Existem muitas variedades de Budismo, muitos
segmentos daquele ensino que emergiu após o aparecimento da figura histórica
que é conhecida em nossos tempos como “o Buddha”. Esta palestra não é sobre
qualquer daquelas escolas, movimentos ou religiões popularmente reconhecidas
como “Budistas”. Ao invés disso, essa palestra é sobre a fonte da qual o
Budismo originalmente emergiu.
Budismo – como muitos outros “ismos” no mundo
– apareceu primeiramente para a humanidade na forma de alerta provinda de um
ser humano altamente desenvolvido, alerta esse que seria, na verdade, instruções
práticas para aqueles que, da mesma forma, desejassem tornar-se altamente
desenvolvidos. O homem que transmitiu esse alerta foi um ser humano como outro
qualquer, ainda que com uma diferença crítica: ele despertara sua Consciência.
O despertar da Consciência é o verdadeiro
propósito da vida. É para essa finalidade que todo profeta, avatar, anjo,
buddha, mestre – ou como sejam mais ainda denominados – sempre surgiram para a
humanidade. De seus lábios emergiram todas as religiões mundiais, e tudo o mais
que levasse a indicação aos sonolentos (como vocês e eu) de que necessitamos
acordar.
A realidade é elusiva, incompreensível e
imperceptível para aqueles que permanecem no estágio do embrião. Como pode a
semente compreender o sol, a lua e as estrelas se permanece enclausurada na sua
casca, sonhando sonhos de uma semente? Acordar não é assunto de herança, raça,
hereditariedade ou crença. Qualquer semente pode sair livre da casca e se
tornar naquilo ao que deve tornar-se – porém, libertar-se requer etapas,
ciência exata e uma inabalável vontade.
Daí que, para identificar as várias
necessidades do gênero humano (o embrião do ser humano real) compassivos
zeladores – aqueles que despertaram suas Consciências e tornaram-se reais,
seres humanos completamente desenvolvidos – aparecem de tempos em tempos para
nos lembrar do propósito da vida. O homem chamado “o Buddha” foi um destes,
como foram Jesus, Moisés, Abraham, Krishna, Quetzalcoatl e muitos, muitos
outros.
A partir dessa perspectiva, podemos começar a
perceber que as similaridades entre religiões indicam uma fonte comum que é
acessível no relativo grau ao que tenhamos despertado de nossas próprias
Consciências. (Para compreendermos suas muitas diferenças, necessitamos somente
observar à cobiça, ignorância e tolices em nossas próprias mentes e revocar que
é o homem quem corrompeu suas religiões, tornando-as veículos de proveitos e
poderes.) Toda religião contém grande beleza e sabedoria. Ainda que, nestes
tempos, nada seja perfeito.
O Budismo – em todas as suas formas –
representa um ensinamento de tremenda visão interior e potencial transformativo,
mesmo não sendo completo, e o próprio Buddha disse isso. O que conhecemos como
“Budismo” vem a ser um pequeno córrego que emergiu de um vasto oceano.
Aqueles que são escolásticos do Budismo, ou os
que são bem versados numa ou noutra das escolas budistas, descobrirão muito
neste livro que será não familiar a eles. É importante para eles relembrar uma
das facetas centrais do ensinamento original de Buddha: o estudante deve sempre
manter sua tigela virada para cima e vazia. Em outras palavras, a mente deve permanecer
receptiva, vazia, com a habilidade para receber nova informação e novo
entendimento.
Nota de Rayom Ra (1). Interessante também
anotar as seguintes observações de Samael Aun Weor:
“O
Alquimista que não se sacrifica pela humanidade nunca chegará a se tornar um
Bodhisattva. Somente os Bodhisattvas que possuem compaixão nos corações, porque
deram suas vidas pela humanidade, podem encarnar o Cristo Interno. Devemos
fazer uma completa diferenciação entre os Sravakas e os Pratyekas Buddhas de um
lado e os Bodhisattvas de outro lado. Os Sravakas e Pratyekas Buddhas
preocupam-se somente com suas particulares perfeições, sem se importar um
mínimo com essa pobre e sofredora humanidade. Obviamente, Pratyekas Buddhas e
Sravakas não poderão nunca encarnar Cristo. Unicamente os Bodhisattvas que se
sacrificam pela humanidade podem encarnar Cristo. O sagrado título de
Bodhisattva é legitimamente conquistado por aqueles que tenham renunciado à
felicidade do Nirvana pelo amor dessa humanidade sofredora”. – Samael Aun Weor, A Bíblia Gnóstica: A
Pistis Sophia Desvelada.
A Tigela Representa a Mente
O tolo
que sabe de sua tolice é sábio pelo menos nisso. Porém, o tolo que se acha
sábio é considerado um completo tolo.
Dhammapada
5:63.
