Minha felicidade foi enorme ao tomar
conhecimento da mensagem de Sanat Kumara – Aruanda, Esu e os Esséias (*) -
desvelando-nos as origens cósmicas de Umbanda. Minha felicidade foi ainda maior
porque sempre fui intuído sobre o nascimento de Umbanda fora da Terra, e sua
ancoragem em Atlântida para começar a atuar em auxílio de raças e etnias de
todos os níveis humanos, através de incontáveis milênios de nosso calendário
terreno.
Não houvera antes entendido, no Grupo que
dirigi, como um Kumara era visto ora em dias de Umbanda, de missas gnósticas,
rituais ou sessões de curas, atuando nas correntes distintas, se ao meu
entendimento os valores vibracionais diferiam de diapasão. Foi preciso Caboclo
Pena Branca dizer-me, bem antes de o Grupo crescer e se tornar adulto, de suas
iniciações e conhecimento de membros da Hierarquia Planetária para que eu
pudesse estabelecer a ligação, e entender um pouco melhor a interrelação entre
os setores hierárquicos e a Umbanda, ainda que sem a profundidade que gostaria.
Passagens de minha vida esotérica,
principalmente como umbandista, trouxeram-me certa maturidade que julgo hoje
possuir em relação ao que pratiquei e cumpri, e, principalmente, do que aprendi
no convívio com diversas personalidades humanas mergulhadas nos véus da matéria
física, nos desejos egocêntricos, contradições, soberba, e agressiva autoestima.
Nada tenho a envaidecer-me, senão a comemorar a existência de tão grandiosa
instituição chamada no Brasil de Umbanda, em suas diversas linhas de trabalhos.
Pois a Umbanda é de todos e para todos, pertencente mesmo àqueles que optaram
por outros cultos religiosos e que hoje, pela mais profunda ignorância de suas
origens a desprezam, condicionados pelos errados ensinamentos de orgulhosos
pregadores em púlpitos sacerdotais. Chegará o dia, ainda nesse novo século, em
que a Umbanda verdadeira mostrará a todos sua plena divindade, despida de todos
os véus com que necessariamente foi envolta através dos milênios, para assim
poder coexistir com as culturas dos diferentes povos.
Não existirão paraísos na Terra enquanto
estivermos atravessando esses momentos evolucionários em que os mais agudos
conflitos se externam e provocam turbulências. O mundo ao redor é a projeção
das ebulições das almas que em nós vivem. Aqueles que conseguem domar os seus
mais perversos instintos transportam-se para uma nova realidade, se isolam em
seu novo universo interno e tanto quanto possível se protegem. Mas a escalada
continua e sempre haverá os rescaldos das imperfeições renitentes ou os ataques
impiedosos das forças negativas, que muitas vezes arrastam egos de volta para
os patamares inferiores de suas próprias criações, onde renascem os males que
voltam a aprisioná-los como antes.
A Umbanda é mensageira do bem; é a voz e a
atuação da magia branca que mexe com os valores internos e externos de um ego,
que o encanta e seduz por seus ritos, oferendas, histórias, cantos e mitologia.
A riqueza de Umbanda atravessou os milênios, deixou-os para trás sob as
cortinas imemoriais trespassadas tão somente pelos grandes magos e mestres que
primordialmente a introduziram nos espaços de nosso planeta.
A Umbanda na sua essência é a pura magia dos
mundos superiores, o encantamento divino - o verbo. A fixação de suas forças
cabalísticas nos terreiros vem diretamente com a lei da pemba através dos
pontos riscados. A ligação subjetiva com as forças naturais acontece pelas
oferendas limpas e puras. E a incorporação dessas forças é pelo transe
mediúnico. As correntes mentais e os pontos cantados fazem atracar em torno do
campo de energia sustentado, cada uma de suas sete forças astrais para
interagir com as necessidades dos trabalhos. Esses são alguns dos principais
aspectos das atividades de Umbanda.
Mesmo que sua história demonstrasse a
necessidade de a Umbanda precisar usar outras vestes desde Atlântida, segundo
as culturas dos povos, e vir oferecer-se ao mundo com alguns sincretismos
introduzidos de outros segmentos de magias, a Umbanda manteve-se sempre
incólume nos seus lídimos princípios em pináculos espirituais. E esses
princípios coesos, harmoniosos e superiores nem sempre puderam se manifestar na
Terra como deveriam. A Umbanda é Umbanda e nada mais. Nenhuma outra
incorporação de mitos, práticas, sacrifícios e revelações humanas que acabam
por produzir práticas mistas cognominadas de Umbanda, é a verdadeira
Umbanda.
Houve e há belas práticas de magias nos
legítimos candomblés, e muitos trazem nas suas histórias, justamente, capítulos
do passado atlante, onde cultos foram conservados nos atavismos africanos.
Entretanto, ainda assim nunca foram Umbanda e nem deram origem a Umbanda como é
hoje declarado, mas trabalhando duramente a fim de manter suas belas tradições
em tempos de escravidão, prepararam o caminho para o renascimento histórico e
humano de Umbanda em solos brasileiros.
É chegada a hora de a Umbanda novamente agir
na Terra como nunca. Os raios de uma Nova Era já despertam a manhã dos novos
tempos. Os Mestres do Saber acordam a humanidade para a ativação das energias
de Umbanda em seus corações, mentes e corpos astrais. Os segredos de Umbanda, tão
zelosamente guardados por tantos selos da magia branca, virão a ser novamente
abertos um a um para a humanidade desperta que a praticará com toda a
naturalidade e amor sob o signo da irmandade em Deus. Algumas revelações já
começam a descer dos páramos superiores a se oferecerem para os eleitos e
ativos neste interlúdio planetário.
Tive a oportunidade de conviver com a
Umbanda. A caminhada não podia ser somente gloriosa, cheia de flores,
romantismo e poesia. Embora isso felizmente também exista, jamais alguém se
engane sobre esses momentos de oásis e nunca duvide que os caminhos iniciáticos
na Umbanda ou no ocultismo em geral sejam difíceis, cheios de percalços,
decepções e traições.
Amigo, se você um dia desejar ser umbandista
e honestamente não procurar trabalhar as imperfeições mais daninhas de sua
personalidade e não buscar na Umbanda os caminhos internos, você jamais a
entenderá e nela, em verdade, pouco terá avançado. Não sendo assim, a Umbanda
que terá diante de si será unicamente vista e sentida pelos reflexos de um
espelho e nunca pelos raios que incidem nesse espelho.
(*) Ver http://rosane-avozdoraiorubi.blogspot.com.br/2010/10/aruanda.html
(*) Ver http://rosane-avozdoraiorubi.blogspot.com.br/2010/10/aruanda.html
Rayom Ra
http://arcadeouro.blogspot.com.br
Pode ser
reproduzidos parcial ou totalmente, desde que citada autoria e origem
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