará sete vezes.
- Cada manifestação da cadeia terá sete giros da Vida, ou rondas, levando a cada giro toda a multiplicidade de reinos e espécies.
- Cada giro da Vida irá percorrer os sete planetas da cadeia, um de cada vez.
- Após os quarenta e nove giros da Vida, ou sete manifestações da cadeia, o esquema da cadeia terá se completado.
- As sete manifestações ou encarnações de uma cadeia são chamadas de um esquema de evolução.
- Há dez cadeias no sistema solar.
- As setenta manifestações das dez cadeias são chamadas de um esquema solar.
       A cadeia do planeta Terra é a quarta no seu esquema planetário. Encontra-se nesse momento na metade do quarto giro da Vida, onde a Terra, coincidentemente, é o quarto globo, e o principal enfoque da cadeia. Portanto, ainda faltam três giros e meio da Vida para que se complete a manifestação da quarta cadeia no seu esquema planetário.

11. Como se deu o processo da formação dos corpos da raça Polar pela duplicação dos corpos etéricos dos Barhishads Pitris?
     R. O processo, sem dúvida, ocorreu no mundo astral onde os Pitris lunares entraram em meditação visando duplicar seus corpos etéricos. Com isso, proporcionaram os envoltórios que as vidas necessitavam possuir para se manifestar. As vidas, ainda virginais em relação aos desejos e dualidades de valores humanos, não tinham carma. Essa condição por último mencionada viria ser adquirida mais tarde com o surgimento do ego terreno e o crescimento dos desejos de conquistas materiais.
As vidas ao entrar nas formas filamentosas recentemente criadas pelos mestres lunares, procuravam adaptar movimentos e principalmente desenvolver o sentido da audição. As duplicatas dos corpos etéricos dos Pitris lunares, são conhecidas na tradição oriental como sombras ou chhâyâs.

12. É casual o número previsto de sete raças em nosso planeta?
      R. Esta cifra não é casual nem tão somente uma coincidência cabalística. É parte consecutiva dos objetivos superiores do Criador no processo evolucionário da Vida, baseado em conjunções de forças cósmicas existentes desde as matrizes dos universos ainda não manifestados. Cada giro da Vida, que virá pluralizar-se em reinos e espécies, conduz na sua trajetória o planejamento embrionário de vir produzir e manifestar no mundo planetário físico sete raças raízes, cada uma se desdobrando em sete subraças e ramos diversos.

13. Como entender que a raça Polar, primitiva e etérica, conseguisse desdobrar-se em sete subraças?
      R. Evidentemente que no período do aparecimento da raça Polar, a progênie precisaria ser trabalhada de maneira praticamente global para todos os seus representantes. No limiar dessa raça não haveria mesmo a possibilidade de um surgimento concreto de sete subraças, senão delineamentos caracterizados por pequenas tendências de temperamentos. Ademais, as vidas ali imaturas, iniciando o exercício da individualização, não possuíam ainda caracteres raciais que as conduzissem a formar grupamentos por afinidades.
     Havia, entretanto, diferenças quanto à energia empregada pelos Pitris na duplicação de seus chhâyâs, pelo fato de existir sete segmentos de raios a que cada um dos grupamentos Pitris pertencia. Desse modo, as vidas podiam demonstrar certas peculiaridades individuais de maneira ainda tênue e distante, mas sem qualquer possibilidade de comparação com outras futuras etnias.

14. A energia empregada na fabricação dos chhâyâs de alguma forma dominava as vontades das vidas neles envoltas?
      R. O momento de descida na matéria para as vidas imaturas viria requerer especiais condições. A adaptação na matéria física tornava imperioso certos artifícios serem elaborados para os ajustes vibratórios das vidas com o cenário externo.
     As vidas que desciam não possuíam uma alma por que a alma individual se edifica nos trâmites diversos das situações experimentadas que para elas não estava ainda sequer calcada sob a mais primária das adversidades. Assim sendo, os envoltórios ou chhâyâs duplicados dos corpos etéricos dos mestres lunares, poderiam somente lhes proporcionar os meios para o aparecimento na Terra nesse quarto giro. Os envoltórios foram modelados no fogo, o que lhes garantiria total impermeabilidade diante das turbulentas transformações da crosta terrestre processadas pelo elemento ígneo.
     Identificando-se com os chhâyâs, as vidas conseguiriam obter experiências ante os impactos dos elementos, além de poder se locomover livremente. Entretanto, o imanente espírito que permeia a todas as vidas, logo os estimularia a produzir gemidos diante de sensações de prazer, surpresa ou possível espanto, independentemente de seus envoltórios.
     O que poderíamos realmente inferir desse processo de transferência de corpos é que os Pitris habilitaram as vidas a experimentar o ambiente externo num determinado raio de ação. Mas quem mais tarde viria tornar-se ego humano, adquirindo alma terrena, seriam as vidas que se interiorizaram nos envoltórios, e não os chhâyâs em si mesmos.

15. Que outras denominações a raça Polar obteve segundo o conhecimento esotérico?
      R. Raça dos Deuses e Filhos da Yoga, devido a terem surgido da duplicação dos corpos etéricos dos Barhishads Pitris. Foram também chamados “auto-nascidos” por não terem sido gerados de pais.

  A SEGUNDA RAÇA

1. Como se deu o aparecimento da segunda raça?
      R. A segunda raça, denominada Hiperbórea, nasceu da primeira, a Polar. Essa sucessão segmentada na progênie das raças, iria se repetir sistematicamente tanto nas futuras raças raízes como nas suas respectivas subraças que povoariam a Terra.

2. A raça Polar precisou desaparecer para que a raça Hiperbórea viesse surgir?
      R. Relativamente. A evolução das raças se dá na formação sucessiva de subraças, cada uma desenvolvendo qualidades e objetivando propósitos não existentes nas anteriores. No caso dessas duas primeiras raças, não era ainda possível uma definição marcante de subraças devido ao caráter embrionário de seus nascimentos.
     Isto quer dizer que as raças, na sua generalidade, evoluem qualificando corpos e vidas, ou seja, os corpos de uma subraça para outra, dentro de uma mesma raça, são trabalhados a fim de oferecer melhores condições para as vidas que neles se reencarnarão. Nessa progressão, a raça Polar, ao se desenvolver adequadamente naquilo que dela era esperado, cumpriu o seu papel e entrou na segunda raça, evoluindo com as mesmas vidas.

3. De que maneira a raça Polar entrou na raça Hiperbórea?
      R. As mesmas vidas da raça Polar que se utilizaram dos chhâyâs para obter experiências no mundo etérico formaram a população hiperbórea. Para tanto, incorporaram outros chhâyâs ou sombras, buscando desenvolver novas aptidões através de novas experiências na matéria.
     Nesse período transitivo não houve praticamente atrasos no aprendizado e as vidas puderam fundir-se coletivamente aos novos chhâyâs proporcionados pelos mestres lunares.

4. O processo de fusão das vidas na raça Hiperbórea implicou na destruição dos envoltórios utilizados pela raça Polar?
      R. Não. O processo de fusão aconteceu gradualmente, existindo o aproveitamento dos envoltórios utilizados pela raça anterior. A raça Polar, porquanto fosse etérica, deteve seus envoltórios até o final. Ao receber novos chhâyâs para a objetivação da segunda raça, transformou os antigos chhâyâs numa espécie de duplo etérico, e se albergou nos novos para a manifestação da raça Hiperbórea.

5. Qual a real diferença de um chhâyâ da raça Polar para outro da raça Hiperbórea?
      R. Enquanto a raça Polar trabalhava suas experiências no mundo etérico, detinha chhâyâs de matéria etérica. Ao evoluir para a formação da segunda raça recebeu novos chhâyâs de contexturas mais densas. Assim, os envoltórios da segunda raça foram mais sólidos do que os anteriores sob um determinado ângulo, e as vidas puderam descer um degrau na materialidade.

6. A raça Hiperbórea foi então a primeira raça de corpos físicos densos a pisar a Terra?
      R. Não exatamente. A Terra no período de surgimento da raça Hiperbórea não havia se estabilizado inteiramente. Muitos tremores de terra e acomodamentos do solo ainda se verificavam. Aconteciam, com certa frequência, cataclismos de algumas proporções, e em muitos locais a Terra não esfriara nas suas camadas superiores.
     Embora se descreva a natureza como exuberante naquele período, os reinos e todas as vidas que a constituíam, estavam no início de suas materializações. As variedades de espécies armazenavam certas qualidades que mais tarde externariam ao exercício da intra-dependência dos reinos. Ao cabo de milhões de anos, até o surgimento da raça Lemuriana, e mesmo após, a natureza obteve novas e profundas transformações.
     A raça Hiperbórea necessitava antes desenvolver outro aspecto em sua constituição biológica ao invés de lutar pela sobrevivência na face física da Terra. O planejamento do Criador estabelecera etapas para o aparecimento das raças humanas; as duas primeiras surgiriam paralelamente ao também surgimento dos demais reinos. Desse modo, a raça Hiperbórea não reuniria nesse estágio condições de possuir corpos mais densos; assim a maior materialidade de seus envoltórios acontecia ainda no mundo etérico, no qual basicamente se desenvolveu.

7. Que outro aspecto a raça Hiperbórea necessitava desenvolver?
      R. O sentido do tato. A raça Polar, conforme já mencionado, tivera antes trabalhado o sentido da audição.
     É verdade que esses órgãos não puderam ser desenvolvidos plenamente nesse início de formação de corpos, mesmo por que as duas primeiras raças não possuíam adequado aparelho cerebral. E nem estariam aptas naquele período para possuí-los.
Tanto a audição quanto o tato puderam proporcionar-lhes tão somente rudimentos de percepções. Os sentidos, na realidade, foram sendo apurados à medida que as raças se aprofundavam na matéria densa, e nesse andamento os mestres lunares puderam auxiliá-los a obter veículos mais apropriados.

8. Como foi realizado o planejamento para que as sete raças surgissem no planeta Terra, nesse quarto giro?
      R. O Grande Plano elaborado pelo Criador é perfeito para que a Vida possa adquirir todas as necessárias experiências no processo evolutivo. As hierarquias que já tinham alcançado seus status evolutivos ao longo de um cronograma previamente estabelecido para o período lunar, puderam trabalhar em auxílio à cadeia do planeta Terra. Assim aconteceu com os Barhishads Pitris que completaram uma de suas etapas evolutivas durante o período lunar.
     Ao chegar à Terra a fim de trabalhar em vários segmentos do plano evolutivo planetário, foram também responsáveis em prover corpos raciais para as vidas que necessitavam encarnar. Dessa maneira, quanto a esses particulares aspectos, tiveram de submeter rigorosamente suas tarefas aos ditames preestabelecidos no Grande Plano do Criador.
     Em vista disso, não poderiam de todas as formas antecipar etapas senão seguir as já existentes e materializar soluções. Essas etapas previam que as vidas em mergulho para a Terra necessitariam constituir três raças no arco descendente, uma quarta na maior profundidade material, e três outras que se constituiriam sob um arco ascendente, evoluindo da densa materialidade para densidade cada vez menor.
     A raça Polar e a Hiperbórea, com corpos de matéria etérica, vieram se constituir nas duas primeiras raças no arco descendente.  A raça lemuriana viria mais tarde manifestar-se entre duas situações: uma etérica e outra física. A raça atlante se estabeleceria perfeitamente materializada no mundo físico denso, e as três outras raças reuniriam elementos de progresso já no arco ascendente, embora ainda no mundo físico denso.
    Como atualmente nos encontramos no apogeu da quinta raça raiz -  a raça ariana  -  as duas próximas raças completarão o planejamento das sete raças raízes.

9. Onde a raça Hiperbórea se manifestou?
      R. Evidentemente que no mundo etérico, entretanto nas correspondentes localizações físicas da Ásia, Groenlândia, Spitzbergen, Suécia, Noruega, Ilhas Britânicas e Sibéria.

10. Quais eram as principais características da raça Hiperbórea e aparência de seus corpos?
      R.Tinham aparência variada e heterogênea. Eram filamentosos, parecendo ora árvores ora formas animais ou semi-humanas. Possuíam cor amarelo dourado, algumas vezes tendendo ao laranja ou verde claro.
     Flutuavam, voavam, escalavam árvores e obstáculos. Gritavam uns com os outros, emitindo sons aflautados. Multiplicavam-se por expansão e divisão (um germinava o outro). Mais tarde vieram a reproduzir-se através dos poros, como de gotas de suor.
     Essa raça foi chamada de filhos do Sol e da Lua ou de pai amarelo e mãe branca. Como desenvolvesse o tato, respondia aos impactos da água, ar e fogo.

11. Existem fósseis das raças Polar e Hiperbórea que possam provar suas existências?
      R. Não, pois devido ao caráter basicamente etérico de seus veículos de manifestação foram criados sem ossos. 
     Entretanto, os chhâyâs foram se tornando mais duros e materializados à medida que o tempo passava, vindo formar um tipo de concha. Mais tarde, muitas dessas conchas puderam servir a outro segmento de seres quase humanos, chamados de mamals, bem como a certa categoria animal.