Aqueles que têm suas tigelas – suas mentes –
cheias de informações são como aqueles que sofrem de constipação. E aqueles que
têm suas tigelas viradas para baixo – com as mentes fechadas – estão se
autoconsumindo até a morte. Portanto, é para nosso próprio benefício esvaziar
nossas mentes de noções preconceituosas, e permanecer no presente prontos para
agradecidamente receber aquilo que seja novo. Há muitas coisas que os Budistas
podem ensinar ao mundo – e, reciprocamente, há também muito que podem aprender
de outras tradições. Esse livro apresenta uma compreensão da história da vida
de Buddha que difere marcantemente das crenças convencionais comuns, ao mesmo
tempo em que está em harmonia com as raízes dos ensinamentos. Através dos
ensinamentos apresentados aqui, o leitor paciente e de mente aberta descobrirá
uma via para um vasto e maravilhoso conhecimento. O especialista, o
escolástico, o crédulo, cuja mente está fechada, ultrapassada e estagnada não a
obterá. Tal pessoa permanecerá como ela é.
Gnose:
Conhecimento Consciente
Numa palestra intitulada O Caminho
Esotérico, o grande Gnóstico Samael Aun Weor disse:
“Inquestionavelmente,
os dois grandes líderes de todos os tempos são Buddha Shakyamuni e Jesus
Cristo”.
Esses dois homens fundaram duas das maiores
religiões mundiais: Budismo e Cristianismo, respectivamente. É importante
reconhecer que ambos nestas frases – “Jesus Cristo” e “Buddha Shakyamuni” – são
títulos: eles não são nomes pessoais. Não são nomes dados nos nascimentos; são
títulos que foram obtidos. Esses títulos refletem os graus de desenvolvimento
de consciência.
. Jesus: derivado de uma palavra do Aramaico
(antigo Hebreu), Yeshua, que significa “salvador”. Desse modo, o uso original
desse termo é como um título honorífico, como é “rabi”.
. Cristo: do Grego Christos, “o Ungido”. E
Krestos, cujo significado esotérico é “fogo”. Cristo não é uma pessoa, mas uma
energia, uma força, uma inteligência. Cristo é também conhecido como
Avalokitesvara, Chenresig, Vishnu, Quetzalcoatl, e mais.
.
Buddha: literalmente, “aquele desperto”. Cada inteligência nos mundos superiores
é um buddha, cada um ao seu próprio nível.
.
Shakyamuni: usualmente traduzido como “sábio do clã de Shakya”.
Com referência à natureza simbólica desses
títulos e os ensinamentos que os correspondem, Samael Aun Weor disse o
seguinte:
Certa
ocasião tive de me apresentar pessoalmente em um monastério Budista no Japão e
veio a oportunidade de falar a respeito de Cristo. Como se tratava de um templo
budista e não um templo Cristão, e devido a minha abordagem, certo escândalo
emergiu entre a irmandade Budista e assim uma reclamação foi apresentada ao
Mestre, que se aproximou e interrogou-me do seguinte modo:
“Por
que você falou a respeito de Cristo, sabendo que este é um monastério Budista?”.
“Com
o mais profundo respeito a esta sagrada instituição eu tenho de afirmar
enfaticamente que Buddha e Cristo complementam-se um ao outro”.
Eu
esperava uma resposta do ponto de vista do Mestre, porém com grande espanto,
testemunhei sua concordância. Ele disse:
“De
fato, Buddha e Cristo complementam-se um ao outro; é isso mesmo...”
Então, solicitou
um barbante ou corda e quando trouxeram-lhe, ele disse-me:
“Mostre-me
sua mão direita”.
Quando
mostrei-lhe minha mão direita, ele amarrou o barbante no meu polegar. Em
seguida, amarrou o mesmo barbante no meu polegar esquerdo e terminou dizendo:
“Buddha
e Cristo complementam-se um ao outro...”
Então, ao deixar o monastério tinha compreendido perfeitamente o Koan.
Em nome da verdade, devemos reconhecer que esse é um Koan muito sábio: Buddha e
Cristo estão juntos dentro de nós, porque o polegar direito representa o Cristo
e o esquerdo representa Buddha: ambos são dois fatores dentro de nós. – [Excerto de uma palestra intitulada “O
Caminho Esotérico” por Samael Aun Weor].
Claramente, esse é um tipo de Koan com uma
charada esotérica. O significado é que temos muitas partes, muitos aspectos,
cada um deles detém uma função na sua posição e quando unidos eles se
harmonizam e formam uma completude. Buddha e Cristo são duas partes de uma
perfeita forma que chamamos Consciência.
O abade daquele templo compreendeu isto.
Compreendeu que o verdadeiro Dharma – a verdadeira religião – é universal. Ele
compreendeu que nas suas bases cada religião deriva-se de outra religião. Onde encontramos sectarismos e disputas doutrinárias encontramos
confusão de ensinamentos, pois na verdade, religião é Uma. Buddha e Cristo, em
suas bases, são complementos um do outro. Ainda que sejam distintos.
