APRESENTAÇÃO
O carma é bem
mais que isso. Sua complexidade é infinitamente grande para que o compreendamos
por simples ou rebuscadas palavras e analogias.
Sabemos disto,
mas de algum modo necessitamos ter idéias de suas aplicações e de seus efeitos
nas vidas humanas e natureza em geral.
Usamos de certas
terminologias que não seriam adequadas, pois as palavras são pobres. Ao falarmos de carma evolutivo do Logos
Solar, pode soar inverossímel a alguns que estejam acostumados a entender o
carma unicamente como um veículo punidor de erros e crimes. Mais ainda soaria
estranho o Deus Criador possuir carma, conforme buscamos explanar. E aí reside
a dificuldade de conjeturarmos da consciência perfeita de Deus (ou Deus Solar)
e sua necessidade de expandí-la num corpo chamado sistema solar. E a pergunta
pode emergir: afinal Deus não é a perfeição?
Não sabemos se
tudo é realmente perfeito na Sua criação. O que entendemos é que Sua
Consciência sempre esteve em expansão e o Deus Criador precisa também de novas
experiências em universos mais profundos, junto com outros sistemas solares
coirmãos, como nós mônadas vindas com o Logos, precisamos das mesmas
experiências juntamente com demais mônadas como nós.
As imagens vêm e
vão e as idéias perpassam nossa compreensão em rápidos relances, como faíscas;
porém a concatenação do pensamento com a palavra é mais lenta e a busca pela
expressão, não raro, desvia-se daquilo que mereceria ser mais direto e bem
exposto.
Quem nunca leu
ou ouviu do carma? Não é novidade alguma falar-se dele. Neste nosso trabalho, ao
tentarmos avançar sobre uma apreciação, nos damos conta, vez por outra, de que
aquela abordagem é antiga, e também já exposta por outros autores. São
revelações de mestres do esoterismo e comunicadores espirituais abalizados;
então, nessa mesma linha, tomamos a liberdade de buscar expor de outro modo,
porque os entendimentos são diversos.
Desculpem-nos,
os prezados leitores, pelas repetidas respostas às diversas questões, por que
entendemos sejam necessárias para melhor compreensão, se antes não pudemos ser
de maior clareza.
Este esbôço,
enfim, não tem outras pretensões senão expor e diversificar situações possíveis
do carma em suas consequências gerais nas sociedades humanas e reinos da natureza,
e não somente nas implicações simples e isoladas do indivíduo. Haveria ainda
milhões de coisas desse universo de causas e efeitos que mereceriam de nós
maiores abordagens, longos e acurados estudos, reflexões e meditações, porém este
modelo simplificado nos pareceu ter nascido com essa mesma dimensão e tamanho
para a finalidade exigida, e por isso assim ficamos.
* * * * * * *
1. De onde provém e qual o significado do termo Carma?
R. Provém de Karma ou Karman, do idioma sânscrito,
língua clássica dos brâmanes da India, significando ação, lei de retribuição ou
de causa e efeito.
2. De que maneira esta lei é aplicada?
R. A lei do carma não se justifica por uma aparente
e única aplicação, porém por inúmeras e consequentes compensações em favor do
equilíbrio dinâmico das causas universais.
É uma lei de reciprocidade advinda do universo do Logos
quando Ele criou o sistema solar. Vem atuar em sucessivas incursões sobre as
múltiplas vidas planetárias que exercitam ação e movimento nos reinos da
natureza.
Todavia, o carma em toda a plenitude universal segue
inserido em diferentes esferas, umas sobre as outras. Ou seja, o carma do Logos
ou Deus Solar subjuga ao próprio sistema solar; este domina sobre todos os
setenta planetas que constituem, respectivamente, as dez cadeias conhecidas do
seu esquema de evolução, e cada planeta, a seu tempo, é o depositário do carma
de seus reinos e espécies.
Esta ordem sucessória resume, ao final, uma só corrente
fechada onde cada elo compreende diversificadas situações, mas obrigatoriamente
influencia ao elo seguinte e dele vem receber reciprocidades.
3. Como se dá o surgimento do carma no sistema solar?
R. Admitimos que para cada um dos bilhões de sistemas
solares de nossa galáxia existirá diferentes injunções de elementos cármicos.
O carma de um sistema solar, a exemplo do nosso, é
decorrente em sua essência da junção dos fatores ação e movimento. Ação e
movimento, após a ideação, representam uma síntese exarada das imanentes
energias, forças, leis e princípios da imensa cosmogonia cósmica, em consecução
lógica e objetiva, para a formação de um corpo ou organismo multidimensional.
Assim, o Ato da Criação deste organismo multidimensional
chamado sistema solar, encerra, como alfa e ômega, a dinâmica mensagem da
evolução, imantada desde as miríades e microscópicas partículas constitutivas
das formações energéticas livres, até as imensas construções arquetípicas de um
sol visível na sua densidade última, a planetas e a todas as vidas neles
criadas.
4. Por que o Logos necessita desta experiência?
R. Não podemos ainda aquilatar a real necessidade do
Logos, mas entendemos que a evolução seja infinita e o Logos tendo se encarnado
sob um modelo de sistema solar, obterá em sua macro-consciência uma soma de
experiências cujos resultados finais Lhe serão necessários para ulteriores
avanços.
5. O que mais se explica por ação e movimento?
R. Podemos também sintetizá-los como agentes das
situações cármicas num plano integrado de causas e efeitos.
“Ação” inicialmente se origina na
magnífica Mente do Logos. Ao conduzir o propósito criador a Ação Original virá
plasmar todas as demais ações num plano geral de probabilidades no mundo das
causas e efeitos, em acontecimentos presentes e futuros. Em nosso universo de
fenômenos uma ação (ou causa) gera um movimento (ou efeito), que gera nova ação
(ou causa) que gera novo movimento (ou efeito) que gera nova ação (ou causa), e
assim sucessivamente numa roda infinita.
Este giro sistemático num simples homem determina
consciente ou inconscientemente seus propósitos de personalidade. Nos demais
reinos é trabalhado pelo móvel do inconsciente nas interações da energia-alma
com suas almas- grupos.
“Movimento”, por seu turno, antes das vertentes nos
reinos e espécies segue a “Ação”. Porém, ação e movimento no mundo dos
fenômenos se complementam invertendo suas polaridades, pois tanto uma quanto o
outro se anelam em duplicidades de causas e efeitos.
Inicialmente, Ação é um princípio ativo e
Movimento é um princípio passivo.
6. Por que o Logos Solar viria criar carma para Ele
próprio?
R. Não se trata de uma criação
espontânea nem de uma escolha do Logos. Trata-se, isto sim, da própria Lei da
Evolução a que o Logos se submete, ao mesmo tempo em que a regula no seu campo
de existência.
O sistema solar é a encarnação da consciência do
Logos ao qual ele necessita fazer evoluir. No entanto, Sua consciência
permanece soberana sobre todas as vicissitudes. Num determinado período que
compreenderá trilhões de anos terrenos, a consciência do Logos virá passar por
um processo de transformação. Mas para este mister ela é à princípio perfeita,
pois na verdade o que o Logos trabalha e impulsiona são as miríades de vidas
que Nele estão contidas, submetidas a um carma de ação e movimento.
Quando todo o Seu corpo de manifestação, ou sistema
solar, tiver atingido o status planejado para aquele período, então outro
período se iniciará. Daí um novo e diferente processo cármico virá também se
instalar para conduzir vidas a um estágio evolutivo maior nos parâmetros de
causas e efeitos.
E quando todos os períodos – ou ciclos – tiverem
sido cumpridos, então a Consciência do Logos, imanente a todos os átomos do
sistema solar nos seus estados dimensionais, se encontrará plena e realizada no
simultâneo papel de Criador, Criação e Campo do Conhecimento.
7. Como acontece a cosmogonia do Logos Solar?
R. O Logos Solar é inenarrável em
sua preexistência, em sua pós-existência e nas sucessivas gerações de vidas
planetárias. Assim também é o processo do próprio carma Nele indissociado para
Seus propósitos evolucionários. Com pálidas palavras tentaremos brevemente
significar que nosso Logos - ou Deus do sistema solar – é a encarnação de um
Logos ainda Maior a que chamamos Logos Cósmico. No Logos Solar a Idéia da
Criação já vem implícita para a sua consecução, mas para esta realização o
Logos se manifesta sob três aspectos ou princípios:
O primeiro aspecto é em si mesmo o Logos Incorpóreo, cujo
pensamento plasma a Ideação recebida através da intermediação do Deus Etéreo
Imanifesto - que é uma emanação do Logos Cósmico. Na Mente do Logos Solar, a
Ideação resultará mais tarde em arquétipos ideais.
O segundo aspecto é o Logos que irradia o Cristo Cósmico
e fixa Sua imanência em todas as coisas.
O terceiro aspecto é a Mente Universal ou Logos Criador,
propriamente dito, que realiza a manifestação objetiva do sistema solar ao
atuar com sua Inteligente Presença na matéria pregenética ou matéria prima
original.
8. Que é o carma humano?
R. Dentro deste universo de possibilidades
em que as vidas se inserem no Plano da Criação, o carma humano se apresenta
como um agente incessante a modelar e impulsionar para a evolução, sendo ao
mesmo tempo ajustador das deficiências morais e sociais onde o indivíduo se
ache circunscrito à família, grupamento, etnia, raça ou nação, e finalmente a
um planeta como entidade maior e mais complexa. O carma humano, como o
conhecemos em certa extensão, remonta, no entanto, na sua aplicação prática, a
longuíssimo passado, anterior a este sistema solar. Sabem esotéricos que o
atual sistema solar é um resultado ou reencarnação de um sistema solar
anterior.
Bilhões de vidas humanas, hoje ocupando espaço neste
sistema solar, já tinham iniciado suas caminhadas evolutivas no sistema solar
precedente. Ao retornarem ao panorama físico de nosso planeta estão se
adequando a um novo ciclo evolutivo. Deste modo, neste segundo sistema solar, o
carma humano está compreendido e direcionado aos objetivos não somente da
entidade planetária quanto da existência do Logos nas Suas generalidades.
Ao se dizer que o homem possui livre arbítrio esta
elocução significa somente meia verdade, por que o livre arbítrio está adstrito
e submetido aos ditames do Grande Plano da Criação em todas as suas etapas
evolutivas. Logo, as consciências nelas inseridas se encontram reguladas em
suas ações por leis, princípios e normas administradas por Inteligências
Superiores chamadas Senhores do Carma.
Se o indivíduo segue passivamente as leis da natureza,
adaptando-se às demais leis que fazem avançar o carma planetário, ele estará
incluído nos mesmos ditames impostos a bilhões de vidas humanas na Terra. Se,
entretanto, resolve antecipar etapas, desejando logo se libertar dos grilhões
da natureza, então, certamente, precisará incorporar a Vontade Imanente em
Deus, pois somente assim seu livre arbítrio se ampliará.
Quanto ao existir do carma humano é uma necessidade tão
real quanto é a do carma regulado pelo Logos para todo o sistema solar.
Partindo do princípio de que ação e movimento são indissociados à existência,
tanto em níveis macrocósmicos como microcósmicos, virão esses agentes se
revestir de elementos móveis e transformadores em suas linhas de ação nas
diretrizes ao gênero humano.
A inteligência do Logos conduz sempre para novas e
progressivas situações. O carma evolutivo sob as premissas da Alma Universal
vem integrar-se ao ser humano forçando-o a se adaptar aos reincidentes ciclos
do nascimento-crescimento-apogeu-decrepitude-morte, a fim de que a consciência
consiga retirar desses eventos suas reais necessidades.
9. Como a Alma Universal pode se associar ao carma
humano?
R. A Alma Universal incorpora a
própria imanência e transcendência do Logos no sistema solar. É Anima Mundi, a
alma do mundo, que tanto vem condicionar à existência as matrizes de todos os
astros e mundos sob o manto do Pensamento Criador, como está presente nos
reflexos instintivos das múltiplas vidas de todos os reinos.
A Alma Universal é uma só; as vidas são unidades de
consciência em perenes avanços. No Grande Plano da Criação ao qual pertencemos
e nos reinos que nos cercam, nada pode ficar fora ou ausente da Alma Universal.
Assim, toda e qualquer ação produzida por uma vida pertencente a este Grande Plano,
requer e obtém imediata resposta no consequente movimento.
Quando a Alma Universal vem participar das miríades de
vidas nos mundos inferiores, ela agrega o Pensamento Original do Logos a
elementos de energia e força já existentes, modelando um pensamento-forma a
cada reino não humano.
Cada reino ganha, assim, uma alma energética e vibrátil,
que nela trabalha para realizar o seu carma de evolução.
10. Como entender melhor esta última referência?
R. Os quatro grandes
reinos da natureza: o mineral, o vegetal, o animal e o humano, evoluem num
andamento integrado, embora com objetivos imediatos diferentes. Cada reino
necessita desempenhar sua parte no contexto coletivo planetário. É algo
complexo em que determinados atributos precisam ser mais bem trabalhados a cada
ciclo da existência, a fim de que no somatório geral registrem avanços ao
planeta e ao próprio sistema solar. Cada reino é importante naquilo que
proporciona ao outro e não somente ao homem que os transforma.
Assim, a pluralidade das espécies nos três reinos não
humanos, tem na Alma Universal o seu veículo primordial para sentir as
correntes da vida e obter as necessárias experiências de modo diferente do
reino humano.
As Hierarquias Criadoras, sob a égide da Alma Universal,
agregam em almas-grupos os elementos afins das formas etéricas minerais, bem
como das formas astrais do reino vegetal, e das astrais-mentais do reino animal
para, melhor e mais propriamente, conduzir a Ideia da Criação em concomitância
com o Carma Planetário. Deste modo, cada um desses reinos tem um determinado
impulso e orientação para as suas necessidades sob diferentes graus de vibração
e sensibilidade em relação aos demais.
11. De que maneira ações pessoais na Terra podem
relacionar-se com o carma do sistema solar?
R. Ações pessoais somente
terão relevância no carma do sistema solar se interagirem simultaneamente com
todos os escalões evolutivos planetários. Quando acontecem, as vidas que assim
se manifestam precisam estar também relacionadas com as Hierarquias Solares.
Portanto, vidas deste quilate, agindo nas esferas menores
planetárias estarão envolvidas com a projeção e a realização de um grande
trabalho para um resultado adrede calculado e de outra magnitude.
As esferas de nosso sistema solar abrigam vidas que ao
descerem o arco involutivo a partir do mundo mental, mergulham profundamente na
matéria densa por bilhões de anos para depois iniciarem a escalada do arco
evolutivo. Estes mundos ou planos: mental, astral e etérico-físico, constituem
um conjunto, e este conjunto estabelece um universo inferior cuja total
abrangência é entendida num significado mais amplo, como o mundo físico. É o
universo de causas e efeitos num quadro geral de relações de fenômenos até
agora conhecidos.
As vidas submersas nos quatro reinos planetários estão de
todas as formas submetidas à lei do carma. Neste patamar, se processam os
bilhões de fatores cármicos por segundo, num turbilhão de energia e força que
os arremete uns contra os outros.
Assim, no universo de causas e efeitos e de infinitas
variações e probabilidades, o que vem a ser computado ao carma planetário e,
por conseguinte, ao sistema solar, são os diversos somatórios das ações e
reações coletivamente acontecidos nos reinos, tomadas em diversas e periódicas
resultantes.
As vidas vivem e se movem num imenso corpo energético
plasmado de um molde ou matriz projetada pelo Logos, chamada Alma Universal.
Portanto, as relações de padrões energéticos são naturalmente computadas ao
desempenho coletivo das miríades de vidas submersas em cada reino, não havendo
lugar para resultados isolados ou individuais com outras abrangências, salvo ao
anteriormente explicado no reino humano.
12. Quando a conotação cármica, relacionada com o
homem, é negativa em níveis gerais planetários?
R. O carma entendido
nas suas relações de causa e efeito está associado a todas as situações de
dualidade. Entende-se por dualidade em relação ao carma, os fatores ou
elementos sob polaridades opostas.
A lei da evolução é regida, justamente, pela Ideia ou
Pensamento Original do Deus de nosso sistema solar e nada pode mudar seu
movimento em direção a uma estrela chamada Vega ou Alfa de Lira, próxima à
constelação de Hércules.
O sistema solar foi concebido a partir de um grande
negativo que produziu um resultado positivo revelado. Desta maneira, em todos
os interstícios e minúcias de formas de energia, estas duas polaridades estão
presentes.