A TERCEIRA RAÇA

1.Qual foi a terceira raça raiz do planeta Terra?
      R. A terceira raça raiz a surgir na Terra foi a Lemuriana. Essa raça deteve certas particularidades não demonstradas pelas duas antecessoras e veio constituir de maneira mais definida sete subraças.

2. O que contribuiu para que a raça Lemuriana detivesse particularidades não demonstradas nas raças anteriores?
      R. Foi o fato de a raça Lemuriana se ter desenvolvido sob duas circunstâncias diferentes, ou seja, no início com corpos parte etéricos e parte matéria física não ainda totalmente sólida, depois com corpos completamente físico-densos.
     As três primeiras subraças tiveram corpos de contexturas um tanto semelhantes aos da raça Polar e Hiperbórea, com a diferença de se desenvolverem com maior materialidade.
     A partir da quarta subraça houve um grande progresso no desenvolvimento físico dos lemurianos com a encarnação dos mestres lunares. 

3. Qual era o aspecto dos lemurianos nas três primeiras subraças, e como se reproduziam?
      R. Na primeira subraça tinham a cabeça ovalada, um olho no meio da testa e proeminentes mandíbulas. Partes de seus corpos eram formadas de gases e líquidos e não tinham estrutura óssea. Reproduziam-se através de suores.
     Na segunda subraça os corpos se tornaram mais sólidos, no formato de um ovo. A androgenia começou a surgir no interior dos ovos, evoluindo mais tarde para o hermafroditismo. A reprodução foi, portanto, ovípara.
     A terceira subraça desenvolveu um tipo de concha. Tinham um olho no centro da testa, surgindo-lhes os dois outros olhos que não lhes proporcionavam ainda perfeita visão. A reprodução ovípara continuou nesta terceira subraça que logo produziu seres hermafroditas. Depois os seres evoluíram para a predominância de um só órgão sexual. Finalmente se tornaram unissexuais.
     Em todas as subraças os lemurianos foram gigantes como eram as espécies dos reinos.

4. Como os lemurianos se comunicavam?
      R.Tinham a percepção intuitiva em maior grau como tiveram as duas primeiras raças. Entretanto, como seus órgãos cerebrais adquirissem maior materialidade no decorrer de suas vidas na Terra, a audição foi sendo aprimorada. Dessa maneira, conseguiam não só emitir sons vogais como escutá-los, podendo com isso também expressar objetivamente pensamentos e sentimentos.

5. A condição de os lemurianos num período ter possuído um só olho, lhes foi suficiente para suas necessidades visuais?
      R. O fato de terem possuído um só olho no centro da testa (mais tarde perderam esse olho e o tiveram também na nuca para perceberem atrás), proporcionou-lhes nas três primeiras subraças a necessidade de continuar a utilizar-se de um centro cerebral formado nas duas raças que os precederam, o que também os auxiliava a intuitivamente perceber objetos e desviar-se de obstáculos. Com o tempo esse olho foi ficando mais ativo e objetivo, embora a visão fosse ainda imperfeita.
     À medida que os dois olhos se aperfeiçoavam o terceiro olho se interiorizava, apagando-se completamente, até dar origem à glândula pineal. As duas vistas foram então lhes proporcionando maior nitidez na visão, conquanto o aparelho cerebral continuasse a passar por transformações.

6. O quê de importante aconteceu com os lemurianos durante a evolução de sua quarta subraça?
      R. Principalmente a encarnação dos mestres lunares. A partir desse evento não somente os corpos lemurianos obtiveram maior aperfeiçoamento como se iniciou a construção de estradas, cidades e templos, o que veio mudar completamente suas vidas.

7. Por que os mestres lunares vieram encarnar-se entre os lemurianos?
      R. A evolução das raças através de suas decorrentes subraças envolve e determina estágios e novas possibilidades. Conquanto as vidas que formaram a primeira e segunda raças fossem ainda imaturas, outras vidas de outras cadeias tinham também recomeçado suas experiências em suas respectivas raças.
     Sabemos que o processo evolutivo humano prevê no seu curso que muitos grupamentos de vidas venham se incorporar às raças, após terem passado estágios de descanso ou de preparação. Podem ser vidas que se atrasaram ou se adiantaram em relação ao seu grupamento original num dado período evolutivo já ultrapassado, e que aguardam o momento adequado para reentrar em novas ou antigas raças. Em todos os casos, são vidas que não poderiam mais continuar nos seus grupamentos originais.
     Sendo retardatários de grupamentos que avançaram nos ciclos evolucionários, porém adiantados comparativamente a esses grupamentos que os recebem, virão se tornar diferenciados em relação ao momento evolutivo dessa subraça. Pelas experiências já adquiridas nos ciclos evolutivos de passadas cadeias, ou de rondas dessa mesma cadeia, é comum logo conquistarem postos de lideranças nas famílias, grupamentos, tribos ou civilizações onde vêm inserir-se.
     Assim, sob o imperativo da evolução, os Barhishads Pitris, como mestres e mentores raciais, vendo o momento adequado que eles mesmos ajudaram a proporcionar desde há milhões de anos, entenderam a necessidade de encarnar-se em corpos lemurianos da quarta subraça e provavelmente inserir nela outras vidas humanas adiantadas a fim de promover à raça um surto maior de progresso.

8. De que maneira os Pitris conseguiram entrar na raça lemuriana?
      R. O processo de separação dos sexos já estava em pleno andamento na quarta subraça. Os próprios Barhishads Pitris trabalharam os organismos lemurianos por milhões de anos para que esse objetivo fosse alcançado adequadamente no tempo certo. O momento agora seria de provocar maior impulso aos valores da raça, estabelecer uma civilização, além de incrementar seus aparelhos físicos.
     Para tanto, os mestres lunares separaram os melhores corpos lemurianos e promoveram suas entradas na Terra, vindo nascer do ato natural.

9. Quais foram os implementos proporcionados pelos mestres lunares aos corpos lemurianos?
      R. Os corpos da quarta subraça se tornaram mais perfeitos com belíssimo aspecto e cor vermelho dourado. A raça tornou-se gloriosa por tudo o que produziu, advindo daí a menção de que "os deuses entraram nas filhas dos homens."
     Após a partida dos Pitris, as subraças posteriores continuaram a gerar corpos melhores do que os das subraças anteriores, entretanto nem sempre puderam manter o melhor padrão. Muitos decaíram sensivelmente, formando homens feios e disformes. Outros constituíram gerações de macacos, antropóides ou resultaram em tribos.

10. Como homens se transformaram em macacos e antropóides?
      R. Os estudos esotéricos sobre a origem e evolução do homem, contradizem um ponto fundamental da teoria de Charles Darwin discutida pelas ciências oficiais. Segundo as ciências, o elo perdido que uniria o antropóide em evolução ao homem evoluído, ainda não foi encontrado.
     Os esotéricos, no entanto, sempre afirmaram o contrário. Segundo esses, foram os macacos e antropóides que se originaram do elemento humano após grupamentos étnicos terem degenerado na forma e conteúdo, tal como acontecido com corpos e vidas lemurianos.
     Os macacos e antropóides constituem-se em famílias cujas unidades-vidas em adiantada evolução em relação ao reino animal, não podem ainda encarnar em corpos humanos melhores formados. Dessa maneira, essas vidas que se encontram quase prontas a ingressar no reino humano vêm ocupar os corpos involuídos das formas humanas sob a biologia macacóide ou primata e avançam aos limites máximos dessa linha limítrofe entre um reino e outro.

11. Como entender melhor essas revelações?
      R. As raças servem como instrumentos de evolução das consciências humanas. Essa evolução, ao curso do tempo, é fruto de valores que são absorvidos e manipulados pelas vidas imaturas, e depois pelos egos.
     Os valores humanos sendo trabalhados segundo os níveis de consciência dos povos, proporcionam a esses povos formular soluções diversas para os problemas de sobrevivência e vida comum em sociedades. Evidentemente que uma raça primitiva não poderia produzir uma civilização fervilhante, moderna, em todos os sentidos evolucionária, com muitas opções individuais e respeitante a todos os direitos humanos. No passado, foi necessário que povos, ao nível mental superior alcançado nos diferentes ciclos de vida planetária, fossem orientados pelas hierarquias  espirituais
a se colocar na vanguarda dos valores humanos, a fim de produzir luminares civilizações.
     Enquanto todos os esforços das hierarquias do planeta estivessem focados numa determinada civilização, novos valores humanos seriam freqüentemente trabalhados, idéias e ideais seriam desenvolvidos e corpos físicos ali viventes estariam mais bem aparelhados.
     Quando um ciclo evolutivo atingia o apogeu, iniciava-se em seguida um ciclo inverso de decadência, devido ao fato de que o tempo estabelecido para a glória daquela civilização, com todo o embasamento de seus recursos humanos, chegara ao seu ponto máximo expansivo. Os egos avançados que até então tinham conduzido o desenvolvimento e aprimoramento dos valores humanos ali trabalhados, se retraíam. A partir daí, novas vidas ocupariam corpos em famílias, mas não se comparariam às mais avançadas vidas que dali tinham partido, e nem seriam portadoras de energia progressista renovadora.
     O cronograma regulado pelas hierarquias espirituais para que uma civilização viesse atingir resultados mundiais, ainda mantém padrões para etnias de menor expressão sob idêntica supervisão, mas com investimento imensamente inferior de energia qualificada. Nesses casos, os resultados hoje esperados dessas etnias serão sempre inferiores aos de ciclos maiores, embora sejam importantes.
     Tanto quanto as etnias continuem a decair em suas culturas, e por diversos fatores estejam mescladas com outras mais atrasadas, os seus corpos físicos se manterão estáveis quanto aos seus padrões biológicos e energéticos ou prosseguirão em sentido de decadência. Muitos corpos físicos são ocupados por unidades-vidas emergentes, logicamente de períodos de individualizações mais recentes, que neles buscam adaptar suas energias. Alguns desses exemplos são encontrados em continentes onde existem vidas primitivas autóctones e semi-animais, mas que em certa época bastante recuada as raças ou etnias viveram apogeus de suas culturas em melhores corpos físicos.
     Os corpos que sofreram intensas transformações, decaindo ao nível animal, estão e estiveram justamente servindo às vidas selvagens, modelados aos reclamos de seus instintos. Tornaram-se assim corpos símios de todas as espécies e num passado também distante foram decaídos de antropóides ou primatas.

12. Como entender modernamente um processo geral em que vidas humanas se atrasam nos seus momentos evolutivos?
      R. O Grande Plano da Criação prevê, admite e coordena falhas e atrasos. Muitos ciclos evolutivos acontecem no conteúdo de uma raça humana. As divisões de ramos, sub-ramos, grupamentos e famílias são importantes nas subraças a fim de permitir que milhões possam se adaptar às variadas gamas de suas possíveis necessidades.
       O turbilhão provocado pela intradependência das atividades humanas gera oportunidades de trabalho para todas as classes sociais, e vem mover incessantemente as vidas. Isso significa que a macro célula representada por um povo ou nação necessita de atividades diárias para as pequenas unidades que a compõe e constitui. As pequenas unidades são naturalmente os indivíduos atrelados aos ramos, sub-ramos, grupamentos e famílias, e que somados resultam numa subraça ou etnias, sendo de todas as formas importantes no contexto geral da vida em qualquer área e nível que se situem.
     Esse grande quadro, não obstante, limita a vida humana e a dirige às atividades obrigatórias que podemos classificar sob diferentes classes de carma. E como todas as nações agem sob um mesmo prisma de sobrevivência, independentemente das organizações político-governamentais e das riquezas de seus solos, elas suportam um carma ainda maior, de contexto mundial, por que vivem e trabalham a fim de que o planeta continue a existir e se transformar. Impõem especialmente aos seus habitantes o seu carma nacional; as raças submetem seus representantes ao carma racial; as famílias realizam o carma familiar, restando ao indivíduo submetido obrigatoriamente a esses limites e às malhas da funcionalidade, sua própria e particular situação de carma pessoal.
     Quando uma vida escapa do destino suportado pela família, estará transitando para outra situação cármica, quer avançando ou se atrasando. Em se atrasando, precisará reiniciar semelhantes atividades que antes exercia, de acordo com sua capacidade mental. Caso não o faça, retomando ações omissas e negativas, mais se atrasará decaindo sempre.
     Não sendo feliz noutras encarnações, acabará por permanecer à margem do processo evolutivo do grupamento ou família a que pertence e terá a companhia de outras vidas em igual situação. Em consequência, essa vida recalcitrante logo será alcançada por vidas de núcleos atrasados que, no entanto, marcham a coordenados passos para os seus objetivos de evolução.
     Em se tratando de uma vida voltada para o mal estará sempre envolta pela companhia de participantes de atividades desagregantes e destruidoras.
     Mantendo sempre essa posição de exclusão ao processo evolutivo, e por concentrar sempre energias de baixo teor, com o tempo, talvez séculos ou milênios, não conseguirá mais ocupar corpos mais bem aparelhados, ficando com aqueles piores de sua etnia, ou será levado para grupamentos mais atrasados onde terá oportunidades de expurgar sua pesada energia juntamente com outras vidas estacionárias ou involutivas, próximas do reino animal.

