Os processadores educacionais para as grandes
massas estudantis de todo o mundo adotam realmente módulos conducentes a um
tipo de hipnose não percebida ordinariamente. Mas é suficiente observarmos as
próprias diretrizes do ensino básico até ao universitário, onde nossos cérebros
são treinados para receberem quase que unicamente mensagens, teorias, fórmulas,
esquemas, métodos, experimentos e inumeráveis modernidades – hoje num ritmo
muito mais acentuado e numa razão excessivamente objetiva. Essa objetividade
introduzida ao sistema educacional, que veio se acentuando com o passar dos
séculos, mais do que nunca é considerada normal e correta – pelo menos
para a nossa civilização ocidental – a fim de atender às necessidades culturais
e técnicas dos indivíduos e para formações profissionais em todos os níveis e
setores de nossas vidas em sociedade.
O subjetivismo, analisado pela psicologia como
substrato da mente de um indivíduo, de certo modo conflita com a definição do
sistema filosófico que não admite outra realidade que não seja do ser pensante.
O subjetivismo a nosso ver pode ser definido de muitos modos, porém precisa ser
entendido como existindo de uma só nascente e num fluxo perene e contínuo para toda
a natureza humana, manifestando-se de modo especial em cada individuo por suas
características mentais e culturais – principalmente por isso – ou haverá
sempre muitas dificuldades em se chegar a um consenso sobre esse ponto. O
subjetivismo é focalizado em universidades como parte de uma esfera teórica dos
mundos da psicologia, da filosofia, e da literatura especializada, mas nunca
abordado de maneira adequada devido a certas barreiras ainda não transpostas. É
fora das escolas oficiais, na vida comum, que ele se manifesta e flui de
maneira espontânea no ser humano, ou é desenvolvido através de processadores.
As religiões são um desses processadores que levam crentes a não pensar somente
pelo sistema objetivo e concreto, mas através do pensamento ligar-se a uma
corrente de energia devocional e emocional, fluente através do coração.
Já no esoterismo há outros patamares. Seus praticantes são treinados a fim de
evitar que os módulos objetivos condicionantes injetados no cérebro e assim mantidos,
interfiram nas conceituações elevadas sobre a Vida e fenômenos da natureza. Os
estudantes e praticantes dessa ciência milenar, quando no campo experimental
acadêmico, ou nas suas particulares investigações, operam simultaneamente com
as duas vertentes: a objetiva e a subjetiva, sendo que esse subjetivismo não se
restringe somente aos níveis sistêmicos subconscientes e aos níveis dedutíveis
e subliminares que navegam sob pontes, entre uma e outra moção lógica do
intelecto. É muito mais que isso: significa uma via morfológica
extraordinariamente ampla a perder de vista, que vem de cima. E também vai do
inconsciente do indivíduo à supraconsciência, e muito além quando se trate de
transcender os limites humanos, deixando de ser subjetiva ou subjacente nas
suas maiores alturas. Depois desaparece, passa a inexistir ou se transforma, pois
aqueles que transcendem os limites do humano voltam a ser entidades cósmicas
cada vez mais sencientes nas suas inatacáveis essências.
A ciência laboratorial acadêmica por décadas
tem gasto incontáveis somas de dinheiro para pesquisas diversas, porém muitas
têm sido sem nexo, sem sentido algum, bizarras, e para nenhum proveito prático
– até chocantes e repulsivas como no caso de animais cruelmente sacrificados em
testes – um desperdício inconcebível de dinheiro dos cofres governamentais, que
serviriam para dar suporte a inúmeros projetos em favor da humanidade carente
em todo o mundo. Estudos do homem interior na área da psicologia passam por um
crivo unicamente ao nível da personalidade, não tendo a menor utilidade as
verborrágicas teses e conceitos dos doutos impolutos, ficando, ao final de
tudo, restritos às áreas cerebrais sem considerarem, como deveriam, a mais
importante variante do ser humano que é sua psique ampliada em seus níveis
emocionais, mentais e, principalmente, espirituais.
O cérebro é um mecanismo maravilhoso
engendrado por Deus, e para o homem serve somente para as suas necessidades
materiais, quer sejam físicas ou intelectuais, e, portanto, exteriores. Porém,
a ciência médica em seus diversos segmentos, e nisso podemos incluir correntes
ainda poderosas e ortodoxas da própria psicologia em seu estado atual, negam
com veemências axiomáticas o homem como um “’Ser Total Multidimensional”’,
admitindo suas reações e necessidades físicas ou psicológicas unicamente a
partir do cérebro denso, onde estaria a sede de seus cinco sentidos. E daí, a
multiplicidade de suas reações mentais conscientes e inconscientes através e em
torno de um mundo sensorial chamado psique. Hoje, admite-se a partir da mente,
os processos emocionais, cognitivos e conativos, porém torna-se necessário
entender-se ainda, ou aceitar, que a mente é preexistente ao ego-personalidade.
