O enigma da vida é o único e verdadeiro legado que o homem carrega. Antes mesmo de tentar conhecer-se como criatura, ele olhou para o céu e procurou entender as estrelas sonhando pela primeira vez. A imensidão do firmamento sempre foi instigante para todos os povos de todas as nações. Parece-nos que a grandiosidade infinita do universo sempre inspirou para que se construíssem monumentos gigantescos em comemoração e devoção a alguém incrivelmente poderoso, que criara tantas coisas distantes, mas que magicamente estivesse presente sobre as cabeças e sob os pés dos homens. E este arquiteto, tantas vezes antropomorfizado, moraria nas estrelas, no azul ou negro do céu, ou dentro do abrasante sol. Quando desejasse, estaria nos uivos dos ventos ou ressoar das águas, no ribombar dos trovões, na rapidez dos relâmpagos ou no clarão dos raios! Poderia aparecer para quem mais amasse, viver dentro dele, fazer coisas impossíveis; matar e ressuscitar. Mas de tudo o que criara, o céu a rebrilhar na negra noite sempre fora o maior dos Seus enigmas, e se conseguisse entendê-lo, entenderia também o Seu próprio mistério!
Os orientais, mais precisamente chineses e
tibetanos, há milênios já ensinavam que o solo da Terra, as formas viventes e o
corpo humano são nutridos de energia cósmica e da matéria provinda das
estrelas. Os corpos celestes, diziam eles, sofrendo processo de desintegração
ou explodindo, pairam pelo espaço em poeira, e essa poeira é atraída para a
Terra por ação do campo magnético formado entre a Terra e a Lua. Dessa
afirmação, encontramos certa coincidência na teoria da moderna astronomia
quando ela define as galáxias como conjuntos de estrelas envoltos por gás e
poeira. Vemos, assim, que a distância das antiquíssimas civilizações para o
século atual não invalida a relação de conhecimento nesta curiosa
particularidade.
A astronomia, com frequência, vem reajustando
e reciclando seus postulados sempre que novas descobertas são comprovadas, e
pelo caráter de suas investigações permeia teses e afirmações com espírito
cientifico.
Em que pese às descobertas registradas nos
anais da astronomia, notadamente no passado através de homens como Hiparco,
Ptolomeu, Galileu, Copérnico, Kepler e muitos outros, não há como dissociar da
oficialidade científica o conhecimento vigente da remota antiguidade,
emergente, principalmente, dos sumérios e chineses. É inegável a aceitação por
astrônomos de um legado de informações dos antigos como partida de um estudo
mais pormenorizado das constelações, em particular de nosso sistema solar.
Entretanto, certas afirmações tradicionais foram aos poucos desmentidas ou
desmistificadas, e estando assim resolvidas pelo pensamento atualizado dos
astrônomos, segundo suas épocas, foram largadas ao esquecimento por que homens
de pensamento racional e mentes investigativas não convivem com crenças.
Com o tempo, as noções de massa, peso,
volume, distância, movimento, velocidade, órbita, grau, temperatura, etc.,
foram sendo cada vez mais trabalhadas conduzindo a conclusões mais exatas.
Porém, a astrologia foi suficientemente negada pelos astrônomos antigos e
continuaria a sê-la na atualidade As descobertas da antiga astronomia
misturavam-se com os conceitos da astrologia, pois na antiguidade era dado aos
sacerdotes, e tão somente a eles, o direito a esses estudos. Não existia assim
o epíteto de uma astronomia para cálculos físicos e exatos e de uma astrologia
aparte, mais ampliada e interpretativa, para revelações espirituais ou
esotéricas. Para que modernamente viesse existir essa desejável separação, o
propósito religioso dos povos da antiguidade foi oportuna e adequadamente
desprezado pela razão cientifica. No entanto, na era cristã, com evidentes
interesses eclesiásticos, a igreja vigorosamente interveio no trabalho
cientifico, obrigando no século XVII a Galileu Galilei, renomado astrônomo, a
abjurar de afirmações conclusivas sobre o sistema heliocêntrico por ele
defendido, sob ameaça de queimá-lo vivo como bruxo.