13. Ao retardar conscientemente seus avanços, as vidas perderão o que já conquistaram?
      R. São muitas e variadas as situações cármicas das vidas em suas peregrinações numa raça humana e suas possibilidades. Há casos em que verdadeiros monstros renascem em famílias bem aquinhoadas ou ricas, recebendo corpos físicos elegantes e vistosos. Muitas dessas vidas de caráter distorcido têm oportunidades de se introduzir na vida pública, em profissões que exigem ética, honestidade e respeito. Muitas personalidades nesse teor chegam a representantes da lei, a médicos, sacerdotes ou políticos influentes dentre outras respeitosas e necessárias atividades.
     Casos assim são de um entrelaçamento cármico complexo que nos seus desdobramentos vêm provocar sofrimentos em pessoas, grupos ou até em populações, por decorrências de débitos coletivos.
     Almas desse quilate, em situações cármicas desses tipos, podem permanecer nos ambientes de uma sociedade moderna e organizada por muitas gerações. Nesses casos, o seu cabedal de conhecimento prático da vida e a capacidade de aplicar a inteligência só tendem a crescer.
     Entretanto, as vias de evolução espiritual orientada se fecharão para essas vidas, e suas almas trarão sempre o signo do mal, atraindo o egoísmo, o desamor, a discórdia, a malignidade e o crime. Almas assim, ao ambicionarem grandes realizações pessoais, em se vendo impedidas de alcançar os seus objetivos, podem facilmente arquitetar e realizar planos diabólicos ou maquiavélicos, visando desimpedir a qualquer preço todos os possíveis obstáculos. E quando no poder diretivo de um povo ou nação, em sendo soberanos ou usurpadores, tendo a oportunidade que as situações políticas, tiranizantes ou de guerras se lhes ofereçam, exterminam milhões de vidas por motivos até de divergências de opiniões, sem o menor remorso.

14. Esses exemplos de vidas criminosas em sociedades modernas têm um tratamento diferenciado em relação às outras vidas que se atrasam e que renascem em grupamentos primitivos?
      R. O carma determina o local e o momento em que as vidas devam retornar aos ambientes de uma sociedade. Mas caberia a pergunta: o que em síntese difere de uma vida num moderno escritório a maquinar seus golpes, roubos e assassinatos, daquela encarnada num extremista guerrilheiro aquartelado na selva? Ambos, ao final, arquitetam seus ideais de conquistas através do crime.
     Da mesma maneira age o instinto selvagem de uma tribo sanguinária ao saquear grupamentos ou aldeias, torturar e exterminar irmãos de uma mesma etnia. Entretanto, a fim de corrigir suas violações das leis naturais, e ao tempo certo, tanto um quanto o outro terão de responder pelos seus crimes no tribunal cármico de um mundo superior reiniciando as lições de vida evolutiva sob a compunção do débito acumulado.

15. O quê de mais importante se registrou no período da quarta subraça lemuriana?
      R. A chegada de Sanat Kumara e seus budas vindos do planeta Vênus. Esse fato foi não só importante durante o período de manifestação da quarta subraça, como representou para as raças futuras e demais reinos o momento de maior relevância mundial até então acontecido.
     A evolução das raças vinha se processando sob a orientação dos Barhishads Pitris que alcançaram o status de mestres lunares na terceira cadeia. Sanat Kumara, no entanto, provocou verdadeira revolução no tempo estabelecido para o desenvolvimento do planeta Terra, desencadeando um novo ritmo ao processo evolutivo de todos os reinos.

16. Quem foi Sanat Kumara?
      R. Para modestamente explicarmos quem foi Sanat Kumara precisaremos antes abordar, mesmo em breve síntese, o que sejam as hierarquias que desenvolvem grandiosas e inimagináveis tarefas na Criação.
     O Sol que observamos diariamente é o Deus físico de nosso sistema solar. Ele é o corpo de manifestação objetiva do Terceiro Logos. É o Criador objetivo. O Segundo Logos está manifestado como o Cristo Cósmico, a Imanente Presença em tudo. O Primeiro Logos é o Imanifesto e Invisível Ser.
     Ao redor do Terceiro Logos há outros Logos Criadores, chamados de Logoi. Constroem corpos objetivos e auxiliam na edificação de mundos e das cadeias planetárias de nosso sistema solar. Na antiguidade eram conhecidos como os Sete Espíritos diante do Trono. Abaixo deles, com funções prepostas, amplas e detalhadas, há os doze Deuses Criadores, que são as doze hierarquias.
     Portanto, para que nosso sistema solar surgisse e desenvolvesse seus mecanismos de funcionamento, as vinte e duas hierarquias (3 Logos + 7 Espíritos + 12 Deuses Criadores) vieram atuar. Tanto o Terceiro Logos com as ordens objetivas de mônadas quanto os 7 Espíritos e os 12 Deuses constituem-se na totalidade de bilhões de adeptos.
     Na atualidade, nosso sistema solar tem somente sete hierarquias operantes. Quatro delas já cumpriram suas partes e partiram para outros sistemas solares. Uma quinta está em vias de se retirar, estando a ultimar suas tarefas.
     Os Barhishads Pitris representam uma das sete hierarquias mencionadas, sendo exatamente a décima segunda de todas e a sétima das que restaram. Como avançaram na terceira cadeia, a lunar, atuam agora na cadeia do planeta Terra, de acordo com as leis que presidem a evolução dos mundos.
     Sanat Kumara, entretanto, pertence à outro esquema de nosso sistema solar, onde existe a chamada cadeia do planeta Vênus, e daquele esquema viajou a fim de assumir nosso esquema durante o período dessa atual quarta cadeia a que pertencemos, particularmente centrada no planeta Terra.

17. Por que Sanat Kumara precisou vir de Vênus para o planeta Terra?
      R. Até onde sabemos, a vinda deste grande senhor com seus budas de atividades se dera pela proximidade do momento requerido pela lei da evolução.
     Sanat Kumara já teria visitado a Terra numa outra ocasião e visto o estado ainda embrionário das raças e reinos de nosso planeta.  Conforme explicado anteriormente, a Terra concentra quase toda atenção da quarta cadeia neste quarto giro da Vida.
      O esquema de Vênus, no panorama de nosso sistema solar, representa um pólo oposto ao esquema da Terra, estando negativamente polarizado conosco. 
     Ao voltar a Vênus, Sanat Kumara meditou sobre o que vira e pôde se preparar a fim de assumir nosso esquema antes do tempo previsto e assim também obter suas iniciações superiores.

18. O quê de melhor pôde Sanat Kumara oferecer ao planeta Terra?
      R. Em sendo de uma hierarquia de um esquema mais evoluído, pôde trazer muitos implementos a todos os reinos, canalizando mais intensamente a energia criadora.
     Tamanho foi o resultado de seu trabalho que a cadeia evoluiu alguns bilhões de anos numa só ronda. Sanat Kumara conseguiu que a humanidade atingisse o estágio intelectual antes do tempo previsto, ou seja, no atual giro, quando a previsão natural seria para o próximo giro. Portanto, bilhões de anos adiante.
     Algumas das contribuições trazidas por Sanat Kumara de Vênus foram as abelhas, as formigas e o trigo. Durante a raça Lemuriana esse alimento, por experiências híbridas, desdobrou-se também em centeio, aveia e cevada. As abelhas originaram as vespas, e as formigas às formigas brancas.

19. Se os Barhishads Pitris desenvolviam seu trabalho na Terra, de acordo com o Plano da Criação, que autoridade maior teve Sanat Kumara?
      R. Em conformidade com o que já aludimos, ao longo do plano evolutivo do planeta Terra, nesta quarta cadeia, em consonância com o Grande Plano da Criação, alguém de uma elevada posição, de uma hierarquia acima daquela dos Pitris, viria de todas as maneiras ocupar a posição. Essa missão ocorreria, talvez, na quinta ronda dessa cadeia.
     Em assim sendo, este grande ser provindo de um esquema planetário mais evoluído, traria maiores implementos aos métodos evolutivos empregados pelos Pitris. Sanat Kumara, em vista de sua presença, tornou-se antes do tempo o Grande Senhor Planetário, e com seus budas de atividades, ou adeptos, proporcionou meios que levariam a humanidade e os demais reinos a evoluir em maior escala em menos tempo.

20. Os mestres lunares formam a única hierarquia que atuou na Terra, antes de Sanat Kumara?
      R. Não. Aos Pitris foi dada a principal tarefa de prover o aspecto matéria às formas de vida hominais e animais.
     O trabalho empregado para essa finalidade abrange o conhecimento profundo de muitos aspectos da natureza nos mundos ocultos. Os Pitris não poderiam sozinhos, projetar e realizar todos os detalhes de um planejamento tão grande e intenso nos mundos mental, astral e físico que resultassem na condensação das formas no mundo material. Puderam, sim, materializar segmentos desse planejamento quando as oportunidades de realizar na Terra, no devido tempo, aconteceram.
     Outras hierarquias mais evoluídas também participaram, e ainda participam ativamente do trabalho de preparar os elementos, formas e vidas dos reinos a fim de que bilhões de unidades-vidas consigam se manifestar fisicamente na Terra.

21. O quê de importante aconteceu na quinta subraça lemuriana?
      R. Os Barhishads Pitris se encarnaram para se tornar reis e iniciadores.
     Com este advento, a aparência dos lemurianos foi mudando. Os dois olhos se tornaram mais ativos propiciando visão física mais nítida e o olho no centro da testa formou a glândula pineal.
     Nessa fase tiveram também um olho atrás da cabeça. Os braços e pernas eram excessivamente longos e a estatura variava entre 3.40 m a 4.50 m. Tinham a cor escura, marrom amarelada.
     Evidentemente os Pitris ao estabelecerem iniciações para os lemurianos o faziam revelando causas dos fenômenos da natureza, exercícios para o desenvolvimento físico e de seus corpos etéricos e o devocionar às forças divinas.
     Os reis reuniram certo número de seguidores e formaram clãs.

22. O quê de importante aconteceu na sexta subraça lemuriana?
      R. Outra classe dos Barhishads Pitris, de iniciadores e discípulos, encarnou entre os lemurianos, utilizando-se dos melhores corpos que a raça produzia.
     Foram neste período de cor azul escuro, transformando-se com o tempo em azul lívido.
     Os iniciadores e discípulos evoluíram a raça e a civilização lemuriana.

23. O quê de importante aconteceu na sétima subraça lemuriana?
      R. O aspecto físico da raça continuou a modificar-se. Suas faces se tornaram longas como de cavalos. O nariz a princípio ficava acima do centro da face, mais tarde veio situar-se exatamente no centro.
     A cor dos corpos evoluiu do cinza escuro para o cinza claro.
     Construíram novas e importantes cidades e edificaram estátuas gigantescas.
     Dos remanescentes da raça ainda hoje encontramos os Zulus e pigmeus da África, os aborígines da Austrália, as tribos das colinas da Índia e os Andaman da Terra do Fogo.

24. Em quais locais a Lemúria existiu?
      R. Nos Himalaias, Ceilão, Ilhas Orientais, Austrália, Sumatra, Tasmânia, parte da África, nordeste de Madagascar, Noruega, Suécia e Sibéria. Também ilhas da costa de Sierra Leone, América do Sul, Patagônia e outros locais abaixo da linha do equador.

A QUARTA RAÇA
               
1. Qual foi a quarta raça raiz a habitar a Terra?
      R. A quarta raça raiz foi a Atlante. Essa raça foi a primeira a desenvolver perfeitamente sete variedades étnicas ou sete subraças que formaram a grande civilização do continente da Atlântida. O advento da civilização atlante começou há aproximadamente oito milhos de anos na quarta subraça lemuriana.

2. Como se deu este acontecimento?
      R. O histórico genealógico de uma raça, sob o ponto de vista objetivo, inicialmente se produz através de sucessivas transformações dos caracteres físicos nos indivíduos previamente selecionados de um grupamento humano. Essa seleção prévia virá com o tempo produzir gerações que absorverão os elementos físicos transformados, incorporando-os aos seus genes.
     Poderia se dizer de maneira geral que a raça Atlante, durante certo tempo acompanhou a evolução da raça Lemuriana a partir de sua quarta subraça. Daquela quarta subraça, Sanat Kumara selecionou os melhores tipos raciais e iniciou a produção de novos estoques físicos que milhões de anos após viriam constituir a raça Atlante.

3. Além dos caracteres físicos, que outros elementos produziram diferenças na raça Atlante?
      R. Sem dúvida os valores culturais. Entretanto, para que elementos desse tipo pudessem ser mais bem trabalhados na raça Atlante, fatores endógenos precisaram ser desenvolvidos no veículo físico.
     Tanto as condições físicas e atmosféricas do planeta Terra como a condensação corpórea da raça Lemuriana, não permitiam na época se chegar a valores humanos mais apurados. Isso veio acontecer mais tarde, não por acaso, mas fruto de um planejamento acurado dos mestres lunares e bastante aprimorado pela sabedoria de Sanat Kumara e seus adeptos.
     A cronologia compreendida entre o aparecimento e o desenvolvimento das três primeiras raças, tinha de ser concomitante com a sedimentação da crosta terráquea e com a devida conformação dos reinos de existência. As matérias dos corpos das três primeiras raças não eram ainda adequadas para melhor capacitação de cérebros físicos densos. Nem as raças estavam habilitadas nesse tempo a possuir corpos etéricos, astrais e mentais de contexturas compatíveis com a aquisição de valores humanos superiores.