Apesar de os pais da psicologia terem
originalmente estudado o homem sob um ângulo mais aprofundado, baseados em
pesquisas de um passado esotérico e religioso, sob três principais aspectos, o
id, o ego e o superego, ou: inconsciente, consciente e super consciente, não trataram
claramente de sua origem nem de sua essência espiritual – a única, a verdadeira, a imortal – talvez
procurando evitar execrações da ciência atéia, preferindo aterem-se à dimensão
da personalidade como uma só vida. Ou seja: vive-se uma única vez, quer doente,
quer saudável, rico ou pobre, escravo ou senhor, jovem ou velho – tudo
dependendo unicamente da sorte. A mente, na ciência da psicologia, ainda é
objeto de intensas discussões quanto a sua origem e existência e – pasmos –
vemos os ortodoxos considerarem-na como um produto exarado da matéria, não
existindo, portanto, senão pelo cérebro físico. O homem de mediana evolução na
Terra, conforme sabem e conhecem os esotéricos – queiram ou não os catedráticos
materialistas – possui hoje os cérebros de seus campos: mental, emocional,
físico-etérico e físico-denso, em plenas ações e crescentes transformações,
influenciando diretamente os seus comportamentos diários.
Portanto, as pesquisas da ciência acadêmica
tradicional abusam das remontagens reversas e teóricas dos mecanismos cerebrais
do ser humano, achando que tudo o que o homem é, representa e externa através
de sintomas, manias, taras, emoções, gostos, tendências, sofrimentos morais e
físicos, ambições, atrações e preferências sexuais, e de tantas outras coisas,
prendem-se exclusivamente à existência e necessidades imperiosas de sua massa
cinzenta. E tendo morrido, tudo dele vira pó e se acaba. Ou seja, o ser humano,
nos parâmetros da psicologia ortodoxa, deveria chamar-se “cérebro”. E vemos
nessa discrepância o cérebro animal sendo também um instrumento programável e
condicionante, pseudo sede da ação instintiva, contrariamente ao que acreditam
os pesquisadores materialistas.
A mente é o instrumento de poder do ser
humano para se manifestar, quer se trate da inconsciência (o arquétipo
original), da subconsciência, da consciência ou da supraconsciência. Vem de
cima para baixo e abrange o homem na medida em que seus átomos são acionados por
sua vontade de aprender do mundo e evoluir, sendo a vontade um atributo não adquirido,
mas inerente ao ser humano.
E nessa conceituação, a psicologia como um
todo – e não a psicologia bem entendida pelos espiritualistas, esotéricos e estudiosos
acadêmicos de vanguarda com mentes abertas – já deveria ter decolado para uma
autoridade interiormente mais ampla e vertical, sobre o cientificismo falido de
outras pesquisas de remontagens ridículas das origens e natureza do homem – que
é um ser, na sua Primeva Essência, ultra psíquico, criado por Deus. No entanto,
a oficialidade dessa ciência chamada psicologia, ainda hesita entre a teimosia
atéia e dogmática do seu próprio e redundante marca-passo e o sincero
reconhecimento de que a limitação em que se encontra enredada será sempre a
mesma enquanto não avançar às profundidades maiores no universo esotérico do
ser humano. E a partir desse universo, curas verdadeiras no âmbito energético
da chamada Alma podem ser oficialmente confirmadas e aceitas e também problemas
geneticamente detectados, responsáveis pelos surgimentos de patogenias graves e
inevitáveis. Essas pré-desarmonias estruturais do ego-personalidade, trazidas
de vidas pregressas, sendo identificadas e corretamente trabalhadas, se
atenuarão a um mínimo possível nos seus efeitos maléficos pelas decorrentes
plasmações no corpo biológico, e sem o uso de medicações adulteradoras dos
mecanismos cerebrais como nos casos de paroxismos ou cronicidades.
Assim, entendemos deva ser esse o caminho
futuro da psicologia e psiquiatria bem como de seus segmentos terapêuticos,
todos a se voltarem para a aceitação e conhecimento de dimensões mais elevadas
do ego reencarnante, ou alma propriamente. Nessas dimensões residem as causas
dos enfraquecimentos de egos e de seus fracassos em sucessivas vidas
experimentadas, que os obrigam a descer muitas vezes a Terra trazendo de volta
as sementes de males mentais, morais e físicos, anteriormente contraídos, que
novamente brotarão.
Reafirmamos que os métodos da ciência da mente
pelos princípios acadêmicos precisam urgentemente se aliar ao conhecimento
prático esotérico a fim de avançar para auxílio dessa enorme massa humana
encarnada em nosso planeta. Vemos com inteiro desagrado as disputas dos
eruditos teóricos, envaidecidos, que em nada ajudam a tomar o fio da meada
dessa ciência, e fazerem dela um veículo realmente confiável, importante e
rápido para as curas clínicas, o despertar do autoconhecimento e, em muitos
casos, para as consequentes auto curas e libertações definitivas de milenares mazelas.
Rayom Ra
Rayom Ra
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