Um dos aspectos que se auto afirmou e veio
materializar-se definitivamente por conta da evolução mental dos povos, foi o
fundamento da astronomia como inegável ciência independente, não sectária,
respaldada pela matemática e geometria e estribada por leis da física. Já a
astrologia, ganharia o desprezo de profissionais dos muitos segmentos da
ciência oficial, e salvo por poucos e antigos astrônomos não ortodoxos a
astrologia simplesmente nunca existiu, muito embora hodiernamente seja ensinada
em cursos legalizados e universidades tendo grande aceitação por quem segue ou
acredita nas revelações esotéricas.
Apesar de peremptoriamente negada, a
astrologia praticada pelos sábios sacerdotes da antiguidade trazia comprovadas
previsões apreciadas pelos reis de muitas nações e diferentes classes sociais
que rodeavam as cortes. Além do mais, ficou patenteado que a
astronomia-astrológica dos antigos portava nas suas fimbrias uma ciência
embrionária, que muitos milênios depois se organizaria com aparelhos de
insuspeitada tecnologia, iniciada por uma era de invenções em que surgiriam o
astrolábio (muito embora os sumérios já o conhecessem, conforme achado
arqueológico), a luneta, o quadrante, o sextante, o telescópio e muitos outros.
Mas apesar do extraordinário impulso acontecido nos estudos dos astros,
corroborado por cálculos e fórmulas matemáticas, era com evidente
constrangimento que os céticos astrônomos curvavam-se à veracidade de
afirmações dos precursores de sua ciência, cujas condições de observação do céu
eram totalmente desprovidas dos recursos tecnológicos que eles ali agora
destacadamente possuíam.
Como então os precursores da astronomia
puderam ter aquelas percepções maravilhosas? E como faziam os cálculos
astronômicos senão precisos com incríveis aproximações? As previsões de eclipses solares e lunares,
as entradas periódicas das estações, os calendários anuais com 365 dias tais como
organizados por acádio-sumérios, chineses, egípcios, maias, astecas, indus e
outros povos, de onde teriam surgido?
Lendas burlescas, estereotipadas,
profundamente infantilizadas foram notadamente divulgadas nos dois últimos
séculos por estudiosos da astronomia, a fim de desmerecer a inteligência e
extraordinária percepção dos sacerdotes, reis e sábios da antiguidade – todos
iniciados nos mistérios – que investigavam e detectavam os efeitos produzidos
pelos astros nos homens e na natureza. Mas ao invés de depreciá-los, o que
exatamente se provou foi o contrário pela estupidez dos propagadores das
fábulas. Aliás, esse pensamento depreciativo sobre os antigos estende-se
também, em alguns casos, às outras ciências que eles tão bem souberam
manipular, como nas construções de magníficas cidades e pirâmides, a exemplo do
Egito. E quando os homens do pensamento objetivo não conseguem explicar, de que
maneira os antigos chegaram à exata cifra de 3,14159, análoga ao Pi (grego),
representando a razão constante entre o comprimento da circunferência e seu
diâmetro, tantas vezes repetida nas relações geométricas da figura da grande
pirâmide de Gizeh, a ciência acadêmica simplesmente se cala ou finge ignorar. O
que as ciências buscam somente reconhecer é que a grande pirâmide de Gizeh foi
construída aproximadamente em 2550 a.C – data essa objeto de intensas
discussões e nenhum consenso – no reinado do faraó Kheops, para servir-lhe de
símbolo e talvez túmulo de sua realeza, e mais tarde viria servir de templo
para as práticas das crenças egípcias.
Interessantíssimo dado, exarado das medidas
da grande pirâmide pelos sérios pesquisadores, relaciona-se com as suas faces.
