O corpo etérico é o segundo dos sete
corpos de manifestação do homem. Faz parte do complexo alma. A alma humana pode
ser classificada em dois níveis: superior e inferior. Esta classificação, no
entanto, é elusiva, somente para a indução de um entendimento de padrões
vibratórios e funções, não sendo de modo algum a separação entre duas almas. A
alma humana é uma só; é indissociada da unidade de consciência
chamada homem, mergulhado nas dimensões planetárias.
A classificação de alma superior está
adstrita ao Ego Maior, considerada a Alma Imortal, que, na verdade, não é
imortal, senão unicamente no espaço-tempo. Há muitos processos internos de
âmbitos superiores e velados pelos quais o Ego haverá de passar, em que a Alma
também se dissociará de alguns atributos, dissolvendo-se e abandonando
milenares funções, para se polarizar em atributos maiores do Espírito ou Mônada
[ver outras referências no link: NOVA ERA OU ERA DOURADA - páginas 12 e 13].
A alma inferior, como sabemos, é o
eu-personalidade, vivente uma única vez naquela forma, naquela soma de vontades,
desejos e ações segundo o que lhe determina o carma circunstancial para aquela
vida. É constituído de o corpo físico, o corpo etérico, o corpo emocional e o
corpo mental inferior ou concreto. Identificamos este eu menor, ego inferior ou
personalidade, como sendo o quadrado místico, por estar fundamentado em quatro
corpos nos quais a personalidade vive, respira, age e funciona no mundo das
formas.
A alma superior ou Ego Superior
fundamenta-se nos corpos atma, buddhi e manas superior, ou seja, na chamada
tríade superior. Nesta dimensão da Alma, temos outros componentes formadores de
sua estrutura, que não se consideram, propriamente, como corpos na mesma medida
dos já citados, mas como receptadores ou adicionais veículos sobre os quais a
consciência opera. Neste particular, temos o corpo causal, coletor e
registrador de todos os sucessos nos eventos humanos, o sutratma e o antakarana
[siga o link: O ANTAKARANA para maiores elucidações].
Vimos que o corpo físico é o mais denso
e sólido de todos os corpos do homem e aquele que não possui volição alguma.
Isto não acontece com o corpo etérico, uma vez que este corpo possui um tipo de
consciência, embora bastante restrito. Ao captar as vibrações do mundo denso e
as transferir aos corpos de vibrações superiores da personalidade, e no sentido
inverso, o corpo etérico grava em suas contexturas celulares alguma memória dos
fatos. E esta memória faculta-lhe um tipo débil de consciência.
O corpo etérico é imprescindível para a
vida do corpo biológico, influindo diretamente nas dispensações e intercâmbios
energéticos, sendo por isso também denominado corpo físico-etérico.
Abordamos anteriormente ao fato de que a
matéria varia pelos graus de vibrações de seus átomos. Isto quer dizer que a
matéria se apresenta em diferentes tipos de densidade nos planos ou mundos do
universo. Consoante esta realidade, o ocultista reconhece também na formação
dos corpos do homem sete graus de matéria, que são: atômico, subatômico,
superetéreo, etéreo, gasoso, líquido e sólido.
O corpo etérico é constituído de quatro
éteres distintos, chamados éteres físicos, que são variações do éter cósmico ou
akasa. Através das assimilações do corpo etérico, o corpo físico consegue
realizar suas funções e dispensações orgânicas e através dos sentidos etéricos
o cérebro denso vem reter as impressões cósmicas adstritas aos fenômenos mais
comuns que nos rodeiam.
São os seguintes os éteres que dão
formação ao corpo etérico:
Éter
Químico – É aquele que desempenha a função de assimilar os elementos da
nutrição do ser e realiza o movimento de excreção das substâncias que não
servem para alimentar.
Éter
Vital – Impregna e estimula as funções vitais dos átomos de todos os
organismos, bem como provoca a divisão e a diferenciação sexual, para a continuidade da
vida.
Éter
Luminoso – É o éter ligado aos cinco sentidos e que constrói os olhos
humanos. Atua como transferidor das emoções e sensações de modo objetivo, do
interior da alma humana para o exterior, como também provoca toda possível
percepção pelos sentidos, da gama de vibrações do exterior.
Éter
Refletor – Chamado de a “memória da natureza”, nele se imprimem,
sucessivamente, todos os pensamentos e ações do ego, como também todos os
fenômenos da natureza e do cosmos inteiro. É o veículo no qual os psíquicos
avançados conseguem ler os fatos passados, desde reencarnações de épocas longínquas.
Nele, a cada reencarnação do ego, veicula-se o resultado de atos e pensamentos
do passado que atuam sobre a personalidade do indivíduo sob aspectos do carma.