Budismo e Cristianismo são correntes de
sabedoria que emergem do mesmo oceano do conhecimento. Chamamos esse oceano de
Gnose. Gnose (Gnosis) é uma palavra grega que significa “conhecimento”. Gnose é
a sábia raiz de todas as religiões do mundo. Gnose é objetiva, pura, universal,
absoluta, sabedoria consciente. Gnose está além do tempo e espaço, além da
cultura, além da história. Gnose é o conhecimento adquirido por aqueles que despertaram
suas Consciências. Entre tais pessoas não há conflitos ou desacordos. É
simplesmente a verdade.
Certa vez Buddha estava caminhando com alguns
monges na floresta de Simsapa. Ele pegou umas poucas folhas de simsapa na sua
mão e perguntou aos monges: “O que é
mais: umas poucas folhas na minha mão ou aquelas na floresta?”. Os bhikkhus
replicaram: “As folhas na sua mão são
poucas, mas aquelas na floresta são mais e numerosas”.
Então Buddha disse: “Também muitas, monges, são as coisas que eu tenho diretamente
conhecido, mas são numerosas as que não vos tenho ensinado, ao passo que as
coisas que vos tenho ensinado, sendo poucas, são como essas folhas em minha
mão”.
O Dharma real – Gnose – conhecimento do
desperto, engloba todas as folhas da floresta.
O
que é um Buddha? O termo
“Buddha” é um título. É um termo antigo que significa “Aquele Desperto”. Agora,
nesses tempos de que tipicamente falamos, “o Buddha”, que sendo um ponto de
vista exotérico, um ponto de vista comum, é levado para o significado de uma
pessoa, também conhecida como Buddha Shakyamuni, ou Gautama. Mas, na verdade,
Buda é um título, do mesmo modo que Cristo é um título. Cristo é aquela energia
universal na base de todas as coisas, a força que dá vida a toda existência
(esta força detém muitos nomes nas escolas búdicas; exemplos como: Chenresig,
Avalokitesvara, Bodhichitta). A
palavra Cristo é também um título para qualquer pessoa, qualquer ser que encarna
aquela sublime energia, aquele que se funde e se torna um com aquela energia,
aquele que expressa isso. Então, um Buddha é alguém que tenha encarnado seu
próprio Buddha Interno. Em outras palavras, seu próprio Espírito Interior; é
aquele que é desperto. Na Kabbalah, isso se refere a Chesed, nosso próprio
Espírito.
Um Cristo é alguém que tenha ido além daquele
nível, e tornou-se algo mais.
Na realidade, há muitos diferentes tipos de
Buddhas, porque, novamente, o termo Buddha significa “Aquele Desperto”. Nós
despertamos para níveis específicos. A Consciência desperta por graus, de
acordo com nosso trabalho. Então, quando é dado a alguém o título de Buddha não
significa que ele entrou num nível no qual todos os Buddhas sejam iguais. Há
muitos níveis de desenvolvimento.
Quando o título Buddha é primeiramente
adquirido pelo Espírito Interior, o mais Interno é somente o primeiro nível. Se
estudarmos Gnose saberemos que isso está relacionado com a iniciação de Netzach
e a criação do Corpo Mental. Quando um iniciado completou a iniciação de
Netzach [a quarta iniciação dos Mistérios Maiores], seu íntimo é chamado Buddha;
seu Íntimo, seu Espírito Interior torna-se um Buddha: mas um Buddha daquele
nível. A partir daí, aquele iniciado tem de continuar a trabalhar, a
compreender a mente mais profundamente e, por conseguinte, ascende através de
diferentes níveis do Estado de Buddha para adquirir cada vez maior compreensão.
Em outras palavras, dentro de cada iniciado que é verdadeiramente andarilho no
caminho a fim de completar o despertar, há um Buddha mais Interior e aquele Buddha
aguarda o momento quando ele possa encarnar dentro de seu veículo terrestre – a
pessoa física. Essa suprema realização requer uma grande soma de trabalho.
Assim, a partir desse ponto de vista podemos compreender que há realmente
milhões de Buddhas. Na verdade, cada estrela é a expressão de um Buddha, cada
estrela no céu.
Há
inumeráveis Buddhas!
Na tradição Gnóstica, falamos de duas formas
ou tipos primários de Buddhas. A primeira é um Buddha-Contemplação, que é
realmente do que estamos falando quando nos referimos a Buddha, um Desperto, ou
o Espírito. No Induísmo clássico, isso seria chamado Atman, ou em Kabbalah,
Chesed. Esse é nosso Espírito Interior. Nosso Espírito Interior torna-se um
Buddha-Contemplação quando ocorre a aquisição daquela iniciação.
Na segunda há o Buddha-Manifestação. Esse é o
veículo através do qual o Buddha Contemplação expressará a si próprio. No
Budismo Mahayana, isso será chamado um Bodhisattva. Assim, o Buddha-Manifestação
é a expressão desperta do Buddha-Contemplação.
