Vamos tentar entender quando não devemos levar ao ridículo as reações opostas que tratem de meros aspectos ou lados invertidos de um mesmo prisma, e quando as polaridades subtraem ou invertem as energias.
Já nos diz a terceira Lei Física de Newton: "Toda ação provoca uma reação de igual intensidade, mesma direção e em sentido contrário". Newton, evidentemente, não sacou esta lei por meras elucubrações e pensamentos errantes ao estar debaixo da macieira predileta em que sempre ficava quando pensava sobre a física. Muito menos essas coisas advém a um físico e matemático do quilate de Newton, meramente pelo puro mecanismo do raciocínio. Nada há, pois, novo debaixo do Sol e Newton foi um iniciado nos mistérios.
Como iniciado, e provindo de orbe mais adiantado, Newton já trazia em seu espírito o conhecimento que necessitaria desenvolver aqui na Terra para a evolução da ciência. Ele saberia que os corpos agem e reagem; que há energias e forças livres ou condicionadas na natureza; que a matéria detém suas próprias e inerentes forças, assim como alma e espírito detêm as suas em diferentes planos, padrões e incorporações. Anima mundi, ou alma do mundo, transmite forças e energias, mas estes elementos são trabalhados sobre estados consciencionais diversos, respectivos a cada reino em todas as suas unidades.
O dualismo ocorrido em mesmos padrões serve para avaliar e equilibrar as tentativas ou pesquisas humanas em si mesmas. Se comer bananas d’água faz bem, pois a banana é uma fruta das mais completas em nutrientes, uma pessoa ao comer sozinha de uma só vez uma dúzia e não acostumada a isto, cometeu, no mínimo, uma grande imprudência. O que acontecerá? Algumas reações orgânicas tais como estômago pesado, dificuldades intestinais, enjôos, vômitos ou até coisa mais séria. Seria isso um mal? Sim, mas em termos relativos ao que entenderíamos como equilíbrio alimentar e não como um mal disseminador de forças negativas. Exemplo, sem dúvida, simples e elementar.
Porém, ao se tratar de bem e mal em situações dualistas científícas, filosóficas, esotéricas ou religiosas, estaremos abordando energias e forças incidentes nas polaridades de modos diversos e dirigidos. Quando forças constantes atuam deliberadamente na polaridade negativa com finalidade pré determinada, essas forças provocam uma ação excedente na polarização, obstruindo a reação igual e contrária ao equilíbrio. Sendo isso uma experiência laboratorial permanecerá nas súmulas científicas para qualquer outra finalidade de uso, mas em se tratando de mentes agindo sobre outras mentes, ou sobre efetivas situações dos reinos, virá então tratar-se de ação da magia natural que requer um conhecimento oculto de elementos, energias, forças e verdadeira natureza humana. Então, ora se recai na magia branca, construtiva e conhecedora dos caminhos requeridos ao equilíbrio dos opostos, ora na magia negra, sabedora dos mesmos caminhos da outra, porém destrutiva na sua ação, necessitada, justamente, da polarização negativa excedente para sua artificial sobrevivência.
.A ação continuada sobre a polaridade negativa proporcionou campo para que o mal se disseminasse na humanidade desde tempos muito recuados. Não é possível identificarmos a origem do mal no vasto cosmos do espaço-tempo ou fora dele. Também não é possível crermos que o mal hoje ultra-dimensionado em nosso mundo, tenha se iniciado somente com desregramentos de nossas raças. Sabemos pelos estudos esotéricos que o mal primitivo originou-se nas formações endógenas dos reinos, quando suas polaridades naturais começaram a ser trabalhadas indevidamente nas próprias consciências – ou até mesmo nos embriões do inconsciente – das formações elementais. Quando os reinos se constituiram na matéria densa, as polaridades de algumas dessas formações se distanciaram em situações especiais e ao passar de reino para reino e tomar maior consciência, as polaridades se fixaram mais acentuadamente nas formas. Da vida animal para a humana houve grandes coletivos de espécies que se individualizaram com inclinações negativas e destrutivas, gerando grupos étnicos bastante adernados às diretrizes do Plano da Criação do Logos.