Cada face da grande pirâmide mede exatamente 9.131 pés. Se multiplicarmos esse
valor por 4 (os 4 lados da pirâmide) obteremos a cifra 36,524, que multiplicada
por 10 dará igual a 365,24, número hoje entendido pelos cálculos astronômicos
como a expressão mais exata de um ano solar. Há dezenas de outras importantes
relações geométricas e matemáticas aplicadas à astronomia, nos cálculos feitos
com as muitas medidas encontradas na grande pirâmide, senão exatas com
aproximações desprezíveis, que céticos astrônomos ortodoxos fariam bem a si
mesmos em aceitá-las sem subterfúgios, deixando de lado os seus preconceitos. O
que os assusta e incomoda é admitir que a astronomia seja mais antiga do que
suas conclusões na fé histórica acadêmica, e dentro dessa realidade indesejada
a astronomia emergiria da ciência astrológica ainda mais antiga.
Lembro-me bem, quando jovem estudante, das
palavras de meu professor que se aproveitara de uma historieta folclórica, para
explicar à turma como se teriam originado os rudimentos da matemática. Dizia o
sábio professor que um pastor reunia pedras para controlar o rebanho de ovelhas.
Cada pedra corresponderia a uma cabeça; assim, ao final do dia, ao trazer o
rebanho de volta ao curral, em sobrando pedra, ele concluiria que alguma rês
teria se extraviado, fora roubada ou comida por animais famintos. A lenda nada
tem a ver diretamente com a astronomia, mas retrata uma idéia caótica de que a
ciência teria surgido singelamente das necessidades domésticas e por obra do
acaso.
Outra história sobre as descobertas da
antiguidade ilustra com precisão o conceito propositalmente ingênuo que alguns
orgulhosos astrônomos atribuíam às suas narrativas, ainda hoje repetidas, para
tentar explicar como a astronomia teria surgido. Com isso, certamente,
pretendiam creditar a si próprios os méritos de terem tornado a astronomia uma
ciência totalmente racional, infinitamente acima da crendice popular de
antanho, que propagava ser a abóbada celeste sustentada por colunas e o
firmamento a refletir-se dessa abóbada para a Terra. Diziam, pois, e dizem os
estudiosos da astronomia, que os povos da Mesopotâmia, observando o céu,
catalogavam estrelas e constelações, tirando dos seus aparentes movimentos
todas as relações que mais tarde formariam o seu primitivo conhecimento
astronômico.
Ora, sabemos que de uma só região não é
possível deter-se a exata observação do firmamento. Além disto, há épocas em
que a observação é profundamente prejudicada pelas más condições atmosféricas.
Ademais, a Mesopotâmia, nesse caso, embora oferecesse visão privilegiada do céu
em grande parte do ano, ainda assim não permitiria por si só que todo o
conhecimento estelar compendiado pelos sacerdotes estivesse exclusivamente
sobre suas cabeças. Como então explicar, por exemplo, a perfeita noção que
detinham do cinturão formado pelas constelações austrais e boreais e do zodíaco
com seus signos e divisões, obtida a olho nu? Segundo achados arqueológicos, os
sumérios já teriam mapeado essas constelações, e, mais tarde, os gregos,
absorvendo esse conhecimento, não só o ampliariam como criariam extensa e
genial mitologia, cujas lendas e simbolismos se perpetuariam na memória. Por
outro lado, a criação de um verdadeiro tratado mitológico, não contemplaria os
gregos com a originalidade dessa rica mitologia, pois os mesmos sumérios formulariam
antes dos gregos lendas e simbolismos a fim de também manterem vivas suas
descobertas astronômicas.
Mas voltando às nossas proposições, admitimos
que para antigos sacerdotes astrônomos obtivessem noções mais completas de tudo
o que exploravam, teriam de viajar para outros locais a fim de exercer melhores
observações. E viajariam solitários e independentes, aqueles aficionados da
astronomia, normalmente idosos, para lugares mais amplos e distantes ou a topos
montanhosos, com o único e gratificante fito da pesquisa, sendo obrigados a
atravessar regiões inóspitas onde tribos selvagens atacavam viajantes e caravanas?
E quantos mil quilômetros necessitariam percorrer até atingir os lugares
especiais? Que equipamentos conseguiriam levar a fim de suportar sol abrasante,
tempestades de areia, climas gélidos ou o constante perigo de animais selvagens
e famintos? E os víveres quanto durariam? Uma série de outras desvantagens e
dificuldades poderiam aqui ser elencadas para demonstrar que aventuras dessa
natureza seriam desencorajantes e perigosas, ou mesmo impossíveis realizar.