Quando discutimos o Buddha histórico, o Buddha
Shakyamuni, precisamos estabelecer esta distinção em mente. O Buddha histórico
– a pessoa física – foi um Buddha-Manifestação. Ele foi um ser que adquiriu uma
grande expressão da visão interna, que ensinou o Dharma, mas fez aquilo como
uma expressão de seu próprio e interior Buddha-Contemplação. Seu Ser interior,
a fonte daquela luz que se expressou através do Gautama, através do Shakyamuni
é chamada Buddha Amitabha. Se estudarmos qualquer Budismo tradicional saberemos
que Buddha Amitabha (Amida) é largamente devocionado, respeitado e homenageado
em orações, especialmente na cultura Japonesa. Buddha Amitabha é visto como um
Buddha de serenidade e compaixão que prometeu liberar almas que clamam por ele.
Desse modo, Amitabha expressando-se no mundo físico através de seu veículo –
através de sua alma humana, através de seu Buddha-Manifestação – foi ele, o
Gautama Shakyamuni.
Amitabha no Céu
Podemos relacionar isso às escrituras Cristãs,
ao olharmos o que São Paulo escreveu sobre nossa constituição interior. Em sua
terminologia, o Buddha-Contemplação é o corpo espiritual do Ser Divino (Soma
Pneumatikon), e o Buddha-Manifestação seria seu corpo terreno ou Alma Humana
(Soma Psuchikon), o Bodhisattva, o homem terrestre.
Paulo estabelece em Corinthians 15:44-49: “´Semeia-se o corpo natural (Soma
Psuchikon – Corpo Psíquico – “Corpo Alma-Imagem”); ressuscita corpo espiritual (Soma Pneumatikon “Corpo
Espírito-Imagem”). Se há corpo natural,
há também corpo espiritual. Pois assim está escrito: o primeiro homem, Adão,
foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espírito vivificante. Mas não é
o primeiro o espiritual, e, sim, o natural; depois o espiritual. O primeiro
homem, formado da terra é terreno, o segundo homem é do céu. Como foi o
primeiro homem, o terreno, tais são também os demais terrenos; e como é o homem
celestial, tais também os celestiais. E, assim, como trouxemos a imagem do que
é terreno, devemos trazer também a imagem do celestial”.
Aqui, mesmo com essa distinção de
Contemplação e Manifestação, há outros importantes aspectos para se compreender
sobre esse termo “Buddha”. Alcançar o Estado de Buddha é assunto pessoal num
trabalho profundo. Porém, há estágios desse trabalho, há níveis, exatamente
como na vida quando almejamos alguma coisa. Podemos almejar alguma coisa em
situação temporária ou permanente. Em outras palavras: podemos dizer que há
aqueles que estão permanente ou firmemente estabelecidos num Estado de Buddha.
E há aqueles que almejam isso num modo transitório, temporário.
Difícil obter é a concepção dos homens,
Difícil é a vida dos mortais,
Difícil é a percepção da Verdadeira Lei,
Difícil é o nascimento do Desperto – Dhammapada 14:182.
A Natureza-Búdica
O 14º. Dalai Lama repetidamente ressaltou um
aspecto muito importante do Buddha histórico: uma vez, o Buddha Shakyamuni foi
exatamente como nós. O Buddha Shakyamuni não é visto como um Deus, ou como uma
divindade que sempre existiu no Paraíso. Em outras palavras, o Buddha histórico
foi uma pessoa, um ser humano, porém por causa dessa observação da verdade da
vida, dos fatos da vida, ele mergulhou cada vez mais profundamente na
compreensão daquela verdade. Por causa disso, ele desenvolveu grande sabedoria
e devido a esse esforço ele se tornou um Desperto. Nesse sentido, ele despertou
completamente sua Consciência e foi capaz de perceber a Verdade diretamente.
Assim ele se tornou um Buddha. Mas isso não é algo dado por decreto divino, nem
é algo que ele adquiriu por uma crença, por descendência, patrimônio, por um
tipo de presente ou pela graça dos Deuses; ele adquiriu o Estado de Buddha
através do trabalho. Isso é realmente a base fundamental de seu ensino:
qualquer pessoa pode tornar-se um Buddha, qualquer um. E a causa, a razão, a
fonte disso está dentro de nós.
“O
Buddha aparece no mundo a fim de que os seres sencientes possam obter a Gnose
que ele próprio obteve. Assim, as indicações do caminho por Buddha significam
estritamente conduzir seres sencientes ao Estado de Buddha”. Introdução ao
Kalachakra pelo 14º. Dalai Lama.
O elemento interior que nos fornece o
potencial para nos tornarmos Buddha é chamado Natureza-Búdica [talvez Buddha-Natural, Buddha-Espontâneo ou Semente-Buddha.
Não chegamos à tradução mais precisa para melhor qualificar essa condição – R/R]
em Sânscrito é Tathagatagarbha, ou “o embrião de Buddha” a semente de Buddha.
No Zen e outras escolas Mahayana, denominam isso o Buddhata ou Buddhadatu, que
significa “essência de Buddha”. Na Gnose, chamamos a isso a “Essência”. Por
qualquer nome, é a pequena semente da Consciência livre que possuímos. Como uma
semente, é pequena, e necessita ser desenvolvida. Não é desenvolvimento com
crenças, nem com presentes, “justamente porque”, ou por alguma lei natural, tal
como evolução. A Natureza-Búdica somente cresce e emerge pelo trabalho com ele,
pelo despertar. Isso é simplesmente devido ao Carma: causa e efeito.