Entretanto, esse mal circunstancial seria passível de ser trabalhado pelos operários do Plano da Criação em tempos futuros quando no instinto germinassem sementes de pensamentos tanto quanto possível mais bem formados. Mas o mal corrosivo e destruidor por natureza viria de fora, incorporado nas consciências de seres da Face Negra desejosos de escravizar humanos para suas finalidades egoístas, avessas e repugnantes. E não somente as etnias instintivas e responsivas ao negativo, porém grande número de outras almas mais bem formadas nos padrões educacionais dos mentores viria aceitar as sugestões melífluas das inteligências malignas ocultas. Desse modo, nas civilizações inicialmente cuidadas e orientadas pelos Mestres Lunares e posteriormente pelos Senhores de Vênus e Fraternidade Branca Universal, o dualismo bem x mal demarcaria limites e avanços. Consequentemente, como o mal avançasse houve inevitáveis destruições de civilizações.
Em tempos recentes, mesmo antes de Cristo, as crenças em deuses sanguinários e perversos foram responsáveis pela disseminação de chocantes sacrifícios humanos e animais, e absurdas adorações. O sangue e as emoções deturpadas dos humanos servem-lhes de alimentos e vida, bem como seres das mais baixas gradações se lançam na própria carne humana. Rituais nefastos que o mal cósmico traria para a Terra, permaneceriam pelos milênios em grupamentos étnicos de todos os continentes, e isso serviu para o recrudescimento e fortaleza das forças negativas até hoje. As guerras, sempre fomentadas pelos representantes do mal em todos os governos, são os instrumentos mais utilizados pelas falanges hediondas a fim de polarizar cada vez mais suas energias destrutivas na Terra, com as quais eles sabem muito bem conviver.
Em tempos de guerra, a energia destrutiva toma e domina os combatentes, despertando-lhes instintos adormecidos que passam a comandar seus mais cruéis atos, transformando-os em vis matadores e desalmados torturadores. Temos tido notícias disto através dos relatos da história e agora somos testemunhas oculares de como os exércitos muitas vezes se tornam irrefreáveis na ânsia de matar e destruir.
O dualismo entre o bem e o mal necessita ser vivamente observado por que as próprias mentes dos caminhantes da via da mão esquerda, sejam eles magos negros, súditos ou aprendizes, estão entre nós em todos os lugares, quer inconscientes em suas encarnações, quer conscientes tanto em corpos físicos como espirituais. Nossas armas também são muitas, mas trabalhamos com as limitações de nossos cérebros físicos, ainda que sob a luz de Cristo; todavia eles nos observam atentamente das suas próprias sombras sem que os vejamos. Infiltram-se subrepticiamente em religiões, grupos espíritas, esotéricos e fraternidades além de entrar em nossos lares. Usam de seus poderes da hipnose, dominando dirigentes e comunicadores justamente nas suas vaidades e ambições. Criam-nos ilusões mentais e se os afligidos não despertam a tempo, dominam-nos completamente destruindo todo um trabalho de edificação. Eis porque tantos movimentos de espiritualistas que iam bem, de repente se acabam mediante dissensões e efêmeras batalhas por poderes. Basicamente, o Orai e Vigiai é nosso escudo verdadeiro.
Gostaria de encerrar esse tema, reproduzindo dois pequenos trechos que se encaixam nas situações aqui abordadas, constantes de meu livro “A Face Negra da Terra – Parte I e Parte III, disponível em Rayom Ra on Scribd.
“Uma vez realizada a mortandade, criaturas e mestres, vampirescos, se locupletam com as emanações etéreas do plasma sangüíneo derramado, e com a terrificada energia desprendida pelos egos em pungentes dores, sob cruéis torturas ou submetidos a sádicos rituais de sexo pelos estupradores. A esses mestres, fomentadores dos horripilantes e repugnantes momentos de sadismos e mortes, justificam-se todos os seus brutais e nefandos esforços para a deflagração de guerras ou convulsões sociais, pois conquistaram o que queriam. Aos pobres homens, marionetes das forças negras e das criaturas por elas comandadas, o absurdo orgulho, repito, de se olhar vencedores e heróis, depois da devastação material e ceifar de preciosas vidas humanas que realizaram”.
“A necessidade das forças negras é sempre inverter valores; elas gozam e se locupletam; enchem-se de vazios arroubos; cantam hosanas à vitória do anarquismo sobre a ordem, do atraso sobre o progresso, do mal sobre o bem. Não há valores que mais respeitem; não existe hierarquia que não seja a do mais profundo, indigno e repelente sobre a Terra. Repudiam a luz e a verdade intrínseca à luz, mas não têm culpa disto, por que não podem vê-las e não as vendo não as sentirão; assim jamais as entendem. O seu negro mundo é amplo, tão amplo quanto é na Terra o de seu oposto, mas ainda assim somente incursionam em seu próprio caminho quando realizam hercúleos esforços de oposição a quem simplesmente constrói”.
Rayom Ra
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