4. Como entender melhor esse assunto?
      R. As duas primeiras raças desenvolveram respectivamente rudimentos da audição e tato na matéria etérica. A raça Lemuriana trabalhou e desenvolveu os órgãos das vistas, até chegar à formação dos dois olhos físicos que lhes permitiu, a cada tempo, obter gradualmente visão mais clara.
     Essas conquistas se mostraram mais acentuadas já a partir da quarta subraça lemuriana, justamente naquela fase em que as vidas estavam totalmente integradas à matéria física.
     É sabido que a matéria etérica atua como molde ou matriz das formas físicas. Isso inclui o corpo humano e todas as suas formações orgânicas, compreendidas pelas estruturas ósseas, nervosas, carnais, musculares e linfáticas, além da pele, cabelos, unhas, etc. Nesse processo, tanto mais a raça lemuriana percorria o arco de descida de sua involução (para ela, evolução), aprofundando-se na matéria física, melhores resultados apareciam na endógene de seu corpo etérico. Ou seja, os órgãos e estruturas dos corpos etéricos das vidas lemurianas iam cada vez mais se solidificando, se definindo, e melhor concretizando funções e funcionamentos.
     Os mestres lunares e Sanat Kumara, ao selecionarem os modelos para a formação da raça Atlante passaram também a trabalhar mais concentradamente nos seus corpos astrais. Tinham, assim, a perspectiva de que no futuro a raça Atlante acrescentaria a endógene emocional aos egos humanos em formação.
     Os corpos físicos lemurianos selecionados precisariam estar equipados com órgãos cerebrais e organismos que pudessem responder adequadamente às necessidades de os atlantes externar novas emoções e energia física transferidas, respectivamente, de seus corpos astrais e etéricos.
     Foi deste modo que a raça Atlante começou a ser produzida a partir dos melhores produtos da quarta subraça lemuriana.

5. De que maneira os corpos modificados de uma subraça para outra, acabam se reproduzindo no mesmo modelo por muitas gerações?
      R. Sabe-se que fatores climáticos, de intempéries, ou mesmo de autodefesa, acabam por produzir certas mutações nas formas dos seres vivos de todos os reinos. Essas mutações acontecem ao longo dos anos, séculos ou milênios, vindo conformar certas capas externas protetoras e criar reações ou mecanismos internos de defesa às vidas a fim de permitir aos organismos se adaptar às condições ambientais.
     Assim sobrevivem faunas inteiras sob a inclemência da neve, no gelo das montanhas, nos vales gelados ou regiões polares. Da mesma maneira crescem e se multiplicam espécies da fauna e flora sob tórridas condições desérticas acima dos trópicos de câncer e capricórnio ou de vastíssimas áreas igualmente tórridas e inóspitas em países tropicais. Mesmo em locais desérticos, onde as temperaturas durante o dia ultrapassam os cinqüenta graus centígrados - caindo às noites abaixo de zero - os organismos multicelulares ainda assim sobrevivem a essas drásticas alternâncias.  Isso sem detalhar as condições de sobrevivência das espécies aquáticas, batráquias, répteis e voadoras diversas, que se multiplicam em lagos, pântanos, rios ou mares.   Mesmo o homem morador e nativo de regiões glaciais ou o beduíno dos desertos, acabam desenvolvendo certas defesas orgânicas para se proteger e manter-se vivos.
     Nesses exemplos, encontramos grupamentos humanos de vidas sedentárias por um lado e nômades por outro lado, mas que vivem nesses habitat naturais por séculos ou milênios. Esses elementos da natureza de ação externa aqui exemplificados, também atuaram nas subraças cujos modelos físicos foram originariamente selecionados pelos mestres lunares e adeptos de Sanat Kumara, em locais do planeta que pudessem oferecer-lhes condições ambientais apropriadas
     A pressão exercida pelos elementos da natureza consegue retrair a ação plasmática da mente instintiva que passa a reorganizar novas defesas endógenas e adaptações exógenas tornando os corpos das novas subraças mais fortes e resistentes para conseguir desenvolver certas atividades a que se destinam dentro das minúcias do planejamento evolucionário.
     Desse modo, os mestres hierárquicos, sabedores dos longínquos segredos do funcionamento dos organismos humanos desde as primeiras raças, trabalharam e trabalham os veículos mentais, astrais e etéricos das vidas em evolução, a fim de que os corpos físicos viessem e ainda venham oferecer condições biológicas de obediências aos processadores ou modificadores genéticos implantados, bem como de adaptar-se às variações da natureza planetária. Quanto a reproduzir a progênie o melhor possível, os cálculos vêm sendo sempre realizados segundo a extensão de um ciclo de domínio e produtividade no planejamento evolucionário de cada subraça e suas miscigenações.

6. O quê os mestres lunares e adeptos de Sanat Kumara ao encarnar-se nas subraças puderam direcionar para melhor aparelhamento dos corpos físicos?
      R. A projeção e execução de um planejamento para corpos raciais obedecem a um cronograma idealizado há milhões de anos, abarcando os planos mental, astral e etérico-físico, pela necessidade de um resultado objetivo a alcançar num determinado período do processo evolucionário das raças.
     É verdade que os mestres raciais das hierarquias criadoras, pela conveniência do momento, podem alterar o diagrama das possibilidades de um resultado cármico, manipulando com as variações genéticas. Os resultados obtidos, perfeitos ou inadequados, vão depender da dimensão e enquadramento dos fatores cármicos de um indivíduo ou de uma coletividade, segundo sucessos ou insucessos de suas ações no plano terra.
     Nem sempre o que está embasado por um perfeito planejamento nos mundos superiores para uma vida ou coletivos, virá de fato acontecer no mundo físico. As individualidades submersas nos egos terrenos, ao manifestar suas vontades e desejos podem muitas vezes modificar e contradizer radicalmente o que nelas estava pré-determinado.
     Em linha com fatores ambíguos, os mestres lunares e venusianos, por não estar sob nenhuma compulsão cármica como estavam as vidas em trânsito de uma subraça para outra, puderam reencarnar-se várias vezes sem alterar seus projetos originais. Conseguiram assim direcionar o andamento da produção racial para a orientação desejada e corrigiram distorções por ventura produzidas por algumas vidas.
     Cada subraça necessitaria trabalhar situações internas e externas antes não abordadas pelas subraças precedentes, que os mestres encarnados tinham a incumbência de fortalecer em suas memórias e trazê-las para seus animismos astrais e mentais. Desse modo, surgiam cidades com novos desenhos arquitetônicos, jardins, sistemas de ventilação, modernos aquedutos, inovações no escoamento do esgoto, implementos na engenharia, aperfeiçoamentos de inventos, novas invenções, erguimentos de templos religiosos, aquisições de melhores hábitos, formação de outros valores morais, mudanças de costumes, desenvolvimento da medicina, agricultura e das artes, novos aparelhamentos técnicos, produção de vestuários, etc. Enfim, uma nova ordem de valores que cada subraça necessitaria estabelecer, desenvolver e apropriar à aculturação.

7. Em que locais a civilização atlante se desenvolveu?
      R. Num período inicial compreendido por 200.000 anos a Atlântida se estendeu da atual Islândia ao Rio de Janeiro, abrangendo ao Texas, ao Golfo do México, ao este e sudeste da América e a Ilha de Labrador. Também se estendeu da Irlanda à Escócia e ao norte da Inglaterra, alcançando o Brasil e chegando até a costa africana.

8. O continente atlante sofreu transformações ao longo de sua história?
      R. De 1.000.000 de anos até 9.564 a.C. houve vários períodos de transformações em seu continente, por decorrência de catástrofes provocadas pela natureza.
     Há 800.000 anos, quando da primeira grande comoção, o continente das Américas separou-se do restante do mundo.
     Há 200.000 anos, após a ocorrência da segunda grande comoção, as Américas do Norte e Central se separaram da América do Sul, a Escandinávia juntou-se à Europa e o Egito submergiu. Nessa ocasião, o continente atlante ficou existindo principalmente por duas grandes ilhas chamadas Ruta e Daitya, e por outras ilhas menores.
     Na terceira grande catástrofe, há aproximadamente 77.000 anos, as ilhas de Ruta e Daitya, que se localizavam a sudeste e nordeste do continente, sofreram transformações ficando bastante reduzidas.
     Finalmente em 9.564 a.C. Poseidonis, uma das últimas ilhas significativas da Atlântida, afundou.

9. O quê de principal a civilização atlante alcançou no seu período evolutivo?
      R. Segundo informações esotéricas, e conforme já anteriormente mencionado, essa civilização atingiu o máximo de sua condição evolutiva num período aproximado de 1.000.000 de anos. Durante todo esse tempo as sete subraças chegaram aos seus apogeus e decaíram. Calcula-se um promédio existencial produtivo e glorioso de 150.000 anos para cada uma das subraças, o que seria suficiente a que o planejamento dos mentores espirituais fosse alcançado na sua maior parte. Após esse tempo médio sobrevieram os naturais desgastes e decadências gradativas, embora as subraças continuem até hoje viver os ciclos decadentes.
     Os aspectos externos que se materializaram ao longo da existência dos atlantes, no que respeita ao desenvolvimento das ciências, artes e cultura de maneira geral, revelaram seu grau de avanço mental e espiritual.
     Cada raça, ao decurso de sua integral existência, foi sempre orientada e conduzida pelos mestres espirituais a alcançar um objetivo maior e diferenciado das demais. As vidas atlantes, em cumprimento ao que foi traçado por um cronograma previamente elaborado, deveriam antes de tudo estruturar seus veículos astrais através da impressionabilidade e do despertar dos desejos e emoções. Despertaram o sentido físico do gosto ou paladar, que se relaciona às temperanças ou destemperanças emocionais, ao exagero, à impressionabilidade, aos apetites sensoriais e às necessidades de realizações materiais.

10. Por que os atlantes precisaram despertar as emoções, se hoje os esotéricos são orientados a severamente as controlar?
      R. O ego terreno ou personalidade necessitou de muitos milênios para ser estruturado pelas vidas humanas. O homem moderno de média evolução é hoje uma personalidade fusionada pelos corpos físico, etérico, astral e mental.
     A estrutura da personalidade, conforme simbolicamente entendida pelo esotérico, é quádrupla, consistindo dos corpos acima citados e necessitando integrar-se com a tríade superior.
     Cada corpo componente da expressão personalidade possui uma correspondência qualitativa dimanada de um corpo da tríade superior, que vai melhor qualificando a personalidade à medida que ela evolui conscientemente.
     Nesse panorama real de fluxos, o corpo astral ou emocional se acha ligado às qualidades do amor-sabedoria da esfera onde está o corpo búdico. A ação do corpo astral no ego terreno não é prolongar ou plasmar indefinidamente emoções e sentimentos diversos ou de natureza inferior, relacionados com as paixões e apetites sensoriais. Essas impressões ou formas de desejos existem no íntimo do ser humano imperfeito, por uma necessidade até hoje acalentada dele obter compensações emocionais, como subjacentes estímulos ou alento para viver e se afirmar no mundo das personalidades.
     O homem egocêntrico e sensual, por exemplo, com suas atitudes e pensamentos voltados unicamente para a auto-satisfação, provoca e amplia seguidas distorções nas correntes energéticas do seu corpo astral.
     As reações resultantes desses fatores atuantes no ego acabam por estereotipar um tipo psicológico deturpado. Muitos tipos com o tempo virão condicionar ao ego doenças - algumas sérias - e seguidas limitações.
     Ao esotérico cabe as instruções e recomendações de não se deixar seduzir ou escravizar pelos apetites sensoriais armazenados na memória de seus corpos inferiores. Mas, sim, impedi-los de retomar formas mentais e astrais malévolas, antigas e remanescentes de um passado evo, e que quando não combatidas levam a personalidade de volta aos anteriores vícios e desregramentos, ou a criar novos vícios ou hábitos perniciosos.
     Caso o esotérico não busque com sinceridade sublimar essas reações, se esforçando em polarizar o pensamento em faixas vibratórias mais elevadas, não alcançadas pelos tempestuosos apetites, ele não será verdadeiramente auxiliado pelos mentores e mestres dos mundos superiores.