Qualquer Buddha é uma criança de suas
próprias ações. Qualquer Buddha foi crescendo daquela Natureza-Búdica para uma
árvore, para a sabedoria. E isso é feito através de um processo de auto
inspeção, autorreflexão, autoanálise. Tal crescimento não pode acontecer
através meramente do intelecto ou de crenças, mas unicamente pelo
introspectar-se à própria Natureza-Búdica, que é a Consciência. Por isso,
obviamente, a primeira coisa que um aspirante precisa saber em relação ao
Estado de Buddha é, precisamente, o que seja a Natureza-Búdica e como usá-la. Se
permanecermos às escuras sobre nossa própria Natureza-Búdica, em como
experimentá-la, experiência-la ou utilizá-la, então não estaremos no caminho. É
muito simples. Para entrarmos no caminho com a finalidade de nos tornarmos
seres despertos, um Buddha, precisamos trabalhar a Natureza-Búdica; contudo,
precisamos conhecer o que seja isso. A fim de despertarmos, temos de saber o
quê despertar e como fazer isso.
A Natureza-Búdica é nossa Consciência.
Trabalhar com ela é empreender esforços de momento a momento para despertá-la.
Isso é feito usando a Consciência ativamente, atenciosamente, pela vontade
direcionada. Aqueles que fazem isso se lembram sempre que estão num corpo: não
sonham acordados. Tais pessoas não estão distraídas por fenômenos internos ou
externos. Os que empreendem esse esforço põem a atenção naquilo que estão
fazendo, no que estão pensando e sentindo e mantém continuada conscientização de
si mesmos. Por isso, exercitam a vontade consciente sobre cada uma de suas
ações e começam a reformular a onda dos maus hábitos, dos pensamentos errados,
das emoções dolorosas e de todas as causas do sofrimento.
Buddha Shakyamuni resume seu inteiro
ensinamento em uma sentença. Disse ele: “Eu ensino sobre o sofrimento e a
maneira de acabar com ele”.
Na sua
essência esse é o método de trabalhar com a Natureza-Búdica. O método é
compreender nosso próprio sofrimento e acabar com ele. Esse é o verdadeiro
coração da Gnose.
Não
cometer qualquer pecado,
Fazer o bem,
E
purificar sua mente,
Que
é o ensinamento do Desperto –
Dhammapada 14:183,
O Ensinamento de Buddha
Dentre as muitas
tradições que brotaram ao despertar do Buddha Shakyamuni, existem muitas
variações. Por cerca de 2.500 anos, essas escolas têm estado em conflitos umas
com outras sobre exatamente o que ele teria ensinado. É mesmo difícil
identificar a data precisa de seu nascimento ou os precisos aspectos literais
da história de sua vida. Parte da razão é que nada de seus ensinamentos foi
anotado durante sua vida – e nada seria escrito por quinhentos anos. Quinhentos
anos é muito tempo.
Por quinhentos anos após
seu nascimento e subsequente morte, nada de sua tradição foi escrita, nada foi
preservado exceto através da tradição oral. E essa tradição esteve muito
dispersa: ramificou-se por toda a Índia, espalhou-se por toda a Ásia e teve
muitas variações – pois sabemos como pode ser uma tradição oral. Se dizemos
algo a um amigo ele passará isso a alguém de modo um pouco diferente. Mesmo
entre discípulos de uma pessoa como Buddha que estejam trabalhando com a
Consciência, cada um deterá sua própria idiossincrasia, seu nível pessoal,
então explanará aquele ensinamento de maneira diferente segundo sua compreensão
e seus próprios interesses. Gradualmente, pelo período de quinhentos anos, a
história e o ensinamento mudaram dramaticamente.
De fato, Samael Aun Weor
destaca:
“Gautama, o Buddha, muito sabiamente ensinou sua doutrina, porém, sua
doutrina foi demasiado adulterada por seus seguidores”. Realmente, o próprio
Buddha previu que isso aconteceria. Nos sutras escritos, que começaram a ser
anotados cinco séculos depois de sua morte, está consignado que Buddha alertou
ao fato de que dentro de quinhentos anos após sua morte, seus ensinamentos
estariam de tal modo adulterados que ficariam irreconhecíveis. Então, tenhamos
isso em mente quando recordarmos sobre o que nos foi ensinado acerca do Budismo,
previamente.
Nota de Rayom Ra (2): “Relacionado às variantes dos muitos segmentos do budismo lembro-me de
um fato ocorrido há tempos, que na época para mim foi decepcionante.
Procurava pela data correta do Festival anual
de Wesak em que Buda, no Tibet, aparece no Plano Etérico aos Adeptos para
abençoar o mundo e trazer novas energias ao planeta. Nesta ocasião, o Senhor
Buda permanece ao centro ladeado pelos Senhores Maytréia e Jesus. O Festival
acontece anualmente no primeiro dia da lua cheia de maio, porém como a
efeméride caminha pelo calendário, é necessário, a cada ano, consultar o exato
dia, horas e minutos em que o plenilúnio de fato ocorrerá.