Transpostos estes elementos para o universo físico de
causas e efeitos, compreendido este universo pelos mundos mental, astral e
etérico-físico (ou etérico e físico), os valores duais ressaltam trocas
constantes, justamente pela necessidade de ação e reação.
Os reinos e as espécies processam seus carmas nestas
mesmas relações. Mas em si não alteram profundamente o equilíbrio dos opostos
por que as próprias espécies se compensam reciprocamente ao exercício
inconsciente de suas sobrevivências.
Mas o homem ao agir pelo raciocínio não está mais
perfeitamente inserido ao fluxo inteligente da vida instintiva, como estão as
vidas dos reinos não humanos. Ao contrário, ao desenvolver o intelecto, ele
busca estabelecer propósitos de vida segundo seu entendimento pessoal sem muito
considerar as relações de trocas do meio ambiente. Somente depois, por sua
incúria, ao experimentar as respostas a ele danosas se dará conta de que leis
antagônicas não foram respeitadas.
A vida é uma complexidade de fatores interagentes. Todo o
ecossistema vibra e repercute. O homem ao implantar a desordem na vida externa
não entendeu que sua própria vida orgânica e espiritual estava igualmente
afetada e comprometida.
O carma negativo em si não é um mal; representa um
resultado do desequilíbrio e desarmonia das trocas energéticas entre elementos
de polaridades opostas. A ação do carma negativo não é de antepor-se nem obstar
o caudal de vida presente no processo evolucionário, mas de compensar, uma vez
que o carma evolutivo compreende ações e reações positivas e negativas em
níveis interagentes, em escalas sempre crescentes. E nestas escalas se
encontrarão revelados os níveis de progresso.
13. Como se revelam as escalas evolutivas?
R. A organização do
sistema solar na Mente do Logos Criador estabeleceu inicialmente um grande
espaço onde a Consciência do Logos se expandiu até os limites por Ele
determinados, chamados Círculo-Não-Se-Passa. Este círculo é o espaço do campo
do conhecimento no qual a Vida na sua totalidade se manifesta e se transforma.
O campo do conhecimento, na sua expressão objetiva,
compreende dez cadeias planetárias, compostas cada uma de sete planetas com
diferentes qualidades de matéria. Cada cadeia tem um agente ou Ministro do
Logos Solar, chamado de Logos Planetário. Um Ministro é a própria encarnação de
sua cadeia. Cada planeta, por seu turno, tem outro ser subordinado ao Logos
Planetário, chamado Espírito Planetário.
Assim, uma cadeia tem um Logos Planetário e Sete
Espíritos Planetários. Um planeta, quando em principal manifestação na sua
cadeia estará habitado por todos os reinos de existência, que são representados
pelas miríades de vidas que nele se desenvolvem na busca de experiências.
Os três reinos não humanos têm suas manifestações
intrarelacionadas simultaneamente com suas almas energéticas, almas-grupos e
Alma Universal. Ou seja, as três almas, em síntese, são uma só. As aquisições
de um reino são obtidas através das trocas energéticas graduais nas
almas-grupos ou na totalidade da alma do reino.
Na medida em que as vidas dos reinos avançam através dos
milênios, sempre somando experiências, estabelecendo novas escalas de
progresso, a consciência planetária também avança. Somando-se todos os avanços
de todos os reinos, a resultante virá revelar quanto o planeta ou o Espírito
Planetário evoluiu em relação à situação anterior. Somando-se os avanços das
consciências dos Sete Espíritos Planetários de uma cadeia, se obterá uma
resultante do avanço de um Logos Planetário. Finalmente, somando-se as
resultantes dos avanços dos dez Logos Planetários, se obterá o registro final
de quanto o sistema solar se terá transformado numa de suas escalas evolutivas.
Admite-se, por inclusão, que as dez cadeias sejam todas
operadas em seus processos evolucionários pela encarnação de seus Logos
Planetários. No entanto, sabe-se ordinariamente, que unicamente sete cadeias
fazem parte efetiva na evolução do sistema solar. Das três restantes o
conhecimento esotérico não tem ainda maiores informações que fundamentem
afirmações categóricas.
14. Em quê o carma do reino humano difere dos três
reinos anteriores?
R. No panorama geral
dos quatro reinos conhecidos, o homem é o representante mais evoluído. Como já
afirmamos anteriormente, cada reino tem um papel específico a desempenhar no
planeta.
A vida de um reino é correlata a tudo quanto sua alma
energética possa receber e retransmitir a milhares de espécies, num contexto de
trocas ou intercâmbios. Os intercâmbios são processos energéticos naturais que
também provocam interações entre um reino e outro através de seus elementos
viventes, que são as múltiplas vidas manifestadas. Os átomos químicos agrupados
externamente em moléculas e células realizam e facultam os processos objetivos.
Os três reinos não humanos são organizados a fim de
sempre incorporar a mensagem evolutiva provinda de suas respectivas almas
energéticas, diferenciadas em almas-grupos. A mensagem evolutiva vem canalizada
do impulso inato da própria Vida que a tudo permeia sob a capa da Alma
Universal.
Entretanto, nada aconteceria e nem a Vida realizaria
estágios transmutativos sem a incorporação do fator instinto. Isto porque as
miríades de vidas distribuídas em espécies, de modo geral, não reagem
individualmente por escolha, alternativa ou opção.
No reino humano o carma evolutivo abrange outros
importantes componentes. O surgimento do animal-homem bípede na face da Terra
veio coroar o esforço conjunto dos reinos anteriores, levado a termo por
bilhões de anos.
O animal-homem ao elevar-se sobre os dois pés, ao andar,
correr, buscar alimento, proteção ou moradia, vem por sua própria e pessoal
sagacidade dar início a uma nova fase evolutiva. Sob a análise esotérica, o
homem em suas primeiras encarnações – que podem ser essas muitas dezenas –
ainda será o animal-homem, ou seja, um ser ou vida dominada pelas fortes raízes
do instinto de sobrevivência, mas adicionado do raciocínio individual que
progressivamente estará desenvolvendo.
Com a prática do raciocínio, outro elemento intelectual
virá também aos poucos surgir, resultado de suas reincidências em particulares
situações. É a razão. Com o crescimento da razão, o raciocínio tornar-se-á mais
rico, conduzindo o homem a analisar e qualificar os fatores externos através de
reflexões, e a realizar provisões.
Neste processo de raciocínio, razão, análise e reflexão o
homem vem também simultaneamente veicular-se e a se identificar a uma soma de
reações emocionais. Num sentido se tornará mais poderoso por que passará a
conviver cada vez mais com outro elemento mais instigante em seu íntimo, que
crescerá sempre e jamais o abandonará – o desejo centrado. Noutro, se
escravizará e se submeterá às suas próprias criações.
Ao anelar instinto, mente, razão, emoções e desejos
centrados estará edificando princípios de um ego ou futura personalidade
organizada, distanciando-se cada vez mais da torrente de vida instintiva que o
cegava e o comandava para atos mecânicos.
Nesta escalada evolutiva, o homem não terá medido
esforços para dominar, conquistar e satisfazer seus desejos mais intensos e
atormentadores. Ele agora possui um veículo construído sobre as bases de um
orgulho pessoal, egoísmos e vaidades.
Com isto terá realizado muitos atos de vandalismos contra
seus semelhantes e obstado o fluxo natural das forças da natureza, antepondo-se
a elas com brutalidade e perturbações. Como resultado, passará a conviver entre
dois polos de vida: o primeiro, sendo o móvel diretor que transforma sob
quaisquer condições numa direção única, e o segundo, o reagente aos desvios e
conducente para situações ambivalentes.
O primeiro resume o polo evolutivo natural, genericamente
chamado de carma positivo; o segundo resume o polo da ação antinatural,
genericamente chamado de carma negativo.
15. Como entender melhor os argumentos por último
apresentados?
R. Sabemos que o
carma se mantém atado aos opostos. Como dissemos noutra questão, o carma
evolutivo compreende ações conjuntas, positivas e negativas, em escalas sempre
crescentes.
Se o homem resolve assumir integralmente o papel de
transformador da natureza até as últimas consequências, ele fatalmente virá
provocar o distanciamento dos limites das polaridades.
A despeito de tudo, a ação das forças da natureza
prossegue no seu caminho. O polo positivo estando atrelado magneticamente ao
polo negativo o atrai sempre e vice versa. Assim, tendo se alterado este
andamento, as trocas energéticas acontecerão em razões e proporções fora dos
padrões naturais. Porém, como a natural tendência é a busca perene do
equilíbrio, os resultados de causas e efeitos virão romper determinados e
adernantes obstáculos, provocando convulsões. Haverá, então, divergentes
situações, umas procurando sempre compensar outras, até que se reintegrem e se
reúnam em oposições equilibradas.
16. O que são estas situações em relação ao ser
humano?
R. Certas doenças,
por exemplo, resultam do desequilíbrio nas relações íntimas bioenergéticas, ao
passo que outras são contraídas do meio ambiente, por invasões de elementos virais,
bacteriológicos e demais classificações que se albergam fortemente no corpo por
conta da fraqueza do sistema imunológico.
Em sendo o corpo biológico o limite e respaldo das
energias boas ou mal qualificadas no ego, as doenças, de maneira geral, se
iniciam nas indevidas concentrações das energias negativas entranhadas nas
organizações celulares do corpo que provocam disfunções ou desagregações
moleculares nos órgãos.
Originam-se, propriamente, de causas e efeitos externos
ou internos, não importando os elementos a que se veiculam para penetrar e
romper situações das leis aplicadas à matéria.
Quando as doenças são curadas, com base nas medicações,
dá-se o fato porque as formas da energia negativa identificadas no corpo humano
foram dissolvidas, tendo sido eliminadas. Então é de se esperar que os fatores
de causa e efeito novamente estejam reintegrados num andamento harmonioso
positivo x negativo.
17. De que modo podemos associar certas doenças em
determinados órgãos, ao mau comportamento mental?
R. Apesar de todas as
distorções do caráter humano, a personalidade tende a ser uma unidade
integrada. A integração estruturada precisa se dar através do alinhamento dos
corpos mental, astral, etérico e físico denso. Cada ser, cada pessoa que possui
estes corpos em razoável funcionamento, mesmo não estando ainda estruturalmente
alinhados, está avançando para um dos principais objetivos humanos no atual
estágio planetário.
O que mais ressalta atualmente numa personalidade é o seu
aspecto emocional. A ponte mente-emoções abarca e compreende não só o
pensamento instintivo, externado através de formas primárias de energia retidas
e condicionadas aos níveis mentais inferiores, como também a vida intelectual e
todo um quantum emocional da personalidade. Em muitas pessoas torna-se difícil
precisar qual corpo vai reagir primeiro diante de uma dificuldade: se o
emocional ou o mental. Ambos os corpos, muitas vezes, parecem reagir
simultaneamente; entretanto, o emocional provoca reações mais vibrantes ou
tempestuosas.
Assim, os pensamentos plasmam emoções e as linhas de
energia e força do corpo emocional acabam por determinar efeitos nos corpos
etérico e físico denso.
Esotéricos orientais sabem muito bem que os órgãos
físicos absorvem ou transmitem formas de energia geradas através da ponte
mente-emoções. Cada órgão responde a um tipo de emoção: a um desejo, ao ódio, à
repulsa, ao amor, à alegria, à tristeza, etc., tanto quanto uma pessoa
provoque, estimule ou intensifique pensamentos positivos ou negativos, como
assim são qualificados.
Nesta ótica, pensamentos mórbidos de vinganças,
depravações, invejas, ciúmes, desrespeitos ou intenções criminosas, por
exemplo, vêm produzir formas de energia estranhas à salutar vida orgânica dos
corpos e integração natural da personalidade.
Em consequência, segundo a intensidade e poder negativo
dos pensamentos, eles acabam por localizar tipos inferiores de energia nos
órgãos do corpo físico e ali materializam patogenias.
Tanto pior se além do pensamento deteriorado a pessoa
transite para ações delituosas, prejudicando outras vidas, pois além da doença
terá também contraído um carma de responsabilidade.
18. Que exemplos podemos ter de pensamentos e atos que
causem doenças conhecidas?
R. Naturalmente que ações e
pensamentos harmoniosos, caritativos, compreensivos e de amor só tendem a
proporcionar bons resultados no organismo. Mas como estamos respondendo a uma
pergunta sobre causas de doenças, podemos relacionar algumas destas causas.
1. Pensamentos de raiva e mau humor descarregam a energia
negativa no fígado, podendo apressar ou intensificar seu mau funcionamento e
dependendo da frequência e intensidade, produzir cirroses.
2. Crueldade, ódio, impaciência e explosões emocionais,
apressam distúrbios cardiovasculares ou infartos.
3. Aborrecimentos e ansiedades atuam negativamente no
baço, obstruindo a absorção da energia prânica e sua distribuição para demais
órgãos.
4. Tristeza e depressão provocam enfraquecimento aos
pulmões, predispondo-os a invasões de vírus e bactérias. O orgulho excessivo e
afrontante predispõe a asmas, bronquites, tuberculoses e impotência sexual.
5. Medo, descontrole emocional e tensões afetam o
funcionamento renal podendo também provocar acidez e gastrites, bem como problemas
intestinais.
6. Orgias e excessos sexuais trazem a esterilidades a
homens e mulheres; em alguns casos conduzem à homossexualidade, podendo também
provocar em homens câncer de próstata. Abortos predispõem às mulheres ao câncer
uterino e esterilidade.
Estes poucos exemplos podem se materializar numa mesma
encarnação ou em futuras.
19. Que se pode resumir do carma da Terra relacionado
às doenças graves que assolam a todas as camadas sociais?
R. A necessidade
impulsiona os homens de vanguarda a tratar de desenvolver todas as áreas de seu
ambiente social. A ciência experimental empírica e a laboratorial procuram,
ambas, trazer soluções aos problemas humanos melhorando as condições de vida na
Terra. Mas nem sempre conseguem por que as adversidades naturais e as
limitações verificadas no carma mundial não permitem maiores resultados. Mesmo
assim a partir do século XVIII, vem ocorrendo muitas conquistas nos diversos
ramos da ciência.
Um dia as doenças desaparecerão da face da Terra, como
desaparecerão os animais ferozes, venenosos, carnívoros e repelentes
transmissores de males. As guerras serão somente uma lembrança fantasmagórica,
quase nunca mais evocadas pela história em seus detalhes lúgubres e cruéis que
envergonham os humanistas sinceros e pessoas de sentimentos universalistas de
amor e igualdade a todas as raças. As cidades estarão perfeitamente saneadas,
não hospedando em becos, sob pontes ou margens de canais de esgoto pútrido,
mendigos ou excluídos da sociedade. A própria arquitetura das metrópoles não
permitirá locais onde a matéria virulenta possa estar perigosamente exposta a
céu aberto.
As grandes distorções do capitalismo estarão ajustadas
para todas as nações. O homem não precisará mais se submeter a trabalhos
pesados e escravizantes, que lhe roubam a saúde e preciosas horas de descanso,
em troca de mísera e escorchante compensação pecuniária. A vida será melhor, as
necessidades de consumo estarão controladas e adequadas a uma sociedade mais
salutar amparada por tecnologia prática e precisa. Não haverá explosões
demográficas que tornem impossíveis previsões e projetos sociais que atendam
corretamente às famílias. As pessoas não viverão somente para o trabalho.
Este quadro não é para agora, mas não está muito distante
de começar a revolucionar. Para alcançar este nível de conquistas sociais e
adequada tecnologia, a humanidade precisará ainda expurgar muitos males
acumulados através dos milênios e evoluir em espiritualidade.
Os esforços de homens voltados para a ciência marcham
paralelamente às dificuldades cármicas dos povos. A medicina ainda comete
muitos enganos, e muitos fatais. Entretanto, soluções para males físicos já
estão começando a ser tratadas com outra visão e técnicas mais apuradas, o que
faz parte da redenção da humanidade pelas suas próprias mãos.
No momento, um tremendo balanço cármico planetário se
verifica, e nisto as doenças profundamente enraizadas clamam ainda pela
depuração das energias malignas que corroem órgãos produzindo intensos
sofrimentos aos doentes. Há doenças que nunca são curadas nem erradicadas, como
há doentes que permanecem reféns de doses fortíssimas de remédios ou de
aplicações químicas que lhes envenenam o sangue e órgãos, drenando-lhes
cruelmente as energias que lhes restam.
Ademais, existe ainda a grande e desumana mercantilização
nas práticas da medicina e produção de medicamentos que enriquecem uns poucos e
levam milhões ao desespero ou morte.
