sábado, 1 de fevereiro de 2014

O Nascimento do Sexo - ( II ) - A Origem do Pecado Sexual


                                                           Segunda Parte
                                               A Origem do Pecado Sexual

  Os primeiros “Lêmures-Atlantes” [tipos orgânicos de transição entre a terceira e quarta “raças humanas”] são acusados de terem tomado por esposas, fêmeas de uma raça inferior, uma raça sem Mente. [pag. 300]

 Eles tomaram por esposas ... mulheres, fêmeas verdadeiramente bonitas, mas não completamente humanas. Seus corpos eram animados por uma natureza inferior, excessivamente material ... Esses seres com formas de fêmeas – e Lilith é seu protótipo nas tradições judaicas – são chamados Khado (Sânscrito: Dakini).


  As lendas alegóricas ... dizem que estes seres fêmeas eram capazes de “caminhar no ar” ... elas, contudo, ... estas fêmeas, não eram dotadas com mente, tendo somente instinto animal [pág. 303]

  Aqueles que caíram vítimas de suas naturezas animais ... deram origem a uma raça de monstros, isto é, homens de diferentes variedades. A Doutrina Secreta acusa a esses “Lêmures-Atlantes” – filhos do Paraíso e Terra, de terem cometido o hediondo crime de procriar com animais ...

                                                     Sexo Físico e Metafísico

  A Antropologia teosófica, embora muito mais complexa e mesmo fantástica, busca explicar o mistério e a alegoria do “pecado original”, através da concepção da evolução bioquímica de Seres vivos que remontam à origem do homem no planeta, numa época muito mais antiga e em condições geográficas muito diferentes do que a ciência contemporânea admite.

  A emergência do sexo entre seres terrenos viventes, especialmente no caso do gênero humano, é um fenômeno muito lento e inserido num largo processo evolutivo que começa com a manifestação da vida em estruturas etéreas, passando por estágios mais ou menos densos de matéria, até alcançar a corrente configuração orgânica.

  Enquanto os corpos humanos da Primeira, Segunda e muito da Terceira Raça não fossem materiais, no sentido de feitos de matéria sólida, talvez não constituídos completamente, de matéria orgânica, é coerente supor-se que este contato com a realidade deu-se – também em termos de percepção não física; não dependente de apêndices físicos, mas possivelmente – através de SENTIDOS MENTAIS.

  Aqueles eram chamados “animais”, não porque não fossem seres humanos, mas devido a que eram diferentes, física e mentalmente, do que houvessem até então desenvolvido as mais perfeitas raças.

  [Raças que] ... os indivíduos permaneceram destituídos da capacidade de saber ou, “sem mente” e permaneceram assim mesmo depois da separação natural dos sexos. Estes foram aqueles que praticaram ... os primeiros cruzamentos que resultaram em monstros, e dentre os seus descendentes, dentre as filhas dos monstros, os atlantes tomaram esposas. [pag. 304]

  Quando os seres humanos começaram a ter corpos físicos, materiais, crescentemente carnais, eles começaram também perder habilidades não físicas que foram substituídas por habilidades dos corpos físicos. O conhecimento do mundo veio dependente, em parte, dos sentidos físicos e apêndices também físicos.

                                                  Matriarquismo e Falicismo

  Lentamente, por associação lógica, primária e inevitável, quando a raça humana começou a procriar através do intercurso sexual, a idéia do “poder criativo” associou-se com relações sexuais, e com os seres fêmeas, que seriam, as matrizes geradoras.

  A primitiva sociedade matriarcal foi fundada pelo prestígio das mulheres, precisamente por este mistério do Ser. Uma vez que, por um longo tempo, inexplicavelmente, o único ser capaz de gerar nova vida era a mulher. A pré-história legou para os historiadores a evidência do chamado “culto da grande mãe”.  O culto da gravidez é mostrado em figuras representando as mulheres Paleolíticas com grandes ventres e seios, valorizando a gravidez e geração nutricionada.

  Contudo, foi também observada a importância do sêmen, e do falo. E à descoberta da importância do papel do homem como poder viril indispensável à criação de um novo ser humano; este fato mudou completamente o foco da reverência religiosa devotada ao sexo.

