Segunda Parte
A Origem do Pecado Sexual
Os primeiros “Lêmures-Atlantes” [tipos orgânicos de transição entre a
terceira e quarta “raças humanas”] são acusados de terem tomado por esposas,
fêmeas de uma raça inferior, uma raça sem Mente. [pag. 300]
Eles tomaram por esposas ... mulheres, fêmeas
verdadeiramente bonitas, mas não completamente humanas. Seus corpos eram
animados por uma natureza inferior, excessivamente material ... Esses seres com
formas de fêmeas – e Lilith é seu protótipo nas tradições judaicas – são
chamados Khado (Sânscrito: Dakini).
As lendas alegóricas ... dizem que estes
seres fêmeas eram capazes de “caminhar no ar” ... elas, contudo, ... estas
fêmeas, não eram dotadas com mente, tendo somente instinto animal [pág. 303]
Aqueles que caíram
vítimas de suas naturezas animais ... deram origem a uma raça de monstros, isto
é, homens de diferentes variedades. A Doutrina Secreta acusa a esses
“Lêmures-Atlantes” – filhos do Paraíso e Terra, de terem cometido o hediondo crime de procriar com animais ...
Sexo Físico
e Metafísico
A Antropologia teosófica,
embora muito mais complexa e mesmo fantástica, busca explicar o mistério e a
alegoria do “pecado original”, através da concepção da evolução bioquímica de
Seres vivos que remontam à origem do homem no planeta, numa época muito mais
antiga e em condições geográficas muito diferentes do que a ciência contemporânea
admite.
A emergência do sexo
entre seres terrenos viventes, especialmente no caso do gênero humano, é um
fenômeno muito lento e inserido num largo processo evolutivo que começa com a
manifestação da vida em estruturas etéreas, passando por estágios mais ou menos
densos de matéria, até alcançar a corrente configuração orgânica.
Enquanto os corpos
humanos da Primeira, Segunda e muito da Terceira Raça não fossem materiais, no
sentido de feitos de matéria sólida, talvez não constituídos completamente,
de matéria orgânica, é coerente supor-se que este contato com a realidade
deu-se – também em termos de percepção não física; não dependente de apêndices
físicos, mas possivelmente – através de SENTIDOS MENTAIS.
Aqueles eram chamados
“animais”, não porque não fossem seres humanos, mas devido a que eram
diferentes, física e mentalmente, do que houvessem até então desenvolvido as
mais perfeitas raças.
[Raças que] ... os indivíduos permaneceram destituídos da capacidade de
saber ou, “sem mente” e permaneceram assim mesmo depois da separação natural
dos sexos. Estes foram aqueles que praticaram ... os primeiros cruzamentos que
resultaram em monstros, e dentre os seus descendentes, dentre as filhas dos
monstros, os atlantes tomaram esposas. [pag. 304]
Quando os seres humanos
começaram a ter corpos físicos, materiais, crescentemente carnais, eles
começaram também perder habilidades não físicas que foram substituídas por
habilidades dos corpos físicos. O conhecimento do mundo veio dependente, em
parte, dos sentidos físicos e apêndices também físicos.
Matriarquismo
e Falicismo
Lentamente, por
associação lógica, primária e inevitável, quando a raça humana começou a
procriar através do intercurso sexual, a idéia do “poder criativo” associou-se
com relações sexuais, e com os seres fêmeas, que seriam, as matrizes geradoras.
A primitiva sociedade
matriarcal foi fundada pelo prestígio das mulheres, precisamente por este
mistério do Ser. Uma vez que, por um longo tempo, inexplicavelmente, o único
ser capaz de gerar nova vida era a mulher. A pré-história legou para os
historiadores a evidência do chamado “culto da grande mãe”. O culto da gravidez é mostrado em figuras
representando as mulheres Paleolíticas com grandes ventres e seios, valorizando
a gravidez e geração nutricionada.
Contudo, foi também
observada a importância do sêmen, e do falo. E à descoberta da importância do
papel do homem como poder viril indispensável à criação de um novo ser humano;
este fato mudou completamente o foco da reverência religiosa devotada ao sexo.
O sexo, por ele mesmo,
tornou-se, então, tema de rituais fetichistas de magia empática, e o falo, o
pênis, tornou-se o símbolo da divindade criativa. A mulher terrena se tornou
desmerecida sem a semente do homem. Daí foi mantida a religião sexual fálica e
a política social-econômica patriarcalista.