20. A totalidade da energia negativa dosada para uma
pessoa é completamente expurgada numa só encarnação?
R. Nem sempre. Cada caso é
um universo à parte. O “quantum” de energia negativa de que uma pessoa seja
portadora, ou mesmo milhões delas, pode não estar passando por nenhum expurgo,
caso não exista no conteúdo do ego certa medida de reações qualitativas.
Precisamos entender que em todos os países há carmas
familiares, grupais, raciais e nacionais. Ao tomarmos um exemplo em separado,
torna-se difícil obtermos ilações que nos conduzam a comparações exatas ou de
casos semelhantes. O carma coletivo é o principal revelador das situações por
que passam muitas vidas. Hoje grande percentual da humanidade em todos os
quadrantes do planeta, enfrenta dificuldades íntimas ou físicas a níveis de
resgates cármicos, segundo seus padrões mentais e espirituais.
Este percentual reflete, especificamente, uma escala
mundial de egos, cujos agentes operantes aos seus ajustes vibratórios, vêm
constantemente requerer o expurgo das formas de energia negativa de seus
corpos.
Egos deste porte, comparativamente a outros, demonstram
sensibilidade mental, emocional e física mais apurada, fruto de maior número de
encarnações na Terra ou noutros orbes, ou ainda, de melhor aproveitamento de
suas encarnações, embora em menor número que outros. Assim, podem estes carmas
ser incluídos nos casos de gestão especialmente controlada pelos mestres
superiores, em que seja possível, ou não, acontecer um resgate completo ao
final de uma só encarnação.
Diferentes destes egos são aqueles cujas vidas íntimas
não atingiram ainda a “zona de conflito” – onde os valores duais vêm se
chocar com frequência exigindo intensas reflexões conscencionais – devido a
esses egos não reunirem elementos intelectuais e psicológicos suficientemente
sedimentados.
21. Vidas menos evoluídas sofrem intimamente tanto
quanto as vidas mais avançadas?
R. O sofrimento humano é
inerente à própria existência. O processo evolutivo não discrimina situações
quando se trata de avançar sobre as próprias limitações ou de corrigir os seus
erros perante as leis da natureza. No entanto, o grau de sofrimento pessoal
varia em cada ego. Tratando-se de imperfeições físicas ou problemas cerebrais,
a sensibilidade íntima pode ser acentuada em relação direta com as áreas
afetadas no veículo biológico.
Todavia, esta sensibilidade que se acentua, restringe-se
em sua quase totalidade às respostas emanadas da esfera física, condicionadas
às percepções cerebrais ligadas aos sentidos comuns.
A sensibilidade de almas mais evoluídas, aqui
considerada, está adstrita a fatores ou elementos de outra ordem, trabalhados
pela Consciência Superior, ainda que misturados aos valores do ego terreno.
Em determinada gama de egos, suas visões toscas os
escudam de maiores ataques da psique. Ao mais conhecedor e responsável perante
a própria consciência, os obstáculos trarão sempre maior trabalho mental e
desgaste emocional.
Sabe-se, também, que quanto menos encarnações tenha uma
vida, menores serão seus graus subjetivos de consciência, sensibilidade e
capacitação mental para resolver a contento certas situações. As exceções,
nestes casos, são poucas, relativas a egos excepcionalmente determinados,
instruídos por sábios da ciência oculta. A agilidade mental de um ego que
avança em consciência é o reflexo de estímulos, disciplinas e treinos
adequados.
Nos casos gerais, grandes populações de idênticos padrões
mentais se agrupam em comunidades afins, porquanto o carma lhes exige
desenvolverem-se coletivamente.
Quando a humanidade no seu curso evolutivo houver
atingido o perfeito domínio da mente superior sobre a inferior, a dor como
elemento psicológico punitivo do ego, e de apegos, estará sob controle
consciente, perdendo sua ação dominadora como hoje verificada.
Vidas evoluindo em muitas etnias podem revelar diversos
níveis de espiritualidade, ou mesmo nenhum. O desiderato atual da evolução
humana é a libertação dos fortes grilhões cármicos. Para que se atinja este
patamar será necessária a sutilização dos instrumentos do ego inferior através
da purificação e coordenação mental.
Os instrumentos do ego são os seus corpos ou veículos de
manifestação, enquanto que a coordenação mental se dará através dos poderes
internos que o ego virá despertar em persistentes treinamentos, visando sempre
o alinhamento dos corpos e os corretos fluxos da energia.
Uma vez exercendo a vontade consciente, o ego desperto
conseguirá efetivamente unificar os elementos duais presentes nas relações
personalidade-alma (ver o Antakarana). Somente desta maneira, e à luz do espírito,
as vidas conseguirão chegar ao verdadeiro autoconhecimento, imantando-se dos
poderes do próprio Espírito ou Consciência Maior, libertando-se definitivamente
de dores e sofrimentos humanos.
As etapas de purificação do ego podem abranger estados
conscientes e inconscientes. Tanto mais consciente esteja o ego da necessidade
de trabalhar por sua purificação mais rápido chegará aos objetivos colimados
para aquela encarnação. Quando o ego se revolta com a situação cármica,
dificulta a restauração das energias positivas, podendo não atingir
significativos resultados que lhe foram previstos na fase pré-encarnatória.
Muitos egos, ao mergulharem mais ainda na materialidade,
ignoram valores morais e responsabilidades, tornando-se empedernidos por
omissão, aumentando assim seus débitos nas suas relações de vida e com o
processo evolutivo.
Devido a isto, os sofrimentos poderão ser tanto físicos,
quanto morais, ou ambos numa mesma encarnação. Nesta linha, a soma cármica
trará para determinadas encarnações um leque mais amplo e heterogêneo de
ajustes, podendo incluir acontecimentos pessoais que resultem em fracassos de
projetos, realizações e outros empreendimentos que acabam por remeter os
portadores destas distorções à obrigatoriedade das constantes reflexões.
22. As vidas que se adiantam precisam
necessariamente passar por sofrimentos físicos e morais?
R. Num processo de
resgate os sofrimentos físicos e morais revelam não somente os momentos de
expurgos e depurações das energias negativas represadas em áreas dos corpos do
ego, como conduzem a uma nova face da proposta evolutiva.
Sem dúvida que um ego nas diversas fases do seu
desenvolvimento pode ser ainda portador de um “quantum” maior ou menor das
energias mal qualificadas veiculadas a um passado envolto por más intenções,
ações violentas, egoísticas, criminosas, viciadas, malévolas, fetichistas
negras, injustas, déspotas, etc. Algumas dessas energias podem ter permanecido
na tessitura dos corpos astral e mental, tornando-se impossível expurgá-las de
uma só vez.
A marcha evolutiva da humanidade, orientada e vigiada
pelos irmãos superiores de diferentes hierarquias, conduz a evocar constantes
variações e possibilidades que se externam de um planejamento previamente
elaborado. Uma delas é através do conhecimento.
À medida que o ego vai se aculturando, e ao abandonar
antigas e inócuas tradições, libertando-se assim de corpo e alma dessas
inutilidades, novas e íntimas visões se sucedem ante sua percepção mental,
abrindo-lhe vias de maior enriquecimento interior.
Atividades artísticas, científicas, esportivas, terapias
de auto-ajuda, a boa literatura - como alguns exemplos - contribuem para o
despertar e ativação de novas e salutares energias mentais e emocionais,
trazendo egos para próximo de padrões de melhor sensibilidade.
Tendo avançado interiormente e ao optar por religiões
esotéricas e fraternidades iniciáticas o ego verá descortinarem-se caminhos
nunca antes suspeitados, que podem conduzi-lo rapidamente a conquistas espirituais
verdadeiras e sólidas.
Os rápidos exemplos aqui colocados servem para demonstrar
que após milênios de sofrimento humano, com o pensamento, a razão e a liberdade
cerceados ora pelo fanatismo religioso e dogmatismos, ora pelos preconceitos absurdos
e despotismos aviltantes, a escravidão do homem e das sociedades está prestes a
terminar.
Os fatos marcham de certa maneira concomitantes ou
paralelos e isto vem demonstrar que até em períodos de escuridão e cegueira da
humanidade, registrados nos ciclos da história universal, os egos puderam
resgatar, mesmo inconscientemente, como já afirmamos, certos débitos
individuais, grupais, raciais e nacionais.
Os erros acumulados não se resgatam através do simples
arrependimento religioso nem unicamente pela internação nos axiomas filosóficos
e científicos, pelas invocações em rituais de magia e pregações doutrinárias.
Para a anulação de certos efeitos necessita-se muitas vezes concentrarem-se
esforços em serviços sistemáticos de filantropia e caridade.
Não desejando esta via e estando os efeitos plasmados
externamente pelos próprios mecanismos da lei do carma, o ego ver-se-á
invariavelmente diante de algumas situações tais como: decepções, injustiças,
incompreensões, entraves profissionais, perseguições, dificuldades de
relacionamento, pobreza, amarguras sentimentais e familiares, tibiezas, doenças
e tantas outras que, em medidas diversas, virão cobrar-lhe dos atos desastrosos
do passado suas compensações e reajustes.
As energias coercivas estarão sendo expurgadas dos órgãos
humanos nos casos de doenças. Em ocasiões, por trabalhos ocultos especiais ou
por assistência meritória a determinadas vidas, verifica-se a inversão da
polaridade negativa para a positiva, quando seja o caso, curando-se assim os males.
As orações, as boas atitudes e os bons pensamentos sempre ajudarão a aliviar o
peso cármico, mas não resolverão significativamente os processos dos expurgos
quando as energias deletérias represadas precisarem ser drenadas em maiores
proporções ou definitivamente.
Problemas deste teor ou de deformações mentais são
resultantes de pesadas dívidas cármicas materializadas no corpo e cérebro
físico, não se tratando de castigos ou severos decretos das Inteligências
Superiores.
Por outro lado, o momento atual da humanidade já era
previsto de acontecer há bilhões de anos, antes mesmo de a Terra começar a ser
novamente habitada. Este fato é explicado no esoterismo como a ascensão da
curva evolutiva, após vidas terem mergulhado profundamente no mundo físico, chegando
ao nadir da materialidade. E como as forças ascensionais conduzem sempre para a
evolução, estabelecem-se agora lutas mais significativas e conscientes entre
espírito x matéria; daí a sensibilidade humana externar-se também em maiores
proporções através do sofrimento.
23. Como entender melhor a simultaneidade de fatores
evolutivos e depuradores no carma humano?
R. Conforme já
afirmamos as Inteligências Superiores trabalham para a evolução da vida
planetária na transcorrência do Grande Plano da Criação esposado pelo Logos ou
Deus Criador.
Como tudo mais existente no grande círculo de
manifestação do sistema solar, o carma planetário na sua essência e perfeita
aplicação é também eminentemente evolutivo, visto a Vida aqui ancorada residir temporariamente.
Os reinos da natureza avançam num ritmo integrado, embora
nem sempre em perfeita harmonia. As vidas ao alcançarem o reino humano, terão
obtido antes, em bilhões de anos, experiências nos reinos antecedentes. Tudo
sob a atenção, cuidado e supervisão dos Mestres das Hierarquias Criadoras de
nosso planeta. Sabem esotéricos que certas espécies possuem representantes que
se adiantam mais do que outros. Muitos se atrasam, ficando à margem de uma
grande onda insuflada por Anima Mundi.
Nas espécies animais, o carma negativo já atua em
determinados grupos, quer por decorrência de ações nefastas impostas pela
crueldade do homem que vem despertar nos animais ódio e aversão ao ser humano,
quer por intenções malévolas impropriamente plasmadas nas suas almas-grupos,
por um tipo específico de energia.
No ser humano, as relações positivo x negativo assumem
proporções e grandezas de maiores complexidades. Vidas primitivas, recentemente
egressas do reino animal pela individualização, reagindo basicamente aos
instintivos impulsos de suas mentes, levarão milhões de anos semeando valores até
conseguirem dar formas mais seguras aos seus corpos superiores, formadores da
personalidade.
Seguindo-se a isso, milênios se passarão até que estas vidas selvagens
cheguem realmente a delinear uma personalidade. E nesta trajetória, terão
maturado um necessário carma e iniciado o processo depurativo, antes
desconhecido para elas, que, por aparente incoerência, as auxiliará mais tarde
em seus avanços no mundo das personalidades.
24. O que mudou na contextura física e egóica do homem
atual?
R. A matéria do corpo
físico veio se tornando mais refinada com o correr dos muitos milênios. Este
fato acarretou ao homem moderno perder certas barreiras defensivas às invasões
externas microbianas, tornando-se assim mais vulnerável às doenças. A matéria
formadora dos corpos densos de nossos milenares ancestrais, era de maior
solidez e resistência.
A isto se somavam melhores condições ambientais do
planeta, porquanto inexistisse a tecnologia como o grande poluidor da natureza.
Esta ausência de tecnologia contribuía para uma relação mais saudável do homem
com seu meio ambiente.
Mais tarde, com o avanço em maior escala do carma
depurativo, os órgãos do corpo biológico tornaram-se também de certa maneira
mais sensíveis, oferecendo menor resistência às incursões externas.
Novos veículos vieram contribuir externa e internamente
para a transformação física e orgânica do homem. Numa ponta podemos destacar a
alimentação diversificada ou industrializada, nem sempre saudável, e outros
ingredientes viciosos cada vez mais comuns nos hábitos das populações mundiais.
Elementos como o fumo, o álcool, as drogas, os fortes
medicamentos alopáticos ou aplicações excessivas quimioterápicas, destacam-se
num outro plano de absorção que trazem evidentes prejuízos ao equilíbrio
orgânico. Por outro lado, nos últimos séculos, e recentemente, o homem viu-se
profundamente afetado por diversos outros fatores, tais como: escravismos,
ferozes epidemias que mataram milhões ou deixaram profundas sequelas e
fraquezas orgânicas às populações afetadas, profissões insalubres, atividades
exaustivas, nuvens tóxicas de pesados poluentes químicos, sedentarismos,
pobreza extrema, etc.
Noutra ponta, em relação mais direta com as
transformações do ego ou alma, vemos os transbordamentos psíquicos motivados
por preocupações profissionais, financeiras, conturbações nas vidas
sentimentais ou familiares, decepções afetivas, hesitações, estresses,
dificuldades de afirmações pessoais e outros que, somados a estes, transitam
numa aura de vida mental, não raro remetendo às reações depressivas, violentas
ou obsessivas.
Estas últimas, cada vez mais frequentes na vida moderna,
não sendo tratadas de modo adequado, principalmente através de trabalhos
espirituais, atraem, sem dúvida, moléstias subtraentes da energia,
debilitadoras da saúde física e mental. Incluem-se, ainda, neste rol nocivo
armazenado no arsenal psíquico do ego, registros causadores de fortes traumas
por privações, revoluções e guerras.
25. A dor e o sofrimento são também decorrentes das
ações plasmadoras dos agentes transformadores da vida e do meio ambiente?
R. Há causas principais e
secundárias geradas pelo homem, agindo na natureza, que produzem impactos e
efeitos nocivos diversos ao meio ambiente. Fatores modernos, atados aos hábitos
de consumo, também cerceiam constantemente o homem em praticamente todas as
suas atividades, deixando-o dependente. Ou seja, para que o homem viva e
trabalhe ele passa a pertencer a uma sólida e real infraestrutura montada numa
cadeia nacional e mundial da qual não consegue escapar.
Qualquer sistema de governo obriga seus coletivos a serem
realizadores e partícipes de um veículo popular cujas rodas giram sempre
segundo a velocidade da economia da nação. Em exemplos práticos temos que para
o homem moderno obter alimentos, água, bebidas, medicamentos, vestuários,
livros, educação, moradia, aparelhos eletroeletrônicos, serviços de
transportes, saneamentos, luz, gás, telefone, e tantos outros objetos cobiçados
para uso e consumo - há que existir, sobretudo, produção.
Numa escala mundial onde a população da Terra alcança
aproximadamente quase sete bilhões e meio de habitantes, as transformações da
matéria-prima com seus insumos, incluem centenas de meios tecnológicos de todos
os tipos. Esta relação de amplitude produz a elevação diária dos níveis
poluentes da Terra associada a todos os tipos de resíduos e descartes dos
materiais utilizados, bem como da própria ação transformadora dos equipamentos
industriais e lixo doméstico.