11. Existe algum documento oficial que registre historicamente a existência da Atlântida?
      R, Não pelas ciências oficiais que reconhecidamente detenham indícios. As ciências acadêmicas negam a pretérita existência do continente atlante e continuarão a negá-la, mesmo com subsídios concretos. Registros sobre esse continente com maiores detalhes, somente os esotéricos, ocultistas e espíritas podem oferecer ao mundo através de relatos de vidências, auscultações psicométricas, ou mesmo por meio de desdobramentos mediúnicos. Embora haja essas pesquisas no campo esotérico ocultista e espírita, os resultados são muitas vezes duvidosos devido às distorções acontecidas entre os registros captados e a pureza de seus relatos. Essas experiências revelam, com certa frequência, as dificuldades e limitações do aparelho psíquico ou mediúnico em alcançar verdadeiramente as impressões acontecidas no passado, calcadas no éter refletor. Como resultado desses casos, sempre existe a interferência da mente subconsciente agindo sobre aquilo que é captado, às vezes sob turvações.
     Entretanto, há a previsão de que manuscritos, objetos e elementos antropológicos sejam logo descobertos em locais hoje completamente desconhecidos ou inacessíveis aos investigadores arqueológicos, contendo informações seguras para as ciências terrenas sobre a civilização da quarta raça.
     Para o esotérico, contudo, mediante estudos e investigações ocultas, pelos achados arqueológicos de monumentos e estátuas, por inscrições em cavernas, pelas existências de ramos aborígines e de certas etnias africanas, pelas histórias e lendas recontadas por outros povos primitivos, por intuições e, principalmente, pelos relatos de livros de uma antiguidade imemorial, guardados em locais ocultos, ficam evidenciadas e comprovadas as existências das civilizações atlante e lemuriana.
     Temos, à propósito, um relato encontrado num dos livros Maia do Yucatan, segundo o qual há a seguinte descrição dos momentos finais à submersão de Poseidonis, a última significativa ilha remanescente da civilização atlante:
"No ano 6 Kan, no 11º. Muluc do mês Zac, ocorreram terríveis terremotos, que continuaram ininterruptos até 13º. Chuen. O país de colinas de barro, a terra de Mu, foi sacrificado, duas vezes lançada ao ar e de repente desapareceu durante a noite. O chão continuou a ser sacudido por forças vulcânicas.
     Sob essa pressão a terra afundou e levantou diversas vezes em vários lugares. Finalmente os movimentos estancaram na superfície e dez países tinham sido separados, encontrando-se aos pedaços. Incapazes de sustentar a força das convulsões, eles afundaram com os 64.000.000 de habitantes, 8.600 anos antes desse livro ser escrito."
     O que entendemos desse relato é que a ilha de Poseidonis representava o centro principal da civilização atlante naquele momento, mas havia outros países ou reinos, e ilhas menores habitados. Após as convulsões Poseidonis afundou, acontecendo o mesmo com os demais países.

PRIMEIRA SUBRAÇA ATLANTE

1. Qual foi a primeira subraça atlante?
      R. A primeira subraça atlante chamou-se Rmoahal, segundo o seu próprio idioma. Esta subraça surgiu inicialmente dos melhores tipos da quarta subraça lemuriana.
     Alguns tipos possuíam a cor negra, semelhante ao mogno, e se desenvolveu a princípio num lugar chamado costa Ashanti.
     Tinham em média alturas que variavam de 3.0m a 3.60m.

2. De que maneira essa subraça pôde surgir a partir dos lemurianos?
      R. Conforme já comentado, o gênesis de todas as raças planetárias deu-se, dá-se ou se dará sempre a partir de modelos das raças pré-existentes. Esse trabalho de seleção segue o planejamento dos mestres raciais, principalmente sob a orientação de um Manu.
     Para que a subraça Rmoahal viesse melhor se desenvolver, nela encarnaram-se reis, iniciados e discípulos, como o próprio Manu. Essa subraça começou sua existência de maneira mais proveitosa entre 4.000.000 e 5.000.000 de anos atrás. Existem, entretanto, registros de haver existido as primeiras seleções nessa mesma subraça há 8.000.000 de anos.

3. Como entender melhor o que seja o Manu?
      R. Manu é um termo geral aplicado aos membros das hierarquias que cuidam especialmente de levar adiante certos aspectos do Grande Plano da Criação, idealizado pelo Deus de nosso sistema solar.
     A função mais comum de um Manu é organizar a formação, o crescimento e o desenvolvimento de corpos raciais. Há Manus que cuidam também de implementar as formas dos reinos da natureza.
     Há, portanto, várias graduações de Manus dentro das hierarquias. O Manu de um esquema de evolução solar atua sobre as dez cadeias planetárias. O Manu de uma só cadeia, que compreende as sete rondas da Vida na cadeia planetária, tem sob sua direção um Manu para cada ronda. Sob a direção de um desses últimos, há o Manu das sete raças em cada globo da cadeia e sob a direção desse último há o Manu de uma só raça. Vemos assim que os Manus estão basicamente ligados ao aspecto forma da manifestação Vida.

4. Foi unicamente a partir da quarta subraça lemuriana que a primeira subraça atlante surgiu?
      R. Não totalmente. O estoque inicial dessa subraça foi tirado da quarta subraça lemuriana, quando essa atingia o apogeu. Aquela fase evolutiva dos lemurianos já permitia antecipar experimentos para o surgimento da primeira subraça atlante, milhões de anos depois. Enquanto a quinta, sexta e sétima subraças lemurianas foram sendo trabalhadas pelos mestres raciais, acontecia simultaneamente a seleção e experimentos para a raça atlante a partir também daquelas subraças.
     A subraça Rmoahal desenvolveu seus próprios protótipos, embora alguns de seus representantes mais tarde tivessem feito cruzamentos com elementos negros da sétima subraça lemuriana.

5. Houve mudanças no aspecto da subraça Rmoahal ao longo dos milênios?
      R. A estatura gigantesca herdada dos tipos lemurianos foi com o tempo se reduzindo até alcançar tamanhos médios dos tipos raciais atlantes.
     Alguns ramos produziram tipos negros devido a miscigenação com lemurianos da sétima subraça, como já dissemos. Os que migraram para outras regiões tiveram a tez modificada, como os da Islândia que se tornaram claros.
     Os tipos de cérebros eram braquicéfalos ou arredondados.

6. Como foi a civilização desta primeira subraça atlante?
      R. Devido ao caráter embrionário experimental da subraça Rmoahal, ela não chegou propriamente a estabelecer uma civilização. Limitaram-se a adotar a cultura lemuriana. As ciências e as artes naquele período revelaram-se primárias.

SEGUNDA SUBRAÇA ATLANTE
  
1. Qual foi a segunda subraça atlante?
      R. Foi a chamada Tlavatly. Como na primeira subraça esse nome teve origem no idioma atlante.
     Essa subraça teve seu início a partir dos rmoahal a quem os tlavatly expulsaram para o norte.

2. Onde viveram os tlavatly?
      R. Em diversos locais. Inicialmente se fixaram na costa oeste de Atlantis, mais tarde na costa norte, diante da Groenlândia. Ao se misturarem com a terceira subraça chegaram a alcançar o atual Rio de Janeiro, vindo habitar depois toda a América do Sul até a Patagônia.
     Muitos ramos permaneceram nas praias leste da Escandinávia e posteriormente vieram formar o povo dravidiniano.

3. Houve mudanças no aspecto físico desta segunda subraça atlante?
      R. Todas as subraças alcançaram com o tempo um tipo físico médio respectivo que seria o ideal planejado pelo Manu e mestres lunares.
     Em certa época os tlavatly chegaram a possuir a cor vermelho marrom; foram fortes e rudes e não atingiram a altura inicial dos rmoahal.
     Essa coloração, provavelmente a obtiveram após ter se misturados com a terceira subraça atlante, que era basicamente de cor vermelha. Restos de seus descendentes podem ainda ser encontrados entre os índios morenos da América do Sul. Ao chegar à decadência tinham o tipo dolicocéfalo, cuja dimensão craniana possuía a característica de ter quatro quintos de comprimento e produziram o homem de Cro-Magnon.

4. Quais foram as características da cultura dos tlavatly?
      R. Os mestres lunares e discípulos do Manu trabalharam essa subraça no sentido de que reconhececem o sol como um símbolo divino.
     Mediante esse reconhecimento, criaram objetos de guerra com modelos representativos do Sol bem como chegaram a construir ao alto das colinas discos e monólitos. Essas construções vieram também servir-lhes de base e referência para estudos astronômicos, por cujas efemérides se guiavam.

TERCEIRA SUBRAÇA ATLANTE

1. Qual foi a terceira subraça atlante?
      R. A terceira subraça atlante chamou-se Tolteca. Produziu tipos altos de cerca de 2.40m. Com o tempo veio adquirir o tamanho médio hoje considerado normal.

2. Que outras características físicas é possível destacar na subraça Tolteca?
      R. Eram de cor vermelha com tonalidade marrom. A tonalidade vermelha, contudo, era mais acentuada do que da subraça Tlavatly.
     Quando se misturavam com tipos de outras subraças faziam sempre prevalecer suas características básicas raciais, o que lhes determinou uma hegemonia física sobre os demais povos atlantes. Tamanho foi seu vigor racial que milhares de anos após a submersão do continente atlante seus descendentes foram ainda encontrados no México e Peru.

3. O que a subraça Tolteca representou para a civilização atlante?
      R. Uma era de esplendor e conquistas em vários setores da vida humana.
     Por milhares de anos a subraça Tolteca dominou todo o continente da Atlântida. O Manu, reis e iniciados encarnaram-se várias vezes entre os toltecas, promovendo visíveis resultados em sua cultura.
     Essa subraça, sob o ponto de vista de características raciais, fora até então a que melhor produzira modelos físicos na Atlântida. Os toltecas puderam formar cérebros capazes de registrar em maior escala ondas vibratórias de seus corpos astrais, e mais bem trabalhá-los como instrumentos do pensamento concreto. Os corpos astrais dos toltecas atingiram níveis emocionais de impressionabilidade que marcariam definitivamente a psique humana.
     Os toltecas representaram a última subraça denominada vermelha. As quatro seguintes foram chamadas amarelas.

4. A subraça Tolteca desenvolveu alguma religião?
      R. A religião não existia propriamente entre suas etnias. O Manu e iniciados ensinaram-lhes a cultuar principalmente o Sol e os elementos da natureza como atributos naturais e até mágicos do Criador.
     Utilizaram-se do conhecimento da astronomia e dos quatro elementos para desvendar os segredos da agricultura. Conheciam o movimento do Sol e inventaram tábuas de cálculos matemáticos, utilizando-as na astronomia.
     Em certo período construíram a Cidade dos Portões Dourados onde erigiram templos para a devoção ao Sol. Esse astro era o principal e único elemento de culto permitido que pudesse representar o Criador do universo.
     Na Cidade dos Portões Dourados os toltecas criaram uma irmandade oculta, com sacerdócio constituído, estabelecendo iniciações para aqueles que começavam a entrar no caminho da sabedoria.

5. Como eram as relações dos toltecas com seus vizinhos?
      R. Quando faziam guerras traziam prisioneiros para ser escravos. Os escravos não eram tratados com crueldade ou de maneira humilhante.
     A civilização tolteca foi governada por milhares de anos por uma dinastia de adeptos de Sanat Kumara, e, dessa maneira, por uma sábia e prolongada direção. Os governos foram sempre progressistas de acordo com o planejamento realizado pela hierarquia de mestres.
     No período em que os toltecas receberam um grupo de servidores que se encarnou em suas etnias, o Manu logo procurou identificar cada um, colocando neles uma marca na orelha.

6. A civilização tolteca enquanto se desenvolveu foi sempre obediente às orientações superiores?
      R. Após 100.000 anos de vida progressista e em harmonia, seu arcabouço começou a sofrer um lento processo corrosivo. O conhecimento das ciências e as faculdades psíquicas desenvolvidas provocaram-lhes sentimentos de egoísmos. Com isso começaram a trabalhar nas fronteiras da magia negra, despertando em ritmo crescente a luxúria e a brutalidade.
     Ao longo de milênios, seguidores da magia negra se envolveram em rebeliões a fim de tirar do poder os legítimos reis. Devido ao fato, advieram guerras e o alastramento do caos moral.

7. O que aconteceu após este período conturbado?
      R. A Cidade dos Portões Dourados foi tomada pelos seguidores da magia negra. O último e legítimo imperador retirou-se fundando com seu povo uma nova cidade nas montanhas, dando-lhe o mesmo nome.
     Entretanto, o mal continuou a se alastrar na Atlântida apesar das advertências dos sacerdotes iniciados. Como a situação só piorasse, a hierarquia liberou o processo natural de resposta da natureza, acontecendo a primeira grande catástrofe há 800.000 anos.
     Ondas gigantes destruíram a antiga Cidade dos Portões Dourados, invadindo e submergindo regiões inteiras, varrendo quase completamente do continente a magia negra e seus seguidores.
     Após a catástrofe, a civilização tolteca retomou os seus caminhos e novos iniciados e adeptos provindos de Vênus se encarnaram na Terra.

8. O que essa nova fase da civilização tolteca produziu na Atlântida?
      R. As ciências, as artes, a agricultura, além de todos os demais ramos da atividade humana prosseguiram com avanços. No auge dessa nova fase, a população tolteca chegava a mais de 2.000.000 de habitantes.
     Os descendentes toltecas constituíram núcleos em vários locais do continente. Muitos sobreviveram após a destruição final do continente. No México e Peru, como já citado, os descendentes toltecas construíram as civilizações desses povos. Os índios peles-vermelhas também descendem dos toltecas.
     Os povos nômades que fundaram o Egito, da mesma maneira originaram-se dos toltecas. Isso resultou, há 200.000 anos, no surgimento de uma hierarquia oculta naquele país a qual iniciou uma dinastia de reis e construiu as duas grandes pirâmides de Gizeh.