Assim, a fim de contribuir e também auferir,
podemos nos concentrar e participar dessa aura de energia e força no exato
momento em que acontece a ação destes três pilares da grande Fraternidade
Branca Universal nesse tipo único de congraçamento a cada ano.
Como as informações dadas na internet pelos
esotéricos em relação àqueles dados eram diversas e conflitantes, encontrei o
endereço de um núcleo budista e telefonei. O rapaz, ou senhor, que atendeu ao
chamado confirmou a natureza budista do núcleo e sua pessoal participação nele,
mas não pôde esclarecer ao solicitado, dizendo-me, com certa surpresa, nunca
ter sabido da existência do Festival. Minha decepção por esta alienação foi
grande, mas felizmente, pouco adiante, consultei fonte fidedigna que me passou
as corretas informações”.
A Vida do Buddha Shakyamuni
A história da vida do
Buddha Shakyamuni é exatamente um símbolo; é justamente a sombra do que
realmente aconteceu. Como exatamente acontecido com outros grandes mestres,
dentre esses Jesus, Krishna ou Moisés, temos a forma de uma história de suas
vidas, porém, em realidade, são histórias simbólicas, histórias iniciáticas que
teriam se passado no sentido de ensinar discípulos sobre o caminho. Dessa
maneira, a história da vida de Buddha não é uma história literal. Pode ter elementos
de sua vida literal da mesma forma que os Evangelhos Cristãos relatam alguns
elementos da vida física de Jesus, mas não dizem de sua verdadeira vida física;
dizem de uma representação iniciática daquela vida que é uma história com
ensinamentos.
Contudo, historicamente, está entendido que o
Buddha histórico nasceu há, mais ou menos, quinhentos anos antes de Jesus (500
a 600 anos a. C), há cerca de dois mil e quinhentos anos. Ele nasceu onde agora
é conhecido por Nepal. Seu nome, Gautama, era seu nome de família e Shakyamuni
veio de Shakya, o nome de sua tribo, seu clã. É um gripo étnico que ainda
existe no Nepal. Shakya significa “leão”. O nome Gautama tem certa relação com
“vaqueiro”.
As muitas tradições do
budismo relatam suas histórias de vida de diferentes maneiras. O Budismo não se
apresenta com a mesma vestidura como muitas das religiões ocidentais. Enquanto
as religiões ocidentais têm, de algum modo, escrituras estabelecidas
consideradas oficiais, no Budismo existe maior diversidade. Por exemplo: o
Cristianismo se respalda na Bíblia (no Velho e Novo Testamentos); e todos os
livros que estão reunidos naquela coleção detiveram concordância ao essencial e
oficial, desde os séculos passados, pelos escolásticos e líderes. Eles o
tomaram baseados em causas dogmáticas e políticas. Porém, no Budismo, há enorme
variedade de escolas espalhadas por toda a Ásia e cada uma dessas escolas tem
suas próprias aceitações das escrituras, convencidas de que as suas escrituras
sejam de maiores procedências. E, naturalmente, dentre essas escolas, todas as
escrituras estão em completo desacordo, uma vez que todas elas foram derivadas
da tradição oral. Há muito pouco em termos de documentação escrita em tempos
passados. Foi somente mais tarde, gradativamente, através do tempo, que mais e
mais foram documentalmente sendo escritas.
Nesse livro [Acreditamos que o palestrante esteja se
referindo ao livro “Os Ensinamentos de Buddha”, escrito por Dhammapada] a história do Buddha Shakyamuni é
derivada primeiramente das versões Tibetanas. Ainda, mesmo entre as versões
Tibetanas, há o que podemos chamar de disparidades ou contradições. De novo,
lembremo-nos: não há histórias literais. Essas histórias são contadas no
sentido de se explanar o ensinamento.
Na vida Tibetana, o Buddha Shakyamuni é a
figura chave ante o qual sua cultura inteira está embasada. A história de sua
vida é tradicionalmente contada e representada numa série de doze etapas. São
chamadas coisas diferentes, mas podemos dizer que elas são “doze grandes feitos”
ou “doze grandes trabalhos” de Buddha. Podemos ver pinturas ou thangkas Tibetanas
que representam os estágios da vida de Buddha, com doze pontos principais de
enfoques.
Os Doze Feitos da Vida do
Buddha Shakyamuni
O número 12 é um número bastante
significativo em todas as religiões e mitologias. Para mais plenamente elaborar
a importância e significado desse número formaríamos volumes de livros, mas se
nossa intenção é demonstrar a fonte universal de todas as religiões, podemos
comparar os doze estágios da vida de Buddha com os primeiros doze arcanos do
Tarô.
O Tarô
As origens do Tarô são
desconhecidas da população. Disfarçados em cartas de jogos ou entretenimento, o
Tarô é realmente uma série de leis codificadas de forma visual [virtual], cujos
significados e importância podem ser descobertos por qualquer um que medite
profundamente de seus símbolos.