As nuvens químicas, tóxicas, asfixiantes e de toda a
sorte maléficas, tornaram-se devastadoras em muitas regiões do planeta. O solo,
o subsolo, os lagos, as lagoas, os rios, mares e oceanos recebem diariamente
toneladas de material degradável, como, por exemplo, restos de manufaturas
contendo elementos químicos, como zinco, mercúrio, alumínio, ferro, chumbo –
pilhas e baterias ácidas – e inúmeros outros descartados. Os processadores de
reciclagem, para cujas quantidades de lixo as usinas utilizam somente
percentuais do montante coletado, são igualmente poluidores da atmosfera.
A água e a terra, ao receberem sistematicamente toneladas
de material orgânico e inorgânico, não conseguem autorregenerar-se a curto e
médio prazos, estando sempre desenvolvendo colônias microbianas e
bacteriológicas, gases fétidos e nocivos dentre outros agentes de poluições e
doenças, reiniciando a todo instante ciclos contaminadores na flora e fauna.
Também se incluem entre os agentes causadores de
problemas graves e irreversíveis à vida, bem como de efeitos letais, o material
radioativo enterrado sem qualquer critério, simplesmente largado em terrenos e
áreas desprotegidas ou a energia que escapa das usinas nucleares, atingindo
populações dentro dos perímetros de suas terríveis contaminações.
Acrescem a este quadro da modernidade – além do concreto
empregado nas edificações – as centenas de milhares de quilômetros de asfalto e
pavimentações diversas cobrindo as metrópoles do planeta, e as longuíssimas
vias rodoviárias que unem pontos os mais distantes que vêm também sufocar e
abafar a Terra, provocando distúrbios na natureza.
O petróleo é retirado do subsolo há décadas, num rateio impressionante
de milhões de barris diários. Mas os cientistas e tecnocratas fingem não
descobrir a função natural deste gigantesco lençol negro como elemento de
integração da biodiversidade planetária. E cabem aqui duas indagações: haverá
algum impacto ambiental de magnitude mundial quando o estoque petrolífero do
orbe chegar aos menores índices de sua existência? Ou já não estará acontecendo
algum resultado desastroso pela enorme e irrefreável extração a que o petróleo
é submetido?
A Terra é um ser vivo que respira, bebe, se alimenta,
digere e transpira. Mas se encontra sufocada e de todas as formas maltratada. A
Terra está doente como está sua humanidade. Somente poucas e privilegiadas
vidas conseguem ainda se abstrair ou imunizar-se das contaminações.
Por outro lado, o homem ao realizar as transformações
ambientais, permitindo que os efeitos escapem de seu controle e causem
devastações, torna-se o mentor da destruição. E como a humanidade representa na
sua totalidade a mente e o coração do Espírito Planetário, ela se inclui como a
principal coletora do carma negativo e açoitador do mundo. Em diversas
parcelas, todas as pessoas detêm medidas do processo destrutivo, por
conseguinte não podem isentar-se de seus efeitos.
Há também as causas decorrentes, íntimas ou pessoais,
importantes, que determinam maior ou menor presença do carma corretivo. A dor e
o sofrimento nestes casos passam a ser elementos paralelos à resultante pressão
ambiental. Estão calcados nos atos conscientes e inconscientes, porém contrários
à harmonia e ditames do Grande Plano da Criação para todo o planeta.
26. Como entender melhor os argumentos por último
apresentados?
R. O homem em sendo
habitante do planeta está diretamente associado aos elementos naturais, ar,
terra, fogo e água, tanto externamente ao seu veículo físico como nas relações
da intimidade ego-alma de seus corpos sutis. Não existem ações isoladas no
contexto Vida. Nada pode ser realizado separadamente que não venha provocar
novas situações ou desdobramentos. Ações mentais, pensamentos, gestos,
palavras, atitudes, tudo o que concorra para um objetivo, por menor que seja,
se associa e sintoniza-se a uma cadeia de acontecimentos.
Não há morte ou estado definitivo de suspensão: na
natureza tudo se transforma, bem sabemos. Se o homem destrói o seu meio
ambiente ou o torna inabitável, virá responder severamente por isso com a sua
inclusão aos problemas ecológicos.
A Vida planetária mostra-se objetivamente por conjuntos
de formas distintas, relacionados, respectivamente, a qualidades e aspectos,
chamados reinos, devidamente classificados por tipos e diversificados em
grupos. Os reinos quantificam-se em espécies para o exercício das atividades de
cada coletivo a fim de alcançarem seus objetivos que são as médias de seus
aproveitamentos.
Conforme vimos seguidamente comentando, o planeta está
sob a ação de um carma evolutivo cujo realizador são as próprias vidas nele
ancoradas e cujas ações neste universo de causas e efeitos estão diretamente
relacionadas a fatores duais positivos e negativos. As vidas que atingem o
reino humano iniciam um novo ciclo ascensional como animais-homens, e até
chegarem de fato a edificar uma personalidade estruturada terão experimentado
diversas situações cármicas. Sofrerão as necessárias transformações que as
conduzirão gradualmente a conscientizarem-se de uma existência sobreposta à
matéria, distante das crendices tolas.
O homem ao atuar na matéria física trabalha
simultaneamente o seu íntimo e ao transformar o meio ambiente deixa também
suscetível as vias internas do ego por onde circula a energia-vida. Temos então
uma estreita relação entre o meio ambiente e a estrutura do ego ou
personalidade. Ações destrutivas contra a natureza, geradas por toda a sorte de
intenções, virão repercutir de volta ao agente causador, incorporando nele
resultados dissonantes que atuarão em seu corpo biológico e demais veículos de
sua manifestação.
O atual estágio de desenvolvimento alcançado pela
humanidade inclui elementos cármicos agindo notoriamente nos corpos sutis do
ego. As incursões das energias externas geradas pelas atividades humanas que
vêm penetrar o ego provocam constantes choques e reações, conduzindo-o para as
mais diversas lutas internas, onde a Alma procura ora mediar situações ora
restaurar perdas.
Estas lutas auxiliam, de certo modo, a burilar o ego uma
vez que a dor e o sofrimento humano depuram-no das energias negativas
estimulando-o a agir sobre seus próprios caminhos internos da consciência,
tornando-o mais sensível e atento aos reclamos de melhores energias para a sua
sobrevivência.
Porém, a despeito deste processo de choques, nem sempre
os resultados conduzem a uma só direção nos emaranhados da vida íntima, e
segundo o carma, o ego se vê arremetido para o “céu ou para o inferno”,
dependendo de sua linha de menor resistência.
27. O Kurukchetra pode ser análogo ao momento
cármico atual do planeta?
R. Segundo a
filosofia indu, no poema do Mahâbhârata, o capítulo chamado Bhagavad Gitâ trata
das lutas do príncipe Arjuna, discípulo de Krishna, no campo de batalhas
chamado Kurukchetra.
Apesar da corrente cética materialista,
principalmente ocidental, procurar de todos os modos desmentir ou desacreditar
as referências sobre a existência de Krishna, ele realmente viveu, foi um
deus-guerreiro e combateu contra os invasores de seu reino na cidade de ouro
chamada Dwaraka.
As histórias verdadeiras de Krishna foram
transplantadas para o Livro Sagrado dos Vedas e adaptadas para simbolismos e
sabedoria iniciática sem, contudo, adernar para o imaginário irresponsável.
Krishna viveu, combateu inimigos reais e ensinou os mais profundos segredos da
alma.
Assim, no Kurukchetra, Arjuna se vê diante de um
dilema em que necessita matar seus inimigos por indução de Krishna, seu mestre,
mas não reúne suficiente coragem devido ao caráter familiar dos inimigos que
são descendentes de seu sangue. Recua e não deseja combater.
Krishna trazido para a analogia do esoterismo
ocidental é, neste capítulo, o Cristo Interno, o mestre verdadeiro e único, a
Alma sábia e perfeita para todas as necessidades evolutivas do discípulo.
Arjuna é discípulo menor que se aproxima de outro estágio iniciatório que
ampliará suas percepções conscientes. Para tanto, necessita vencer os seus
vários inimigos e adversários perfilados diante de si, mas queda impotente para
guerrear contra eles. Tendo experimentado este grande drama íntimo, finalmente
se decide sair a guerrear, vencendo a todos os inimigos após intensas lutas.
Muitos fatos e acontecimentos de vidas passadas
permanecem latentes na memória da alma terrena. Em momentos de provações, esses
registros calcados sob formas de energia subconsciente, são evocados pelos
agentes das trevas e passam a assumir inúmeras formas, figuras, pensamentos,
sensações e desejos sedutores. De todas as maneiras, as trevas procuram desviar
a atenção do discípulo de sua caminhada consciente, plasmando-lhe na mente
fortes e hipnóticas sugestões, buscando recolocá-lo na cega corrente das
ilusões da matéria.
Homens de vidas não espiritualizadas são
constantemente seduzidos e estimulados em suas reações de orgulho, vaidades,
egoísmos, ambições, sensualidade, ostentações, etc.
Muitos se deixam prazerosamente hipnotizar pelas
perspectivas de poder e dinheiro, não medindo esforços para as conquistas
destes objetivos. Outros tantos se utilizam de chantagens, meios terroristas ou
violência, entrando num circuito de realizações criminosas onde se tornam cada
vez mais insensíveis ao próximo. E tanto as raízes do mal permaneçam ainda nos
seus íntimos, mais os mentores das trevas buscarão reavivá-las e resgatá-las
para novas e tortuosas realizações.
Transportando as alusões de Arjuna para o momento
atual, vemos abrir cada vez mais o leque de motivos para todos os povos. Ao
nível específico e especial de Arjuna, muitos discípulos lutam e procuram a
remissão de seus erros através da inteligente purificação. Há almas encarnadas
que conseguem se manter entre o céu e a terra. Entretanto, enorme massa
contando bilhões de pessoas já estabeleceu seus próprios limites, preferindo
viver na via esquerda sem desejar trabalhar valores morais qualificados, ou
mesmo não querendo experimentar uma reforma íntima.
Deste modo, as batalhas humanas num campo virtual,
normalmente invisível diante de olhos terrenos, assumem proporções planetárias
num gigantesco palco de permanente guerra entre o bem e o mal. E no fragor das
lutas a humanidade se enche de dores e sofrimentos.
Sim, o momento atual planetário é análogo ao
episódio de Arjuna no campo do Kurukchetra.
28. As lutas e guerras como instrumentos do mal não
sempre existiram, sem que se observassem transposições análogas ao Kurukchetra?
De fato, levantes, revoluções ideológicas pelas armas,
extermínios étnicos e guerras sempre existiram, destacando-se nisto duas
grandes guerras mundiais. As guerras são sempre devastadoras e o ódio que se
acirra estende-se por gerações. Qualquer que seja o
motivo da disputa, as forças do mal estarão agindo desde o início estimulando
destruições e mortandades. Os homens ao inclinarem-se para as armas e ações
brutais, certamente terão antes se inclinado às malévolas sugestões dos gênios
das sombras.
A escolha pelas armas vem revelar a íntima disposição dos
contendores de ver o sangue de seus opositores derramado, e o desejo de
experimentar o sabor primitivo e selvagem de sentirem-se os mais fortes e
dominadores.
Há guerras que vêm inevitavelmente eclodir após diversos
conflitos de ideias, de direitos reclamados ou de argumentos procedentes ou
não.
No entanto, não há situação em que não se devam esgotar
todas as possíveis negociações com o mínimo de prejuízos para as partes
envolvidas. O grande obstáculo nestes casos é o homem não possuir a força
necessária a fim de contrapor-se às hipnóticas e assíduas sugestões das trevas,
vindo revelar sua vulnerabilidade e capitulação ao mal, em detrimento dos
princípios crísticos.
E depois da guerra acabada, com o ceifar de preciosas
vidas, nem sempre com um vencedor pelas armas, tratam de juntar o que restou da
destruição e buscam outras soluções que poderiam a priori ter sido respeitadas.
As duas grandes guerras mundiais vieram trazer à tona
outros importantes elementos de reflexão, não pelo absurdo e poder bélico
empregado pelos combatentes, notadamente na segunda grande guerra, mas pela
necessidade de se estabelecer novos conceitos de vida e fraternidade entre os
povos.
Após a segunda grande guerra, quando o mundo ocidental
viu-se diante de duas principais formas de governo, caíram por terra
pensamentos secularmente estratificados, acelerando-se o desenvolvimento das
várias formas da moderna tecnologia. As decisões políticas, é verdade,
determinaram outros conflitos. Entretanto, os esforços desenvolvidos no sentido
de prover o homem de melhores condições de vida, apesar dos preconceitos e
rigores embutidos nas ideologias socialistas e dos fortes entraves das
organizações dominadas pelos malignos, os resultados acontecidos vieram revelar
novos impulsos nas sociedades. Com isto advieram crescente conscientização
humanitária e anseios de maior liberdade que deixavam de lado preconceitos de
raça, cor, religião ou ideais unicamente políticos-nacionais.
A natureza busca sempre o equilíbrio pelas oposições. As
forças do mal se reorganizaram visando fortalecer células que trabalhassem
contrariamente às intenções de se estabelecer ideais saudáveis entre os povos.
Mas não conseguiram impedir as revoluções ideológicas em favor da liberdade.
Num panorama positivo surgiram organizações mundiais de assistência
humanitária, independentemente criadas, ou antigas que se recrudesciam em favor
da paz, do progresso e da liberdade, dispostas a trabalhar pela ajuda econômica
e igualdade entre as nações.
Este pensamento se constituiu numa grande força que é
suportada pela Fraternidade Oculta dos Mestres do mundo, somente interessada na
evolução humana em todos os setores das sociedades, e ocupada em reconstruir a
natureza planetária. Quem adere a esta força, de uma forma ou de outra vem
também aderir ao coletivo inspirado que busca avançar sempre segundo um plano
universal.
O carma depurativo, por oportuno, vem também servir de
mola propulsora para se obter futuramente melhores e mais apropriadas condições
materiais, e o necessário entendimento espiritual para a revolução mental
pacífica e inteligente prometida para o terceiro milênio.
Os operários da humanidade, em diversos segmentos,
buscam, consciente ou inconscientemente, o entendimento espiritual e
representam, de maneira geral, Arjuna. As forças contrárias e destrutivas são
as realizações negativas desde um passado distante de todos os povos, que ainda
fazem subsistir registros dissonantes na memória e psique coletivas.
A forma objetiva e condensada desta maligna energia
conserva-se como enorme e negro manto a cobrir a Terra nos planos astral e
mental, suportando os adeptos do mal a fim de que se mantenham pelejando no
campo planetário.
29. Os débitos cármicos são resgatados através do
expurgo das energias negativas em situações que de todos os modos acabam por
remeter às doenças?
R. Evidentemente não. São
muitas e diversas as situações de resgates cármicos. Entendemos que pelo menos
99% dos habitantes do globo terrestre estão envolvidos, de uma forma ou de
outra, com carmas depurativos e de outra natureza.
Há carmas que decorrem de ações tais como:
irresponsabilidades, omissões, improbidades, roubos, prejuízos, intenções
dolosas, falsos testemunhos, violência, induções ao erro, estupros, pedofilias,
traições conjugais, sequestros, espancamentos, suicídios, torturas,
mortandades, gulas, más gestões político-administrativas, calúnias, propagandas
insidiosas, magias negras, destruições de patrimônios, malversações contábeis,
locupletamentos do erário público, corrupções e muitas outras.
Embora todos os atos contrários à lei natural do
equilíbrio venham produzir reações e concentrações da energia negativa, nem
tudo virá ser corrigido unicamente através do expurgo por patogenias ou males
físicos.
Insistimos na tese de resgates por sofrimentos físicos
ligados às doenças, pelo fato de ser o mais comum dentre os meios que as forças
da natureza dispõem nas suas ações restauradoras da ordem, ritmo e harmonia
entre os contrários. Há males que são mais longos nas suas permanências, porém
há aqueles que logo desvanecem, dependendo da intensidade da energia contrária
e da força de suas ações.
Os atos e pensamentos de todas as pessoas são plasmados
automaticamente no veículo etérico planetário, chamado éter refletor. Antes
mesmo de o ego reencarnar, os elementos de vida humana já estarão associados ao
ambiente físico de sua futura família, atividades individuais, relações
sociais, profissionais e nas possíveis relações de afinidades ou repulsas. As
energias dos ambientes interagem naturalmente ao exercício das atividades,
quaisquer que sejam, buscando sempre um resultado. As contrárias se chocam,
causando agitações, atritos, tumultos e confusões, enquanto as iguais se
associam em direção ao negativo ou positivo.