Desse modo, apesar dos zigutes, que eram torres de observações estelares
locais, tornava-se profundamente incompatível a realização de estudos
astronômicos profundos sob a ótica apresentada pelos formuladores de lendas, o
que vem reforçar aos nossos olhos o propósito consciente de se desmerecer a
sabedoria bem mais recuada revelada pelos estudiosos da antiguidade.
Convenhamos: desejar passar ideias simplórias
para inexperientes estudantes embutidas nas fábulas descritas é tentar formar
falsos e prematuros conceitos na mente juvenil a fim de que outro julgamento,
que não o de uma autoridade científica inquestionável, não venha questionar
todas as revelações da matemática e descobertas da astronomia segundo seus
propagadores.
A astronomia, evidentemente, possui história
em muitos pontos fascinante. As primeiras notícias oficiais que nos chegaram
acerca de seus iniciadores, remontam ao século VII a.C., com Thales de Mileto,
grego fundador da escola jônica, Entretanto, são muito mais antigos os
registros dos povos sumérios instalados na Mesopotâmia que ultrapassam em muito
os 8000 anos admitidos por historiadores quando fabricavam tabuinhas de argila
com escrita cuneiforme, indicando efemérides dos astros. Têm-se notícias de que
esses povos teriam sido os primeiros a confeccionar um calendário com 365 dias
anuais.
Da mesma forma, têm-se notícias de que os
chineses, na época de Fou-hi, há aproximadamente 5000 anos, já sabiam contar o
tempo com suas principais subdivisões de horas, dias, meses e anos, bem como
previam eclipses, além de terem elaborado um complicado zodíaco e manufaturado
horóscopos.
É realmente um mistério para os homens de bom
senso entender como povos de hábitos tão rudimentares puderam dar
extraordinários saltos nas observações astronômicas, transplantando-as para
inteligentes lendas ou adaptando-as às suas vidas diárias.
Observando-se a cronologia dos povos da
antiguidade, oficializada pela história universal, nos deparamos com inúmeras
hipóteses acerca de suas atividades e modus vivendi do que unicamente com
provas incontestes. Isto porque é somente possível recompor o mosaico histórico
humano a partir de provas documentais concretas laboriosamente buscadas por
investigadores ou heroicos arqueólogos. O trabalho, assaz interessante, encerra
artística e talentosa meticulosidade para realinhar fatos ligados às provas
encontradas, mas logicamente não pode garantir, de maneira absoluta e
inquestionável, a virtual remontagem da história em perfeita escala
cronológica, sem hiatos ou interregnos. Ademais, as provas arqueológicas
encontradas em muitas escavações, serviram, em diversos casos, somente para
despertar fecunda e entusiasta imaginação nos estudiosos e pesquisadores.
Imensos e verdadeiros sítios arqueológicos, que poderiam melhor elucidar,
encontram-se sob extensas camadas de pedra, terra ou areia, ou afundados sob
escombros de prédios soterrados, escondendo eras de sofrimento humano, sem
permitir que conheçamos sequer vestígios de suas existências. Insuspeitadas
civilizações podem perfeitamente estar sob as profundezas dos mares e oceanos,
ou debaixo de camadas de macios terrenos de florestas americanas, asiáticas ou
australianas, acobertadas por troncos e raízes. Fatores naturais como
inundações, terremotos, incêndios, erupções vulcânicas, maremotos ou mesmo
glaciações as teriam feito desaparecer, sepultando-lhes definitivamente a
memória a profundidades inalcançáveis pelos atuais métodos de pesquisas. (1)
(1) Pesquisas recentes,
através de moderna tecnologia, já comprovam cidades afundadas
sob águas marítimas e oceânicas, inusitadamente para a história oficial
acadêmica, que apesar de filmagens, vídeos e provas concretas rescaldadas do
fundo das águas, não obtém o reconhecimento dos governos para o ensino em
escolas. São provas que recuam em até milhões de anos. Há outras provas
arqueológicas de cidades soterradas em países de todo o mundo. Na China uma
delas em muito calcinada pelo que parece ter sido por guerra ou explosão
nuclear, onde ainda permanecem registros de energia destrutiva detectados por
aparelhos, e outras evidências oferecidas até em cidades bíblicas, e
comprovadamente verdadeiras, nos dão a dimensão da absurda censura da história
e ciência em todos os seus ramos oficiais. Assim, tenha o leitor em mente que
as datações colocadas nessa narrativa, em eventos históricos, não sejam todas
exatas e nem aproximadas num plano honesto e verdadeiro, senão extraídas ou
conjeturadas de registros oficiais.