Sexo, Drogas
e Outras Coisas
Ao mesmo tempo, a
humanidade, estabelecendo centros de civilização em diferentes partes do mundo,
conheceria, pouco a pouco, os caprichos da carne, que absolutamente não estão
somente limitados ao escopo do sexo.
O homem tornou-se mais
glutão de muitos modos: o sexo procriativo não era mais suficiente; a fruta
silvestre da terra não era mais suficiente para a fome do estômago e, a caça,
tornou-se, também, muito pouco funcional para alimentar as comunidades grandemente polígamas.
O homem carnal é cheio
de necessidades reais ou imaginárias que impelem incessantemente para a
satisfação. Do mesmo modo, dotado de inteligência criativa, autoconsciência e
imaginação, o homem cria novas necessidades que os animais não as têm, e
exagera. E o abuso do homem é uma essência do pecado, que nada mais é que
“Erro”.
Nesse sentido, a
humanidade da Quinta Raça, herdeira dos excessos dos últimos atlantes,
transformou a fome em voracidade, sede em bebedeira, remédio em overdose, sexo
em orgia: a tão falada Queda dos Anjos é
a própria humanidade!
Os Demônios do Orgulho, da Sensualidade, da
Rebelião, do Ódio não existiam antes do aparecimento da consciência física do
homem [Antropogênese, pág. 292] ... e ... No início, a concepção, o parto era tão fácil para as mulheres quanto
para toda a criação animal. Nunca foi plano da natureza a mulher dar à luz aos
seus filhos em meio à dores ... [Antropogênese, pág. 292].
O Crime
de Caim: O Primeiro Intercurso Sexual
O Genesis Bíblico fala
de um Adão feito de barro que durante o “sono” – um período de inconsciência –
sofre uma “intervenção” biofísica. “Deus”, o Senhor, ou Natureza (?) cria outro
ser humano usando uma costela [parte lateral do corpo] de Adão.
Ele dorme Adão sexual e
“acorda” Adão-Eva, ou concorda em ter uma condição física diferente. Para a
Teosofia, o sono do divino Adão alegoriza um processo biológico de milhões de
anos.
O texto bíblico refere à
transição entre o hermafroditismo e assexualidade. No entanto, hermafroditismo
não era uma mudança biológica isolada, na conformidade da reprodução.
Naturalmente, este Adão homem-mulher tinha também novos órgãos e outras
habilidades cognitivas, outro sistema de percepção.
O “pecado original” da
Bíblia, a despeito de todas as associações do cristianismo religioso,
encontra-se claramente descrito como “experimentando o fruto do conhecimento do
bem e do mal”. O texto não diz sobre sexo, mas em relação à Eva é específico:
“... dará à luz com dores”. Por quê? Antes seria sem dores? (meditemos).
O primeiro pecado do
hermafrodita Adão foi Pensar, Questionar, usando o poder de ser um Agente capaz
de obter conhecimento e mais, agenciar escolhas e eventos criativos. Este Adão
Hermafrodita, na condição de uma nova raça, foi chamado Jah-hovah, referência
aos seus novos e externos distintivos: genitálias masculina e feminina, em
resumo, pênis e vagina, protuberância e
cavidade.
O nome composto Jehovah,
ou Jah-hovah, significa vida masculina e vida feminina – primeiro em
androginia, após em dois sexos separados ... A letra hebraica Jod representava
o membro viril, e hovah era Eva.
No Livro de Enoch temos
Adão, o primeiro divino Andrógino [sem sexo] que se separou em homem e mulher
tornando-se Jah-Heva [distintos: Andrógino é uma Raça Humana; Jah-Heva, outra
raça – Divinos Hermafroditas] e [num terceiro movimento se torna, evoluindo
para] Caim e Abel, macho e fêmea ... [Seguindo a genealogia bíblica] ...
“Seth não é um homem, um indivíduo, porém uma Raça Humana. Antes dele a
humanidade era hermafrodita [Jah-Heva,
Caim e Abel] ... [Seth foi] ... o primeiro resultado, [fisiologicamente] o que seguiu à “Queda” [procriação
pelo intercurso sexual] ... seu
filho Enos é chamado ‘o Filho do
Homem’.” [ Antropogênese,
140, 141 ]
No entanto a raça humana
de hermafroditas, Jah-hovah, continuou por muitas eras, sem qualquer cogitação
sobre a “utilidade” e uso daqueles órgãos. Eles permaneceram ovíparos,
realizando a auto reprodução, pela conjugação ou hibridização genética exógena,
depositando seus gametas em ambientes, como os peixes.