Há pessoas que são obrigadas a viver sob o mesmo teto,
nascidas na mesma família, mas que se odeiam, embora necessitem umas das
outras. Acontece toda a sorte de crimes entre pessoas consanguíneas, devido à
permanência de perverso ódio que as permeia cultuado por séculos, quando antes,
noutras encarnações, foram ferozes adversárias. Existem casos de intensos
sofrimentos pelas atitudes de um familiar, ou por sua sorte, que às vezes,
inconscientemente, vêm resgatar injustiças a que foi vítima por seus atuais
parentes, motivando a que a quantidade da energia negativa projetada sobre si
em vidas passadas, provoque reações e desgastes naqueles outrora envolvidos que
o cercam.
Sofrimentos morais originados de terceiros, condenações e
prisões injustas, extenuantes processos judiciários, perdas de bens,
assassinatos inexplicáveis, escândalos, más sortes, traições, acidentes
trágicos, suicídios e todo um contingente funesto de situações diversificadas a
que já nos aludimos, estarão, certamente, resgatando pelo sofrimento e dor, os
débitos estabelecidos nas relações de vidas passadas daquelas pessoas que são
refratárias a um trabalho sistemático de autopurificação, preferindo, em muitos
casos, a inércia espiritual.
Entretanto, em nenhuma das possibilidades aqui elencadas,
estará descartada a contração de males físicos e doenças graves, mesmo porque,
os acontecimentos drásticos provocam também tempestuosas reações emocionais,
externando outras formas cármicas de energias represadas no ego. Daí conduzirem
a situações doentias já amadurecidas ou infortunadamente atemporais.
Da mesma maneira, os instrumentos dos resgates do
carma nem sempre chegarão a realizar um trabalho completo, pois o gênero humano
é ativo e inconstante, e sem possuir a resignação e o melhor entendimento para
os momentos conflituosos, poderão advir novas e maléficas causas que geram
novos débitos.
30. Como interpretar acontecimentos em que as
correntes do bem e do mal se chocam e o mal sai vencedor?
R. O bem e o mal
neste plano de relativização de causas e efeitos na Terra são temporários. São,
evidentemente, oposições, mas nem sempre corretamente interpretadas.
Já acentuamos por diversas vezes que o carma evolutivo,
permeador das vidas de todo o sistema solar, sobrepõe-se a tudo. O carma
planetário está inserido nesta relação absoluta, entretanto atuado pelas mesmas
condições ambíguas de polaridades. Neste panorama incluem-se todas as vidas de
todos os reinos que aqui se desenvolvem.
Na medida em que o ser humano vai crescendo em pensamento
e consciência e se incline aos ensinamentos superiores, virá colher ideias
trabalhadas pelos mentores espirituais sobre o Criador, vida, morte, família,
grupamentos, etnias, raças, nações e relações gerais da sociedade, quer
materiais ou espirituais.
Os grandes mentores espirituais já talhados por inúmeras
interpolações planetárias ao longo da evolução da Vida em nosso universo se
retiraram parcialmente do cenário terreno em determinados ciclos da evolução
universal, após intenso trabalho, deixando que os homens guiassem-se por seus
naturais instintos e memória dos ensinamentos adquiridos. Em proporções e
medidas o trabalho por eles realizado em todos os quadrantes da Terra, veio
semear nas consciências humanas propósitos e metas a serem alcançadas pelos
grandes coletivos populacionais.
Os seres humanos, entretanto, nem sempre souberam
aproveitar as diretrizes corretas e seguras que lhes foram sugeridas para o seu
desenvolvimento e avanços. Daí, resolverem eles próprios fazerem suas próprias
leis pela via dolosa e normalmente legislando em causa própria, protegendo aos
mais fortes e poderosos.
Com isso, valores de melhor conteúdo, que certamente
levariam os homens a avançar com maior segurança aos objetivos adrede
projetados pelos mentores, não foram sequer exercitados, ficando praticamente
esquecidos.
O carma não perdoa a ignorância. De todos os modos ações
e reações se sucedem e valores relativos se sobrepõem uns aos outros. Em ocasiões,
a aparência do bem está disfarçada em mal e vice versa. Para que se procure
entender o que é bem e o que é mal, é necessário tomar-se de volta o fio da
meada e retornar ao princípio.
O princípio é a reflexão tomada das revelações
espirituais provindas do Alto, sob qualquer forma que se apresente para cada
povo.
31. Por que a energia negativa para uns passa pelo
expurgo enquanto para outros tem a polaridade invertida?
R. Isto varia de casos a
situações, não sendo de forma alguma processo discriminatório.
Os efeitos cármicos que produzem as mais diversas doenças
no corpo etérico e se materializam no corpo físico denso, como sabemos, são
consequências das energias negativas acumuladas ou mesmo entranhadas nos
interstícios dos corpos astral e mental.
Quando um tipo de energia se precipita, por exemplo, das
células doentias do corpo astral para o corpo etérico, passa a agir neste
último procurando órgãos e estruturas afins, iniciando o processo de formação
patogênica. Neste instante, o corpo físico já é potencialmente receptor da
energia, pois a materialização dos efeitos cármicos é somente uma questão de
tempo. A doença se instalará nos órgãos ou estruturas físicas pelo tempo em que
perdurar a relação de transferência da energia destrutiva do corpo etérico para
o físico. Quando a energia é por demais corrosiva logo se espalhará pelos
órgãos afetados, destruindo rapidamente células saudáveis, causando feridas,
tumores, cancros, miomas, contaminações sanguíneas e outros problemas.
Recursos médicos com doses fortíssimas de antibióticos,
radioterapias, quimioterapias, operações com extirpações parciais ou totais de
órgãos, são frequentemente utilizados. Nestes casos, não há mesmo como a
medicina evitar que a energia corrosiva atinja o corpo físico, ou cesse de
atuar através de aplicações mais brandas. O expurgo é evidente, embora nem
sempre chegue ao fim com os métodos convencionais da medicina terrena.
A inversão da polaridade negativa para a positiva se dá
pela sabedoria oculta. Realizam-na métodos esotéricos desconhecidos pelos
mestres da ciência terrena e medicina alopática, mas conhecidos por certa
categoria de terapeutas iniciados nesses assuntos do ocultismo.
Todavia, esta ação não teria sucesso se aplicada para
todos os casos, porque se assim acontecesse se estabeleceria um paradoxo na lei
de causa e efeito e nos princípios axiomáticos das práticas do ocultismo.
Muitos estudantes e praticantes da ciência oculta,
mediante ação mental dirigida sobre seus órgãos prestes a adoecer, ou sofrer
disfunções, conseguem, em determinadas circunstâncias, alterar o curso da
energia ao inverter sua polaridade. Assim, evitam a formação de núcleos
patogênicos, escapando das materializações dos males no corpo físico denso.
Nesta linha, devemos também ressaltar as atuações dos
mestres da sabedoria e da medicina do plano espiritual, que vindo em socorro
dos sinceros trabalhadores, conseguem, também, em casos eletivos, evitar-lhes
certos efeitos causados pelo retorno da energia cármica. Realizam aqueles mestres
a inversão não somente da energia negativa para a positiva, como o oposto
quando necessário, segundo os princípios universais do equilíbrio dos
contrários.
32. A extirpação de órgãos doentios faz cessar de
imediato as ações da energia cármica negativa no corpo físico?
R. Nem sempre. Quando um órgão é retirado do corpo humano
a energia maligna tumoral perde o seu ponto de referência na matéria densa. Mas
havendo ainda intensidade e condições de se manifestar virá se alastrar por
outros caminhos. Em ocasiões, devido a seu menor potencial destrutivo, a
energia maligna não encontra respaldo por que o tratamento realizado pela
medicação terrena produziu dissoluções frequentes, contrárias à sua permanência
nos órgãos afetados.
Há casos, porém, em que a ação cármica é de tal sorte
determinante, que apesar da extirpação de órgãos, a energia, de várias
maneiras, virá provocar dores, febres e desconfortos ao atacar células
sanguíneas. Ao infiltrar-se pelos interstícios de outros órgãos irá também
localizar-se noutras áreas, e sendo ainda de ação intensa virá configurar-se em
novos tumores em tipos de metástases.
Noutros casos, muitas pessoas não têm seus problemas
definitivamente resolvidos diante da lei cármica através da opção drástica da
extirpação de órgãos. A ação deletéria da energia maligna num determinado órgão
poderá estar postergada para uma próxima encarnação em que os mesmos efeitos novamente
se manifestarão. Isto porque o dreno não chegou ao seu final, restando ainda
cotas da energia no organismo etérico.
33. É possível de outro modo obstar os efeitos
cármicos negativos antes deles se manifestarem?
R. Dependendo de alguns fatores, a
lei de retorno que se processa naturalmente nos momentos eletivos, pode
encontrar obstáculos nos seus efeitos negativos, sendo estes atenuados ou mesmo
neutralizados.
Neste campo a medicina natural e a homeopatia, isentas
das fortes doses da medicação alopata e cirurgias extirpadoras, e a medicina do
mundo espiritual em ação na Terra, através dos recursos mediúnicos, têm
conseguido muitos resultados animadores.
Nada numa vida se perde no tempo ou espaço; tudo o que
uma consciência processa permanece no interior de seu universo pessoal, e este
universo estará respondendo aos influxos de toda a natureza.
Dentro deste princípio real e verdadeiro é possível no
lado positivo desviar-se certos malefícios através de inteligente e ativa
espiritualização. Quando isto ocorre, a boa energia gerada pelo ego
contrapõe-se à energia contrária e negativa. Mas a conscientização e realização
prática são somente possíveis com ajuda externa para a cristificação da alma
terrena.
As pregações emotivas de ministros religiosos, que
encontram guarida em muitos corações, não resolvem verdadeiramente os problemas
cármicos. Há a necessidade de se colocar em prática uma metodologia de fácil e
rápida assimilação que faculte realizações objetivas. Ademais, para que o organismo
se revitalize com a energia positiva é necessário ao ego entrar seguidamente em
salutares correntes espirituais sob competente orientação.
Esta realização pode ser encontrada em casas esotéricas,
ou de trabalhos mediúnicos, onde não existam dogmas religiosos aprisionantes, e
as práticas mentais e correntes de curas conduzam de fato a novas e relevantes
aquisições.
34. Como entender melhor o universo pessoal como
gerador de elementos cármicos?
R. Observada de
fora, a aura humana é a projeção das diversas emanações de energia dos corpos
da personalidade. Quando o ego externa a intenção de realizar algo no mundo
físico, a energia mental empregada produz uma forma relativa ao objeto
intentado. Logo as correntes do desejo virão revestir a forma com matéria
astral. Tanto mais o pensamento exercite a intenção de realizar, mais
firmemente a forma virá fixar-se na aura do ego.
Sendo para o bem ou para o mal, a energia concentrada na
forma construída estará normalmente direcionada para um alvo, e o tendo
atingido retornará para a mesma forma em volume redobrado. Esta relação
estabelecerá o movimento de ação e reação na aura do ego onde a forma ali se
encontra. Daí, a energia salutar ou não, agregada em torno da forma e segundo o
princípio axiomático oriental “a energia segue o pensamento”, se
infiltrará à vida íntima atraída pelos constantes pensamentos sobre o objetivo
intentado, e por conduto do sistema de chackras se localizará nos órgãos dos
corpos sutis do ego.
Assim se estabelece um dos mecanismos internos de ação e
reação ou de causa e efeito, que determinarão ao ego consequências presentes ou
futuras, consubstanciando bom ou mau carma.
35. O carma se manifesta desde a infância?
R. O carma é fator e
agente implícito à vida em qualquer estágio que se encontre. Considerando que
milhões de anos se passaram neste ciclo terreno desde que o homem aqui surgiu,
este mesmo carma evolutivo se mantém norteando a evolução humana e planetária.
Neste processo todas as consciências ao renascerem na
carne já trarão os seus destinos delineados segundo suas naturais inclinações e
necessidades experienciais. A infância de uma vida reencarnada não significa um
período de pausa ou interrupção no seu processo cármico.
Já na fase pré-encarnatória o carma especialmente
balanceado para uma consciência estará perfeitamente alinhado e coordenado para
se manifestar em tempo certo.
No útero materno, quando da formação do embrião e nas
etapas subsequentes ao crescimento uterino, o corpo carnal é modelado pelos
elementais da natureza e assistido por mentes sábias. Há um cronograma a ser
seguido rigorosamente a fim de que a matéria dos corpos sutis, servindo de
tabernáculo ao ego, venha estar ajustada a tudo quanto o carma requeira.
A condição de ter nascido naquela família já evoca uma
situação cármica. O pequeno corpo será bem cuidado ou não; sofrerá maus tratos,
pequenos acidentes, fraturas, violência, abusos, fome, sede, etc., ou, ao
contrário, não padecerá obrigatoriamente desses males, obtendo todas as
atenções e cuidados de seus responsáveis para um crescimento normal e salutar.
Estes fatores revelam que o carma físico já vem norteado
desde antes do nascimento do corpo material, mesmo porque há corpos que nascem
doentios, com sérias deficiências mentais ou orgânicas.
Entretanto, o ego até certa fase de sua vida, não terá a
menor condição de interferir no carma. Seus elementos emocionais e mentais
somente começarão a realmente se definir como heranças de sua índole e vontades
pretéritas, a partir dos sete anos de idade.
Dos sete aos catorze anos o ego desenvolverá plenamente o
corpo etérico, paralelamente ao crescimento do corpo astral já bastante atuante
na personalidade em formação. Nesta fase o ego começa a liberar sua carga
emocional, provocando na criança e no jovem os primeiros conflitos existenciais
e de consciência.
Dos catorze aos vinte e um anos o corpo astral atinge o
seu maior desenvolvimento, e as emoções plasmam-se definitivamente no cérebro
astral.
Dos vinte e um aos vinte e oito anos o corpo mental
interage agora com maior potencialidade, acontecendo de a dualidade mente
concreta x emoções atingir momentos de profundas crises.
Dos vinte e oito aos trinta e cinco anos, abre-se maior
polarização ao corpo mental abstrato e a intuição se revela mais claramente.
Daí em diante a Alma estimulará as condições mentais mais maduras com que o ego
necessitará trabalhar, segundo seu carma.
36. Como o carma evolutivo atua no ego?
R. Em fáceis
palavras, o carma evolutivo humano é o conhecimento adquirido naquilo que a
consciência possa entender de valor e exercitar produtivamente. A natureza é
extraordinariamente lenta nas suas transformações e isto resulta em tempo mais
do que suficiente para que uma vida venha se ajustar, aprender e incorporar
experiências em diversas encarnações.
Em todos os ciclos evolutivos da humanidade terrena a que
pertencemos, iniciados há mais ou menos 20 milhões de anos na Lemúria, Mestres
das Hierarquias Solar e Planetária vêm trabalhando com o objetivo de ajudar a
consciência humana. As raças raízes que vieram surgindo na Terra, cada uma com
sete subraças, propiciaram necessários instrumentos para as aquisições de
valores por todos os povos. Qualidades morais e fraternais, religiosas e de respeito
à natureza foram bastante exercitadas ao comando dos mentores das raças.
À medida que os ciclos das civilizações se sucediam, os
valores adquiridos tornaram-se cada vez mais bem trabalhados por aqueles que
caminhavam na vanguarda. Justamente porque a mente se desenvolvia e o intelecto
passava a nortear o pensamento filosófico, científico, artístico, religioso ou
econômico, em qualquer nível alcançado pelos povos.
O carma evolutivo humano se escora no planejamento
original da Mente Universal ou Logos Criador, em que novos arquétipos ou
matrizes do pensamento, de tempos em tempos necessitam ser exercitados em
níveis mais avançados. As ações são calculadas e postas em prática nos períodos
revelados pela cronologia cósmica, de acordo com os giros do grande zodíaco,
desconhecido ainda na sua plenitude pelos astrólogos.
Os arquétipos, aos seus níveis planetários, sob os
impulsos cósmicos cíclicos, incorporam energias que postas a trabalhar
despertam novas visões nos homens avançados das raças, transformando-se assim
em agentes do próprio carma. Novas ideias arquetípicas são então trabalhadas no
sentido de que todas as vidas humanas planetárias entendam-nas da melhor forma
possível, as incorporem e as pratiquem, e ao longo dos anos provoquem mudanças
significativas para os objetivos adrede planejados na Mente do Logos.
37. O carma evolutivo vem transcorrendo conforme
planejado?
R. Na realidade a
consecução do Grande Plano da Criação prevê no seu curso situações
diversificadas.
Considerando que o planeta avançou em seu carma evolutivo
com a chegada de Sanat Kumara, provindo de Vênus, não poderíamos de outro modo
contestar este paradigma.