9. Que outras catástrofes marcaram a Atlântida no decorrer de sua civilização?
      R. É sabido pelos esotéricos que a submersão da Atlântida, em sucessivos acontecimentos catastróficos da natureza, não se deveu tão somente à má condução dos valores morais pelos toltecas.
     Os abalos sísmicos de maremotos ou terremotos, bem como as explosões eruptivas vulcânicas que provocaram o afundamento de muitas terras e desmembramentos do continente atlante, foram também causados pelos desregramentos dos outros povos.
     As subraças surgem umas das outras. Entretanto elas convivem em paralelo no auge, na decadência, ou nos enormes períodos de estabilidade em que se preparam para uma evolução futura.
     As sucessivas hecatombes que atingiram a todos os povos ou etnias atlantes e vieram transformar a aparência da crosta terrestre, estão desdobradas nesse capítulo.

10. Além dos acontecimentos catastróficos já informados, que outros fatos específicos é possível citar em linha com as hecatombes registradas?
      R. Há aproximadamente 200.000 anos o Egito submergiu e assim permaneceu por muito tempo. Nos 100.000 anos que se seguiram, novamente a civilização atlante retomou o seu caminho de progresso.
     Em 75.025 a.C. aconteceram explosões de gás, maremotos e terremotos que destruíram as ilhas de Ruta e Daitya. Nessa ocasião o Egito novamente submergiu temporariamente. Quando da enchente, o povo tentava escalar as pirâmides para se salvar, porém escorregava. Após isto, o templo de Karnak e outros edifícios começaram a ser construídos no Egito.
     Em 9.564 a.C. o Egito foi novamente invadido pelas águas, porém por pouco tempo.

QUARTA SUBRAÇA ATLANTE

1. Qual foi a quarta subraça atlante?
      R. Foi a denominada Turaniana. Originou-se provavelmente da subraça Tolteca, muito embora detivesse laços da subraça Tlavatly.

2. Onde principalmente os turanianos habitaram?
      R. Nas áreas hoje ocupadas pelos países Marrocos e Argélia, por um período de aproximadamente 600.000 anos. Ocuparam também as costas leste e oeste do mar da Ásia Central e ilhas hoje pertencente à China. Um determinado ramo turaniano fixou-se na Caldéia há 30.000 anos.

3. Quais eram algumas de suas características?
      R. Não foram um povo de poder dominador como os toltecas. De modo geral eram grosseiros e desagradáveis. Num período tornaram-se turbulentos, avessos às leis, brutais e cruéis.
     Um ramo turaniano originou os também brutais astecas, que conquistaram os últimos territórios toltecas. Por certo tempo, não muito longo, formaram milícias somente de mulheres. Essa subraça foi a primeira chamada de amarela.

4. De que maneira conduziram as tradições?
      R. No tocante ao idioma, por certo tempo utilizaram a linguagem tlavatly. Mais tarde desenvolveram o seu próprio idioma.
     Devido a serem sempre derrotados nas lutas pelos toltecas, e estando inferiorizados numericamente, resolveram abolir as cerimônias matrimoniais. Os homens não mais precisariam casar nem ter a obrigação de manter famílias, pois desejavam aumentar a população. Esses novos direitos masculinos acabaram por destruir sua sociedade e mais tarde voltaram para as tradições do casamento e família.
     Muito embora os turanianos não fossem um povo guerreiro e dominador, as famílias, núcleos e tribos que se fixaram por todo o território atlante foram de certa forma poderosos.
     Seus melhores produtos raciais, sociais e culturais se desenvolveram na Caldéia.

5. De que maneira iniciou-se a cultura caldáica?
      R. Instalaram-se na Caldeia há mais ou menos 30.000 anos como tribos hostis. Viviam da agricultura primitiva e seus modelos de arquitetura eram também primários.
     Ao serem liderados por um Theodorus, mandado do leste pelo Manu para a Caldéia, iniciaram um ciclo de civilização mais notável. Dai descendeu uma linhagem real. Tornaram-se morenos de olhos brilhantes, com traços fisionômicos fortemente delineados. Conseguiram integrar os elementos religiosos à sua cultura, obtendo proveitos científicos práticos da sabedoria sacerdotal.

6. Como conseguiram integrar a religião com a cultura?
      R. A religião caldáica tornou-se profunda. Os sacerdotes foram homens eruditos e práticos, versados em história, astronomia e alquimia. Esses conhecimentos puderam proporcionar-lhes uma terapêutica medicinal com fabricação de remédios, associados às influências astrológicas.
     Havia sacerdotes que estudavam agronomia para tornar suas colheitas mais produtivas. Outros realizavam experimentos científicos com as intempéries. Com isto avançaram no conhecimento dos fenômenos naturais como tempestades, ciclones, vendavais, raios, trovões, etc.

7. No que sustentavam suas crenças religiosas?
      R. Mais do que crenças tratavam-se de conhecimentos de energias e forças dos astros e de seus efeitos diretos ou secundários sobre a natureza.
     Admitiam o Sol como o grande astro do universo - o Espírito Universal. Os demais planetas compunham não somente a expressão física solar, mas também seus corpos astral e mental.
     Construíram templos em muitas cidades para a devoção aos planetas, onde realizavam cerimônias públicas. Cada planeta era homenageado com um ou mais templos unicamente seus. Os seguidores de cada planeta se identificavam com o templo e as energias do planeta naquele templo.
     Em alguns templos construíram sistemas de espelhos a fim de captar a luz de seus astros. Com isto se magnetizavam de suas energias. Os sacerdotes curavam doentes nesses templos sob a energia dos respectivos planetas.
     Os iniciados também realizavam rituais a fim magnetizar as forças dos astros e desenvolver os chackras, obtendo os poderes da clarividência, clariaudiência, mediunidade, etc.

8. Como terminou a civilização da Caldéia?
      R. Após atingir ao auge a civilização dos caldeus foi aos poucos perdendo seu brilho. Ao ser invadida por tribos bárbaras turanianas e acadianas do norte tiveram seus templos e cidades destruídas.
     Sobre suas cinzas as tribos sumério-acadianas construíram mais tarde uma nação e o império babilônico.

QUINTA SUBRAÇA ATLANTE

1. Qual foi a quinta subraça atlante?
      R. A quinta subraça atlante foi chamada de Semitas Originais. Cresceu nas regiões montanhosas onde hoje se localizam a Escócia e Irlanda.
     Nestes lugares os Semitas permaneceram até se estender e colonizar partes do continente da Atlântida. Dos anos 800.000 até 200.000 formaram um grande império, chegando a possuir a Cidade dos Portões Dourados.

2. Quais eram as características principais dos Semitas e onde habitaram?
      R. Foram turbulentos e inconstantes. Realizavam frequentes guerras com seus vizinhos, especialmente contra os acadianos, que os sucederam no enfoque das subraças.
     Os Semitas Originais chegaram a ampliar o seu império do oeste a leste sendo o oeste o território hoje representado pela América do Norte.

3. Que outras conquistas territoriais os Semitas Originais obtiveram?
      R. Espalharam-se também do leste para as praias nordeste do continente, onde hoje é a Europa, África e Ásia.

4. O que permaneceu nos povos atlantes da descendência dos Semitas Originais?
      R. Entre os índios norte americanos foram encontrados tipos semíticos. O antigo Egito e países vizinhos passaram por mudanças com sangue semita.
     Os Kabyles das montanhas argelinas são ainda representantes do sangue semita original.
     Visando o desenvolvimento mental da nova raça  -  a ariana  -  o Manu selecionou tipos dessa quinta subraça nas praias do sudeste do mar da Ásia Central. Embora formassem a segunda subraça das chamadas amarelas, os Semitas Originais foram brancos. Usaram a linguagem tolteca que aos poucos foram modificando.

SEXTA SUBRAÇA ATLANTE

1. Qual foi a sexta subraça atlante?
      R. A sexta subraça atlante foi a denominada Acadiana. Após a primeira grande catástrofe ocorrida no continente da Atlântida, os acadianos cresceram no lado leste onde hoje é a Sardenha.

2. Que outros locais a subraça Acadiana habitou?
      R. Os acadianos espalharam-se por todo o continente. Há cerca de 100.000 anos conquistaram os Semitas por terra e mar se estabelecendo na sua capital por centenas de anos. Alcançaram a Arábia, Pérsia e auxiliaram o povo egípcio.
     Dos reinos por eles formados, contam-se os Etruscos, Fenícios e Sumério-Acadianos. É possível que os atuais bascos sejam originados dos acadianos.
     Os iniciados acadianos também chegaram a fundar Stonehenge, hoje a Escandinávia.

3. Quais foram algumas das características da civilização acadiana?
      R. Formaram governos oligárquicos onde dois reis governavam uma cidade.
     Estudaram astronomia, produzindo avanços nessa ciência. Muito embora sejam denominados de a terceira raça amarela, foram brancos como os Semitas Originais. Adotaram o idioma tolteca e mais tarde desenvolveram sua própria linguagem aglutinante, como foram as línguas atlantes.

SÉTIMA SUBRAÇA ATLANTE

1. Qual foi a sétima subraça atlante?
     R. Foi a subraça denominada Mongol.

2. Em que região a subraça Mongol surgiu?
      R. Os mongóis surgiram na planície tartária da Sibéria Oriental, descendendo da subraça turaniana que aos poucos dominou toda a Ásia.
     Os mongóis se multiplicaram extraordinariamente, o que hoje ainda ocorre, e se misturaram a povos de raças atuais.

3. Quais foram as principais características da subraça Mongol?
      R. Como descendessem dos turanianos que eram rudes e brutais, foram de início como esses. Entretanto, ao desenvolverem grande devoção religiosa, tornaram-se um povo psíquico.

4. Para quais regiões os mongóis se espalharam?
      R. Tribos mongóis atravessaram o Estreito de Behring, vindos da Ásia e se estabeleceram na América. Nesse continente formaram os Kitans que deixaram traços hereditários nas tribos indígenas norte americanas.
     Deixaram descendentes na Europa, como os húngaros, que mais tarde misturariam sangue da quinta raça. Os malaios (talvez também os polinésios) foram da mesma forma descendentes dos mongóis.

ASPECTOS GERAIS DA CIVILIZAÇÃO ATLANTE

1. De maneira geral o que caracterizou a evolução das raças no continente Atlante?
      R. A Atlântida é parte importante da evolução planetária. Representou a continuidade do processo evolutivo da civilização lemuriana, onde naquele período os reinos da natureza receberam os melhores impulsos evolucionários. Não se pode esquecer que o planejamento para o surgimento e evolução das raças humanas, é concomitante à evolução dos demais reinos e esse processo veio se desenvolvendo desde o mundo etérico, quando o orbe terrestre não oferecia ainda as mínimas condições de habitação.
     As raças que habitaram o continente atlante denominadas de subraças de um tronco principal, foram surgindo umas das outras. Isto demonstra que a evolução se dá de dentro para fora, ou seja, a alma terrena virá adquirir experiências através das muitas interações na matéria, e requerer corpos físicos cada vez mais adequados. Assim, as raças atlantes puderam atingir metas em sete fases distintas, levando, principalmente, bilhões de almas para diversas fases e estágios calculados e planejados pelas hierarquias.


2. Qual foi a meta definida para a evolução da Vida no continente atlante?
      R. Evidentemente que o planejamento e coordenação de um plano evolutivo como acontecido na Atlântida, é grandioso, inteligente e científico. Sua expressão é de tal forma abarcante que seria impossível analisar a contento uma pequena parcela da intenção colocada em prática pelos mentores raciais.
     O continente atlante representou o desenvolvimento de certos aspectos do corpo astral planetário. A vida emocional e sentimental de uma individualidade é para ela um universo pleno de situações variáveis boas e más com acertos, enganos e contradições. Conhecer de fato esse universo representa viver um conteúdo emocional por muitas encarnações. E essas experiências auferidas por bilhões de almas no continente atlante representaram para nosso orbe terráqueo uma vida astral que até então o orbe não possuía.
     Portanto, o Logos ou Deus de nosso sistema solar ao planejar situações que se materializariam no período atlante, fazia executar através das hierarquias construtoras, um planejamento já existente em Sua Mente há incontáveis anos terrestres.

3. Comparativamente a nossa atual sociedade, quais foram as relevantes conquistas dos povos atlantes?
      R.Cada raça viveu seu momento de conquistas sociais, guerras ou destruições. Determinadas raças absorveram tradições e costumes de outras e de algumas maneiras as transformaram. Entretanto, as maiores conquistas sociais assimiladas pelos povos atlantes provieram da civilização tolteca.
Durante aproximadamente 100.000 anos os toltecas implantaram sua cultura a praticamente todas as demais raças do continente. Isso se estendia desde o idioma falado à grandeza do tratamento aos escravos de guerra.
     No período tolteca desses 100.000 anos a raça desconheceu a fome, a miséria, o crime e as dificuldades sazonais na agricultura. Como resultado de seu desenvolvimento científico e social tinham tudo sob controle e nada lhes faltou.
     Entretanto, este período iluminado acabou quando o homem passou a dirigir seus atos egoisticamente, advindo daí todos os posteriores males que levaram os toltecas a enfraquecer e depois terem sua civilização destruída por invasores.