  O sexo, por ele mesmo, tornou-se, então, tema de rituais fetichistas de magia empática, e o falo, o pênis, tornou-se o símbolo da divindade criativa. A mulher terrena se tornou desmerecida sem a semente do homem. Daí foi mantida a religião sexual fálica e a política social-econômica patriarcalista.

                                               Sexo, Drogas e Outras Coisas

  Ao mesmo tempo, a humanidade, estabelecendo centros de civilização em diferentes partes do mundo, conheceria, pouco a pouco, os caprichos da carne, que absolutamente não estão somente limitados ao escopo do sexo.

  O homem tornou-se mais glutão de muitos modos: o sexo procriativo não era mais suficiente; a fruta silvestre da terra não era mais suficiente para a fome do estômago e, a caça, tornou-se, também, muito pouco funcional para alimentar as comunidades grandemente polígamas.

  O homem carnal é cheio de necessidades reais ou imaginárias que impelem incessantemente para a satisfação. Do mesmo modo, dotado de inteligência criativa, autoconsciência e imaginação, o homem cria novas necessidades que os animais não as têm, e exagera. E o abuso do homem é uma essência do pecado, que nada mais é que “Erro”.

  Nesse sentido, a humanidade da Quinta Raça, herdeira dos excessos dos últimos atlantes, transformou a fome em voracidade, sede em bebedeira, remédio em overdose, sexo em orgia: a tão falada Queda dos Anjos é a própria humanidade!

  Os Demônios do Orgulho, da Sensualidade, da Rebelião, do Ódio não existiam antes do aparecimento da consciência física do homem [Antropogênese, pág. 292] ... e ... No início, a concepção, o parto era tão fácil para as mulheres quanto para toda a criação animal. Nunca foi plano da natureza a mulher dar à luz aos seus filhos em meio à dores ... [Antropogênese, pág. 292].

                                 O Crime de Caim: O Primeiro Intercurso Sexual

  O Genesis Bíblico fala de um Adão feito de barro que durante o “sono” – um período de inconsciência – sofre uma “intervenção” biofísica. “Deus”, o Senhor, ou Natureza (?) cria outro ser humano usando uma costela [parte lateral do corpo] de Adão.


  Ele dorme Adão sexual e “acorda” Adão-Eva, ou concorda em ter uma condição física diferente. Para a Teosofia, o sono do divino Adão alegoriza um processo biológico de milhões de anos.

  O texto bíblico refere à transição entre o hermafroditismo e assexualidade. No entanto, hermafroditismo não era uma mudança biológica isolada, na conformidade da reprodução. Naturalmente, este Adão homem-mulher tinha também novos órgãos e outras habilidades cognitivas, outro sistema de percepção. 

  O “pecado original” da Bíblia, a despeito de todas as associações do cristianismo religioso, encontra-se claramente descrito como “experimentando o fruto do conhecimento do bem e do mal”. O texto não diz sobre sexo, mas em relação à Eva é específico: “... dará à luz com dores”. Por quê? Antes seria sem dores? (meditemos).

  O primeiro pecado do hermafrodita Adão foi Pensar, Questionar, usando o poder de ser um Agente capaz de obter conhecimento e mais, agenciar escolhas e eventos criativos. Este Adão Hermafrodita, na condição de uma nova raça, foi chamado Jah-hovah, referência aos seus novos e externos distintivos: genitálias masculina e feminina, em resumo,  pênis e vagina, protuberância e cavidade.

  O nome composto Jehovah, ou Jah-hovah, significa vida masculina e vida feminina – primeiro em androginia, após em dois sexos separados ... A letra hebraica Jod representava o membro viril, e hovah era Eva.

  No Livro de Enoch temos Adão, o primeiro divino Andrógino [sem sexo] que se separou em homem e mulher tornando-se Jah-Heva [distintos: Andrógino é uma Raça Humana; Jah-Heva, outra raça – Divinos Hermafroditas] e [num terceiro movimento se torna, evoluindo para] Caim e Abel, macho e fêmea ... [Seguindo a genealogia bíblica] ...