O Tarô é uma representação visual simbólica
da ciência dos números, também conhecida no Judaísmo como Kabbalah ou no
Budismo como Kalachakra. Cada uma dessas tradições está embasada na mesma
fundação: que toda existência é matemática e exata, estando suportada por leis
inabaláveis. A mais fundamental dessas leis é a lei de causa e efeito,
conhecida em Sânscrito como carma.
Referente ao completo desenvolvimento da Consciência humana,
nada há de vago ou deixado ao acaso: tudo é resultado de ação precisa. O
iniciado que aspira tornar-se completamente desperto deve compreender com
exatitude o caminho que pretende tomar. Esse caminho está codificado no Tarô.
Contudo, a informação codificada tem pouco ou nenhuma relação com o Tarô
conforme usado por cartomantes, trapaceiros, ou místicos de fins-de-semana.
Por conseguinte, as leis representadas em
cada imagem do Tarô têm permanecido veladas aos olhos da carne, do mesmo modo
que as vigas de uma casa estão ocultas. Assim, se desejamos construir nossas
próprias casas, não podemos fazê-lo só e meramente pela imitação da aparência
externa de outra casa; necessitamos saber como construir a fundação e a
arquitetura interna. Isso é igualmente verdade com a Consciência. Aqueles que
têm abusado do Tarô banalizando-o – muito conforme acontecido com o Tantra –
têm, infelizmente, contribuído para criar uma impressão fútil de uma profunda e
muito rica ferramenta que pode conduzir o sincero buscador a regiões muito
elevadas da Consciência.
O Tarô – como a Kabbalah
ou Kalachakra – simboliza a arquitetura interna da existência. O Tarô é uma
série de setenta e oito glifos [figuras ou lâminas]: vinte e dois Arcanos
Maiores e cinquenta e seis Arcanos Menores. Cada um tem correspondências com
valores astrológicos, numéricos e mágicos.
Os Primeiros
Doze Arcanos do Tarô
Essas glifos originam-se nos mundos internos. O baralho popular do Tarô encontrado em lojas tem pouco a ver ou nenhuma relação com o Tarô real aplicado aos níveis mais elevados da existência. Na tradição Gnóstica estabelecemos um conjunto de imagens que atuam como reflexos ou portais para o genuíno Tarô. Qualquer um que treine Meditação e desenvolva a visão interna (vipashyana) pode usar essas imagens como portais para investigar o Tarô real para si mesmo. Pela análise do Tarô ao longo da história do Buddha Shakyamuni, podemos ver a arquitetura interna de cada religião e a verdadeira base do desenvolvimento da Consciência. Analisando profundamente a história de Buddha, podemos ver os símbolos universais espelhados nela.
Essas glifos originam-se nos mundos internos. O baralho popular do Tarô encontrado em lojas tem pouco a ver ou nenhuma relação com o Tarô real aplicado aos níveis mais elevados da existência. Na tradição Gnóstica estabelecemos um conjunto de imagens que atuam como reflexos ou portais para o genuíno Tarô. Qualquer um que treine Meditação e desenvolva a visão interna (vipashyana) pode usar essas imagens como portais para investigar o Tarô real para si mesmo. Pela análise do Tarô ao longo da história do Buddha Shakyamuni, podemos ver a arquitetura interna de cada religião e a verdadeira base do desenvolvimento da Consciência. Analisando profundamente a história de Buddha, podemos ver os símbolos universais espelhados nela.
O Primeiro Grande Feito: A Promessa
Encontra-se relatado nas
tradições Tibetanas que o Buddha Shakyamuni, antes de receber aquele título era
conhecido pelo nome de Shvetaketu (ou alternativamente Devaputra), e era um
grande e iluminado Mestre nos céus (nas dimensões superiores) ensinando do
Dharma (sabedoria espiritual) aos Deuses. Ele tinha alcançado esse nível
através de incontáveis e prévias existências.
Shvetaketu, que significa “Bandeira Branca”,
estava ensinando no Céu Tushita. Esse é um reino do Nirvana, um superior nível
de existência, povoado por Deuses, ou, em outras palavras, seres que já tinham
alcançado certo grau de compreensão; eles tinham graus de iniciação. Existem
muitos níveis de Seres que correspondem aos muitos níveis de Consciência, e
cada ser mora no reino relativo ao seu pessoal nível de Consciência.
Essa parte da história é concernente ao Buddha
Contemplação – o Buddha Interno – que existe em um nível superior da
existência. Ele é o Mago simbolizado no Arcano I do Tarô.
“O
número um, o Pai que está em segredo, é o Princípio Masculino Eterno. Ele está
dentro do Próprio Brahma, que não tem forma, é impessoal e inefável, e quem
pode ser simbolizado pelo sol”. – Samael Aun Weor, Tarô e Kabbalah
Uma completa explanação do Tarô Sagrado pode
ser encontrada nos escritos de Samael Aun Weor, especialmente Tarô e Kabbalah,
e Alquimia e Kabbalah no Tarô.