4. Que tipos de inventos mecânicos os atlantes produziram?
     R. Em certa época produziram aeronaves e embarcações movidas por maquinários.
     As aeronaves podiam transportar normalmente até oito passageiros. Em épocas de guerras, fabricavam aeronaves maiores com capacidade para transportar de cinqüenta a cem soldados.
     Produziram também frotas de navios a motor com os quais viajavam pacificamente ou guerreavam.

5. Que tipo de fabricação e maquinário constituía e movimentava suas aeronaves e navios?
     R. No início as aeronaves eram construídas de madeira leve, porém reforçadas por uma determinada substância que se aderia, dando resistência à madeira. Mais tarde, as construíram com a liga de dois metais brancos e um vermelho que produziu algo como o alumínio, porém mais leve. As aeronaves tinham formas semelhantes à barcos.
     A princípio as aeronaves foram movidas pela força da vontade de seus operadores, depois utilizaram a força etérica através de largos tubos instalados nas extremidades finais das naves. A força entrava por um mecanismo situado no meio da nave. A velocidade máxima conseguida era de no máximo 160 km/h a uma altura de até 350 metros.   
     Os navios eram também construídos de metal, e a força propulsora assemelhava-se à das aeronaves, entretanto distribuída por outro tipo de maquinário mais complicado.
     Nas guerras as aeronaves lançavam bombas de gás sobre os inimigos, aniquilando em segundos batalhões de guerreiros.

6. Qual era o estilo arquitetônico das cidades atlantes?
      R. Os prédios eram afastados uns dos outros, construídos em grandes blocos, tendo normalmente um pátio interno com uma fonte. Possuíam torres com escadas em espirais. Havia classes ricas que adornavam os cômodos com ouro e prata.
     As cidades tinham normalmente aquedutos trazendo água fresca desde distantes montanhas, depositando-as em reservatórios que alimentavam fontes. As ruas eram pavimentadas com certo produto semelhante a betume.

7. Como era o sistema educacional atlante?
      R. De modo geral crianças e jovens freqüentavam escolas onde passavam a maior parte do dia. Aprendiam tudo o que era prático e necessário à sua cultura. As vocações eram respeitadas e o jovem se via ingressando em cursos de arquitetura, astronomia, biologia, agricultura, etc.
     Muito embora os jovens viessem se formar especificamente na atividade escolhida, durante os doze ou catorze anos de frequência escolar aprendia a ser auto-suficiente em tudo o que fosse necessário para a vida.
     A escrita era exercitada em finas folhas de metal e faziam reproduções de textos utilizando outra folha mergulhada em certa substância.

8. Como era a relação homem x reino animal, na Atlântida?
      R. Durante o auge da civilização tolteca a relação foi amistosa e respeitada. Nem todos os animais e aves eram mortos para servir de alimento aos atlantes. Na realidade, muitos foram vegetarianos, como os sacerdotes. Mas os peixes foram os preferidos na fase tolteca.
     Possuíam animais de estimação e de cargas, como certa espécie semelhante aos lhamas do Peru. O cavalo surgiu na Atlântida produto de experiências de cruzamentos híbridos. Ao que parece, os leões foram a um tempo mansos, domésticos e utilizados para puxar carros pesados.
     Os animais parece se terem tornado ferozes e carnívoros depois de um período em que os homens passaram a maltratá-los, caçá-los e deles se alimentar.

9. Qual é hoje a herança étnica dos povos atlantes?
     R. A maioria da população do planeta ainda é herança atlante. Mesmo a raça ariana surgiu basicamente da quinta subraça atlante.
     Hoje, algumas das etnias mais representativas dos povos atlantes, são: os asiáticos, os povos incas e seus descendentes nas Américas, os índios brasileiros e norte americanos, e etnias africanas e australianas. Note-se também que o povo judeu da atualidade não representa a evolução dos Semitas Originais da Atlântida, mas um segmento que se rebelou contra a necessidade de evoluir noutras raças e permaneceu com suas raízes atlantes.

RAÇA ARIANAA QUINTA RAÇA
                         
PRIMEIRA SUBRAÇA ARIANA

1. Qual foi a primeira subraça ariana?
     R. A primeira subraça ariana foi denominada Indu, Ariana ou Indu-Ariana devido ao fato de seus primeiros tipos terem sido da Índia, onde ocupavam quase todo o território.

2. De qual subraça atlante os arianos se originaram?
     R. Na realidade a raça ariana começou a ser trabalhada pelo Manú há 60.000 a.C. quando ele separou tipos da subraça Semita Original, bem como alguns dos acadianos e turanianos.

3. Por quais regiões a primitiva raça ariana se espalhou?
     R. Dos anos 60.000 a.C. a 40.000 a.C., conquistaram a China e o Japão, que eram dominados pelos mongóis e atravessaram a Ásia do nordeste ao sudeste, até serem contidos pelo frio.
     Chegaram a conquistar Formosa e Siam e colonizaram Sumatra, Java e ilhas circunvizinhas.

4. Quais foram algumas das principais características da subraça Indu-Ariana?
     R. Foram sempre admirados pelos povos por onde passaram, sendo comparados a deuses por sua beleza física. Todos sabiam ler e escrever e realizavam todas as tarefas, achando-as honrosas. O próprio Manú realizava todas.
     Eram alegres e felizes; tinham muita música, danças e festas.

5. Que tipo de religião adotou?
     R. O Espírito Solar era o principal objeto de sua devoção. O povo cantava hinos aos deuses e os devocionava. Devocionava também ao átomo como sendo a origem de todas as coisas e Deus em miniatura.
     Durante milhares de anos o Manú trabalhou na construção da Cidade da Ponte, nas colinas junto ao Mar de Gobi e lá realizavam o Festival Anual de Verão, chamado Festival Sagrado do Fogo. Nesse Festival, participavam Sanat Kumara e membros da hierarquia.

6. Que proveito os indus-arianos tiraram das práticas religiosas?
     R. Antes de tudo as devoções e ensinamentos religiosos eram destinados principalmente ao povo. Havia, entretanto, os estudiosos e iniciados nas ciências ocultas. Esses últimos dominavam várias forças da natureza, aprendiam a construir formas-pensamentos, a levitar e se tornavam clarividentes.
     Se, por exemplo, o Manú estivesse impossibilitado de passar instruções aos seus comandados, solicitava a um desses estudantes que fizesse a viagem em corpo astral e pessoalmente entregasse a mensagem, materializando-se no destino.

7. Por quanto tempo perdurou o domínio desta subraça?
     R. Embora este império houvesse decaído há 40.000 anos, tendo sido luminoso por 20.000 anos, permaneceu ainda esplêndido por mais 25.000 anos.

SEGUNDA SUBRAÇA ARIANA

1. Qual foi a segunda subraça ariana?
     R. A segunda subraça ariana foi chamada Árabe ou Ario-Semítica e desenvolveu seus primeiros tipos num dos quatro vales entre montanhas junto ao Mar de Gobi e próximo à Cidade da Ponte.
     Nesse local, o Manú havia separado famílias para serem preparadas isoladamente em cada um dos vales a fim de formar estoques de futuras subraças.

2. Como se deu o início da expansão da segunda subraça ariana?
     R. As famílias que constituíram a segunda subraça permaneceram num dos vales por muitos séculos, crescendo e se multiplicando. Há mais ou menos 40.000 anos o Manú decidiu enviá-las ao mundo sob o comando de Marte (Mestre El Morya).
     Mais tarde o Manú, pessoalmente, iria conduzir as famílias através de solo persa e Mesopotâmia.

3. Onde efetivamente as famílias da segunda subraça Ario-Semítica se estabeleceram?
     R. O Manú ao passar pela Arábia fez acordo com o chefe árabe a fim de que permitisse seu povo permanecer num dos vales. Contavam 150.000 homens prontos para guerrear e 100.000 mulheres e crianças.
     Ao ver o progresso do vale que em um ano tornou-se irrigado e com imensa agricultura, o chefe árabe ficou invejoso e propôs ao Manu aliar-se a ele a fim de atacar outro inimigo e tomar seu reino. O Manú se recusou e o chefe árabe aliou-se ao inimigo, vindo guerrear contra o Manú e seu povo. Mas foram derrotados, começando desde logo a arianização daquelas duas tribos e de todas as demais do território. Com isso a cultura árabe começou a se expandir.
     A segunda subraça multiplicou-se por milhares de anos dominando toda a Arábia até as proximidades da África. Num certo período, um segmento desta segunda subraça, chamado Hycsos, invadiu o Egito e o dominou por algum tempo.

4. Que sucedeu com um núcleo atlante deixado pelo Manú na Arábia, para futuramente misturar-se aos arianos?
     R. Este núcleo ficara a sudeste da Arábia com a ordem do Manú de não misturar seu sangue com nenhum outro povo. Mas estando velho o Manú desencarnou. Ao reencarnar-se e retomar suas atividades foi ao núcleo que já tinha crescido consideravelmente e deu ordens para que agora misturassem seu sangue com a segunda subraça ariana a fim de que pudessem evoluir. O líder religioso do núcleo, no entanto, não reconheceu o Manú e proibiu que misturassem o sangue. Com essa rejeição eles não puderam evoluir para ramos arianos conforme o Manú planejara.
     Mais tarde, um grande sacerdote desse núcleo casou-se com uma escrava negra, o que foi considerado heresia por muitos. Com isso houve um rompimento no núcleo e o segmento dissidente abandonou o lugar viajando pela Arábia, indo se fixar na Palestina onde se transformou nos atuais judeus.
     Por milhares de anos aqueles egos se têm reencarnado na mesma etnia, aumentando seu número em muitos milhões, permanecendo presos aos mesmos laços sanguíneos. Mantiveram na memória a lenda de que seriam o povo eleito, o que acontecera não com eles, mas com os Semitas Originais da Atlântida, que basicamente originaram o povo ariano.
     Como se sabe, os Semitas Originais formaram o celeiro da raça ariana de onde o Manú separou originariamente seus melhores produtos. Foram conduzidos para as montanhas da Escócia e Irlanda, em cujo local se desenvolveram até dominarem toda a Atlântida. Há mais ou menos 2.000 anos Jesus nasceu entre os judeus e procurou ensinar-lhes novas doutrinas para libertá-los dos preconceitos e tradições superadas, mas foi crucificado física e mentalmente.

5. Qual foi a religião da subraça Ario-Semítica?
     R. A religião seguida pelos ários-semítas, foi trazida do Egito pelo Mahaguru (futuro Gautama Buda) onde esse grande enviado havia estabelecido culto semelhante. No Egito foi estabelecido o culto a Osíris que tanto estaria nos céus quanto nos corações dos homens. Assim os homens se tornariam tanto Osíris como deuses. Esse culto, junto aos ários-semitas, tomou conotações de Religião da Luz.

TERCEIRA SUBRAÇA ARIANA

1. Qual foi a terceira subraça ariana?
     R. Foi a chamada subraça Iraniana, surgida 10.000 anos após a subraça Árabe.

2. De que maneira a terceira subraça se constituiu?
     R. Esta subraça cresceu a partir da terceira família que o Manú houvera selecionado num dos quatro vales perto da Cidade da Ponte.
     O Manú houvera se encarnado nessa família, na sua quinta geração, e ordenara que por dois mil anos se multiplicassem. Assim ele pôde dispor de 300.000 homens preparados para a guerra. Essas famílias tinham antes recebido no vale o sangue acadiano.

3. Por quais lugares a subraça Iraniana migrou?
     R. Os homens saíram do vale deixando mulheres e crianças, se deslocando em direção da Pérsia, vencendo a todas as hordas de tribos que os atacavam. Utilizavam-se de lanças longas e curtas, espadas curtas e fortes, estilingues, arcos e flechas.
     Em dois anos atravessaram a Pérsia sem dificuldade e dominaram a Mesopotâmia. Em certa época a terceira subraça mandava na maior parte da Ásia e em muitos países do Mediterrâneo.
     Construíram postos-guardiões por toda a Pérsia e conquistaram todos os demais povos guerreiros. Quando tudo estava sob controle, o Manú comandou que viessem as mulheres e crianças que tinham permanecido no vale.
     O Manú estabeleceu um império, colocando pessoas da família nos governos. Logo a terceira subraça alcançou um milhão de pessoas.

4. Qual foi a religião da terceira subraça?
     R. A Religião do Fogo, fundada por Zarathustra (futuro Gautama Buda) em 27.700 a.C. Essa religião triunfou na Pérsia e mais tarde edificaram a fé Zoroastrina e sua literatura que é até hoje conhecida.

QUARTA SUBRAÇA ARIANA

1. Qual foi a quarta subraça ariana?
     R. A quarta subraça ariana foi a Celta. Esta subraça obteve especial atenção do Manú no sentido de que desenvolvessem certas aptidões no próprio vale, onde tiveram sua inicial formação.

2. Que tipos de aptidões o Manú estimulou na subraça Celta?
     R. Inicialmente o Manú separou as famílias cujos membros apresentassem sensibilidade artística. Isso feito ensinou-lhes como desenvolver a imaginação e através dessa prática trabalhou-lhes a oratória, poesia, pintura e música.