Sem a presença deste extraordinário ser na direção da
vida planetária, provavelmente esta humanidade estaria ainda a pouco mais do
período lemuriano. Sanat Kumara proporcionou intensa aceleração ao processo
evolutivo de todos os reinos e isto trouxe às vidas status bem mais avançado do
que outras situações poderiam permitir.
Entretanto, nos próprios modelos seguidos pelos mestres
das hierarquias atuantes na vida planetária, há sempre previsões de margens ou
percentuais de bom aproveitamento ou de insucessos.
O ideal seria que todos os esforços concentrados no
esquema evolutivo resultassem no maior aproveitamento possível. Mas a incúria
humana verificada em muitos episódios da história das civilizações provocou
fracassos nas realizações terrenas, redundando em atrasos e débitos cármicos
para os povos.
38. Como entender
melhor esta última referência?
R. O esquema de evolução mundial segue um
planejamento ainda maior que vem de fora e se desdobra pela cadeia planetária.
Conforme já vimos, a Terra é um dos sete planetas
constitutivos de sua cadeia e neste momento recebe o maior enfoque do processo
evolutivo dentro da própria cadeia. Grande número de vidas em todos os reinos
que estão na Terra representam os sucessos e insucessos verificados numa outra
cadeia que se manifestou anteriormente a esta, chamada cadeia lunar. Há bilhões
de vidas humanas que necessitam ainda se ajustar aos ditames do carma
evolutivo, estando sob várias situações de resgates cármicos decorrentes de más
condutas desde os tempos lunares.
Somando-se a elas há vidas recentemente egressas do reino
animal que entraram no reino humano se individualizando durante o período
atlante, contando muitos milhões. Muitos já passaram da fase animal-homem,
embora não tenham ainda armazenado suficientes experiências que as possam
habilitar a edificar uma alma terrena vibrante e responsiva aos valores
superiores. Grande parte dos desajustes sociais no mundo está ligada hoje a um
percentual destas vidas imaturas, problemáticas, insubordinadas e criminosas.
Em
futuro, a Vida hoje ancorada na Terra irá transferir-se para um novo planeta de
sua cadeia, depois para outro, até que se complete este giro da cadeia.
No entanto, bilhões que se atrasam, ou que sendo imaturos não podem
conviver com os demais, terão de aguardar por novas condições.
Estas condições vão desde períodos de reciclagem na própria Terra, idas para
outros planetas dentro ou fora do sistema solar, às permanências estacionárias
em planos da vida espiritual e na pior das condições, tendo se esgotado as
opções para seus reajustes neste giro ou ronda, ficarão em estados letárgicos
de suspensão total nas colônias das dimensões superiores, em tempos que podem
durar milhões de anos terrenos, até que novo giro da cadeia aconteça e possam
recomeçar suas caminhadas do ponto em que pararam.
Se as previsões otimistas ao final se confirmarem, um percentual maior de vidas
terá alcançado as diversas metas traçadas para este giro, permanecendo em
atraso um percentual menor. Caso contrário, a cadeia precisará novamente
conviver em alguns níveis de seu cronograma, com maior percentual de vidas
estagnadas ou indolentes.
39. De que maneira acontece a entrada de vidas
animais na vida humana terrena, para se tornarem animais-homens?
R. Este é um
fato comum numa cadeia planetária como da Terra, contrariando fundamentalmente
às teorias esdrúxulas de antropólogos céticos materialistas.
A Vida dimanada do
Logos, que se pluraliza por conduto de reinos, está adstrita ao carma evolutivo
a que o planeta Terra se inclui. Tudo evolui rumo aos objetivos maiores
concebidos pela Mente do Deus Criador. As situações estanques verificadas nos
desdobramentos dos ciclos planejados para as experiências das vidas, não são
permanentes nem se cristalizam para condições irreversíveis, muito embora a lei
da evolução cíclica ao longo de bilhões de anos retorne sempre para dissoluções
de egos empedernidos e irremovíveis de suas condições materialistas.
As experiências
adquiridas pelas vidas de todos os reinos habilitam-nas a avançar de um reino
para outro, somando valores e ampliando as percepções de suas consciências. As
mesmas vidas que um dia estiveram submersas à pressão exercida pela alma
energética mineral, sendo hoje humanas, estarão a desfrutar das possibilidades
de poderem avançar conscientemente para o reino das almas planetárias.
Tendo adquirido
as experiências do reino animal as vidas se habilitam a pular para o reino
hominal e a prosseguir em suas caminhadas com outras perspectivas de valores.
Este acontecimento no planeta Terra deu-se na metade do período atlante, onde
milhões de vidas animais se individualizaram, encarnando sob a condição de
animais-homens.
40. Como entender melhor, vidas e reinos sob o
carma evolutivo?
R. Vidas
são mônadas originadas do Criador que manifestaram suas consciências quando da
construção do sistema solar. São também chamadas espíritos puros que vieram
habitar os mundos criados pelo Logos a fim de adquirir experiências que ainda
não detinham. Cada vida, cada consciência em evolução inserida no Grande Plano
da Criação, que chegará ao reino humano como alma é uma mônada. Cada um de nós
– almas em evolução – é uma mônada.
A Vida, no
entanto, não se resume tão somente nos processos desenvolvidos para que as
mônadas se enriqueçam. A Vida é mais ampla e prolixa, compreendendo matéria,
espíritos, formas diversas de consciência sem ligações com mônadas, reinos,
energias, forças, leis cósmicas e tudo mais que permeia o sistema solar e o
universo maior.
À visão simplista
esotérica, o sistema solar é o universo onde enormes contingentes de vidas
exercitam valores sob certos parâmetros, onde consciências monádicas
desenvolvem valores objetivos e subjetivos e se identificam com os diversos
aspectos da existência, através do conhecimento.
No entanto, sabem
também esotéricos que há um plano definido e em andamento, idealizado pelo Deus
ou Logos Criador para o sistema solar. Este plano é comumente chamado O Grande
Plano da Criação. E até onde sabemos tem por objetivo levar a Vida a um estágio
bastante superior ao atualmente alcançado. Este estágio, por falta de melhor
termo para sua definição, seria algo como incorporar maior qualidade e
potencial da força criadora no próprio sistema solar.
A Consciência do
Criador é soberana, não havendo a menor possibilidade de que exista algo não conhecido
ou não percebido por Ela dentro dos limites de seu círculo de manifestação. A
Vida implícita no círculo da existência do sistema solar é que necessita
adquirir maior volição voltada aos objetivos projetados e, desta maneira,
responder mais precisamente aos impulsos evolutivos emanados do Criador.
A Vida Una na sua
origem, antes da criação, é espírito-e-matéria numa só expressão. Após a
criação, espírito-e-matéria vêm adquirir aparente separatividade, ou mesmo
oposições. Estas necessárias e temporárias condições se estabelecem enquanto as
forças descendentes e ascendentes vêm permear os mundos segundo o pensamento
criador.
A Vida que desce
necessita desenvolver objetivamente certas qualidades subjetivas inerentes a
ela própria em estados latentes e à matéria sustenedora dos mundos, mas para
estas finalidades há que realizar-se sob injunções de fatores de ação e
movimento e suas decorrências. Para tanto, o Criador pluraliza a Vida virginal
trazida à existência, transformando-a, dentre outras coisas, em reinos.
As pluralidades
de vidas trazidas aos reinos, neles se interiorizam e evoluem através de um
pensamento-forma quantitativo que permeia às espécies nas suas miríades de
formas e assim vão transformando a matéria.
O esforço
quantitativo vem produzir o exarar de substratos qualitativos impulsionando os
reinos para novas aquisições em suas almas, fazendo-os cumprir seus papéis no
cenário da evolução.
O gigantesco
processo de vida-reinos-ciclos, sob os impulsos do que estamos chamando carma
evolutivo, resume parte do Grande Plano da Criação atualmente em
desenvolvimento em nosso planeta, instituído em nossa cadeia planetária,
adstrito às leis cósmicas em atuações conjuntas noutras nove cadeias.
41. A que outros aspectos do carma evolutivo o
ser humano vem inserir-se?
R.
Conforme vimos seguidamente afirmando, a Vida é permeada pelo carma evolutivo
desde os primórdios da criação. Não se entenderia outra razão para a existência
da Vida, se nela mesma não houvesse um móvel diretivo único que não fosse a
imanência do Criador ao estabelecer um Grande Plano de Criação sob leis cósmicas
imutáveis. À medida que o ser humano avança em consciência, seu carma evolutivo
vai se moldando aos ciclos e períodos que permeiam a vida planetária.
Abordamos alguns
tipos de situações decorrentes do carma negativo, originados pelas ações mal qualificadas
das vidas humanas. As situações vivenciadas por bilhões de pessoas, que
trouxeram consequentes débitos nas compensações das relações naturais, obrigam
a essas pessoas agir sob condicões tais que provoquem resultados contrários aos
alcançados por elas mesmas. Assim o que resultou das más ações precisará ser
reconduzido a um caminho natural e harmônico.
Os mentores
espirituais, Mestres do Conhecimento, já suficientemente treinados a tratar de
situações individuais e coletivas, são em ocasiões os próprios juízes do carma
humano. Deste modo, eles também surgem na Terra ora a fim de estabelecer novas
metas para o progresso e evolução das raças, ora com o intuito de preparar
servidores mais habilitados, emergentes da própria humanidade, que venham desenvolver
projetos de regates cármicos coletivos ou de abertura de novos caminhos.
Sob a clareza
deste ângulo, temos o carma evolutivo humano jamais cessando de atuar,
adquirindo sempre novas e diversas perspectivas em que as vidas vêm nelas
moldar-se e trabalhar. Ipso facto para todo o planeta, cadeia planetária e
sistema solar.
42. Como
classificar esses segmentos do carma humano?
R. Podemos
classificar e definir objetivamente da seguinte maneira:
1. Carma
Evolutivo – Móvel imanente a todas as vidas do sistema solar que as impulsiona
a realizar a Grande Meta pré-estabelecida no Plano da Criação. Esta Grande
Meta, ainda desconhecida na sua real essência, simbolizando o Enigma da Vida,
necessita ser trabalhada em nosso esquema planetário em decorrentes ciclos e
etapas, a cujos ajustes e compensações as próprias vidas aqui manifestadas
necessitam submeter-se.
O Carma Evolutivo
tem sua consecução em Anima Mundi, que vem permear o universo, codificando
valores e estabelecendo atributos e condições a fim de que as vidas possam
evoluir.
O Carma Evolutivo
jamais retroage por que está regulado por leis perfeitas que abrangem e dominam
a totalidade da existência espírito-matéria que os determinam avançar. Assim,
no plano geral, pode a matéria parecer estagnada no tempo, mas na verdade
estará maturando qualidades nas dinâmicas oposições dos ciclos evolucionários.
[Embora no espaço-tempo o carma obrigue vidas
estacionárias e insipientes a desmontar seus “invólucros-almas” (corpos do ego
inferior) desnudando-as de valores cristalizados obstrutores, remetendo-as de
novo às essências primárias elementais do arco involutivo para novas retomadas
em talvez bilhões de anos terrenos (*), essas “retro-voltas”, drásticas, mas temporárias,
são, na realidade, legítimos instrumentos agenciadores do carma para
saneamentos e auxílios às mônadas falentes no panorama geral do processo
evolutivo].
(*) A
contagem aqui mencionada não inclui unicamente o tempo terreno no
nosso espaço-tempo. Imaginamos também o tempo fora da contagem terrena quando
as Ondas de Vida sobem o arco da manifestação física e migram para planos
superiores onde a velocidade da contagem terrena se perde em referências
aritméticas conhecidas. As trajetórias das Ondas de Vida em planos superiores
também avançam para ciclos não-tempo e quando vidas retornam ao cenário terreno
em novas reencarnações a computação novamente recomeça em paradigmas conhecidos.
Portanto, milhões e/ou bilhões de anos terrenos podem ter passado até que essas
voltas de vidas não remidas de seus carmas novamente aconteçam nos cenários do mundo físico denso.
As vidas –
repetimos – são matéria num determinado estágio; são matéria-e-espírito noutro
estágio posterior; são espírito numa dimensão mais elevada; e finalmente
espírito-matéria reunificados e realizados no pensamento e consciência do
Criador.
2. Carma Devedor
– Também chamado carma negativo, de débitos, depurativo, retificador, de
resgates, etc., adstrito unicamente ao ser humano por sua capacidade de pensar
e agir.
Enquanto o ser
humano é o coletivo que não despertou ainda significativos valores mentais e
não se ligou a uma consciência diretora, o seu destino será conduzido pelas
leis naturais agindo na sua inconsciência. Neste particular, as leis naturais
provocam naquelas vidas primárias forte atração onde vem normalmente existir a
necessidade de compensações.
As compensações
são processadas através das relações duais de causas e efeitos, estabelecidas
num quadro de variações restritivas de acordo com os limites máximos e mínimos
de ação e movimento, permitidos a tais vidas pelas leis de sobrevivência. O
resultado que este mecanismo produz é a permanência compulsória de coletivos
humanos imaturos naqueles seus estágios evolutivos terrenos, com relativo e
controlado carma, e sem o quê não haveria condições de as vidas se manterem
ancoradas aqui na Terra.
Quando os coletivos evoluiram o suficiente a
ponto de começarem a edificar egos, o processo cármico toma outra direção e
sentido, passando a transferir responsabilidades pessoais. A partir daí cada um
vê-se diante de suas próprias decisões e destino, começando propriamente sua
caminhada cármica nas conotações positivas e negativas.
Surgem então as inevitáveis distorções nas
aplicações das leis da natureza em si mesmos, originando a necessidade de maior
dinâmica de forças para as relações de equilíbrio entre os contrários.
Tanto uma vida
quanto bilhões delas estejam incursas nas mesmas variações cármicas de ação e
movimento, as compensações precisarão ser buscadas nas soluções naturais.
No entanto, há vidas
que se antecipam, representando adernamentos indevidos, como, por exemplo,
certas categorias de animais-homens que se individualizam sob injunções
mentais-emocionais fortemente impregnadas de ódio e sentimentos desagregadores,
que não se alinham com as vidas recentemente encarnadas na Terra no quadro
geral. Estes, por suas índoles problemáticas para as sociedades, certamente
irão desde logo gerar fortes energias negativas que lhes despertarão mais cedo
os mecanismos primários da consciência e o carma.
3. Carma
Missionário – Estratificado do carma devedor, vem oferecer possibilidades de
emergentes ações voluntárias para àquelas vidas ainda incursas em débitos, sob
a orientação das Vidas Maiores, isentas de carma terreno.
O Carma
Missionário outorga possibilidades de produzir elementos de energia e força que
desenvolverão determinadas situações saneadoras ou de incrementos de valores.
Está destinado para benefícios de individualidades, grupamentos e coletivos
nacionais e mundiais.
O Carma
Missionário, em primeira grandeza, por isso mais raro, abarca e envolve as
Vidas Maiores que necessitam vir a Terra em determinados ciclos do
desenvolvimento planetário, para missões extraordinárias e de suma importância.
O Carma
Missionário abrange também as vidas saídas da humanidade terrena, que tendo
avançado nos seus carmas pessoais vêm seguidamente encarnar-se no papel de instrutores
e mestres, com o objetivo de guiar populações mundiais.
Outras vidas de
menor grau evolutivo, naturalmente incursas em débitos cármicos, podem também
ser designadas a desempenhar papéis missionários, com a promessa de terem a
possibilidade de esgotar os seus débitos em menos tempo.
43. Em que situações é possível distinguir um
tipo de carma de outro, segundo esta classificação?
O carma
evolutivo sobrepõe-se a tudo porque é a própria essência da Alma Universal,
agindo incessantemente em direção ao objetivo maior da existência.
Basicamente o
carma humano se desdobra a partir do individual, do familiar, do grupal, do
racial, do nacional, e do mundial. Estas variações são o segmento de uma
sequência natural nem sempre em ordem crescente num panorama evolutivo de
integração.
As vidas marcham
sempre em blocos segundo os estágios onde se encontram a que necessitam se
submeter. Os reinos, cada um, recebem uma grande onda de vida, que se pluraliza
em tipos e espécies para ações conjuntas. Bilhões de vidas, ativadas por suas
respectivas mônadas, virão juntas aparecer mais tarde no cenário terreno já
como animais-homens. Daí evoluírem em consciência até chegarem a super-homens
no plano geral humano.