Estes éteres agem e reagem do corpo
etérico para o corpo denso, tendo ainda importante elemento a vitalizar todas as células e
as estruturas intracelulares de ambos os corpos, que é o prâna. O prâna
conforme visto, dimana do Sol e vem impregnar todas as formas da natureza. De
tal sorte este elemento vem participar do conteúdo do corpo etérico que o
transforma num veículo do prâna. Tanto os éteres, quanto o prâna, como as
forças sutís denominadas tatwas vêm se misturar neste corpo para fazê-lo
desempenhar suas importantes funções.
Em determinadas pessoas plenas de saúde
o corpo etérico adere ao corpo físico, emanando sua aura que se expande além
dos limites físicos. Entre o corpo físico e o corpo etérico há uma espécie de mútua
ressonância, pois qualquer sensação de dor, calor, frio, etc., sentida por um
deles repercute imediatamente no outro. Em pessoas de pouca saúde, ou em
pessoas mediúnicas, o corpo etérico não permanece tão próximo do corpo físico.
Durante o sono natural, ele se afasta mais do que o comum, ficando a
pairar sobre o corpo físico.
Todos os fenômenos produzidos pelas
pessoas têm a participação direta do corpo etérico. Ele é um veículo fenomênico.
Alguns dos fenômenos de que o corpo etérico participa são: a telequinese (a
capacidade de fazer mover objetos com a mente), as materializações mediúnicas,
as levitações, a hipnose, as projeções à distância e outros.
Nos casos de materializações de
espíritos, há outro elemento que exsuda do corpo etérico e que se exterioriza
através dos orifícios do corpo, denominado ectoplasma. Com esse elemento é
possível aos espíritos fazerem aparições tangíveis em reuniões para esta finalidade,
ou lançarem-se à distância e serem vistos noutros eventos.
O corpo etérico, apesar de bastante
versátil em seus movimentos, funções e projeções e em muitas pessoas produzir
fenômenos à distância, em condições normais ele não se desprende do corpo físico.
Quando isto acontece, por outros fatores, há de imediato o consequente estado de
morte do corpo físico. Durante toda a vida da personalidade, o corpo etérico
prende-se ao físico por um cordão prateado energético, chamado “cordão
umbilical”. As próprias projeções que realiza à distância não são propriamente
por inteiro, mas de parte dele. A mediunidade, em todas as suas variações,
estriba-se nos recursos deste corpo fenomênico.
Em se tratando da chamada mediunidade de incorporação – que na realidade não é incorporação alguma – o corpo etérico afasta-se alguns centímetros do corpo denso ficando à deriva, permitindo assim aos comunicadores interferirem nas sequências das ondas mentais do ego a fim de lançar as suas mensagens.
Quando os comunicadores realizam
incursões no campo físico eles coordenam parcial ou completamente as reações
motoras do cérebro, apoderando-se dos mecanismos do sistema simpático, imprimindo
neles o ritmo desejado. Deste modo, conseguem também inibir e dominar as ações
e reações dos mecanismos conscientes, realizando toda a sorte de fenômenos que
sejam possíveis, nas condições do ambiente e capacidades do médium.
É no corpo etérico que se propaga o
sistema principal dos sete chackras, que são espécies de discos giratórios.
Localizam-se ordinariamente a uma distância de 6 a 12 mm do corpo físico, mas
dependendo do adiantamento espiritual de cada pessoa, podem alcançar de 5 a 25 cm
de diâmetro. São os seguintes estes chackras principais e suas localizações aproximadas:
Português Sânscrito Localização Aproximada
1. Coronário Sahasrara Alto da Cabeça
2. Frontal Ajna Entre
os Supercílios
3. Laríngeo Vishuda
Garganta
4. Cardíaco Anahata Coração
5. Esplênico Svasthisthana Baço
6. Umbilical Manipura Umbigo/Plexo Solar
7. Básico Muladhara Base da
Coluna Vertebral
Estes chackras relacionam-se também com o sistema endócrino, atuando nas
glândulas e influenciando os seus metabolismos. Os chackras se prendem ao corpo
etérico por meio de talos ou condutos, chamados de nâdis. Os nâdis principais são
três: o sushumna, ao centro; o pingalâ, à direita, e o idâ, à esquerda.
Mencionamos que uma vez rompido o cordão
umbilical que ata o corpo etérico ao corpo denso, a morte física se dá de
imediato. Nos cemitérios, no período médio de sete dias, o corpo etérico ainda
permanece pelas cercanias do morto por uma atração natural e magnética de seus
átomos e células. Porém, ao desprender-se completamente ele se desfaz em
luminosa energia, retornando a energia ao reservatório da natureza. Esta
energia luminosa, reconhecida pelos olhos humanos, é chamada de “fogo-fátuo”.
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