3. Quando as famílias da subraça Celta deixaram o vale para onde se dirigiram?
     R. No ano 20.000 a.C. a quarta subraça ariana iniciou viagem através das fronteiras do reino persa, chegando às montanhas do Cáucaso, ocupadas por tribos hostis e predatórias. O Manú havia obtido do monarca persa salvo-conduto para atravessar a Pérsia, mais o fornecimento de alimentos e proteção de um forte exército contra as tribos montanhesas.
     Ocuparam o distrito de Erivan, nas praias do Lago Sevanga e em 2.000 anos se multiplicaram, ocupando a Armênia, Kurdistão, Geórgia, Mingrelia, Frigia, Ásia Menor e o Cáucaso.
     Devido ao caráter de sua colonização, acabaram por formar não propriamente um império, porém uma confederação de tribos.

4. Por quais outros lugares os celtas se espalharam?
     R. Por volta do ano 10.000 a.C marcharam em tribos em direção ao leste europeu, misturando seu sangue com os demais povos.
     Uma primeira onda dessa migração cruzou a Europa provinda da Ásia Menor e formou os antigos gregos - não os atuais - porém os seus ancestrais, chamados Pelagianos. Formaram magnífica civilização mencionada por Platão em Timeus e Critias, sendo gigantes em relação aos gregos de nossa história.
     Construíram a magnífica civilização de Creta que perdurou por milhares de anos, chegando aos 2.800 a.C. Em 9.564 a.C. um maremoto destruiu a ilha de Poseidonis e muitas colônias gregas.

5. Que sucedeu após a destruição de Poseidonis?
     R. Após um tempo uma nova onda celta veio migrar vigorosamente e predominar sobre o norte da Itália, sobre a França, Bélgica, Ilhas Britânicas, Nordeste da Suíça e leste da Alemanha.
     Outra onda celta invadiu o norte da África, misturando-se aos semitas atlantes, também aos árabes, kabyles e aos guanches das Ilhas Canárias. Espalhou-se da mesma forma pela Península Ibérica e veio formar o povo Irlandez. Mais tarde viria alcançar a Escandinávia, misturando-se a alguns ramos da subraça teutônica.

6. O que aconteceu na Irlanda?
     R. Outra onda celta de maior excelência chamada Tuatha-de-Danaan alcançou a Irlanda e foram considerados mais deuses do que homens. Os Tuatha-de-Danaan foram extraordinariamente intelectualizados e espiritualizados, mais avançados do que a raça fundada inicialmente na Irlanda.
     Tinham rostos ovais, a pele clara, cabelos pretos e olhos azuis escuros ou violeta. Alguns possuíam cabelos claros e olhos marrons. Na Irlanda desenvolveram um grande centro de filosofia.

7. Como era a religião celta?
     R. O objeto de práticas e devoção celta esteve ligado aos mistérios orfeicos, trazidos para Atenas antiga por Orfeu, que no Egito chamou-se Thot.
     Esse mahaguru ensinou na Grécia o canto, o som por instrumentos especiais, principalmente pela lira de Apolo, e a música. Os sons de Orfeu atuavam e influíam nos corpos astrais e mentais dos discípulos e nos chackras dos seus corpos etéricos.
     Essa foi a última aparição do mahaguru, antes de vir na Ásia como o iluminado Buda.

QUINTA SUBRAÇA ARIANA

1. Qual é a quinta subraça ariana?
     R. É a atual subraça denominada Teutônica.

2. Como a quinta subraça foi formada?
     R. Esta subraça se desenvolveu numa das quatro planícies localizadas próximo a Cidade da Ponte, junto ao Mar de Gobi. Foi trabalhada pelo Manú simultaneamente à quarta subraça, e juntas vieram conduzidas através do solo persa.
     Os teutônicos, no entanto, foram trabalhados de modo diferente das demais subraças. O Manú nela introduziu alguns dos melhores espécimes da terceira subraça bem como uns poucos dos semitas da Arábia. O Manú escolheu principalmente os modelos altos e elegantes e ao reencarnar-se nesta subraça utilizou-se de idêntico tipo físico.

3. Como eram os tipos iniciais da quinta subraça?
     R. Eram fortes e vigorosos, mais do que os representantes da quarta subraça. Produziram-se altos, elegantes, de cabeças alongadas, cabelos claros e olhos azuis.
     Suas características mentais foram bastante diferentes dos da quarta subraça; eram práticos e objetivos e ao invés de atividades artísticas, estiveram voltados para o comércio, a realidade concreta, a comunicação clara e direta e ao senso comum.

4. Em quais regiões os teutônicos se espalharam?
     R. Quando deixaram a planície em 20.000 a.C. rumaram para a Pérsia, depois para o Mar Cáspio e se estabeleceram em Daghestan. Cresceram lentamente por milhares de anos ao longo das encostas nordeste da cordilheira caucasiana, ocupando os distritos de Terek e Kuban.
     Iniciaram sua grande marcha de domínio mundial em 8.500 a.C.. Espalharam-se pela Europa Central em direção nordeste, onde hoje é a Cracóvia, na Polônia. Da Cracóvia partiram ondas migratórias para outras regiões.
     A primeira onda foi a Eslava. Parte dela originou os russos e outra parte, mais ao sul, originou os croatas, sérvios e bósnios. Uma segunda onda originou os letonianos, os lituanos e prussianos.
     Uma terceira onda gerou os germanos, chamados especialmente de teutônicos, espalhando-se pelo sudeste da Alemanha. Outros dessa onda formaram os godos e os escandinavos. Daí espalharam-se pela Austrália, América do Norte, África do Sul e Índia.

5. A exemplo das subraças precedentes, onde e como se dará o império mundial da quinta subraça?
     R. A quinta subraça, ao contrário das quatro anteriores, até o momento não realizou a hegemonia mundial. Alguns fatos indicam que a Índia estaria destinada a ser poderosa tanto no leste como no oeste, mas tal fato está ainda longe de acontecer, se for verdade.
     Mas quanto ao império mundial da quinta subraça atingir o zênite, não se sabe exatamente que povos virão desempenhar esse domínio, e quais egos de grande poder mental e espiritual logo reencarnarão na Terra. Isso se concretizando, tanto os modelos de governos, os meios de trabalho, a economia das nações, a educação, as religiões, as ciências e as artes terão grandes transformações e passarão por impulsos extraordinários.

ASPECTOS GERAIS DO PERÍODO ARIANO

1. Quando as duas subraças restantes da raça-raíz ariana, virão se manifestar?
     R. A atual raça ariana, com as cinco subraças até agora desenvolvidas, já tem um tempo de vida de mais de 1.000.000 de anos. As duas subraças que ainda surgirão no período ariano, estão sendo preparadas pelo Manú e seus mestres há milhares de anos.
     Esotéricos têm informação de que a sexta subraça surgirá da Austrália e América do Norte, enquanto a sétima subraça surgirá da América do Sul.

2. O quê de principal a raça-raíz ariana necessita realizar?
     R. Uma raça é constituída de egos. Não importa o quanto estejam os aparelhos físicos melhor trabalhados num momento de auge de uma subraça. O que define realmente quanto a raça avançou em relação às demais em relação é a expansão de consciência.
     Já afirmamos que a verdadeira evolução das raças se verifica no “quantum” íntimo desenvolvido, ou seja, a partir de processos que determinem melhor sensibilidade e respostas às incidências superiores sob e sobre os aparelhos físico-etérico, emocional e mental. Essa quádrupla formação vem constituir tecnicamente a alma terrena, a personalidade ou ego inferior. E à medida que o ego avança em obtenção e manipulação de valores terrenos melhor qualificados, precisará deter veículos mais bem capacitados, pois o concomitante exercício de lúcidas faculdades da alma e da individualidade espiritual, virá exigir imediatas e mais precisas respostas daqueles veículos e do cérebro físico com seus mecanismos de expressão.
     Portanto, o progresso das raças não se mede unicamente pelo aperfeiçoamento do aparelho físico, senão em linha com o conteúdo de conhecimentos armazenados pela alma terrena em correspondência ao nível de consciência atingido, e de uma sabedoria superior estruturada e aplicada à evolução mental e espiritual do homem.
     A raça ariana, neste quadro de evolução mundial, vem polarizar valores no processo mental concreto humano e na construção de uma ponte subjetiva que possa ligar a personalidade com a alma ou ego superior. Quando esses elementos estiverem unidos, a alma atuará plenamente na Terra, através da personalidade ou ego inferior. E esse quadro até então desconhecido da humanidade, descerrará panorama e contagem de surpreendentes exemplos cada vez mais numerosos, ainda no atual ciclo de manifestação da raça ariana.

3. A raça atlante, que foi brilhante em certas conquistas sociais, não teria da mesma forma trabalhado o mental concreto tanto quanto a raça ariana?
     R. Evidentemente que nada se faz na Terra sem o uso da inteligência veiculada pela mente ao cérebro físico. Os atlantes também desenvolveram o raciocínio concreto. A prova disso foram suas invenções, a apurada arquitetura em certas civilizações e o aprimoramento de muitos valores morais.
     Entretanto, foi uma raça que polarizou suas ações através da impressionabilidade, paixão e emoção levadas a altíssimo grau de devoção espiritual ou de violência contra inimigos e reino animal. O plano evolutivo conduzido por Sanat Kumara, mestres lunares, o manú e iniciados no tocante às subraças, previa etapas bem definidas pelo fato de a humanidade estar necessitada de aprimorar seus veículos inferiores em diversos aspectos. Muitas personalidades ao final do período atlante já trabalhavam simultaneamente nos níveis mentais e emocionais, por que tinham se adiantado em relação ao grande contingente dos mais variados calibres de almas. Os que não haviam conseguido atingir esse status superior precisaram e ainda precisam, nas muitas etnias onde hoje se reencarnam, continuar as lições do despertar de linhas de energia e força mental, aliadas ao trato e consolidação de conscientes qualidades construtivas.

4. Como se dá essa relação de valores e virtudes em concomitância ao despertar mental?
     R. O homem neste período evolutivo é visto como um todo composto de personalidade, alma e espírito. Entretanto, cada um desses aspectos possui níveis de contexturas que precisam ser trabalhados e conquistados. A evolução humana não cessa quando a personalidade é subjugada pela inteligência e poder do ego superior. Aqueles que atingiram esses níveis tornaram-se mestres da sabedoria e amor, mas não conquistaram tudo.
     Existirá ainda, diante deles, um vasto caminho a percorrer e muitas tarefas a realizar para auxílio aos reinos planetários e ao processo evolucionário de todas as unidades de consciência que aqui vivem.
     No caso do homem terreno, a personalidade para estar perfeitamente ajustada aos ditames superiores da alma, precisará deter valores que correspondam e ressoem às energias superiores neles ancoradas. Não bastarão somente valores intelectuais concretos ou abstratos, desenvolvidos nas diversas atividades da vida humana para determinar melhor qualidade da personalidade.
     Muitas personalidades brilhantes segundo o mundo, por sua memória a fatos culturais, pela praticidade de seus ofícios, por qualidades artísticas, literárias, esportivas, empresariais, políticas, científicas etc., não estão em situação tão elevada como supõem seus admiradores. Para que isso aconteça, essas personalidades precisarão deter valores morais e espirituais de constantes práticas, observando o desinteresse à fama e reverências do mundo e o desapego de bens materiais.
     Dessa maneira, sempre que personalidades ativam demasiadamente certos processos mentais de conquistas materiais no mundo em detrimento de valores humanitários ou espirituais, acumulam quantidades de mal carma que logo necessitarão resgatar se desejarem de fato evoluir.
       A evolução de que tratamos, por oportuno, avança sempre para novas situações. Os deuses da criação, como vimos, são seres imensamente superiores em relação ao nosso estágio atual. Os deuses, além de possuir autoridade sobre os homens, conhecimento e sabedoria fantásticos em relação ao mundo, conseguem assimilar e incorporar graduais energias e forças com que o próprio Logos trabalha ao manifestar o Plano da Criação. Vontade, sabedoria, inteligência e atividade plena dirigida para o Criador são divisas que a humanidade precisará deter após cumpridos todos os estágios de seu desenvolvimento.

5. A raça ariana marcha para a redenção final da humanidade perante o Criador?
     R. A redenção final da humanidade não se dará somente após as etapas de desenvolvimento das sete raças terem sido superadas. Esse não será ainda um processo final porquanto a Terra é unicamente uma morada temporária do homem e ele necessitará ainda aperfeiçoar-se noutros mundos formados de diferentes tipos de matéria. A raça ariana, entretanto, incorpora o arquétipo modelado pelo Criador que pode proporcionar a bilhões de almas as condições de alcançar níveis mentais mais elevados que as permitam colocar-se definitivamente no mundo do pensamento e, em consequência, mais próximas das vidas evoluídas. Uma vez alcançados esses níveis mentais, a humanidade estará mais ainda habilitada para, nos ciclos vindouros, se auto-realizar como um todo e entender melhor os verdadeiros propósitos do Criador. 

Ver links: Arca de Ouro: O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação - (1)



                                      Obra: O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação
                                      Autor: Rayom Ra
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