Nesta escalada,
as vidas adquirem e desenvolvem seus carmas, mas os vivem também
individualmente, embora pertençam a uma só onda e como tal conjuntamente
estejam destinadas a evoluir. Cada vida formada e desenvolvida como alma, virá
atingir a condição liberta tornando-se UMA com a Grande Alma sem, no entanto,
perder a individualidade.
A distinção de um
carma voluntário em relação ao carma devedor é de relativa clareza, pois
demonstra que vidas missionárias se sacrificam para levar adiante interesses
maiores e distintos de seus interesses pessoais, em prol de grandes coletivos
ou da humanidade em geral. Na atualidade, nas várias áreas de atividades de
nossa sociedade, encontram-se vidas ao desempenho de seus papéis de relevâncias
cármicas, não importando suas crenças e profissões, ao mesmo tempo em que estão
a lapidar pessoais valores.
44. O que se poderia dizer a mais da consciência
das mônadas?
R. Mônadas
são espíritos puros que já existiam no Logos antes da criação e vieram habitar
o sistema solar desde o início de sua manifestação. As mônadas são conhecidas
como unidades de consciência, e a par de necessitarem colher experiências nos
mundos criados, atuaram em auxílio ao Logos na organização do processo
evolutivo. Os mundos Adi e Anupadaka, chamados também, respectivamente, de
divino e monádico, são os campos de atuação das mônadas.
As mônadas têm
perfeita consciência de seus mundos e de seus poderes para agir, mas não podem
descer abaixo de Anupadaka. Como necessitam estabelecer contatos com os mundos
inferiores, edificam corpos ou veículos para essa finalidade. Assim, através
destes corpos que constituem as fisiologias do ego superior e do inferior,
conseguem transferir energia e força, mas realizando e colhendo almejadas
experiências.
Cada vida humana
manifestada na Terra como alma, suportada por leis antagônicas da natureza, é
essencialmente uma mônada ou espírito puro. Estas leis precisam ser vencidas
pela sabedoria e amplitude de consciência de egos, a fim de que sejam
alcançados outros padrões vibratórios que tornem as mônadas mais ricas pelas
experiências aquilatadas.
45. O que é um Carma Nacional?
R. Uma nação é a soma de todos os
indivíduos, famílias, grupamentos e segmentos étnicos-raciais que vivem em seu
território sob limites geográficos nacionais, ou fora deles, expressando,
respectivamente, mesmos elementos culturais e idiomas próprios. Esta
generalidade detêm segmentos adicionais de portes mais explicativos e elásticos,
pois um país pode abranger mais de uma nação, e possuir mais de um território
com seus elementos atávicos, culturais e naturais, algumas vezes heterogêneos,
porém sob a organização de um só Estado.
Ao referirmo-nos
ao Carma Nacional e para não causar confusões citaremos a figura de um país por
nele ser possível haver mais de uma nação.
Um país pode possuir
um ou mais governantes – como é o caso de monarquias – que regem os seus
destinos e determinam os rumos da economia segundo diversos fatores. Um destes
fatores é o solo para cuja exploração e mercantilização de seus produtos, sob
quaisquer formas, acabamentos ou de insumos industrializados, o governo precisa
deter a soberania.
Relativamente à
composição racial, há carmas distintos e variados de mútuos e múltiplos débitos
por laços consanguíneos ou de atrações entre egos não consaguíneos de
diferentes origens e etnias.
As
idiossincrasias de um povo não se restringem unicamente às tradições ancestrais
herdadas dos primitivos e autóctones habitantes dos territórios nacionais, quer
fossem eles de uma só etnia, ou de longínquos caldeamentos com outros ramos
étnicos.
Consideram-se
também outras misturas culturais e étnicas mais recentes, sejam elas com raças
invasoras ou com grupamentos imigrantes que se estabeleceram nas mais diversas
regiões dos territórios nacionais, gerando com isso novas características
genéticas subraciais nas populações.
Às variações
cármicas de um povo vêm se misturar o carma do próprio país – o Carma Nacional –
que é justamente o papel que o país está destinado a cumprir no cenário
evolutivo mundial.
Esse Carma Nacional
está relacionado diretamente com a Personalidade Nacional e com os muitos
elementos ligados à energia e força implantados nos seus territórios,
associados às condições e possibilidades terrenas de seus reinos mineral,
vegetal, animal e humano.
Assim, um país
com o decorrer de séculos, vem modelar a sua própria Personalidade Nacional,
cujas energias vão interargir com aquelas dimanadas de outras entidades ou
países.
46. De que maneira acontece a edificação de uma
Personalidade Nacional?
R. Há
países cujas índoles de seus povos ressaltam de modo mais destacado as
tradições e pensamentos desenvolvidos por um tipo específico de Energia-Forma.
Normalmente uma Energia-Forma num país de milhões de indivíduos de integração
étnico-racial sobremodo homogênea é mais poderosa e se sobrepõe,
quantitativamente, aos demais coletivos populacionais do país, de culturas e
pensamentos diferentes.
A tendência
natural é que esta Energia-Forma mais poderosa ao influenciar as demais de
menores expressões quantitativas as adicionarão e constituirão no conjunto uma
totalidade nacional.
Isto não
significa que as outras culturas devam ou irão necessariamente desaparecer. Há
diversos casos em que um país possuindo significativamente duas ou mais etnias
consegue manter vivas aquelas seculares ou milenares tradições, nascidas
naqueles mesmos territórios, ou trazidas de seus países de origem, alimentadas
por suas respectivas Energias-Formas. Essas etnias de fortes tradições que não
se deixam absorver, senão em porções, estarão, não obstante, adicionadas e
constituindo a Personalidade Nacional do país, e também influenciando outras
culturas.
47. Como uma Energia-Forma se constitui?
R. A Energia-Forma
de que tratamos, considerando todos os indivíduos, famílias, grupos, segmentos
étnicos e étnicos-raciais adaptados em parte ou completamente ao modus vivendi
daquele país, é verdadeiramente uma alma coletiva de energia amalgamada numa só
expressão que se externa como elemento importante na formação da Personalidade
Nacional.
É mais ou menos
análoga à particular egrégora de uma organização esotérica, cujo conteúdo vem a
ser a soma das energias astrais e mentais geradas por determinado coletivo.
Uma egrégora é
criada segundo técnicas ocultas de exercícios astrais e mentais conscientemente
dirigidos para aquele objetivo. A Energia-Forma de um país, no entanto, se
constitui e se desenvolve com maior generalidade, pela resultante das ativações
dos vários elementos emocionais e mentais envolventes às suas culturas
populares, estimulados pela energia e força de seus longínquos troncos raciais.
Do ponto de vista subjetivo são as colorações
primevas de almas, adicionadas a fatores interagentes de ancoragens étnicas
diversas que resultam em mesclas de vários tons, onde as mais fortes e
dinâmicas, sob diversas circunstâncias da civilização e de heranças genéticas,
são as dominantes.
Os tipos psicológicos
de mesmos troncos e ramos raciais têm em comum padrões idênticos ou aproximados
de pensamento e de reações emocionais que vêm conformar, na média, suas características
culturais e civilizatórias básicas. Os fatores de suas colorações primevas de
alma geram elementos germinais que se desenvolvem em tendências naturais na
vida humana, configurando-se e imprimindo-se como arquétipos na memória atávica
dos povos para futuramente se condensar.
Em tipos específicos de energia, acabam por se
transmitir ao gene familiar nas suas gerações sucedâneas, e como energia geral
e dissiminada transitam da família à nação e vice versa, resultando interna e
externamente em características gerais de uma Entidade.
Cada indivíduo é
ao mesmo tempo agente ativo e passivo da Entidade, porquanto, consciente ou
inconscientemente, contribui-lhe com sua pessoal energia e necessariamente
incorpora da Entidade sempre que provoca pensamentos e emoções a ela associados.
A Entidade se
externa como Personalidade Nacional em tudo quanto sua população gera, ativa,
produz e colhe sob o clima emocional, força mental e capacidade intelectual,
adicionados das energias geradas pelos reinos da natureza, da ação periódica
dos arquétipos do pensamento evolutivo racial, subracial e de ramos étnicos, bem
como dos periódicos ciclos das energias cósmicas denominados de Raios, que
permeiam o planeta.
As conquistas
materiais de um país resultam da qualidade e potencialidade das ações
concretizadas por indução ou pressão de sua Energia-Forma segundo
características nacionais da Entidade. A força de um país se manifesta ao
direcionamento concentrado e sistemático de sua energia nas realizações de seus
objetivos.
É bom lembrar que
nossa visão central nesta pequena resenha é esotérica. Tratamos de analisar a
partir de elementos pré-existentes admitidos nos conteúdos endógenos de almas,
segundo suas particulares tendências vibracionais de raios que se manifestarão
na vida física como formas. Os elementos endógenos são aqui considerados nas
suas generalidades, ou também especialidades, por suas colorações inatas e
subjetivas, de todas as formas não ordinariamente visíveis, e não somente por
tabulações acadêmicas nos seus detalhes, concentrações, equacionamentos
estatísticos, meandros e curvas, como em sociologia ou antropologia.
Os caminhos
materiais, os de composições e mixegenações étnicas; de atavismos, de sociedades,
de conquistas, de expansões, de domínios, de perdas e de tudo o que concerne às
vidas dos povos, estiveram sempre atrelados não somente aos ciclos naturais do
desenvolvimento humano, como também à maneira e forma de seus desempenhos nos
passados ciclos, sob os muitos fatores convergentes bons e maus, devidos ou
indevidos.
Os resultados de
todos os fins se estribam no desenvolvimento e maturações das próprias
capacidades dos povos, e não num determinismo divino. O que existe e se mantém
na forma, são as materializações dos anseios emocionais e mentais de todos os
egos.
48. Como entender melhor as ações dos reinos da
natureza, associados aos elementos arquetípicos e energia cósmica?
R. Antes de
tudo repassemos, em sínteses, as seguintes conceituações:
Anima Mundi – O mesmo que Alma Universal. A tudo permeia
desde as mais remotas probabilidades de energia-matéria nas múltiplas dimensões
de seu círculo de manifestação, impregnando e magnetizando em cada átomo a
Mensagem Evolutiva Única do Deus Criador ou Logos Solar.
Alma Energética –
A alma de cada reino. Constituída pelas
somas de todas as seções, setores ou segmentos de cada grupamento de espécie de
seu respectivo reino, ou, como no reino mineral, de suas diversas qualidades.
Almas-Grupos – Conjuntos constituídos de Energias-Almas de
espécies, diluídas em sete grandes grupamentos afins e principais, responsáveis
por armazenar todas as experiências possíveis auferidas pelas espécies em suas
vidas naturais. Das suas colorações obtidas através das experiências vivenciadas
e armazenadas numa Alma-Grupo, todas as respectivas vidas dali pertencentes e
contributivas vêm ao mesmo tempo participar.
Energia-Alma – Alma de cada representante de uma espécie,
que apesar de responder por impulsos instintivos ligados com sua Alma-Grupo,
detém e retém suas próprias experiências para depois, ao perder seu organismo
físico, depositar as experiências auferidas no interior de sua Alma-Grupo.
Energia-Forma – Alma mental e emocional de povos e nações.
Considerada Alma Racial, mesmo possuindo elementos heterogêneos na sua formação.
Consubstanciada na energia gerada pelos povos, a partir de seus elementos
endógenos e arquetípicos, resulta numa forma delineada por suas colorações que
são suas qualidades positivas e negativas.
Carma Nacional – O carma evolutivo e transformador rumo aos
objetivos traçados pelo Grande Plano da Criação mesclado aos diversos aspectos
do carma negativo gerado por grupos, populações e etnias de um país. Nestes
aspectos, o Carma Nacional provém de fora trazendo especialmente sua mensagem
evolutiva que se integra à Personalidade Nacional criada pelo país. A
Personalidade Nacional, no entanto, soma e detém outros aspectos de energia e
força cósmicas que lhe facultam status e símbolo mais abarcantes.
Personalidade
Nacional – Ligado diretamente ao Carma
Nacional é o somatório e resultado de
energia e força sob o ponto de vista exotérico, gerados, definidos e externados
pelas ações e hábitos marcantes dos coletivos oriundos modeladores dos
objetivos de um país em um ou mais territórios reconhecidos, e pelas ações de
oriundos no exterior. Representa a marca registrada de um povo naquilo que
historicamente o país se destaca como força e presença. A estes aspectos
cármicos está adicionada a energia in totum dos reinos e forças cósmicas nele
interagentes..../
As espécies dos
reinos vegetal, animal e qualidades minerais, nas suas imemoriais origens trouxeram
algumas características principais que lhes permitem adaptar-se aos seus
naturais habitat, climas e intemperies.
Determinadas
plantas somente vingam em regiões áridas ou semiáridas; outras em solos
normalmente úmidos, sob clima temperado. Muitas resistem bravamente ao
inclemente frio dos enregelados invernos, às tempestades de neve, às enxurradas
pós-degelo, ou aos tórridos dias ensolarados.
Há, pois, um sem
número de situações contrárias a que a flora está exposta tanto sobre o solo
como sob ele, permanecendo ainda assim reflorestando, reflorindo ou proporcionando
viçosos frutos e alimentos diversos.
O reino animal,
em todas as suas espécies e subespécies aéreas, terrestres e aquáticas, também
desenvolveu características fundamentais milenares para sua autodefesa e
sobrevivência nas regiões onde habitam.
O reino mineral
externa também as mais variadas qualidades ao produzir elementos como metais,
rochas, pedras comuns e cristalizadas, pedras semipreciosas e preciosas; águas
minerais, ferruginosas ou pantanosas; gases, produtos de lavas vulcânicas, carvão,
petróleo, etc.
Em conformidade com o que vimos seguidamente
afirmando, os reinos da natureza desempenham os seus importantes papéis na
Terra. Cada reino possui um modelo, uma nota e com suas inúmeras matrizes básicas
de tipos e espécies pré-estabelecidos desde os primórdios do processo
evolutivo, representa uma potencialidade latente que ao decorrer dos muitos milênios
virá sendo trabalhada, produzindo um crescente avanço de suas qualidades.
A abrangente Alma
Energética de cada reino, sendo no total a soma das porções de cada espécie,
não só estabelece o andamento e ritmo evolutivo de todos os seus representantes
como vem intrarrelacionar-se com as Almas Energéticas dos demais reinos.
Ao final de tudo,
o que move os seres e o mundo são as energias que vêm também influenciar e
interagir com o reino humano. O homem, por seu turno, ao reagir às ações dos
arquétipos mentais virá, por diversos caminhos, influenciar os reinos com suas
atividades transformadoras. As qualidades dos produtos minerais, vegetais e
animais são muitas vezes idênticas entre certos países de situações geográficas
vizinhas por que se repetem, porém diversas entre países distantes. Mesmo por
que há variedades de climas e aspectos quanto ao solo, topografias e recursos
naturais.
Quanto aos moldes
ou modelos pré-ordenados e existentes no mundo mental, chamados arquétipos, há aqueles cujos extensos
ciclos de atuações duram séculos ou milênios, e ao entrarem em atividades
segundo uma coordenada cronologia a que o planeta está também subordinado, vêm
atuar especificamente nas Almas Energéticas dos reinos.
Estas atividades
cíclicas trabalham os modelos das espécies como, por exemplo, os vegetais, para
finalidades diversas, como a de produzir outras formas com aspectos e cores
variados que possam melhor atrair e deter outras nuances de energias cósmicas
nos seus também ciclos de atuações planetárias. Com isso, surgem novos e
interessantes segmentos nos reinos que conseguem ancorar diferentes tipos de
energia na Terra, produzindo outras adições às Personalidades Nacionais de
países.
49. Como entender melhor as energias veiculadas
aos reinos provocando interações com a Personalidade Nacional?
R. As
atividades cíclicas das energias cósmicas compreendem uma totalidade interagindo
nos quatro reinos. Países ricos em minérios se beneficiam das energias cósmicas
que se lançam sobre o reino mineral, provocando maior irradiação de sua alma energética.
As interações dos
raios cósmicos, que de tempos em tempos se tornam mais intensos por razões e
decorrências de trânsitos planetários; por ação solar direta, ou por outros
eventos de fora de nosso sistema solar, propiciam também condições de
surgimentos de novos elementos químicos sequer imaginados pela ciência oficial.
A astrologia
pelos seus mapas astrais informa os períodos em que determinados signos e
planetas estarão em alta ou em baixa, significando que energias cósmicas
provindas do grande cinturão zodiacal se projetarão mais intensamente ou
ficarão mais fracas.