Provas até agora rescaldadas não demonstram
incontestavelmente que a saga dos povos da antiguidade e dos períodos
pré-históricos e antediluvianos, tenha ocorrido exatamente como é apresentada.
Sabemos muito pouco dos avoengos. Precisaríamos utilizar outros métodos para
obter novas informações e melhor compor elementos reveladores de nossas distantes
e verdadeiras origens. Porém, que métodos poderiam ser esses para revolucionar
a história? Para a ciência palavras semeadas não bastam, exceto as hipóteses
aventadas a partir de provas materiais aceitas. Não obstante, nestes casos e
curiosamente, as hipóteses e o pensamento cético irredutível fazem também a
história recair em fantasias ou romantismos, e nem sempre os resultados da
investigativa dos pesquisadores e empreendedores se mostram justos ou
cautelosos nas suas conclusões e nem honestos, senão suficientemente férteis na
direção cética.
A cronologia histórica se baseia nas provas
antropológicas dos mais antigos fósseis de que temos notícias, datados de
14.000.000 de anos, descobertos em 1932 na Índia, pertencentes à espécie
Ramapithecus. Essa espécie primata teria vivido durante o período Mioceno
Superior. Em 1961, na África, descobriu-se o Kenyapithecus Wickeri do mesmo
período. O Homo Sapiens – o homem de Cro-magnon – segundo se afirmava, somente
deixaria registros de sua passagem há 35000 anos, sendo supostamente o mais
próximo representante de uma espécie primitiva que teria gerado o homem
civilizado. Mas segundo afirmam outros e dissidentes paleontólogos e
antropólogos, o homem moderno não teria vindo do Homem de Cro-magnon, e sim do
Homem da Galileia. Em 1987, nas cavernas de Qafzeh e de Kebara, no Monte
Carmelo, foram encontrados fósseis que revelaram tanto o Neanderthalensis como
seu evoluído Cro-magnon, terem vivido há 70, 80, 100 ou mais mil anos e o Homem
de Cro-magnon, que se supunha mais refinado do que o Neanderthalensis teria
vivido antes do próprio Neanderthalensis! Ou ambos teriam vivido juntos, logo a
linha evolucionária do homem moderno seria outra, nada a ver com o
Neadentharlensis ou com o Cro-magnon. As novas e estonteantes descobertas
viriam ser corroboradas pelos achados posteriores no Sítio da Galileia. E tem
mais, o neuroanatomista Terrence Deacon concluiria que o Neanderthalensis não
tinha nada de idiota, pois seu cérebro era maior do que o nosso!
Resumo da ópera: considerando os milhões de
anos passados, pouco existe de concreto e nada definitivo a respeito das
origens, vida e hábitos daqueles primitivos seres. E muito menos se sabe do
suposto ancestral comum originante de todas as espécies, incluindo nós, seres humanos!
E os hiatos são tão verdadeiros como são verdadeiras as farsas montadas pelos
homens, que se passaram por honestos pesquisadores quando afirmaram ter
desenterrado fósseis que fariam parte dos compêndios de biologia e livros
escolares sob as mais cândidas das verdades antropológicas.
Foi assim que Eugene Dubois montara o
Pithecantropus Erectus – O Homem de Java – utilizando-se de uma calota
macacóide, um fêmur humano, dois dentes de macacos, complementando bizarramente
o resto com massa.
