Provas até agora rescaldadas não podem ainda demonstrar incontestavelmente que a saga dos povos da antiguidade e dos períodos pré-históricos e antediluvianos, tenha ocorrido exatamente como é apresentada. Sabemos muito pouco dos avoengos. Precisaríamos utilizar outros métodos para obter novas informações e melhor compor elementos reveladores de nossas distantes e verdadeiras origens. Porém, que métodos poderiam ser esses para revolucionar a história? Para a ciência palavras semeadas não bastam, exceto as hipóteses aventadas a partir de provas materiais. Não obstante, nestes casos e curiosamente, as hipóteses fazem também a história passível de recair em fantasias ou romantismos, pois nem sempre a investigativa dos homens é suficientemente fértil na direção certa.
A cronologia histórica se baseia nas provas antropológicas dos mais antigos fósseis de que temos notícias, datados de 14.000.000 de anos, descobertos em 1932 na Índia, pertencentes à espécie Ramapithecus. Essa espécie primata teria vivido durante o período Mioceno Superior. Em 1961, na África, descobriu-se o Kenyapithecus Wickeri do mesmo período. O Homo Sapiens - o homem de Cro-magnon – segundo se afirmava, somente deixaria registros de sua passagem há 35000 anos, sendo supostamente o mais próximo representante de uma espécie primitiva que teria gerado o homem civilizado. Mas segundo afirmam outros e dissidentes paleontólogos e antropólogos, o homem moderno não teria vindo do Homem de Cro-magnon, e sim do Homem da Galiléia. Em 1987, nas cavernas de Qafzeh e de Kebara, no Monte Carmelo, foram encontrados fósseis que revelaram tanto o Neanderthalensis como seu evoluído Cro-magnon, terem vivido há 70, 80, 100 ou mais mil anos e o Homem de Cro-magnon, que se supunha mais refinado do que o Neanderthalensis, teria vivido antes do próprio Neanderthalensis! Ou ambos teriam vivido juntos, logo a linha evolucionária do homem moderno seria outra, nada a ver com o Neadentharlensis ou com o Cro-magnon. As novas e estonteantes descobertas viriam ser corroboradas pelos achados posteriores no Sítio da Galiléia. E tem mais, o neuroanatomista Terrence Deacon concluiria que o Neanderthalensis não tinha nada de idiota, pois seu cérebro era maior do que o nosso!
{Trecho do Livro: O Monoteísmo Bíblico e os Deuses da Criação, de Rayom Ra}
Rayom Ra
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