  Seth não é um homem, um indivíduo, porém uma Raça Humana. Antes dele a humanidade era hermafrodita [Jah-Heva, Caim e Abel] ... [Seth foi] ... o primeiro resultado, [fisiologicamente] o que seguiu à “Queda” [procriação pelo intercurso sexual] ... seu filho Enos é chamado o Filho do Homem’.” [ Antropogênese, 140, 141 ]

  No entanto a raça humana de hermafroditas, Jah-hovah, continuou por muitas eras, sem qualquer cogitação sobre a “utilidade” e uso daqueles órgãos. Eles permaneceram ovíparos, realizando a auto reprodução, pela conjugação ou hibridização genética exógena, depositando seus gametas em ambientes, como os peixes.

  Novos indivíduos continuaram nascendo por esporulação ou exsudação. Esporulação produzindo clones e exsudação misturando material genético contido em fluidos secretados por diferentes indivíduos, ou mesmo, de diferentes espécies. Esta situação pode ter persistido, mesmo quando os hermafroditas estivessem já dotados com pênis e vaginas.

  Porém, para que propósito serviu o pênis? A raça Hermafrodita se deve ter perguntado sobre a utilidade da Protuberância e da Cavidade e é até possível ter acontecido, por conta do descobrimento da função destes órgãos, pelo processo natural da experimentação. A primeira penetração pode ter acontecido num objeto, por exemplo, a folclórica melancia. Meditemos ... seriamente.

  Contudo, de acordo com as interpretações teosóficas do texto bíblico, o ser humano criativo pertencente à Quarta Raça, a Raça de Adão Jah-hovah, um dia “derramou o sangue virgem”! Caim sangrou seu irmão Abel. A interpretação comum desta passagem do Gênesis é que Caim atacou Abel, matando-o, porém entre teosofistas, o “sangue virgem” foi uterino-vaginal e Caim é o símbolo daqueles hermafroditas que por primeiro tiveram curiosidade de inserir o pênis na vagina de seu irmão.

  Nas Sagradas Escrituras indus a separação dos sexos está representada alegoricamente por Daksha, quem, vendo que seus descendentes “nasciam da vontade” – os “Filhos da Yoga Passiva” – não querendo criar homens, decidiu converter metade dele mesmo em mulher com quem teve filhas, as futuras mulheres da Terceira Raça, que produziram a Atlântida. O Vishnu Purana menciona simplesmente que Daksha, o pai do gênero humano, instituiu o intercurso sexual como um meio de povoar o mundo. [Antropogênese pag. 293].

  Caim é: ... o autor da primeira efusão de sangue [sêmen, por relações sexuais – [Antropogênese, pag. 408]. É possível que Caim pudesse ter experimentado receber também o pênis de seu irmão, em sua própria vagina, porém, isto somente piorou as coisas (paremos por aqui!) ... Em Hebreu, Abel é Chabel, significando “dores de parto”, sugerindo uma gravides – vivípara! – resultado dos experimentos Cainitas.

  O fato de que o comportamento cainita foi severamente condenado pela humanidade de então e, de acordo com a tradição arquetípica Caim foi marcado e banido: “Caim foi para a terra de Nod e lá tomou uma esposa”.

  Naturalmente, Caim não esteve arrependido, visto ter “tomado uma esposa” e continuado a praticar sexo. Desde então os hermafroditas começaram a ter de escolher: entre as relações no papel de homem, mulher ou de ambos, dependendo das circunstâncias.

  Os hermafroditas começaram a desaparecer ao final da Terceira Raça Humana. A primeira geração da raça (Macho-Fêmea) nascida com um só sexo definido era da geração de Seth, que surgiu após os “Jah-hovahs” (os andrógenos), alegoricamente antecessores da Quarta Raça (Atlante) - os de Seth - a primeira que foi heterossexual.

  Eles, os atlantes heterossexuais, começaram a decair quando iniciaram a prática do sexo pelo lado orgíaco. Assim, centenas de milhares de anos depois, esta raça foi extinta por decorrência deste “pecado sexual”, dando lugar ao crescimento da Quinta Raça, que floresceu após a inundação, o dilúvio de Noé que está registrado no texto bíblico e noutras Escrituras; onde o episódio ocorre e permanece vivo por outros personagens [Punição de Deus? Ou degeneração natural...]

                                           The Arising of Sex - Partes I e II
                                                          Por Lygia Cabus                                     

                                               Tradução/inglês por Rayom Ra
                                                       
Rayom Ra
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