“O próprio Eugene Dubois concluiria numa fase
posterior de sua vida que a calota craniana de seu amado Pithecanthropus,
pertencia a um grande Gibão, um símeo que os evolucionistas não consideram
esteja tão intimamente relacionado aos humanos.” (A História Secreta da Raça
Humana – Michael A. Cremo e Richard I. Thompson”.
O Homem de Pitdown teria uma parceria
perfeita entre o pesquisador Charles Dawson e um padre jesuíta Pierre Teilhard
de Chardin, que juntos construiriam o Homem de Pitdown, sendo facilmente
comprovado que tanto o crânio quanto a mandíbula eram pertencentes a donos
diferentes, pois o crânio era humano e a mandíbula de um macaco.
O padre Teilhard de Chardin participaria com
outros parceiros de nova e ambiciosa aventura, dessa vez na montagem do Homem
de Pequim, ou o Sinanthropus Pekinensis, pois o material coletado para
construir o Homem de Pequim também se comprovaria com acerto pertencer a alguma
espécie símia e jamais a um ancestral humano.
Da mesma forma o Australophitecus, o Ramapithecus
e o recente achado batizado de Lucy, não resistiram a um exame mais acurado de
especialistas, sendo comprovadamente enxertos com ossos humanos e de macacos,
com crânios não desenvolvidos o suficiente para comparar-se com uma remota
possibilidade hominídea. Nada, portanto, que os identificassem ancestrais do
homem moderno.
O que dizer então aos nossos filhos que
aprenderam essas inverdades em livros escolares da oficialidade acadêmica?
Ao final da II grande guerra, experiências
com foguetes programados e dirigidos para a destruição foram intensificadas
para alcançar novos e superiores patamares. Com efeito, cientistas de diversas
nacionalidades aprisionados pelas forças aliadas foram conduzidos a
laboratórios diferentes, mas se mantiveram leais quanto as suas futuras
aspirações, com base no conhecimento acumulado através das experiências
tecnológicas desenvolvidas para os nazistas. Fossem eles compulsados a realizar
o que realizaram, ainda assim não estariam isentos de possíveis julgamentos por
crimes contra a humanidade, pois alguns cientistas obrigados a trabalhar para
os nazis prefeririam a morte a colaborar espontaneamente no desenvolvimento de
armas tão perigosamente letais de extermínio em massa. Assim achávamos. Mas não
foi o que se viu. Ao que consta, ao
invés de enfrentar tribunais pós-guerra, verdadeiro exército de cientistas foi
imediatamente reaproveitado pelas duas maiores potências mundiais a fim de
desenvolver projetos de uma nova tecnologia. O mundo então testemunharia com
enorme espanto grandes transformações nos aparatos tecnológicas que se
processariam a partir da metade do século XX.
As bombas atômicas lançadas por americanos
contra pacíficos cidadãos japoneses, em 1945, passaram a ser mais
frequentemente testadas não somente por americanos, mas também pelos soviéticos
que, mediante espionagem, conseguiriam obter sua fórmula de fabricação.
Paralelamente ao surgimento das terríveis, cruéis e desumanas bombas atômicas,
começaria uma corrida armamentista com a fabricação em série de novas armas e
equipamentos de guerra, que jamais terminaria.
As duas superpotências opunham-se política e
ideologicamente, ameaçando-se mutuamente, deixando o mundo com a respiração
suspensa ante a perspectiva do desencadeamento de uma guerra nuclear. Era a
época da guerra fria. Fosse um jogo de cena para o mundo e por detrás das
cortinas se cumprimentassem, isso era somente suspeitado por alguns dos mais
sagazes críticos, entretanto para milhões a possibilidade de uma real guerra
nuclear era apavorante. A criação da bomba atômica representava a inteira
subversão dos valores humanos, nítida e hipocritamente manipulados num plano
inconciliável com as aspirações dos humanistas modernos.