A palavra “mago” vem de uma antiga palavra
“mag”, que significa sacerdote. È onde a Bíblia derivou a palavra “mago”. Um
verdadeiro mago é um sacerdote, não um trapaceiro. Em tempos atuais a palavra
mago é desvirtuada. Uma ilustração mais adequada da carta do Tarô tem três seções.
A seção mais elevada simboliza os níveis superiores, ou nesse caso, “céus” ou
Nirvana. O Arcano Um – a primeira carta do Tarô, mostrada aqui – configura os
olhos abertos do Buddha Interno que observa desde os níveis superiores da
existência. Esse é também um símbolo da Consciência desperta.
Abaixo, na seção média, o Mago (simbolizado
pelo Faraó), o Egípcio, equivalente do Dalai Lama aponta para baixo, porque
somente descendo para a manifestação se pode desenvolver o Buddha-Natureza e do
mesmo modo despertar completamente a Consciência. Quando nós – o
Buddha-Natureza – atingimos esse objetivo, atingimos o propósito da vida, que é
unir todas as partes do Buddha Interno e criar um completo desenvolvimento da
Consciência humana. Até esse instante estamos incompletos e assim está esse Um
que está dentro de nós.
Na história, o Buddha Interno estava
ensinando os Deuses – que podemos também chamar Devas, Anjos ou Arcanjos – e
foi lembrado de sua promessa de voltar uma vez mais ao mundo físico a fim de
ensinar os seres humanos. Algum tempo atrás, ele tinha prometido descer ao
mundo no momento em que o mundo estivesse preparado, num tempo em que mais
necessitasse.
Shvetaketu Descendo do Tushita Para Ajudar a
Aliviar o Sofrimento
A tradição Kagyu do Tibet relata que quando
Shvetaketu olhou para esse mundo físico, ele viu o sofrimento da humanidade e
considerou se não era hora dele descer para ajudá-la. Os Deuses o encorajaram
dizendo: “É importante que você vá
ensinar-lhes o Dharma”. E também: “O mundo está em ruínas por causa do 6 dialetistas,
do 6 seguidores e do 6 mediadores”. Em outras palavras, o mundo está em
ruinas por causa do “666”. Se tivermos estudado Cristianismo, saberemos o
significado desses números.
“Vi ainda
outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo cordeiro, mas
falava como dragão.
Exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença. Faz com que
a terra e seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal fora
curada.
Também opera grandes sinais de maneira que até fogo do céu faz descer à
terra, diante dos homens.
Seduz
os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que lhe foram dados executar
diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra, que façam uma imagem à
besta, àquela que ferida à espada sobreviveu.
E lhe foi dado comunicar
fôlego à imagem da besta para que, não só a imagem falasse, como ainda fizesse
morrer quantos não adorassem a imagem da besta.
A
todos os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos,
faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita, ou sobre a fronte.
Para
que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da
besta, ou o número do seu nome.
Aqui está a sabedoria. Aquele que tem entendimento calcule o número da
besta, pois é número de homem. Ora esse número é seiscentos e sessenta e seis
(666)”. – Revelação
13:11-18
Cristãos dos tempos atuais leem essa passagem
literalmente e esquecem seu significado simbólico, porque para seu infortúnio
eles ignoram que o Livro das Revelações de São João é um livro de simbolismos
cabalísticos. Porém, permitam-nos ir mais profundamente do que o significado
literal, e descobrir o real significado oculto no símbolo.
Os Deuses disseram a Buddha que o mundo está
em ruínas por causa dos 6 dialetistas. O que é um dialetista? É alguém que
utiliza a dialética, o intelecto, a linha dedutiva, ou noutras palavras, o que
a Bíblia chama “escribas”.
“Então
falou Jesus às multidões e aos seus discípulos: Na cadeira de Moisés se
assentaram os escribas e os fariseus. Fazei e guardai, pois, tudo quanto eles
vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem”.
– Mateus 23:1-3
“Ai de
vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque fechais o reino dos céus diante
dos homens; pois vós não entrais, nem deixais entrar os que estão entrando”. – Mateus
23-13
“Ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas! Porque limpais o exterior do copo e do prato, mas estes por dentro
estão cheios de rapina e intemperança
Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo para que também o seu
exterior fique limpo.
Ai
de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Porque sois semelhantes aos sepulcros
caiados, que por fora se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos
de mortos, e de toda a imundícia.
Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por
dentro estais cheios de hipocrisias e de iniquidade”. – Mateus 23:25-28
POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO
SEGUE PARTE II O Caminho do Bodhisattva - (II)
Fonte:http://gnosticteachings.org/courses/path-of-the-bodhisattva/684-the-gnostic-nativity-of-buddha.html
Tradução Inglês/Português: Rayom Ra
POR UM INSTRUTOR GNÓSTICO
SEGUE PARTE II O Caminho do Bodhisattva - (II)
Fonte:http://gnosticteachings.org/courses/path-of-the-bodhisattva/684-the-gnostic-nativity-of-buddha.html
Tradução Inglês/Português: Rayom Ra
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