domingo, 24 de janeiro de 2016

Umbanda Luz Divina na Terra - Reedição


1398 - NOS BRAÇOS DE YEMANJÁ: QUANDO O RIO VIRA MAR!
Minha felicidade foi enorme ao tomar conhecimento da mensagem de Sanat Kumara – Aruanda, Esu e os Esséias (*) - desvelando-nos as origens cósmicas de Umbanda. Minha felicidade foi ainda maior porque sempre fui intuído sobre o nascimento de Umbanda fora da Terra, e sua ancoragem em Atlântida para começar a atuar em auxílio de raças e etnias de todos os níveis humanos, através de incontáveis milênios de nosso calendário terreno.

  Não houvera antes entendido, no Grupo que dirigi, como um Kumara era visto ora em dias de Umbanda, de missas gnósticas, rituais ou sessões de curas, atuando nas correntes distintas, se ao meu entendimento os valores vibracionais diferiam de diapasão. Foi preciso Caboclo Pena Branca dizer-me, bem antes de o Grupo crescer e se tornar adulto, de suas iniciações e conhecimento de membros da Hierarquia Planetária para que eu pudesse estabelecer a ligação, e entender um pouco melhor a interrelação entre os setores hierárquicos e a Umbanda, ainda que sem a profundidade que gostaria.

  Passagens de minha vida esotérica, principalmente como umbandista, trouxeram-me certa maturidade que julgo hoje possuir em relação ao que pratiquei e cumpri, e, principalmente, do que aprendi no convívio com diversas personalidades humanas mergulhadas nos véus da matéria física, nos desejos egocêntricos, contradições, soberba, e agressiva autoestima. Nada tenho a envaidecer-me, senão a comemorar a existência de tão grandiosa instituição chamada no Brasil de Umbanda, em suas diversas linhas de trabalhos. Pois a Umbanda é de todos e para todos, pertencente mesmo àqueles que optaram por outros cultos religiosos e que hoje, pela mais profunda ignorância de suas origens a desprezam, condicionados pelos errados ensinamentos de orgulhosos pregadores em púlpitos sacerdotais. Chegará o dia, ainda nesse novo século, em que a Umbanda verdadeira mostrará a todos sua plena divindade, despida de todos os véus com que necessariamente foi envolta através dos milênios, para assim poder coexistir com as culturas dos diferentes povos.

  Não existirão paraísos na Terra enquanto estivermos atravessando esses momentos evolucionários em que os mais agudos conflitos se externam e provocam turbulências. O mundo ao redor é a projeção das ebulições das almas que em nós vivem. Aqueles que conseguem domar os seus mais perversos instintos transportam-se para uma nova realidade, se isolam em seu novo universo interno e tanto quanto possível se protegem. Mas a escalada continua e sempre haverá os rescaldos das imperfeições renitentes ou os ataques impiedosos das forças negativas, que muitas vezes arrastam egos de volta para os patamares inferiores de suas próprias criações, onde renascem os males que voltam a aprisioná-los como antes.

  A Umbanda é mensageira do bem; é a voz e a atuação da magia branca que mexe com os valores internos e externos de um ego, que o encanta e seduz por seus ritos, oferendas, histórias, cantos e mitologia. A riqueza de Umbanda atravessou os milênios, deixou-os para trás sob as cortinas imemoriais trespassadas tão somente pelos grandes magos e mestres que primordialmente a introduziram nos espaços de nosso planeta.

  A Umbanda na sua essência é a pura magia dos mundos superiores, o encantamento divino - o verbo. A fixação de suas forças cabalísticas nos terreiros vem diretamente com a lei da pemba através dos pontos riscados. A ligação subjetiva com as forças naturais acontece pelas oferendas limpas e puras. E a incorporação dessas forças é pelo transe mediúnico. As correntes mentais e os pontos cantados fazem atracar em torno do campo de energia sustentado, cada uma de suas sete forças astrais para interagir com as necessidades dos trabalhos. Esses são alguns dos principais aspectos das atividades de Umbanda.

  Mesmo que sua história demonstrasse a necessidade de a Umbanda precisar usar outras vestes desde Atlântida, segundo as culturas dos povos, e vir oferecer-se ao mundo com alguns sincretismos introduzidos de outros segmentos de magias, a Umbanda manteve-se sempre incólume nos seus lídimos princípios em pináculos espirituais. E esses princípios coesos, harmoniosos e superiores nem sempre puderam se manifestar na Terra como deveriam. A Umbanda é Umbanda e nada mais. Nenhuma outra incorporação de mitos, práticas, sacrifícios e revelações humanas que acabam por produzir práticas mistas cognominadas de Umbanda, é a verdadeira Umbanda.

  Houve e há belas práticas de magias nos legítimos candomblés, e muitos trazem nas suas histórias, justamente, capítulos do passado atlante, onde cultos foram conservados nos atavismos africanos. Entretanto, ainda assim nunca foram Umbanda e nem deram origem a Umbanda como é hoje declarado, mas trabalhando duramente a fim de manter suas belas tradições em tempos de escravidão, prepararam o caminho para o renascimento histórico e humano de Umbanda em solos brasileiros.

  É chegada a hora de a Umbanda novamente agir na Terra como nunca. Os raios de uma Nova Era já despertam a manhã dos novos tempos. Os Mestres do Saber acordam a humanidade para a ativação das energias de Umbanda em seus corações, mentes e corpos astrais. Os segredos de Umbanda, tão zelosamente guardados por tantos selos da magia branca, virão a ser novamente abertos um a um para a humanidade desperta que a praticará com toda a naturalidade e amor sob o signo da irmandade em Deus. Algumas revelações já começam a descer dos páramos superiores a se oferecerem para os eleitos e ativos neste interlúdio planetário.

  Tive a oportunidade de conviver com a Umbanda. A caminhada não podia ser somente gloriosa, cheia de flores, romantismo e poesia. Embora isso felizmente também exista, jamais alguém se engane sobre esses momentos de oásis e nunca duvide que os caminhos iniciáticos na Umbanda ou no ocultismo em geral sejam difíceis, cheios de percalços, decepções e traições.

  Amigo, se você um dia desejar ser umbandista e honestamente não procurar trabalhar as imperfeições mais daninhas de sua personalidade e não buscar na Umbanda os caminhos internos, você jamais a entenderá e nela, em verdade, pouco terá avançado. Não sendo assim, a Umbanda que terá diante de si será unicamente vista e sentida pelos reflexos de um espelho e nunca pelos raios que incidem nesse espelho.

(*) Ver http://rosane-avozdoraiorubi.blogspot.com.br/2010/10/aruanda.html


                                                                         Rayom Ra
                                                    http://arcadeouro.blogspot.com.br

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