Concomitantemente ao aperfeiçoamento das
bombas atômicas, à desmedida e tresloucada proliferação de novas armas e
equipamentos de guerra, e às experiências com armas químicas e mísseis de longo
alcance, houve também uma superpotencialização tecnológica alcançada pelo
desenvolvimento da era dos foguetes espaciais. Sondas planetárias, satélites
espiões, naves exploradoras, eram distinguidos por uma altíssima e refinada
tecnologia sem precedentes, estabelecendo entre Estados Unidos e União
Soviética outra disputa na superfície e fora da Terra, chamada popularmente de corrida
espacial. (2)
(2) Conforme o mundo sabe
hoje também a China entra nas disputas por um lugar nas pesquisas e viagens
espaciais e avança notadamente.
Que dizer das naves tripuladas, dos engates
com as estações orbitais, das trocas de tripulações e dos reparos externos em
pleno voo? E da aterrissagem do homem na Lua, (hoje se levantam dúvidas quanto
a esse fato, achando que tudo não passou de montagem em estúdio), das promessas
de vir pisar Marte (já concretizada segundo algumas notícias não oficiais) e
Júpiter ou de aproximar-se cada vez mais do Sol? Diante de tantas e
estonteantes novidades, chegamos a ironizar os pobres e heroicos Ícaro e
Dédalo, pois se a lenda tivesse esperado pela tecnologia de nossa era, Ícaro
não teria encontrado a prematura morte!
A alta tecnologia colocada em prática com
sucessos e insucessos, viria trazer para a humanidade uma versão virtual de
vida, onde os recursos da eletrônica ostentavam velocidade e eficiência só
comparáveis ao crescente incremento das naves tripuladas, mas expunham o homem
a um novo somatório de obstinados hábitos e escravidão. O homem do século XX
tornava-se mecânico, atraído e fascinado por todos os tipos de equipamentos e
veículos sofisticados, cujas opções programáveis eram tantas que se tornava
desnecessário utilizá-las a todas para as reais necessidades. A ânsia do
consumo e o espanto às invenções causariam mudanças profundas na mentalidade
dos povos e na economia das nações.
Não pretendemos destacar aspectos positivos e
negativos deste processo mundialmente articulado, embora seja inegável estarmos
definitivamente engajados na eletrônica quer queiramos ou não. Mas é notório
que os tradicionais métodos educativos – familiares e escolares – passaram por
radicais mudanças nas culturas de quase todos os povos. A rapidez obtida com a
utilização da informática, o uso cada vez mais frequente de celulares, de
aparelhos de vídeo com incríveis opções, de câmeras sensibilíssimas para
captação de imagens; das novas versões de veículos terrestres, aquáticos ou
aéreos, da reformulação do aparelhamento industrial e das prestadoras de
serviços, das utilidades domésticas, enfim, de toda uma nova ordem de produção
e consumo viria colocar o homem cada vez mais atrelado aos chips e placas
eletrônicas. A televisão e o computador aceleram a globalização, e cremos que
no polo positivo isto seja bom, embora no polo negativo se prove profundamente
assustador.
Colocamo-nos agora diante de alguns problemas
que pretenderam ser somente modernas soluções, pois com a rapidez com que os
importamos e suas mensagens inovadoras, não tivemos tempo para desenvolver uma
estratégia bem montada e absorvê-los. E como não possuímos ainda uma cultura
específica para essas coisas, faz-nos tremenda falta neste momento a sabedoria
dos antigos!
Parte desse processo viria também consagrar
um tipo relativamente novo de ciência chamada Astronáutica, que nada tem a ver
com a astronomia tradicional, mas que trouxe imensas e surpreendentes
contribuições aos compêndios dos pesquisadores do universo de nosso sistema
solar e Via Láctea. Todos os estudiosos da astronomia ficaram estarrecidos com
o poder de alcance do extraordinário telescópio espacial Hubble, lançado na
órbita da Terra, capaz de obter inacreditáveis imagens sem distorções muito
além dos limites do até então inescrutável. Com isto, novos horizontes se
abriram, e afirmações antes não refutáveis foram corrigidas ou reconsideradas devido
às novíssimas provas obtidas pelo Hubble. Ao mesmo tempo, laboratórios de
pesquisas foram também reequipados com novos e poderosíssimos telescópios que
muito auxiliaram para recentes descobertas.
[Capítulo
I do Livro “O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação” por Rayom Ra]. – Texto
revisto em 24-10-2016.
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br
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