Novos indivíduos
continuaram nascendo por esporulação ou exsudação. Esporulação produzindo
clones e exsudação misturando material genético contido em fluidos secretados
por diferentes indivíduos, ou mesmo, de diferentes espécies. Esta situação pode
ter persistido, mesmo quando os hermafroditas estivessem já dotados com pênis e
vaginas.
Porém,
para que propósito serviu o pênis? A raça Hermafrodita se deve ter perguntado
sobre a utilidade da Protuberância e da Cavidade e é até possível ter
acontecido, por conta do descobrimento da função destes órgãos, pelo processo
natural da experimentação. A primeira penetração pode ter acontecido num
objeto, por exemplo, a folclórica melancia. Meditemos ... seriamente.
Contudo, de acordo com
as interpretações teosóficas do texto bíblico, o ser humano criativo
pertencente à Quarta Raça, a Raça de Adão Jah-hovah, um dia “derramou o sangue
virgem”! Caim sangrou seu irmão Abel. A interpretação comum desta passagem do Gênesis é que Caim atacou Abel, matando-o, porém entre teosofistas, o “sangue
virgem” foi uterino-vaginal e Caim é o símbolo daqueles hermafroditas que por
primeiro tiveram curiosidade de inserir o pênis na vagina de seu irmão.
Nas Sagradas Escrituras
indus a separação dos sexos está representada alegoricamente por Daksha, quem,
vendo que seus descendentes “nasciam da vontade” – os “Filhos da Yoga Passiva”
– não querendo criar homens, decidiu converter metade dele mesmo em mulher com
quem teve filhas, as futuras mulheres da Terceira Raça, que produziram a
Atlântida. O Vishnu Purana menciona simplesmente que Daksha, o pai do gênero
humano, instituiu o intercurso sexual como um meio de povoar o mundo.
[Antropogênese pag. 293].
Caim é: ... o autor da primeira efusão de sangue [sêmen, por relações sexuais – [Antropogênese, pag. 408]. É possível que Caim
pudesse ter experimentado receber também o pênis de seu irmão, em sua própria
vagina, porém, isto somente piorou as coisas (paremos por aqui!) ... Em Hebreu,
Abel é Chabel, significando “dores de parto”, sugerindo uma gravides –
vivípara! – resultado dos experimentos Cainitas.
O fato
de que o comportamento cainita foi severamente condenado pela humanidade de
então e, de acordo com a tradição arquetípica Caim foi marcado e banido: “Caim
foi para a terra de Nod e lá tomou uma esposa”.
Naturalmente, Caim não
esteve arrependido, visto ter “tomado uma esposa” e continuado a praticar sexo.
Desde então os hermafroditas começaram a ter de escolher: entre as relações no
papel de homem, mulher ou de ambos, dependendo das circunstâncias.
Os
hermafroditas começaram a desaparecer ao final da Terceira Raça Humana. A
primeira geração da raça (Macho-Fêmea) nascida com um só sexo definido era da geração de Seth, que surgiu após os “Jah-hovahs” (os
andrógenos),
alegoricamente antecessores da Quarta Raça (Atlante) - os de Seth - a primeira que foi heterossexual.
Eles, os atlantes
heterossexuais, começaram a decair quando iniciaram a prática do sexo pelo lado
orgíaco. Assim, centenas de milhares de anos depois, esta raça foi extinta por
decorrência deste “pecado sexual”, dando lugar ao crescimento da Quinta Raça,
que floresceu após a inundação, o dilúvio de Noé que está registrado no texto
bíblico e noutras Escrituras; onde o episódio ocorre e permanece vivo por
outros personagens [Punição de Deus? Ou degeneração natural...]
Tradução/inglês por Rayom Ra
The Arising of Sex - Partes I e II
Por
Lygia Cabus
Tradução/inglês por Rayom Ra
Rayom Ra
[Leia mais Rayom Ra (Rayom_Ra) on Scribd | Scribd em
páginas on line ou em downloads completos ]
Nenhum comentário:
Postar um comentário