Dentre outras
orientações os signatários são então aconselhados a usar este ou aquele amuleto
de pedras ou de metais, roupas de determinadas tonalidades, a fazer ritos de
magnetização, levar oferendas na natureza, usar guias de determinadas forças
espirituais, ou simplesmente, estando em alta, deslanchar projetos em benefício
de si mesmos.
Determinas ações
e ritos de magia surtem efeitos mais duradouros se levados a efeito nos
períodos da crescente ou da lua cheia. Alguns eventos de magia feitos na minguante
se esvaziam ou não vingam como deveriam.
O Sol, por seu
turno, imanta até às 10 horas da manhã e seus raios ultravioletas entre 10 da
manhã às 16 horas prejudicam a quem sob eles ficam expostos, provocando
excessivas queimaduras. Neste período o Sol age invertendo sua ação, realizando
repuxos de energias da natureza e de corpos em geral. A partir das 16 horas, de
novo os raios solares se tornam benéficos, imantando.
Isto vem
demonstrar que a Terra sofre interferências de energias de magnitudes diversas
que podem ser bem aproveitadas ou não durante suas projeções.
O reino vegetal,
do mesmo modo, sob ações diretas e mais intensas de energias cósmicas, provoca
maiores resultados sobre a Personalidade Nacional, pois espalha suas vibrações
magnéticas na atmosfera reagindo como depurador de fluídos mórbidos. Porém,
opostamente, em muitas reincidências pelas mãos humanas, intensifica gases de
agentes poluentes que incensam, degradando ou envenenando.
Durante os ciclos
cósmicos longos, intensos e de maiores influências dos Raios que permeiam o
planeta, o reino animal pode produzir ocasionais mutações nos seus genes e
cruzamentos por vezes híbridos em proles, resultando em tipos diferentes nas
espécies ou mudanças de comportamento.
Isto pode parecer pequeno ou insignificante para
proporcionar notáveis desvios no prolongamento natural da vida animal,
entretanto, os sinais externos vêm revelar a influência oculta das energias na
coloração básica da Alma Energética animal.
O reino humano
também interage com suas energias físicas, astrais e mentais, e quando os
arquétipos do pensamento humano começam a vibrar, aguçando e estimulando para
novas idéias ou ideais o dinamismo cresce. Assim as energias agem não só no
mecanismo dos reinos não humanos como no homem e em todos ao mesmo tempo.
50. Não haveria injustiça quanto aos reinos da
natureza de certos países serem mais ricos do que de outros?
R. Aparentemente
sim, porém estas distribuições determinam situações em que as diretrizes do
carma prevalecem. Há países de imensos recursos naturais que não são utilizados
pelo homem, permanecendo energeticamente poderosos in natura, inexplorados e
não transformados.
Isto, entretanto,
não impede suas populações viver longos carmas de débitos em resgates. Outros
países, não convivendo com riquezas de seus solos, detêm, no entanto, condições
sociais melhores e vivem de acordo com as necessidades de suas populações.
As extrações de
recursos naturais em todos os quadrantes do planeta não poderiam ser feitas a
empobrecer definitivamente os solos. Os reinos, embora sofram ações nocivas,
indiscriminatórias e devastadoras pelas mãos do homem, sob todas as possíveis
alegações, precisam ser ao máximo preservados e não exauridos.
Se estes
cuidados não forem tomados, aumentarão consideravelmente os desequilíbrios
ecológicos em dimensões planetárias, e, levados a maiores depauperações, uma
catástrofe sem precedentes ocorreria com a Vida, tornando o planeta
praticamente inabitável.
O equilíbrio da
balança cármica revela, por aparente contradição nos casos de pouca riqueza dos
reinos, ações necessárias para grandes coletivos em débitos. Isto se reflete no
dinamismo desenvolvido pelas próprias forças de populações em situações
adversas.
51. Os desequilíbrios ecológicos de alguns
países não comprometem o desenvolvimento do carma evolutivo planetário?
R. Sim,
evidentemente, e isto vem revelar-se pelo somatório do carma mundial. A
Personalidade Nacional de um país, como vimos, compõe-se do carma evolutivo dos
reinos não humanos, agindo através de suas Energias-Almas, mais o carma do
reino humano, mais energias cósmicas e energias dos arquétipos planetários. Estes
fatores intrarrelacionados, interagentes e em diversas circunstâncias
produzindo forças, revelam na média a situação cármica de um país no plano
geral evolutivo.
As situações
cármicas dos reinos não humanos não comportam débitos da mesma maneira que o
humano. Os desajustes no processo evolutivo daqueles reinos são ocasionais e
temporários, e pela ação das forças naturais guiadas pelas Hierarquias
Criadoras tendem de algum modo a serem corrrigidos. Os casos em que grupos de
espécies não avançam com os demais grupos, por outros fatores incidentes,
constituem os contingentes de vidas que falharam nos ciclos evolutivos e
necessitam reagir por suas próprias forças.
Porém, as grandes
distorções que vieram alterar o ecossistema de continentes inteiros foram
causadas pela má gestão humana.
Os surpreendentes
cataclismos e violentas comoções que assolam o planeta levando terror e mortes
às populações, são as respostas das forças da natureza, não somente pelas
sistemáticas degradações do meio ambiente como pelos choques de energias
negativamente intensificadas pelo homem. Ademais, nestes tempos, está havendo a
lenta e gradual elevação do eixo da Terra, adernado desde o período atlante, o
que também acelera os intempestuosos choques dos elementos naturais.
Em que pese todas
estas distorções, o carma evolutivo da Terra continua como móvel constante, pois
os países não podem escapar das forças ativas planetárias. As energias
circundantes ao planeta que vão de um continente a outro, formando gigantescas
correntes, interagem com todos os carmas nacionais.
52. Como o homem pode provocar respostas violentas
e devastadoras da natureza pelo mau uso de sua pessoal energia?
R. O
homem traz em si todas as potencialidades que o permitirão relacionar-se
conscientemente com o universo.
Sabem esotéricos
que o homem formado por sua mônada, tem na sua constituição três estruturas
fundamentais. Cada uma se ajusta, adapta-se e se manifesta com maior grandeza e
poder nos respectivos mundos originários. E como o homem foi criado para ser
uma unidade integrada com o universo, sua consciência possui embrionariamente
todas as condições de ampliar-se e tornar-se também criadora.
As estruturas
fundamentais do que se denomina homem são, pois: mônada ou espírito puro, alma
ou ego superior e personalidade ou ego inferior.
Ao tratarmos da
integração do homem com a natureza, falamos especificamente do mundo físico,
compreendendo esotericamente o conjunto dos planos mental, astral e
etérico-físico submersos nas relações de causas e efeitos.
É notório que em
bilhões de pessoas a personalidade humana esteja ainda em formação; noutros
bilhões a personalidade já atua com desembaraço nos três planos – o
físico-etérico, o astral e o mental – ao passo que milhões desenvolvem-na em mais
altas escalas buscando conscientemente o aperfeiçoamento e poderes espirituais.
Considerando que
a genealogia espiritual é igual para todos, vemos latentes no homem os poderes
do Criador. A personalidade já formada é poderosa por que é capaz de operar com
as energias mentais, astrais e físicas numa só estrutura. Estas energias estão
presentes nos arquétipos mentais em atuações e anima mundi, na consequente
essência da matéria densa do orbe terrestre e na infraestrutura energética dos
quatro reinos.
O homem é um ser
integrado com os quatro elementos e ao desenvolver a vontade, manipula,
conscientemente, de uma forma ou de outra, com a parte física destes elementos.
Entretanto, esta manipulação pode se tornar perigosa por que a personalidade
não suficientemente sedimentada nos valores morais sólidos é inconstante,
impressionável e viciosa. E isto atrai seres elementais e espíritos malignos
que podem influenciar e de fato influenciam negativamente seus atos.
As forças do
mundo já demonstraram através dos milênios que se batem em constantes
conflitos. As personalidades atuam segundo seus próprios pensamentos e ao
incorporar elementos de ambas as polaridades se entrechocam provocando efeitos,
produzindo turbulências, comoções e toda a sorte de desequilíbrios na vida
terrena.
53. Como entender mais precisamente a ação das
forças contrárias na resultante vida planetária?
R. A
história oficial registra que todos os atos de tirania realizados pelos maus
governantes ou usurpadores, trouxeram sempre consequências drásticas aos povos.
A condução dos
propósitos de vida dos povos foi traçada com antecedência pelos mentores das
raças. Cada raça trouxe o encargo de trabalhar uma principal meta como parcela
de seu carma evolutivo dentro de um tempo necessariamente suficiente. A meta
precisou ser alcançada no passado – como ainda é no presente – através do
esforço coletivo, mesmo que em ocasiões fosse e seja necessário, empunhar-se
das armas para conquistar ou defender.
Esta última
condição os homens a mereceram por que envolvidos pelos próprios pensamentos
imperfeitos, inflados pela vaidade, iludidos por estúpido patriotismo e
arrebatados por absurdo orgulho racial, afastaram-se do bom senso entrando por
caminhos tortuosos. Ao defender ou conquistar direitos há coerência, porém nem
sempre a razão é legítima. Assim a discórdia levada a extremos foi sempre
precursora de desatinos e sofrimentos.
Desde tempos
remotos o homem arrasta-se no sofrimento por teimosia em não dobrar-se aos
ditames superiores. É bem verdade que o despertar da verdadeira consciência não
dependeu e nem depende diretamente dos rituais religiosos ou místicos, mas sim
de uma conscientização da necessidade de árduo trabalho íntimo, individual e
perseverante. As religiões esotéricas trabalharam para este fim no sentido de
plasmar necessárias qualidades na alma humana, utilizando-se da energia e força
da natureza.
Esta ação não
deve ser confundida com o trabalho mágico realizado com elementais da natureza
praticado por grupos internacionais, ou por ramos étnicos que visam pela magia,
antes de tudo, suas próprias e pessoais conquistas no plano específico da
personalidade.
O culto à
personalidade nas práticas da magia, sem o verdadeiro serviço humanitário,
filantrópico ou caritativo, conduz diretamente para a magia negra e consequentes
aprisionamentos pelos genios malignos. As religiões esotéricas ensinaram,
sobretudo, a devoção e obediência aos princípios esposados pela Alma como
ferramentas da libertação cármica, ou realização. Até que a personalidade entre por um caminho
de iluminação interna, ela estará passível de incorporar forças ora positivas ora
negativas e assim mover-se segundo a linha de menor resistência.
Os astros nos
seus trânsitos astrológicos podem remeter os homens ao céu ou ao inferno. A
personalidade terrena, imperfeita, mergulhada em objetivos egocêntricos,
estabelece sempre, em primeiro lugar, a sua própria e pessoal prioridade, mas
sem um controle adequado de sua energia e força produz desequilíbrios.
Hoje o planeta
Terra acha-se conturbado por diversos fatores que se contrapõem devido às constantes
perturbações da ordem e harmonia. O homem adquiriu certos conhecimentos
práticos sobre a matéria e suas transformações, mas nem tanto sobre si mesmo, o
que o torna muitas vezes estranho à natureza, e inconsequente.
As diferenças
sociais se avolumam pela superpopulação global, provocando com isto gigantesca
desorganização nos resultados de ações mentais, emocionais e físicas. Formas de
densa energia geradas por todos os tipos de pensamentos e realizações negativas
entranha-se nas vidas dos povos, produzindo convulsões. Ódio, crimes, revoltas,
guerras, paixões, vícios e tantos outros desatinos alimentam diariamente
aqueles campos vibratórios nefastos e perigosos de baixo teor vibratório,
sedimentando, cada vez mais, camadas astrais que se transformam em veículos
tentaculares aprisionantes da vontade e do livre arbítrio humano.
As forças do mal,
mediante este clima de inversão de valores, solidificam e estimulam cada vez
mais os seus propósitos destrutivos, direcionando-os não somente aos homens tortuosos,
mas também aos distraídos, desocupados e sonhadores, buscando incrementar suas
fileiras de milhões de adeptos.
Assim com
assustadora frequência os crimes e ações malignas vêm provocar constantes
distúrbios, dissoluções dos bons princípios, violência, crimes e derramamento
de sangue, o que, em contrapartida, vem produzir intensas e imediatas reações e
acirramento do sentimento de revolta daqueles que não aceitam estas aberrações.
As forças então
se chocam redundando em novas reações, produzindo-se um campo vibratório mais
ainda convulsivo em dimensões de uma cidade, país, continente ou de contexto
planetário.
54. O que mais é possível acrescentar nestes
argumentos?
R.
Conforme já abordamos em questão anterior, o bem e o mal são valores relativos
nas relações de vida humana. A transposição do mal em relação ao bem, e vice
versa, ocorre na troca entre os valores positivo x negativo, quando uma destas
polaridades é tergiversada ou se extrapola.
As polaridades
positiva e negativa precisam marchar sempre juntas em andamentos de
complementações. Quando valores inerentes a uma destas polaridades são
intensificados ao ponto da saturação, ou são desprovidos ao ponto da exaustão,
transformam-se no que costumamos chamar de mal.
Egos que optaram
por viver fora da realidade da harmonia, incorporaram em seus veículos as
vibrações de baixo teor, aceitando princípios estranhos às leis naturais da
evolução.
Esta situação
remonta há milhões de anos quando o homem de nossa espécie pisou pela primeira
vez a terra ainda na vestimenta lemuriana.
As noções de bem
e mal foram naqueles tempos de outra conotação pelo fato de faltar ao homem as
sementes do pensamento objetivo. Porém, com o decorrer dos séculos o mal se
organizou com suficiência e maior inteligência, utilizando-se de todos os
recursos disponíveis.
O mal é cósmico,
ou seja, infiltrou-se nas raças vindo de fora do sistema solar, trazido
primeiramente pelas mentes dos gênios malígnos em permanentes buscas de
ancoragens para suas realizações. Uma destas buscas é o domínio planetário
sobre todas as raças para a materialização de seus negros propósitos.
Tanto quanto o
bem, o mal também necessita de constantes renovações de energia, vindo
buscá-las com frequência através da sordidez das ações normalmente ocultas e
protegidas por véus nas consciências submersas em sombras.
A história
demonstra quanto o mal conseguiu desviar da meta estabelecida pelas Hierarquias
Superiores para o planeta. Tudo o que seja ignóbil, segregacionista, que gera
desarmonias, vícios, violência, usurpações, despotismos, usuras, derramamentos
de sangue, prostituição, crimes, falsidades, mortes e muitas outras aberrações
humanas, servem aos propósitos dos mentores do mal.
Os articuladores
das sombras operam com verdadeiros exércitos de milhões de seres elementais
criados pelos desregramentos humanos e com outros tantos milhões de almas
pervertidas entregues a toda a sorte de vícios e crimes, agindo sob seus comandos.
Muitos malignos encarnados, sendo, portanto, humanos, têm pensamentos
inteligentemente coordenados pelo que lhes oferecem as técnicas da ciência e os
estudos superiores. Tornam-se mais ainda poderosos quando fortalecem as mentes
com as práticas esotéricas e rituais de magia. Por seus propósitos egocêntricos,
suas almas terrenas estão corrompidas e desligadas das fontes do Eu Superior.
As vibrações das
energias inferiores exaladas por situações que envolvem seres humanos
servem-lhes de combustível para que se robusteçam e aos seus repugnantes ideais.
Daí buscarem trabalhar sempre pela dissolução dos valores morais ao tratar de
enfraquecer e dominar a raça humana.
55. Faz parte do carma humano experimentar
situações em que o mal esteja presente?
R.
Acreditamos que na atualidade 99% dos seres humanos experimentaram ou realizam
atos veiculados ao mal por que o histórico de suas caminhadas acusa-lhes ações
delituosas no passado ainda não remidas. Aqueles atos geraram-lhes o carma que
parcialmente vêm vivenciar na Terra a cada encarnação.
Este é o motivo principal da dor, sofrimentos
e doenças das quais padecem. Todas as alianças feitas no passado com o mal
voltam-lhes novamente para os seus tormentos.
Isto confirma que
o círculo da existência tem várias voltas e delas não se consegue escapar sem
antes quitarem-se todos os débitos. O fato vem também reafirmar que o carma
humano é essencialmente evolutivo, dinâmico e renovador por não permitir que
nenhuma energia mal qualificada deva permaneça a obstruir na alma a
incorporação de novas e salutares energias.
Eis por que a
necessidade do expurgo, às vezes por processos dolorosos, porém eficientes nos
seus resultados. O carma humano, desta maneira, transita entre os polos positivo
e negativo, todavia move-se sempre para adiante, conduzindo para a libertação
das prisões da matéria.
Por Rayom Ra
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Rayom Ra
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